Incontinência fecal Flashcards
O que é incontinência fecal?
Incontinência fecal é a incapacidade de controlar a eliminação de gases ou fezes de forma repetida e involuntária, por mais de um mês, causando impacto significativo na qualidade de vida.
Quais são as principais causas de incontinência fecal?
Disfunção esfincteriana, distúrbios neurológicos (como neuropatia pudenda e esclerose múltipla), disfunções do assoalho pélvico, doenças sistêmicas (ex: diabetes mellitus), e condições idiopáticas.
Qual exame é considerado o padrão-ouro para avaliar a integridade anatômica dos esfíncteres anais?
Ultrassonografia endoanal, utilizada para identificar lesões esfincterianas, como defeitos no EAE e EAI, com alta correlação com as pressões de repouso medidas na manometria anorretal.
Quais são as principais indicações para a ultrassonografia endoanal?
Avaliação de lesões esfincterianas após traumas obstétricos ou cirurgias anorretais, planejamento cirúrgico para esfincteroplastia, e confirmação de integridade anatômica em casos de incontinência fecal.
O que a manometria anorretal avalia?
A manometria anorretal avalia as pressões de repouso e contração do canal anal, o reflexo inibitório retoanal (RIRA), a sensibilidade retal e a coordenação muscular durante a evacuação, sendo essencial no diagnóstico diferencial da incontinência fecal.
Quando a manometria anorretal é indicada?
Indicada em todos os casos de incontinência fecal para avaliação funcional do canal anal e do reto, especialmente quando há suspeita de disfunção esfincteriana ou neuromuscular.
Quais são as limitações da manometria anorretal?
A manometria anorretal pode não detectar lesões anatômicas que são melhor visualizadas por ultrassonografia endoanal e pode apresentar variabilidade nos resultados dependendo da técnica utilizada.
O que é o reflexo inibitório retoanal (RIRA)?
O RIRA é o relaxamento do EAI em resposta à distensão retal, permitindo o reconhecimento do conteúdo retal e sendo fundamental para a continência fecal.
Qual a função do EAI e do EAE na continência fecal?
O EAI mantém a maior parte da pressão de repouso, enquanto o EAE é responsável pela contração voluntária, essencial para manter a continência durante atividades que aumentam a pressão abdominal.
Quando a esfincteroplastia é indicada?
A esfincteroplastia é indicada em pacientes com defeitos anatômicos significativos no EAE e EAI, particularmente após traumas obstétricos (como partos assistidos por fórceps) ou cirurgias anorretais.
O que a ultrassonografia endoanal pode revelar em pacientes pós-parto com incontinência fecal?
A ultrassonografia endoanal pode revelar lesões esfincterianas causadas por traumas obstétricos, como rupturas no EAE e EAI, que são indicativos para esfincteroplastia.
Qual a diferença entre a pressão de repouso e a pressão de contração voluntária na manometria anorretal?
A pressão de repouso é predominantemente mantida pelo EAI, enquanto a pressão de contração voluntária é gerada pela contração do EAE durante o esforço.
Quais são as indicações para o uso de injeções de biomateriais no tratamento da incontinência fecal?
As injeções de biomateriais são indicadas em casos leves a moderados de incontinência fecal que não respondem ao tratamento conservador, sendo usadas para melhorar o suporte anatômico do canal anal.
Quando a neuromodulação sacral é indicada?
A neuromodulação sacral é indicada em casos de incontinência fecal refratária a outras modalidades terapêuticas, tanto em pacientes com lesão esfincteriana quanto em casos idiopáticos ou sem lesão evidente.
Qual a importância do biofeedback no tratamento da incontinência fecal?
O biofeedback é essencial para reeducação esfincteriana, especialmente em pacientes com algum grau de contração voluntária, mostrando melhora significativa em até 70% dos casos leves a moderados.
Quando a colostomia deve ser considerada no manejo da incontinência fecal?
A colostomia é considerada em casos de incontinência fecal refratária, onde outras intervenções falharam, e é indicada para melhorar a qualidade de vida do paciente.
O que a manometria anorretal pode revelar em pacientes com neuropatia pudenda?
Pode revelar pressões reduzidas no EAI e EAE, indicando comprometimento da função esfincteriana, sendo fundamental na avaliação da gravidade da neuropatia.
Quais são os exames diagnósticos essenciais na avaliação da incontinência fecal?
Manometria anorretal, ultrassonografia endoanal, defecografia, eletromiografia e teste de latência do nervo pudendo.
Quando a defecografia é indicada na investigação da incontinência fecal?
Indicada quando há suspeita de disfunções estruturais do assoalho pélvico, como retocele, prolapso retal, e intussuscepção, que podem contribuir para a incontinência fecal.
Quais as complicações mais comuns após esfincteroplastia?
Recidiva da incontinência, infecção, deiscência da ferida cirúrgica, e potencial lesão dos nervos durante o procedimento, especialmente se a dissecção esfincteriana ultrapassar 180°.
Qual a relação entre o uso de loperamida e a incontinência fecal?
A loperamida é um antidiarreico que ajuda a reduzir a frequência das evacuações e melhorar a consistência das fezes, aumentando a continência em pacientes com incontinência fecal.
Quais fatores aumentam o risco de recidiva da incontinência fecal após esfincteroplastia?
Idade avançada, lesões neuromusculares concomitantes, falhas técnicas na cirurgia e condições como prolapso retal ou neuropatia pudenda aumentam o risco de recidiva.
Qual a importância do teste de latência do nervo pudendo na incontinência fecal?
O teste de latência do nervo pudendo é crucial para identificar neuropatia pudenda, uma causa importante de incontinência fecal, e avaliar a gravidade da disfunção nervosa.
Qual o impacto do parto vaginal assistido por fórceps na continência fecal?
Partos assistidos por fórceps aumentam o risco de lesão esfincteriana, o que pode resultar em incontinência fecal pós-parto devido ao comprometimento anatômico e funcional do esfíncter.
Quando a eletromiografia deve ser realizada em pacientes com incontinência fecal?
Deve ser realizada quando há suspeita de disfunção neuromuscular do esfíncter externo ou do assoalho pélvico, auxiliando no diagnóstico de condições como neuropatia ou lesões musculares.
Quais são as principais indicações para a realização de uma esfincteroplastia?
Indicada em casos de lesões anatômicas significativas do EAE e EAI, especialmente após traumas obstétricos ou cirurgias anorretais, com o objetivo de restaurar a continência.
O que a manometria anorretal pode indicar em pacientes com disinergia anorretal?
Pode revelar descoordenação entre a contração abdominal e o relaxamento esfincteriano, indicando dificuldade na evacuação e possível contribuição para a incontinência fecal.
Quais são as principais diferenças entre o prolapso retal interno e externo em relação à incontinência fecal?
O prolapso retal externo frequentemente causa mais comprometimento esfincteriano e pressão reduzida, enquanto o interno pode afetar a sensação de evacuação incompleta.
Como a defecografia auxilia no diagnóstico de disfunções do assoalho pélvico?
A defecografia identifica anomalias estruturais como retocele, intussuscepção e prolapso retal, que podem contribuir para a incontinência fecal, fornecendo informações para o planejamento terapêutico.
Em que situações a neuromodulação sacral é preferível como tratamento?
Preferível em pacientes com incontinência fecal severa que não respondem a tratamentos conservadores, ou quando há contraindicações para cirurgia.
Como o biofeedback pode ser utilizado no tratamento da incontinência fecal?
O biofeedback é utilizado para melhorar a função esfincteriana e a coordenação dos músculos do assoalho pélvico, especialmente em casos leves a moderados, onde o paciente ainda tem algum controle muscular.
Quando a ultrassonografia endoanal deve ser priorizada na avaliação da incontinência fecal?
Deve ser priorizada quando há suspeita de lesão esfincteriana, especialmente em pacientes com histórico de trauma obstétrico, cirurgias anorretais, ou quando a manometria anorretal sugere comprometimento anatômico.
Quais são as vantagens da neuromodulação sacral no tratamento da incontinência fecal?
A neuromodulação sacral é eficaz em casos refratários, melhora a continência sem a necessidade de intervenções invasivas, e é aplicável tanto em pacientes com quanto sem lesão esfincteriana.
O que a ultrassonografia endoanal pode revelar em pacientes com incontinência fecal pós-parto?
Pode revelar lesões no EAI e EAE causadas por traumas obstétricos, como rupturas durante o parto vaginal, que indicam a necessidade de esfincteroplastia para restaurar a continência.
Qual o papel da colostomia no manejo da incontinência fecal?
A colostomia é um último recurso em casos de incontinência fecal refratária, proporcionando alívio dos sintomas e melhorando a qualidade de vida quando outras terapias falharam.
O que a manometria anorretal pode revelar em pacientes com prolapso retal?
Pode revelar hipotonia esfincteriana, especialmente em casos de prolapso retal externo, o que contribui para a incontinência fecal e orienta o tratamento cirúrgico.
Quando a defecografia deve ser realizada para o diagnóstico da incontinência fecal?
Deve ser realizada quando há suspeita de anomalias estruturais que afetam a função evacuatória, como retocele, prolapso retal ou intussuscepção, que podem ser a causa subjacente da incontinência fecal.