PED - Doenças infecciosas em pediatria Flashcards

Diarreia aguda, desidratação, ITU, IVAS, IVAI e doenças exantemáticas em pediatria

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1
Q

Sinais de desidratação grave e conduta

A

Um dos sinais já configura desidratação grave:

  • Letargia;
  • Incapacidade de beber;
  • Perfusão capilar > 5 seg;
  • Pulso muito fraco;
  • Sinal da prega > 2 seg.

Conduta = ressuscitação volêmica com 100 mL/kg, sendo:

  • 30 mL/kg em 1h (< 1 ano) ou 30min (≥ 1 ano);
  • 70 mL/kg em 5h (< 1 ano) ou 2h30min (≥ 1 ano);
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2
Q

Agente, quadro clínico e conduta na laringotraqueíte viral aguda (crupe viral).

A

Principal agente: Parainfluenza (não “para” de descer).

Clínica: pródromo catarral seguido de estridor + tosse ladrante + rouquidão (doença periglótica).

Conduta:

  • Quadro leve (sem estridor em repouso) → corticoide.
  • Quadro moderado a grave (COM ESTRIDOR EM REPOUSO) → corticoide + nebulização com epinefrina.
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3
Q

Agentes e quadro clínico na síndrome hemolítico urêmica

A

Agentes: Shigella e E.coli entero-hemorrágica O157-H7 (principal).

Tríade clínica: IRA oligúrica, anemia hemolítica microangiopática e trombocitopenia, ocorrendo em um paciente com disenteria (classicamente).

Ocorre por toxinas que lesam o endotélio do glomérulo renal, formando microtrombos.

📌. Atenção para o diagnóstico diferencial com PTT, que é composta por uma pêntade: IRA + plaquetopenia + anemia + ENCEFALOPATIA + FEBRE.

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4
Q

Critérios para antibioticoterapia na otite média aguda

A
  • Todos os menores de 6 meses
  • Menores de 2 anos com OMA bilateral
  • Independente da idade: otorreia ou OMA grave (Tax > 39, dor intensa, > 48h de doença)
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5
Q

Agente, quadro clínico e conduta na epiglotite aguda

A

Agente: haemophilus influenzae tipo B

Quadro: dor de garganta e disfagia grave de início agudo e fulminante, evoluindo com estridor e desconforto respiratório

Conduta: o diagnóstico é clínico! Não tente visualizar a orofaringe e estabeleça via aérea. Inicie atb

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6
Q

Agente, quadro clínico e conduta na coqueluche.

A

Agente: Bordetella pertussis.

Quadro: sintomas catarrais seguidos da fase paroxística, caracterizada por crises de tosse intercalada de guinchos (inspiração profunda). É mais comum em menores de 6 meses. Em crianças muito pequenas, a questão pode descrever a apneia isoladamente.

Laboratório: leucocitose importante com LINFOCITOSE.

Conduta: AZITROMICINA para reduzir a transmissibilidade (é capaz também de reduzir o tempo de doença caso iniciada na fase catarral).

Pacientes com MENOS DE 6 MESES ou sinais de gravidade (letargia, esforço respiratório, dessaturação) devem ser internados em isolamento respiratório.

A PROFILAXIA dos contactantes utiliza o mesmo esquema de tratamento da doença (ex: AZITROMICINA). Está indicada nas seguintes situações:

  • < 1 ano.
  • 1 a 7 anos não vacinados.
  • > 7 anos com contato íntimo.
  • Profissionais de saúde ou que trabalham com crianças.

Ou seja, a profilaxia não é com vacinação de bloqueio, mas sim com o mesmo esquema do tratamento!

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7
Q

Critérios de internação na pneumonia bacteriana e esquema antibiótico para o tratamento hospitalar

A

INDICAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO:

  • < 2 MESES;
  • TIRAGEM SUBCOSTAL;
  • Saturação < 92-94%;
  • Torporosa, incapaz de ingerir líquidos ou vômitos incoercíveis;
  • Doença de base;
  • Complicações radiológicas.

TRATAMENTO HOSPITALAR:

  • < 2 meses (sepse neonatal): ampicilina + gentamicina.
  • > 2 meses: PENICILINA CRISTALINA EV é a primeira escolha (cobertura de pneumococo, que é o agente mais prevalente). Para pneumonias muito graves, utiliza-se oxacilina + ceftriaxona (cobre também S.aureus e gram negativos, como o Hib).

📌 Nas crianças que serão hospitalizadas e naquelas com falha terapêutica, deve-se fazer RX de tórax.

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8
Q

Diferenciação entre abscesso periamigdaliano e retrofaríngeo

A

Ambos são complicação de faringoamigdalite bacteriana, e cursam com disfagia/sialorréia

No periamigdaliano, os sinais característicos são trismo (espasmo do pterigóide) e desvio da úvula pelo abscesso

O retrofaríngeo ocorre tipicamente em menores de 5 anos, e o sinal característico é dor à mobilização do pescoço

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9
Q

Principais agentes e quadro clínico na disenteria

A

A disenteria é uma diarréia com sangue misturado nas fezes.

Os principais agentes são:

  • Shigella (mais comum)
  • Campylobacter (associado a Guillain-Barré)
  • E.coli enteroinvasiva (semelhante a Shigella) e entero-hemorrágica (disenteria sem febre, principal patógeno associado à síndrome hemolítico-urêmica)
  • Salmonella
  • Entamoeba histolytica
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10
Q

Sinais de desidratação moderada e conduta

A

Presença de 2 sinais de desidratação:
irritado ou agitado, sedento, olhos fundos, sinal da prega desaparece lentamente, pulso rápido ou fraco, lágrimas ausentes, enchimento capilar de 3-5 segundos

CONDUTA:

  • TRO (50 a 100 mL/Kg) no serviço de saúde, por 4-6h
  • Não alimentar durante reidratação (apenas leite materno)
  • Uso de ondansetrona pode ser considerado
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11
Q

Agente, quadro clínico e conduta na bronquiolite viral

A

Agente: vírus sincicial respiratório

Quadro: pródromos catarrais, tosse e taquipneia, SIBILÂNCIA em criança com MENOS DE 2 ANOS

Tratamento: oxigenioterapia se houver dessaturação, SNG e nebulização com salina hipertônica.
NÃO FAZER: corticoterapia, broncodilatadores nem fisioterapia respiratória de rotina

📌 Indicações de profilaxia com palivizumabe:

  • Durante 1 ano: prematuros < 28 semanas.
  • Durante 2 anos: imunodeficiência grave; doenças crônicas cardíacas com repercussão hemodinâmica, neurológicas ou pulmonares.
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12
Q

Agente etiológico mais relacionado à derrames pleurais

A

Devido à sua elevada incidência, o PNEUMOCOCO é o principal agente isolado nos derrame spleurais.

Entretanto, nas pneumonias pos S.aureus as complicações são mais frequentes (incluindo pneumatocele e abscesso pulmonar)

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13
Q

Agente, quadro clínico e conduta na faringoamigdalite bacteriana

A

Agente: haemophilus beta hemolítico do grupo A (S.pyogenes)

Quadro: odinofagia com febre alta, petéquias e exsudato em orofaringe, adenomegalia (SEM tosse)

Conduta: se disponível fazer o diagnóstico microbiológico utilizando SWAB de orofaringe e TESTE RÁPIDO. Se ele for negativo, não é sensível o bastante para que eu deixe de tratar a criança; nesse caso, fazer a CULTURA da secreção.
O tratamento indicado é PENICILINA BENZATINA IM (em até 9 dias para prevenção de febre reumática).

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14
Q

Criança de 2 meses, evoluindo com tosse em crise e falta de ar há 6 dias. Mãe nega febre. Nega intercorrência gestacionais ou comorbidades, nasceu AIG por parto vaginal. Ao exame: BEG, afebril, FR = 70 irpm, retração intercostal, estertores crepitantes em bases pulmonares. RX mostra hiperinsuflação bilateral e aumanto da trama vaso-brônquica. Exame laboratorial: Hb = 12,5 / leucócitos = 10.000 (segmentados = 36%, linfócitos = 48%, eosinófilos = 10%).
Qual é o diagnóstico mais provável, o agente e o tratamento?

A

Criança de 2 meses, nascida por PARTO VAGINAL, apresentando quadro arrastado de tosse e taquipneia SEM FEBRE. Além disso, há um dado laboratorial importante: EOSINOFILIA.

Trata-se de quadro clássico de Pneumonia afebril do lactente, causada pela Chlamydia trachomatis adquirida no canal de parto (frequentemente precedido por conjuntivite neonatal).

Tratamento: azitromicina

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15
Q

Critérios diagnósticos e tratamento de sinossinusite aguda

A

CRITÉRIOS:

  • Resfriado arrastado (> 10 dias);
  • Quadro grave > 3 dias (febre alta, coriza mucopurulenta);
  • Quadro bifásico, com deterioração súbita.

Tratamento: amoxicilina, mantida por 7 dias após a melhora clínica.

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16
Q

RN de 15 dias apresentou 2 picos de febre nas últimas 24h, com temperatura máxima de 38,2. Ao exame, FR = 45 irpm, sons respiratórios normais, oroscopia e otoscopia sem alterações.
Qual é a conduta mais adequada?

A

Temos um RN com FEBRE SEM SINAIS LOCALIZATÓRIOS (ou sem foco aparente), que corresponde a febre com DURAÇÃO ≥ 24-72H sem uma causa estabelecida. O fluxograma a seguir serve para crianças de 0 a 36 meses, que é a faixa etária de maior risco.

Independentemente da idade, caso haja QUEDA DO ESTADO GERAL, devemos INTERNAR, solicitar EXAMES COMPLETOS (hmg + hmc, EAS + urc, LCR e RxT) e iniciar ATB EMPÍRICO.

Caso o paciente esteja BEG e estável, a conduta dependerá de outros fatores:

  • Neonatos < 30 DIAS → vide “comprometimento do EG” → INTERNAÇÃO + EXAMES COMPLETOS (hmg + hmc, EAS + urc, LCR e RxT) + ATB empírico (AMPI+GENTA). Se houver história de herpes genital materno, acrescentar aciclovir.
  • Lactentes de 1 A 3 MESES com ALTO RISCO clínico (comorbidades, história gestacional/neonatal de risco, alterações laboratoriais intensas, etc) → INTERNAR + EXAMES COMPLETOS (hmg + hmc, EAS + urc, LCR e RxT) + ATB EMPÍRICO.
  • Lactentes de 1 A 3 MESES com BAIXO risco clínico → antitérmico + ACOMPANHAMENTO diário.
  • Crianças de 3 MESES A 3 ANOS com T < 39ºC → antitérmico + ACOMPANHAMENTO diário (provavelmente é viral) + considerar EAS + URC.
  • Crianças de 3 MESES A 3 ANOS com T ≥ 39ºC → fazer EAS + URC → se EAS alterado tratamos a ITU ambulatorialmente → se EAS normal, fazemos hemograma → se Neu < 10k ou GL < 20k, fazemos reavaliação diária → se Neu ≥ 10k ou GL ≥ 20k, fazemos hemocultura e radiografia de tórax → se o RxT for alterado, tratamos pneumonia → se o RxT for normal, temos risco de bacteremia oculta → trataremos com ceftriaxona se houver vacinação incompleta para Hib, pneumo ou meningo.

📌 Esse tópico da criança de 3 meses a 3 anos com febre alta (≥ 39ºc) é muito complexo. Guarde basicamente que a investigação inicia-se com a URINA e HEMOGRAMA (normalmente a questão já pede os dois de cara) e avança se necessário.

📌 Para facilitar ainda mais, veja que as condutas para “queda do EG”, “≤ 30 dias” e “1 a 3 meses com alto risco” são semelhantes (internação + exames completos, incluindo LCR, hmc e RxT + ATB empírico). Da mesma forma, “1 a 3 meses de baixo risco” e “3 meses a 3 anos com T < 39ºc” têm condutas iguais (observação diária + antitérmico)… neste último, a única diferença é que cogitamos examinar a urina daqueles de 3 meses a 3 anos.

Voltando ao caso, apesar de o RN estar aparentemente BEG, ele tem menos que 1 mês de idade. Logo, deve ser internado, ser submetido a exames para pesquisa de foco e receber ATB com ampi+genta.

📌 Cuidado com o diagnóstico diferencial → FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA = febre com DURAÇÃO > 3 SEMANAS sem foco aparente (ou após 1 semana de investigação hospitalar). Aqui sim necessitamos de maiores investigações sempre obrigatoriamente.

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17
Q

Menino de 8 meses com febre de 39o há 3 dias, irritabilidade e retenção urinária. Não haviam sinais localizatórios ao exame. Hemograma foi normal, e EAS mostrou: glicose, esterase e nitrito negativos; 15 leucócitos/campo; bastonetes gram-negativos presentes ao gram.
Qual é a conduta mais adequada?

A

Atenção: ITU é a principal causa de febre sem sinais localizatórios em lactentes.

O EAS pode corroborar a suspeita de ITU, como nesse caso, em que a criança apresentou piúria (> 5/campo). A presença de nitrito sinaliza ação bacteriana, mas lembre-se que esse exame tem baixa sensibilidade.

Suspeitando de pielonefrite, deve-se iniciar antibioticoterapia empírica, que pode ser feita com CEFTRIAXONA (ou ampi + genta, se houver gram-positivos no gram, visando a cobrir enterococos). Entretanto, NAS CRIANÇAS, ITU SEMPRE DEVE SER CONFIRMADA COM UROCULTURA.

É importante também lembrar que o saco coletor não é um método adequado para a coleta, pois gera muitos falso-positivos por contaminação.

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18
Q

Escolar de 8 anos apresenta exantema maculopapular em face, confluente para região malar. Dois dias depois, evoluiu com exantema de aspecto rendilhado em membros que desapareceu sem descamação. Passadas 2 semanas, teve recorrência do quadro após exercício físico.
Qual é a HD, o agente etiológico e a conduta?

A

Quadro típico de ERITEMA INFECCIOSO, causado pelo parvovírus B19: exantema inicialmente em asas de borboleta, evoluindo com aspecto rendilhado.

A fase prodrômica é inespecífica e o exantema só se inicia cerca de 1 semana depois, quando já não é contagioso.
A conduta é expectante e pode haver exantema recidivante por 1-3 semanas, relacionado a luz solar, calor, exercício ou estresse.

📌 Lembre-se: na anemia falciforme, a infecção pelo parvovírus B19 pode desencadear crise aplásica, devido ao tropismo desse vírus por precursores eritróides

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19
Q

Menino de 5 anos com história de dor de garganta, febre alta e dor abdominal há 2 dias. Ao exame: hipoativo, exantema maculopapular disseminado, de textura áspera, poupando a região perioral e com acentuação nas áreas de dobras. Amígdalas hipertrofiadas e hiperemiadas, língua de coloração vermelho intenso.
Qual é a HD, o agente etiológico e a conduta?

A

Quadro típico de ESCARLATINA, causada pelo Streptococcus pyogenes (beta-hemolítico do grupo A):

  • Exantema em lixa;
  • Sinal de FILATOV: palidez peribucal;
  • Sinal de PASTIA: eritema mais acentuado em pregas;
  • Língua em framboesa;
  • Evolui com descamação laminar das extremidades (em dedos de luva).

O tratamento deve ser feito com PENICILINA BENZATINA IM. Também é aceitável o uso de amoxicilina por 10 dias.

📌 Lembre-se: a febre reumática pode ser prevenida se o ATB for feito nos primeiros 9 dias de doença. Entretanto, a glomerulonefrite pós-estreptocóccica não pode ser prevenida.

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20
Q

Menino de 11 meses apresentou quadro de febre de 39o por 3 dias, acompanhada de obstrução nasal leve, tosse e hiporexia. Após cessar a febre, evoluiu com exantema micropapular iniciado em tronco. Apresentava-se em bom estado geral, sem visceromegalias.
Qual é a HD, o agente etiológico e a conduta?

A

Quadro típico de EXANTEMA SÚBITO, causado pelo herpesvirus humano do tipo 6 ou 7.
A conduta é expectante.

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21
Q

Paciente de 9 meses, imigrante vindo da Venezuela. Apresentou febre, hiperemia conjuntival, rinorreia e tosse por 2 dias. Evoluiu com exantema maculopapular de progressão craniocaudal. Ao exame, apresentava-se ainda febril, regular estado geral e, na mucosa jugal, na altura dos pré-molares, apresentava pontos esbranquiçados sobre uma superfície hiperemiada. Qual é a HD, o agente etiológico e a conduta?

A

Criança apresentando pródromos catarrais seguidos de exantema e MANCHAS DE KOPPLIK (patognomônicas). Trata-se de quadro típico de SARAMPO, causado por um morbilivírus.

A conduta consiste em:

  • Notificação imediata.
  • Para os contactantes: vacinação de bloqueio em até 72h e, para grupos com contraindicação à vacina (imunodeprimidos, gestantes, < 6 meses) uso da imunoglobulina em até 6 dias.
  • Uso de sintomáticos e VITAMINA A.
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22
Q

Paciente de 6 anos com situação vacinal desconhecida. Chegou a emergência com febre de 38,2 há 2 dias, seguida por erupção cutânea iniciada na face e que agora é observada em tronco e membros. Ao exame, apresenta-se em bom estado geral, com discreto rash petequial no palato e adenomegalias occipitais.
Qual é a HD, o agente etiológico e a conduta?

A

Temos um paciente com pródromo de febre baixa, exantema craniocaudal de progressão rápida, LINFADENOMEGALIAS e MANCHAS DE FORCHHEIMER (lesões róseas no palato).

Portante, quadro típico de RUBÉOLA, causado por um rubivírus.

A conduta consiste em:

  • Notificação imediata!
  • Vacinação de bloqueio em até 72h.
23
Q

Escolar de 7 anos apresentando cefaleia, febre e odinofagia há 6 dias. Ao exame apresenta-se febril, linfonodos cervicais anteriores e posteriores palpáveis bilateralmente, com 1-2 cm, de consistência fibroelástica. Orofaringe com exsudato acinzentado e hepatoesplenomegalia à palpação abdominal.
Qual é a HD, o agente etiológico e a conduta?

A

Quadro de FARINGITE, associada a LINFADENOMAGALIA importante e HEPATOESPLENOMEGALIA é o quadro típico de MONONUCLEOSE infecciosa, causada pelo EBV.

No laboratório, notamos LINFÓCITOS ATÍPICOS e ANTICORPOS HETERÓFILOS. Já ao exame físico, vemos pseudomembranas que POUPAM A ÚVULA e acometem as amígdalas.

Tratamento = sintomáticos.

📌 Dica → a questão falará de um quadro suspeito de faringite estreptocócica em ADOLESCENTE que evoluiu com RASH APÓS BETALACTÂMICO.

📌 A esplenomegalia, raramente, pode evoluir com ruptura do baço.

Extra: caso a clínica continue muito suspeita de mononucleose mas os anticorpos heterófilos sejam negativos, podemos solicitar anticorpos específicos anti-EBV → dentre estes, saiba que o anti-VCA IgM é o mais específico e o anti=EBNa é o mais tardio (aparece 3 a 4 meses após o quadro agudo). Assim, se estivermos diante de um quadro de anti-EBNa negativo e anti-VCA positivo, concluímos que é uma infecção aguda.

24
Q

Paciente de 7 anos com febre moderada há 2 dias e sintomas inespecíficos, evoluiu com exantema papulovesicular pruriginoso, que se iniciou em tronco e progrediu para membros. Em alguns locais observam-se pápulas, vesículas e em outros crostas.
Qual é a HD, o agente etiológico e a conduta?

A

Quadro típico de VARICELA, causada pelo vírus varicela-zóster.

Nessa faixa etária, o tratamento é suportivo:

  • Analgésicos e antitérmicos (lembrando de não utilizar AAS!)
  • Anti-histamínicos para controle do prurido
  • Afastamento das atividades até que todas as lesões estejam em fase de crostas
  • Antibióticos em caso de infecção bacteriana secundária das lesões (S.pyogenes e S.aureus): penicilina, cefalosporinas de 1a geração ou oxacilina
25
Q

RN com hipoplasia de membros e lesões de pele cicatriciais.
A mãe fez acompanhamento pré-natal, sem intercorrências, exceto por quadro de varicela no 1o trimestre da gestação.
Qual é a HD?

A

Quadro de varicela CONGÊNITA, que ocorre quando há infecção da gestante ANTES DE 20 SEMANAS de IG, culminando em teratogenicidade.

26
Q

Paciente de 3 anos é levado ao pronto socorro com queixa de febre ao longo da última semana, depressão progressiva da consciência, vômitos e cefaleia. Ao exame, apresentava sinais meníngeos e alteração da motricidade ocular. TC de crânio demonstrou aumento de todo o sistema ventricular. Análise do líquor apresentava 400 leucócitos, sendo 80% de mononucleares, glicorraquia = 5 e proteinorraquia = 300.
Qual é a hipótese diagnóstica mais provável e o tratamento?

A

Paciente com evolução progressiva de hipertensão intracraniana, sinais meníngeos, ALTERAÇÃO DE PARES CRANIANOS e líquor com hiperproteinorraquia importante e INFILTRADO MONONUCLEAR.

É um quadro clássico de MENINGITE TUBERCULOSA, que é a causa mais frequente de meningite SUBAGUDA no nosso meio. Cursa frequentemente com alteração da drenagem liquórica por granulomas no espaço subaracnóideo e com alteração de pares cranianos devido à predileção pela base do crânio.

O tratamento é tradicionalmente feito com o esquema RIPE por 12 MESES, mas lembre-se que os menores de 10 anos não podem utilizar etambutol. Acrescenta-se CORTICÓIDE por 2-4 meses.

27
Q

Quais são os exames de imagem indicados para investigação do trato urinário em crianças após ITU?

A

Esse tema não é consensual, mas de forma geral considera-se que após o primeiro episódio de ITU febril, passada a fase aguda, deve-se investigar malformações do trato urinário com exames de imagem.

Frequentemente o USG é o exame inicial, e permite identificar uretero-hidronefrose e alterações do parênquima renal.

A uretrocistografia miccional é o único exame que permite o diagnóstico direto do refluxo vesicoureteral. Está indicada sempre que o USG estiver alterado (e, segundo a SBP, associado ao US para os menores de 2 anos).

A cintilografia com DMSA é padrão-ouro para o diagnóstico de pielonefrite aguda, mas na prática é mais utilizada para a pesquisa de sequelas crônicas.

📌 Lembra-se da diferença das citilografias renais:

  • DMSA = estática (S de Static) = avalia cicatriz;
  • DTPA = dinâmica = avalia função.
28
Q

Menino de 2 anos com história de febre de 39 graus há 7 dias. Evoluiu em sequência com hiperemia ocular, lábios avermelhados, língua em framboesa, exantema maculopapular em tronco e linfadenomegalias cervicais.
Qual é a hipótese diagnóstica e a conduta?

A

Trata-se de DOENÇA DE KAWASAKI.

São necessários 5 dos critérios, sendo a febre obrigatória:

  • Febre ≥ 5 dias (critério obrigatório);
  • Conjuntivite não-purulenta bilateral;
  • Alterações em lábio e cavidade oral;
  • Linfonodomegalia cervical;
  • Exantema polimorfo;
  • Alterações em extremidades (eritema, edema ou enduração).

É uma vasculite de médio calibre típica da infância, que pode cursar com AUMENTO DE C3, ANEMIA, HIPOALBUMINEMIA, LEUCOCITOSE, TROMBOCITOSE, AUMENTO DE ALT e LEUCOCITÚRIA ASSÉPTICA.

Deve-se sempre solicitar ECOCARDIOGRAMA, pois a principal complicação é a ocorrência de ANEURISMA DE CORONÁRIAS.

O tratamento é feito com IMUNOGLOBULINA o mais precocemente possível e AAS.

29
Q

Quais são as indicações para o uso de acicovir oral e venoso na varicela?

A

Lembre-se que, na maioria dos casos de varicela, o tratamento é apenas suportivo.

Aciclovir oral:

  • Maiores de 12 anos (tem maior risco de complicações)
  • Segundo caso no mesmo domicílio
  • Doenças crônicas cutâneas ou pulmonares
  • Paciente em uso de corticoterapia não-imunossupressora ou AAS (risco de Síndrome de Reye)

Aciclovir venoso: requer internação em isolamento respiratório (transmissão por aerossóis)

  • Imunodeprimidos (risco de varicela progressiva)
  • Recém-nascidos
30
Q

Menino de 7 meses é trazido à consulta ambulatorial por diarréia crônica com esteatorréia. Já foi internado duas vezes devido à pneumonia, aos 2 e 5 meses, necessitando de ventilação mecânica na última. Ao exame: regular estado geral, descorado, peso e estatura abaixo do percentil 3; pulmões com murmúrio vesicular presente simétrico e estertores subcrepitantes difusos; abdome distendido, com fígado à 5 cm do rebordo costal direito, levemente endurecido.
Qual é a HD e o exame confirmatório?

A

Temos um lactente com atraso de crescimento, diarréia crônica e dois episódios prévios de pneumonia grave.
O diagnóstico provável é de FIBROSE CÍSTICA (ou mucoviscidose).

É uma doença AUTOSSÔMICA RECESSIVA que atinge as GLÂNDULAS EXÓCRINAS, relacionada a prejuízo no transporte transmembrana de CLORO. Com isso, as secreções tornam-se mais viscosas, predispondo a: sinusopatias, otite, infecção broncopulmonar crônica com lesão progressiva, insuficiência pancreática exócrina com consequente disabsorção, obstrução biliar e fibrose periportal. Nas glândulas sudoríparas, há aumento da produção de suor com perda excessiva de sais, o que pode levar à desidratação hiponatrêmica e alcalose hipoclorêmica.

É uma das doenças triadas pelo teste do pézinho, e o diagnóstico pode ser confirmado com a dosagem de cloro e sódio no suor (que estará aumentada).

31
Q

Menino de 3 anos, que frequenta creche. Apresenta febre alta e fezes amolecidas há 3 dias. Ao exame, em regular estado geral, apresentando sialorréia, linfonodos submandibulares indolores, lesões vesiculosas em mãos, pés, região perianal e cavidade oral, com intensa hiperemia de pilares amigdalianos e faringe.
Qual é a HD?

A

Criança com diarréia e lesões vesiculosas em mucosas, mão e pés.
Trata-se de Síndrome Mão-Pé-Boca, causada mais comumente pelo vírus COXSACKIE (enterovírus também podem ser causadores).
As vesículas na cavidade oral evoluem como pequenas úlceras envoltas por um halo de hiperemia.

32
Q

Em uma enfermaria estão internadas 4 crianças. A primeira, finalizando tratamento para pielonefrite, desenvolveu varicela durante a internação.
As outras crianças são: João, 11 meses, realizando sessões de pulsoterapia para doença de Still; Maria, 8 meses, hígida, em tratamento para PAC; José, 4 anos, em PO de cirurgia ortopédica por fratura.
Qual deve ser a conduta com relação à profilaxia de varicela?

A

A profilaxia pós-exposição contra varicela é indicada para indivíduos mais suscetíveis à doença grave, como IMUNODEPRIMIDOS, GESTANTES e PREMATUROS. Outras indicações são varicela em CRECHES e HOSPITAIS, para evitar surto.

Para receber, o indivíduo tem que ter exposição significativa a uma pessoa infectada e se enquadrar em um dos contextos a seguir:

  • Ausência de quadro de varicela prévio; OU
  • Não ter recebido vacinação; OU
  • Ter imunossupressão celular grave (este recebe independentemente do histórico);

É feita de duas maneiras possíveis:

1) VACINAÇÃO DE BLOQUEIO →é feita em até 5 DIAS em IMUNOCOMPETENTES ≥ 9 MESES para controle de surto em HOSPITAL ou CRECHE.

📌 Assim, se uma criança saudável ≥ 9 meses teve contato em casa com seu irmão com varicela, ele não receberá a vacinação de bloqueio.

2) IMUNOGLOBULINA → é feita em até 4 DIAS para nas seguintes situações de contraindicação à vacina:

  • Bloqueio hospitalar ou em creche em < 9 MESES;
  • Risco especial de varicela grave → IMUNODEPRIMIDOS, GESTANTES, todos RN prematuro < 28s, RN prematuro ≥ 28s filho de mãe suscetível (não teve varicela ou não vacinou), e todo RN (independente da IG) que a mãe apresentou varicela 5 dias antes a 2 dias após o parto.

Respondendo à questão: José receberá a vacinação de bloqueio (tem 4 anos e é hígido). Receberão a imunoglobulina Maria (< 9 meses) e João (imunossuprimido).

📌 Lembrando que varicela só é notificada em casos graves ou fatais.

33
Q

RN de parto normal está no 5 dia de vida, sem intercorrências, quando sua mãe inicia quadro de varicela. Qual deve ser a conduta?

A

A varicela pós-natal NÃO É MAIS GRAVE do que aquela que é adquirida nas crianças mais velhas. Esta criança deve ser apenas observada.

📌 Existe indicação de profilaxia pós-exposição com imunoglobulina para os RN cuja mãe desenvolva varicela no período de 5 DIAS ANTES a 2 DIAS DEPOIS DO PARTO. Quando a gestante adquire varicela neste período, a transmissão transplacentária do vírus para o bebê é maciça, e não há tempo de haver produção de anticorpos maternos para proteção do bebê. Utiliza-se a quimioprofilaxia para prevenir a varicela de transmissão vertical

📌 VARICELA só é NOTIFICADA em casos GRAVES OU FATAIS.

34
Q

A crupe viral é a causa de estridor mais cobrada nas provas. Quando pensamos nela ou em outras etiologias?

A

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DO ESTRIDOR:

  • Crupe viral = quadro insidioso + pródromo de IVAS + resposta ao corticóide e epinefrina.
  • Laringotraqueíte bacteriana = semelhante à crupe viral, mas NÃO responde ao corticoide e à epinefrina.
  • Epiglotite = toxemia desde o início do quadro.
  • Crupe espasmódico = surge principalmente de madrugada e desaparece espontaneamente.
  • Laringomalácea = estridor crônico (principalmente inspiratório e que piora com choro) + fatores de risco estruturais.
  • Estenose = estridor crônico após IOT.

📌 A laringomalácea é a principal causa de estridor congênito… mas, muitas vezes, só surge após várias semanas de vida.

35
Q

Lactente de 4 meses foi internado com história de febre alta há três dias, dispnéia e gemência. A radiografia de tórax revelou infiltrado no terço superior do pulmão esquerdo e imagem de hipotransparência de permeio com nível hidroaéreo. Ao exame físico, apresentava prostração, tiragem subcostal e impetigo bolhoso na perna esquerda.

Qual é a melhor opção inicial de ATB?

A

Diante de pneumonia típica grave + pneumatocele (“hipotransparência de permeio com nível hidroaéreo”) + porta de entrada na pele → devemos pensar em infecção por S. aureus!

O tratamento é feito com OXACILINA.

36
Q

Do que se trata o escore de Centor modificado?

A

O Escore de Centor Modificado estima o risco de uma faringite ser estreptocócica. Os itens do avaliados são (mnemônico “FANTA”):

  • Febre ≥ 38ºC;
  • Adenopatia dolorosa;
  • Não tosse;
  • Tonsila (exsudato/hipertrofia);
  • Age (idade) de 3 a 14 anos.

📌 Cada item do escore soma 1 ponto (obs: caso a idade seja > 44 anos, subtrai 1 ponto).

Condutas:

  • 0 ou 1 → muito provavelmente é viral;
  • ≥ 2 → testagem (cultura ou teste rápido);
  • ≥ 4 → ATB empírico (mas mesmo assim é importante testar, se possível).
37
Q

Qual ATB utilizar nas IVAS?

A

📌 Lembrando que a maioria das IVAS são virais.

1) Na FARINGOAMIGDALITE bacteriana, na qual o principal agente é o S. PYOGENES (estreptococo beta-hemolítico do grupo A), a primeira é escolha é a PENICILINA BENZATINA em dose única.

📌 O tratamento pode ser feito em até 9 dias para previnir a febre reumática (mas não previne GNPE).

2) Na OMA e nas RINOSSINUSITES bacterianas o principal agente é o S. PNEUMONIAE (pneumococo) → optamos por AMOXICILINA 40-50mg/kg/dia.

📌 Se suspeitarmos de pneumococo com alta afinidade das PBP (como crianças CRECHE ou com uso de ATB < 30 DIAS), devemos usar a AMOXICILINA EM DOSE DOBRADA (90-100mg/kg/dia).

📌 Caso haja a associação de OMA + CONJUNTIVITE, provavelmente o patógeno é o H. INFLUENZAE não tipável. Nesse caso, já entramos de cara com AMOXICILINA+CLAVULANATO.

3) E se os tratamentos acima foram refratários?

  • Faringoamigdalite → pensar em mononucleose;
  • OMA → dobrar a dose da amoxicilina OU associar clavulanato;
  • Rinussinusite → dobrar a dose da amoxicilina (90-100mg/kg/dia).

📌 Também devemos investigar complicações como os abscessos na faringoamigdalite, a mastoidite na OMA e as celulites orbitárias na rinossinusite.

ATENÇÃO a um conceito fundamental→ introduzimos clavulanato para cobrir melhor H. influenzae e M. catharralis! Já a dose dobrada de amoxicilina é para melhorar a cobertura do pneumococo resistente!

38
Q

Qual é o achado mais característico da celulite orbital?

A

As celulites periorbital (pré-septal) e orbital (pós-septal) são complicações possíveis da rinossinusite bacteriana.

O achado que as difere é a PROTRUSÃO OCULAR na CELULITE ORBITAL.

39
Q

Qual é a clínica clássica de criança com corpo estranho nasal?

A

Rinorreia UNILATERAL fétida e piossanguinolenta.

40
Q

Em até quanto tempo fazemos as profilaxias pós-exposição das seguintes condições:

  • Sarampo;
  • Rubéola;
  • Varicela;
  • HIV;
  • Hepatite B?
A
  • Sarampo = vacina em 3 dias ou imunoglobulina em 6 dias → “parampo 36”
  • Rubéola = vacina em 3 dias;
  • Varicela = vacina em 5 dias ou imunoglobulina em 4 dias;
  • HIV = 3 dias.
  • Hepatite B = completar vacinação + imunoglobulina em até 14 dias.
41
Q

Quais é o período de transmissão de cada uma das seguintes condições:

  • Rubéola;
  • Sarampo;
  • Varicela;
  • Eritema infeccioso?
A
  • Rubéola = 5 dias antes a 6 dias após o quadro;
  • Sarampo = 6 dias antes a 4 dias após o exantema;
  • Varicela = 2 dias antes do exantema até todas as lesões estarem em crosta;
  • Eritema infeccioso = cessa quando a face fica “esbofeteada”.
42
Q

Cite duas doenças exantemáticas com evolução cranio-caudal do exantema e três centrífugas.

A

CRANIO-CAUDAL →SARAMPO e RUBÉOLA.

📌 O exantema do sarampo é mais avermelhado (“morbiliforme”) e tem descamação furfurácea. Já o da rubéola é mais rosado (“rubeoliforme”) e não descama.

CENTRÍFUGA → EXANTEMA SÚBITO, VARICELA e ESCARLATINA.

43
Q

Em quais das doenças a seguir o exantema desaparece com descamação?

  • Rubéola;
  • Sarampo;
  • Varicela;
  • Eritema infeccioso;
  • Exantema súbito;
  • Escarlatina.
A

No SARAMPO há descamação FURFURÁCEA.

Na ESCARLATINA há descamação LAMINAR (fina).

📌 Rubéola, exantema súbito, eritema infeccioso e varicela não descamam!

44
Q

Qual é o principal agente etiológico da otites externas?

A

PSEUDOMONAS AERUGINOSA. Outro agente também frequente é o S. aureus.

45
Q

Complete com a quantidade necessária de eventos para suspeitarmos de imunodeficiência primária:

  • Pneumonias;
  • Otites novas;
  • Faringoamigdalites;
  • Meningite grave;
  • Osteoartrite grave.
  • Septicemia.
A

Devemos suspeitar de imunodeficiência se…

  • Pneumonias → ≥ 2 no último ano;
  • Otites novas → ≥ 4 no último ano;
  • Faringoamigdalites → NÃO É CRITÉRIO!!! Cuidado com pegadinhas.
  • Meningite grave → 1;
  • Osteoartrite grave → 1;
  • Septicemia → 1.

📌 Também suspeitamos diante das seguintes condições:

  • Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses;
  • Abscessos de repetição ou ectima;
  • Infecções intestinais de repetição/diarreia crônica;
  • Asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune;
  • EFEITO ADVERSO AO BCG e/ou infecção por micobactérias;
  • Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada à imunodeficiência;
  • HF de imunodeficiência.
46
Q

Menino de 5 anos chega à UPA com febre e tosse há dois dias, recusa alimentar e hipoatividade. Ao exame físico, apresenta-se prostrado, sonolento, taquidispneico, taquicárdico, afebril, pulsos finos, com enchimento capilar de 5 segundos e pressão arterial de 60x30 mmHg. Na ausculta de aparelho respiratório, apresenta sopro tubário em hemitórax esquerdo. Foram realizados três “bolus” com 20 mL/Kg de soro fisiológico, sem melhora clínica.

Em relação ao caso anterior, qual a droga mais adequada?

A

ADRENALINA é a droga de escolha em CHOQUES FRIOS na pediatria, ou seja, quando há sinais de baixa perfusão;

📌 A NORADRENALINA é a droga para os choques QUENTES.

47
Q

Na classificação da desidratação na diarreia aguda pediátrica, quais tempos de enchimento capilar levamos em conta?

A

< 3s = sem desidratação
3 a 5s = desidratação;
≥ 5s = desidratação grave.

48
Q

Vincule o achado abaixo com o principal parasita associado nas provas:

  • Abscesso hepático + febre de origem indeterminada;
  • Síndrome diasbsortiva + intolerância secundária à lactose + diarreia alternada com constipação;
  • Obstrução intestinal;
  • Anemia ferropriva;
  • Sepse por gram-negativos + epigastralgia;
  • Prurido anal noturno;
  • Prolapso retal;
  • Acometimento hepático + eosinofilia + acometimento ocular;
  • Epilepsia;
  • Hepatomegalia esquerda + esplenomegalia + hipertensão portal + nadar em rios.
A

Guarde os links mentais:

  • Abscesso hepático + febre de origem indeterminada → AMEBA.
  • Síndrome diasbsortiva + intolerância secundária à lactose + diarreia alternada com constipação → GIARDIA;
  • Obstrução intestinal → ASCARIS;
  • Anemia ferropriva →NECATOR e ANCYLOSTOMA;
  • Sepse por gram-negativos + epigastralgia (STRONGYLOIDES);
  • Prurido anal noturno → ENTEROBIUS (Oxiurus);
  • Prolapso retal → TRICHURIS;
  • Acometimento hepático + eosinofilia + acometimento ocular → TOXOCARA;
  • Epilepsia → TENIA (neurocisticercose);
  • Hepatomegalia esquerda + esplenomegalia + hipertensão portal + nadar em rios → SCHISTOSSOMA;

📌 Fazem ciclo de Loss → NASAT:

  • Necator.
  • Ancylostoma.
  • Strongyloides.
  • Ascaris.
  • Toxocara.
49
Q

Resumidamente, quais são as drogas de escolha para as diarreias parasitárias?

A
  • Protozoários (ameba e giardia) = metronidazol.
  • Strongyloides = ivermectina.
  • Tenia e Schistossoma = praziquantel (+ dexametasona se neurocisticercose).
  • Restante = albendazol.

📌 Praziquantel não pode ser usado em crianças e albendazol não pode ser usado em < 2 anos.

📌 Pamoato de pirvínio é uma opção específica para oxiuríase.

50
Q

Quais agentes das diarreias parasitárias penetram pela pele? E quais são de transmissão fecal-oral?

A

Penetram pela pele (“NAS” do NASAT + schistossoma):

  • Necator.
  • Ancylostoma.
  • Strongyloides.
  • Schistossoma.

Transmissão fecal-oral:

  • Ameba.
  • Giardia.
  • Ascaris.
  • Enterobius.
  • Trichuris.
  • Toxocara.
  • Tenia.
51
Q

Menina de 4 anos apresenta linfadenomegalia cervical à esquerda de 2,5 cm, dolorosa e associada a eritema local e febre, além de leucocitose ao hemograma.

Qual a conduta inicial mais adequada?

A

Define-se um linfonodo como aumentado se o seu diâmetro for ≥ 1cm nas regiões cervical e axilar e ≥ 1,5cm na região inguinal.

Agora, vamos relembrar os sinais de alarme (podem sugerir causa tumoral) de um linfonodo aumentado:

  • INDOLOR;
  • FIRME;
  • ADERIDO a planos profundos;
  • Crescimento RÁPIDO;
  • NÃO DIMINUEM diminuem em 4-6 semanas ou não retornam ao normal em 8 semanas;
  • Presença de SINTOMAS B;
  • Distribuição GENERALIZADA (afeta ≥ 2 áreas não-contíguas);
  • Hepatoesplenomegalia (se excluído EBV);
  • Localização SUPRACLAVICULAR ou MEDIASTINAL;

📌 Linfonodomegalia de causa infecciosa é dolorosa,
quente, eritematosa e pode fistulizar. Na etiologia viral (mais comum), pode ser mais difusa e com flogose menos intensa do que na bacteriana.

A nossa HD, então, é de uma linfonodomegalia localizada de origem infecciosa (cuidado para não ver a leucocitose e assustar achando que é leucemia!). Provavelmente trata-se de uma ADENITE BACTERIANA, causada por S. aureus ou S. pyogenes.

Segundo a SBP, nas linfonodomegalias localizadas de cabeça e pescoço com sinais inflamatórios podemos iniciar teste terapêutico com ANTIBIÓTICO (amoxicilina ou cefalosporina).

📌 Lembre-se de uma informação: a principal forma clínica da tuberculose extrapulmonar em crianças é a tuberculose ganglionar. Se fosse esse o quadro, teríamos evolução subaguda, linfonodo endurecido e aderido, sem sinais flogísticos tão intensos.

52
Q

Classificação de gravidade da pneumonia pediátrica segundo a OMS

A

GRAVE = tiragem SUBSCOSTAL.

📌 Atenção: é subcostal e não intercostal.

MUITO GRAVE:

  • Cianose central;
  • Desnutrição grave;
  • Batimento de asa do nariz;
  • Recusa de líquidos;
  • Convulsões;
  • Sonolência;
  • Estridor em repouso.

📌 Além desses pontos acima, também devemos internar todos com < 2 meses.

53
Q

Em menores de 3 anos, qual é o principal agente causador de faringite e amigdalite?

A

Adenovírus.

Lembre-se que ele pode causar a famosa “febre faringo-conjuntival”, que cursa com faringite + conjuntivite. Também pode causar cistite hemorrágica.