Obrigações III Flashcards

Transmissão e adimplemento

1
Q

Quais as duas formas de transmissão da obrigação?

A

Cessão de crédito e assunção de dívida.

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2
Q

O que é a cessão de crédito?

A

É o negócio jurídico pelo qual o titular de um crédito (cedente) transfere esse crédito para um terceiro (cessionário) perante o devedor (cedido). Pode ser de forma onerosa ou gratuita.

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3
Q

Em quais hipóteses não pode haver a cessão de crédito? 3

A
  • Lei veda;
  • Vontade das partes não permite;
  • Natureza do crédito não permite a livre credibilidade.
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4
Q

O cedido precisa concordar para que haja a cessão de crédito?

A

Não, independe da sua anuência, (cedido é o devedor), bastando a sua notificação para surtir efeitos.

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5
Q

O cedente responde pela existência do crédito perante o cedido e pela solvência do devedor-cedido?

A

Pela existência do crédito, sim. Pela solvência, não. Configura a cessão pro soluto.

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6
Q

O que é a cessão pro solvendo?

A

É quando o credor se responsabiliza pela solvência do devedor-cedido. Nesse caso, o cedente responde pelo valor da cessão, acrescido de juros, das despesas da cessão e das despesas que o cessionário teve com a cobrança.

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7
Q

Em quais situações o credor não pode afastar a responsabilidade pela existência do crédito?

A

Cessões onerosas e gratuitas quando agiu de má-fé - será, ao menos, pro soluto.

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8
Q

Qual o objeto da cessão de crédito?

A

A regra é a de que inclui o principal E acessórios, além das garantias.
Obs. hipoteca - o cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro do imóvel.

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9
Q

É preciso alguma formalidade para a validade e eficácia da cessão?

A

Entre as partes, não. No entanto, para que ela tenha eficácia perante terceiros (erga omnes), é necessário que adote a forma escrita, por instrumento público ou particular revestido das solenidades (e levado a registro no Cartório de Títulos e Documentos em regra).

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10
Q

O cedido pode opor contra o cessionário as exceções que tinha contra o cedente?

A

Sim, as que lhe competiam e as de que teve conhecimento até a cessão.
Obs. quanto à compensação que antes da cessão poderia opor ao cedente, o cedido deve opor ao ser notificado da cessão, sob pena de não poder invocá-la mais. Isso não acontece se a cessão não foi notificada.

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11
Q

Quando há mais de uma cessão, qual deve prevalecer?

A
  • Se o crédito se representa por título, prevalece a na qual o título foi entregue;
  • Se não houver tradição do título, prevalece a que foi primeiro notificada ao devedor-cedido;
  • Se o crédito constar de escritura pública, prevalece a prioridade da notificação.
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12
Q

No que consiste a assunção de dívida?

A

É a relação jurídica obrigacional na qual o devedor transmite a sua dívida a um assuntor, mediante expressa anuência do credor (silêncio presume recusa).

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13
Q

Em qual exceção na assunção de dívida o silêncio será interpretado como anuência?

A

Na hipótese de quando o adquirente de imóvel hipotecado assume o pagamento do crédito garantido, se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento

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14
Q

Na assunção de dívida, o devedor original responde pela solvência do assuntor?

A

Sim, continua responsável se o assuntor, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava. Isso mesmo que o devedor original tenha agido de boa-fé, desconhecendo a insolvência.

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15
Q

O novo devedor pode opor ao credor as exceções do devedor primitivo?

A

Não, e o assuntor não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever.

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16
Q

Caso a a substituição do devedor venha a ser anulada, restaura-se o débito?

A

Sim, com todas as garantias, exceto as prestadas por terceiros (ex. fiança).

17
Q

No pagamento da dívida, um terceiro pode pagar no lugar do devedor. Como pode se dar esse pagamento pelo terceiro?

A
  • Em nome e por conta do devedor;
  • Interessado, em nome próprio;
  • Desinteressado, em nome próprio.

Nos dois primeiros casos, o credor não pode se negar a receber, sob pena de incorrer em mora (ação de consignação em pagamento). No terceiro, pode recusar receber sem caracterizar mora.

18
Q

Quais as diferenças entre o pagamento do terceiro interessado e desinteressado?

A

Interessado: sub-roga-se na posição do credor original, com todos os privilégios (exceto os pessoais).
Desinteressado: tem direito apenas ao que pagou, perde os privilégios e garantias. se ele fizer o pagamento antes do vencimento
da dívida, só poderá exigir o reembolso quando do vencimento.

19
Q

O que acontece caso o terceiro pague sem o conhecimento ou consentimento do devedor, ou caso o devedor tenha meios para ilidir a ação?

A

O devedor não terá o dever de ressarcir o terceiro. Ex. de meios para ilidir a ação: exceção de prescrição ou compensação.

20
Q

O que acontece caso o devedor pague ao credor apesar de estar intimado da penhora feita sobre o crédito ou da impugnação a ele oposta por terceiros?

A

O pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo. O devedor tem ressalvado o regresso contra o credor.

21
Q

O que prevê o princípio do nominalismo, quanto ao objeto da prestação? Quais as exceções?

A

Prevê que, se há o dever de prestar determinada quantia em dinheiro, esse deve corresponder a quanto ali está nominalmente escrito, ou o valor correspondente àquela quantia indicada.

Exceções:
- Quando se convenciona correção monetária pelas partes;
- Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta (teoria da imprevisão).

22
Q

Qual é o local do pagamento, caso não haja escolha, norma, e não for da natureza da obrigação nem puder visualizar pelas circunstâncias do caso?

A

Presume-se que é no domicílio do devedor (obrigação querable ou quesível).

23
Q

Na cessão de crédito, a falta de notificação ao cedido torna a dívida inexigível?

A

Não, de acordo com o STJ. nos termos do CC, apenas não tem eficácia em relação ao devedor.

24
Q

Na cessão de crédito, a falta de notificação ao cedido impede o novo credor de praticar atos necessários à preservação dos direitos cedidos?

A

Não, STJ.