Patologia Do Trabalho Flashcards

1
Q

Doenças profissionais são aquelas que decorrem de exposição obrigatória a um agente nocivo no local de trabalho?

A

Sim. Estão associadas a agentes nocivos aos quais dificilmente seria expostos fora do local de trabalho (p. Ex: asbesto).

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2
Q

O que é doença do trabalho?

A

É aquela que decorre do ambiente ou de condições especiais em que o trabalho é realizado e tem relação direta com ele. Não se refere especificamente ao cargo ou a profissão.

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3
Q

Quais as doenças que não são consideradas doenças do trabalho?

A

Degenerativas, aquelas próprias de determinado grupo etário, as que não produzem incapacidade laborativa e endêmicas.

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4
Q

O que é uma doença profissional?

A

É desencadeada em decorrência da exposição continua a agentes de risco, sejam físicos, químicos ou outros.

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5
Q

O que é uma doença Schilling I?

A

Uma doença onde o trabalho é causa necessária, doença profissional.

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6
Q

O que é uma doença Schilling II?

A

Doença onde o trabalho pode ser fator de risco e contributivo, mas não necessário.

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7
Q

O que é uma doença Schilling III

A

Aquela onde o trabalho provoca um distúrbio latente ou agrava uma doença pré-existente.

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8
Q

Quais tópicos consideramos na análise de nexo causal?

A
  • Natureza da exposição
  • Especificidades da relação causal
  • Força de associação
  • Tipo de relação causal (Schilling)
  • Grau de intensidade de exposição
  • Tempo de exposição
  • Tempo de latência
  • Registros anteriores de outros trabalhadores
  • Evidências epidemiológicas
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9
Q

Quais são os três tipos de nexo técnico previdenciário?

A
  • NTEP
  • Nexto técnico profissional ou do trabalho
  • Nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual
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10
Q

O que é o NTEP?

A

Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, determinado pela lista C do Decreto 3.048/99

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11
Q

O que é o NTP?

A

Nexo técnico profissional ou do trabalho, configurado através da análise das Listas A e B do Anexo II do Decreto 3.048/99

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12
Q

O que é o Nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual?

A

Aquele onde o perito avalia individualmente cada caso e define se há nexo causal de acordo com as particularidades do caso.

Art. 20º da Lei 8.213/91

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13
Q

Quais são as situações de notificação compulsória relacionadas ao trabalho da Portaria 204/2016?

A
  • Acidente de trabalho (AT) com exposição a material biológico
  • AT grave, fatal ou em crianças e adolescentes¹
  • Acidente por animal peçonhento¹
  • HIV/SIDA
  • Intoxicação exógena
  • Tétano acidental e neonatal

1 - Notificação imediata

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14
Q

Qual o tempo de notificação compulsória para Acidente de trabalho (AT) com exposição a material biológico?

A

1 semana

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15
Q

Qual o tempo de notificação compulsória para Acidente de trabalho grave, fatal ou em adolescentes?

A

Imediata (24h)

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16
Q

Qual o tempo de notificação compulsória para Acidente com animal peçonhento?

A

Imediata (24h)

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17
Q

Qual o tempo de notificação compulsória para HIV/SIDA?

A

Semanal

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18
Q

Qual o tempo de notificação compulsória para Intoxicação Exógena?

A

Semanal

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19
Q

Qual o tempo de notificação compulsória para Tétano?

A

Semanal

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20
Q

Quais doenças de saúde do trabalhador são monitoradas em unidades sentinelas?

A
  1. Câncer relacionado a otrabalho
  2. Dermatoses ocupacionais
  3. LER/DORT
  4. PAIR relacionada ao trabalho
  5. Pneumoconioses relacionadas ao trabalho
  6. Transtornos mentais relacionados ao trabalho
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21
Q

Qual o período de comunicação negativa de notificação compulsória?

A

Semanalmente

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22
Q

Qual a parte do ouvido mais comumente danificada no trabalho?

A

Ouvido interno

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23
Q

Qual o principal fator de risco associado a doenças otorrinolaringológicas associadas ao trabalho?

Cite outros três.

A

Ruído.

Vibrações, agentes químicos, infecções, pressão atmosférica, radiação.

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24
Q

Qual o mecanismo fisiopatológico da PAIR?

A

Excesso de estimulação gera radicais livres, que causam oxidação e apoptose, gerando degeneração das células ciliadas do órgão de Corti.

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25
Q

Qual parte do ouvido interno é mais grave, e qual é mais aguda?

A

A parte mais central da espiral é a mais aguda, e o começo é a parte mais grave.

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26
Q

A PAIR tende a progredir se cessada a exposição ao ruído?

A

Geralmente não.

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27
Q

Quais as frequências mais acometidas na PAIR?

A

3, 4 e 6 mil Hz.

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28
Q

Qual o tipo de perda auditiva na PAIR?

A

Neurossensorial

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29
Q

A PAIR é reversível?

A

Não.

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30
Q

Qual o limite (em geral) da intensidade de perda na PAIR?

A

40 dB nas frequências baixas e 75 nas altas.

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31
Q

A PAIR torna a orelha mais sensível ao ruído?

A

Geralmente não.

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32
Q

A perda na PAIR pode afetar frequências além de 3, 4 e 6 kHz?

A

Sim.

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33
Q

V ou F

A PAIR pode cursar com zumbido, disacusia, diminuição da inteligibilidade da fala e prejuízo à comunicação

A

Verdadeiro.

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34
Q

Quais os limites de tolerância de ruído na NR-15 para prevenção de PAIR?

A

85 dB - 8 horas
90 dB - 4 horas
95 dB - 2 horas
100 dB - 1 hora

Cada 5 dB equivalem, em média, ao dobro da dose.

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35
Q

Quais agentes ocupacionais, além do ruído, podem causar PAIR?

A
  • Químicos: solventes (p. ex: tolueno, CS2), fumos metálicos (mercúrio, dióxido de germânio, estanho, chumbo), gases asfixiantes (p. ex: CO, cianeto de H, tabaco), nitrilas,
  • Físicos: vibrações, radiação, calor
  • Biológicos: vírus e bactérias
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36
Q

Quais fatores endógenos podem colaborar no desenvolvimento da PAIR?

A

Genética, bem como metabólicos e bioquímicos, por exemplo:

  • Diabetes
  • Síndrome de Alstromg
  • Insuficiência adrenocortical
  • Dislipidemias
  • Hiper e hipotireoidismo
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37
Q

Quais medicamentos são comumento ototóxicos?

A
  • Salicilatos
  • Aminoglicosídeos
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38
Q

Qual a classe de Schilling da PAIR?

A

I - Se não houverem fatores de risco
II - Maioria dos casos, já que é difícil comprovar a ausência de risco genético e exposição a ruído extraocupacional

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39
Q

Quais os estágios de evolução da PAIR?

A
  1. Aguda (2 a 3 semanas)
  2. Assintomática (meses a anos)
  3. Sintomática
  4. Surdez
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40
Q

Quais as características clínicas do estágio agudo da PAIR?

A

Tinido ao final do expediente, plenitude auricular, cefaleia e tontura. Melhora após 2 a 3 semanas.

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41
Q

Qual o padrão de perda auditiva inicial na PAIR?

A

Perda iniciada em 3, 4 e 6 KHz, em formato de “V” (geralmente mais intensa em 4 KHz), que espalha-se para outras frequências tardiamente.

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42
Q

O que caracteriza o estágio 3 da PAIR?

A

Sintomatologia, em especial redução da capacidade de audição de sons agudos (p. ex: campainha).

A perda auditiva está entre 45 a 60 dB.

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43
Q

Qual o limiar, em decibéis, para se considerar que há PAIR?

A

25 dB

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44
Q

V ou F

A otalgia é um sintoma comum da PAIR.

A

Falso

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45
Q

O que são acufenos?

A

Tinido ou zumbido.

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46
Q

O que é recrutamento auditivo?

A

Aumento da sensação de intensidade sonora, podendo causar desconforto auditivo em ruídos intensos. É comum na PAIR.

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47
Q

Quais outras condições podem gerar entalhe na audiometria, além da PAIR?

A
  • Presbiacusia
  • Otospongiose
  • Infecções e sequelas
  • Tumores
  • Fístulas labirínticas
  • Doença de Menière
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48
Q

V ou F

Na fase aguda da PAIR a audiometria pós-exposição pode mostrar aumento reversível do limiar auditivo em frequências agudas.

A

Verdadeiro

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49
Q

Qual o tratamento da PAIR?

A

Nenhum, os danos são irreversíveis.

Orienta-se uso de EPI, e quando indicado¹, afastamento das atividades ruidosas.

1 - Frequentemente não há incapacidade para o trabalho, pois a perda auditiva não acomete a frequência de fala e geralmente o trabalho não exige excelente audição.

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50
Q

Quais são as frequências de fala na audiometria?

A

500, 1000 e 2000 Hz

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51
Q

Qual o nível de ação para ruídos?

A

80 dBA

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52
Q

O que compõe o PCA - Programa de Conservação Auditiva?

A
  • Identificação dos riscos
  • Avaliação dos trabalhadores
  • Controle de exposição
  • Acompanhamento
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53
Q
A
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54
Q

V ou F

A audiometria está indicada no exame admissional, periódico e demissional de todo trabalhador exposto frequentemente a 80 dB ou mais de ruído.

A

Verdadeiro

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55
Q

O que fazer ao diagnosticar uma PAIR?

A
  • Informar empregador e empregado
  • Fornecer exames ao empregado
  • Examinar outros trabalhadores do mesmo GHE
  • Relatar no relatório anual do PCMSO
  • Emitir CAT
  • Notificação compulsória
  • Orientar medidas de controle ao empregador
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56
Q

Quais os principais motivos para ruptura de tímpano ocupacional?

A
  • Descompressão/Recompressão rápida
  • Descida rápida de aeronave não pressurizada
  • Subida rápida de mergulhador
  • Altos níveis de pressão sonora súbita
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57
Q

Qual a classificação de Schilling da ruptura de tímpano?

A

I, quando for associada ao trabalho.

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58
Q

Qual o mecanismo da ruptura de tímpano por barotrauma?

A

Alteração súbita da pressão do ar ambiente, gerando diferença de pressão do ouvido médio e consequência lesão de estruturas, como a membrana timpânica, vasos sanguíneos (otorragia) e membrana da janela redonda.

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59
Q

Qual a manifestação clínica da ruptura de tímpano?

A
  • Cessação súbita da dor
  • Passagem de água do ouvido para a garganta
  • Otorragia
  • Saída de ar sibilante pelo ouvido ao assoar o nariz
  • Surdez (eventual)
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60
Q

Como é feito o diagnóstico de ruptura de tímpano?

A

História clínica, ocupacional e exame físico (otoscopia)

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61
Q

Qual exame é recomendado em suspeita de pneumoconiose?

A

Radiografia de Tórax em padrão OIT

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62
Q

Quais as medidas após identificar uma pneumoconiose?

A
  • Informar trabalhador e empregador
  • Avaliar outros trabalhadores
  • Emitir CAT
  • Notificação compulsória
  • Orientar medidas de proteção ao empregador
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63
Q

Quais as medidas após identificar uma perfuração de septo nasal relacionada ao trabalho?

A
  • Informar trabalhador e empregador
  • Avaliar outros trabalhadores
  • Emitir CAT
  • Notificação compulsória (?)
  • Orientar medidas de proteção ao empregador
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64
Q

Qual a clínica da perfuração de septo nasal?

A
  • Secreção sanguinolenta
  • Ardência
  • Dor nas fossas nasais

Frequentemente é assintomática

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65
Q

Quais os fatores de risco ocupacionais para perfuração de septo nasal?

A
  • Arsênio
  • Cádmio
  • Cromo hexavalente
  • Névoas de ácido cianídrico
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66
Q

Como é feito o diagnóstico da perfuração de septo? Quais os DDx?

A

Através de história clínica e rinoscopia direta.

DDx: Uso de drogas, hanseníase e leishmaniose

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67
Q

Qual o grupo de Schilling da perfuração de septo nasal?

A

Excluídos outros fatores, Schilling I.

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68
Q

Qual a principal profissão que deve chamar a atenção em caso de perfuração de septo nasal?

A

Galvanoplastia

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69
Q

Qual a fisiopatologia da asma?

A

Obstrução reversível de vias aéreas por hiperreatividade brônquica, produção de muco e espasmo muscular, frequentemente responsivos ao uso de broncodilatadores

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70
Q

Qual a clínica da asma ocupacional?

A
  • Tosse
  • Sibilância
  • Dispneia
  • Aperto no peito

Sintomas piores após exposição ocupacional e melhoram ao afastamento.

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71
Q

Quais os principais fatores de risco para asma (em geral)?

A

Atopia
Genética

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72
Q

Quais os tipos de asma relacionada ao trabalho e seus Schilling?

A

Asma ocupacional propriamente dita - I
Asma agravada pelo trabalho - III¹

1 - Asma pré-existente ou melhorada que piora ou retorna com a exposição a agentes ocupacionais

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73
Q

Quais os principais agentes relacionados à asma ocupacional?

A
  • Cloro gasoso
  • Cromo (névoas de ácido crômico)
  • Poeiras de algodão, linho, cânham ou sisal (fiação e tecelagem)
  • Formol (aldeído fórmico) e polímeros
  • Aminas aromáticas
  • Níquel
  • Cloreto de vinila e teflon (pirólise de plásticos)
  • Outras substâncias de origem vegetal
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74
Q

Quais os métodos diagnósticos para determinar a presença de asma ocupacional?

A
  • História clínica e ocupacional
  • Espirometria - VEF1 reduzido
  • Curva de Peak Flow - Estabelece nexo causal¹
  • Testes de provocação brônquica - deve ser feito em ambiente hospitalar
  • Testes cutâneos - ajudam a identificar atopias e sensibilizações, mas não são prova definitiva da etiologia ocupacional

1 - 4 medidas diárias por 2 semanas no local de trabalho e 2 semanas fora. Passível de inconsistências e manipulação.

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75
Q

Qual a utilidade da radiografia de tórax OIT na asma?

A

Excluir diagósticos diferenciais.

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76
Q

Qual o tratamento da asma ocupacional?

A
  • Corticoides
  • Broncodilatadores
  • Brometo de Ipratrópio (NBZ)
  • Afastar da exposição
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77
Q

Como a asma ocupacional pode ser prevenida?

A

Controle de exposição a potenciais agentes no ambiente de trabalho.

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78
Q

Qual o sítio de depósito da pneumoconiose por carvão?

A

Alvéolo.

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79
Q

Qual o Schilling da pneumoconiose por carvão?

A

1.

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80
Q

Qual o outro nome da pneumoconiose por carvão?

A

Dos mineiros.

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81
Q

Qual tipo de carvão causa pneumoconiose?

A

Carvão mineral

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82
Q

Quais as formas de pneumoconiose por carvão mineral?

A
  • Simples: lenta e pouco sintomática
  • Complicada: fibrose maciça progressiva, com dispneia, alterações funcionais respiratórias e letalidade mais alta
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83
Q

V ou F

A pneumoconiose por carvão mineral é irreversível

A

Verdadeiro

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84
Q

O que é a síndrome de Caplan?

A

Pneumoconiose por carvão mineral associada a artrite reumatoide.¹

1 - Acometimento de pequenas articulações proximais é mais comum.

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85
Q

Quais exames são necessários para diagnóstico de pneumoconiose por carvão mineral e suas funções?

E na Síndrome de Caplan?

A
  • Radiografia de Tórax padrão OIT: diagnóstico de alterações clássicas
  • TC de alta resolução: detecção de fases iniciais
  • Função pulmonar: definir grau de incapacidade funcional
  • Difusão de CO: avaliação de casos mais avançados

Na Síndrome de Caplan também são necessários os exames reumatológicos.

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86
Q

Quais os achados radiográficos da pneumoconiose por carvão mineral?

A

Opacidades irregulares em campos pleuropulmonares superiores, com progressão para todo o parênquima - aspecto nodular difuso de crescimento centrípeto.

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87
Q

Qual a conduta após identificar uma pneumoconiose por carvão?

A
  • Afastar o trabalhador
  • Incentivar a parar de fumar
  • Orientar empregador de possíveis mudanças para maior segurança
  • Emissão de CAT
  • Notificação compulsória
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88
Q

Quais as principais fontes de asbesto?

A

Tecidos à prova de fogo e fibrocimento, além de telhas de amianto

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89
Q

Qual o Schilling da asbestose?

A

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90
Q

V ou F

O asbesto é um carginogênico humano confirmado e de uso proibido no Brasil

A

Verdadeiro

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91
Q

Qual a manifestação clínica da asbestose?

A
  • Dispneia aos esforços
  • Crepitações em bases
  • Baqueteamento digital

Lentamente progressivo

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92
Q

Quais as lesões mais comuns na asbestose?

A

Placa pleural e espessamento pleural difuso

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93
Q

Quais neoplasias estão relacionadas à exposição por asbesto

A
  • Câncer de pulmão
  • Mesotelioma de pleura¹
  • Mesotelioma peritoneal¹

1 - Incidência aumentada sem ligação fisiopatológica clara.

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94
Q

Qual o período de latência da asbestose?

A

> 10 anos

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95
Q

A asbestose tem relação dose-dependente dos efeitos e exposição?

A

Sim.

96
Q

As alterações radiográficas da asbestose se parecem com qual doença?

A

Fibrose Pulmonar Idiopática.

Opacidades reticulares com predomínio periférico e basal. Pode haver faveolamento e perda de volume dos lobos pulmonares.

97
Q

Qual a manifestação radiográfica da asbestose?

A

Opacidades irregulares nos campos pleuropulmonares inferiores, com disseminação difusa posteriormente.

Também podem ocorrer espessamento pleural em placas ou difuso.

98
Q

A asbestose causa fibrose pulmonar?

A

Sim.

99
Q

Qual o padrão espirométrico da asbestose?

A

Restritivo.

100
Q

O que pode ser achado no lavado broncoalveolar na asbestose?

A

Fibras de asbesto.

No entanto, a presença de fibras de asbesto no LBA não fecha o diagnóstico, que é radiológico e/ou anatomopatológico.

101
Q

Quando se recomenda biópsia pulmonar para asbestose?

A

Casos atípicos, com história ocupacional e clínica típicas sem alterações radiológicas.

102
Q

Quais exames são utilizados para diagnóstico de asbestose?

A
  • Radiografia OIT
  • Espirometria
  • TCAR
  • Difusão de CO
  • Lavado broncoalveolar
  • Biópsia pulmonar
103
Q

Qual a conduta após identificar uma asbestose?

A
  • Afastamento
  • Orientação do empregador sobre medidas de segurança
  • CAT
  • Notificação

Não há tratamento específico.

104
Q

Quais as principais causas de silicose?

A

Inalação de quartzo e dióxido de sílica (SiO2) cristalizado, em especial partículas com menos de 10 micras¹ e com alta porcentagem de sílica livre, com exposição prolongada.

1 - Capacidade de penetração alveolar.

105
Q

Quais as principais profissões associadas à silicose?

A
  • Jateamento de areia
  • Pedreiras
  • Preparo de mistura a seco para cerâmica branca e porcelana
  • Minas subterrâneas
  • Fundições de metal com moldes de areia, especialmente no desmonte e lixamento de peças
  • Construção e reforma de fornos industriais com corte e lixamento a seco de tijolos refratários
106
Q

Quais as formas de silicose?

A
  • Aguda: Rara, associada a exposição maciça ou moagem de quartzo puro, com proteinose alveolar
  • Subaguda: Sintomas e alterações radiológicas precoces e limitantes, iniciadas após 5 anos de doença.²
  • Crônica: Latência de 10 anos, com sintomas tardios.

1 - Menos de 5 anos de exposição, 1 ano de sobrevida.
2 - Mais comum em cavadores de poços

107
Q

Qual a sintomatologia da silicose?

A

Assintomática no começo, com dispneia aos esforços e astenia posteriormente, evoluindo para insuficiência respiratória e dispneia em repouso nas fases tardias.

108
Q

Quais os fatores de risco para progressão da silicose?

A
  • Exposição excessiva
  • Comorbidades pulmonares
  • Hiperreatividade brônquica
  • Suscetibilidade individual
109
Q

Qual a comorbidade mais comum à silicose e seu risco relativo à população geral?

A

Tuberculose.
É 10x mais comum.

Há aumento de incidência de TB mesmo em indivíduos não silicóticos.

A TB aumenta o risco de progressão da fibrose pulmonar.

110
Q

Qual a característica radiológica da silicose?

A

Opacidades inicialmente superiores, em padrão de infiltrado micronodular difuso em campos pulmonares, com progressão levando ao aumento da quantidade e tamanho dos nódulos.

Pode causar aumento hilar, linhas B de Kerley, distorção de estruturas intratorácicas e calcificações ganglionares em casca de ovo.

Frequentemente há dissociação clínico-radiológica.

111
Q

V ou F

A tuberculose pulmonar aumenta o risco de progressão da fibrose na silicose

A

Verdadeiro

112
Q

V ou F

Há boa correlação clínico-radiológica na silicose.

A

Falso

113
Q

V ou F

A espirometria é importante para o diagnóstico de silicose

A

Falso.

É importante para a classificação e avaliação de incapacidade.

114
Q

Qual o padrão espirométrico da silicose?

A

Qualquer um: obstrutivo, restritivo ou misto.

115
Q

Quando indicar uma: 1) biópsia pulmonar e uma 2) gasometria arterial de repouso e exercício na silicose?

A

1 - Na presença de discrepância radiológica
2 - Hipoxemia em fases avançadas

116
Q

O que fazer após um diagnóstico de silicose?

A
  • Afastar o trabalhador do posto
  • PPD¹
  • Suspender tabagismo
  • CAT
  • Notificação
  • Higiene ocupacional

1 - Ver manejo em outro flashcard

117
Q

Qual o manejo de TB nos trabalhadores com risco de silicose?

A

Quimioprofilaxia para reatores fortes (induração >= 10 mm) assintomáticos e com radiografia limpa.

Tratar TB se coinfecção.

118
Q

Quais as doenças mais comuns após a exposição à sílica?

A
  • Silicose
  • DPOC (sem silicose)
  • TB
  • Câncer de pulmão
  • Doenças autoimunes
119
Q

Qual a latência da beriliose?

A

10 a 15 anos

Inclusive, pode ocorrer após a cessação da exposição

120
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da beriliose?

A

Sarcoidose

121
Q

Qual a principal causa de siderose? Qual sua clínica?

A

Inalação de fumos de óxido de ferro, geralmente por solda elétrica.

Geralmente é assintomática na forma pura, mas está frequentemente associada à silicose.

122
Q

Qual a clínica da estanhose?

A

É assintomática, mas causa alterações radiográficas dramáticas pelas opacidades.

123
Q

Qual a causa da bissinose?

A

Inalação de poeiras orgânicas de linho, cânhamo, algodão e sisal.

É comum em trabalhadores têxteis.

124
Q

Qual a característica clínica da bissinose?

A

Dispneia e opressão torácica, reversível em fases agudas, iniciada 2 a 3 horas após o início de jornada de trabalho ocorrida após afastamento mais prolongado¹

redução de VEF1.

1 - É chamada de “síndrome da manhã de segunda”

125
Q

Qual o principal DDx da bissinose?

A

Asma ocupacional.

126
Q

Qual a utilidade da radiografia na bissinose?

A

Eliminação de diagnósticos diferenciais.

127
Q

Qual o tratamento da bissinose?

A

Afastamento. Não há tratamento específico.

128
Q

Qual a fisiopatologia da pneumonite por hipersensibilidade?

A

Alojamento de pequenas partículas, que geram uma reação alérgica, podendo ser exacerbada pela presença de fungos e bactérias em madeiras.

129
Q

Quais as principais categorias de antígenos da pneumonite por hipersensibilidade?

A
  • Agentes microbianos
  • Proteínas animais
  • Substâncias químicas de baixo peso molecular
130
Q

V ou F

A manifestação da pneumonite por hipersensibilidade é rápida, sendo diagnóstico diferencial da gripe comum

A

Verdadeiro

131
Q

Qual a indústria com maior concentração aérea de endotoxinas?

A

Criação de aves.

132
Q

Quais as profissões de maior risco para pneumonite por hipersensibilidade?

A
  • Granjeiro, fazendeiro ou agricultor: Exposição a feno, palha e grãos mofados
  • Processamento de cana-de-açúcar: Cana mofada pode causar bagaçose
  • Criadores de aves: Exposição a toxinas das fezes e penas
  • Serraria, carpintaria e marcenaria: Exposição a poeiras de madeira, com bactérias e fungos contribuindo para o adoecimento
133
Q

O que é a bagaçose?

A

Pneumonite por hipersensibilidade associada à exposição a cana mofada.

134
Q

Qual o quadro clínico das pneumonites por hipersensibilidade agudas?

A

Dispneia, sibilos, febre, tosse seca, mal estar e fadiga, algumas horas até poucos dias após a exposição.

A exposição continuada aumenta frequência e gravidade das crises.

Ao exame, apresenta crepitações basais e sibilos

135
Q

Quais as manifestações das pneumonites por hipersensibilidade crônicas?

A

Quadro irreversível e progressivo, com hipóxia, hipertensão pulmonar e cor pulmonale

136
Q

Quais os achados radiológicos da pneumonite por hipersensibilidade?

A
  • Aguda: infiltrados transitórios
  • Crônica: Fibrose irregular de campos superiores
137
Q

Como é feito o diagnóstico da pneumonite por hipersensibilidade?

A
  • História clínica
  • História ocupacional
  • Exame físico
  • Radiografia
138
Q

Qual o tratamento para pulmão do granjeiro e bagaçose?

A
  • Afastamento da exposição
  • Prednisona 40-60 mg/dia¹

1 - Até melhora dos infiltrados e função pulmonar, em torno de 2-3 sem.

139
Q

O que é a síndrome de disfunção reativa das vias aéreas?

A

Conhecida como “asma induzida por irritantes”, consiste em quadro de tosse, sibilância e dispneia minutos ou horas após exposição única, aguda e a altas concentrações de irritantes, como carbonetos de metais duros. O quadro pode ser persistente.

140
Q

Qual o principal agente ocupacional nocivo ao sistema digestivo?

A

Chumbo metálico.

141
Q

Quais os principais fatores de risco para a doença tóxica do fígado?

A

Solventes Halogenados:
* Cloreto de vinila
* Clorobenzeno
* Tetracloreto de carbono
* Clorofórmio

Hexaclorobenzeno
Bifenilaspolicloradas (PCBs)

142
Q

V ou F

80% das dermatoses ocupacionais são causadas por substâncias químicas

A

Verdadeiro

143
Q

Quais são as causas indiretas¹ de dermatoses?

1 - Fatores predisponentes

A
  • Idade - jovens têm menor experiência e menos espessamento cutâneo, sendo mais vulneráveis
  • Sexo - mais leve em mulheres
  • Etnia - brancos são mais suscetíveis
  • Intempéries - luz solar, insetos, calor
  • Histórico prévio - Dermatite atópica ou dermatose ativa aumentam o risco
  • Condições de trabalho - p. ex: uso incorreto de EPI
144
Q

Quais as causas diretas de dermatose ocupacional?

A
  • Biológicos: Fungos, bactérias, vírus, parasitas e insetos
  • Físicos: Radiação não ionizante, frio, calor, eletricidade
  • Químicos: Irritantes (cimento, solventes, óleo de corte, detergentes, ácidos e álcalis) e alérgenos (borracha, níquel, cromo, cobalto, cimento, resinas)
145
Q

Quais os principais agentes irritantes nas dermatoses ocupacionais?

A
  • Cimento
  • Solventes
  • Óleo de corte
  • Detergentes
  • Ácidos e álcalis
146
Q

Quais os principais alérgenos nas dermatoses ocupacionais?

A
  • Borracha
  • Níquel
  • Cromo¹
  • Cobalto¹
  • Cimento
  • Resinas

1 - Contaminantes do cimento

147
Q

Como é feito o diagnóstico de uma dermatose ocupacional?

A
  • Quadro clínico sugestivo
  • Histórico ocupacional compatível
  • Temporalidade compatível
  • Retorno do quadro com retorno ao trabalho
  • Teste epicutâneo (nas alérgicas)
148
Q

Qual o tipo mais comum de dermatite de contato?

A

Irritativa

149
Q

Qual a dermatose ocupacional mais frequente?

A

Dermatite de contato

150
Q

Quais os principais sintomas da dermatite de contato?

A

Desconforto, prurido, ferimentos, traumas, alterações estéticas e funcionais que interferem na vida social e no trabalho

151
Q

O que é eczema?

A

O eczema ou dermatite de contato é uma inflamação aguda ou crônica da pele, com eritema, edema e vesiculação

152
Q

Qual a principal manifestação clínica da dermatite de contato aguda?

A

Prurido

153
Q

Qual a principal manifestação clínica da dermatite de contato crônica?

A

Liquenificação, descamação e fissuras

154
Q

Qual o tipo de hipersensibilidade presente na dermatite alérgica de contato?

A

Tipo IV por linfócitos T

155
Q

Quais os principais agentes envolvidos na dermatite alérgica por metais?

A
  • Cromo e dicromato de potássio
  • Sulfato de níquel
  • Mercúrio
156
Q

Quais os principais agentes envolvidos na dermatite alérgica por não-metais?

A
  • Cromo
  • Fósforo
  • Alcatrão, breu, betume, hulha mineral, parafina ou resíduos
  • Borracha
  • Inseticidas
  • Plásticos
157
Q

Qual tipo de borracha causa dermatite alérgica com mais frequência?

A

Vulcanizada, devido aos aditivos.

A alergia à borracha natural não é comum.

158
Q

Quais condições de uso de EPI aumentam o risco de dermatites?

A
  • Usar enquanto já tiver com uma dermatite
  • EPIs de tamanho inadequado, que permitam acúmulo de suor
  • EPIs com furos ou rasgos
159
Q

Qual o quadro clínico da dermatite alérgica de contato?

A

Reação eczematosa pruriginosa tardia, que pode melhorar após a retirada da exposição, mas permanece latente e pode ser desencadeada por nova exposição.

Na fase crônica, ocorre liquenificação.

160
Q

Qual o período de incubação da dermatite de contato alérgica?

A

5 a 21 dias

161
Q

Quanto tempo leva para a dermatite de contato alérgica retornar após a re-exposição?

A

6 horas a 3 dias

162
Q

Qual o período de recuperação da dermatite de contato alérgica?

A

2 a 3 semanas sem exposição, podendo ser mais longo em casos graves.

163
Q

Quais os metais presentes no cimento que causam dermatite alérgica?

A

Cromo (hexavalente) e cobalto.

164
Q

Como é feito o diagnóstico da dermatite de contato alérgica?

A
  • História clínica
  • Exame Físico
  • Testes epicutâneos
165
Q

Qual o tratamento das dermatites de contato alérgicas?

A
  • Afastamento da exposição
  • Lavagem da área exposta¹
  • Anti-histamínicos
  • Cremes de corticoides
  • Em casos graves, corticoides sistêmicos

1 - Para prevenção de infecções e retirada de agentes nocivos

166
Q

Qual o mecanismo da dermatite de contato irritativa?

A

Exposição da pele a agentes irritantes ou abrasivos, sendo piorada por exposição concomitante a água e detergentes, e sem participação de mecanismos imunológicos, não havendo necessidade de sensibilização.

167
Q

Qual a dermatose ocupacional mais frequente?

A

A dermatite de contato (90% dos casos), em especial a irritativa.

168
Q

V ou F

Indivíduos atópicos são mais suscetíveis a dermatites de contato irritativas, em especial as causadas por álcalis

A

Verdadeiro

169
Q

Quais os principais solventes causadores de dermatite de contato irritativa?

A
  • Cetonas
  • Ciclohexano
  • Compostos clorados
  • Ésteres
  • Glicol
  • Hidrocarbonetos aromáticos, alifáticos ou halogenados
  • Éteres
  • Álcoois
170
Q

Quais os principais produtos químicos, exceto solventes, causam dermatite de contato irritativa?

A
  • Arsênio
  • Berílio
  • Bromo
  • Cromo
  • Flúor
  • Fósforo
  • Detergentes
  • Gordura e óleos
  • Corantes
171
Q

Qual o quadro clínico da dermatite de contato irritativa

A

É variável, podendo ser similar à alérgica, ou abrir já com fissuras e xerodermia, evoluindo para eczema, com eritema, descamação, pápulas, vesículas e eventual liquenificação.

Em casos de queimadura química pode ocorrer ulceração aguda.

172
Q

Quais fatores contribuem para a dermatite de contato irritativa por cimento?

A
  • Alcalinidade
  • Ação higroscópica (granulação)
  • Abrasão por atrito contra as roupas

Casos mais graves podem gerar abrasões, úlceras e necrose

173
Q

Qual dermatite por cimento tende a ser mais grave, a alérgica ou irritativa?

A

Alérgica.

174
Q

Qual lesão o cromo gera na pele?

A

Dermatite irritativa de contato, causando úlcera do cromo ou “em olho de pombo”, com dupla borda e necrose central.

175
Q

Como é feito o diagnóstico de dermatite irritativa de contato?

A
  • História clínica e ocupacional
  • Exame físico
  • Teste epicutâneo¹

1 - Apenas para afastar causas alérgicas

176
Q

Como podemos prevenir dermatites de contato?

A
  • Uso adequado de EPI
  • Orientação e treinamento
  • Higiene pessoal
177
Q

O que são discromias por aditivos da borracha?

A

Lesões hipercrômicas ou hipocrômicas em trabalhadores que usam EPIs de borracha por tempo prolongado.

Começa com eritema e descamação pruriginosas, evoluindo para áreas de hipocromia ou hipercromia ao longo do tempo.

É chamada de vitiligo ocupacional

178
Q

Qual o mecanismo da urticária?

A

Reação alérgica com liberação de histamina por mastócitos em torno dos vasos da derme, em resposta a um agente químico ou físico.

179
Q

Qual urticária é mais comum: frio ou calor?

A

Frio

180
Q

Qual a clínica da urticária?

A

Pápulas eritematosas irregulares, efêmeras e muito pruriginosas

181
Q

Como controlar a urticária?

A

Além do tratamento medicamentoso nas crises, controle de exposição ao agente desencadeador

182
Q

Qual a manifestação clínica da cloracne?

(ou acne clórica)

A

Comedões e cistos.

183
Q

Quais são os fatores de risco ocupacionais da cloracne?

A
  • Hidrocarbonetos aromáticos halogenados
  • Bifenilas policloradas
  • Naftalenos policlorados (óleos de transformador e capacitor ou trocadores de calor)
  • Dioxinas
  • Derivados halogenados do benzeno
184
Q

Qual o mecanismo da elaioconiose ou dermatite folicular?

A

Irritação e Obstrução dos óstios foliculares por óleos, ceras, graxas e outras gorduras, em especial derivados pesados do petróleo e óleos de origem mineral.

185
Q

Qual a clínica da elaioconiose?

A

Pápulas foliculares e pústulas nas áreas de exposição, geralmente mais extensas.

186
Q

Quais profissões estão em maior risco de elaioconiose?

A

Mecânicos e siderúrgicos (que estejam expostos a óleos de corte)

187
Q

Como é o diagnóstico da elaioconiose?

A

História clínica e ocupacional + exame físico

188
Q

Qual o mecanismo da geladura/frostbite?

A

Vasoconstrição e formação de microcristais teciduais por exposição prolongada a temperaturas inferiores a 0ºC.

Ocorre nas extremidades.

189
Q

Qual a evolução natural da geladura?

A
  1. Picada e dormência
  2. Palidez e redução da temperatura das extremidades
  3. Vermelhidão, edema e temperatura aumentada após descongelamento
  4. Formação de bolhas 24 a 48h após descongelamento
  5. Isquemia, necrose e gangrena, com possível amputação espontânea em semanas a meses.

Pode haver sensibilidade aumentada ao frio posteriormente ou Raynaud secundário

190
Q

Como é feito o diagnóstico de geladura?

A

História de exposição a baixas temperaturas + quadro clínico compatível

191
Q

Como tratar uma geladura?

A

Reaquecimento imediato. Se atingir tecidos profundos, reaquecer em água de 40 a 44ºC.

Evitar exercícios musculares, pois pode piorar o edema.

192
Q

Quais os cuidados para trabalhos manuais finos em ambientes abaixo de 16ºC, por mais de 10 a 20 minutos?

A

Aquecimento das mãos através de jatos de ar quente, placas de contato ou radiadores.

Em caso de haver partes metálicas com temperatura inferior a -1ºC, estas devem ser recobertas por isolantes térmicos.

193
Q

Qual o mecanismo do eritema pérnio?

A

Inflamação cutânea e vasoconstrição de arteríolas superficiais da pele após exposição ao frio.

194
Q

Qual a clínica do eritema pérnio?

A

Lesões eritematosas ou arroxeadas em extremidades, face, orelhas, calvas e nádegas, que desaparecem após vitropressão nas fases iniciais.

Pode gerar queimação e prurido, bolhas, ulcerações e descamação.

195
Q

Como tratar o eritema pérnio?

A

Evitar exposição ao frio e proteger bem as áreas afetadas.

196
Q

O que é o fenômeno de Raynaud?

A

Sensibilidade aumentada ao frio, pressão, vibração e estresse emocional, gerando contração arteriolar extrema de extremidades, causando palidez de extremidades.

197
Q

Quais as causas do fenômeno de Raynaud?

A
  1. Idiopática
  2. Doenças reumatológicas
  3. Exposição a vibrações de alta frequência¹

1 - Por exemplo, martelete pneumático

198
Q

Qual o tratamento do fenômeno de Raynaud?

A
  • Proteção contra agentes desencadeantes
  • Cessação de tabagismo
  • Vasodilatadores e agonistas do cálcio¹

1 - Úteis em apenas alguns casos

199
Q

Qual a causa, clínica e tratamento do pé de trincheira?

(Pé de imersão)

A

Causa: exposição a água fria e ambientes úmidos por longos períodos, sem proteção adequada

Clínica: Pés frios, dormentes, azulados, sem pulso e com tegumento macerado, enrugado e friável

Tratamento: Reaquecimento imediato e uso de EPI adequado

200
Q

Qual a diferença de uma dermatite de contato e uma urticária?

A

O padrão das lesões e a ausência de microtrauma, ocorrendo mesmo com pele íntegra.

201
Q

Quais os principais agentes ocupacionais na urticária alérgica?

A

Agrotóxicos e outros produtos químicos específicos

202
Q

O que é o eritema ab igne?

A

Eritema localizado em áreas expostas por períodos prolongados ao calor moderado, como bolsas de água morna, fornos, fogões, lareiras ou forjas.

203
Q

Quais doenças dermatológicas ocupacionais as radiações podem causar?

A

UV:
* Dermatite por fotocontato/de berloque
* Urticária solar

Não ionizante:
* Ceratose actínica
* Dermatite solar

Ionizante:
* Radiodermatite aguda ou crônica

204
Q

Qual o quadro clínico da dermatite fotoalérgica?

A

Eritema e lesões granulomatosas em áreas expostas à radiação

205
Q

Existe maior risco à saúde na solda por maçarico ou por arco voltaico?

A

Arco voltaico, pois há maior liberação de radiação ultravioleta.

Dentre estas, as mais nocivas são as de gás argônio.

206
Q

O que é a metahemoglobinemia?

A

Presença de concentração superior a 1% de metaemoglobina no sangue

207
Q

Qual a causa da metahemoglobinemia?

A
  • Hereditária
  • Exposição a toxinas
  • Medicamentos
208
Q

Quais medicamentos causam metahemoglobinemia?

A
  • Nitrito de amila
  • Dapsona
  • Nitrito de sódio
  • Benzocaína
  • Nitrato de prata
  • Nitroglicerina
  • Primaquina
  • Sulfonamidas
209
Q

Quais agentes químicos ocupacionais causam metahemoglobinemia?

A
  • Aminas aromáticas
  • Hidrocarbonetos aromáticos
  • Benzeno
  • Tolueno
  • Naftaleno
  • Anilina
  • Nitrobenzeno
  • Toluidina
210
Q

Como se manifesta a metahemoglobinemia de acordo com a concentração?

A
  • 10 a 25% - cianose, bem tolerada
  • 35 a 40% - leve dispneia aos esforços, cefaleia, fadiga, taquicardia e tontura
  • 60% - letargia e estupor
  • 70% - letal para adultos
211
Q

Como se trata a metahemoglobinemia?

A

Azul de metileno EV em casos sintomáticos

212
Q

Como é feito o diagnóstico da metahemoglobinemia?

A

Dosagem de metahemoglobina no sangue.

213
Q

Quais doenças hematológicas podem ser causadas pelo benzeno?

A
  • Metahemoglobinemia
  • Síndrome mielodisplásicas
  • Anemia aplástica ou hipoplástica
  • Leucocitose e reação leucemoide
  • Agranulocitose (neutropenia tóxica)
  • Púrpura e outras hemorragias
214
Q

Quais doenças hematológicas podem ser causadas por radiações ionizantes?

A
  • Síndrome mielodisplásicas
  • Anemia aplástica ou hipoplástica
  • Leucocitose e reação leucemoide
  • Agranulocitose (neutropenia tóxica)
  • Púrpura e outras hemorragias

As mesmas do benzeno, menos metahemoglobinemia

215
Q

Quais doenças hematológicas podem ser causadas por derivados nitrados e aminados do benzeno?

A

Anemia hemolítica adquirida

216
Q

Quais doenças hematológicas podem ser causadas pelo cloreto de vinila?

A

Púrpura e outras hemorragias

217
Q

Quais agentes ocupacionais causam hipotireoidismo?

A
  • Chumbo
  • Hidrocarbonetos halogenados (clorobenzeno)
  • Tiuracil
  • Tiocinatos
  • Tiureia
218
Q

Quais fatores ocupacionais causam ataxia cerebelosa?

A

Mercúrio

219
Q

Quais fatores ocupacionais causam parkinsonismo secundário?

A

Manganês

220
Q

Quais fatores ocupacionais causam polineuropatia?

A
  • Arsênio
  • Chumbo
  • Fósforo
  • Sulfeto de carbono
  • n-Hexano
  • Metil-n-butil cetona
  • Radiações ionizantes
221
Q

Quais fatores ocupacionais causam encefalopatia tóxica aguda?

A
  • Arsênio
  • Chumbo
  • Hidrocarbonetos alifáticos ou aromáticos
  • Mercúrio
222
Q

Quais fatores ocupacionais causam encefalopatia tóxica crônica?

A
  • Tolueno e xileno
  • Chumbo
  • Solventes orgânicos halogenados
  • Mercúrio
  • Asfixiantes (CO, H2S), como sequelas
  • Sulfeto de carbono
223
Q

Quais doenças são causadas pelo fósforo?

A
  • Polineuropatia
  • Arritmias cardíacas
  • Dermatite alérgica de contato
  • Dermatite irritativa de contato
  • Osteomalácia do adulto
  • Osteonecrose
  • Intoxicação aguda por organofosforados
224
Q

Quais fatores de risco ocupacionais causam catarata?

A

Radiações ionizantes, infravermelhas e ultravioletas

225
Q

Quais agentes ocupacionais causam ceratoconjuntivite?

A
  • Arsênio
  • Ácido sulfídrico e sulfeto de hidrogênio
  • Peróxido de hidrogênio
  • Radiações ionizantes, intravermelhas e ultravioleta
226
Q

V ou F

A presença de ceratoconjuntivite prévia não influi na fisiopatologia de ceratoconjuntivites ocupacionais

A

Falso

227
Q

Quais agentes ocupacionais causam hipertensão arterial?

A
  • Chumbo
  • Ruído
  • Problemas psicossociais, especialmente emprego e desemprego
228
Q

Quais agentes ocupacionais causam IAM e Angina Pectoris?

A
  • CO
  • Sulfeto de carbono
  • Nitroglicerina
  • Ésteres do ácido nítrico
  • Problemas psicossociais
229
Q

Quais agentes ocupacionais estão relacionados à síndrom de Raynaud?

A
  • Cloreto de vinila
  • Vibrações
  • Frio
230
Q

Qual a causa ocupacional do carbúnculo?

A

Exposição a Bacillus anthracis, em trabalhadores que lidam com pelos, pele, couro ou lã de animais contaminados

231
Q

Qual a causa ocupacional para brucelose?

A

Exposição a Brucella, em abatedouros, frigoríficos, manipulação de carne, ordenha e laticínios

232
Q

Quais fatores ocupacionais aumentam o risco de leptospirose?

A
  • Contato com água suja ou contaminada
  • Trabalhos em minas, túneis, galerias, esgotos e locais subterrâneos
  • Trabalho em cursos d’água
  • Trabalho de drenagem
  • Contato com roedores
  • Trabalhos com animais domésticos e gado
233
Q

Quais os fatores ocupacionais que aumentam o risco de tétano?

A

Acidentes, em especial em agricultura e construção civil

Clostridium tetani

234
Q

Quais os fatores ocupacionais relacionados à psitacose, ornitose e doença dos tratadores de aves?

A

Trabalho em criadouros de aves ou pássaros

Chlamydia psittaci ou pneumoniae

235
Q

Quais os fatores ocupacionais relacionados à paracoccidioidomicose?

A

Exposição ao Paracoccidioides brasiliensis em trabalhos agrícolas ou florestais, ou em zonas endêmicas.