M07 - Distúrbios Metabólicos e Hidroeletrolíticos Flashcards
Hipoglicemia no PS
O que é o mais importante de saber?
- Potencialmente fatal
- Buscar diagnóstico de causa
Hipoglicemia no PS
Qual a definição de hipoglicemia?
Glicose capilar < 45
Em paciente diabéticos: < 70
+
sintomas
+
resolução de sintomas com a correção da hipoglicemia
Hipoglicemia no PS
Quais os sintomas de hipoglicemia?
Adrenérgicos e neuroglicopênicos
Adrenérgicos: ativação do sistema simpático
Neuroglicopênicos: Cefaleia, RNC, déficit neurológico focal, sintomas neurológicos gerais.
Hipoglicemia no PS
Como abordar inicialmente o quadro?
- Tratar
- Pesquisar a causa
- MOV
Hipoglicemia no PS
Se for pouco sintomática, como conduzir?
- Glicose VO
- Copo com açúcar
Hipoglicemia no PS
Se for muito sintomático, como conduzir?
Glicose 50% - 4 amp IV
Cuidado com o acesso, calibroso e firme pois destrói o SC.
Pode repetir.
Hipoglicemia no PS
Quando usar SG 5%?
Quando se achar que pode haver recorrência.
Hipoglicemia no PS
Quais as possíveis causas em pacientes não diabéticos?
- Medicações
- Grave (Sepse, trauma, queimadura)
- Doença clínica (IC, DRC, Insuf hep)
- Inanição
Hipoglicemia no PS
Quando repor tiamina? Que dose?
Repor: desnutridos, hepatopatas e etilistas
Dose: 100-300mg
Hipoglicemia no PS
Quando internar?
- Diabético com alto risco de recorrência
- Indícios de outras patologias (ex. sepse)
- UTI: RNC persistente
Cetoacidose diabética e EHH
O que são?
Complicações associadas à hiperglicemia, podendo haver complicações graves e potencialmente fatais.
Cetoacidose diabética
Qual a definição?
Ausência absoluta de insulina + frequentemente na DM tipo 1
Cetoacidose diabética
Quais pacientes demandam cuidado por pior prognóstico?
- Extremos de idade
- Coma
- Choque
Cetoacidose diabética
Quais os fins fisiopatológicos que justificam o quadro?
- Hiperglicemia
- Corpos cetônicos (acidose metabólica)
- Desidratação
Cetoacidose diabética
Qual a tríade diagnóstica da CAD?
- Cetonemia (ou cetonúria +4)
- Acidemia (ph < 7,3) c/ Ânion GAP aumentado: Na - (Cl + BIC)
- Hiperglicemia ( > 250mg/dL)
Cetoacidose diabética
Qual distúrbio hidroeletrolítico está associado?
Distúrbios do K, pois a insulina transfere K para o intracelular.
Cetoacidose diabética
Qual o quadro clínico?
Evolução rápida com
- Poliúria, polidipsia e perda de peso
- Sinais de desidratação (taquicardia, hipotensão, mucosas hipocoradas)
- TGI (Náuseas, vômitos e dor abdominal)
- Acidose (hálito cetônico e Kussmaul)
EHH
Qual a definição?
Ausência relativa de insulina, + comum em DM tipo 2
EHH
Quais os mecanismos fisiopatológicos?
Hiperglicemia com hiperosmolaridade e desidratação profunda, sem acidose metabólica.
EHH
Qual o quadro clínico?
- Quadro insidioso (dias a semanas)
- Poliúria, polidpsia e polifagia
- Desidratação
- Sintomas neurológicos mais intensos por osmolaridade alterada
EHH
Como fazer o diagnóstico?
- Hiperglicemia ( > 600mg/dL)
- Osmolaridade > 320 mosm/kg
- pH normal
EHH
Como calcular osmolaridade efetiva?
2 x (Na corrigido) + glicemia/18
(Na corrigido) = Na + 1,6*glicemia/100
Cetoacidose diabética e EHH
Que exames solicitar?
- Glicemia sérica
- Urina EAS
- Gasometria arterial
- Eletrólitos (Na, K, P, Cl)
+
Hemograma, função renal
+
Conforme suspeita
Cetoacidose diabética e EHH
Como realizar o tratamento?
VIP
Volume, insulina e potássio
Cetoacidose diabética e EHH
O que realizar em relação ao volume?
- Reposição volêmica vigorosa
- Estabilização hemodinâmica
- 1000-1500mL na primeira hora, aberto, podendo repetir
!! Cuidado com cardiopatas e DRC - Estabilização? 250-50mL
- Calcular Na corrigido
5.1 Se < 135: NaCl 0,9% + glicose 5-10%
5.2 Se ≥ 135: NaCl 0,45% + glicose 5-10%
! Não é o objetivo reduzir a glicemia e sim a acidose! Glicemia é fácil.
Cetoacidose diabética e EHH
O que fazer em relação à insulina?
- Insulina REGULAR EV
- K < 3,3 NÃO FAZ
- Ataque: 0,1 a 0,15 U/kg bolus
-
Infusão: 0,1U/kg/hora
Diluição: 50U + 250ml SF
5ml = 1U de insulina -
Queda adequada: 50-70/h
- Se < = dobrar velocidade
- Se > = metade da velocid. -
Se gl 200-250
- Associar SG 5-10%
Cetoacidose diabética e EHH
O que fazer em relação ao K?
Dosar na gasometria venosa!
-
Se < 3,3
Kcl 40mEq e medir depos -
Se 3,3-5,0
2.1 Insulina
2.2 Kcl 20-mEq/litro de solução
2.3 Medir K de 2/2h
2.4 Manter K entre 4,0 e 5,0 -
Se > 5,0
Dar insulina e medir K de 2/2h
Cetoacidose diabética e EHH
Quando posso dar alta?
CAD
- pH > 7,3
- Bic ≥ 15
- AG ≤ 12
EHH
Correção de glicemia e osmolaridade
Cetoacidose diabética e EHH
Como fazer o esquema sem bomba de infusão?
0,4 U/kg SC/IM
Metade bolus, metade SC/IM
Manter 0,1U/kg/h SC/IM de 1/1h
Injúria Renal Aguda
O que é?
Redução abrupta, algumas vezes reversível da função renal.
Injúria Renal Aguda
Quais as consequências da IRA?
- Retenção de ureia e outras escórias nitrogenadas
- Desregulação de volume
- Desregulação de eletrólitos
Injúria Renal Aguda
Quais os critérios diagnósticos?
Critérios de KADIGO (1 critério)
- ⇡ da creatinina sérica ≥ 0,3mg/dl em 48h
- ⇡ relativo ≥ a 1,5 a creatinina basal sabida ou presumidamente da última semana
- Volume de diurese < 0,5ml/kg/h em período maior que 6h
Injúria Renal Aguda
Quais os estágios da classificação de Kadigo?
1 (risco), 2 (lesão renal) e 3 (falência renal)
Injúria Renal Aguda
Qual o quadro clínico habitual?
- Edema
- HAS
- ⇣ Diurese
- Assintomáticos com ⇡ de creatinina
Injúria Renal Aguda
Quais os 3 tipos de etiologia?
- Pré renal
- Renal
- Pós renal
Injúria Renal Aguda
Qual a etiologia da IRA pré renal?
Perfusão inadequada dos rins
- Hipovolemia (diarreia, vômitos, poliúria, diuréticos, hemorragia, pancreatite)
- Hipofluxo de artéria renal (IC, SHR, estenose de artéria renal e sd. compartimental abdominal e sd. nefrótica grave)
Pode evoluir para IRA renal
Injúria Renal Aguda
Qual a etiologia da IRA renal?
- NTA
- Choque
- Hemólise
- Rabdomiólise
- Intoxicações
- Acidentes ofídicos
- Medicamentos
Injúria Renal Aguda
Como diferenciar NTA ou IRA pré renal?
Testar volume para diferenciar.
Parâmetros laboratoriais
Pré renal: cilindros hialinos
NTA: cilindros granulosos e epiteliais
Injúria Renal Aguda
Qual a gravidade da sepse nesse contexto?
Soma de várias etiologias para a IRA, com:
- hipoperfusão
- vasodilatação sistêmica
- endotoxinas inflamatórias próprias
Injúria Renal Aguda
Quais as etiologias da IRA pós renal?
Obstrução do fluxo urinário
- Bexiga neurogênica
- Medicamentos anticolinérgicos
- Obstrução uretral
- CA de bexiga ou metástases
- HPB ou CA de próstata
- Sondagem!
Injúria Renal Aguda
O que nos direciona a pensar em IRA Renal em exames de laboratório?
- Hematúria
- Proteinúria
- Cilindros
Injúria Renal Aguda
Como identificar a causa da hematúria?
Excluir a manipulação
Se eumórficas: trato urinário baixo
Se dismórficas: glomerular
Injúria Renal Aguda
Que diagnósticos podem estar associados à piúria?
Cilindros leucocitários: pielonefrite
Eosinófilos > 1%: NIA
Injúria Renal Aguda
Como manejar IRA pré renal?
- Fluidoterapia (Ringer ou SF)
- Suspender IECA/BRA/AINES
- Suspender diuréticos
Injúria Renal Aguda
Como manejar IRA Renal?
Cuidar da NTA!
- Prevenção
- Manejo de hipotensão e hipoperfusão
- Suspender nefrotóxicos
- Ajustar drogas
- Suporte clínico
Corrigir DHE
Se oligúria
Furosemida stress test para ver 200ml de diurese em 2h
Se acidose
Bicarbonato 1mEq/kg
Injúria Renal Aguda
Como manejar a IRA pós-renal?
- Desobstrução
- Sonda Vesical de Demora
Injúria Renal Aguda
O que são as urgências dialíticas?
A E I O U
Acidose refratária
Eletrólitos (K!!)
Intoxicações
Overload (congestão)
Uremia (encefalopatia urêmica, derrames cavitários e hemorragia)
Distúrbios do Sódio
Como determinar hiponatremia?
Na < 135mEq/L