Extra - CTI Flashcards
Quando avaliar extubação?
- reversão da causa que levou a IOT
- Estabilidade hemodinâmica (sem DVA ou dobutamina < 5mcg/kg)
- ECG >8
- oxigenação adequada (relação PAO2/FiO2 > 150 com peep <8 e FiO2 <0,4)
O que significa uma oxigenação adequada?
Relação PaO2/FiO2 > 150 com PEEP < 8 e FiO2 < 0,4
Como pode ser feito o desmame para extubação?
- Teste de respiração espontânea com tubo T
Ou - PSV com PS 6-8cmH2O e PEEP 3-5
Explique como funciona o teste de respiração espontânea e quais metas devem ser atingidas?
Deve-se utilizar o tubo T
Teste pode durar de 30 a 120 minutos
- FR < 35
- SatO2 > 96%
- FC < 140
- PAS 90 - 180
- índice de tobin < 100 FR/VC
- ausência de agitação, sudorese ou alteração do nível de consciência
Caso o teste de extubação falhe o que deve ser feito?
Reconectar paciente
Permitir descanso da musculatura
Manter em PS com VC em 8ml/kg
Reavaliar em 24h
VNI após extubação?
- pacientes de alto risco
- ICC / cardiopatas
- tosse ineficaz
- secreção
- mais de 1 comorbidade
- hipercapnia
Quanto tempo manter VNI após extubação quando indicada?
No mínimo 8h nas primeiras 48h
Paciente apresentou insuficiência respiratória aguda após extubação - conduta?
Deve ser prontamente intubado
Obs.: VNI nesses casos associam a maior mortalidade
Quando indicar traqueostomia?
Previsão de VM prolongada
(Ex.: neurológicos)
O que é lesão miocárdica?
Elevação de troponina cardíaca com pelo menos um valor acima do limite superior de referência
Definição de infarto agudo do miocárdio?
Elevação de troponina + 1 dos:
- sintomas de isquemia
- onda Q patológica
- elevação ST ou BRE
- evidência de imagem de nova perda de imagem viável
- identificação de um trombo coronário por angiografia ou autópsia
IAM tipo 1?
DAC / ruptura de placa aterosclerose
IAM tipo 2?
Desequilíbrio entre suprimento e demanda (não relacionado a ruptura de placa)
IAM tipo 3?
Morte cardíaca em pacientes com sintomas sugestivos de isquemia miocárdica e novas alterações isquemicas ECG porém antes dos valores de troponina disponíveis ou anormais
IAM tipo 4?
Relacionado a intervenção coronariana percutânea (ICP) 4a ou trombose de stent 4b
IAM tipo 5?
Relacionado a cirurgia de revascularização do miocárdio
Como a insuficiência respiratória é caracterizada?
A insuficiência respiratória pode ser categorizada com base na
doença fisiológica subjacente. A insuficiência respiratória pode
resultar em hipoxemia ou hipercapnia, e pode ser um processo
agudo ou crônico. As distinções podem se tornar obscuras em
pacientes com múltiplos processos contínuos.
Quais são as causas comuns da insuficiência respiratória
hipoxêmica?
A insuficiência respiratória hipoxêmica geralmente ocorre
porque a falta de combinação da ventilação/perfusão (V˙/Q˙)
leva a um grande gradiente A-a. As causas podem
incluir trauma, síndrome do desconforto respiratório agudo
(SDRA), sepse, pneumonia, embolia pulmonar, edema pulmonar
cardiogênico e doença pulmonar obstrutiva. As causas
adicionais incluem shunt intrapulmonar, hipoventilação e menos
extração de O2.
Quais são as causas comuns da insuficiência respiratória
hipercápnica?
A insuficiência respiratória hipercápnica pode ser devida a
ventilação no espaço morto, como pode ocorrer com a doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou asma. Outra causa
inclui a hipoventilação, assim como ocorre com a fraqueza
neuromuscular ou a intoxicação por drogas. Por fim, a
hipercapnia pode resultar de um processo infiltrativo pulmonar,
como a SDRA.
Cite os objetivos tradicionais da ventilação mecânica na UTI.
Os pacientes recebem o suporte ventilatório mecânico para (1)
reduzir o esforço da respiração, (2) melhorar o fornecimento de
oxigênio e (3) facilitar a eliminação de dióxido de carbono. Por
fim, as estratégias são tomadas para reduzir o risco de lesão
pulmonar associada ao ventilador.
Quais são alguns modos comuns da ventilação mecânica?
Os modos comuns de ventilação mecânica incluem controle
assistido (CA), ventilação mandatória intermitente sincronizada
(SIMV) e ventilação com suporte pressórico (PSV).
Compare os modos e assistência ventilatória controlada
assistida (AC) com a ventilação mandatória intermitente
sincronizada (SIMV).
Com a ventilação controlada assistida, todo o ar fornecido ao
paciente tem suporte e consistência completos, seja iniciado pelo
ventilador ou pelo paciente. Com o SIMV, o ventilador é
configurado para fornecer um número mínimo de respirações
completamente suportadas para sincronizar as respirações
mandatórias às respirações espontâneas dos pacientes. As
respirações iniciadas dos pacientes que ficam entre as
respirações mandatórias predefinidas não são totalmente
suportadas, mas podem aumentar com a pressão de suporte.
O que é ventilação com suporte pressórico e quando ela pode ser usada?
Com a PSV, a pressão motriz (∆P) é definida para aumentar o
volume de ventilação pulmonar. A PSV só pode ser usada com
os pacientes em ventilação espontânea porque o próprio paciente
inicia todas as respirações. O volume de ventilação pulmonar
não é predefinido, e a frequência respiratória não é programada.
Descreva as principais configurações do ventilador no modo de ventilação controlada a volume.
No modo de ventilação controlada a volume, as principais
configurações do ventilador são o volume de ventilação
pulmonar e a frequência respiratória definidos. Isso garante uma
ventilação mínima por minuto previsível. A pressão positiva
expiratória final (PEEP) e a fração do oxigênio inspirado (FIO2)
também são definidas.
Descreva as principais configurações do ventilador no modo de ventilação controlada a pressão.
No modo de controle de pressão, a pressão motriz (∆P) deve
ser definida. Além disso, o tempo inspiratório ou o tempo da
razão inspiratória/expiratória é definido. É importante observar
que, neste cenário, os volumes de ventilação pulmonar são
influenciados pela complacência pulmonar e podem variar se a
complacência pulmonar mudar rapidamente. A vigilância é
necessária para garantir que a ventilação por minuto seja
mantida.
Descreva as principais configurações do ventilador no
modo de ventilação mandatória intermitente sincronizada
No modo SIMV, o ventilador é programado para fornecer
um volume de ventilação pulmonar e frequência respiratória
definidos. O ventilador tenta sincronizar as respirações
mandatórias às respirações espontâneas dos pacientes. Em geral,
a SIMV é combinada com a pressão de suporte para apoiar as
respirações que excedem aquela mínima mandatória. Portanto,
uma (∆P) também é definida nesta circunstância.
Como a taxa de fluxo inspiratório influencia os tempos
inspiratório e expiratório?
A taxa de fluxo inspiratório definida regula a quantidade
de tempo que o ventilador fica circulando a inspiração e a
expiração. Ao aumentar o fluxo inspiratório, o volume de
ventilação pulmonar definido é fornecido em um período mais
curto, que permite mais tempo para a expiração. A taxa de fluxo
inspiratório geralmente é definida pelo fisioterapeuta
respiratório e tipicamente é 60 l/min.
Como um ventilador alterna entre inspiração e expiração
nos modos de controle a volume, controle a pressão e pressão de suporte?
Para a ventilação controlada a volume, a inspiração
termina quando o volume de ventilação pulmonar foi alcançado,
e então a expiração começa. Nos modos de controle de pressão,
a inspiração termina quando o tempo inspiratório definido se
encerra. No modo de pressão de suporte, a inspiração termina
quando a taxa de fluxo inspiratório diminui para um nível
predefinido. Nesse ponto, a expiração começa.
O que é pressão positiva expiratória final (PEEP)?
A PEEP é a pressão positiva das vias aéreas que é
aplicada por meio do ciclo respiratório e mantida durante a
expiração. A PEEP típica varia entre de 5 e 20 cm H2O
Como a PEEP melhora a oxigenação?
A PEEP aumenta a pressão média das vias aéreas e,
portanto, minimiza a atelectasia. A PEEP aumenta a capacidade
residual funcional dos pulmões e, em pacientes com lesão
pulmonar, resulta em uma melhor complacência pulmonar. O
recrutamento de alvéolos, ou a insuflação de alvéolos que
entraram previamente em colapso, pela PEEP pode levar a uma
melhor oxigenação em um paciente que recebe ventilação
mecânica
Quais são alguns possíveis efeitos adversos da PEEP?
Níveis excessivamente altos de PEEP podem distender
em excesso os alvéolos e danificá-los. A PEEP excessiva
também pode causar a instabilidade hemodinâmica reduzindo a
pré-carga para os ventrículos direito e esquerdo, resultando em
hipotensão. Por fim, se houver tempo inadequado permitido para
a expiração do volume de ventilação pulmonar fornecido, pode
haver acúmulo da pressão expiratória final. Isso normalmente é
referido como autoPEEP e pode levar ao colapso hemodinâmico.
Qual é a função do gatilho (do inglês trigger) no
ventilador?
O gatilho verifica a forma como o ventilador detecta o
esforço inspiratório do paciente para proporcionar uma
respiração com pressão positiva. O gatilhopode ser baseado no
fluxo (tipicamente uma mudança de fluxo de 2 l/min) ou pressão
(mudança de pressão de 2 cm H2O). O gatilho do ventilador
geralmente é manejado pelos fisioterapeutas respiratórios
O que ocorre quando o gatilho do fluxo do ventilador está configurado para um nível muito baixo?
Se o gatilho do fluxo do ventilador for definido para um
nível muito baixo, o ventilador pode entrar em operação, apesar
da falta de respiração iniciada pelo paciente. Isso pode ocorrer
com as fístulas broncopleurais ou em um estado hiperdinâmico
quando os movimentos transmitidos por meio do precórdio
ativam o ventilador. Em tais casos, aumentar o fluxo pode
diminuir a ocorrência de respirações iniciadas de forma
inapropriada.
O que é ventilação não invasiva com pressão positiva
(VNIPP)?
A ventilação não invasiva com pressão positiva (VNIPP) é a
aplicação da pressão positiva para proporcionar suporte de
oxigenação e ventilação sem um tubo endotraqueal. A ventilação
é fornecida via uma máscara facial, travesseiros nasais ou um
capacete. Dois modos de VNIPP são CPAP (pressão positiva
contínua em vias aéreas) e BiPAP (dois níveis de pressão
positiva das vias aéreas).
Quais são algumas indicações para a VNIPP?
A VNIPP é indicada em um paciente que tem um processo
pulmonar potencialmente reversível e rápido. Em pacientes com
exacerbações agudas de DPOC, há uma forte evidência de que o
uso apropriado da VNIPP é um tratamento eficaz que pode
reduzir a necessidade de intubação traqueal subsequente e
diminuir a taxa de mortalidade. A VNIPP tem sido usada com
sucesso para tratar outras formas de insuficiência respiratória
aguda como pneumonia, insuficiência cardíaca congestiva e
insuficiência respiratória pós-cirúrgica. A VNIPP pode ser tão
eficaz quanto a ventilação convencional com relação à
oxigenação e à remoção do dióxido de carbono nesses pacientes,
e está associada a menos complicações graves e a um menor
período de internação na UTI.
Quais são três contraindicações para a VNIPP?
Há contraindicações específicas para o uso da VNIPP. O
paciente deve estar alerta e colaborativo. Como a VNIPP requer
uma máscara justa para a ventilação eficiente, muitos pacientes
a consideram desconfortável, e aqueles que são claustrofóbicos
têm dificuldade em tolerar a máscara. As lesões faciais ou
traumas que previnem o ajuste apropriado das máscaras faciais
e nasais são uma contraindicação. Outras contraindicações
incluem choque ou instabilidade cardiovascular grave, parada
respiratória ou obstrução das vias aéreas superiores,
incapacidade de proteger as vias aéreas da aspiração e
sangramento gastrointestinal superior grave, secreções
excessivas das vias aéreas, vômito, fraqueza neuromuscular e
cirurgia gastroesofágica recente.
Quais são alguns benefícios fisiológicos da cânula nasal de alto fluxo?
As cânulas nasais de alto fluxo fornecem oxigênio
suplementar umidificado e aquecido a taxas baixas que são
maiores do que podem ser fornecidas pela cânula tradicional,
aumentando, portanto, a FIO2 alcançada. As taxas de fluxo altas
também fornecem uma PEEP de nível baixo e carregam o
dióxido de carbono expirado das vias aéreas superiores. Isso
diminui o espaço morto anatômico e reduz o trabalho de
respiração.
Quais são as indicações para a cânula nasal de alto fluxo?
As cânulas nasais de alto fluxo têm mostrado benefícios em
pacientes com insuficiência respiratória não hiperbárica
hipoxêmica aguda em comparação à terapia com oxigênio e
VNIPP. A cânula de alto fluxo é mais confortável para os
pacientes, então é mais benéfica para aqueles que não
conseguem tolerar a VNIPP.