19 – Recuperação Pós-anestésica Flashcards

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1
Q

Quais são os cinco padrões para o cuidado pós-anestésico de acordo com os Padrões para o Cuidado Pós-anestesia adotado pela ASA?

A

1 - Equipe e equipamentos apropriados

2 - Transporte à SRPA pelo anestesiologista com o monitoramento, avaliação e tratamento contínuos se necessário

3 - Reavaliação do paciente na unidade, relatório verbal e transferência de cuidado do anestesiologista para os responsáveis da SRPA

4 - avaliação e monitoramento contínuos do paciente na unidade com relatórios documentados

5 - alta do paciente da unidade sob responsabilidade do médico

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2
Q

Qual é a exigência de intervalo de tempo mínimo para verificar e registrar os sinais vitais na sala de recuperação pós-anestesia?

A

No mínimo a cada 15 minutos.

Obs.: Individualizar a necessidade de intervalos menores ou contínuo.

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3
Q

Principais manifestações que podem ocorrer no pós-operatório na SRPA?

A
  • Nausea e Vomito
  • Dor
  • Oligúria
  • Hipoventilação / obstrução vias aéreas
  • Sangramento
  • Hipotermia
  • Delirium
  • Hipertensão ou Hipotensão
  • Arritmias cardíacas / eventos cardiovasculares
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4
Q

Quais são a causa mais comum e o mecanismo frequente da obstrução das vias aéreas superiores na SRPA?

A

Perda do tônus faríngeo

Mecanismo:
Os músculos faríngeos contraem em sincronia com o diafragma. Essa atividade serve para puxar a língua para fora e manter a via aérea aberta à medida que o diafragma cria a pressão negativa para a inspiração.

Na SRPA, devido efeitos persistentes da anestesia, o tecido faríngeo complacente entra em colapso com a pressão inspiratória negativa, causando obstrução.

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5
Q

Como a obstrução das vias aéreas superiores se apresenta clinicamente?

A

colapso da parede torácica e protrusão do abdome com esforço inspiratório resultante de um movimento paradoxal.

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6
Q

Qual é a intervenção inicial para tratar a obstrução das vias aéreas superiores?

A

manobra de elevação da mandíbula

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7
Q

Por que o bloqueio neuromuscular residual não se manifesta até que o paciente esteja na SRPA?

A

1- o diafragma se recupera do bloqueio
neuromuscular antes dos músculos da faringe.

2- enquanto o tubo endotraqueal está posicionado, a incapacidade de se manter a patência da via aérea superior pode ser mascarada.

3- estimulação associada ao despertar, à extubação, à transferência do paciente e ao
transporte pode contribuir para manter a via aérea aberta durante essas horas.

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8
Q

Quais são as duas possíveis razões neuromusculares residuais para a reversão inadequada do bloqueio neuromuscular?

A

1 - dosagem inapropriada de neostigmina

2 - a medida qualitativa da razão da sequência de quatro estímulos (TOF, train of four) pode não refletir de forma precisa a recuperação da função neuromuscular.

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9
Q

Como o bloqueio neuromuscular residual pode se manifestar em um paciente acordado?

A

Dificuldade para respirar ou agitação

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10
Q

Como o bloqueio neuromuscular residual é avaliado em um paciente acordado?

A

força de segurar com a mão, a protrusão da
língua, a capacidade de levantar as pernas da cama e a capacidade de levantar a cabeça do travesseiro por 5 segundos completos

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11
Q

Ao avaliar o bloqueio neuromuscular residual a capacidade de um paciente extubado de opor e de fixar o dente incisivo contra o depressor de língua equivale a?

A

uma razão média de TOF de 0,85

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12
Q

Quais são alguns fatores que podem contribuir para um bloqueio neuromuscular não despolarizante prolongado na SRPA?

A

1 - Uso de diversas medicações anestésicas
2 - Estados metabólicos como hipotermia, acidose respiratória, insuficiencia hepatica e renal.

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13
Q

Quais são alguns fatores que podem contribuir para um bloqueio neuromuscular polarizante na SRPA?

A

1 - Dose excessiva de succinilcolina
2 - Atividade de colinesterase plasmática reduzida, inexistente ou alterada
3 - Extremos de idade ou condições como (insuficiencia hepatica, uremia, desnutrição)
4 - Gestante

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14
Q

O que é laringoespasmo e quando ele pode ocorrer?

A

O laringoespasmo é a oclusão do espaço bilateral das cordas vocais.

Normalmente ocorre logo após a extubação na sala de cirurgia, mas pode ocorrer na SRPA.

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15
Q

Como o laringoespasmo é tratado?

A

elevação da mandíbula e pressão positiva
contínua em vias aéreas (CPAP) (até 40 cm H2O).

Se persiste, uma pequena dose de succinilcolina pode ser administrada [0,1 a 1,0 mg/kg IV (via intravenosa) ou 4,0 mg/kg IM (intramuscular) para relaxar as cordas vocais

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16
Q

Que fatores operatórios podem resultar em um edema potencialmente fatal nas vias aéreas no período pós-operatório imediato?

A

1 - Procedimento prolongado na posição prona ou de Trendelenburg (Ex.: prostatectomia VLP)

2 - ressuscitação agressiva por fluido

3 - Procedimentos de cabeça e pescoço (Ex.: tireoidectomia, endarterectomia)

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17
Q

Que testes de vazamento podem ser realizados para avaliar a patência das vias aéreas nos pacientes com risco de apresentar edema nas vias aéreas antes da extubação traqueal?

A

O teste de vazamento avalia a capacidade do paciente de respirar ao redor de um tubo endotraqueal com o balonete vazio.

Outro método é medir o volume expirado antes e depois da desinsuflação do balonete do TET durante a ventilação controlada a volume.

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18
Q

Quais são algumas considerações especiais para pacientes com apneia obstrutiva do sono para o cuidado pós-anestésico?

A

1 - Esses pacientes não devem ser extubados até que estejam completamente acordados. Por causa do maior risco de obstrução das vias aéreas

2 - minimizar o uso de opioides e evitar benzodiazepínicos ou quaisquer drogas que deprimam o drive respiratório ou promovam a sonolência

3 - CPAP ou BiPAP devem estar disponíveis para uso

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19
Q

Como a obstrução das vias aéreas superiores pode ser manejada na SRPA?

A

1 - manobra de elevação da mandíbula

2 - CPAP (5 a 15 cm H2O) via máscara facial.

3 - máscara laríngea ou IOT

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20
Q

Como a obstrução das vias aéreas superiores na SRPA devido aos efeitos sedativos dos opioides ou dos benzodiazepínicos pode ser tratada?

A

estimulação persistente ou pequena, com doses tituladas de naloxona (opioide) ou flumazenil (benzodiazepinico)

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21
Q

Como a obstrução das vias aéreas superiores na SRPA devido ao hematoma após a cirurgia de tireoide ou de carótida pode ser tratada?

A

descompressão das vias aéreas liberando os
clipes ou as suturas no ferimento e da evacuação do hematoma.

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22
Q

Quais são algumas das possíveis causas de hipoxemia na SRPA?

A
  • doença cardíaca
  • edema pulmonar
  • atelectasias (shunt)
  • hipoventilação alveolar
  • hipóxia por difusão
  • aspiração dos conteúdos gástricos
  • embolia pulmonar
  • pneumotórax
  • hipóxia pós-hiperventilação
  • aumento do consumo de oxigênio (como o
    tremor por sensação de frio)
  • lesão pulmonar aguda (p. ex., sepse ou relacionada à transfusão)
  • idade avançada
  • obesidade
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23
Q

Quais são as causas mais comuns de hipoxemia na SRPA?

A

Atelectasia (shunt) e hipoventilação alveolar

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24
Q

Qual é a resposta ventilatória normal para os níveis de dióxido de carbono arterial elevado? Como isso é afetado pelas drogas anestésicas residuais?

A

A ventilação por minuto aumenta
cerca de 2 l/min a cada aumento de 1 mm Hg arterial.

Na SRPA, a resposta ventilatória a pode ser deprimida pelos anestésicos residuais, incluindo os anestésicos inalados, opioides e benzodiazepínicos.

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25
Q

O que é hipóxia de difusão?

A

Rápida difusão do óxido nitroso nos alvéolos no final de uma anestesia com óxido nitroso.

O óxido nitroso dilui o gás alveolar, produzindo uma diminuição transitória na pressão do oxigênio alveolar que pode persistir por 5 a 10 minutos após a descontinuação do óxido
nitroso. Na ausência de oxigênio suplementar, a hipoxemia arterial pode ocorrer e contribuir para a hipoxemia na SRPA.

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26
Q

O que é a resposta da vasoconstrição pulmonar hipóxica (VPH)?

A

a vasoconstrição pulmonar hipóxica (VPH) é a
tentativa dos pulmões normais de perfundir melhor alveolos bem ventilados.

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27
Q

O que inibe a resposta de vasoconstrição pulmonar hipóxica?

A

anestésicos inalatórios nitroprussiato e dobutamina

Condições patológicas: Sepse e Pneumonia

28
Q

Como tratar a atelectasia (shunt verdadeiro) na SRPA?

A

Não responde bem a oxigenioterapia

  • Mobilizar o paciente para posição sentada
  • Pressão positiva das vias aéreas com máscara
  • Considerar espirometria de incentivo
29
Q

Qual é o significado do aumento da mistura venosa na SRPA?

A

Sangue venoso misturado para a hipoxemia arterial. Esse efeito ocorre apenas nos casos de baixo débito cardíaco quando o sangue retorna para o coração em um estado de dessaturação grave.

30
Q

Que doenças pulmonares coexistentes podem resultar em uma menor capacidade de difusão e em hipoxemia arterial pulmonar subsequente na SRPA?

A
  • DPOC e Asma
  • Fibrose pulmonar
  • Hipertensão pulmonar
31
Q

Quais são as causas típicas do edema pulmonar cardiogênico e não cardiogênico na SRPA?

A

Cardiogênicas = quando há aumento de fluidos intravascular ou disfunção cardíaca

Não cardiogênica = Aspiração conteudo gástrico, sepse, edema pós obstrutivo, TRALI - lesão pulmonar aguda relacionada a transfusão

32
Q

O que é edema pulmonar pós-obstrutivo?

A

é um edema transudativo que resulta de uma das duas causas:
1 - da pressão negativa exagerada gerada pela inspiração contra uma via aérea agudamente obstruída (tipo 1)

2 - após o alívio de uma obstrução parcial crônica das vias aéreas (tipo 2).

33
Q

Como pressão intratorácica negativa exagerada aumenta o risco de edema pulmonar pós-obstrutivo?

A

Aumenta o retorno venoso
Aumenta a pós-carga
Aumentapressões venosas pulmonares

Isso contribui para a transudação do fluido.

Os homens jovens, musculosos e saudáveis correm mais risco devido ao aumento da massa muscular e à capacidade de gerar força inspiratória significativa.

34
Q

Quais são algumas possíveis causas do edema pulmonar pós-obstrutivo que se apresenta na SRPA?

A

A causa mais comum do edema pulmonar pós-obstrutivo que se apresenta na SRPA é o laringoespasmo.

Outras possíveis causas da obstrução das vias aéreas superiores incluem a epiglote, a paralisia das cordas vocais bilaterais, o bócio e a oclusão do TET

35
Q

Como o edema pulmonar pós-obstrutivo é diagnosticado e tratado?

A

Hipoxemia e infiltrados difusos bilaterais associados.
O diagnóstico depende da suspeita clínica quando outras causas de edema pulmonar são descartadas.

O tratamento é auxiliado por oxigênio suplementar, pode incluir diurese e, se necessário, requer ventilação com pressão positiva com CPAP ou ventilação mecânica

36
Q

O que é lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (TRALI, Transfusion-related acute lung injury)?

A

Edema pulmonar associado à febre e à
hipotensão sistêmica após a transfusão de produtos sanguíneos contendo plasma.

37
Q

Como manejar a TRALI?

A

Saber que ela pode ocorrer dentro de 1 a 2 horas - podendo chegar até 6 horas após a transfusão –> Edema pulmonar + febre

Hemograma obtido no início dos sintomas revelaria uma diminuição aguda na contagem de glóbulos brancos, refletindo o sequestro de granulócitos dentro do pulmão e do fluido
exudativo.

O diagnóstico é realizado por uma maior diferença de oxigênio alveolar-arterial e de infiltrados pulmonares bilaterais em uma radiografiatorácica. Se houver suspeita da TRALI, a bolsa de transfusão de sangue deve ser retornada para o banco de sangue para avaliação.

Tratamento é suporte com oxigenio e diurese

38
Q

Quais os benefícios de sistemas de fornecimento de oxigenio de alto fluxo como a canula nasal de alto fluxo?

A

Podem fornecer oxigênio a uma taxa de 40 l/min.
Os pacientes toleram tais fluxos elevados porque o gás inspirado é umidificado e aquecido a uma umidade relativa de 99,9% e 37o C.

Esses dispositivos fornecem oxigênio diretamente para a nasofaringe pelo ciclo respiratório, e o fluxo elevado pode aumentar a pelo efeito da CPAP

39
Q

Quais são alguns fatores associados à hipertensão na SRPA?

A
  • Hipertenso prévio
  • dor
  • hipoxemia arterial
  • hipoventilação
  • hipercarbia
  • pressão intracraniana maior
  • retenção urinária
  • distensão gástrica
  • retirada de drogas ou de álcool
  • agitação na emergência
  • tremor por sensação de frio
40
Q

Existem procedimentos que poderiam elevar o risco de hipertensão na SRPA?

A

Sim
Os procedimentos cirúrgicos que
predispõem o paciente à hipertensão incluem:
- craniotomia
- endarterectomia carotídea
- cirurgia cardiotorácica
- procedimentos na cabeça e no pescoço

41
Q

Quais são algumas complicações que podem resultar da hipertensão na SRPA?

A
  • Isquemia do miocárdio
  • arritmias
  • insuficiência cardíaca congestiva com edema pulmonar
  • acidente vascular cerebral
  • encefalopatia
  • sangramento pós-operatório no local cirúrgico
42
Q

Quais são algumas causas de hipotensão na SRPA? (resposta grande)

A
  • diminuição na pré-carga (hipovolemia)
  • insuficiência cardíaca ou a diminuição pós-carga (distributiva). A menor pré-carga pode se dever a uma ressuscitação volêmica inadequada em pacientes que passam pela preparação intestinal no pré-operatório ou cujos procedimentos cirúrgicos resultam em um deslocamento do fluido (na maioria das vezes, grandes procedimentos intra-abdominais)
  • perda de sangue contínua ou não reconhecida
  • O tamponamento cardíaco, a embolia pulmonar e o pneumotórax devem ser descartados em pacientes em risco, como
    aqueles submetidos a uma cirurgia de colocação de acesso venoso central no intraoperatório, a invasão intratorácica ou do mediastino, ou
    a artroplastia total do quadril.
  • A menor pós-carga pode ser atribuída a uma simpatectomia iatrogênica como num bloqueio neuroaxial alto (subaracnoide ou epidural) ou ao
    embotamento do impulso simpático pelos opioides e anestésicos intravenosos residuais (propofol ou dexmedetomidina) em pacientes que dependem do tônus simpático para manter a pressão arterial (exemplos incluem a sepse e os pacientes com doença pericárdica).
  • Outras causas incluem a sepse, queimaduras e indução por drogas (p. ex., β-bloqueadores,
    bloqueadores de canal de cálcio), choque medular, anafilaxia.
  • Uma anestesia subaracnoide alta pode levar à hipotensão devido a três causas porque resulta em uma simpatectomia que dilata a vasculatura venosa e arterial para produzir uma menor pré-carga e pós-carga. Também afeta as fibras do cardioacelerador de T4, resultando em insuficiência cardíaca secundária à bradicardia.
43
Q

Quais são algumas causas comuns de reações alérgicas que levam à hipotensão no período perioperatório?

A

As causa mais comum de reação alérgica que levam à hipotensão no cenário perioperatório são:
1 - bloqueadores neuromusculares
2 - látex
3 - antibióticos
4 - AINEs

44
Q

Como a isquemia do miocárdio é detectada na SRPA?

A

O principal problema é que os pacientes não relatam a dor torácica e muitas vezes atribuem a dor ao procedimento cirurgico e não ao coração

Avaliar APA, historico previo, indice cardiaco lee ou goldman e manejar conforme suspeita

45
Q

Causas de taquicardia sinusal na SRPA?

A

Dor, agitação, febre, hipercarbia, hipovolemia, anemia e tremor por sensação de frio.

As causas menos comuns e mais perigosas
incluem o início do choque cardiogênico ou séptico, a embolia pulmonar, a crise tireóidea e a hipertermia maligna.

46
Q

Como a fibrilação atrial de início novo deve ser manejada na SRPA?

A

Controle de Frequência: β-bloqueador como o metoprolol ou bloqueadores do canal de cálcio (diltiazem) é suficiente

Cardioversão química: Amiodarona

hemodinamicamente instável: indicada a cardioversão elétrica imediata

47
Q

Quais são algumas possíveis causas da bradicardia na SRPA?

A

Em geral é iatrogênica

  • administração de bloqueadores β-adrenérgicos, bloqueadores do canal de cálcio, a reversão de neostigmina do bloqueio neuromuscular, a administração de opioides e o tratamento com dexmedetominina.
  • Bloqueio de fibras cardioaceleradoras T1 a T4
  • Anormalidades de condução
48
Q

Quais são alguns fatores de risco e causas do delirium pós-operatório?

A

idade avançada (>70 anos)
disfunção cognitiva no pós operatório,
status funcional menor,
abuso de álcool,
desnutrição, desidratação
histórico prévio de demência, depressão ou delirium.

Intra operatório
- Perda sanguinea importante e transfusão

49
Q

Manejo do delirium na SRPA?

A

1 - medidas não farmacológicas e modificações ambientais, como a eliminação de estímulos e a reorientação frequente.

2 - Pacientes muito agitados podem se beneficiar do haloperidol (0,5 mg IV) como a terapia de primeira linha se não houver contraindicações.

50
Q

O que é agitação do despertar?

A

A agitação do despertar é um período transitório de excitação caracterizado pelo choro inconsolável, pela agitação e pelo delirium que está associado ao despertar da anestesia geral.
É mais comum em crianças do que em adultos, com uma incidência de pico nas crianças entre as idades de 2 e 4 anos.
Mais de 30% das crianças irão ter delirium em algum período durante a estadia na SRPA. O que, geralmente, é resolvido rapidamente e é seguido de uma recuperação sem complicações.

51
Q

Qual é o diagnóstico diferencial da disfunção renal no pós-operatório?

A

Avaliar se pré-renal, renal ou pós renal
Geralmente é multifatorial, sendo exacerbada pela cirurgia.

Pré renal: Hipovolemia, sepse, perda de fluido para o terceiro espaço, ressuscitação volêmica inadequada, sindrome hepato-renal

Renal: NTA, Rabdomiólise, Lise do tumor, hemodiálise, contraste

Pós-renal: Retenção urinária, lesão cirurgica, obstrução

52
Q

O que é oligúria e qual a causa mais comum na SRPA?

A

A oligúria é definida como débito urinário de menos de 0,5 ml/kg/h. A causa mais comum de oligúria na SRPA é a depleção do volume intravascular

53
Q

Como a oligúria decorrente do volume intravascular pode ser administrada na SRPA?

A

A oligúria decorrente do menor volume intravascular geralmente é responsiva a uma administração de 500 a 1000 ml de cristaloide intravenoso

54
Q

Quais são os fatores de risco para a retenção urinária pós-operatória?

A

Incapacidade de esvaziar a bexiga, apesar do volume de mais de 500 a 600 ml do órgão.

  • idade acima de 50 anos
  • gênero masculino
  • ressuscitação volêmica no intraoperatório
  • duração da cirurgia
  • o volume da bexiga na admissão e o tipo de cirurgia, em especial os procedimentos anorretais ou a artroplastia da articulação.
  • Outros contribuintes incluem os medicamentos perioperatórios como anticolinérgicos, β-bloqueadores e entorpecentes.
55
Q

Definição de hipertensão intra-abdominal e implicação na disfunção renal?

A

A pressão intra-abdominal persistentemente elevada impede a perfusão renal e leva a uma isquemia renal.

A hipertensão intra-abdominal é definida como uma pressão intra-abdominal contínua maior do que 12 mm Hg

A síndrome do compartimento abdominal é definida como uma pressão intra-abdominal contínua de 20 mm Hg ou maior que está associada à disfunção ou à falha do novo órgão.

56
Q

Pacientes com maior risco de disfunção renal em decorrencia de hipertensão intra-abdominal?

A

Os pacientes submetidos a cirurgia abdominal, que tiveram um trauma maior ou queimaduras e que estão gravemente doentes correm risco.

A hipertensão intra-abdominal deve ser descartada como a causa de oligúria medindo-se a pressão vesical em qualquer paciente com o abdome tenso no pós-operatório.
A pronta intervenção é necessária nesses pacientes para aliviar a hipertensão intra-abdominal e restaurar a perfusão renal.

57
Q

Que pacientes estão sob o risco de ter uma disfunção renal aguda decorrente da rabdomiólise? Como ela pode ser manejada?

A

Pacientes oligúricos que sofreram grandes lesões por esmagamento ou uma lesão térmica, incluindo a termoablação de tumores.

Também deve ser descartada em pacientes obesos mórbidos que foram submetidos a longos procedimentos cirúrgicos; o risco aumenta em pacientes do gênero masculino que foram posicionados em litotomia ou na posição de decúbito lateral. Os pacientes podem ter dor importante nessas áreas de contato com a mesa de operação.

O nível da creatina fosfoquinase pode ser medido em pacientes sob suspeita.

A reposição da volemia e o tratamento com o manitol, a alcanilização da urina e os diuréticos de alça podem ser usados para limpar os túbulos renais e prevenir o dano tubular renal.

58
Q

Que pacientes estão sob o risco de ter disfunção renal aguda decorrente da nefropatia induzida por contraste? Como isso pode ser manejado?

A

Deve ser considerada em pacientes
que foram submetidos a uma angiografia com colocação de stent intravascular.

Esses pacientes em geral têm uma insuficiência renal crônica e correm o risco de desenvolver
insuficiência renal secundária a uma carga de contraste intravenoso. A hidratação agressiva no perioperatório com solução salina normal e alcalinização com bicarbonato de sódio tem se mostrado uma medida de proteção renal eficaz. As infusões do bicarbonato de sódio (154 mEq/l) a uma taxa de 1 ml/kg/h devem ser mantidas por 6 horas após a exposição ao agente de contraste. A acetilcisteína pode ser administrada e é relativamente barata e uma medicação de fácil administração que também pode fornecer proteção renal

59
Q

Incidência de tremor por sensação de frio na SRPA e como tratar?

A

65% após a anestesia geral e 33% com
anestesia epidural.

O tremor por sensação de frio no pós-operatório nem sempre está associado à diminuição da
temperatura corporal; acredita-se que a sensação de tremor em pacientes normotérmicos resulte de reflexos espinhais não
inibidos manifestados como atividade clônica.

A meperidina é o tratamento mais eficaz para o tremor por sensação de frio, mas essa sensação também pode ser tratada com outros opioides e
clonidina

60
Q

Quais são alguns efeitos adversos da hipotermia pós-operatória?

A

tremor por sensação de frio
a inibição da função plaquetária,
a atividade do fator de coagulação
metabolismo de drogas.

Isso pode resultar na exacerbação do sangramento, no bloqueio neuromuscular prolongado e no retardo do despertar.

Os aquecedores de ar forçado podem ser usados para aquecer ativamente os pacientes com hipotermia no pós-operatório.

61
Q

Quais são alguns fatores associados a uma maior incidência de náusea e vômito no pós-operatório (NVPO)?

A

Gênero feminino (pós-puberdade), não fumante,
idade menor de 50 anos e histórico de NVPO.

Os fatores anestésicos incluem o uso de
anestésicos voláteis ou de óxido nitroso, a administração de grandes doses de neostigmina e opioides no perioperatório.

Os fatores cirúrgicos significativos incluem o tipo de procedimento, como o músculo ocular ou a cirurgia do tímpano, a distensão gástrica como no caso de sangue que foi deglutido e a duração
da cirurgia.

62
Q

Qual é o escore do risco simplificado para identificar os pacientes que correm o risco de ter NVPO?

A

Escore de APFEL

(1) gênero feminino, (2) histórico de enjoo devido ao movimento ou NPVO, (3) o hábito de não fumar e (4) uso de opioides no pós-operatório.
0 = 10%
1= 21%
2 = 39%
3 = 61%
4 = 79%

63
Q

Prevenção e tratamento de NVPO?

A
  • Evitar anestesia geral
  • Utilizar propofol
  • Minimizar opioides e oxido nitroso
  • Hidratação adequada
  • Dexametasona

Tratamento = escopolamina, hidroxizina, prometazina, droperidol, metoclopromida, ondansetrona

64
Q

Quais são algumas causas comuns do atraso do despertar na SRPA?

A

efeitos residuais do anestésico ou da sedação são as causas mais comuns do atraso do despertar na SRPA.

Atenção com diferenciais como AVE, disturbios eletroliticos e etc

65
Q

Riscos do uso de naloxona e flumazenil?

A

Naloxone = reversão abrupta da
analgesia e da hipertensão e taquicardia associadas.

flumazenil = precipitação de convulsões

Tanto a naxolona quanto o flumazenil têm meias-vidas curtas, então o paciente deve ser cuidadosamente observado para verificar a possibilidade de ressedação

66
Q

Quais são os princípios usados para determinar os critérios de alta da SRPA?

A

Sem risco de ter depressão respiratória
Estado mental basal
Estabilidade hemodinamica

Escore de alta de Aldrete
- atividade
- respiração
- circulação
- consciência
- saturação de oxigênio.

Não há um tempo de permanência específico na unidade