M06 - Emergências do Trato Gastrointestinal Flashcards

1
Q

O manejo da Ascite

Qual o mecanismo de formação da ascite?

A

Lesão hepatocelular, quando cronificada, gera fibrose e regeneração, o que leva a cirrose.

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2
Q

O manejo da Ascite

Quais as causas de lesão hepática?

A
  1. Álcool
  2. Hepatites virais
  3. Aoenças metabólicas
  4. Autoimune
  5. Doenças do trato biliar
  6. Doenças vasculares
  7. NASH
  8. Medicações
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3
Q

O manejo da Ascite

Quando suspeitar de cirrose?

A

Estigma de hepatopatia:

  1. Hiperestrogenismo (vasodilatação com eritema palmar, telangectasias, ginecomastia)
  2. Hiperbilirrubinemia (icterícia)
  3. Hipoalbuminemia (edema)
  4. Retenção hídrica (edema)
  5. Acúmulo de metabólitos
  6. Coagulopatia
  7. Hipertensão portal
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4
Q

O manejo da Ascite

Qual o mecanismo da ascite?

A
  1. Cirrose
  2. Hipertensão portal
  3. Vasodilatação esplâncnica / sistêmica
  4. ⇣ PAM
  5. ⇣ Volume sanguíneo arterial efetivo
  6. SRAA / SNS / ADH
  7. Retenção de Na
  8. Ascite
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5
Q

O manejo da Ascite

Como identificar ascite?

A
  1. Distensão abdominal
  2. Cicatriz umbilical evertida
  3. Circulação colateral, se hipertensão portal
  4. Piparote
  5. Semicírculo de Skoda
  6. Macicez móvel
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6
Q

O manejo da Ascite

O que deve ser solicitado na análise do líquido ascítico?

A
  1. Celularidade (total e diferencial)
  2. Albumina (GASA)
  3. Cultura
  4. Proteínas totais e frações
  5. Glicose
  6. LDH
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7
Q

O manejo da Ascite

O que é GASA?

A

GASA = Albumina sérica - albumina do líquido ascítico

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8
Q

O manejo da Ascite

Como interpretar o GASA?

A

Outras etiologias: TB, neoplasia, pancreatite.

PT: proteínas totais

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9
Q

O manejo da Ascite

Como realizar o tratamento?

A
  1. Avaliar o volume da paracentese
    ⇒ > 5L = reposição de 8-10g de albumina por litro retirado
    ⇒ Prevenção de SHR
  2. Avaliar temporalidade
    ⇒ Quadro agudo / piora da ascite
    ⇒ Quadro crônico
  3. Tratar complicações
  4. Diuréticos (furosemida / espironolactona)
    ⇒ Meta: ⇓ 0,5 a 1kg de peso por dia
  5. Paracentese de alívio
  6. Restrição de sódio
  7. Restrição hídrica (se Na < 130)
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10
Q

PBE

O que é PBE?

A

Infecção do líquido ascícito na ausência de fonte contígua de disseminação.

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11
Q

PBE

Quais as principais etiologias?

A
  1. Bacilos gram -
    E. coli
    Klebsiella pneumoniae
  2. Cocos gram + (+ raros)
    Estreptococos
    Pneumococo
    Enterococos
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12
Q

PBE

Qual a fisiopatologia?

A

Cíclica

  1. Disbiose, ⇑ da permeabilidade TGI
  2. Translocação bacteriana
  3. SIRS, ⇓ da função hepática
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13
Q

PBE

Qual a clínica?

A
  1. Dor abdominal difusa e/ou à palpação
  2. ⇑ volume abdominal
  3. Alteração do nível de consciência
  4. Infecção sem foco em hepatopata

Cuidados:

  1. 10-30% assintomáticos
  2. São imunocomprometidos (sem febre sempre)
  3. Não esperar taquicardia e leucocitose
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14
Q

PBE

Como realizar o diagnóstico?

A

Não deixar de puncionar (⇑ mortalidade)

  1. ≥ 250 PMN/mm3
  2. Cultura + com 1 bactéria
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15
Q

PBE

O que é bacteriascite? Como tratar?

A

O que é:

Cultura (+) quando PMN < 250

Manejo:

  • Tratar com sintomáticos e iniciar ATB
  • Se assintomático, repetir a punção em 48h
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16
Q

PBE

O que é ascite neutrofílica? Como conduzir?

A

PMN > 250 com cultura (-).

Pode ser causada por TB, neoplasia e uso prévio de ATB.

Conduta: Manter antibiótico.

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17
Q

PBE

O que é a peritonite bacteriana secundária? Como conduzir?

A

Definição: Infecção por continuidade, por perfuração, polimicrobiana.

Conduta: solicitar imagem, tratamento cirúrgico.

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18
Q

PBE

Como diagnosticar peritonite secundária?

A
  1. Cultura polimicrobiana
  2. PT > 1
  3. DHL > LSN sérico
  4. Glicose < 50
  5. Se suspeita de perfuração > Fosfatase Alcalina
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19
Q

PBE

Como tratar?

A
  1. Cefalosporina de 3ª geração: ceftriaxona ou cefotaxima por 5 dias
  2. Albumina se:
    - Cr > 10
    - BT > 4
    - Ur > 60
    - Prevenção da síndrome hepatorrenal
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20
Q

PBE

Qual a dose de albumina?

A

1,5g/kg nas primeiras 6h e 1g/kg no 3º dia de tratamento.

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21
Q

PBE

Como conduzir se o quadro clínico não melhorar?

A

Realizar nova paracentese. Se:

  • PMN < 250: cessar ATB
  • PMN > 250, porém menor que o prévio: completar 7 dias + nova paracentese
  • PMN > que resultado prévio ⇢ PBS?
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22
Q

PBE

Quais os tipos de profilaxia?

A

Primária e secundária

Primária: antes de ter um quadro

Secundária: depois de ter um quadro

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23
Q

PBE

Como realizar a profilaxia primária?

A
  1. Ceftriaxone 1g 1x ao dia por 7 dias
  2. Norfloxacino 400mg 2x ao dia por 7 dias
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24
Q

PBE

Como realizar profilaxia secundária?

A
  1. Norfloxacino 400mg/dia
  2. SMT/TMP 800/160mg

Para sempre ou até o transplante.

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25
Q

Encefalopatia hepática

Qual a definição?

A

Anormalidades neuropsiquiátricas por disfunção hepática ou shunt portossistêmico.

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26
Q

Encefalopatia hepática

Qual o quadro clínico?

A
  1. Mudança de comportamento
  2. Alterações sono / vigília
  3. Flapping
  4. Confusão mental
  5. Letargia
  6. Coma
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27
Q

Encefalopatia hepática

Como diagnosticar?

A
  1. Excluir outras causas (principalmente hipoglicemia!)
  2. TC de crânio?
  3. Sangramento TGI (pesquisar ativamente!)
  4. PBE (pesquisar ativamente!)
  5. Fatores precipitantes
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28
Q

Encefalopatia hepática

Quais os fatores precipitantes?

A
  1. Infecção
  2. Constipação
  3. Alcalose metabólica
  4. Hipovolemia
  5. HipoK
  6. Disfunção renal
  7. Sedativos
  8. Hipóxia
  9. Hipoglicemia
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29
Q

Encefalopatia hepática

Como classificar o quadro?

A

Classificação de West-Haven

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30
Q

Encefalopatia hepática

Como conduzir?

A
  1. Avaliar o local de tratamento
    - Depende do grau de acometimento
    - I: ambulatorial, II: observação, III: interna.
  2. Corrigir fatores precipitantes
    - Constipação, clister, lactulona
    - Suspender diurético
  3. Nutrição
    - Manter aporte calórico
    - PTN (1,2-1,5g/kg/d)
    - Se RNC > SNE
  4. Redução de amônia
    - Lactulose
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31
Q

Síndrome hepatorrenal

Por que ocorre?

A

Por vasodilatação esplâncnica, que gera uma hipotensão aparente, com resposta renal de vasoconstrição.

Diagnóstico de exclusão.

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32
Q

Síndrome hepatorrenal

Que tipo de IRA ocorre?

A

IRA pré-renal sem resposta à volume.

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33
Q

Síndrome hepatorrenal

Quais os tipos de síndrome hepatorrenal?

A

Tipo 1 (+ grave) e tipo 2.

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34
Q

Síndrome hepatorrenal

Quais as características da SHR tipo 1?

A
  1. 2x Cr (>2,5) < 2 semanas
  2. Associação com PBE
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35
Q

Síndrome hepatorrenal

Quais as características da SHR tipo 2?

A
  1. Aumento persistente e progressivo de Cr > 1,5
  2. Associação com ascite refratária
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36
Q

Síndrome hepatorrenal

Quando pensar em SHR?

A
  1. Pacientes cirróticos com ascite
  2. Cr > 1,5 ou LRA
  3. Sem melhora após:
    - suspensão de diurético
    - expansão volêmica com albumina
  4. Ausência de choque e excluir uso de nefrotóxicos
  5. Sem doença estrutural renal
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37
Q

Síndrome hepatorrenal

Como manejar a SHR?

A
  1. Compensar o fígado
  2. Transplante hepático
  3. Vasoconstritor
    - Noradrenalina
    - Terlipressina (0,5-2mg 4/4h)
    - Octreotide
  4. Albumina 20 a 40g/dia 5 a 15 dias
  5. Diálise (quando necessária)
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38
Q

Síndrome hepatorrenal

Qual o objetivo do manejo?

A

Levar a creatinina para o basal (<1,5)

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39
Q

Emergências no paciente etilista

Quais as principais complicações do consumo exacerbado de álcool?

A
  1. Síndrome de abstinência alcoólica
  2. Encefalo de Wernicke
  3. Hepatite alcoólica agudo
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40
Q

Emergências no paciente etilista

Como se dá o processo patológico da síndrome da abstinência alcoólica?

A

Uso crônico de álcool (inibidor) = ⇓ receptores GABA (inibitório) e ⇑ receptores NMDA (excitatório).

A ausência do álcool leva a estado de hiperexcitabilidade.

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41
Q

Emergências no paciente etilista

A SAA surge em quanto tempo?

A

Em geral 6-24h após a interrupção do uso, com resolução em 48-72h

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42
Q

Emergências no paciente etilista

Quais as manifestações clínicas da SAA?

A
  1. Insônia
  2. Tremor
  3. Ansiedade
  4. Desconforto intestinal
  5. Cefaleia
  6. Diaforese
  7. Palpitações
  8. Convulsões, alucinações e delirium tremens (+ graves)
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43
Q

Emergências no paciente etilista

Qual a sequência de ocorrência dos sintomas na SAA?

A
  1. Sintomas menores (tremores, ansiedade)
  2. Crises convulsivas
  3. Alucinações
  4. Delirium tremae
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44
Q

Emergências no paciente etilista

Como as convulsões se apresentam na SAA?

A

Episódios únicos e de curta duração.

Investigar diagnósticos diferenciais se crises prolongadas ou recorrentes.

Tratamento; benzodiazepínicos e fenobarbital

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45
Q

Emergências no paciente etilista

Como as alucinações se apresentam na SAA?

A

Mais comuns visuais, seguidas por auditivas, com consciência do paciente.

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46
Q

Emergências no paciente etilista

O que é o delirium tremens?

A

Patologia rara, iniciando entre 48-96h e resolução em até 5 dias.

Tem todos os sintomas de SAA, com extrema agitação, tremores grosseiros, taquicardia e hipertensão.

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47
Q

Emergências no paciente etilista

Como o delirium tremens complica?

A
  1. Hiperventilação ⇢ alcalose respiratória ⇢ ⇑ fluxo cerebral ⇢ + confusão
  2. Desidratação ⇢ alteração de eletrólitos (K e Mg) ⇢ arritmias e convulsões
  3. Rabdomiólise ⇢ IRA
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48
Q

Emergências no paciente etilista

Como conduzir na SAA?

A
  1. Avaliação de gravidade pelo CIWA.
  2. Exames (rotina + amilase e lipase)
  3. Estabilização clínica
  4. Medicações: benzodiazepínicos (Diazepam 5-10mg EV de 1/1h até melhora dos sintomas)
  5. Se delirium tremens, midazolam EV 5mg de ataque e 2mg/h
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49
Q

Emergências no paciente etilista

O que é a encefalopatia de Wernicke?

A

Encefalopatia causada por déficit da vit B1.

Apresenta:

  1. Nistagmo e oftalmoplegia
  2. Confusão mental
  3. Instabilidade de marcha e postura
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50
Q

Emergências no paciente etilista

Como realizar o diagnóstico de Encefalopatia de Wernicke?

A

Critérios de Caine (2 ou +):

  1. Sinais de desnutrição
  2. Anormalidades oculomotoras
  3. Disfunção cerebelar
  4. Estado mental alterado ou comprometimento de memória
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51
Q

Emergências no paciente etilista

Devo solicitar exames laboratoriais para encefalopatia de Wernicke? E de imagem?

A

Somente a título de diagnosticar outras causas.

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52
Q

Emergências no paciente etilista

Como tratar a encefalopatia de Wernicke?

A

Reposição de tiamina (B1) 500mg EV ou IM 8/8h por 2 dias

Obs: antes da glicose!

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53
Q

Emergências no paciente etilista

Como fazer a profilaxia de encefalopatia de Wernicke?

A

Tiamina 300mg EV ou IM 1x/dia concomitante ou antes da glicose

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54
Q

Emergências no paciente etilista

O que é a hepatite alcóolica aguda?

A

Lesão hepática induzida por uso excessivo de álcool. + de 100g de álcool/dia por 2 décadas.

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55
Q

Emergências no paciente etilista

Qual o quadro clínico da hepatite alcóolica?

A
  1. Agudo ou subagudo
  2. Anorexia
  3. Febre, podendo chegar a 39ºC
  4. Icterícia
  5. Hepatomegalia dolorosa
  6. Dor abdominal difusa
  7. Distensão abdominal
  8. Fraqueza muscular / mialgia
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56
Q

Emergências no paciente etilista

Como diagnosticar hepatite alcóolica?

A

Exames laboratoriais

  1. Transaminases elevadas
    - sem ultrapassar de 300
  2. AST/ALT > 2 !!!
  3. Hemograma
    Leucocitose com desvio a esquerda, sem infecção
  4. Função hepática (Albumina, bilirrubinas, plaquetas, TP/INR)
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57
Q

Emergências no paciente etilista

Como avaliar a gravidade da hepatite alcóolica?

A

Índice de Maddrey. Usa TP e bilirrubina total.

58
Q

Emergências no paciente etilista

Como tratar a hepatite alcóolica?

A
  1. Suspender álcool
  2. Casos leves: sintomáticos
  3. Casos moderados:
  4. Prednisolona 40mg 1x/dia por 4 semanas
  5. Pentoxifilina 400mg 8/8h por 4 semanas
59
Q

Hemorragia Digestiva

Quais os tipos de HD?

A

HD alta e HD baixa.

60
Q

Hemorragia Digestiva

Qual a definição de HDA?

A

Sangramento de esôfago, estômago e duodeno.

61
Q

Hemorragia Digestiva

Qual a clínica da HDA?

A
  1. Melena
  2. Hematêmese
  3. Enterorragia (normalmente graves)
  4. Choque
62
Q

Hemorragia Digestiva

Quais as etiologias de HDA?

A
  1. Doença ulcerosa (40%)
  2. Varizes de esôfago
  3. Síndrome de Mallory-Weiss
  4. Neoplasias
63
Q

Hemorragia Digestiva

Como abordar HDA?

A
  1. Anamese
    - Detalhar e quantificar o sangramento, episódios prévios, medicações
  2. EF
    - Icterícia, hepatopatia, sinais de instabilidade, exame abdominal
  3. Laboratório - rotina
  4. Estabilização (hipotensão permissiva, hemodiluição, transfusão, DVA)
  5. Medicamentos
  6. Endoscopia
64
Q

Hemorragia Digestiva

Quais os critérios de transfusão na HDA?

A
  1. Hemácias Hb <7
  2. Plasma INR > 1,5
  3. Plaquetas se < 50.000
65
Q

Hemorragia Digestiva

Que medicações podem ser usadas na HDA?

A
  1. Omeprazol 80mg EV bolus seguido de 40mg 12/12h
  2. Análogos da somatostatina (Terlipressina) na HDA varicosa por vasoconstrição esplênica 4mg EV bolus + 2mg EV 4/4h 48h + 1mg EV 4/4h 72h
66
Q

Hemorragia Digestiva

Qual a definição de HDB?

A

Sangramento em intestino delgado, cólon, reto, sigmóide e ânus.

67
Q

Hemorragia Digestiva

Qual a clínica da HDB?

A
  1. Hematoquezia
  2. Enterorragia
  3. Melena
68
Q

Hemorragia Digestiva

Quais as etiologias de HDB?

A
  1. Doença diverticular (+ frequente)
  2. Neoplasias
  3. Angiodisplasia
  4. Pólipos intestinais
  5. Infecções do TGI
  6. DII
  7. Doença hemorroidária
69
Q

Hemorragia Digestiva

Como abordar HDB?

A
  1. Perguntas semelhantes à de HDA.
  2. Estabilização semelhante
  3. Tratamento medicamentoso semelhante
  4. Colonoscopia
70
Q

Av. Inicial do Abdome Agudo

Quais os tipos de AA?

A
  1. Inflamatório
  2. Hemorrágico
  3. Perfurativo
  4. Isquêmico
  5. Obstrutivo
71
Q

Av. Inicial do Abdome Agudo

Qual o kit básico de exames laboratoriais?

A
  1. Hemograma
  2. Eletrólitos
  3. Amilase/lipase
  4. Urina I
  5. B hCG
  6. ECG!
72
Q

Av. Inicial do Abdome Agudo

Qual tipo de AA o RX não é indicado?

A

AA hemorrágico.

73
Q

Av. Inicial do Abdome Agudo

Quais as incidências de RX devem ser solicitadas?

A

Ortostase, decúbito, tórax com cúpulas.

74
Q

Av. Inicial do Abdome Agudo

Quais as indicações USG?

A

AA inflamatório e hemorrágico. Mulheres em idade fértil.

75
Q

Av. Inicial do Abdome Agudo

Que tipos de AA a USG não é indicada?

A

AA obstrutivo e perfurativo.

76
Q

Av. Inicial do Abdome Agudo

Como conduzir se dúvida diagnóstica?

A
  • Manter em observação
  • Alta com sinais de alerta
  • Avaliação após sintomáticos
77
Q

Abdome Agudo Inflamatório

O que é colecistite?

A

Processo inflamatório da vesícula biliar desencadeado por obstrução.

78
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Quais os fatores de risco para colecistite?

A

4F

Female

> Forty

Fat

Fertility

79
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Qual a clínica de cólica biliar / colecistite?

A
  1. Dor no hipocôndrio direito
  2. Hiporexia
  3. Náuseas e vômitos
  4. História de refeição gordurosa

Se cólica biliar:

Dor < 6h

Se colecistite:

Dor > 6h + sinais sistêmicos (febre, taquicardia)

80
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Que sinais do exame físico devem ser avaliados na colecistite?

A
  1. Dor no HCD
  2. Dor no ombro direito
  3. Sinal de Murphy
  4. Peritonite
81
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Quais os diagnósticos diferenciais de colecistite?

A
  1. Cólica biliar
  2. IAM
  3. Colangite aguda
  4. Hepatites agudas
  5. Coledocolitíase
  6. Úlcera péptica perfurada
  7. Pancreatite (- provável)
82
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Como realizar os diagnósticos diferenciais de vesícula biliar?

A

Coledocolitíase nem sempre apresenta icterícia.

83
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Como realizar o diagnóstico de colecistite?

A

A: Sinais locais de inflamação (Murphy, sensibilidade, massa)

B: Sinais sistêmicos de inflamação (Febre, PCR, leucocitose)

C: Achado radiológico

Confirmado:

A + B + C

Suspeito

Pelo menos 2

84
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Quais os critérios de USG da colecistite?

A
  1. Aumento da vesícula
  2. Espessamento da parede
  3. Liquido pericolescístico
  4. Cálculos
  5. Murphy ultrassonográfico
85
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Como conduzir colecistite?

A
  1. Sintomáticos
  2. Jejum
  3. Hidratação com SF
  4. Antibiótico (Ceftriaxona / Cefuroxima ou Cipro + Metro)
86
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Quais as principais causas de pancreatite?

A
  1. Biliar (35-40%)
  2. Alcóolica (30%)
87
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Qual a clínica da pancreatite?

A
  1. Dor abdominal no andar superior do abdome (faixa)
  2. Náuseas e vômitos
  3. Pode ter febre
  4. Pode ter irradiação para o dorso
  5. Pode estar ictérico
88
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Como realizar o diagnóstico de pancreatite?

A

Presença de 2 dos 3:

  1. Dor em abdome superior e irradiação para dorso, agudo
  2. Elevação de amilase e lipase 3x acima da normalidade
  3. Achados característicos de pancreatite em exames de imagem
89
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Que exames solicitar?

A
  1. USG
  2. Amilase/lipase
  3. Eletrólitos
  4. Gasometria arterial + lactato
  5. Triglicerídeos
90
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Como conduzir pancreatite se etiologia biliar?

A
  1. Suporte clínico
  2. Solicitar avaliação da cirurgia
91
Q

Abdome Agudo Inflamatório

TC e pancreatite?

A

Não serve pois só é indicada após 48-72h

92
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Como conduzir pancreatite?

A

Internação

  1. Jejum
  2. Hidratação EV + correção de DHE
  3. Analgesia (morfina)
  4. Ondansetrona
  5. Dimenidrato EV/IM
  6. SEM antibiótico
93
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Quando repor a dieta?

A
  1. Melhora da dor
  2. Ausência de vômitos
  3. Fome
94
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Como o paciente chega no PS na apendicite?

A
  1. Dor abdominal diferente
  2. Pode ter diarreia
  3. Pode ter constipação
  4. Se febre, geralmente baixa
  5. Náuseas e vômitos
  6. Hiporexia / anorexia
95
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Como se caracteriza a dor da apendicite?

A
  1. Espalhada
  2. Não localizada
  3. Média intensidade
  4. Pode migrar para a FID
96
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Quais grupos demandam cuidado?

A

Idosos e imunocomprometidos;

ITU que não melhora;

Gestantes (dx com colecistite)

97
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Quais os critérios diagnósticos de apendicite?

A

Clínicos (Avorado)

  1. Migração da dor para FID
  2. Anorexia
  3. Náuseas e/ou vômitos
  4. Defesa no QID (2)
  5. Dor à descompressão brusca em FID
  6. Temp > 37,5ºC
  7. Leucocitose (2)
  8. Desvio a esquerda

1-4 não deve ser

5-6 será que é?

7-10 confirmado

98
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Qual a apresentação de diverticulite no PS?

A
  1. Idoso
  2. Febre baixa
  3. Dor abdominal esquerda
  4. Pode ter sangue nas fezes
  5. Pode ter náuseas e vômitos
99
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Como se apresenta o EF de diverticulite?

A

Dor em QIE

Pode ter defesa, peritonite, massa palpável, febre, queixas urinárias.

100
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Quais os diagnósticos diferenciais de diverticulite?

A
  1. Síndrome do intestino irritável
  2. CA colorretal
  3. Colite infecciosa
  4. Salpingite, DIP, ectópica, endometriose
101
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Como conduzir inicialmente a diverticulite?

A
  1. Sintomáticos
  2. Exames de laboratório
  3. Exames de imagem
  4. Encaminhar
102
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Que exames devem ser solicitados na diverticulite?

A
  1. Hemograma
  2. PCR
  3. TC
103
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Como manejar quadros leves de diverticulite?

A
  1. Sintomáticos
  2. Orientar sinais de alerta e retorno precoce
  3. ATB VO 7 a 10 dias
    Cipro + Metro
    Levo + Metro
    Bactrim + Metro
    Amox + Clav
  4. Interromper tabagismo e melhorar dieta, peso
104
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Quando internar na diverticulite?

A
  1. Refratário ao manejo clínico
  2. Dor abdominal intensa
  3. Diverticulite perfurada
  4. Peritonite
  5. Instabilidade hemodinâmica
105
Q

Abdome Agudo Inflamatório

Quando internar na diverticulite?

A
  1. Refratário ao manejo clínico
  2. Dor abdominal intensa
  3. Diverticulite perfurada
  4. Peritonite
  5. Instabilidade hemodinâmica
106
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Qual a apresentação no PS?

A
  1. Parada de eliminação de fezes e flatos
  2. Distensão abdominal
  3. Náuseas e vômitos
  4. pode História de sangramento digestivo
  5. pode Perda ponderal
  6. pode Hérnia
107
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Como diferenciar o local da obstrução?

A
108
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Quais os achados de EF?

A
  1. Cicatrizes, distensão, tensão, hérnias
  2. Ausculta com RHA de luta/metálicos
  3. Timpanismo
  4. Massas
  5. Peritonite?
109
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Quais os sinais de gravidade?

A
  1. Febre
  2. Hipotensão
  3. Dor abdominal intensa
  4. Vômitos incoercíveis
  5. Taquicardia
  6. Taquipneia
  7. Peritonite
110
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Que exames devem ser solicitados?

A

São inespecíficos. Pensar no futuro: lactato, coagulograma, eletrólitos.

RX de tórax, abdome sentado e abdome em pé.

111
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Como diferenciar obstrução intestinal de delgado para colônica?

A

Delgado se:

  1. Empilhamento de moedas
  2. Distensão mais central
  3. Alças menos calibrosas

Colônica se:

  1. Haustrações
  2. Distensão mais periféricas
  3. Alças mais calibrosas
112
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Quais as etiologias de obstrução de delgado?

A
  1. Bridas
  2. Hérnias
  3. Tumores
  4. Corpo estranho
113
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Quais as etiologias de obstrução de cólon?

A
  1. Neoplasia
  2. Fecaloma
  3. Corpo estranho
  4. Volvo
114
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Quais as medidas iniciais?

A

Jejum, sonda e soro.

Avaliar DHE, hemodinâmica.

115
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Como conduzir no caso de bridas?

A
  1. Sintomáticos
  2. Jejum, sonda e soro
  3. Observação
  4. Se melhorar alta
  5. Se não melhorar ou piorar: cirurgia
116
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Como conduzir em hérnias?

A
  1. Descartar estrangulamento
  2. Solicitar avaliação de cirurgia
117
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Como conduzir no fecaloma?

A
  1. Sintomáticos
  2. Clister glicerinado (via retal, morno, gota a gota)
  3. Não prescrever laxantes
  4. Retirada manual
  5. Orientações dietéticas
118
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Como conduzir volvo de sigmóide?

A
  1. Estabilização hemodinâmica
  2. Sintomáticos
  3. Encaminhar para cirurgia
119
Q

Abdome Agudo Obstrutivo

Como conduzir no íleo paralítico?

A
  1. 24 a 48h para retorno definitivo
  2. Jejum, sonda soro
  3. Avaliar com cirurgião introdução alimentar
120
Q

Abdome Agudo Perfurativo

Como é o paciente que chega no PS?

A
  1. Dor abdominal súbita e + intensidade
  2. Anorexia
  3. Posição antálgica
  4. Náuse / vômito
  5. Timpanismo
  6. Sinal de Jobert
  7. Abdome em tábua
121
Q

Abdome Agudo Perfurativo

Como ver pneumoperitônio?

A

No RX de tórax, com bolhas.

122
Q

Abdome Agudo Perfurativo

Como conduzir?

A
  1. Jejum
  2. Hidratação
  3. Analgesia (evitar AINEs)
  4. ATB
123
Q

Abdome Agudo Perfurativo

Que exames pedir?

A
  1. Hemograma
  2. Eletrólitos
  3. Amilase/Lipase
  4. Urina I
  5. B HCG
  6. Coagulograma
  7. Função renal
124
Q

Abdome Agudo Perfurativo

Como conduzir?

A

Encaminhar para cirurgia.

125
Q

RX de Abdome Agudo

Quais as incidências?

A
  1. Abdome decúbito
  2. Abdome ortostase
  3. Tórax ortostase
126
Q

RX de Abdome Agudo

Quais as principais indicações?

A
  1. Abdome agudo perfurativo
  2. Abdome agudo obstrutivo
  3. Calcificação
  4. Corpo estranho
  5. Dispositivos
127
Q

RX de Abdome Agudo

Quais as estruturas de normalidade?

A
  1. Bolha gástrica - verde
  2. Intestino grosso - laranja
  3. Alças intestinais delgado - azul
  4. Avaliar grosseiramente fígado, baço, rins e psoas
128
Q

RX de Abdome Agudo

Como sistematizar a avaliação de RX de abdome?

A

AB COD

A - Ar, pneumoperitônio

B -“Bowel” - alças intestinais

C - Cálcio - estruturas radiodensas

O - Órgãos sólidos

D - Dispositivos

129
Q

RX de Abdome Agudo

Qual é a imagem patológica? Por quê?

A

O primeiro, pois não tem alça envolvendo, representando pneumoperitônio.

130
Q

RX de Abdome Agudo

O que se busca no B?

A
  1. Alças dilatadas
  2. Alças obstruída
131
Q

RX de Abdome Agudo

O que esse RX apresenta de sinal?

A

Moeda empilhada, achado de distensão de alças do intestino delgado.

132
Q

RX de Abdome Agudo

O que esse RX apresenta de sinal?

A

Linhas incompleta (austrações), indicando distensão de alça de intestino grosso.

133
Q

RX de Abdome Agudo

Que estruturas podem ser encontradas no C?

A
  1. Cálculos
  2. Calcificações
134
Q

RX de Abdome Agudo

O que procurar na suspeita de abdome agudo perfurativo?

A

Gás fora da alça. Pode ocorrer em:

  1. Úlcera péptica
  2. Diverticulite
  3. Neoplasias
  4. Corpo estranho
135
Q

RX de Abdome Agudo

Quais as principais causas de obstrução alta?

A
  1. Brida
  2. Hérnia
  3. Neoplasias
136
Q

RX de Abdome Agudo

Quais os achados dessa TC de abdome?

A

Abdome agudo obstrutivo alto.

  1. Intestino delgado distendido com líquido (amarelo)
  2. Intestino grosso normal/colabado
  3. Conteúdo heterogêneo na alça delgada (vermelho), de aspecto fecaloide
137
Q

RX de Abdome Agudo

Quais os achados dessa TC de abdome?

A

Hérnia inguinal, com o saco herniário gerando obstrução.

138
Q

RX de Abdome Agudo

O que é intussuscepção intestinal?

A

É quando um segmento do intestino adentra outro segmento vizinho, gerando obstrução, mais comum em crianças.

139
Q

RX de Abdome Agudo

Quais os 2 tipos de obstrução baixa?

A

Depende da competência da válvula ileocecal

  1. Se for competente: delgado não distendido
  2. Se for incompetente: delgado distendido
140
Q

RX de Abdome Agudo

Quais as principais causas de obstrução baixa?

A
  1. Neoplasia
  2. Diverticulite
  3. Volvo
141
Q

RX de Abdome Agudo

O que é o volvo de sigmoide?

A

É uma torção causada pelo movimento livre do intestino grosso,