PED - Neonatologia e aleitamento Flashcards
Atendimento na sala de parto, distúrbios respiratórios do RN, icterícia neonatal, infecções congênitas, aleitamento materno
Conduta para um recém-nascido cuja mãe é portadora crônica de hepatite B
Clampeamento imediato de cordão.
Além da VACINA, que é feita para todos os RN nas primeiras 12h de vida, recomenda-se simultaneamente a IMUNOGLOBULINA hiperimune para o vírus da hepatite B (caso esta não esteja disponível, pode ser feita até o 7 dia de vida).
Lembre-se que o aleitamento deve ser mantido!
Medidas para prevenção da transmissão vertical de HIV
- Cesariana eletiva se CV > 1000 ou desconhecida após 34 semanas;
- ZIDOVUDINA (AZT) venoso: uso intraparto para a mãe em caso de CV detectável ou desconhecida após 34 semanas;
- Redução do tempo de contato da criança com as secreções e sangue materno → clampeamento imediato do cordão, banho ainda na sala de parto, evitar amniotomia;
- O aleitamento é contraindicado! Inibir a lactação com cabergolina, enfaixamento das mamas e compressa fria.
ATUALIZAÇÃO →RN’s DE ALTO RISCO agora recebem AZT + 3TC + RAL por 28 dias (antes era AZT + nevirapina). As indicações são mães em qualquer uma das situações a seguir:
- Sem pré-natal;
- Sem TARV;
- Tinha indicação mas não recebeu a profilaxia intraparto;
- Início da TARV a partir da 2a metade da gestação;
- Infecção aguda pelo HIV durante gestação ou lactação;
- CV-HIV detectável ou desconhecida no 3o trimestre;
- Diagnóstico no momento do parto.
Logo, recebem apenas AZT por 28 dias os RN de mãe que (baixo risco):
- Fez TARV corretamente; E
- CV indetectável após 28 semanas!
📌 Porém, a terapia para RN de alto risco ainda varia de acordo com a IG:
- < 34 semanas = só AZT;
- 34 a 36+6 = AZT + 3TC + nevirapina;
- Termo = AZT + 3TC + RAL.
📌 Lembre-se que a transmissão ocorre essencialmente periparto.
Posicionamento e pega corretos para o aleitamento materno
Posicionamento: criança bem apoiada, próxima à mãe e com o rosto de frente para a mama
Pega: boca bem aberta (abocanhando a aréola), lábio inferior evertido, aréola mais visível acima da boca e queixo tocando a mama.
Recomendações da SBP para prevenção de anemia ferropriva (houve ATUALIZAÇÃO!).
Para pré-termos e RNs com baixo peso ao nascer, a SBP e o MS recomendavam iniciar a suplementação de ferro com 1 mês (estas recomendações persistem). Porém, em relação aos termo com peso adequado, havia divergência: o MS recomendava a partir dos 6 meses e a SBP após 3 meses.
Em 2021, houve uma atualização da SBP, que igualou a recomendação de suplementação de ferro A PARTIR DE 6 MESES, IGUAL O MS RECOMENDAVA. A única observação é que, DIANTE DE FATORES DE RISCO, AINDA DEVEMOS INDICAR COM 3 MESES.
Os fatores de risco são, resumidamente: má-nutrição materna, anemia materna, clampeamento precoce de cordão, RN submetido a atendimento imediato pós-parto, falta de suplementação de ferro pela mãe, alta taxa de crescimento do RN (p>90), insuficiência placentária e sangramentos da segunda metade.
Assim, as recomendações da SBP são as seguintes:
- A termo e > 2.500g: suplementação dos 6 aos 24 meses, com 1 mg/Kg/dia de ferro elementar (ou dos 3 aos 24 meses se tiver fatores de risco).
- Pré-termo ou < 2500g: inicia com 30 dias e a dose é mais alta (2-4 mg/Kg/dia, de acordo com o peso de nascimento, se < 2500, < 1 500 ou < 1000g) até completar 12 meses. Dos 12 aos 24 meses, a dose também é de 1mg/Kg/dia.
Estão excluídas da suplementação crianças À TERMO que recebem MAIS DE 500 mL/dia de fórmula infantil (já é enriquecida com ferro).
📌 Se a criança já apresentar anemia, deverá receber doses terapêuticas de FERRO ELEMENTAR 3-5 mg/kg/dia (cuidado com as pegadinhas que falam em sulfato ferroso nessa dosagem). De acordo com a OMS, esse diagnóstico só pode ser estabelecido à partir dos 6 meses de idade, para valores de Hb < 11.
Compare a composição do leite materno e do leite de vaca
O leite materno possui MENOR quantidade de proteína e de eletrólitos, o que é importante devido à imaturidade renal dos RN. A proteína do soro (alfa-lactoalbumina), presente em maior quantidade no leite materno, tem melhor digestibilidade do que a caseína e beta-lactoalbumina presentes no leite de vaca.
📌 Dica: para guardar que a alfa-lactoalbumina é do leite materno, pense que alfa é superior a beta.
Por outro lado, o leite materno possui MAIS lactose (auxilia no funcionamento intestinal) e gordura (principal fonte calórica). O LC-PUFA é um ácido graxo presente, que auxilia na mielinização do SNC e da retina.
Por fim, uma pegadinha: o ferro está presente em quantidades semelhantes, mas é mais biodisponível do leite materno (tem mais lactoferrina)
📌 Lembre-se, ainda, que o leite materno ordenhado dura 12h na geladeira e 15 dias no freezer
Gestante em trabalho de parto com 38 semanas, teste rápido para sífilis positivo na maternidade. O RN está assintomático, e todo o rastreio laboratorial e radiográfico está normal.
Qual deve ser a conduta?
Em MÃE INADEQUADAMENTE OU NÃO TRATADA para sífilis, deve ser feita notificação e rastreio laboratorial completo de todos os RN: VDRL, hemograma, líquor, radiografia de ossos longos, função hepática, eletrólitos.
Se a criança é assintomática e TODOS os exames são normais (INCLUINDO VDRL NÃO-REAGENTE), como no caso, pode ser feito o tratamento apenas com DOSE ÚNICA DE PENICILINA BENZATINA e acompanhamento com teste treponêmico.
📌 Se o acompanhamento não for garantido, por via das dúvidas, trata-se com penicilina procaína ou cristalina por 10 dias!
Quais são os critérios de tratamento adequado na sífilis?
- Uso de PENICILINA BENZATINA
- Dose adequada à fase da sífilis (se duração desconhecida, utiliza-se total de 7.2 milhões UI, dividias em 3 doses de 2.4 milhões UI)
- Início em até 30 dias antes do parto
- Tratamento do parceiro
- Queda do VDRL (em 2 titulações em 3 meses e em 4 titulações em 6 meses)
Gestante recebeu diagnóstico de sífilis com 26 semanas. Ela e o parceiro foram tratados com 2,4 milhões de Ui de penicilina benzatina durante 3 semanas consecutivas. Apresentou VDRL de 1/2 na 30 semana de gestação.
Ao dar entrada na maternidade, com 40 semanas, apresentava VDRL = 1/64. O RN está assintomático.
Qual é a conduta?
Embora a princípio as doses e intervalos para o tratamento tenham sido corretas, lembre-se que um dos critérios para tratamento adequado da sífilis é a queda do VDRL em mais de 2 diluições em 2 meses!
Essa gestante teve ELEVAÇÃO dos títulos, e pode ser que que tenha sido reinfectada (considera-se como TRATAMENTO INADEQUADO).
Diante disso, o RN deve ser submetido a rastreio completo: VDRL, hemograma, líquor e radiografia de ossos longos. Necessariamente SERÁ TRATADO, com o esquema dependendo do resultado dos exames:
- Exames normais = dose única de penicilina benzatina;
- Exames alterados = 10 dias de procaína ou cristalina (esta última obrigatoriamente se houver alteração do LCR).
RN em investigação para sífilis congênita com o seguinte resultado de líquor: células = 30 / proteínas = 120 / VDRL negativo.
Qual deverá ser a conduta?
Lembre-se dos critérios de neurossífilis de acordo com a análise do líquor (basta 1): VDRL positivo / célularidade > 25 / proteínas > 150.
Nesse RN a celularidade está alterada, e portanto deverá ser tratado por 10 dias com PENICILINA CRISTALINA, que é a única que tem penetração suficiente no SNC.
Descreva a patogênese e a evolução esperada da icterícia fisiológica, e também os sinais de alarme de uma icterícia não fisiológica
Icterícia fisiológica é a causa mais frequente nos RN. Se deve a uma deficiência relativa da glicuronil-transferase (enzima que promove a conjugação da BI) e a um aumento do ciclo entero-hepático.
A evolução natural esperada é de aumento de até 3 mg/dia, com icterícia visível ao final do 2-3 dias de vida. Habitualmente o pico é de BT por volta de 10mg, e há resolução do quadro entre o 7-10 dias de vida.
SINAIS DE QUADRO NÃO-FISIOLÓGICO:
- Início PRECOCE, com 24-36h;
- Aumento > 5mg/dia;
- Níveis muito elevados: KRAMMER 3 ou BT > 12;
- Icterícia PERSISTENTE (> 2 SEMANAS);
- Sinais de COLESTASE (colúria ou acolia fecal, BD > 20% de BT).
Descreva as zonas de Krammer e as respectivas bilirrubinas médias
Zona 1: cabeça e pescoço (BT = 6)
Zona 2: até o umbigo (BT = 9)
Zona 3: até o joelho (BT = 12)
(“passou do umbigo é sinal de perigo”)
Zona 4: até tornozelos e/ou antebraços (BT = 15)
Zona 5: palmas e plantas (BT = 18)
RN de 32 semanas pesando 1.400g, prematuro devido à eclâmpsia materna. Chorou ao nascer e apresentava bom tônus.
Quais devem ser os cuidados iniciais na sala de parto?
- Clamp de cordão: esse é um RN < 34 semanas que nasceu bem. Portanto, o clamp é feito em 30-60 segundos (se ele tivesse >34s, seria feito com 1-3 minutos)
- Será necessariamente levado à MESA DE REANIMAÇÃO por ser pré-termo
Na mesa, serão feitos os passos iniciais: APAS:
- Aquecer: a sala de parto deve estar entre 23-26 graus. Por ser <34 semanas, esse bebê deve ser colocado em saco plástico e com touca dupla na cabeça.
- Posicionar.
- Aspirar as vias aéreas (primeiro boca e depois nariz), se necessário.
- Secar.
Em seguida avalia-se o padrão respiratório e a FC.
Por fim: mesmo que esteja bem, TODAS AS CRIANÇAS < 34 SEMANAS serão encaminhadas ao CTI NEONATAL.
Criança nascida com 38 semanas por via vaginal. Foi levado à mesa de reanimação por presentar apneia. Após os passos iniciais adequados, mantinha Fc < 100.
Qual é a conduta imediata?
Primeiro, lembre-se: serão levados para a mesa de reanimação todos os RN prematuros e aqueles em apneia ou hipotônicos.
A conduta imediata para esse RN é a VPP (com FiO2 de 21%, por ser a termo), que deve ser iniciada ainda no 1 minuto de vida. Ela está indicada quando a criança apresentar: respiração irregular, apneia ou Fc < 100 após os passos iniciais.
IMPORTANTE: para os RN pré-termo, a FiO2 da VPP é de 30% !
Diferencie icterícia do aleitamento e icterícia do leite materno
A ICTERÍCIA DO ALEITAMENTO é normalmente uma causa precoce, que corresponde basicamente a uma icterícia fisiológica exacerbada por DIFICULDADES NA AMAMENTAÇÃO. O RN recebendo leite insuficiente apresenta perda ponderal e trânsito intestinal muito lento, o que intensifica o ciclo entero-hepático da bilirrubina. Deve-se corrigir a técnica de aleitamento.
Já a ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO é uma causa de icterícia persistente ou tardia, quando alguma substância do leite está prejudicando o metabolismo da bilirrubina. Habitualmente é uma criança em bom estado geral e com ganho de peso adequado. Deve-se SUSPENDER o aleitamento por 24-48h nos quadros de icterícia intensa, e habitualmente a icterícia não se repete quando o leite é reintroduzido.
Embora a maioria dos RN seja assintomático ao nascimento, entre 5-15% podem ter anormalidades tardias. Os achados principais incluem surdez neurossensorial, calcificaçações periventriculares, hepatoesplenomegalia, icterícia associada a colestase.
A qual infecção congênita corresponde essa descrição?
CITOMEGALOVÍRUS
Tríade = MICROCEFALIA + SURDEZ + CALCIFICAÇÕES PERIVENTRICULARES.
A principal forma de transmissão vertical é pelo ALEITAMENTO MATERNO, mas CMV materno é apenas uma CONTRAINDICAÇÃO RELATIVA → deve ser suspenso nos RN < 32 semanas IG ou < 1500g.
Devemos investigar a criança exposta ao CMV pesquisa do CMV em ANÁLISE DE URINA ou de saliva ATÉ 2 SEMANAS após o parto. Caso realizemos o teste depois e ele der positivo, não saberemos se foi uma infecção congênita ou pós-natal.
Tratamento = GANCICLOVIR IV por 6 semanas apenas nas formas GRAVES.
📌 Guarde:
- CMV é a principal causa de surdez neurossensorial não-hereditária na infância (“Cê Me Vê, mas não me escuta”);
- No CMV as calcificações do parênquima cerebral são mais “C”entrais (periventriculares), enquanto na toxoplasmose congênita são difusas.
Uma gestante no primeiro trimestre de gestação apresentou sorologia para toxoplasmose IgG+ e IgM+, com baixo índice de avidez (20%). Não conseguiu realizar os exames de investigação preconizados no pré-natal.
Ao nascimento, o RN estava assintomático. Na propedêutica: teve fundoscopia normal, apresentou calcificações difusas no parênquima cerebral e o líquor mostrou hiperproteinoraquia > 1.
Qual deve ser a conduta?
Primeiramente, lembre-se:
- Os níveis de IgM nem sempre são úteis para apontar infecção aguda, pois podem permanecer elavados durante um longo período. Assim, quando IgG e IgM são ambos positivos, faz-se o TESTE DE AVIDEZ. A avidez será ALTA se a infecção tiver ocorrido há mais de 12-16 semanas. A gestante do caso, com baixa avidez, pode ter sido infectada durante a gestação!
- Quando há SUSPEITA de infecção aguda na gravidez a mãe deve receber ESPIRAMICINA, que reduz a transmissibilidade.
A maioria dos casos de toxoplasmose congênita é assintomático ao nascer, portanto TODAS AS CRIANÇAS SUSPEITAS DEVEM SER RASTREADAS com: sorologia pareada, USG transfontanela ou TC de crânio, fundoscopia, hemograma, PCR, TGO e TGP. Líquor deve ser colhido caso haja alterações na neuroimagem.
Caso haja evidências de infecção, o RN deverá receber SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA + ÁCIDO FOLÍNICO durante o PRIMEIRO ANO de vida. Deve-se associar corticóides durante 2 semanas quando houver evidências de inflamação importante: hiperproteinorraquia > 1 (como no caso) ou coriorretinite.
Quais são as indicações e a técnica de MCE na reanimação neonatal?
A massagem cardíaca externa está indicada para as crianças MANTENDO FC < 60 bpm, APÓS a realização de IOT.
O pediatra se posiciona na cabeça da criança e faz as compressões utilizando os 2 polegares, posicionados no terço inferior do tórax. A profundidade deve ser de 1/3 do diâmetro do tórax, com relação de COMPRESSÕES:VENTILAÇÃO DE 3:1. Reavaliar a cada 60 SEGUNDOS.
📌 Diferentemente das compressões fora do período neonatal, mesmo após a IOT fazemos de forma sincronizada.
Atenção → a técnica “aperta-solta-solta” é utilizada para manter a FR entre 40-60irpm nos casos de ventilação com balão-máscara ANTES da indicação da massagem cardíaca e da IOT.
Gestante adequadamente tratada para sífilis, com RN assintomático. Qual é a conduta?
Sempre que houver sífilis na gestação, DEVE SER FEITO O VDRL pareado ao nascimento.
Se o VDRL do RN for 2 diluições maior do que o materno (ex. mãe com 1/4 e RN com 1/16), deve-se considerar a criança como INFECTADA independente dos sintomas! Nesse caso, colhe-se todos os exames e o tratamento é feito de acordo com as alterações encontradas.
Por outro lado, em um RN assintomático como esse, se o VDRL for NÃO REAGENTE (menor do que o materno ou até 1 diluição superior), pode-se apenas ACOMPANHAR ambulatorialmente.
Quais são as contraindicações absolutas e as temporárias ao aleitamento materno?
ABSOLUTAS:
- Mãe com HIV ou HTLV;
- Mãe em uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação, como: antineoplásicos, radiofármacos e AMIODARONA;
- Criança com GALACTOSEMIA
TEMPORÁRIAS:
- Herpes ativa na mama (a amamentação deve ser mantida na mama sadia);
- Varicela → se a mãe apresentar vesículas na pele 5 dias antes ou até 2 dias após o parto, recomenda-se o isolamento até que as lesões adquiram a forma de crosta;
- CHAGAS ADUDO ou com sangramento mamilar;
- CMV materno para prematuros < 1,5kg ou < 32 semanas.
Quais são as doenças triadas pelo teste do pezinho?
HFHFHF + T:
- Hipotireoidismo congênito
- Fenilcetonúria
- Hemoglobinopatias
- Fibrose cística
- Hiperplasia adrenal congênita
- deFiciência de biotinidase
Agora, também está incluída TOXOPLASMOSE CONGÊNITA.
📌 Ele é feito entre 3 E 5 DIAS de vida. Caso se trate de um RN pré-termo com < 2kg, colhemos 3 amostras: 1) ao nascer, 2) entre 48-22h de vida e 3) na alta hospitalar ou aos 28 dias (o que vier antes).
RN com 38 semanas realizou teste da oximetria com 36 horas de vida. O resultado foi de 97% no MSD e 92% no MI. Qual é a conduta e a principal suspeita diagnóstica?
Primeiro, lembre-se: o teste da oximetria deve ser feito entre 24 e 48h de vida. Ele visa a detectar precocemente cardiopatias congênitas que podem cursar com óbito após o fechamento do canal arterial.
📌 Lembre-se: durante a vida fetal, o canal arterial direciona sangue da artéria pulmonar para a aorta descendente. Após o nascimento, seu fechamento se completa em 2-3 semanas.
Um teste normal deve apresentar saturação ≥ 95% em ambos os membros e diferença MENOR do que 3% entre eles. Portanto, esse RN tem resultado alterado, sendo a COARCTAÇÃO DE AORTA a principal suspeita diagnóstica.
A conduta imediata é a REPETIÇÃO DO TESTE EM 1H. Se a alteração se mantiver, deve-se fazer ECOCARDIOGRAMA em até 24 horas.
No teste do pézinho, uma criança teve o resultado de hemoglobina de padrão FS. Qual é o diagnóstico e qual deve ser a conduta?
O padrão FS determina um diagnóstico de ANEMIA FALCIFORME, pois têm-se apenas hemoglobina fetal (que se mantém até o 6o mês de vida, aproximadamente) e hemoglobina S.
Neste caso, deve-se encaminhar a criança para ambulatório especializado realizar ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA APÓS 6 MESES (esse exame não é para confirmar o diagnóstico, mas sim para determinar a ‘real’ distribuição de hemoglobinas do paciente, algo fundamental para o acompanhamento).
📌 O padrão normal esperado, seria de HbFA
RN prematuro (IG = 30 semanas) apresentando desconforto respiratório desde o nascimento com piora progressiva nas primeiras horas de vida. RX evidenciou infiltrado reticulogranular difuso com padrão de vidro fosco, broncograma aéreo periférico. Qual é a hipótese diagnóstica principal e a conduta?
O diagnóstico mais provável é DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA.
O principal fator de risco é a prematuridade (<34 semanas), devido à produção insuficiente de surfactante pulmonar. Outros fatores seriam asfixia e DM materno.
O tratamento é feito com CPAP nasal e, para os refratários, IOT + surfactante pelo tubo.
O principal diagnóstico diferencial é a sepse neonatal, motivo pelo qual deve-se colher exames e iniciar também antibioticoterapia (ampi + genta).