6 – Posicionamento Flashcards

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1
Q

Quais são as alterações cardiovasculares e hemodinâmicas
que ocorrem no paciente desperto que se reclina de uma posição
vertical para a posição supina?

A

Quando o paciente desperto é reclinado da posição vertical
para a posição supina, o retorno venoso para o coração aumenta,
o que aumenta a pré-carga, o volume sistólico e o débito
cardíaco. Resumidamente, a pressão arterial aumenta até que
este efeito seja contraposto por impulsos parassimpáticos para o
nó sinoatrial e miocárdio. A saída parassimpática é mediada por
barorreceptores em resposta ao aumento da pressão arterial. O
resultado final é que a pressão arterial sistêmica é mantida dentro
de um intervalo restrito durante alterações posturais no paciente
desperto.

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2
Q

Quais são as alterações pulmonares fisiológicas que ocorrem
no paciente desperto que se reclina de uma posição vertical para
uma posição supina?

A

Quando o paciente desperto se reclina de uma posição vertical
para uma posição supina, a capacidade residual funcional (CRF)
diminui em razão do deslocamento do diafragma para cima. Sob
anestesia geral, a diminuição da CRF é mais pronunciada e,
muitas vezes, a CRF pode exceder a capacidade de fechamento,
provocando aumentos no desequilíbrio ventilação-perfusão e
hipoxemia.

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3
Q

Quem é responsável por verificar o posicionamento do
paciente na sala de cirurgia?

A

Os anestesiologistas, enfermeiros da sala de cirurgia e
cirurgiões dividem a responsabilidade de verificar o
posicionamento seguro do paciente. Os anestesiologistas devem
documentar as verificações de posicionamento ao longo do
procedimento e, especialmente, após as mudanças de
posicionamento.

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4
Q

Por que o posicionamento do paciente sob anestesia é tão
importante?

A

Mesmo adormecidas, as pessoas normalmente mudam de
posição para se proteger de lesões por pressão e estiramento
excessivo. Sob anestesia geral, os pacientes perdem a capacidade
de mudar de posição e, às vezes, permanecem em uma posição
por longos períodos de tempo. Isso coloca a pele, tecidos moles
e nervos sob risco de compressão, estiramento e lesões
potenciais

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5
Q

Qual é a posição mais comum do paciente para cirurgia?

A

A posição supina é a posição mais comum do paciente para
cirurgia.

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6
Q

Como os braços do paciente devem ser colocados durante a
posição supina?

A

Durante a posição supina, os braços do paciente podem ser
abduzidos ou aduzidos. Se os braços forem abduzidos, o ângulo
não deve exceder 90 graus a fim de evitar lesões no plexo
braquial. As mãos e os antebraços devem ser colocados em uma
posição neutra, supinados ou com as palmas em direção ao
corpo, para limitar a pressão externa no nervo ulnar.

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7
Q

Como pode ocorrer uma lesão do plexo braquial devido a uma
posição supina inadequada?

A

A lesão do plexo braquial pode ocorrer na posição supina caso
o braço seja abduzido em um ângulo maior que 90 graus e a
cabeça do úmero pressione a axila.

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8
Q

Como pode ocorrer uma lesão do nervo ulnar devido a uma
posição supina inadequada?

A

A lesão do nervo ulnar pode ocorrer devido a uma posição
supina inadequada, caso haja pressão externa sobre o nervo
ulnar.

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9
Q

Quais são algumas das vantagens da posição de cadeira de
praia em relação à posição supina?

A

As vantagens da posição de cadeira de praia em relação à
posição supina incluem drenagem venosa facilitada em razão da
posição elevada das pernas; redução do estresse nas costas,
quadris e joelhos; e tensão reduzida na musculatura abdominal.
E a posição é mais bem tolerada por pacientes que estão
despertos ou sob cuidados anestésicos monitorados.

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10
Q

Como pode ocorrer uma luxação do quadril devido a uma
posição de litotomia inadequada?

A

A luxação do quadril pode ocorrer devido a uma posição em
perna de litotomia inadequada caso os joelhos não estejam
adequadamente apoiados e haja pressão externa sobre a perna.

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11
Q

Quais são algumas das indicações comuns para a posição de
Trendelenburg?

A

As indicações comuns para a posição de Trendelenburg
incluem aumento do retorno venoso durante a hipotensão,
melhor exposição cirúrgica durante cirurgias abdominais e
laparoscópicas e prevenção de embolias gasosas durante a
colocação ou remoção da linha central.

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12
Q

Como a posição de Trendelenburg afeta o sistema
cardiovascular de um paciente?

A

A posição de Trendelenburg provoca uma autotransfusão
das pernas, resultando em um aumento de cerca de 9% no débito
cardíaco em 1 minuto e mantido por cerca de 10 minutos. Depois
de aproximadamente 10 minutos, os efeitos cardiovasculares da
posição de Trendelenburg revertem para os valores iniciais do
paciente.

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13
Q

Como a posição de Trendelenburg afeta o sistema pulmonar
de um paciente?

A

A posição de Trendelenburg diminui a capacidade residual
funcional (CRF) e a complacência pulmonar dos conteúdos
abdominais, deslocando o diafragma para cima.

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14
Q

Como a posição de Trendelenburg afeta a pressão
intraocular (PIO) e a pressão intracraniana (PIC)?

A

A posição de Trendelenburg aumenta tanto a pressão
intraocular (PIO) como a pressão intracraniana (PIC).

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15
Q

Como pode ocorrer uma lesão do plexo braquial devido a
uma posição de Trendelenburg inadequada?

A

A lesão do plexo braquial pode ocorrer devido a uma
posição da Trendelenburg inadequada de duas maneiras. Se o
paciente deslizar para baixo, pode haver estiramento no plexo
braquial, ou se forem utilizadas cintas de ombro, pode haver
compressão externa sobre o plexo braquial

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16
Q

Como a posição de Trendelenburg invertida afeta a
hemodinâmica do paciente?

A

A posição de Trendelenburg invertida causa uma
diminuição no retorno venoso e pode causar hipotensão,
especialmente em pacientes hipovolêmicos.

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17
Q

Em que nível do paciente os monitores de pressão arterial
invasiva devem ser zerados quando um paciente está na posição
Trendelenburg invertida?

A

Quando um paciente se encontra na posição de
Trendelenburg invertida, os monitores de pressão arterial
invasiva devem ser zerados no nível do meato auditivo externo
a fim de otimizar a perfusão cerebral

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18
Q

Por que um paciente pode acordar com dor nas costas
após um posicionamento supino para a cirurgia?

A

Um paciente pode acordar com dor nas costas após
posicionamento supino para cirurgia devido à perda de curvatura
lordótica lombar normal durante a anestesia geral ou bloqueio
neuroaxial. Acolchoamento extra ou uma leve flexão do quadril
e joelho podem ser úteis para reduzir a dor nas costas.

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19
Q

Qual é o problema em posicionar um paciente obeso em
posição supina no eixo invertido na mesa de operação?

A

Ao posicionar um paciente obeso em posição supina no
eixo invertido na mesa de operação, o tronco, a parte mais
pesada do corpo do paciente, encontra-se na cabeceira da mesa
e no lado oposto à base reforçada. Se for colocado peso
suficiente na cabeceira, especialmente na posição de
Trendelenburg, a mesa de operação pode inclinar-se e virar.
Deve-se prestar atenção aos limites de peso da mesa de
operação.

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20
Q

Por que as pernas de um paciente precisam ser levantadas
e abaixadas simultaneamente durante a posição de litotomia?

A

As pernas de um paciente devem ser levantadas e
abaixadas simultaneamente durante a posição de litotomia a fim
de evitar torção ou lesão na coluna vertebral.

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21
Q

Qual nervo das extremidades inferiores está
particularmente em risco de lesão durante a posição de
litotomia?

A

O nervo fibular comum, que envolve a cabeça da fíbula
na perna lateral, corre especial risco de lesão durante a posição
de litotomia.

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22
Q

Como podem ocorrer lesões nos dedos durante a posição
de litotomia?

A

Podem ocorrer lesões por esmagamento do dedo durante
a posição de litotomia quando o segmento da cama destinado aos
pés é levantado ou reconectado ao final da cirurgia caso os dedos
estejam ao lado do paciente e fiquem presos na dobradiça da
mesa de operação.

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23
Q

Quais são as alterações cardiopulmonares que ocorrem ao
se colocar o paciente na posição de litotomia?

A

Ao colocar o paciente na posição de litotomia, a elevação
das pernas causa um aumento temporário no retorno venoso e no
débito cardíaco, e os conteúdos abdominais deslocam o
diafragma para cima, diminuindo a complacência
pulmonar.

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24
Q

Como pode ocorrer a síndrome compartimental das
extremidades inferiores devido à posição de litotomia?

A

A síndrome compartimental das extremidades inferiores
pode ocorrer na posição de litotomia devido ao fluxo sanguíneo
arterial inadequado em razão da elevação da perna ou da
obstrução da saída venosa em razão da compressão ou flexão
excessiva do quadril.

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25
Q

Quais são os fatores de risco para a síndrome
compartimental relacionada ao posicionamento?

A

Com base em estudos retrospectivos, os fatores de risco
para a síndrome compartimental relacionada ao posicionamento
são a posição de litotomia ou decúbito lateral e o longo tempo
cirúrgico (acima de 5 horas na posição de litotomia alta).

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26
Q

Como as extremidades do paciente devem ser colocadas
durante a posição de decúbito lateral?

A

Quando na posição de decúbito lateral, a perna
dependente do paciente deve ser flexionada e um travesseiro ou
almofada deve ser colocado entre os joelhos. O
braço dependente deve ser colocado na frente do paciente em um
apoio acolchoado e o braço não dependente deve ser amparado
por travesseiros ou cobertores ou em um apoio acolchoado para
o braço

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27
Q

Quando o paciente está na posição de decúbito lateral,
onde deve ser colocado um coxim para axila e qual sua
finalidade?

A

Quando o paciente se encontra na posição de decúbito
lateral, um coxim para axila deve ser colocado debaixo do
paciente na posição caudal em relação à axila e não na axila. O
objetivo do coxim para axila é prevenir a lesão por compressão
no plexo braquial e na estrutura vascular axilar no lado
dependente

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28
Q

Qual braço é a melhor opção para a colocação de
monitores arteriais invasivos na posição de decúbito lateral e por
quê?

A

Os monitores arteriais invasivos devem ser idealmente
colocados no braço dependente durante a posição de decúbito
lateral a fim de detectar a compressão neurovascular na axila.

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29
Q

Quais são algumas das preocupações relativas à cabeça e
ao pescoço ao colocar um paciente na posição de decúbito
lateral?

A

As preocupações com a cabeça e o pescoço ao colocar um
paciente na posição de decúbito lateral incluem manter a cabeça
e o pescoço na posição neutra, evitar a dobra ou pressão
excessiva na orelha dependente e evitar compressão externa no
olho dependente.

30
Q

Como pode ocorrer uma lesão no plexo braquial devido a
uma posição de decúbito lateral inadequada?

A

A lesão no plexo braquial pode ocorrer na posição de
decúbito lateral se houver rotação lateral do pescoço e
estiramento do plexo braquial ou se um braço for abduzido em
mais de 90 graus, causando lesão no plexo braquial pela cabeça
do úmero.

31
Q

Quais são as alterações pulmonares associadas à posição de decúbito lateral?

A

Na posição de decúbito lateral, o peso lateral do
mediastino e a pressão cefálica no diafragma diminuem a
complacência pulmonar do pulmão dependente.

32
Q

Quais são algumas das preocupações ao virar um paciente da posição supina para a posição prona?

A

Ao virar um paciente da posição supina para a posição
pronada, deve-se ter cuidado para evitar o deslocamento de
todos os acessos venosos e arteriais, bem como do tubo traqueal.
O movimento deve ser coordenado de modo que a cabeça,
pescoço e coluna sejam mantidos em uma posição neutra.

33
Q

Que partes do rosto estão em risco de lesão durante a posição prona?

A

As proeminências ósseas do rosto, da testa, das regiões
malares e do queixo correm o risco de compressão ou lesão por
pressão durante a posição prona. Além disso, não deve haver
pressão sobre os olhos, nariz ou boca.

34
Q

Como as extremidades devem ser colocadas durante a posição prona?

A

Durante a posição prona, as pernas devem receber
acolchoamento e ser flexionadas ligeiramente na altura dos
quadris e joelhos. Os braços podem ser posicionados dobrados
no lado do paciente ou colocados em tábuas para os braços,
próximas à cabeça do paciente. Os braços não devem ser
abduzidos em mais de 90 graus.

35
Q

Como é a colocação ideal de almofadas sob o paciente na posição prona e por quê?

A

A colocação ideal de apoios sob o paciente na posição
prona é da clavícula à crista ilíaca. Isso ajuda a reduzir a
compressão abdominal e seus efeitos nos pulmões e na veia cava
inferior, minimizando as diminuições na complacência
pulmonar e retorno venoso. Os apoios não devem ir além das
cristas ilíacas a fim de proteger os órgãos genitais e os vasos
femorais. O abdome e os seios devem ser colocados
medialmente em relação aos apoios para ficarem livres de
compressão.

36
Q

Quais são as alterações cardiopulmonares que ocorrem na posição prona?

A

A posição prona do paciente conserva bem a
hemodinâmica e favorece a função pulmonar. Há benefícios para
a CRF, levando a melhoras na oxigenação na posição prona em
comparação com a posição supina.

37
Q

Em quais procedimentos cirúrgicos o paciente pode ser colocado na posição sentada?

A

A posição sentada é mais vantajosa para procedimentos
cirúrgicos que envolvem a coluna cervical superior e a fossa
posterior. Uma posição sentada modificada, ou posição de
cadeira de praia, costuma ser usada para cirurgia no ombro.

38
Q

Como as extremidades devem ser colocadas na posição sentada?

A

Na posição sentada, os braços devem repousar nos lados do paciente e devem ser bem acolchoados e amparados. Os ombros devem estar nivelados ou ligeiramente elevados a fim de
minimizar lesões por estiramento entre o pescoço e os ombros.
Os joelhos devem ser apoiados e acolchoados em uma posição
ligeiramente flexionada para reduzir o estiramento do nervo
ciático.

39
Q

Quais são algumas das complicações que podem ocorrer
como resultado da colocação do paciente na posição sentada?

A

As complicações que podem ocorrer como resultado da
colocação do paciente na posição sentada incluem embolia
gasosa venosa, pneumoencéfalo, hipotensão, hipoperfusão
cerebral e macroglossia

40
Q

Como pode ser detectada uma embolia gasosa venosa
intraoperatória?

A

Uma embolia gasosa venosa intraoperatória pode ser
detectada por meio do uso de uma ETE intraoperatória ou
Doppler precordial no paciente com volume intravascular
adequado.

41
Q

Quais são algumas outras complicações que podem
ocorrer como resultado de uma embolia gasosa venosa?

A

As complicações que podem ocorrer como resultado de
uma embolia gasosa venosa incluem embolia gasosa paradoxal,
arritmias, hipertensão pulmonar aguda e colapso circulatório.

42
Q

Qual é a preocupação quanto ao paciente com
um shunt anatômico intracardíaco programado para cirurgia na
posição sentada?

A

Um paciente com um shunt intracardíaco anatômico
corre o risco de sofrer uma embolia gasosa paradoxal e
subsequente acidente vascular cerebral ou infarto do miocárdio,
caso ocorra uma embolia gasosa venosa. Como alguns estudos
mostraram que até 100% dos pacientes submetidos a
neurocirurgia na posição sentada apresentam algum grau de
incorporação de ar venoso, os pacientes devem ser avaliados a
fim de descartar um shunt intracardíaco antes da cirurgia
programada na posição sentada. O diagnóstico pré-operatório de
um shunt intracardíaco é uma contraindicação para cirurgia na
posição sentada

43
Q

Qual é o risco de pneumoencéfalo na posição sentada?

A

O pneumoencéfalo ocorre em quase todos os pacientes
submetidos a cirurgia cervical ou cirurgia de fossa posterior na
posição sentada, embora um pneumoencéfalo clinicamente
significativo seja raro.

44
Q

Quais são alguns dos sintomas de pneumoencéfalo pós-operatório clinicamente significativo?

A

Os sintomas de um pneumoencéfalo pós-operatório
clinicamente significativo incluem dor de cabeça, confusão,
convulsões e até hemiparesia temporária. Os pacientes com
esses sintomas devem ter o diagnóstico de acidente vascular
cerebral descartado.

45
Q

Qual é a preocupação com a flexão excessiva da cabeça na posição sentada?

A

A flexão excessiva da cabeça na posição sentada pode
impedir a saída venosa cerebral e a entrada arterial cerebral e
causar hipoperfusão cerebral. Também pode ocorrer
macroglossia, especialmente se o monitoramento por ETE for
combinado com a flexão do pescoço. Recomenda-se um mínimo
de dois dedos entre a mandíbula e o esterno para adultos de
tamanho normal a fim de prevenir essas complicações.

46
Q

Quais os problemas especiais de posicionamento que a
cirurgia robótica apresenta?

A

A cirurgia robótica geralmente requer uma posição de
Trendelenburg íngreme e que o paciente esteja bem seguro na
mesa da sala de cirurgia. Muitas vezes, um colchão
antiderrapante é usado, além de cintas. Deve-se ter cuidado se
forem usadas cintas para o ombro para minimizar o estiramento
entre o pescoço e os ombros. O edema laríngeo e a neuropatia
ótica podem resultar do posicionamento de Trendelenburg
íngreme que pode ser necessário para a cirurgia robótica.

47
Q

Quais são as consequências de se acoplar o robô?

A

O acoplamento do robô limita o acesso direto ao paciente.
Muitas vezes, a cabeça do paciente está mais distante do
anestesiologista do que o normal e os braços do paciente estão
dobrados bilateralmente. Uma bandeja ou mesa de metal pode
ser colocada acima do rosto do paciente para oferecer proteção
contra o equipamento laparoscópico.

48
Q

Que mudanças fisiológicas ocorrem durante a cirurgia robótica?

A

As alterações fisiológicas durante a cirurgia robótica
decorrem da combinação de insuflação laparoscópica e também
da posição de Trendelenburg. A CRF e a complacência
pulmonar estão diminuídas.

49
Q

Em quanto tempo pode ocorrer uma lesão por pressão?

A

As lesões por pressão se devem a uma pressão prolongada
que inibe o fluxo capilar sobre uma proeminência óssea. Estudos
em animais revelam que lesões por pressão podem se
desenvolver em apenas 2 horas com uma força de 70 mm Hg

50
Q

Em quanto tempo surgem lesões por pressão após a cirurgia?

A

As lesões por pressão são tipicamente observadas dentro de
72 horas após a cirurgia.

51
Q

Que tecido está em risco nas lesões por pressão?

A

As lesões por pressão podem variar desde eritema não
branqueável até perda de tecido de espessura total. A pele, os
tecidos moles e os músculos estão todos em risco de lesões por
pressão. Curiosamente, o dano muscular ocorre antes dos danos
à pele e ao tecido subcutâneo, provavelmente devido à maior
demanda de oxigênio do músculo.

52
Q

Quais áreas do corpo estão em risco de lesões por pressão nas posições supina, prona e sentada?

A

Na posição supina, o sacro, os calcanhares e o occipício são
áreas que correm risco de lesão por pressão. Na posição pronada,
o tórax e os joelhos correm maior risco de lesões por pressão,
enquanto que na posição sentada, as tuberosidades isquiáticas
correm maior risco.

53
Q

Em que procedimentos cirúrgicos os pacientes estão mais propensos a sofrer lesões por pressão?

A

As cirurgias em que os pacientes têm maior probabilidade de
sofrer lesões por pressão incluem cirurgias cardíacas, torácicas,
ortopédicas e vasculares. Quanto mais longa a cirurgia, maior o
risco.

54
Q

Qual subconjunto de pacientes corre mais risco de lesões autoinfligidas por mordida durante a anestesia geral?

A

Sabe-se que os pacientes submetidos a cirurgias que
envolvem o monitoramento com potenciais evocados motores
transcranianos (Tc-MEPs) estão em risco de uma lesão por
mordida devido à contração dos músculos temporal e masseter
durante o Tc-MEP. A língua é ferida com mais frequência, mas
já ocorreram lesões labiais e, até mesmo, dentárias.

55
Q

Qual neuropatia mais resultou em queixas na base de dados da American Society of Anesthesia (ASA)?

A

As queixas do banco de dados da ASA revelam que a
neuropatia ulnar (28%) é a lesão de nervo periférico mais
comum, seguida pelo plexo braquial (20%), raiz lombossacral
(16%) e medula espinhal (12%). A distribuição das queixas por
lesão nervosa mudou ao longo do tempo, com uma diminuição
da lesão do nervo ulnar e aumento da lesão da medula espinhal.
A lesão da medula espinhal e a neuropatia da raiz lombossacral
estão predominantemente associadas à anestesia regional.

56
Q

Quais são as possíveis causas das lesões de nervos
periféricos?

A

As possíveis causas de lesões de nervos periféricos incluem
estiramento, compressão, isquemia, distúrbios metabólicos e
trauma/laceração direta durante a cirurgia.

57
Q

Qual é a melhor maneira de prevenir neuropatias
perioperatórias?

A

Não há evidências claras para a prevenção de neuropatias
perioperatórias. A maioria das neuropatias ocorre na presença de
bom posicionamento e proteção com acolchoamento. No
entanto, a manutenção da posição neutra, evitando extensão ou
flexão excessiva, e o acolchoamento adequado são essenciais.

58
Q

O que os estudos retrospectivos das demandas encerradas da ASA indicam como fatores de risco para lesões do nervo ulnar?

A

Os fatores de risco para lesões do nervo ulnar incluem
diabetes, alcoolismo, tabagismo e câncer em estudos
retrospectivos de demandas encerradas da ASA

59
Q

Que posições ou cirurgias estão associadas à lesão do plexo braquial?

A

As posições e cirurgias associadas à lesão do plexo
braquial incluem abdução do braço superior a 90 graus, rotação
lateral da cabeça, ressecção assimétrica do esterno para
dissecção da torácica interna durante a cirurgia cardíaca e trauma
direto.

60
Q

Com que frequência ocorrem lesões nos nervos radiais ou médios?

A

Felizmente, as lesões dos nervos radial ou médio são
raras.

61
Q

Qual posição do paciente terá maior probabilidade de causar uma lesão do nervo fibular comum ou ciático?

A

A posição de litotomia apresenta maior probabilidade de
levar a lesões comuns no nervo ciático ou fibular comum. O
nervo ciático pode ser lesionado por estiramento e rotação
externa da perna, bem como por hiperflexão no quadril.

62
Q

Quais são algumas das causas potenciais da lesão do
nervo obturador?

A

A lesão do nervo obturador pode ocorrer durante o parto
difícil com uso de fórceps, por flexão excessiva da coxa para a
virilha ou por posição de litotomia.

63
Q

Como um déficit nervoso pós-operatório deve ser
avaliado e tratado?

A

Um déficit nervoso pós-operatório deve ser avaliado e a
extensão dos déficits sensoriais e motores, documentados. Uma
consulta neurológica pode ajudar a localizar a lesão e determinar
sua gravidade. A maioria das lesões de nervos se resolve
espontaneamente ao longo do tempo, mas recomendam-se
tranquilização e acompanhamento do paciente

64
Q

Em quanto tempo costuma ocorrer a recuperação das neuropatias sensoriais e motoras?

A

As neuropatias sensoriais geralmente são transitórias,
enquanto as neuropatias motoras podem levar de 4 a 6 semanas
para recuperação. Quando há lesão de um axônio ou ruptura do
nervo e, quando a situação é reversível, a recuperação pode
demorar de 2 a 12 meses.

65
Q

Qual é o valor da avaliação eletrofisiológica de uma lesão intraoperatória do nervo?

A

A avaliação eletrofisiológica de uma lesão nervosa
intraoperatória por um neurologista na primeira semana pode
fornecer informações sobre o padrão característico e temporal da
lesão. A avaliação eletrofisiológica após 4 semanas
traz informações mais úteis sobre o local, a natureza e a
gravidade da lesão do nervo.

66
Q

Quais são os fatores de risco para a abrasão da córnea sob anestesia geral?

A

Os fatores de risco para a abrasão da córnea sob anestesia
geral incluem idade avançada, duração da cirurgia, posição
prona, posição de Trendelenburg e oxigênio suplementar na
unidade de cuidados pós-anestésicos.

67
Q

Quais são os sintomas de uma abrasão da córnea?

A

Os sintomas de uma abrasão da córnea incluem a
sensação de um corpo estranho no olho, fotofobia, visão
embaçada e eritema.

68
Q

Quais são algumas das precauções que podem ser
tomadas para minimizar o risco de abrasão da córnea?

A

Algumas das precauções que podem ser tomadas para
minimizar o risco de abrasão da córnea incluem a oclusão
cautelosa das pálpebras com fita logo após a indução da
anestesia, cuidado com objetos pendurados ao se inclinar sobre
os pacientes, pomadas oftálmicas e observação atenta à medida
que os pacientes despertam. Os pacientes podem tentar esfregar
os olhos com o oxímetro de pulso no dedo ou outro equipamento
antes de estarem completamente despertos.

69
Q

Qual é a causa da perda de visão pós-operatória devido à oclusão da artéria central da retina?

A

A oclusão da artéria central da retina é causada pela
pressão direta da retina.

70
Q

Quais são os fatores de risco cirúrgico e do paciente para a perda de visão pós-operatória por neuropatia ótica isquêmica (NOI)?

A

A neuropatia ótica isquêmica (NOI) é responsável pela
maioria das complicações envolvendo perda visual pósoperatória. Os fatores de risco para perda de visão pós-operatória
devido a neuropatia óptica isquêmica incluem hipotensão
prolongada, cirurgia de longa duração, perda de grandes
quantidades de sangue, uso de grandes volumes de cristaloides,
anemia ou hemodiluição e aumento da pressão intraocular ou
venosa pela posição pronada. Está mais frequentemente
associada à cirurgia da coluna vertebral. Os fatores de risco do
paciente para desenvolvimento de NOI incluem hipertensão,
diabetes, aterosclerose, obesidade mórbida e tabagismo