Doença de Legg-Calvé-Perthes Flashcards
O que é a Doença de Legg Calvé Perthes?
Necrose avascular idiopática da cabeça femoral.
Como é a história natural da Doença de Legg Calvé Perthes?
Interrupção do fluxo sanguíneo leva a condronecrose e osteonecrose, ocorrendo fragmentação, achatamento e posterior remodelação da epífise proximal do fêmur.
Qual a epidemiologia da Doença de Legg Calvé Perthes?
Meninos 4 a 8 anos Bilateral 10-13% Brancos (mais comum) Urbanos > rural
Cite 5 fatores relacionados à Doença de Legg Calvé Perthes.
Coagulopatia
Trauma
Hereditariedade
Fumante passivo
Hiperatividade
Cite 3 fatores predisponentes da Doença de Legg Calvé Perthes.
Baixo peso ao nascer
Crescimento lento
Atraso na idade óssea
Qual é a anormalidade mais comum relacionada à Doença de Legg Calvé Perthes?
Atraso na idade óssea
Cite 5 características clínicas do paciente com Doença de Legg Calvé Perthes.
Insidiosa Claudicação INDOLOR Dor quadril/joelho Limitação ADM (flexão e rotação interna) Marcha tredelemburg
Cite os 4 estágios de Waldestrom e descreva:
- tempo duração
- características
Inicial: duração 6 a 14 meses
- Alargamento aparente medial
- Lateralização
- Aumento da densidade
- Sinal de Waldestrom/Caffey (fratura subcondral): 30%
Fragmentação: 8 meses
- Áreas radiolúcidas (início reabsorção)
- Achatamento da cabeça
- Final da fase: quando a densidade aumenta novamente (osso novo)
Reossificação: duração 51 meses
- Primeiro medial e lateral, depois central.
- Termina com ossificação completa
Residual
- Sem alterações adicionais
- Avaliar congruência cabeça-acetábulo
Faça a correlação clínica-radiográfica dos estágios de Waldestrom na Doença de Legg Calvé Perthes.
Inicial:
- Dor variável/intermitente
- RX: aumento da densidade e fratura subcondral (Caffey)
Fragmentação:
- Claudicação + dor e adm diminuída
- RX: colapso, linhas de fraturas verticais, linhas de reabsorção
Reossificação:
- Melhora ADM e dor
- RX: nova ossificação periférica
Residual:
- Sintomas ausentes (pode ter sintoma de acordo com deformidade residual)
- RX: > 30% de reossificação
Qual o estágio (Waldestrom) mais sintomático na Doença de Legg Calvé Perthes?
Fragmentação
Qual a sequência de reossificação na Doença de Legg-Calvé-Perthes?
Primeiro: medial e lateral
Depois: central
Qual sinal radiográfico indica prognóstico até 2 vezes pior na Doença de Legg-Calvé-Perthes?
Cistos metafisários
O que é o “Sinal da Corda Bamba” na Doença de Legg-Calvé-Perthes?
Linha intertrocantérica radiodensa formada pelo aumento da cabeça
(cabeça magna projeta para metáfise)
Descreva a classificação de Caterral na Doença de Legg-Calvé-Perthes.
I: porção anterior < 1/4 da cabeça
II: porção anterior e central < 1/2 da cabeça
III: 3/4 da epífise
IV: toda a epífise
Cite os estágios que apresentam bom prognóstico e quais necessitam de tratamento, de acordo com a classificação de Caterral.
I e II: bom prognóstico
III e IV: necessitam de tratamento
Cite os sinais de cabeça em risco (segundo Caterral).
Subluxação lateral
Sinal de Gage (“unha”)
Fise horizontalizada
Calcificação lateral na epífise
Cite 5 sinais de cabeça em risco (segundo Caterral)
Sinal de Gage (“unha”)
Subluxação lateral
Fise horizontalizada
Calcificação lateral
Cistos metafisários (sizínio)
Cite o que é avaliado na Classificação de Stulberg e descreva seus 5 grupos.
Avalia radiograficamente (AP + P) a maturidade esquelética/deformidades posteriores à Doença de Legg-Calvé-Perthes
Grupo I (congruência)
- Cabeça normal
- Acetábulo normal
Grupo II (congruência)
- Cabeça redonda
- Acetábulo esférico
Grupo III (congruência incongruente)
- Cabeça ovóide
- Acetábulo ovóide
Grupo IV (congruência incongruente)
- Cabeça achatada
- Acetábulo achatado
Grupo V (incongruência incongruente)
- Cabeça colapsada
- Acetábulo incongruente
Descreva a classificação de Salter e Thompson na Doença de Legg-Calvé-Perthes.
Avalia a extensão da fratura subcondral
Tipo A: < 50%
Tipo B: > 50%
Sobre a classificação de Hering para a Legg-Calvé-Perthes, descreva:
- em qual estágio é utilizada
- o que avalia
- tipos
Avalia, na radiografia AP, quanto do PILAR LATERAL foi “perdido” no estágio de FRAGMENTAÇÃO.
A: normal
B: < 50%
B/C: 50%
C: > 50%
Sobre a classificação de Hering para a Legg-Calvé-Perthes, descreva:
- em qual estágio é utilizada
- o que avalia
- tipos
Avalia, na radiografia AP, quanto do PILAR LATERAL foi “perdido” no estágio de FRAGMENTAÇÃO.
A: normal
B: < 50%
B/C: 50%
C: > 50%
Qual o princípio básico do tratamento da Legg-Calvé-Perthes?
Manter a cabeça centrada no acetábulo.
Qual o princípio básico do tratamento da Legg-Calvé-Perthes?
Manter a cabeça centrada no acetábulo.
Cite 2 fatores indicativos de tratamento conservador na Legg-Calvé-Perthes.
Idade < 6 anos
Ausência de sinais de risco
Descreva como deve ser o tratamento da Doença de Legg-Calvé-Perthes de acordo com a idade e a classificação de Herring.
< 6 anos:
- Alívio da dor
- Restrição carga
- Manter ADM
6 a 8 anos:
- Herring A: = a <6 anos
- Herring B: órtese de contenção (abdução)
- Herring C: osteotomia femoral ou acetabular
> 8 anos:
- Osteotomias femoral ou acetabular
Cite um pré-requisito para realização da osteotomia valgizante na Doença de Legg-Calvé-Perthes.
Cabeça e acetábulo congruente
Em quantos graus deve ser mantido o ângulo cervico-diafisário na osteotomia varizante na Doença de Legg-Calvé-Perthes?
100-110º
Na Doença de Legg-Calvé-Perthes, qual procedimento pode ser realizado nos casos de subluxação lateral da cabeça com cobertura insuficiente.
Osteotomia acetabular de Shelf