7 – Equipamentos Flashcards

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1
Q

Qual é o objetivo da monitorização intraoperatória do
paciente?

A

O objetivo da monitorização intraoperatória do paciente é
avaliar continuamente seu estado fisiológico e os efeitos da
cirurgia e dos agentes anestésicos.

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2
Q

Quais são os quatro parâmetros do paciente que devem ser
obrigatoriamente avaliados de forma contínua, de acordo com
a American Society of Anesthesiologists? Com que frequência
deve-se aferir a pressão arterial intraoperatória?

A

A American Society of Anesthesiologists ordena que, durante
todos os tipos de anestesia, a oxigenação, ventilação, circulação
e temperatura do paciente sejam avaliadas continuamente. Na
anestesia geral, a concentração de oxigênio (O2) dos gases
administrados deve ser monitorada. Com todos os anestésicos,
deve-se fazer uma aferição quantitativa da oxigenação sanguínea
(oximetria de pulso). A ventilação durante a anestesia geral deve
ser avaliada qualitativamente e, se possível, quantitativamente.
A colocação do aparelho respiratório deve ser verificada para
identificação de dióxido de carbono (CO2) nos gases expirados.
A medição contínua e quantitativa de CO2 deve ser utilizada até
a remoção do aparelho. Na anestesia regional, os sinais clínicos
de ventilação devem ser monitorados. Para todos os pacientes, a
pressão arterial e frequência cardíaca devem ser avaliadas a cada
5 minutos. A temperatura deve ser monitorada sempre que
alterações clinicamente significativas forem pretendidas,
antecipadas ou suspeitas.

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3
Q

Todos os monitores requerem calibração?

A

Todos os monitores requerem calibração. Alguns monitores
requerem calibração manual, alguns são autocalibrantes e alguns
são calibrados empiricamente

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4
Q

Cite dois tipos de sensores de oxigênio em uso atualmente.
Quais as diferenças entre eles?

A

Sensores de oxigênio amperométricos e paramagnéticos estão
em uso. Os sensores de oxigênio amperométricos requerem
calibração e apresentam resposta lenta a alterações. Os sensores
de oxigênio paramagnéticos são autocalibrantes e apresentam
resposta rápida a alterações. Esta resposta rápida a alteração
permite a medição do teor de oxigênio inspirado e expirado.

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5
Q

Qual é a utilidade clínica de se medir a concentração de
oxigênio expirado?

A

A medição da concentração de oxigênio expirado (FEO2)
permite quantificar a pré-oxigenação/desnitrogenação antes da
indução da anestesia e também permite uma estimativa
aproximada do consumo de oxigênio. A desnitrogenação é
alcançada quando a FEO2 é superior a 85% ou quando atinge o
platô para esse paciente. O valor de 85% é determinado a partir
da equação do gás alveolar, PAO2 = FIO2 (Patm - Pvapor) - PaCO2/QR,
onde PAO2 = concentração de O2 alveolar, FIO2 = FIO2 ajustada
pelo anestesista, Patm = pressão atmosférica em mm Hg (760 mm
Hg ao nível do mar), Pvapor = pressão de vapor d’água (47 mm
Hg a 37 °C), PaCO2 = 40 mm Hg e QR = quociente respiratório
(0,8). Resolver a equação produz uma PAO2 de 663 mm Hg, que
é 87% de 760 mm Hg. A comparação entre FIO2 e FEO2também
permite a estimativa aproximada do consumo de oxigênio se
forem medidas simultaneamente à ventilação minuto (VM):
consumo de O2 = (FIO2- FEO2) x VM.

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6
Q

Qual lei da física é usada na oximetria de pulso? Quais
comprimentos de onda são usados?

A

A lei de Beer é usada como o princípio básico da oximetria de
pulso. A lei de Beer estabelece que a atenuação da luz está
relacionada às propriedades do material através do qual a luz está
viajando. Dois comprimentos de onda são usados para
a oximetria de pulso convencional: vermelho a 660 nm e
infravermelho a 940 nm.

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7
Q

Como se calibra um oxímetro de pulso?

A

Os oxímetros de pulso são calibrados empiricamente com o
auxílio de voluntários humanos e uso da razão de absorções
coletada de uma tabela eletrônica para a leitura da porcentagem
de saturação.

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8
Q

Na oximetria de pulso, quando a razão de absorção é igual a
1,0, ou seja, quando é a mesma tanto em vermelho quanto em
infravermelho, qual porcentagem de saturação de O2 o oxímetro
exibirá?

A

Quando a razão de absorção 660/940 nm no oxímetro de pulso
for 1,0, isto é, igual em vermelho e infravermelho, o oxímetro de
pulso exibirá uma saturação de O2 de 85%.

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9
Q

Como a carboxi-hemoglobina, a meta-hemoglobina, corantes
e artefatos de movimento afetam as leituras do oxímetro de
pulso?

A

Carboxi-hemoglobina, meta-hemoglobina, corantes e
artefatos de movimento afetam as leituras do oxímetro de pulso.
Como a carboxi-hemoglobina absorve a luz de forma semelhante
à oxi-hemoglobina, a leitura será artificialmente alta (ou seja,
exibirá um número mais próximo de 100% do que o valor
verdadeiro). Como a meta-hemoglobina absorve a uma razão de
1, a tendência será uma saturação de 85%. Isso resulta em um
menor valor observado se o paciente estiver bem oxigenado e em
um maior valor observado em pacientes hipóxicos. Os corantes
produzem um erro semelhante ao observado para a metahemoglobina (tendência para 85%), mas como os corantes são
rapidamente retirados da circulação, este erro é apenas
transitório. Artefatos de movimento produzirão ruído no
numerador e denominador e forçarão o valor da razão para 1,0,
também com a tendência de leitura de 85% no oxímetro de pulso.

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10
Q

Como os diferentes tipos de hemoglobina (p. ex., carboxihemoglobina, meta-hemoglobina) podem ser medidos?

A

Diversos tipos de hemoglobina podem ser medidos pela
adição de comprimentos de onda adicionais. Um oxímetro típico
com dois comprimentos de onda só pode medir oxi-hemoglobina
e desoxi-hemoglobina. Com a adição de múltiplos
comprimentos de onda, pode-se medir a carboxi-hemoglobina
(especialmente em pacientes queimados que inalaram fumaça) e
a meta-hemoglobina (após toxicidade por benzocaína ou outros
fármacos). Oxímetros de pulso mais recentes, com oito
comprimentos de onda, estão disponíveis e podem detectar todas
as saturações.

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11
Q

Descreva algumas formas de avaliação da ventilação sem o
uso de monitores eletrônicos

A

A profundidade, padrão e frequência da ventilação podem
ser avaliados por observação, tanto no tórax do paciente quanto
no balão de reinalação do aparelho de anestesia. A auscultação
com o estetoscópio também pode determinar a frequência e a
profundidade. Um médico treinado pode diagnosticar
broncoespasmo ao escutar chiado ou sons respiratórios
diminuídos, intubação endobrônquica ou pneumotórax ao
escutar sons respiratórios unilaterais e edema pulmonar ao
escutar estertores.

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12
Q

Quais são algumas das possíveis causas para o aumento das
pressões nas vias aéreas?

A

O aumento das pressões nas vias aéreas pode ser devido a
um aumento da resistência ao fluxo de ar ou a uma redução da
complacência da parede torácica. As causas do aumento das
pressões nas vias aéreas podem incluir broncoespasmo,
intubação endobrônquica, pneumotórax, edema pulmonar, tubo
ou circuito endotraqueal dobrado ou válvula com defeito.

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13
Q

O que é pressão de platô e como é medida?

A

A pressão de platô é a pressão no circuito respiratório
quando os gases param de se mover. A pressão de platô é um
reflexo da complacência da parede torácica/pulmonar. Para
medir a pressão de platô durante a ventilação controlada por
volume, uma pausa ao final da inspiração deve ser definida.

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14
Q

Quando é clinicamente útil medir a pressão de platô?

A

A pressão de platô reflete a complacência da parede
torácica/pulmonar. A diferença entre o pico de pressão
inspiratória e a pressão de platô reflete apenas a resistência nas
vias aéreas. Durante incidentes que envolvem aumento das
pressões nas vias aéreas sem causa definida, a medição das
alterações na pressão de platô em relação à pressão nas vias
aéreas pode ajudar a determinar se o aumento das pressões nas
vias aéreas se deve a complacência da parede torácica/pulmonar
ou a resistência nas vias aéreas.

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15
Q

Quais são algumas das possíveis causas para a diminuição
das pressões nas vias aéreas?

A

As causas da diminuição das pressões nas vias aéreas
incluem desconexões do circuito, vazamentos no circuito,
extubação traqueal, falha no fornecimento de gases frescos, erro
de ajuste do ventilador, excesso de exaustão ou outros problemas
com o equipamento de anestesia.

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16
Q

Qual é o volume corrente apropriado para adultos durante
a ventilação com pressão positiva?

A

Para adultos, um volume corrente de 6 a 8 ml/kg de peso
corporal ideal com a adição de pressão positiva ao final da
expiração está associado aos melhores resultados pulmonares
em um grande estudo de resultados pulmonares após cirurgia
abdominal extensa. Volumes correntes similares foram
associados a melhores resultados em pacientes com síndrome do
desconforto respiratório agudo.

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17
Q

O alarme de desconexão do aparelho de anestesia garante
a detecção de intubação esofágica e volumes correntes
inadequados?

A

O alarme de desconexão do aparelho de anestesia não
garante a detecção de intubação esofágica ou volumes correntes
inadequados. O alarme de desconexão no aparelho de anestesia,
geralmente, está ligado à leitura da pressão nas vias aéreas.
Pressões normais podem não fornecer uma ventilação adequada.
Durante a ventilação suportada por pressão, pode haver uma
alteração significativa no volume corrente sem desencadear o
alarme do aparelho de anestesia. Durante uma intubação
esofágica, o aparelho de anestesia pode detectar pressões e
volumes “adequados” nas vias aéreas, evitando, assim, o disparo
do alarme do aparelho de anestesia.

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18
Q

Qual é o único monitor que permite garantir uma
ventilação adequada?

A

Alarmes mecânicos e medições de volume corrente não
medem o aspecto fisiológico da ventilação, que é a remoção de
CO2 do corpo. A oximetria de pulso pode refletir a oxigenação,
mas somente a medição do CO2 expirado garante a ventilação
adequada.

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19
Q

Quais são as fases de uma capnografia comum?

A

Uma capnografia comum tem três fases definidas. A fase
1 reflete os gases inspirados e o gás do espaço morto
(normalmente, ambos não contêm CO2). A fase 2 é a transição
para gás alveolar com CO2 crescente. A fase 3 é o gás alveolar
refletindo o CO2 ao final da expiração. O segmento inspiratório
da capnografia é referido como fase 0.

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20
Q

Qual característica fisiológica do paciente pode resultar
em uma inclinação ascendente (upsloping) na fase 2 da
capnografia?

A

Uma inclinação ascendente na fase 2 da capnografia
reflete a resistência à saída de gás expiratório dos alvéolos. As
características fisiológicas do paciente, tais como doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e asma, resultam nesse
padrão de ascendência.

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21
Q

Como um absorvedor de CO2 esgotado pode alterar a
capnografia?

A

O absorvedor de CO2 esgotado pode resultar em aumento
progressivo do CO2inspirado, o que seria refletido pela
capnografia não retornando à linha de base 0 entre as
respirações.

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22
Q

Como se compara o valor de CO2 ao final da expiração
(ETCO2) com o valor da PaCO2? O que causa a diferença entre
eles?

A

O valor de ETCO2 é menor que o valor de PaCO2 devido à
ventilação do espaço morto. O grau de diferença entre os dois
valores está relacionado à proporção entre a ventilação do
espaço morto e a ventilação alveolar.

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23
Q

Qual é a diferença aproximada, em mm Hg, entre ETCO2 e
PaCO2 durante a anestesia geral em pacientes saudáveis?

A

A diferença aproximada entre ETCO2 e o PaCO2 durante a
anestesia geral em pacientes saudáveis é de 3 a 5 mm Hg

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24
Q

O que é ventilação do espaço morto?

A

A ventilação do espaço morto é a porção de gases
inspirados e expirados que não participam da troca gasosa. Há o
espaço morto do aparelho (derivado do equipamento), espaço
morto anatômico (derivado da porção das vias aéreas que não
contém alvéolos) e espaço morto alveolar (os alvéolos que são
ventilados, mas não perfundidos). O gás do espaço morto
expirado é o mesmo que o gás de espaço morto inspirado, pois
nenhuma troca ocorreu. Algumas das situações que envolvem
aumento do espaço morto alveolar e, portanto, aumento na
diferença entre ETCO2 e PaCO2 incluem embolia pulmonar,
posicionamento lateral e débito cardíaco diminuído.

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25
Q

Por que o ETCO2 diminui durante um colapso
circulatório?

A

Durante quedas agudas no fluxo sanguíneo pulmonar, tal
como durante uma embolia pulmonar ou parada cardíaca, a
perfusão do pulmão diminui. Isso causa uma diminuição no
número de alvéolos perfundidos e, portanto, um aumento na
ventilação do espaço morto. Isso se reflete como uma
diminuição do ETCO2. A PaCO2 é alta nestas circunstâncias.

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26
Q

Qual é a utilidade clínica da capnografia durante a
ressuscitação cardiopulmonar (RCP) para parada cardíaca?

A

A capnografia é o monitor mais útil para a adequação das
compressões torácicas durante a ressuscitação cardiopulmonar
(RCP) para parada cardíaca. Um ETCO2 > 20 deve ser alcançado.
Outra vantagem de seguir a capnografia durante a RCP é que ela
não é afetada por artefatos de movimento, ao contrário da
oximetria de pulso e do ECG.

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27
Q

O ETCO2 amostrado em frente à boca em pacientes cujas
traqueias não estão intubadas é confiável?

A

O ETCO2 amostrado em frente à boca em pacientes cujas
traqueias não estão intubadas é diluído pela aspiração de ar
ambiente, não sendo, portanto, uma medida confiável.

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28
Q

Cite características da circulação que podem ser monitoradas
durante a anestesia.

A

Durante a anestesia, os monitores não invasivos podem ser
usados para o monitoramento da frequência e ritmo cardíaco,
pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica e pressão
arterial média. Com monitores invasivos, pode-se medir a
pressão venosa central, a pressão arterial pulmonar, o débito
cardíaco e a variação da pressão sistólica (VPS). Volume de
sangue circulante, perfusão/fluxo sanguíneo nos órgãos e
capacitância venosa são aspectos do sistema circulatório que não
podem ser medidos diretamente.

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29
Q

Descreva a colocação adequada das derivações para um
eletrocardiograma (ECG).

A

Ao colocar as derivações de ECG para um sistema de três
derivações, as derivações dos membros devem ser colocadas nos
ombros e a terceira derivação no lado esquerdo do abdome,
abaixo da caixa torácica. O sistema com cinco derivações é
preferível, com a única derivação precordial (V5) colocada no
quinto espaço intercostal da linha axilar anterior.

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30
Q

. Quais derivações do ECG devem ser monitoradas durante a
anestesia?

A

O monitoramento da combinação das derivações II e V do
ECG durante a anestesia prevê a detecção da maioria das
disritmias e isquemia.

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31
Q

. Que informações podem ser obtidas com o ECG?

A

A monitorização com o ECG pode determinar a frequência
cardíaca (bradicardia, taquicardia, assistolia) e o ritmo cardíaco
(ritmo sinusal normal, bloqueio cardíaco, fibrilação atrial,
fibrilação ventricular). Fármacos, eletrólitos, temperatura e
isquemia miocárdica podem alterar o ECG.

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32
Q

Qual é a utilidade clínica do “modo diagnóstico” no ECG?

A

O “modo diagnóstico” no ECG remove todos os filtros e os
artefatos que os filtros podem produzir. Se o ECG no monitor
parecer diferente do ECG pré-operatório, o modo diagnóstico
pode ser útil para determinar se as alterações são reais.

33
Q

Qual é a relação entre pressão arterial e débito cardíaco?

A

A pressão arterial é diretamente proporcional ao débito
cardíaco. Este é um sistema da lei de Ohm no qual pressão
sanguínea = fluxo (débito cardíaco) x resistência. Para qualquer
resistência vascular dada, um aumento do débito cardíaco
resultará em aumento da pressão arterial. O oposto também é
verdadeiro.

34
Q

O que é pressão de perfusão?

A

A pressão de perfusão é a diferença de pressão através da
circulação de qualquer órgão. É calculada como a pressão a
montante menos a pressão a jusante.

35
Q

Como a pressão de perfusão é calculada para a circulação
sistêmica, para a circulação pulmonar, para o cérebro e para o
coração?

A

A pressão de perfusão para a circulação sistêmica é a pressão
arterial média (PAM) menos a pressão venosa central (PVC). A
pressão de perfusão da circulação pulmonar é a pressão arterial
pulmonar média (PAPM) menos a pressão atrial esquerda
(geralmente estimada pela pressão em cunha capilar pulmonar).
A pressão de perfusão do cérebro é a PAM menos a pressão
intracraniana (PIC). A pressão de perfusão do coração é a
pressão diastólica sistêmica menos a pressão cardíaca direita (ou
do seio coronário). A pressão diastólica sistêmica é usada como
a pressão a montante, pois o coração se autoperfunde durante a
diástole.

36
Q

Como a pressão arterial média (PAM) é calculada?

A

A PAM é calculada como dois terços da pressão arterial diastólica mais um terço da pressão arterial sistólica: PAM = (⅔PD) + (⅓ PS).

37
Q

Qual é a importância clínica da PAM?

A

A PAM é a pressão a montante para a perfusão da maioria
dos órgãos vitais.

38
Q

Qual PAM define uma hipotensão intraoperatória?

A

A hipotensão intraoperatória pode estar associada a
hipoperfusão, ou fornecimento inadequado de oxigênio e
nutrientes para os tecidos. Em 2009, uma PAM inferior a 50 mm
Hg por mais de 10 minutos foi associada a eventos cardíacos
pós-operatórios. Em 2013, observou-se que o tempo acumulado
com uma PAM média inferior a 55 mm Hg estava associado a
incidentes crescentes de lesão renal e cardíaca pós-operatória.
Em 2015, observou-se que uma PAM inferior a 50 mmHg
durante 5 minutos e uma PAM inferior a 60 mm Hg durante 10
minutos estavam associadas a uma taxa de mortalidade pósoperatória em 30 dias aumentada. Por todas estas razões, para
adultos, pressões arteriais médias abaixo de 55 a 60 mm Hg são
uma definição aceita de hipotensão intraoperatória.

39
Q

Qual é o mecanismo pelo qual os manguitos automáticos
não invasivos medem a pressão arterial?

A

Um medidor de pressão automático não invasivo mede a
pressão arterial pelo método oscilométrico. A braçadeira é
inflada acima da pressão sistólica e então desinflada lentamente.
Quando o pulso é detectado em pulsações máximas, esta é a
PAM. A braçadeira, então, é desinflada até que nenhum pulso
seja detectado. Esses aparelhos automatizados usam um
algoritmo para estimar as pressões arteriais sistólica e diastólica.

40
Q

Em relação às pressões arteriais sistólica, diastólica e
média, qual delas é medida com maior precisão por um manguito
de pressão arterial não invasivo?

A

Das pressões arteriais sistólica, diastólica e média, a
pressão arterial média é aquela medida com maior precisão por
um medidor de pressão arterial não invasivo

41
Q

Qual é o tamanho apropriado da braçadeira para uso nas
aferições de pressão não invasivas? Como a leitura da pressão
arterial é alterada ao se usar uma braçadeira muito grande ou
muito pequena?

A

O tamanho adequado da braçadeira para medições de
pressão arterial não invasivas é tal que a largura seja,
aproximadamente, 40% da circunferência do braço. Se a
braçadeira for muito grande, a medida da pressão arterial será
artificialmente baixa, e se a braçadeira for muito pequena, a
medida da pressão arterial será artificialmente alta.

42
Q

. O que é a técnica de Riva-Rocci para medição da pressão
arterial?

A

A técnica de Riva-Rocci para medição da pressão arterial
se dá por insuflação de uma braçadeira oclusiva, observando-se
o retorno do fluxo sanguíneo por palpação (pressão arterial
sistólica) ou Doppler. A ausculta dos sons de Korotkoff na fossa
antecubital pode determinar as pressões arteriais sistólica e
diastólica. Com o uso de uma sonda Doppler, essa técnica pode
medir a pressão arterial em pacientes com fluxo não pulsátil, tais
como em pacientes com dispositivo de assistência ventricular
esquerda (DAVE).

43
Q

Quais são algumas das vantagens da monitorização de
pressão arterial invasiva em relação à monitorização de pressão
arterial não invasiva?

A

A monitorização de pressão arterial invasiva permite
medições contínuas da pressão arterial, amostragem de sangue
para análise laboratorial e avaliação do estado do volume de
líquido intravascular do paciente.

44
Q

Quais artérias podem ser cateterizadas para medições de
pressão arterial invasivas?

A

As artérias que podem ser cateterizadas para medições
invasivas de pressão arterial incluem as artérias radial, braquial,
femoral e dorsal do pé. A artéria radial é mais frequentemente
escolhida devido à sua palpação fácil e menor risco associado.

45
Q

Como a medição de pressão arterial será alterada na
forma invasiva, em função da distância em relação ao coração?

A

As medições de pressão arterial invasivas resultarão em
pressões sistólicas mais altas quando medidas nas artérias
localizadas a maiores distâncias do coração.

46
Q

Como um maior comprimento do tubo/quantidade de
líquido, na configuração de transdutor com tubo preenchido de
líquido, afeta a aferição da pressão arterial sistólica e da PAM
durante a monitorização de pressão arterial invasiva?

A

Um maior comprimento do tubo/quantidade de líquido na
configuração de transdutor com tubo preenchido de líquido para
o monitoramento invasivo da pressão arterial aumentará o
artefato de amplificação na medição da pressão arterial sistólica,
enquanto a medição da PAM permanece bastante precisa.

47
Q

Como as formas de onda da pressão arterial podem ser
analisadas para a avaliação do estado do volume de líquido
intravascular do paciente?

A

As formas de onda da pressão arterial podem ser
avaliadas quanto à variação da pressão sistólica, variação da
pressão de pulso e variação do volume sistólico, para avaliação
do estado do volume de líquido intravascular do paciente

48
Q

O que é variação da pressão sistólica (VPS)?

A

A variação da pressão sistólica (VPS) é definida como a
diferença entre a pressão arterial sistólica máxima e mínima
durante um ciclo respiratório com pressão positiva. A
diminuição da pressão arterial associada à ventilação com
pressão positiva deve-se, em parte, à pressão intratorácica
positiva diminuir transitoriamente o retorno venoso para o lado
direito do coração. A VPS é avaliada pela análise das variações
na forma de onda da pressão arterial, que podem ser calculadas
manualmente, congelando-se a forma de onda da pressão arterial
no monitor fisiológico, e deslizando para cima e para baixo.
Monitores fisiológicos mais recentes calculam a VPS
automaticamente.

48
Q

Qual é o uso clínico da medição da VPS?

A

Clinicamente, a medição da VPS pode ser útil para prever
a capacidade de resposta (aumento do volume sistólico, pressão
arterial ou débito cardíaco) de um paciente a uma prova
envolvendo líquido intravascular. A VPS é uma avaliação
indireta da capacitância venosa. Um número anormal indica o
potencial da pressão arterial para melhorar com a administração
de líquidos

49
Q

Descreva algumas situações que limitam o uso clínico da
medição da VPS?

A

Algumas limitações da VPS incluem a necessidade de
ventilação com pressão positiva e um ritmo cardíaco sinusal
normal. A fibrilação atrial causa variações irregulares na forma
de onda da pressão arterial e afeta os valores medidos de VPS.
O aumento da complacência da parede torácica/pulmonar,
posição supina, pressão positiva expiratória final (PEEP) alta ou
uma cavidade torácica aberta também podem afetar o uso clínico
das medições de VPS.

50
Q

O que é variação da pressão de pulso e qual seu uso
clínico?

A

A variação da pressão de pulso é determinada medindose as alterações relativas na pressão de pulso durante a
ventilação com pressão positiva. A variação da pressão de pulso
pode ser usada para prever uma resposta a um bólus de líquido
intravenoso de forma similar à VPS.

51
Q

O que é variação do volume sistólico e qual seu uso
clínico?

A

A variação do volume sistólico é determinada medindose as alterações relativas no volume sistólico durante a
ventilação com pressão positiva. O volume sistólico é estimado
a partir da onda do pulso arterial com um algoritmo de contorno
da onda de pulso. A variação do volume sistólico pode ser usada
para prever a resposta a um bólus de líquido intravenoso de
forma similar à VPS e à variação da pressão de pulso.

52
Q

Quais aspectos fisiológicos do ciclo cardíaco são
refletidos pelas “ondas” e “descidas” na forma de onda de
pressão venosa central (PVC)?

A

Os aspectos fisiológicos do ciclo cardíaco são refletidos
pelas “ondas” e “inclinações descendentes” na forma de onda da
pressão venosa central (PVC). A onda a reflete a contração atrial
contra a válvula tricúspide fechada, a onda c reflete abaulamento
da tricúspide à medida que o ventrículo se contrai, a descida x
reflete o relaxamento atrial, a onda v reflete o enchimento atrial
e a descida y reflete o esvaziamento atrial.

53
Q

Qual é a utilidade da monitorização da PVC na avaliação
do estado do volume de líquido intravascular?

A

A monitorização da PVC não mostrou ser útil na
avaliação do estado do volume de líquido intravascular, exceto
nos extremos. Quando a PVC é inferior a 2 mm Hg, o paciente
pode se beneficiar com a administração intravenosa de líquido.
Por outro lado, quando a PVC é superior a 15 mm Hg, não é
provável a necessidade de líquido adicional.

54
Q

Quais veias centrais podem ser cateterizadas para a
monitorização da PVC? Quais são as vantagens e desvantagens
de cada uma?

A

As veias centrais geralmente cateterizadas para a
monitorização da PVC incluem as veias jugular interna,
subclávia e femoral. O local mais comum é a veia jugular
interna. As vantagens da jugular interna são a acessibilidade, a
compressibilidade e o fato de que ela fornece um caminho direto
para o coração para posicionamento do cateter de artéria
pulmonar (AP). Sua desvantagem é o potencial de punção e
lesão da artéria carótida. A veia subclávia é acessível em
pacientes com colar cervical, e este local é mais confortável para
os pacientes. As desvantagens do cateterismo da veia subclávia
incluem falta de compressibilidade, potencial aumentado para
pneumotórax, lesão do plexo braquial e possível punção da
artéria subclávia. A veia femoral pode ser mais acessível em
alguns pacientes e é compressível, mas traz um risco aumentado
de infecção.

55
Q

Que informações um cateter de artéria pulmonar (AP)
fornece? O que é pressão em cunha?

A

O cateter de AP fornece as medições das pressões de
enchimento cardíaco do lado direito e do débito cardíaco. A
pressão e cunha é medida com a inserção de um cateter de AP
em um pequeno ramo arterial com um balão inflado. Isso fornece
uma medida indireta da pressão atrial esquerda em condições
pulmonares normais.

56
Q

Como o débito cardíaco é medido usando-se um cateter
de AP?

A

O débito cardíaco pode ser medido com um cateter de AP
pela técnica de termodiluição. Um líquido frio é injetado através
da porta proximal do cateter de AP e um termistor na porta distal
mede a temperatura. A alteração de temperatura ao longo do
tempo é registrada como uma curva e a área sob a curva é
proporcional ao débito cardíaco.

57
Q

Como o choque hipovolêmico, o choque cardiogênico e o
choque séptico afetam a pressão em cunha e o débito cardíaco?

A

O choque hipovolêmico resultaria em baixa pressão em
cunha e baixo débito cardíaco. O choque cardiogênico resultaria
em alta pressão em cunha e baixo débito cardíaco. O choque
séptico resultaria em baixa pressão em cunha e alto débito
cardíaco.

58
Q

Quais são os riscos da cateterização da AP?

A

Os riscos da cateterização de AP incluem infecção da
linha causando sepse, formação de coágulos e ruptura de artéria
pulmonar.

59
Q

Quais aspectos da fisiologia cardíaca podem ser avaliados
com um ecocardiograma transesofágico (ETE)?

A

O ecocardiograma transesofágico (ETE) tornou-se o
padrão-ouro para a avaliação cardíaca. Com o ETE pode-se
avaliar válvulas cardíacas, tamanho da câmara, atividade
contrátil e fração de ejeção, disfunção sistólica e diastólica e
patologias pericárdicas, tais como derrames ou tamponamento.

60
Q

Quais são algumas das limitações do ETE?

A

As limitações do ETE incluem a necessidade de
conhecimentos técnicos do profissional que o realiza, potencial
para lesões esofágicas e necessidade de acesso à cabeça do
paciente.

61
Q

Por que os eletroencefalogramas (EEGs) processados, tal
como o monitor de índice bispectral (BIS), são usados durante a
anestesia?

A

O EEG processado, tal como o monitor de índice bispectral
(BIS), pode ser usado durante a anestesia para avaliar a
profundidade anestésica. O objetivo desses monitores é reduzir
o risco de despertar intraoperatório e lembrança durante a
anestesia geral

62
Q

Qual é a concentração alveolar mínima (CAM) de anestésico
inalatório recomendada para minimizar o risco de despertar
intraoperatório e lembrança pós-operatória durante a anestesia
geral?

A

Recomenda-se uma concentração alveolar mínima (CAM)
superior a 0,5 a 0,7 de anestésico inalatório para minimização do
risco de despertar intraoperatório e lembrança durante a
anestesia geral.

63
Q

Em estudos randomizados de grande escala, como a
monitorização da CAM se compara ao monitor de BIS com
relação à prevenção do despertar com lembrança pós-operatória?

A

Em grandes estudos randomizados, a monitorização da
CAM com alertas é equivalente ao monitor BIS na prevenção do
despertar com lembrança pós-operatória. Durante a anestesia
intravenosa total, um monitor BIS pode fornecer um dispositivo
extra de proteção contra lembrança.

64
Q

Quando e como a pressão intracraniana (PIC) deve ser
monitorada?

A

A pressão intracraniana (PIC) deve ser medida no contexto
de um aumento da pressão do líquido cefalorraquidiano (LCR),
edema cerebral ou lesões intracranianas, todos os quais podem
aumentar de forma acentuada a PIC e diminuir a pressão de
perfusão cerebral. A PIC pode ser medida com um cateter de
ventriculostomia, que fornece um método para drenar o LCR e,
possivelmente, baixar a PIC. Outro método de medição da PIC
usa um cateter com um transdutor colocado na dura, não sendo
possível realizar drenagem de líquido com este método.

65
Q

Quando os monitores de oximetria cerebral são usados?

A

Os monitores de oximetria cerebral são usados em
procedimentos cirúrgicos cardíacos ou vasculares quando há
preocupação com uma fraca perfusão cerebral refletida pela
oxigenação cerebral diminuída.

66
Q

Qual é a diferença entre um oxímetro cerebral e um oxímetro
de pulso?

A

O oxímetro cerebral utiliza luz infravermelha refletida
através do couro cabeludo e crânio até a porção do córtex
cerebral subjacente, em vez de luz transmitida. O oxímetro
cerebral usa um algoritmo próprio para determinar o valor de
saturação, apresentando um número entre 1% e 100%, de forma
similar ao oxímetro de pulso.

67
Q

Qual é a saturação de oxigênio regional normal (rSO2) do
córtex cerebral quando se usa um oxímetro cerebral?

A

A saturação de oxigênio regional normal (rSO2) do córtex
cerebral, usando-se um oxímetro cerebral, geralmente, é de cerca
de 70%.

68
Q

Descreva os vários modos de estimulação usando-se um
monitor de bloqueio neuromuscular, ou monitor de
contração (twitch), e qual profundidade de bloqueio
neuromuscular é monitorada de forma adequada por cada modo.

A

O monitor de bloqueio neuromuscular possui várias
configurações. Usa-se uma contagem pós-tetânica (PTC) para
avaliar os níveis mais profundos de bloqueio; 5 segundos de
estímulo tetânico são dados, seguidos por uma série de estímulos
a 1 Hz. Um bloqueio um pouco menos profundo pode ser
seguido por uma sequência de quatro estímulos (TOF – Train of
Four). A TOF usa 4 estímulos supramaximais a 2 Hz e o número
de respostas (contrações) é contado. O bloqueio profundo é 0 a
1 de 4 presentes. Mesmo com 4 de 4 presentes, 75% dos
receptores ainda podem ser bloqueados. Para tentar mostrar este
bloqueio residual, pode-se usar uma estimulação com dupla
salva (DBS – Double Burst), com dois estímulos tetânicos de
50 Hz separados por 750 ms. Como alternativa, a razão TOF
pode ser medida. Isso requer um dispositivo quantitativo para
comparar a força entre a primeira e a quarta contração. A razão
TOF e a DBS se sobrepõem no nível de bloqueio monitorado.
Por fim, observa-se o tétano sustentado (100 Hz). Isso é bastante
doloroso em um paciente acordado.

69
Q

Quais são os possíveis problemas que o paciente pode
enfrentar com um bloqueio neuromuscular residual pósoperatório ou com muito pouco bloqueio neuromuscular
intraoperatório?

A

O bloqueio neuromuscular residual pós-operatório está
associado a broncoaspiração subclínica, hipoventilação e
obstrução das vias aéreas. Um bloqueio neuromuscular
intraoperatório muito fraco pode resultar em movimentação
inadequada do paciente e lesões, tais como extubação prematura,
extrusão de conteúdo ocular com uma tosse ou manobra de
Valsalva, empalamento da bexiga por um cistoscópio rígido e
lesão de órgãos abdominais por afastadores ou instrumentos
cirúrgicos.

70
Q

O que os potenciais evocados somatossensitivos monitoram?
Como eles são afetados pelos anestésicos?

A

Os potenciais evocados somatossensitivos monitoram as
vias sensoriais da medula espinhal. Uma pequena corrente é
direcionada a um nervo sensitivo e a resposta no córtex sensorial
é medida com um eletrodo no couro cabeludo. Tanto
agentes halogenados quanto o óxido nitroso diminuem a
amplitude e aumentam a latência das medições, imitando lesão
nervosa e interferindo na monitorização. Isto é particularmente
verdadeiro com doses mais altas de agentes anestésicos
inalatórios e em pacientes com lesão nervosa preexistente.
Bloqueadores neuromusculares podem melhorar o sinal dos
potenciais evocados somatossensitivos, diminuindo o
ruído.

71
Q

O que os potenciais evocados motores monitoram? Como
eles são afetados pelos anestésicos?

A

Os potenciais evocados motores monitoram os tratos
motores, ou a medula espinhal ventral. O potencial evocado
motor é extremamente sensível aos efeitos de agentes
anestésicos inalatórios, de modo que é necessária uma anestesia
intravenosa total para o uso deste monitor. Além disso,
bloqueadores neuromusculares não podem ser administrados a
esses pacientes.

72
Q

Quais locais de monitorização da temperatura melhor
refletem a temperatura corporal?

A

A temperatura corporal verdadeira é medida por sondas no
cateter de AP, esôfago distal, área nasofaríngea ou área da
membrana timpânica. Locais que podem se aproximar da
temperatura corporal incluem a boca, a axila e a bexiga.

73
Q

Por que a temperatura do paciente é monitorada?

A

A temperatura do paciente é monitorada para o manejo da
hipotermia intraoperatória, avaliação da febre, detecção de uma
resposta adversa a produtos sanguíneos e detecção de
hipertermia maligna. Alterações na temperatura corporal podem
ser deliberadas, como na hipotermia induzida para cuidados pósparada cardíaca, circulação extracorpórea ou parada circulatória.
A monitorização da temperatura corporal intraoperatória é útil
para identificar e prevenir uma hipotermia inadvertida, que é
comum se não for evitada.

74
Q

O que acontece com a temperatura corporal durante uma
anestesia breve?

A

A temperatura corporal sofre uma queda mesmo com a
anestesia breve. O mecanismo primário para esse fenômeno é a
redistribuição de calor da parte central do corpo para a periferia.

75
Q

Como o campo magnético diminui em função da distância
em relação à bobina?

A

O campo magnético em uma sala de ressonância magnética
(RM) não é linear e depende de uma multiplicidade de variáveis.
Uma distância de 1,5 m do magneto pode ser segura em uma
direção, mas não em outra. As linhas de segurança devem ser
claramente marcadas

76
Q

Descreva alguns problemas relacionados à monitorização
em uma sala de ressonância magnética (RM)

A

Monitores de anestesia compatíveis com RM devem ser
utilizados para os pacientes submetidos a RM em anestesia. Os
monitores normais não funcionarão em um ambiente de
ressonância magnética. Objetos metálicos (tais como um tanque
de oxigênio) podem ser atraídos pela bobina de RM com grande
força, causando ferimentos. As salas de RM podem ter altos
níveis de ruído causados pelas rápidas mudanças no campo
magnético, causando expansão e contração das bobinas (até
120 dB, semelhante a uma aeronave a jato na decolagem). Isso
pode afetar a capacidade de ouvir os sons e alarmes do monitor.
Mesmo um fio não magnético, em forma de alça, pode se tornar
um risco por seus efeitos de aquecimento.

77
Q

Qual é o maior problema relacionado aos alarmes do monitor?

A

O problema mais comum com os alarmes são os falsospositivos e falso-negativos. Se houver muitos alarmes falsopositivos, o cuidador pode sofrer da síndrome do alarme falso e
ignorar o alarme. Um único alarme falso-negativo pode resultar
em sérios danos ao paciente.

78
Q

Que soluções tecnológicas estão sendo propostas para lidar
com a fadiga por alarmes/falso-positivos no monitor?

A

Novos sistemas integrados de alarme estão sendo
desenvolvidos. A integração de vários alarmes em um único
canal pode diminuir a fadiga por alarmes. Esses alarmes podem
atrasar a notificação até que certo tempo tenha se passado ou
aumentar a urgência se várias condições forem satisfeitas
simultaneamente.