M07 - Distúrbios Metabólicos e Hidroeletrolíticos Flashcards

1
Q

Hipoglicemia no PS

O que é o mais importante de saber?

A
  1. Potencialmente fatal
  2. Buscar diagnóstico de causa
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2
Q

Hipoglicemia no PS

Qual a definição de hipoglicemia?

A

Glicose capilar < 45

Em paciente diabéticos: < 70

+

sintomas

+

resolução de sintomas com a correção da hipoglicemia

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3
Q

Hipoglicemia no PS

Quais os sintomas de hipoglicemia?

A

Adrenérgicos e neuroglicopênicos

Adrenérgicos: ativação do sistema simpático

Neuroglicopênicos: Cefaleia, RNC, déficit neurológico focal, sintomas neurológicos gerais.

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4
Q

Hipoglicemia no PS

Como abordar inicialmente o quadro?

A
  1. Tratar
  2. Pesquisar a causa
  3. MOV
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5
Q

Hipoglicemia no PS

Se for pouco sintomática, como conduzir?

A
  1. Glicose VO
  2. Copo com açúcar
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6
Q

Hipoglicemia no PS

Se for muito sintomático, como conduzir?

A

Glicose 50% - 4 amp IV

Cuidado com o acesso, calibroso e firme pois destrói o SC.

Pode repetir.

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7
Q

Hipoglicemia no PS

Quando usar SG 5%?

A

Quando se achar que pode haver recorrência.

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8
Q

Hipoglicemia no PS

Quais as possíveis causas em pacientes não diabéticos?

A
  1. Medicações
  2. Grave (Sepse, trauma, queimadura)
  3. Doença clínica (IC, DRC, Insuf hep)
  4. Inanição
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9
Q

Hipoglicemia no PS

Quando repor tiamina? Que dose?

A

Repor: desnutridos, hepatopatas e etilistas

Dose: 100-300mg

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10
Q

Hipoglicemia no PS

Quando internar?

A
  1. Diabético com alto risco de recorrência
  2. Indícios de outras patologias (ex. sepse)
  3. UTI: RNC persistente
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11
Q

Cetoacidose diabética e EHH

O que são?

A

Complicações associadas à hiperglicemia, podendo haver complicações graves e potencialmente fatais.

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12
Q

Cetoacidose diabética

Qual a definição?

A

Ausência absoluta de insulina + frequentemente na DM tipo 1

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13
Q

Cetoacidose diabética

Quais pacientes demandam cuidado por pior prognóstico?

A
  1. Extremos de idade
  2. Coma
  3. Choque
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14
Q

Cetoacidose diabética

Quais os fins fisiopatológicos que justificam o quadro?

A
  1. Hiperglicemia
  2. Corpos cetônicos (acidose metabólica)
  3. Desidratação
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15
Q

Cetoacidose diabética

Qual a tríade diagnóstica da CAD?

A
  1. Cetonemia (ou cetonúria +4)
  2. Acidemia (ph < 7,3) c/ Ânion GAP aumentado: Na - (Cl + BIC)
  3. Hiperglicemia ( > 250mg/dL)
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16
Q

Cetoacidose diabética

Qual distúrbio hidroeletrolítico está associado?

A

Distúrbios do K, pois a insulina transfere K para o intracelular.

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17
Q

Cetoacidose diabética

Qual o quadro clínico?

A

Evolução rápida com

  1. Poliúria, polidipsia e perda de peso
  2. Sinais de desidratação (taquicardia, hipotensão, mucosas hipocoradas)
  3. TGI (Náuseas, vômitos e dor abdominal)
  4. Acidose (hálito cetônico e Kussmaul)
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18
Q

EHH

Qual a definição?

A

Ausência relativa de insulina, + comum em DM tipo 2

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19
Q

EHH

Quais os mecanismos fisiopatológicos?

A

Hiperglicemia com hiperosmolaridade e desidratação profunda, sem acidose metabólica.

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20
Q

EHH

Qual o quadro clínico?

A
  1. Quadro insidioso (dias a semanas)
  2. Poliúria, polidpsia e polifagia
  3. Desidratação
  4. Sintomas neurológicos mais intensos por osmolaridade alterada
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21
Q

EHH

Como fazer o diagnóstico?

A
  1. Hiperglicemia ( > 600mg/dL)
  2. Osmolaridade > 320 mosm/kg
  3. pH normal
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22
Q

EHH

Como calcular osmolaridade efetiva?

A

2 x (Na corrigido) + glicemia/18

(Na corrigido) = Na + 1,6*glicemia/100

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23
Q

Cetoacidose diabética e EHH

Que exames solicitar?

A
  1. Glicemia sérica
  2. Urina EAS
  3. Gasometria arterial
  4. Eletrólitos (Na, K, P, Cl)

+

Hemograma, função renal

+

Conforme suspeita

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24
Q

Cetoacidose diabética e EHH

Como realizar o tratamento?

A

VIP

Volume, insulina e potássio

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25
Q

Cetoacidose diabética e EHH

O que realizar em relação ao volume?

A
  1. Reposição volêmica vigorosa
  2. Estabilização hemodinâmica
  3. 1000-1500mL na primeira hora, aberto, podendo repetir
    !! Cuidado com cardiopatas e DRC
  4. Estabilização? 250-50mL
  5. Calcular Na corrigido
    5.1 Se < 135: NaCl 0,9% + glicose 5-10%
    5.2 Se ≥ 135: NaCl 0,45% + glicose 5-10%

! Não é o objetivo reduzir a glicemia e sim a acidose! Glicemia é fácil.

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26
Q

Cetoacidose diabética e EHH

O que fazer em relação à insulina?

A
  1. Insulina REGULAR EV
  2. K < 3,3 NÃO FAZ
  3. Ataque: 0,1 a 0,15 U/kg bolus
  4. Infusão: 0,1U/kg/hora
    Diluição: 50U + 250ml SF
    5ml = 1U de insulina
  5. Queda adequada: 50-70/h
    - Se < = dobrar velocidade
    - Se > = metade da velocid.
  6. Se gl 200-250
    - Associar SG 5-10%
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27
Q

Cetoacidose diabética e EHH

O que fazer em relação ao K?

A

Dosar na gasometria venosa!

  1. Se < 3,3
    Kcl 40mEq e medir depos
  2. Se 3,3-5,0
    2.1 Insulina
    2.2 Kcl 20-mEq/litro de solução
    2.3 Medir K de 2/2h
    2.4 Manter K entre 4,0 e 5,0
  3. Se > 5,0
    Dar insulina e medir K de 2/2h
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28
Q

Cetoacidose diabética e EHH

Quando posso dar alta?

A

CAD

  1. pH > 7,3
  2. Bic ≥ 15
  3. AG ≤ 12

EHH

Correção de glicemia e osmolaridade

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29
Q

Cetoacidose diabética e EHH

Como fazer o esquema sem bomba de infusão?

A

0,4 U/kg SC/IM

Metade bolus, metade SC/IM

Manter 0,1U/kg/h SC/IM de 1/1h

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30
Q

Injúria Renal Aguda

O que é?

A

Redução abrupta, algumas vezes reversível da função renal.

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31
Q

Injúria Renal Aguda

Quais as consequências da IRA?

A
  1. Retenção de ureia e outras escórias nitrogenadas
  2. Desregulação de volume
  3. Desregulação de eletrólitos
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32
Q

Injúria Renal Aguda

Quais os critérios diagnósticos?

A

Critérios de KADIGO (1 critério)

  1. ⇡ da creatinina sérica ≥ 0,3mg/dl em 48h
  2. ⇡ relativo ≥ a 1,5 a creatinina basal sabida ou presumidamente da última semana
  3. Volume de diurese < 0,5ml/kg/h em período maior que 6h
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33
Q

Injúria Renal Aguda

Quais os estágios da classificação de Kadigo?

A

1 (risco), 2 (lesão renal) e 3 (falência renal)

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34
Q

Injúria Renal Aguda

Qual o quadro clínico habitual?

A
  1. Edema
  2. HAS
  3. ⇣ Diurese
  4. Assintomáticos com ⇡ de creatinina
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35
Q

Injúria Renal Aguda

Quais os 3 tipos de etiologia?

A
  1. Pré renal
  2. Renal
  3. Pós renal
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36
Q

Injúria Renal Aguda

Qual a etiologia da IRA pré renal?

A

Perfusão inadequada dos rins

  1. Hipovolemia (diarreia, vômitos, poliúria, diuréticos, hemorragia, pancreatite)
  2. Hipofluxo de artéria renal (IC, SHR, estenose de artéria renal e sd. compartimental abdominal e sd. nefrótica grave)

Pode evoluir para IRA renal

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37
Q

Injúria Renal Aguda

Qual a etiologia da IRA renal?

A
  1. NTA
  2. Choque
  3. Hemólise
  4. Rabdomiólise
  5. Intoxicações
  6. Acidentes ofídicos
  7. Medicamentos
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38
Q

Injúria Renal Aguda

Como diferenciar NTA ou IRA pré renal?

A

Testar volume para diferenciar.

Parâmetros laboratoriais

Pré renal: cilindros hialinos

NTA: cilindros granulosos e epiteliais

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39
Q

Injúria Renal Aguda

Qual a gravidade da sepse nesse contexto?

A

Soma de várias etiologias para a IRA, com:

  1. hipoperfusão
  2. vasodilatação sistêmica
  3. endotoxinas inflamatórias próprias
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40
Q

Injúria Renal Aguda

Quais as etiologias da IRA pós renal?

A

Obstrução do fluxo urinário

  1. Bexiga neurogênica
  2. Medicamentos anticolinérgicos
  3. Obstrução uretral
  4. CA de bexiga ou metástases
  5. HPB ou CA de próstata
  6. Sondagem!
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41
Q

Injúria Renal Aguda

O que nos direciona a pensar em IRA Renal em exames de laboratório?

A
  1. Hematúria
  2. Proteinúria
  3. Cilindros
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42
Q

Injúria Renal Aguda

Como identificar a causa da hematúria?

A

Excluir a manipulação

Se eumórficas: trato urinário baixo

Se dismórficas: glomerular

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43
Q

Injúria Renal Aguda

Que diagnósticos podem estar associados à piúria?

A

Cilindros leucocitários: pielonefrite

Eosinófilos > 1%: NIA

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44
Q

Injúria Renal Aguda

Como manejar IRA pré renal?

A
  1. Fluidoterapia (Ringer ou SF)
  2. Suspender IECA/BRA/AINES
  3. Suspender diuréticos
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45
Q

Injúria Renal Aguda

Como manejar IRA Renal?

A

Cuidar da NTA!

  1. Prevenção
  2. Manejo de hipotensão e hipoperfusão
  3. Suspender nefrotóxicos
  4. Ajustar drogas
  5. Suporte clínico

Corrigir DHE

Se oligúria
Furosemida stress test para ver 200ml de diurese em 2h

Se acidose
Bicarbonato 1mEq/kg

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46
Q

Injúria Renal Aguda

Como manejar a IRA pós-renal?

A
  1. Desobstrução
  2. Sonda Vesical de Demora
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47
Q

Injúria Renal Aguda

O que são as urgências dialíticas?

A

A E I O U

Acidose refratária

Eletrólitos (K!!)

Intoxicações

Overload (congestão)

Uremia (encefalopatia urêmica, derrames cavitários e hemorragia)

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48
Q

Distúrbios do Sódio

Como determinar hiponatremia?

A

Na < 135mEq/L

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49
Q

Distúrbios do Sódio

Como classificar a hiponatremia?

A

Em tempo e gravidade

Tempo

Agudo: < 48h

Crônico: > 48h

Gravidade

Leve: 130-135

Moderada: 120-129

Grave: < 120

50
Q

Distúrbios do Sódio

Qual a clínica da hiponatremia?

A

Leve
Náusea, mal estar

Moderadas
Náuseas sem vômitos, cefaleia, confusão mental

Graves
Vômitos, sonolência excessiva, convulsões e coma

51
Q

Distúrbios do Sódio

Quais as principais complicações da hiponatremia?

A

HIC e herniações cerebrais

52
Q

Distúrbios do Sódio

Qual o limite da correção de hiponatremia?

A

No máximo 6 mEq em 24h para evitar síndrome de desmielinização osmótica

53
Q

Distúrbios do Sódio

Quem deve ser tratado na hiponatremia?

A
  1. Todos os com hiponatremia grave
  2. Casos moderados se:
  3. 1 Risco de HIC e herniação
  4. 2 Sintomatologia não explicada por outras causas
54
Q

Distúrbios do Sódio

Quais os 2 tipos de tratamento de hiponatremia?

A

Em bolus e contínuo.

55
Q

Distúrbios do Sódio

Em que casos se faz correção de hiponatremia em bolus? Como fazer?

A
  1. Hiponatremia aguda grave
  2. Hiponatremia crônica com sintomas graves ou patologia de SNC prévio

NaCl 3% 100ml EV bolus, repetir em até 3 vezes, aumenta de 1 a 2 mEq a cada bolus. Dosar sódio 1-2h após

56
Q

Distúrbios do Sódio

Como fazer NaCl 3%?

A

NaCl 0,9% 445ml + NaCl 20% 55ml = NaCl 3% 500ml

57
Q

Distúrbios do Sódio

Em que casos se corrige hiponatremia de forma contínua? Como fazer?

A
  1. Hiponatremia aguda moderada
  2. Hiponatremia crônica sintomática

NaCl 3% a 1ml/kg (para aumentar 1 mEq). Calcula o volume e distribui em 24h

58
Q

Distúrbios do Sódio

Quais os cuidados da correção da hiponatremia?

A
  1. Respeitar o limite de 6 mEq/dka
  2. Avaliação seriada do sódio (no máx. 6/6h)
  3. Avaliar sinais de congestão/hipervolemia
  4. Restrição hídrica
  5. Diuréticos de alça se necessário
  6. Tratar causa de base
59
Q

Distúrbios do Sódio

Quando parar de realizar a correção de hiponatremia na BIC?

A

Quando chegar em 125.

60
Q

Distúrbios do Sódio

Quais as indicações de internação na hiponatremia?

A
  1. Pacientes com sintomas agudos moderados ou graves
  2. Pacientes com Na < 125
  3. Hiponatremia aguda grave = UTI
61
Q

Distúrbios do Sódio

Quais as etapas da investigação diagnóstica da hiponatremia?

A
  1. Glicemia capilar (poder osmótico, dilui o sódio, tem que corrigir)
  2. É mesmo hiponatremia? (hiperlipidemia + hiperproterinemia atrapalha o laboratório, pedir medida direta)
  3. Cirugias recentes com soluções hipotônicas (cirurgias urológicas ou ginecológicas)
  4. Faz uso de diurético ou DRC?
  5. Buscar congestão no EF
  6. Tem hipovolemia (de onde está saindo Na?)
  7. Se euvolemia
    * Osmolaridade urinária*
    * *se diminuída:** mecanismo ok, provável ingesta excessiva de líquido
    * *se aumentada:** descartar Hipotireoidismo e def de cortisol. Se não = SIADH
62
Q

Distúrbios do Sódio

Qual a definição de hipernatremia?

A

Na > 145 associado a perda de água

63
Q

Distúrbios do Sódio

Quais as classificações de hipernatremia?

A
  1. Hipovolêmica: perde água e sódio, mas mais água que sódio
    ex. : perdas renais, TGI
  2. Euvolêmica: desidratação
    ex. : diabetes insupidus ou perdas insensíveis
  3. Hipervolêmica: sobrecarga de cristaloides
    ex. : erros de hemodiálise, ingesta excessiva de sal (maus tratos)
64
Q

Distúrbios do Sódio

Quais os pacientes sob maior risco de hipernatremia?

A
  1. Idosos com perda cognitiva e acesso limitado à água
  2. Pacientes críticos sem reposição adequada de água livre
  3. Paciente com diabetes insipidus com acesso limitado à água
65
Q

Distúrbios do Sódio

Como é o quadro clínico da hipernatremia?

A

Agudo ( < 48h)

  1. Letargia
  2. Astenia
  3. Irritabilidade
  4. Convulsões
  5. Coma

Crônico ( > 48h)

  1. Oligossintomático
  2. Confusão mental
  3. Letargia
  • Sede excessiva
  • Poliúria
  • Polidipsia
  • Diarreia
  • Vômitos
66
Q

Distúrbios do Sódio

Como tratar hipernatremia?

A

Instabilidade hemodinâmica

Reposição volêmica com SF

Caso sabidamente agudo ( < 6h)

  • SG 5% 3-6ml/kg/h
  • Reduzir 1-2 mEq/L por hora
  • Dosar de 4/4h

Euvolemia ou casos crônicos

Calcular déficit de água livre = [(Na sérico - 140)/140] x água corporal total
água corporal total: peso x 0,6 (H) ou 0,5 (M)

  1. Se início em < 48h
    Taxa: 1 mEq/L/h
    Forma: ⅔ Vo e ⅓ EV
  2. Se início em > 48h
    Taxa: 0,5 mEq/L/h
    Não ultrapassar 8-10 mEq/24h
67
Q

Distúrbios do Sódio

Como identificar a etiologia?

A

Pela osmolaridade.

  1. Osmolaridade aumentada ( > 700-800)
    - Retenção hídrica, ADH aumentado
    - Pedir sódio urinário
  2. Osmolaridade diminuida (< 300)
    - Urina muito diluída, sem ADH
    - Dar ADH para descobrir se é deficiência ou resistência
68
Q

Hidratação no PS

Como avaliar volemia?

A

Sinais vitais: taquicardia e hipotensão

Exame físico: TEC, alteração de estado mental, livedo reticular e débito urinário

69
Q

Hidratação no PS

Quando hidratar?

A
  1. Sempre individualizar!
  2. Cuidados com pacientes com restrição volêmica
70
Q

Hidratação no PS

Como avaliar a responsividade a volume?

A

Aumento de PAS em pelo menos 10-15% nos primeiros 10-15 minutos após 250-500ml de cristaloide em bolus

71
Q

Hidratação no PS

Quais os tipos de soluções cristaloides?

A
  1. Hipotônicos
  2. Isotônicos
  3. Hipertônicos
  4. Concentrados
72
Q

Hidratação no PS

Quais os tipos, as indicações e complicações de soro hipotônico?

A

Tipos: SG 5%, 10%; SF 0,45% (soro ao meio)

Indicações:

  1. Correção de déficit de água livre
  2. Soro de manutenção em casos específicos
  3. SG 5% em diluição de medicações

Complicações:

  1. Hiponatremia
  2. Edema cerebral
  3. Edema pulmonar
  4. SG: hiperglicemia e hipocalemia
73
Q

Hidratação no PS

Quais os tipos, as indicações e complicações de soro isotônico?

A

Tipos: SF 0,9%, Ringer simples e Ringer lactato ( NaCl, CaCl, KCl + lactato de sódio)

Indicações:

  1. Ressuscitação volêmica
  2. Manutenção volêmica
  3. Diluição de medicações

Complicações:

  1. Acidose hiperclorêmica
  2. Sobrecarga volêmica
  3. Hipercalemia (ringer)
  4. Hiperglicemia (ringer)
74
Q

Hidratação no PS

Quais os tipos, as indicações e complicações de soro hipertônico?

A

Tipos: NaCl 3%

Indicações:

  1. Correção de hiponatremia
  2. Tratamento de edema cerebral

Complicações:

  1. Sind. da dismielinização osmótica
75
Q

Hidratação no PS

Quais os tipos, as indicações e complicações de soro concentrado?

A

Tipos: NaHCO3 8,4%; glicose 50%

Indicações:

  1. Correção de hipoglicemia e manejo de hipercalemia
  2. Antídoto para intoxicação tricíclica e correção de acidose

Complicações:

  1. Glicose 50%: flebite
  2. Bicarbonato 8,4%: alcalose metabólica, hipernatremia
76
Q

Hidratação no PS

O que são coloides?

A

Soluções de alto peso molecular (expansores)

Não atravessama a barreira capilar, aumentando a pressão oncótica

77
Q

Hidratação no PS

Como podem ser classificados?

A

Naturais: albumina, PFC

Semi-sintéticos: Gelatinas, Dextranas, HES

78
Q

Hidratação no PS

O que é melhor usar para ressuscitação volêmica, coloide ou cristaloide?

A

Revisões mostraram que, para ressuscitação, não houve diferença

79
Q

Hidratação no PS

Quais os objetivos do soro basal?

A
  1. Controlar o catabolismo, mantendo um estado basal
  2. Garantir demanda calórica + reposição de perdas volêmicas e eletrolíticas
  3. Quando o paciente tem necessidade de jejum
  4. Evitar a ativação de hormônios contra reguladores.
80
Q

Hidratação no PS

Como realizar o soro basal?

A

Avaliar demanda calórica basal (1), de sódio (2), potássio (3).

  1. Demanda calórica basal: 400kcal/dia
    - 1g de glicose: 4 kcal
    - 100g de glicose: 2000 SG5%, 1000 SG10%, 200 SG50%
  2. Sódio: 80 a 136 mEq
    - 10 ml de NaCl 20% = 34,2mEq
  3. Potássio: 70-110 mEq
    - 10ml de KCl19,1% = 25,6mEq

AVP: SG 5% 1000ml + NaCl 20% 20ml + KCl 19,1% 10ml de 12/12h

CVC: SG 50% 190ml + NaCl20% 4amp + KCl 2 amp em BIC 10,4ml/h

81
Q

Distúrbios do Potássio

Que mecanismos ajustam os níveis séricos de K?

A
  1. Ingesta oral
  2. Excreção renal/TGI
  3. Shift intra e extracelular
82
Q

Distúrbios do Potássio

Qual a definição e classificação de HiperK?

A

K > 5,5

Leve: 5,5-6,0

Moderada: 6,0-6,5

Grave: > 6,5

83
Q

Distúrbios do Potássio

Quais as principais causas de hiperK?

A
  1. Alteração Renal (DRC e hipoaldosteronismo)
  2. Medicações (betabloq, IECA, AINE)
  3. Mecanismos patológicos
84
Q

Distúrbios do Potássio

Quais as alterações no ECG da hipercalemia?

A
  1. Onda T alta e apiculada
  2. Achatamento da onda P
  3. Aumento do intervalo PR
  4. Alargamento do QRS
  5. Ritmo idioventricular
85
Q

Distúrbios do Potássio

Em que momento aparecem alterações no ECG e quadro clínico de hiperK?

A

K ≥ 5,5

86
Q

Distúrbios do Potássio

Qual o quadro clínico da hiperK?

A
  1. Fraqueza
  2. Paralisia muscular
  3. Arritmia
  4. Defeitos de condução
87
Q

Distúrbios do Potássio

Quem tratar logo na hiperK?

A
  1. K > 6,5
  2. HiperK com sintomas
  3. HiperK com alterações em ECG
  4. K > 5,5 + disfunção renal e fatores de risco
88
Q

Distúrbios do Potássio

Quais os mecanismos de tratamento da hiperK?

A
  1. Remover a causa da hiperK
  2. Favorecer o shunt intracelular
  3. Aumentar a excreção
89
Q

Distúrbios do Potássio

Quais as medidas iniciais do tratamento de hiperK?

A
  1. Monitorização cardíaca contínua
  2. ECG seriado
  3. Dosar K 2/2h
  4. Glicemia capilar 1-1h pois risco de hipoglicemia
  5. Se ECG alterado = gluconato de Ca 10% 10-20ml em 2-3min
90
Q

Distúrbios do Potássio

Como espoliar K?

A
  1. Resina de troca (Sorcal)
  2. Diuréticos (furosemida)
  3. Diálise
91
Q

Distúrbios do Potássio

Como realizar o shift de potássio?

A

Glicoinsulinterapia

  1. Insulina regular 10U
  2. SG 10% 500ml em 30min
  3. B2-inalatório
    4.
92
Q

Distúrbios do Potássio

Qual a definição de hipoK?

A

K < 3,5

Leve: 3,1 - 3,5

Moderada: 2,5 - 3,0

Grave: < 2,5

93
Q

Distúrbios do Potássio

Qual a clínica da hipoK?

A

Leve: assintomático

Moderada a grave:

  1. Fraqueza muscular
  2. Paralisia ascendente
  3. Rabdomiólise
  4. Constipação
  5. ECG e arritmias
94
Q

Distúrbios do Potássio

Quais as manifestações no ECG da hipoK?

A
  1. Aumento da amplitude da onda U
  2. Depressão do segmento ST
  3. Diminuição da amplitude da onda T
  4. Prolongamento do intervalo QT
95
Q

Distúrbios do Potássio

Quando tratar hipoK?

A

K < 3,5

Alvo: K ≥4

Tratar a causa

96
Q

Distúrbios do Potássio

Como tratar hipoK leve?

A

Preferencialmente VO

Dias a semanas

Dose: 10-20mEq; 2-4x ao dia

KCl xarope 6% 15ml = 12mEq

KCl cápsula 600mg = 8mEq

97
Q

Distúrbios do Potássio

Como tratar hipoK moderada a grave?

A

Necessidade:

VO: 120-160mEq/dia

  • *IV: variável**
  • *Se K entre 2,5-3,0:** 20-40 mEq
  • *Se K < 2,5:** 40-80mEq

Cuidados: reduzir 50% se DRC

Velocidade de infusão: 10-20mEq/h

  • *Drogas disponíveis:**
  • *KCl 19,1 10ml:** 25mEq
  • *KCl 10% 10ml:** 13,4mEq

Concentração máxima:
Periférico: 80 mEq
Central: 120mEq

98
Q

Distúrbios do Potássio

Como acompanhar a hipoK?

A
  1. K de 2/2h a 6/6h
  2. Parar quando:
    Assintomático
    K > 3
  3. Para casa: dieta rica em K
99
Q

Distúrbios do Cálcio

Qual a distribuição do Ca no corpo?

A

99% esqueleto

  • *1%** extracelular
  • *- 50%** Ca ionizável
  • *- 40%** ligado a albumina
  • *- 10%** ligado a outros íons
100
Q

Distúrbios do Cálcio

Quais os fatores de regulação do Ca?

A
  1. Paratormônio (PTH): estimulante
  2. Vitamina D: estimulante fraco
  3. Calcitonina: redutor
101
Q

Distúrbios do Cálcio

Qual a faixa de normalidade do Ca?

A

8,5 a 10,5 mg/dL

102
Q

Distúrbios do Cálcio

Que fatores metabólicos influenciam o Ca?

A
  1. Ele deve ser corrigido pela albumina, para fidedignidade
  2. A ligação Ca-proteína é pH dependente:
    Alcalose: reduz Ca
    Acidose: aumenta Ca
103
Q

Distúrbios do Cálcio

Qual a definição de hiperCa?

A

Ca total > 10,5 mg/dL

Ca iônico > 1,5 mmol/L

104
Q

Distúrbios do Cálcio

Qual a classificação da HiperCa?

A

Há a medida sérica (s) e iônica (i)

Leve: 10,5-12 || 5,2-6

Moderada: 12-14 || 6-7

Grave: > 14 || >7

105
Q

Distúrbios do Cálcio

Quais as principais causas de hiperCa?

A
  1. PTH dependente (hiperparatireoidismo)
  2. PTH independente (neoplasia, vitamina D, causas renais)
106
Q

Distúrbios do Cálcio

Quais as principais manifestações de hiperCa?

A
  1. Renal (nefrolitíase, nefrocalcinose, IRA e desidratação)
  2. Cardiovascular (encurtamento do intervalo QT)
107
Q

Distúrbios do Cálcio

Como tratar hiperCa?

A
  1. Hidratação venosa vigorosa
    4-6L em 24h com alto débito urinário
  2. Furosemida
  3. Bisfosfonatos
  4. Calcitonina nos graves
  5. Corticoide (para impedir vit D)
108
Q

Distúrbios do Cálcio

Qual a definição de hipoCa?

A

Ca total < 8,5

Ca ionizável < 4,4

109
Q

Distúrbios do Cálcio

Quais os principais sintomas de hipoCa?

A
  1. Sinal de Trousseau
  2. Sinal de Chvostek
  3. Aumento do intervalo QT
110
Q

Distúrbios do Cálcio

Como tratar hipoCa?

A

Leve: VO

Grave: Gluconato de Ca 10% IV

111
Q

Gasometria arterial

Quais os valores de referência?

A
112
Q

Gasometria arterial

Quando realizar?

A
  1. Distúrbio respiratório
  2. Distúrbio metabólico
  3. Intoxicação exógena
  4. Instabilidade hemodinâmica
  5. Rebaixamento do nível de consciência
  6. Paciente grave
113
Q

Gasometria arterial

Quando pedir arterial ou venosa?

A

Arterial

  1. Componente respiratório
  2. Troca gasosa
  3. Lactato

Venosa

  1. Componente metabólico
  2. Rotina
  3. SvO2
114
Q

Gasometria arterial

Como ocorre a regulação do pH?

A

pH = HCO3/CO2

Alterações mudam o outro componente para equilibrar

115
Q

Gasometria arterial

Como interpretar?

A
  1. Avalie o pH
  2. Determinar se é respiratório ou metabólico
  3. Determinar se está compensado ou existe distúrbio misto
  4. Se for acidose metabólica, calcular o ânion GAP
116
Q

Gasometria arterial

Qual a resposta apropriada da acidose metabólica?

A

Aumenta a ventilação e reduz a pCO2.

117
Q

Gasometria arterial

Qual a utilidade do Ânion GAP?

A

Identificar se a acidose metabólica hiperlorêmica ou normoclorêmica, pois ajuda a definir a causa.

118
Q

Gasometria arterial

Como se calcula o Ânion GAP?

A

Na - (Cl + HCO3)

119
Q

Gasometria arterial

Quais as causas de Ânion-GAP aumentado?

A

Surgimento de outro ânion, por exemplo, lactato, CAD, intoxicação, uremia.

120
Q

Gasometria arterial

Quais as causas de Ânion-GAP normal?

A

Perca de bic e acúmulo de Cl por exemplo, diarreia e hiperhidratação.

121
Q

Gasometria arterial

Qual a resposta apropriada da alcalose metabólica?

A

Acidose respiratória associada