Paralisia Cerebral Flashcards

1
Q

O que é a paralisia cerebral?

A

Alteração do movimento e/ou da postura devido a um defeito ou lesão no cérebro imaturo, entre 6 semanas de gestação até os 2 anos de idade.

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2
Q

Como é o caráter de progressão dos distúrbios motores e neurológicos na paralisia cerebral?

A

NÃO PROGRESSIVA

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3
Q

Qual o caráter de progressão das deformidades no paciente com paralisia cerebral?

A

Progressivo!

As deformidades causadas pela lesão primária são progressivas.

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4
Q

Sobre a epidemiologia da paralisia cerebral (ou Doença de Little), cite as principais correlações com:

  • Idade gestacional ao nascimento
  • Peso ao nascimento
A

60-65% a termo

Peso normal (maioria - AIG)

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5
Q

Qual a média de sobrevida do paciente com paralisia cerebral?

A

7 anos

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6
Q

Cite 2 situações em que o paciente com paralisia cerebral aumenta maior morbidade.

A

Gastrostomizados e ausência de controle cervical com menos de 3 meses de vida.

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7
Q

Quais os principais fatores de risco para paralisia cerebral?

A

70% fatores pré-natais

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8
Q

Cite 7 fatores pré-natais relacionados à paralisia cerebral.

A
Defeito congênito
Infecção TORCH (Toxo, Outras, Rubéola, CMV, Herpes)
Drogas
Álcool
Sangramento do 3ºT
Hipertireoidismo
Incompetência istmo-cervical
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9
Q

Cite 4 fatores peri-natais relacionados à paralisia cerebral.

A

Hipóxia peri-natal (10-15%)
Traumatismo
Prolapso de cordão
Apresentação pélvica

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10
Q

Cite 3 fatores pós-natais relacionados à paralisia cerebral.

A

INFECÇÃO
Meningoencefalite
Traumatismo

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11
Q

Cite 8 fatores ISOLADOS relacionados à paralisia cerebral.

A

Anóxia (principal causa)

Prematuridade (2ª): 30-35%

PIG (28%)

Kernicterus

Ruptura prematura membranas ovulares

Alelo no gene da APO e do cromossomo 19

Fator RH

Mal formação

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12
Q

Cite 9 lesões associadas à paralisia cerebral e as principais % de apresentação das mesmas.

A

Alteração sensibilidade fina

Surdez/Estrabismo

Convulsões 30%

Retardo mental 40%

Deformidade no quadril 47%

Deformidade no pé/tnz 70-90%

Distúrbios do movimento 20%

Problemas de visão 16%

Hidrocefalia 14%

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13
Q

Cite 9 lesões associadas à paralisia cerebral e as principais % de apresentação das mesmas.

A

Alteração sensibilidade fina

Surdez/Estrabismo

Convulsões 30%

Retardo mental 40%

Deformidade no quadril 47%

Deformidade no pé/tnz 70-90%

Distúrbios do movimento 20%

Problemas de visão 16%

Hidrocefalia 14%

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14
Q

Quais as 2 articulações mais acometidas na paralisia cerebral?

A

Pé/Tornozelo 70-90%

Quadril 47%

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15
Q

Cite 4 fatores relacionados à história clínica/anamnese utilizados para auxílio diagnóstico da paralisia cerebral.

A

Peso ao nascer

Apgar

Antecedentes gestacionais (vacina, etc)

Desenvolvimento neuropsicomotor

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16
Q

Cite os 4 reflexos primitivos utilizados na avaliação prognóstica da paralisia cerebral.

A

Reflexo tônico cervical
- simetria da flexoextensão

Reflexo de Moro

Reflexo de Galant
- flexão ipsilateral ao estímulo

Reflexo do “Paraquedista”

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17
Q

Em relação aos reflexos primitivos, cite quando se tornam fatores de mau prognóstico.

A

Permanência longa data dos reflexos (principalmente após 3 meses de vida)

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18
Q

Segundo Bleck, qual a correlação dos reflexos primitivos com o desenvolvimento da marcha?

A

Presença de 2 ou mais reflexos até 12-15 meses = prognóstico ruim para marcha

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19
Q

Qual o conjunto de deformidades mais comuns de serem vistas ao exame físico do paciente com paralisia cerebral?

A

Flexão cotovelo, punho, quadril, joelho e tornozelo.

Pronação antebraço

Rotação interna ombro e quadril

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20
Q

Descreva 4 testes especiais utilizados para avaliação de contraturas dos membros inferiores.

A

Teste de Ely-Duncan:
- Reto femoral

Teste de Thomas:
- Contratura flexão quadril

Teste de Silverskiold

  • Espasticidade do tríceps sural
  • Extensão: todos
  • Flexão joelho: apenas sural

Teste de Staheli: extensão quadril.

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21
Q

Cite os 2 tipos de marcha característicos do paciente com paralisia cerebral.

A

Marcha em Tesoura

  • Flexão de quadris, joelhos e tornozelos
  • Adução quadris
  • Rotação interna dos quadris.

Crouch Gait:

  • Flexão quadris
  • Flexão joelhos
  • Tornozelo em dorsiflexão excessiva
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22
Q

Sobre as alterações no quadril na paralisia cerebral, cite:

  • Posição característica do membro
  • Principais alterações/deformidades (6)
A

Deformidade em flexo-adução

Aumento:

  • Índice acetabular
  • Valgo e Antecurvato
  • Trocanter menor
  • Anteversão (causando aumento rotação interna)

Acetábulo raso (displasia acetabular)

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23
Q

Como determinar e interpretar o Índice de Reimers?

A

Traçar Linha de Hilgenheiner x Linha de Perkins
- Medir a distância da borda lateral à linha de Perkins e dividir pelo diâmetro total da cabeça do fêmur.

> 33% = maior risco de luxação
100% = luxado

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24
Q

Quais as 3 características clínicas que representam um “quadril em risco”?

A

Abdução < 30º

Contratura flexão > 20º (Thomas +20º)

Rotação interna > RE (aumento anteversão)

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25
Q

Em qual tipo de paralisia cerebral existe maior presença de quadril em risco?

A

Quadriplégicos (70-90%)

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25
Q

Quais as principais características da musculatura do quadril no paciente com paralisia cerebral?

A

Espasticidade musculatura flexora e adutora

Musculatura abdutora enfraquecida

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26
Q

Quais as 3 principais deformidades encontradas no joelho do paciente com paralisia cerebral?

A

Flexão rígida
Contratura dos isquiotibiais
Rotação externa da tíbia

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27
Q

Quais as principais deformidades presentes na coluna vertebral dos pacientes com paralisia cerebral?

A

Escoliose

Cifose lombar

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28
Q

Qual a relação da incidência de escoliose com a gravidade da paralisia cerebral?

A

Quanto mais grave a paralisia cerebral, maior incidência de escoliose.

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29
Q

Cite 2 fatores que predispõem à cifose lombar nos pacientes com paralisia cerebral.

A

Enfraquecimento da musculatura paravertebral (mais comum)

Contratura dos isquiotibiais

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30
Q

Quais as deformidades mais comuns do pé e tornozelo nos pacientes com paralisia cerebral?

A

Equino do tornozelo (50%)

  • Equino-valgo (mais comum)
  • Equino-varo

Hálux valgo

Garras dos dedos

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31
Q

Faça a correlação dos tipos de paralisia cerebral com os tipos de deformidades em equino do tornozelo.

A

Equinovalgo: Diplegia

Equinovaro: Hemiplegia

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32
Q

Em qual tipo de paralisia cerebral é mais comum encontrar o hálux valgo?

Cite 3 deformidades associadas ao hálux valgo.

A

Paralisia diplégica espástica

  • Pé plano
  • Valgo
  • Rotação interna da tíbia
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33
Q

Cite as deformidades mais comuns de serem observadas nos membros superiores dos pacientes com paralisia cerebral.

A

Ombro: rotação interna

Cotovelo e punho: flexão

Antebraço: pronação

Polegar: aduzido e fletido

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34
Q

Cite os principais pontos do tratamento cirúrgico para pronação do antebraço, de acordo com a classificação de Gschwind e Tonkin (1 a 4)

A

1: conservador
2: flexoplastia
3: reorientação pronador redondo
4: flexoplastia + reorientaçãp

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35
Q

Qual característica pode ser encontrada na RNM e TC de crânio para auxílio diagnóstico da paralisia cerebral (principalmente diplégica)?

A

Leucomalácia periventricular

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36
Q

Cite os 3 tipos de paralisia cerebral de acordo com a classificação topográfica e quais mais frequentes.

A

Hemiplegia (30%)
Diplegia (50%)
Quadriplegia

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37
Q

Sobre a classificação topográfica da paralisia cerebral, descreva de acordo com cada grupo:

  • lado e membro mais acometido
  • fator predisponente
  • alteração neurológica associada
  • desenvolvimento da marcha
  • prognóstico
A

Hemiplégico

  • Lado direito e MMSS > MMII
  • Evento focal (trauma, vascular, infecção)
  • Mais relacionado à convulsões (30%)
  • Deambulador
  • Bom prognóstico

Diplégico

  • MMII > MMSS
  • Prematuros, Leucomalácia periventricular
  • Intelecto preservado
  • Alterações no quadril
  • Bom prognóstico

Quadriplegia

  • 4 membros
  • Hipóxia severa
  • Retardo mental (maior incidencia), Lesão de par craniano
  • Não deambuladores
  • Prognóstico ruim
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38
Q

Descreva a classificação GMFCS (função motora).

A

I: 35% (mais comum)
- Atividades motoras mais amplas, DEAMBULA sem apoio

II: 16,4%
- Limitação para andar na comunidade, órtese, deambula bem

III: 14,2%
- Marcha com assistência de meios auxiliares (muleta ou andador). Início de CADEIRA DE RODAS (longas distâncias)

IV: 16,1%
- Ortostase e marcha restrito, não deambula (usa cadeira de rodas). Possui CONTROLE CERVICAL e de tronco.

V: 18%
- Ausência de controle cervical e do tronco. Grave acometimento motor.

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39
Q

Cite os 2 tipos clínicos de paralisia cerebral conforme a classificação de Phelps.

A

Espástico

Extrapiramidal

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40
Q

Segundo a classificação de Phelps, sobre o tipo EXTRAPIRAMIDAL da paralisia cerebral, cite e descreva:

  • Local das lesões
  • Seus 4 grupos
A

Lesões dos núcleos da base

4 grupos
- Atetóide: Kernicterus (fator RH): movimentos involuntários das extremidades (discinesia)

  • Coreiforme: movimentos involuntários rápidos nas raízes dos membros.
  • Distônico: movimentos atetoides mantidos com postura fixa
  • Atáxico: cerebelo, distúrbio coordenação e principalmente marcha, raro, associado a outro tipo clínico.
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41
Q

Descreva o tipo clínico Espástico da paralisia cerebral, de acordo com a Classificação de Phelps.

A
  • Mais comum 75-80%
  • Acometimento CÓRTEX
  • Síndrome NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR (Piramidal)
  • Desregulação do arco reflexo segmentar
  • Lesão piramidal
  • Contração da musculatura agonista e antagonista
  • Sinal de Babinski, Sinal do Canivete (rigidez articular), Paresia, Hipertonia, Hiperreflexia, Clônus
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42
Q

Cite 3 fatores de bom prognóstico para a paralisia cerebral e qual o local comum da lesão de bom prognóstico.

A

Espasticidade
Hiperreflexia
Co-contração

São lesões piramidais (corticais)

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43
Q

Cite 7 fatores de mau prognóstico na paralisia cerebral.

A

Fraqueza muscular

Não sentar até os 2 anos

Ausência de controle cervical até os 20 meses

Déficit sensorial

Equilíbrio precário

Reflexos primitivos até 12-15 meses

Perda de controle motor seletivo

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44
Q

O retardo mental é fator prognóstico para a paralisia cerebral?

A

NÃO!

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45
Q

Cite as 3 alterações primárias evolutivas relacionadas à paralisia cerebral.

A

Espasticidade
Equilíbrio
Fraqueza

46
Q

Cite as 3 alterações primárias evolutivas relacionadas à paralisia cerebral.

A

Espasticidade
Déficit de equilíbrio
Fraqueza

47
Q

Quais alterações secundárias estão relacionadas à paralisia cerebral (decorrentes das alterações primárias)?

A

Deformidades musculoesqueléticas

48
Q

O que é esperado como alteração terciária no paciente com paralisia cerebral?

A

Mecanismos compensatórios

49
Q

Quais os 5 princípios gerais do tratamento da paralisia cerebral?

A

Comunicação

Atividades de vida diária

Mobilidade

Deambulação

Abordagem multidisciplinar

50
Q

Cite os 3 objetivos do uso de órtese no tratamento do paciente com paralisia cerebral.

A

Suporte na marcha

Evitar o Crouch Gait

Manter o pé plantígrado

51
Q

Descreva os tipos de tratamento possíveis para controle da espasticidade nos seguintes casos:

1) Sistêmico e reversível
2) Sistêmico e irreversível
3) Local e reversível
4) Local e irreversível

A

1) Farmacológico (Baclofen, Benzodiazepínico, dispositivo intratecal de liberação contínua de baclofeno)
2) Rizotomia dorsal seletiva
3) Bloqueios periféricos
4) Cirurgia

52
Q

Qual idade ideal para realização de procedimento cirúrgico nos pacientes com paralisia cerebral?

A

Entre 4 e 8 anos (ideal após 6 anos - padrão de marcha estabelecido)

53
Q

Em qual deformidade devem ser realizadas as abordagens cirúrgicas?

Em quantos tempos devem ser realizadas as cirurgias corretivas?

A

Nas alterações primárias!

Tentar realizar todas no mesmo tempo!

54
Q

Descreva os objetivos cirúrgicos do paciente com paralisia cerebral, de acordo com a década de vida:

1) 1ª década
2) 2ª década
3) 3ª década

A

1) Recuperar função
2) Recuperar função e aparência
3) Evitar dor

55
Q

Cite os 2 achados laboratoriais que aumentam o risco de infecção pós operatória no paciente com paralisia cerebral.

A

Albumina < 3,5

Linfócitos < 15.000

56
Q

Descreva os objetivos do tratamento nos pacientes com paralisia cerebral de acordo com a escala de função GMFCS.

A

I a III

  • Correção de deformidades
  • Melhora da marcha
  • Manter/melhorar função

IV

  • Quadris locados, móveis e indolores
  • Pés plantígrados, passíveis do uso de órtese

V

  • Quadril locado e indolor
  • Coluna alinhada e boa postura sentada
57
Q

Cite 5 técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas no tratamento do equinovalgo.

A

Artrodese subtalar de GRICE
- Corrigir o VALGO do pé com artrodese + enxerto em varo.

Cirurgia de Wiltse
- Osteotomia varizante + tenodese fibular curto

Cirurgia de Strayer
- Ressecção distal do gastrocnêmio

Cirurgia de Vulpius
- Ressecção do gastrosóleo mais distal

Cirurgia de White
- Alongamento do Aquiles por hemissecção dupla

58
Q

Sobre o alongamento tendíneo no paciente com paralisia cerebral, cite:

  • Princípio técnico
  • Local da incisão
  • Manipulação intraop
  • Sutura
A

Zetaplastia

Incisão região posteromedial

Dorsiflexão do pé

Sutura laterolateral

59
Q

Descreva os tipos de alongamento tendíneo de acordo com as zonas do tríceps sural.

A

Zona 1:

  • Strayer (incisão tranversa na fáscia)
  • Baumann

Zona 2:

  • Vulpius (“V” invertido)
  • Baker

Zona 3:

  • Zetaplastia
  • Hoke (percutânea com 3 incisões - 2 mediais e 1 lateral)
60
Q

Cite as 3 zonas do tríceps sural.

A

Zona 1: muscular

Zona 2: miotendínea

Zona 3: tendínea

61
Q

Descreva a melhor abordagem cirúrgica para alongamento tendíneo de acordo com o Teste de Silverskiold.

A

Silverskiold positivo:

  • Strayer
  • Vulpius

Silverskiold negativo:

  • Zetaplastia
  • Hoke
62
Q

Qual a principal indicação da Artrodese de McKeever?

A

Hálux valgo recorrente ou grave

63
Q

O que é a cirurgia de Green & Banks?

A

Transferência do flexor ulnar do carpo para os extensores do punho

64
Q

Qual o tratamento preconizado para cifose lombar nos pacientes com paralisia cerebral?

A

Alongamento dos isquiotibiais

65
Q

Quais as 3 indicações para tratamento cirúrgico nos quadris dos pacientes com paralisia cerebral?

A

Quadril em risco

Subluxação

Luxação

66
Q

Descreva os principais tratamentos cirúrgicos para:

  • Quadril em risco
  • Subluxação quadril
  • Luxação quadril
A

Quadril em risco: liberação de partes moles

Subluxação: realocação do quadril e liberação

Luxação: osteotomia varizante + Dega + Tenotomia dos adutores (e flexores)

67
Q

Cite a indicação de tratamento cirúrgico nos joelhos dos pacientes com paralisia cerebral e quais as 2 abordagens preconizadas.

A

Cirurgia se flexo >45º

Alongamento e tenotomia

68
Q

Qual a doença do neurônio motor superior mais comum da criança?

A

Paralisia cerebral.

69
Q

Qual é a incidência da paralisia cerebral?

A

2,4 a 2,7 a cada 1.000 nascidos vivos

70
Q

Cite o período após a mielinização em que ocorre a apresentação clínica das lesões da paralisia cerebral nos seguintes casos:

  • Diplegia
  • Hemiplegia
  • Atetose
A

Diplegia: 8 - 10 meses

Hemiplegia: 20 - 24 meses

Atetose: após 24 anos

71
Q

Cite os 5 tipos de paralisia cerebral de acordo com a classificação de disfunção motora.

A
Espástico
Atetóico
Atáxico
Misto
Hipotônico
72
Q

Descreva os tipos de paralisia cerebral de acordo com a classificação anatômica (unilateral x bilateral).

A

Unilateral
- Monoplegia, Hemiplegia

Bilateral
- Diplegia, triplegia, quadriplegia, total

73
Q

Após qual doença o tipo monoplégico costuma ocorrer?

A

Meningite

74
Q

Qual tipo de paralisia cerebral costuma estar associado a convulsão e estrabismo?

A

Hemiplégico

75
Q

Como diferenciar Dupla-Hemiplegia de Quadriplegia?

A

Na dupla-hemiplegia existe maior acometimento MMSS > MMII

76
Q

Cite 2 diagnósticos que devem ser excluídos na paraplegia para se pensar em paralisia cerebral.

A

Lesão espinhal

Poliomielite

77
Q

Descreva os 5 tipos da classificação de MACS para paralisia cerebral.

A

1: manuseia objetos facilmente
2: manuseia objetos porém com leve redução da velocidade
3: manuseia objetos com dificuldade, precisa de ajuda
4: manuseia poucos objetos em situações adaptadas
5: não manuseia objetos

78
Q

Descreva a idade em que deve ocorrer os determinados desenvolvimentos motores:

  • controle da cabeça
  • sentar
  • engatinhar
  • ficar em pé
  • andar
  • andar sem apoio
  • correr
A
  • controle da cabeça 3 meses
  • sentar 6 meses
  • engatinhar 9 meses
  • ficar em pé 10 meses
  • andar 1 ano
  • andar sem apoio 15 meses
  • correr 18 meses
79
Q

Cite os 6 critérios de Bleck relacionados ao pior prognóstico para marcha nos pacientes com paralisia cerebral

(critério utilizado após 1 ano de idade)

A

Reflexo tônico cervical assimétrico

Reflexo de Moro persistente

Forte impulso extensor na suspensão vertical

Reflexo de alinhamento cervical persistente

Ausência de reação normal de proteção após 11 meses (paraquedas e colocação dos pés)

80
Q

Descreva a idade de início e % de deambuladores nos pacientes com paralisia cerebral dos tipos:

  • Hemiplégico
  • Diplégico Espástico
  • Quadriplégico Espástico
A

Hemiplégico

  • 18 a 21 meses
  • 100% deambuladores

Diplégico Espástico

  • 4 anos
  • 91% deambuladores

Quadriplégico Espástico

  • 4 a 7 anos
  • 0-72% deambuladores (média 20%)
81
Q

A partir de qual idade não se há mais expectativas sobre o início da deambulação em pacientes com paralisia cerebral?

A

7 anos

82
Q

Qual o motivo do risco de fraturas aumentado nos pacientes com paralisia cerebral?

A

Osteopenia

83
Q

Cite 3 complicações inerentes à rizotomia dorsal seletiva.

A

Alteração alinhamento da coluna

Subluxação do quadril

Pé plano valgo (50%)

84
Q

No tratamento da paralisia cerebral, cite qual objetivo de ADM para quadril e joelho.

A

Quadril:

  • flexão 90º / extensão - 10º
  • abdução > 30º
  • RE > RI

Joelho:
- flexão 90º / extensão < - 20º

85
Q

Quantos % dos pacientes com PC possuem escoliose?

E em relação aos tipos de escoliose (hemiplégico, tetraplégico)

A

25% dos PCs

  • 5% dos hemiplégicos
  • 50-75% dos tetraplégicos
85
Q

Quantos % dos pacientes com PC possuem escoliose?

E em relação aos tipos de escoliose (hemiplégico, tetraplégico)

A

25% dos PCs

  • 5% dos hemiplégicos
  • 50-75% dos tetraplégicos
86
Q

Descreva o tratamento conservador e cirúrgico para escoliose nos pacientes com PC.

A

Observar:
- Curva < 25/30º

Cirurgia (artrodese torácica alta até pelve)

  • Curva > 50º em deambuladores
  • Curva > 50º progressiva em não deambuladores
87
Q

A hiperlordose na PC é secundária a quais deformidades? (2)

A

Flexo quadril

Cifose rígida

88
Q

Qual a probabilidade de ocorrer luxação do quadril de acordo com a classificação anatômica da PC?

A

Hemiplégico: 1%
Diplégico: 5%
Tetraplégico: 35-55%

89
Q

Qual a probabilidade de ocorrer luxação do quadril de acordo com a classificação funcional (GMFCS) da PC?

A
I: 0%
II: 15%
III: 41%
IV: 69%
V: 90%
90
Q

Quando devem ser feitas radiografias seriadas do quadril do paciente com PC?

A

A partir de 12-18 meses e a cada 6-12 meses.

91
Q

Após qual idade o risco de luxação do quadril do paciente com PC diminui?

A

Após 6 anos

92
Q

Qual o pré-requisito para utilização do Índice de Reimers?

A

Cabeça esférica!

93
Q

Cite as 5 deformidades que representam o quadril em risco.

A
Valgo fêmur proximal
Anteversão fêmur proximal
Displasia acetabular
Contratura flexão e adução 
Rotação externa da pelve
94
Q

Qual o mecanismo de luxação do quadril no paciente com PC?

A

Desequilíbrio muscular!

95
Q

Sobre a luxação do quadril no PC, descreva:

  • Como estão os músculos envolvidos (4)
  • Onde está o centro de rotação
  • Direção da luxação
A

Adutores: espasticidade e encurtamento
Iliopsoas: espasticidade e encurtamento
Glúteo médio: fraco
Glúteo máximo: fraco

Centro de rotação transferido do centro da cabeça para o trocanter menor

Luxação gradual supero-posterior

96
Q

De acordo com o Teste de Thomas, quando está indicada cirurgia na contratura em flexão do quadril?

A

Thomas positivo > 10º

97
Q

Descreva o tratamento cirúrgico a ser feito na contratura em flexão no quadril quando:

  • Flexo até 30º
  • Flexo > 30º
A

Flexo até 30º

  • Alongamento do psoas (porção miotendínea)
  • Tenotomia no trocânter menor em pacientes não deambuladores

Flexo > 30º
- Liberações múltiplas (psoas, reto femoral, sartório, tensor da fáscia lata)

98
Q

Qual a patologia mais comum no quadril do PC?

A

Contratura em adução!

99
Q

Descreva a Cirurgia de Majestro e Frost para tartamento da anteversão femoral aumentada.

A

Transferência dos rotadores internos (tensor da fáscia lata e glúteo mínimo) para cápsula articular anterior

100
Q

Qual a osteotomia realizada no tratamento da anteversão femoral aumentada?

A

Osteotomia derrotatória

101
Q

Qual a deformidade mais comum dos PCs diplégicos?

A

Equinovalgo!

102
Q

Qual a principal causa de “pé calcâneo” na PC?

O que essa deformidade causa?

A

Iatrogênica (pelo alongamento do tendão calcâneo)

Causa marcha em “agachamento” (flexão quadril e joelho)

103
Q

A espasticidade de quais músculos causa marcha com joelho rígido?

A

Reto femoral e isquiotibiais

104
Q

Peso é fator prognóstico para marcha na PC?

A

Não!

105
Q

Qual a cirurgia mais bem indicada para marcha com joelho rígido na fase de balanço do paciente com PC?

A

Transferência do reto femoral

106
Q

Qual a cirurgia mais bem indicada para marcha com joelho rígido na fase de balanço do paciente com PC?

A

Transferência do reto femoral

107
Q

Cite o objetivo cirúrgico no quadril do PC de acordo com a idade:

  • Menores de 6 anos
  • Entre 6 e 12 anos
A

Menores de 6 anos:
- Cirurgias preventivas

Entre 6 e 12 anos:
- Cirurgia para contraturas e torsões

108
Q

Descreva o que é avaliado, como é feito e qual a interpretação do “teste da confusão”.

A

Avaliar a ação do tibial anterior

Flexão quadril contra resistência (mão no joelho), se o pé supinar durante o teste significa que o tibial anterior está contribuindo para supinação do pé durante a marcha

109
Q

O que avalia o ângulo coxa-pé e como ele está na marcha em rotação medial (intoening)?

A

Torção tibial

Apresenta-se negativo

110
Q

Qual a idade ideal recomendada para realização de tratamento cirúrgico single event multilevel surgery (SEMLS) na paralisia cerebral?

A

Entre 10-12 anos

111
Q

Qual a idade e GMFCS ideal para realização de tratamento cirúrgico single event multilevel surgery (SEMLS) na paralisia cerebral?

A

Entre 10-12 anos

GMFCS II e III