Incontinência fecal Flashcards

1
Q

O que é incontinência fecal?

A

Incontinência fecal é a incapacidade de controlar a eliminação de gases ou fezes de forma repetida e involuntária, por mais de um mês, causando impacto significativo na qualidade de vida.

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2
Q

Quais são as principais causas de incontinência fecal?

A

Disfunção esfincteriana, distúrbios neurológicos (como neuropatia pudenda e esclerose múltipla), disfunções do assoalho pélvico, doenças sistêmicas (ex: diabetes mellitus), e condições idiopáticas.

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3
Q

Qual exame é considerado o padrão-ouro para avaliar a integridade anatômica dos esfíncteres anais?

A

Ultrassonografia endoanal, utilizada para identificar lesões esfincterianas, como defeitos no EAE e EAI, com alta correlação com as pressões de repouso medidas na manometria anorretal.

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4
Q

Quais são as principais indicações para a ultrassonografia endoanal?

A

Avaliação de lesões esfincterianas após traumas obstétricos ou cirurgias anorretais, planejamento cirúrgico para esfincteroplastia, e confirmação de integridade anatômica em casos de incontinência fecal.

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5
Q

O que a manometria anorretal avalia?

A

A manometria anorretal avalia as pressões de repouso e contração do canal anal, o reflexo inibitório retoanal (RIRA), a sensibilidade retal e a coordenação muscular durante a evacuação, sendo essencial no diagnóstico diferencial da incontinência fecal.

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6
Q

Quando a manometria anorretal é indicada?

A

Indicada em todos os casos de incontinência fecal para avaliação funcional do canal anal e do reto, especialmente quando há suspeita de disfunção esfincteriana ou neuromuscular.

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7
Q

Quais são as limitações da manometria anorretal?

A

A manometria anorretal pode não detectar lesões anatômicas que são melhor visualizadas por ultrassonografia endoanal e pode apresentar variabilidade nos resultados dependendo da técnica utilizada.

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8
Q

O que é o reflexo inibitório retoanal (RIRA)?

A

O RIRA é o relaxamento do EAI em resposta à distensão retal, permitindo o reconhecimento do conteúdo retal e sendo fundamental para a continência fecal.

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9
Q

Qual a função do EAI e do EAE na continência fecal?

A

O EAI mantém a maior parte da pressão de repouso, enquanto o EAE é responsável pela contração voluntária, essencial para manter a continência durante atividades que aumentam a pressão abdominal.

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10
Q

Quando a esfincteroplastia é indicada?

A

A esfincteroplastia é indicada em pacientes com defeitos anatômicos significativos no EAE e EAI, particularmente após traumas obstétricos (como partos assistidos por fórceps) ou cirurgias anorretais.

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11
Q

O que a ultrassonografia endoanal pode revelar em pacientes pós-parto com incontinência fecal?

A

A ultrassonografia endoanal pode revelar lesões esfincterianas causadas por traumas obstétricos, como rupturas no EAE e EAI, que são indicativos para esfincteroplastia.

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12
Q

Qual a diferença entre a pressão de repouso e a pressão de contração voluntária na manometria anorretal?

A

A pressão de repouso é predominantemente mantida pelo EAI, enquanto a pressão de contração voluntária é gerada pela contração do EAE durante o esforço.

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13
Q

Quais são as indicações para o uso de injeções de biomateriais no tratamento da incontinência fecal?

A

As injeções de biomateriais são indicadas em casos leves a moderados de incontinência fecal que não respondem ao tratamento conservador, sendo usadas para melhorar o suporte anatômico do canal anal.

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14
Q

Quando a neuromodulação sacral é indicada?

A

A neuromodulação sacral é indicada em casos de incontinência fecal refratária a outras modalidades terapêuticas, tanto em pacientes com lesão esfincteriana quanto em casos idiopáticos ou sem lesão evidente.

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15
Q

Qual a importância do biofeedback no tratamento da incontinência fecal?

A

O biofeedback é essencial para reeducação esfincteriana, especialmente em pacientes com algum grau de contração voluntária, mostrando melhora significativa em até 70% dos casos leves a moderados.

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16
Q

Quando a colostomia deve ser considerada no manejo da incontinência fecal?

A

A colostomia é considerada em casos de incontinência fecal refratária, onde outras intervenções falharam, e é indicada para melhorar a qualidade de vida do paciente.

17
Q

O que a manometria anorretal pode revelar em pacientes com neuropatia pudenda?

A

Pode revelar pressões reduzidas no EAI e EAE, indicando comprometimento da função esfincteriana, sendo fundamental na avaliação da gravidade da neuropatia.

18
Q

Quais são os exames diagnósticos essenciais na avaliação da incontinência fecal?

A

Manometria anorretal, ultrassonografia endoanal, defecografia, eletromiografia e teste de latência do nervo pudendo.

19
Q

Quando a defecografia é indicada na investigação da incontinência fecal?

A

Indicada quando há suspeita de disfunções estruturais do assoalho pélvico, como retocele, prolapso retal, e intussuscepção, que podem contribuir para a incontinência fecal.

20
Q

Quais as complicações mais comuns após esfincteroplastia?

A

Recidiva da incontinência, infecção, deiscência da ferida cirúrgica, e potencial lesão dos nervos durante o procedimento, especialmente se a dissecção esfincteriana ultrapassar 180°.

21
Q

Qual a relação entre o uso de loperamida e a incontinência fecal?

A

A loperamida é um antidiarreico que ajuda a reduzir a frequência das evacuações e melhorar a consistência das fezes, aumentando a continência em pacientes com incontinência fecal.

22
Q

Quais fatores aumentam o risco de recidiva da incontinência fecal após esfincteroplastia?

A

Idade avançada, lesões neuromusculares concomitantes, falhas técnicas na cirurgia e condições como prolapso retal ou neuropatia pudenda aumentam o risco de recidiva.

23
Q

Qual a importância do teste de latência do nervo pudendo na incontinência fecal?

A

O teste de latência do nervo pudendo é crucial para identificar neuropatia pudenda, uma causa importante de incontinência fecal, e avaliar a gravidade da disfunção nervosa.

24
Q

Qual o impacto do parto vaginal assistido por fórceps na continência fecal?

A

Partos assistidos por fórceps aumentam o risco de lesão esfincteriana, o que pode resultar em incontinência fecal pós-parto devido ao comprometimento anatômico e funcional do esfíncter.

25
Q

Quando a eletromiografia deve ser realizada em pacientes com incontinência fecal?

A

Deve ser realizada quando há suspeita de disfunção neuromuscular do esfíncter externo ou do assoalho pélvico, auxiliando no diagnóstico de condições como neuropatia ou lesões musculares.

26
Q

Quais são as principais indicações para a realização de uma esfincteroplastia?

A

Indicada em casos de lesões anatômicas significativas do EAE e EAI, especialmente após traumas obstétricos ou cirurgias anorretais, com o objetivo de restaurar a continência.

27
Q

O que a manometria anorretal pode indicar em pacientes com disinergia anorretal?

A

Pode revelar descoordenação entre a contração abdominal e o relaxamento esfincteriano, indicando dificuldade na evacuação e possível contribuição para a incontinência fecal.

28
Q

Quais são as principais diferenças entre o prolapso retal interno e externo em relação à incontinência fecal?

A

O prolapso retal externo frequentemente causa mais comprometimento esfincteriano e pressão reduzida, enquanto o interno pode afetar a sensação de evacuação incompleta.

29
Q

Como a defecografia auxilia no diagnóstico de disfunções do assoalho pélvico?

A

A defecografia identifica anomalias estruturais como retocele, intussuscepção e prolapso retal, que podem contribuir para a incontinência fecal, fornecendo informações para o planejamento terapêutico.

30
Q

Em que situações a neuromodulação sacral é preferível como tratamento?

A

Preferível em pacientes com incontinência fecal severa que não respondem a tratamentos conservadores, ou quando há contraindicações para cirurgia.

31
Q

Como o biofeedback pode ser utilizado no tratamento da incontinência fecal?

A

O biofeedback é utilizado para melhorar a função esfincteriana e a coordenação dos músculos do assoalho pélvico, especialmente em casos leves a moderados, onde o paciente ainda tem algum controle muscular.

32
Q

Quando a ultrassonografia endoanal deve ser priorizada na avaliação da incontinência fecal?

A

Deve ser priorizada quando há suspeita de lesão esfincteriana, especialmente em pacientes com histórico de trauma obstétrico, cirurgias anorretais, ou quando a manometria anorretal sugere comprometimento anatômico.

33
Q

Quais são as vantagens da neuromodulação sacral no tratamento da incontinência fecal?

A

A neuromodulação sacral é eficaz em casos refratários, melhora a continência sem a necessidade de intervenções invasivas, e é aplicável tanto em pacientes com quanto sem lesão esfincteriana.

34
Q

O que a ultrassonografia endoanal pode revelar em pacientes com incontinência fecal pós-parto?

A

Pode revelar lesões no EAI e EAE causadas por traumas obstétricos, como rupturas durante o parto vaginal, que indicam a necessidade de esfincteroplastia para restaurar a continência.

35
Q

Qual o papel da colostomia no manejo da incontinência fecal?

A

A colostomia é um último recurso em casos de incontinência fecal refratária, proporcionando alívio dos sintomas e melhorando a qualidade de vida quando outras terapias falharam.

36
Q

O que a manometria anorretal pode revelar em pacientes com prolapso retal?

A

Pode revelar hipotonia esfincteriana, especialmente em casos de prolapso retal externo, o que contribui para a incontinência fecal e orienta o tratamento cirúrgico.

37
Q

Quando a defecografia deve ser realizada para o diagnóstico da incontinência fecal?

A

Deve ser realizada quando há suspeita de anomalias estruturais que afetam a função evacuatória, como retocele, prolapso retal ou intussuscepção, que podem ser a causa subjacente da incontinência fecal.