5 – Vias Aéreas Flashcards

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1
Q

Como a resistência ao fluxo de ar através das passagens nasais
se compara com o fluxo através da boca?

A

A resistência ao fluxo de ar nas passagens nasais é duas vezes
superior à da boca e representa cerca de 50% a 75% da
resistência total das vias aéreas

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2
Q

Que nervos proporcionam inervação sensorial à cavidade
nasal?

A

A maior parte da inervação sensorial da cavidade nasal é
derivada do ramo etmoidal do nervo oftálmico e ramos da
divisão maxilar do nervo trigêmeo derivado do gânglio
esfenopalatino

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3
Q

Que nervos proporcionam inervação sensorial ao palato duro
e ao palato mole?

A

Os nervos palatinos maior e menor se ramificam do gânglio
esfenopalatino para inervar o palato duro e mole

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4
Q

. Que nervo proporciona inervação sensorial aos dois terços
anteriores da língua?

A

A divisão mandibular (V3) do nervo trigêmeo (nervo craniano
V) forma o nervo lingual, que proporciona sensação aos dois
terços anteriores da língua

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5
Q

Qual nervo inerva o terço posterior da língua, o palato mole e
a orofaringe?

A

O terço posterior da língua, o palato mole e a orofaringe são
inervados pelo nervo glossofaríngeo (nervo craniano IX).

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6
Q

Quais são os três componentes da faringe?

A

Os três componentes da faringe são a nasofaringe, a orofaringe
e a hipofaringe.

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7
Q

Que nervos inervam a faringe?

A

A faringe é inervada pelos nervos cranianos IX
(glossofaríngeo) e X (vago)

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8
Q

Quais são as três cartilagens não pareadas localizadas na
laringe?

A

As três cartilagens não pareadas localizadas na laringe são as
cartilagens epiglote, tireoide e cricoide

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9
Q

Quais são as três cartilagens pareadas localizadas na laringe?

A

As três cartilagens pareadas localizadas na laringe são a
aritenoide, a corniculada e a cuneiforme

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10
Q

Qual é a diferença da cartilagem cricoide em relação às
outras cartilagens traqueais?

A

A cartilagem cricoide é a cartilagem traqueal mais
cefálica e é a única que tem uma estrutura de anel completo. Tem
a forma de um anel de sinete, mais largo na dimensão
cefalocaudal posteriormente.

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11
Q

Onde é a parte mais estreita da via aérea adulta?

A

As cordas vocais são a porção mais estreita da via aérea
adulta.

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12
Q

Quais são os dois nervos que fornecem a inervação
motora à laringe?

A

O nervo laríngeo superior, divisão externa, e o nervo
laríngeo recorrente proporcionam inervação motora à laringe.

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13
Q

O dano a qual nervo causaria paralisia dos principais
abdutores das cordas vocais, os músculos cricoaritenóideos
posteriores?

A

Danos ao nervo laríngeo recorrente podem causar
paralisia dos músculos cricoaritenóideo. Esses músculos são os
principais abdutores das cordas vocais.

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14
Q

Qual nervo fornece função motora a um dos tensores das
cordas vocais, o músculo cricotireóideo?

A

O nervo laríngeo superior, divisão externa, inerva o
músculo cricoaritenóideo. Este é o único músculo laríngeo
inervado pelo nervo laríngeo superior, ramo externo.

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15
Q

Como deve ser avaliada a via aérea do paciente antes do
manejo da via aérea para um procedimento?

A

A avaliação das vias aéreas do paciente antes do manejo da
via aérea inclui o levantamento do histórico médico e exame
físico. Aspectos do histórico podem incluir o histórico de
experiências do paciente relacionadas às vias aéreas, revisão de
registros anestesiológicos e médicos anteriores e coleta de
informações que possam ser pertinentes, tais como defeitos
congênitos, estados patológicos e transtornos gastrointestinais.
O exame físico deve avaliar as características para prever o
potencial de manejo difícil da via aérea.

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16
Q

Qual o propósito do sistema de classificação de Mallampati?

A

Mallampati propôs um sistema de classificação (escores de
Mallampati) para correlacionar o espaço orofaríngeo com a
facilidade prevista de laringoscopia direta e intubação traqueal.

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17
Q

Descreva a posição do observador/paciente durante a
classificação de Mallampati.

A

Com o observador ao nível dos olhos, o paciente mantém a
cabeça em posição neutra, abre a boca ao máximo e coloca a
língua para fora, sem emitir sons

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18
Q

Descreva as classes de Mallampati.

A

As classes de Mallampati são as seguintes:
o Classe I: palato mole, fauces, úvula e pilares tonsilares são
visíveis.
o Classe II: palato mole, fauces e úvula são visíveis.
o Classe III: palato mole e base da úvula são visíveis.
o Classe IV: palato mole não é visível.

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19
Q

Por que a diminuição do espaço submandibular e a
complacência estão associadas à intubação difícil?

A

A diminuição do espaço e complacência submandibulares se
correlaciona a visão laringoscópica precária. O espaço
submandibular é a área para a qual os tecidos moles da faringe
devem ser deslocados para se obter uma linha de visão durante
a laringoscopia direta. Qualquer coisa que limite o tamanho
desse espaço ou a complacência dos tecidos diminuirá a
quantidade de deslocamento anterior que pode ser alcançada.

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20
Q

Quais são algumas das condições clínicas associadas à
diminuição da complacência submandibular?

A

Angina de Ludwig, tumores ou massas, cicatrizes de
radiação, queimaduras e cirurgia cervical prévia são condições
que podem diminuir a complacência submandibular.

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21
Q

Qual é o objetivo do teste da mordida do lábio superior
(TMLS)?

A

O teste da mordida do lábio superior (TMLS) avalia a
capacidade de protrusão da mandíbula, que se correlaciona à
visualização das estruturas glóticas na laringoscopia direta.

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22
Q

Descreva as classes do TMLS.

A

As classes do TMLS são:
o Classe I: incisivos inferiores podem morder acima da borda
do lábio superior (vermilion).
o Classe II: incisivos inferiores não alcançam a borda
do vermilion.
o Classe III: incisivos inferiores não conseguem morder o
lábio superior.

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23
Q

Qual é a preocupação em relação a um paciente com uma
curta distância tireomentoniana?

A

Uma distância tireomentoniana (mento até a cartilagem
tireóidea) inferior a 6 a 7 cm correlaciona-se a uma visão
laringoscópica precária. Isso, geralmente, é observado em
pacientes com mandíbula recuada ou pescoço curto. Essa
distância equivale, de forma aproximada, a três dedos.

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24
Q

Quais os três eixos que devem ser alinhados para a
obtenção de uma linha de visão durante a laringoscopia direta?
Como isso é realizado? Qual é o nome dessa posição final?

A

Os eixos laríngeo, faríngeo e oral devem estar alinhados
para obter uma linha de visão durante a laringoscopia direta. A
flexão do pescoço, elevando a cabeça em, aproximadamente,
10 cm, alinha os eixos laríngeo e faríngeo. A extensão da cabeça
na articulação atlanto-occipital alinha os eixos oral e faríngeo.
Essas manobras colocam a cabeça na “posição de cheirar” e
proporcionam o alinhamento ideal dos três eixos.

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25
Q

Qual posição está associada ao melhor alinhamento dos
três eixos para obter uma linha de visão durante a laringoscopia
em pacientes obesos?

A

A obesidade é associada a dificuldades no manejo da via
aérea. Para aumentar a probabilidade de uma intubação traqueal
bem-sucedida, uma almofada triangular colocada atrás dos
ombros e costas do paciente obeso resulta em uma “posição
olfativa” mais adequada.

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26
Q

Que manobra facilita a identificação da cartilagem
cricoide em pacientes que não possuem uma cartilagem tireóidea
proeminente?

A

Em pacientes que não possuem uma cartilagem tireóidea
proeminente, a identificação da cartilagem cricoide pode ser
feita palpando-se o pescoço na fúrcula esternal, deslizando-se os
dedos para cima no pescoço até que a cartilagem traqueal mais
larga e alta (cartilagem cricoide) que as abaixo seja sentida.

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27
Q

Liste as variáveis associadas à ventilação difícil com
máscara facial.

A

As variáveis independentes associadas à ventilação difícil
com máscara são (1) idade superior a 55 anos, (2) índice de
massa corporal (IMC) aumentado, (3) barba, (4) falta de dentes,
(5) história de ronco ou apneia obstrutiva do sono, (6) classes III
a IV de Mallampati, (7) histórico de irradiação no pescoço, (8)
gênero masculino, (9) capacidade limitada de protrusão da
mandíbula e (10) histórico de massa ou tumor em via aérea. Uma
ventilação com máscara difícil também pode se desenvolver
após múltiplas tentativas de laringoscopia.

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28
Q

Quais são as causas da ventilação com máscara difícil ou
inadequada?

A

A ventilação com máscara inadequada pode ser devida a um
ou mais dos seguintes problemas: máscara inadequada ou
fechamento da via aérea supraglótica, vazamento excessivo de
gás ou resistência excessiva à entrada ou saída de gases.

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29
Q

Descreva a pré-oxigenação antes da indução anestésica.
Qual é o seu valor?

A

A “pré-oxigenação” é a administração de oxigênio ao
paciente antes da indução da anestesia que resultará em apneia.
O objetivo é atingir um nível de oxigênio ao final da expiração
de cerca de 90%. A pré-oxigenação aumenta a duração da apneia
sem dessaturação de oxigênio, preenchendo a capacidade
residual funcional com oxigênio, aumentando, assim, a reserva
de oxigênio do paciente durante a apneia.

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30
Q

Como é realizada a pré-oxigenação?

A

Métodos para a pré-oxigenação do paciente antes da indução
da anestesia são estimular o paciente para respirar 100% de
oxigênio por 3 minutos ou realizar oito respirações profundas
em 60 segundos. Embora se acreditasse anteriormente que
estimular o paciente a respirar fundo quatro vezes era suficiente
para a pré-oxigenação, isso já provou não ser tão eficaz quanto
os outros dois métodos. Em pacientes obesos, a pré-oxigenação
adequada pode levar mais tempo. Estimular o paciente obeso a
se sentar em posição vertical e aplicar pressão positiva contínua
nas vias aéreas pode facilitar a pré-oxigenação nessa população.

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31
Q

Quais são os dois fatores que influenciam a duração da
apneia sem dessaturação?

A

Os dois fatores que influenciam a duração da apneia sem
dessaturação são consumo de oxigênio e volume da capacidade
residual funcional.

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32
Q

Por que é importante limitar a pressão de ventilação menor
que 20 cm H2O durante a ventilação com máscara facial?

A

A pressão de ventilação durante a ventilação com máscara
deve ser inferior a 20 cm H2O para evitar a insuflação do
estômago.

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33
Q

Cite uma vantagem das vias aéreas nasal sobre as vias aéreas
oral em um paciente anestesiado superficialemnte? Quais são
algumas das contraindicações para a colocação das vias aéreas
nasal?

A

As vias aéreas nasais são mais vantajosas que as vias aéreas
orais na medida em que são toleradas em níveis inferiores de
anestesia. As vias aéreas orais são mais propensas a gerar um
reflexo por engasgamento ou causar laringoespasmo em um
paciente anestesiado superficialmente. A via aérea nasal é
relativamente contraindicada em pacientes com anormalidades
de coagulação ou plaquetárias, gestantes ou com fraturas na base
do crânio.

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34
Q

Quais são as vantagens dos dispositivos supraglóticos para
vias aéreas em relação à intubação traqueal no manejo eletivo
das vias aéreas?

A

Para o manejo eletivo da via aérea, as vantagens dos
dispositivos supraglóticos em comparação com a intubação
traqueal incluem colocação rápida e sem o uso de laringoscópio,
menos alterações hemodinâmicas com a inserção e remoção,
menos tosse e laringoespasmo com a remoção, não precisa de
relaxantes musculares, competência laríngea e função
mucociliar preservadas e menos trauma laríngeo.

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35
Q

Liste as variáveis associadas à colocação difícil de um
dispositivo supraglótico.

A

A colocação difícil ou a falha em colocar o dispositivo
supraglótico está associada à abertura pequena da boca,
patologia supra- ou extraglótica, deformidade de coluna cervical
fixada, uso de pressão cricoide, dentição precária ou incisivos
grandes, sexo masculino, rotação na mesa cirúrgica e IMC
aumentado.

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36
Q

Quais são algumas possíveis contraindicações para a
colocação de um dispositivo supraglótico?

A

Algumas possíveis contraindicações para o uso de
dispositivos respiratórios supraglóticos são pacientes com risco
de regurgitação de conteúdo gástrico, posição não supina,
obesidade, pacientes grávidas, tempo de cirurgia prolongado e
procedimentos intra-abdominais ou respiratórios. Existem
situações clínicas em que a colocação do dispositivo
supraglótico pode ser aceitável apesar de uma contraindicação
relativa, mas devem-se considerar os riscos e benefícios nessas
situações.

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37
Q

Quais são algumas das complicações relatadas do uso da
máscara laríngea em pacientes com vias aéreas difíceis?

A

As complicações relatadas do uso da máscara laríngea em
pacientes com via aérea difícil incluem broncoespasmo,
dificuldades pós-operatórias de deglutição, obstrução
respiratória, lesão do nervo laríngeo, edema e paralisia do nervo
hipoglosso.

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38
Q

Descreva os recursos dos dispositivos supraglóticos de
segunda geração, como ML Fastrach®, ML ProSeal® ou
Supreme®, Air-Q Masked Laryngeal Airways® e I-gel®, que
os tornam diferentes da ML Classic®.

A

As vias aéreas supraglóticas de segunda geração, tais como
a máscara laríngea Fastrach®, ProSeal® ou Supreme®, Air-Q®
e I-gel®, possuem uma ou mais das seguintes características: (1)
vedação melhorada das vias aéreas para permitir ventilação com
pressões mais altas, (2) um segundo lúmen que atua como um
respiradouro esofágico para manter os gases e o líquido
separados das vias aéreas e facilitar a colocação de um tubo
orogástrico, (3) um canal de via aérea que pode ser usado como
um canal para intubação e (4) um bloqueador de mordida que
está presente no eixo da via aérea.

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39
Q

Descreva as vantagens dos tubos esôfago-traqueal
Combitube® (ETC) e King Laryngeal Tube ® (King LT).

A

Os dispositivos esôfago-traqueais Combitube® (ETC) e o
King Laryngeal Tube® (King LT) são inseridos às cegas,
exigem treinamento mínimo e não precisam de movimento da
cabeça ou pescoço. Esses dispositivos de via aérea são usados
principalmente em configurações pré-hospitalares para o
controle de emergência das vias aéreas quando a intubação
esofágica não pode ser alcançada.

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40
Q

Qual é a melhor maneira de posicionar o paciente para
laringoscopia direta e intubação traqueal?

A

A melhor maneira de posicionar o paciente para a
laringoscopia direta e intubação traqueal é elevar a cabeça dele
de 8 a 10 cm com almofadas sob o occipício (ombros
permanecem na mesa) e estender a cabeça na articulação atlantooccipital. Isso alinha os eixos oral, faríngeo e laríngeo para criar
uma linha de visão dos lábios até a abertura da glote. A altura da
mesa de operação deve ser ajustada de modo que o rosto do
paciente esteja perto do nível da cartilagem xifoide do
anestesiologia em pé.

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41
Q

. Quais são algumas das indicações para intubação?

A

As indicações para a intubação traqueal incluem (1) a
necessidade de fornecer uma via aérea patente, (2) prevenção de
inalação (aspiração) de conteúdo gástrico, (3) necessidade de
sucção frequente, (4) facilitar a ventilação com pressão positiva
dos pulmões (5) posição operatória diferente da supina, (6) sítio
cirúrgico próximo ou envolvendo as vias aéreas superiores, (7)
condições operacionais que exigem bloqueio neuromuscular e
(8) manutenção de via aérea difícil com máscara.

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42
Q

Qual o objetivo da classificação de Cormack e Lehane?

A

O escore de Cormack e Lehane classifica a visão da glote
que é obtida por meio de laringoscopia direta e pode ser um
preditor de via aérea difícil.

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43
Q

Descreva as classes de Cormack e Lehane.

A

O escore de Cormack e Lehane classifica a visão
laringoscópica direta da seguinte maneira:
o Grau I: a maior parte da glote é visível.
o Grau II: somente a porção posterior da glote é visível.
o Grau III: a epiglote, mas nenhuma parte da glote pode ser
vista.
o Grau IV: nenhuma estrutura de via aérea é visualizada.

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44
Q

Quais são os quatro princípios de manejo a serem
considerados para a intubação de um paciente com histórico ou
exame relativos a uma via aérea difícil?

A

Em pacientes com antecipação ou histórico de via aérea
difícil, os seguintes princípios de manejo devem ser
considerados: (1) intubação com o paciente
acordado versus intubação após a indução de anestesia geral, (2)
método de intubação inicial através de técnicas não
invasivas versus invasivas, (3) videolaringoscopia como
abordagem inicial para a intubação e (4) ventilação espontânea
mantida versus interrompida.

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45
Q

Quais são as vantagens das lâminas para laringoscópio
curvas (Macintosh) e as lâminas de laringoscópio retas (Miller)?

A

As vantagens da lâmina curva (Macintosh) incluem menos
trauma nos dentes, mais espaço para a passagem do tubo
endotraqueal, o tamanho maior da flange melhora a capacidade
de varrer a língua, e menos contusões da epiglote, pois a ponta
da lâmina não levanta diretamente esta estrutura. As vantagens
da lâmina reta (Miller) são uma melhor exposição da abertura
glótica e um perfil menor, o que pode ser benéfico em pacientes
com abertura bucal menor.

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45
Q

Como as manobras da cartilagem tireóidea facilitam a
visualização da abertura glótica durante a laringoscopia direta?

A

A manobra de BURP (pressão para trás, para cima e para a
direita) na cartilagem tireóidea com a mão direita do
laringoscopista pode facilitar a visualização da abertura glótica
durante a laringoscopia direta

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46
Q

Descreva a colocação adequada da ponta de uma lâmina para
laringoscópio curva (Macintosh) em relação à de uma lâmina
para laringoscópio (Miller) reta para exposição da abertura
glótica durante a laringoscopia direta.

A

Durante a laringoscopia com uma lâmina Macintosh, a
extremidade distal da lâmina curva é avançada no espaço entre
a base da língua e a superfície faríngea da epiglote. Durante a
laringoscopia com uma lâmina Miller, a extremidade distal da
lâmina reta avança abaixo da superfície laríngea da epiglote. A
epiglote é, então, elevada pela lâmina para exposição da abertura
glótica.

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47
Q

Qual é a principal vantagem do videolaringoscópio em
relação à laringoscopia direta?

A

Os videolaringoscópios podem ajudar a obter uma visão da
laringe, fornecendo visualização indireta da abertura glótica sem
o alinhamento dos eixos oral, faríngeo e traqueal e possibilitam
a intubação traqueal em pacientes com condições (abertura
limitada da boca, incapacidade de flexionar a pescoço) que
possam tornar a laringoscopia tradicional difícil ou impossível.
Há também uma visão ligeiramente melhorada da laringe porque
a câmera está localizada mais distalmente na lâmina,
proporcionando um campo visual mais amplo.

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48
Q

Descreva por que uma lâmina angulada de
videolaringoscópio é vantajosa ao intubar um paciente com
certeza ou suspeita de via aérea difícil e a técnica de inserção.

A

As lâminas para videolaringoscópio anguladas permitem
uma visão mais anteriormente orientada que pode ser obtida com
uma flexão ou extensão mínima da cabeça e pescoço do
paciente. Elas, geralmente, são inseridas na linha média na boca,
e a ponta da lâmina de videolaringoscópio pode ser colocada na
valécula ou ser usada para levantar a epiglote diretamente.
Geralmente, é necessário um estilete pré-formado que
corresponda à curvatura da lâmina.

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49
Q

Descreva como um videolaringoscópio com canaleta
difere de um sem canaleta e como uma lâmina de
videolaringoscópio com canaleta é usada

A

As lâminas para videolaringoscópio com canaleta
(Airtraq® e King Vision®) possuem um canal guia que
direciona um tubo endotraqueal em direção à abertura glótica
através de lâminas que são mais anguladas que as lâminas
Macintosh tradicionais. O tubo endotraqueal é pré-carregado no
canal guia e o videolaringoscópio é inserido na linha média na
boca até que a epiglote seja visualizada. Os videolaringoscópios
sem canaleta (GlideScope®, C-MAC®, McGrath®) exigem que
um tubo endotraqueal (geralmente com um estilete pré-formado)
seja avançado na boca sob visualização direta até que possa ser
visto no monitor e avançado para a traqueia. Ao usar
videolaringoscópios sem canaleta, o avanço do tubo
endotraqueal às cegas sem visualização direta pode resultar em
lesões tonsilares e faríngeas.

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50
Q

Explique a diferença entre estiletes de tubos traqueais,
introdutores e cateteres de troca de via aérea.

A

Os estiletes de metal maleável são usados para endurecer
e proporcionar curvatura a um tubo traqueal para ajudar a
facilitar a laringoscopia e a intubação traqueal. Um bougie ou
um introdutor é usado quando há uma visão laringoscópica ruim
e dificuldade em passar um tubo traqueal. Eles são moldados
com uma curva próxima da ponta distal, o que facilita a
colocação na via aérea. Um tubo endotraqueal pode ser
avançado sobre o bougie ou o introdutor na via aérea. Os
cateteres de troca de via aérea são projetados para troca de tubos
endotraqueais. Quando colocados antes da extubação, eles
também podem ser deixados na via aérea como um canal para
reintubação no caso de falha na extubação.

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51
Q

Cite alguns dos usos de estiletes de tubos traqueais,
introdutores e cateteres de troca de via aérea

A

Estiletes de tubo endotraqueal, introdutores e cateteres
para troca de via aérea podem ser usados para facilitar intubação
traqueal difícil, troca de tubo traqueal e troca de via aérea
supraglótica por um tubo traqueal.

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52
Q

Quais são algumas das complicações dos estiletes de
tubos traqueais, dos introdutores e dos cateteres de troca de via
aérea?

A

As complicações de estiletes de tubos endotraqueais de
intubação incluem sangramento, dor de garganta e trauma
traqueal. As complicações dos trocadores de tubos traqueais
incluem laceração traqueal/brônquica e perfuração gástrica. Se
for colocado mais fundo, existe risco de perfuração brônquica e
pneumotórax. O uso de ventilação a jato de alta pressão através
do trocador de tubo traqueal pode levar a outras complicações
graves.

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53
Q

Explique como trocar uma via aérea supraglótica por um
tubo endotraqueal usando um cateter de intubação Aintree®.

A

Para trocar uma via aérea supraglótica por um tubo
traqueal, o cateter para troca da via aérea (CTVA) é guiado por
broncofibroscopia ótica. A extremidade distal do
broncofibroscópio ótico não é coberta pelo CTVA para permitir
a manipulação. O CTVA e o broncofibroscópio são então
colocados no lúmen da via aérea supraglótica e avançados como
uma unidade através das cordas vocais na traqueia. O
broncoscópio com fibra ótica é então removido enquanto o
CTVA permanece na traqueia. A via aérea supraglótica é
removida sobre o CTVA e um tubo traqueal é colocado sobre o
CTVA na traqueia. Finalmente, o CTVA é removido.

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54
Q

Quais são algumas das indicações para a intubação traqueal
com fibra óptica?

A

As indicações para a intubação traqueal com fibra óptica
incluem pacientes com via aérea difícil prevista, pacientes com
espinha cervical instável e pacientes que sofreram uma lesão na
via aérea superior por traumatismo contundente ou penetrante.

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55
Q

Quais são as das desvantagens para as intubações
endotraqueais com fibra óptica?

A

As desvantagens da intubação traqueal com fibra óptica são
a necessidade de tempo para configurar e preparar a via aérea do
paciente. Portanto, se for necessário o manejo imediato das vias
aéreas, outra técnica deve ser usada. Além disso, o
broncofibroscópio ótico precisa de espaço para passar. Qualquer
coisa que interfira no tamanho das vias aéreas superiores (edema
da faringe ou língua, infecção, hematoma, massas infiltrantes)
tornará a intubação com fibra ótica mais difícil. Sangue e
secreções nas vias aéreas superiores podem obscurecer a ótica
do broncofibroscópio, dificultando a visualização. Uma
contraindicação relativa à intubação com fibra ótica é a presença
de abscesso faríngeo, que pode ser interrompido à medida que o
tubo traqueal é avançado e resulta em aspiração de material
purulento.

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56
Q

Por que a intubação traqueal com fibra óptica é recomendada
para pacientes com espinha cervical instável?

A

A intubação traqueal através de broncofibroscópia ótica não
requer movimento do pescoço do paciente e pode ser realizada
com o paciente desperto, antes da indução da anestesia geral,
permitindo a avaliação da função neurológica do paciente após
a intubação traqueal e posicionamento cirúrgico.

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57
Q

Por que a intubação traqueal com fibra óptica é recomendada
para pacientes que sofreram uma lesão na via aérea superior por
um trauma contundente ou penetrante?

A

Pacientes que sofreram uma lesão na via aérea superior
derivada de trauma contundente ou penetrante correm o risco de
o tubo traqueal criar uma passagem falsa ao sair da via aérea
através do tecido interrompido durante a laringoscopia direta.
Ao realizar uma intubação com fibra óptica, não somente a lesão
pode ser avaliada, mas também o tubo traqueal pode ser
colocado além do nível da lesão. Isso elimina o risco de causar
enfisema subcutâneo, que pode comprimir e comprometer ainda
mais a via aérea.

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58
Q

Quando é indicada uma intubação traqueal com fibra óptica
em paciente acordado?

A

A intubação traqueal com fibra ótica em paciente desperto é
mais frequentemente escolhida quando uma intubação traqueal
difícil por laringoscopia direta é prevista em um paciente que
seja capaz de cooperar com o procedimento. Através da
intubação antes da indução da anestesia geral, o paciente
mantém permeabilidade das vias aéreas superiores e respirações
espontâneas e pode eliminar o risco de ventilação fracassada e
intubação traqueal sem sucesso. A técnica também não requer
movimento do pescoço do paciente, mantendo assim a
imobilidade da coluna cervical em pacientes com espinha
cervical instável e permite a avaliação da função neurológica do
paciente após a intubação traqueal ou posicionamento cirúrgico.

59
Q

Quais são algumas das vantagens e desvantagens da
intubação traqueal com fibra óptica por via nasal?

A

Em geral, a via nasal é mais fácil do que a via oral para a
intubação traqueal com fibra óptica, pois o ângulo de curvatura
do tubo endotraqueal naturalmente se aproxima do da via aérea
superior do paciente. Além disso, a intubação traqueal nasal com
fibra ótica tende a ser menos um estímulo para o reflexo
faríngeo. Uma desvantagem da intubação traqueal nasal com
fibra ótica é que o risco de induzir sangramento é maior quando
a via nasal é utilizada. Portanto, a via nasal é relativamente
contraindicada em pacientes com anormalidades plaquetárias ou
transtornos de coagulação

60
Q

Por que se deve administrar um antisialagogo antes da
intubação traqueal com fibra óptica?

A

Um antisialagogo (glicopirrolato, 0,2 mg IV) deve ser
administrado antes da intubação traqueal com fibra ótica para
inibir a formação de secreções que podem obscurecer a
visualização por fibra ótica.

61
Q

Quais são as vantagens da anestesia tópica em comparação
com os bloqueios nervosos para a anestesia das vias aéreas?

A

A anestesia tópica para anestesia respiratória é menos
invasiva e mais bem tolerada em pacientes acordados do que os
bloqueios nervosos. A anestesia tópica pode ser tão eficaz
quanto os bloqueios nervosos para a anestesia da via aérea, mas
tem um maior risco de toxicidade anestésica local

62
Q

Por que a lidocaína é o anestésico local tópico preferido para
a via aérea?

A

A lidocaína é o anestésico local tópico preferido para a via
aérea devido à sua ampla janela terapêutica. A benzocaína pode
causar metaemoglobinemia mesmo em doses terapêuticas. A
tetracaína possui uma janela terapêutica muito estreita e a dose
máxima permitida pode ser facilmente ultrapassada. A cetacaína
é uma mistura de benzocaína e tetracaína e tem as desvantagens
de cada anestésico local. A cocaína pode causar efeitos
simpaticomiméticos, tais como taquicardia e hipertensão,
estimulação do sistema nervoso central e pode ter potencial de
abuso.

63
Q

Descreva a preparação da língua e orofaringe para
intubação traqueal com fibra óptica por via nasal ou oral

A

A anestesia tópica da língua e orofaringe pode ser
conseguida por spray ou aplicação direta ou por bloqueios
bilaterais do nervo glossofaríngeo. Para um bloqueio do nervo
glossofaríngeo, cerca de 2 ml de lidocaína a 2% são injetados a
uma profundidade de 0,5 cm (após a primeira confirmação de
aspiração negativa) na base de cada pilar tonsilar anterior.

64
Q

Descreva a preparação do nariz e nasofaringe para
intubação traqueal com fibra óptica por via nasal.

A

A anestesia da mucosa nasal pode ser obtida por spray
(atomização ou nebulização) ou aplicação direta (pomadas, géis
ou soluções para gargarejo) de anestésicos locais na mucosa
nasal. Soluções anestésicas locais também podem ser
aplicadas colocando-se cotonetes ou pedaços de algodão
encharcados nas narinas. A vasoconstricção também é
necessária quando uma intubação nasal é realizada. É
recomendada a vasoconstrição com 0,05% com spray de
oximetazolina HCL.

65
Q

Por que a nebulização do anestésico local é mais eficaz
para fornecer anestesia tópica traqueal do que o spray?

A

A nebulização do anestésico local é mais eficaz para
fornecer anestesia tópica (“topicalização”) da traqueia do que a
pulverização por spray porque o pequeno tamanho de partícula
do anestésico local criado pelo nebulizador é levado de forma
mais eficaz para a traqueia. Contudo, ele também alcança as vias
aéreas menores, onde o anestésico não é necessário e sofre uma
absorção sistêmica mais rápida. O maior tamanho de partícula
anestésica local de um spray faz com que ela seja depositada na
faringe, com apenas uma pequena proporção atingindo a
traqueia.

66
Q

Cite dois bloqueios que podem ser realizados para
fornecer anestesia tópica para laringe e traqueia.

A

Dois bloqueios que podem ser realizados para a anestesia
tópica da laringe e traqueia incluem o bloqueio do nervo laríngeo
superior e o bloqueio transtraqueal. O bloqueio transtraqueal é
projetado para bloquear a distribuição sensorial do nervo
laríngeo recorrente

67
Q

Como minimizar os riscos de trauma/sangramento da
mucosa ou tunelização submucosa com a intubação traqueal por
via nasal?

A

Amolecer o tubo endotraqueal em água morna e lubrificá-
lo antes do uso faz com que seja menos provável que cause
trauma/sangramento mucoso ou tunelização submucosa durante
a intubação traqueal por via nasal.

68
Q

Qual é a utilidade da cânula de intubação oral durante a
intubação traqueal com fibra óptica por via oral?

A

O uso de uma cânula de intubação via oral facilita dirigir
o broncoscópio na linha média e criar espaço durante a intubação
traqueal oral com fibra ótica.

69
Q

Quais são as vantagens de inflar o balonete do tubo
endotraqueal durante a intubação com fibra óptica?

A

A insuflação do balonete do tubo traqueal durante o
avanço com o broncoscópio de fibra ótica na faringe serve para
criar um espaço faríngeo ampliado. Como as secreções tendem
a aderir às paredes da faringe, a insuflação do balonete do tubo
traqueal também ajuda a evitar que a ótica do broncoscópio de
fibra ótica seja obscurecida. O balonete insuflado também visa a
ponta do tubo traqueal anteriormente

70
Q

Como a profundidade do tubo endotraqueal é verificada
durante a intubação com fibra óptica?

A

A profundidade adequada da colocação do tubo
endotraqueal pode ser verificada observando-se a distância entre
a carina e a ponta do tubo endotraqueal à medida que o
broncofibroscópio ótico é retirado.

71
Q

Quais são as possíveis causas de resistência ao avançar o
broncoscópio de fibra óptica?

A

A resistência ao avanço do tubo traqueal geralmente
significa que o tubo traqueal está impactado em uma aritenoide.
Se isso ocorrer, a rotação do tubo traqueal pode ser útil. Forçar
o avanço do tubo traqueal pode resultar em torção do tubo,
avanço pelo esôfago e danos ao broncofibroscópio.

72
Q

Quais são as possíveis causas de resistência ao remover o
broncoscópio de fibra óptica?

A

Se houver alguma resistência ao se remover o
broncofibroscópio, o broncoscópio atravessou o olho de Murphy
ou está torcido na faringe. Em ambos os casos, o tubo traqueal e
o broncofibroscópio devem ser retirados juntos para evitar
danificar o aparelho.

73
Q

Por que a visualização é mais difícil durante a intubação
traqueal com fibra óptica no paciente adormecido?

A

Uma diferença importante na realização de laringoscopia
com fibra ótica em um paciente anestesiado é que os tecidos
moles da faringe, em comparação com o estado desperto, tendem
a relaxar e limitar o espaço para visualização com o
broncoscópio de fibra ótica. O uso da elevação da mandíbula, o
uso de vias aéreas especializadas, a expansão do balonete do
tubo traqueal na faringe, ou aplicação de tração na língua pode
superar esse problema. É aconselhável ter uma segunda pessoa
treinada na distribuição de anestesia dando assistência quando
uma intubação traqueal com fibra ótica é realizada sob anestesia
geral, pois é difícil manter a via aérea do paciente, estar atento
aos monitores e realizar a intubação por fibra ótica sozinho.

74
Q

Descreva a técnica de intubação traqueal nasal às cegas.

A

A intubação nasotraqueal às cegas envolve o avanço de um
tubo traqueal cegamente do nariz para o interior da traqueia,
enquanto escuta sons de respiração ou conecta o tubo traqueal a
um circuito de anestesia e observa o CO2 ao final da expiração.
No entanto, esta técnica raramente é utilizada para o manejo de
vias aéreas difíceis, já que existem inúmeros outros dispositivos
disponíveis para o manejo de vias aéreas difíceis.

75
Q

Como são dimensionados os tubos traqueais?

A

Os tubos traqueais são dimensionados de acordo com o seu
diâmetro interno (ID), que está marcado em cada tubo. Eles
estão disponíveis em incrementos de ID de 0,5 mm.

76
Q

. Por que os tubos traqueais são radiopacos e transparentes?

A

Os tubos traqueais são radiopacos para verificar
radiograficamente a posição da ponta distal em relação à carina.
Eles são transparentes para permitir a visualização de secreções
ou fluxo de ar como evidenciado pela condensação de vapor
d’água no lúmen do tubo (“nevoeiro de respiração”) durante a
expiração.

77
Q

Por que se dá preferência aos balonetes de baixa pressão e
alto volume nos tubos traqueais?

A

A pressão sobre a parede traqueal é minimizada com o uso
de um balonete de tubo traqueal de baixa pressão e alto volume.
O balonete precisa ser insuflado para facilitar a ventilação com
pressão positiva dos pulmões e diminuir o risco de aspiração do
conteúdo gástrico. O uso do volume mínimo de ar no balonete
que previne vazamentos de ar durante a pressão de ventilação
positiva (20 a 30 cm H2O) também minimiza a probabilidade de
isquemia mucosa derivada da pressão prolongada sobre a parede
traqueal.

78
Q

Quais são algumas das complicações graves atribuíveis a
pressões excessivas do balonete traqueal?

A

Complicações graves atribuíveis a pressões excessivas do
balonete do tubo traqueal incluem estenose traqueal, ruptura
traqueal, fístula traqueoesofágica, fístula arterial
traqueocarotídea e fístula traqueoinominada.

79
Q

Quais são alguns dos métodos para confirmar a colocação
correta de um tubo traqueal?

A

A confirmação do posicionamento do tubo traqueal na
traqueia é verificada pela identificação de dióxido de carbono no
volume corrente expirado do paciente e por exame físico. A
presença de dióxido de carbono nos gases expirados do tubo
traqueal, tal como detectada pela capnografia (PCO2 ao final da
expiração > 30 mm Hg por três a cinco respirações
consecutivas), deve ser imediata e sustentada. Elevação
simétrica do tórax com ventilação manual, sons respiratórios
bilaterais e ausência de sons respiratórios sobre o epigástrio são
confirmados após a intubação traqueal. A palpação do balonete
do tubo traqueal na fúrcula esternal pode ajudar a determinar a
intubação traqueal versus endobrônquica.

80
Q

Descreva o movimento do tubo traqueal durante a flexão e
extensão da cabeça.

A

A flexão da cabeça do paciente pode avançar a colocação
traqueal do tubo traqueal, convertendo-se em intubação
endobrônquica, especialmente em crianças. Por outro lado, a
extensão da cabeça pode retirar o tubo e resultar na colocação
faríngea e extubação da traqueia.

81
Q

Qual é o propósito da pressão cricoide e quando deve ser
usada?

A

Espera-se que a pressão cricoide (manobra de Sellick) evite
o derramamento de conteúdo gástrico na faringe durante o
período de indução da anestesia (inconsciência) até a colocação
bem-sucedida de um tubo traqueal com balonete. O uso da
pressão cricoide continua controverso. Provavelmente, deve ser
considerado em pacientes selecionados com alto risco de
regurgitação durante a indução, mas deve ser desconsiderado se
impedir a oxigenação, a ventilação ou a visão das estruturas
glóticas.

82
Q

Como é realizada a pressão cricoide?

A

Um assistente deve exercer pressão externa descendente com
o polegar e o indicador na cartilagem cricoide para deslocar o
anel cricotireóideo cartilaginoso posteriormente e, assim,
comprimir o esôfago superior subjacente contra as vértebras
cervicais. A magnitude recomendada de pressão externa para
baixo é de 30 newtons, mas essa pressão é difícil de ser aferida.

83
Q

Quais são algumas das possíveis complicações da pressão
cricoide?

A

As possíveis complicações da pressão cricoide incluem
aumento da dificuldade de ventilação com máscara ou a piora da
visão laringoscópica, náuseas, vômitos e ruptura esofágica.

84
Q

Em que situações as técnicas transtraqueais são mais
utilizadas? Quais são as diferentes técnicas transtraqueais que
podem ser usadas?

A

Em situações nas quais a ventilação e a intubação não
tenham sido bem-sucedidas apesar do uso de uma via aérea
supraglótica, deve-se usar o acesso invasivo de emergência. O
acesso invasivo de emergência consiste em via aérea percutânea
ou cirúrgica, ventilação a jato e intubação retrógrada.

85
Q

Quais são os preditores de acesso difícil através da
membrana cricotireóidea?

A

Os preditores do acesso difícil através da membrana
cricotireóidea incluem circunferência do pescoço aumentada,
patologia cervical e deformidade da coluna cervical.

86
Q

O que é uma cricotireoidotomia e quando costuma ser
realizada?

A

Uma cricotireoidotomia envolve a colocação de um tubo
traqueal através da membrana cricotireóidea. Pode ser feita
usando-se técnica percutânea ou cirúrgica. A cricotireoidotomia
pode ser um procedimento salvador em uma situação de
“impossível intubar, impossível ventilar” ou pode ser usada
como uma técnica de primeira linha para garantir a via aérea
quando o uso de uma técnica menos invasiva não é possível
devido a fatores como trauma facial, sangramento das vias
aéreas superiores ou obstrução das vias aéreas superiores.

87
Q

Descreva uma cricotireoidotomia percutânea.

A

A cricotireoidotomia percutânea usa a técnica de Seldinger
na qual uma agulha é avançada em um ângulo de 90 graus
através da membrana cricotireóidea enquanto se aspira com uma
seringa anexada. A mudança de resistência é sentida como um
estalo quando a agulha entra na traqueia e o ar é aspirado. A
agulha deve, então, ser angulada em um ângulo de 30 a 45 graus
e dirigida caudalmente. Um fio-guia é avançado através da
agulha e, então, a agulha é removida e uma combinação
dilatador e via aérea de calibre adequado (> 4 mm) é colocada.
Finalmente, o fio e o dilatador são removidos, deixando a via
aérea no lugar.

88
Q

Descreva uma cricotireoidotomia cirúrgica.

A

A técnica de cricotireoidotomia cirúrgica envolve uma
incisão vertical ou horizontal na pele, seguida de uma incisão
horizontal através da membrana cricotireóidea, através da qual é
colocado um tubo traqueal padrão ou um tubo de traqueostomia.
Um gancho traqueal, dilatador, cateter para troca da via aérea ou
bougie pode auxiliar na inserção da via aérea.

89
Q

Quais são as possíveis complicações da cricotireoidotomia?

A

As possíveis complicações de uma cricotireoidotomia
incluem hemorragia, lesão laríngea ou traqueal, infecção e
estenose subglótica.

90
Q

Descreva como o acesso para a ventilação transtraqueal a
jato é obtido.

A

A ventilação transtraqueal a jato é obtida através da
colocação de um cateter sobre a agulha na traqueia através da
membrana cricotireóidea. A membrana cricotireóide deve ser
identificada, e um cateter sobre uma agulha conectada a uma
seringa deve perfurar a membrana em um ângulo de 90 graus até
o ar ser aspirado. O cateter deve ser avançado para fora da agulha
na traqueia em um ângulo de 30 a 45 graus caudalmente. Depois
de reconfirmar o posicionamento correto pela aspiração do ar, o
cateter deve ser conectado a uma fonte de oxigênio de alta
pressão.

91
Q

Quais são as possíveis complicações da ventilação
transtraqueal a jato?

A

As possíveis complicações da ventilação transtraqueal a
jato incluem pneumotórax, pneumomediastino, sangramento,
infecção e enfisema subcutâneo. A ventilação transtraqueal a
jato não deve ser realizada quando há obstrução das vias aéreas
superiores ou qualquer distúrbio das vias aéreas.

92
Q

Descreva como uma intubação traqueal retrógrada é
realizada.

A

A intubação traqueal retrógrada permite a intubação sem
identificação da entrada glótica. A membrana cricotireóidea é
perfurada com uma agulha em um ângulo de 90 graus enquanto
se aspira com uma seringa conectada. Uma vez na traqueia, a
seringa é desconectada e um guia (geralmente um fio ou um
cateter) é passado através da agulha em direção cefálica. Ele é
recuperado na boca ou nariz. Um tubo traqueal, com ou sem um
laringoscópio, é passado sobre o fio até que pare ao atingir a
parede anterior da traqueia. A tensão no guia pode ser relaxada
para permitir que o tubo traqueal passe mais para dentro da
traqueia antes da remoção do fio. A intubação traqueal
retrógrada não deve ser realizada em pacientes com patologia
anterior do pescoço (tumores, infecção) ou coagulopatia.

93
Q

Por que a extubação traqueal durante um nível de anestesia
superficial é perigosa?

A

A extubação traqueal após anestesia geral deve ser realizada
quando o paciente está profundamente anestesiado ou
completamente acordado. A extubação traqueal durante um
nível de anestesia superficial (olhar desconjugado, apneia ou
tosse, e ausência de respostas a comandos) aumenta o risco de
laringoespasmo.

94
Q

Quais são os passos da extubação traqueal?

A

Antes da extubação, os pacientes devem ser colocados em
100% de oxigênio e qualquer bloqueio neuromuscular residual
deve ser revertido. Os critérios para a extubação de rotina, tais
como respirações espontâneas com ventilação minuto adequada,
oxigenação e estado ácido-base satisfatórios e estabilidade
hemodinâmica, devem ser atendidos. A orofaringe é aspirada, e
um bloqueador de mordida deve ser colocado para evitar oclusão
do tubo traqueal, se não estiver já presente. Para a extubação
profunda, a anestesia adequada deve ser confirmada e os
pacientes acordados devem ser capazes de seguir os comandos.
Em seguida, o tubo traqueal pode ser removido por
esvaziamento do balonete do tubo endotraqueal e remoção
rápida do tubo da traqueia e via aérea superior do paciente,
enquanto uma respiração de pressão positiva é fornecida para
ajudar a expulsar secreções. Após a extubação traqueal, 100%
de oxigênio é fornecido pela máscara facial. A patência das vias
aéreas, a ventilação e a oxigenação são então confirmadas

95
Q

O que é laringoespasmo? Quando é mais provável que
ocorra?

A

. O laringoespasmo é um espasmo/fechamento involuntário
das cordas vocais que pode se apresentar como um estridor ou
tentativas de respiração sem troca de ar. O laringoespasmo pode
ocorrer durante a extubação traqueal, particularmente sob
um nível leve de anestesia quando as cordas vocais são
estimuladas por muco, sangue ou outras substâncias.

96
Q

Quais são os benefícios, indicações e contraindicações para
a extubação antes do retorno dos reflexos protetores das vias
aéreas (extubação profunda)?

A

A extubação traqueal antes do retorno dos reflexos
protetores das vias aéreas (extubação traqueal em plano
profundo), geralmente, está associada a menos tosse e efeitos
hemodinâmicos atenuados durante uma emergência. Isso pode
ser preferido em pacientes com risco de efeitos adversos de
aumento da pressão intracraniana ou intraocular, hemorragia na
ferida cirúrgica ou deiscência da ferida. Um episódio anterior de
ventilação difícil com máscara facial ou de intubação traqueal
difícil, alto risco de aspiração, acesso restrito à via aérea, apneia
obstrutiva do sono ou obesidade, e um procedimento cirúrgico
que possa ter resultado em edema da via aérea, sangramento ou
irritabilidade aumentada são contraindicações relativas à
extubação traqueal profunda.

97
Q

Quais são algumas das possíveis complicações da intubação
traqueal?

A

Possíveis complicações da intubação traqueal podem ser
divididas em aquelas ocorridas durante laringoscopia e
intubação traqueal, aquelas que ocorrem enquanto o tubo
traqueal está colocado e aquelas que podem ocorrer após a
extubação da traqueia. Os riscos da laringoscopia direta e
intubação traqueal incluem danos dentários, lesões orais ou
faríngeas, lacerações e contusões nos lábios e danos laríngeos,
aritenoides, esofágicos ou traqueais. Hipertensão sistêmica,
taquicardia, aumentos da pressão intracraniana e aspiração de
conteúdo gástrico também podem ocorrer durante esse período.
Durante a intubação traqueal, possíveis complicações incluem
obstrução, intubação endobrônquica acidental, extubação
acidental e vazamento do balonete do tubo traqueal. As
complicações que podem ocorrer após a extubação da traqueia
incluem edema, laringoespasmo, broncoespasmo, aspiração de
conteúdo gástrico, faringite, laringite, estenose traqueal,
paralisia das cordas vocais e deslocamento da cartilagem
aritenoide.

98
Q

Quais são as causas dos principais eventos adversos
relacionados à via aérea após a extubação traqueal?

A

Após a extubação traqueal, os principais eventos adversos
relacionados às vias aéreas são frequentemente decorrentes da
obstrução das vias aéreas por edema laríngeo, laringoespasmo
ou broncoespasmo.

99
Q

Como o laringoespasmo deve ser tratado?

A

Se ocorrer laringoespasmo, o oxigênio administrado com
pressão positiva através de uma máscara facial e elevação da
mandíbula pode ser um tratamento suficiente. A administração
de succinilcolina ou medicamento anestésico, como o propofol,
é indicado se o laringoespasmo persistir.

100
Q

Qual é a principal complicação da intubação traqueal
prolongada e como isso pode ser potencialmente prevenido?

A

A principal complicação da intubação traqueal prolongada
(> 48 horas) é o dano à mucosa traqueal, que pode progredir para
a destruição dos anéis cartilaginosos e posterior cicatriz fibrosa
e estenose traqueal. O uso de balonetes de alto volume e baixa
pressão e manutenção das pressões do balonete em menos de
25 cm de H2O pode ajudar a evitar esta complicação.

101
Q

. Quais são algumas das diferenças entre a via aérea do bebê
e do adulto? Em que idade a via aérea superior pediátrica assume
características mais semelhantes às dos adultos?

A

As diferenças entre a via aérea infantil e adulta incluem o
posicionamento da laringe no pescoço, tamanho da língua,
tamanho da epiglote, tamanho da cabeça em relação ao corpo,
comprimento do pescoço, tamanho das narinas e localização do
ponto de maior estreitamento. Geralmente, no momento em que
a criança atinge cerca de 10 anos de idade, as vias aéreas
superiores já assumiram características mais adultas.

102
Q

Em que nível do pescoço a laringe está localizada em bebês
em comparação com os adultos? Que efeito isso tem na língua?

A

A laringe infantil está localizada mais alta no pescoço, ao
nível de C3-C4. Em adultos, a laringe está no nível de C4-C5.
Em bebês, a laringe nesse nível faz com que a língua se desloque
mais para cima, mais perto do palato. A língua se opõe mais
facilmente ao palato, o que pode causar obstrução das vias aéreas
em situações como a indução de anestesia inalatória.

103
Q

A língua do bebê, em proporção ao tamanho da boca, é
maior ou menor do que a língua de um adulto? Quais são as
consequências disso?

A

A língua de um bebê é maior em proporção ao tamanho da
boca do que a de um adulto. O tamanho relativamente grande da
língua torna a laringoscopia direta mais difícil e pode contribuir
para a obstrução das vias aéreas superiores durante sedação,
indução de anestesia inalatória ou emergência anestésica.

104
Q

Como a epiglote de um bebê difere da epiglote de um
adulto?

A

A epiglote na via aérea de um bebê é, muitas vezes, descrita
como relativamente maior, mais rígida e mais em forma de
ômega do que uma epiglote adulta. Mais importante ainda, a
epiglote de um bebê é geralmente inclinada em uma posição
mais posterior, bloqueando a visualização das cordas vocais
durante a laringoscopia direta. Durante a laringoscopia direta em
bebês e crianças pequenas, pode ser necessário levantar a
epiglote com a ponta da lâmina do laringoscópio para visualizar
as cordas vocais.

105
Q

Qual é a porção mais estreita da via aérea de um bebê?

A

A porção mais estreita da via aérea de um bebê está na
cartilagem cricoide, enquanto a parte mais estreita da via aérea
de um adulto está nas cordas vocais.

106
Q

Descreva o melhor posicionamento da cabeça e pescoço de
um bebê durante a laringoscopia direta.

A

A cabeça e o occipício de uma criança são relativamente
maiores do que os de um adulto. A posição adequada para a
laringoscopia direta e intubação traqueal em um adulto costuma
ser descrita como a “olfativa”, com a cabeça elevada e o pescoço
flexionado em C6-C7 e estendido em C1-C2. Um bebê, por
outro lado, exige um coxim de ombro ou de pescoço para
estabelecer uma posição ideal para a ventilação com máscara
facial e laringoscopia direta.

107
Q

O que é diferente a respeito das narinas de um bebê em
comparação com as de um adulto? Por que isso é importante?

A

As narinas de um bebê são relativamente menores do que
as de um adulto. Isso pode oferecer uma resistência significativa
ao fluxo de ar e aumentar o trabalho de respiração,
especialmente quando secreções, edema ou sangramento as
estreitam.

108
Q

Como o consumo de oxigênio por quilograma se compara
entre bebês e adultos? Por que isso é importante?

A

O consumo de oxigênio por quilo é muito maior em bebês
do que em adultos. A importância clínica disso é que, mesmo
após a pré-oxigenação, há menos tempo permitido para a
intubação traqueal antes do bebê dessaturar.

109
Q

Quais são algumas das perguntas aos pais a respeito da
história do paciente pediátrico que são importantes para o
manejo das vias aéreas?

A

As perguntas para os pais sobre o histórico do paciente
pediátrico que são importantes para o manejo das vias aéreas
incluem questões sobre o histórico de problemas prévios nas vias
aéreas e se há síndromes associadas ao manejo difícil das vias
aéreas. Os pais devem ser perguntados se há histórico de ronco.
O ronco em bebês ou crianças deve induzir questionamentos
adicionais sobre se a criança tem apneia obstrutiva do sono e
deve alertar o anestesiologista de que a obstrução respiratória
pode se desenvolver durante as fases de indução e despertar da
anestesia, bem como no pós-operatório. Isto é particularmente
preocupante se opioides forem administrados para o manejo da
dor. Os pais também devem ser perguntados se a criança tem
dentes soltos. Pode ser benéfico remover dentes muito soltos
antes de proceder com o manejo das vias aéreas para evitar a
possibilidade de avulsão dentária e aspiração.

110
Q

Por que a pré-medicação é útil na anestesia pediátrica?

A

A medicação pré-anestésica pode facilitar a separação do
bebê ou criança dos pais antes da indução da anestesia. A
medicação pré-anestésica também pode facilitar a indução
inalatória da anestesia em bebês e crianças. A medicação pré-
anestésica, muitas vezes, não é necessária em bebês com menos
de 6 meses porque a ansiedade quanto a estranhos, geralmente,
não se desenvolve até 6 a 9 meses de idade.

111
Q

Qual é a dose de pré-medicação de midazolam oral para
bebês ou crianças?

A

Para bebês ou crianças, a pré-medicação com xarope de
midazolam (2 mg/ml) pode ser administrada por via oral numa
dose de 0,5 mg/kg até uma dose máxima de cerca de 20 mg.

112
Q

Se uma criança não é cooperativa durante a administração
de midazolam oral como pré-medicação, quais outras opções
estão disponíveis?

A

Se a criança não cooperar com a administração de
midazolam oral e a medicação pré-anestésica for essencial, o
midazolam também pode ser administrado por via intranasal,
intramuscular ou retal. Se necessário, a cetamina pode ser
administrada por via intramuscular numa dose de cerca de
3 mg/kg.

113
Q

Descreva uma indução inalatória em uma criança. Quando
o óxido nitroso deve ser descontinuado?

A

Em uma criança sem um cateter intravenoso colocado, a
indução da anestesia com uma mistura inodora de óxido nitroso
e oxigênio através de máscara facial e, em seguida, aumentar
lentamente a concentração de sevoflurano é a melhor abordagem
em uma criança cooperativa. Quando o bebê ou a criança ficam
inconscientes, o óxido nitroso deve ser desligado para a
administração de 100% de oxigênio.

114
Q

Descreva as manobras para superar a obstrução das vias
aéreas durante a indução com máscara em bebês e crianças.

A

Existem várias manobras para aliviar a obstrução das vias
aéreas durante a indução com máscara em bebês e crianças. O
primeiro passo é abrir a boca, estender o pescoço e aplicar
pressão anterior no ângulo da mandíbula. Pode ser necessário
inserir uma via aérea oral ou uma via aérea nasal.
Ocasionalmente, pode ser necessário inserir uma via aérea
supraglótica.

115
Q

O que determina o tamanho adequado de uma máscara
laríngea (ML) para uso em bebês e crianças?

A

O peso do bebê ou da criança determina o tamanho
apropriado da máscara laríngea (ML).

116
Q

Descreva a diferença entre a pressão do balonete e a pressão
de vazamento em um dispositivo supraglótico.

A

A pressão do balonete é a pressão real do balonete da via
aérea supraglótica e é medida com um manômetro em cm H2O.
A pressão de vazamento é medida pelo fechamento lento da
válvula limitadora de pressão ajustável (APL) para
aumentar lentamente o nível de pressão positiva que é fornecida
pelo circuito de anestesia. A pressão de vazamento é a pressão
na qual primeiro se ouve o vazamento de ar ao redor do balonete
do dispositivo supraglótico. Com dispositivos supraglóticos, é
comum que as pressões do balonete sejam maiores que as
pressões de vazamento.

117
Q

Qual a vantagem que a máscara laríngea de intubação
(MLI) Air-Q® tem em relação a uma ML em pacientes
pediátricos?

A

A principal vantagem da máscara laríngea de intubação
(MLI) Air-Q® em comparação com uma ML é o design que
facilita a intubação traqueal com tubos endotraqueais orais
padrão. O tubo de via aérea tem um diâmetro maior que a ML,
o que permite a intubação com um tubo endotraqueal maior que
a ML de tamanho correspondente. Além disso, a MLI Air-Q®
pode ser usada com um estilete de remoção de MLI
especialmente projetado, que estabiliza o tubo endotraqueal e
permite a remoção controlada da MLI sem deslocar o tubo da
traqueia.

118
Q

Que fórmula costuma ser usada para estimar o tamanho
adequado de um tubo traqueal para bebês e crianças? Esta
fórmula é para tubos traqueais com balonete ou sem balonete?

A

O tubo traqueal de tamanho adequado para bebês e crianças
pode ser estimado usando-se a seguinte fórmula:
(idade + 16)/4 = tamanho do tubo traqueal. Esta fórmula é para
tubos traqueais sem balonete

119
Q

Como a fórmula é utilizada para estimar o tamanho
adequado de um tubo traqueal para bebês e crianças adaptados
para tubos endotraqueais com balonete?

A

Ao usar um tubo endotraqueal com balonete em bebês e
crianças, a fórmula utilizada para estimar o tamanho apropriado
do tubo traqueal sem balonete deve ser adaptada. Para adaptar a
fórmula, é necessário subtrair metade de um tamanho do
tamanho calculado para estimar o tamanho apropriado de um
tubo traqueal com balonete.

120
Q

Quais são as vantagens dos tubos traqueais com balonete
em comparação com os sem balonete em bebês e crianças?
Quais são as desvantagens?

A

As vantagens dos tubos endotraqueais com balonete em
bebês e crianças são que (1) minimizam a necessidade de
laringoscopia repetida, (2) permitem menores fluxos de gás
fresco, (3) diminuem a quantidade de agente inalatório usado e
(4) diminuem as concentrações de gases anestésicos detectáveis
nas salas cirúrgicas. A desvantagem de um tubo traqueal com
balonete em comparação com um tubo traqueal sem balonete é
que é necessário um tubo menor com balonete e ele pode
aumentar a resistência através do tubo e do trabalho de
respiração.

121
Q

Quais são as possíveis complicações de usar um tubo
traqueal sem balonete grande demais ou um tubo traqueal com
balonete superinflado?

A

Se for utilizado um tubo traqueal sem balonete muito
grande ou um tubo traqueal com balonete superinsuflado, a
mucosa traqueal será comprimida, causando edema subglótico,
tanto no nível da cartilagem cricoide quanto abaixo. Esta
complicação pode resultar em crupe pós-extubação em casos
leves e estenose traqueal em casos mais graves envolvendo
intubação traqueal prolongada.

122
Q

Os tubos traqueais com balonete são associados a uma
maior incidência de crupe pós-extubação em comparação com
os tubos traqueais sem balonete?

A

O uso de tubos traqueais com balonete não aumenta a
incidência de crupe pós-extubação, em comparação com o uso
de tubos traqueais sem balonete.

123
Q

Qual é a pressão de vazamento apropriada quando se usam
tubos endotraqueais sem balonete em bebês e crianças?

A

A pressão de vazamento ao usar tubos traqueais sem
balonete em bebês e crianças deve ser de 20 a 25 cm H2O. Se a
pressão de vazamento for muito alta, deve-se usar um tubo
traqueal menor e se a pressão de vazamento for muito baixa,
deve-se usar um tubo traqueal maior.

124
Q

Qual é a pressão adequada do balonete para tubos traqueais
usados em bebês e crianças? Qual é a melhor maneira de medir
a pressão do balonete?

A

A pressão do balonete deve ser de 20 a 25 cm H2O quando
se utilizam tubos traqueais com balonete em bebês e crianças, e
deve ser medida com um manômetro

125
Q

Quais são as três vantagens que os tubos traqueais
Microcuff® proporcionam em comparação com os tubos
traqueais com balonete convencionais de uso pediátrico?

A

Os novos tubos traqueais pediátricos Microcuff® parecem
oferecer várias vantagens distintas em relação aos tubos
traqueais pediátricos convencionais. Os tubos traqueais
Microcuff® possuem um balonete que é feito de uma membrana
de poliuretano microfina que é mais forte do que os balonetes
convencionais e selam a via aérea com pressões inferiores do
balonete do que os tubos endotraqueais convencionais. Isso
reduz o potencial de edema da mucosa e crupe pós-extubação. O
balonete do tubo traqueal Microcuff® também é mais curto e
colocado mais perto da ponta do tubo endotraqueal, aumentando
as chances de colocação correta do tubo endotraqueal. O tubo
traqueal Microcuff® também possui uma marca de
profundidade de intubação, que indica a profundidade correta
para inserção e também aumenta a capacidade de colocação
correta.

126
Q

Quais são as vantagens e desvantagens das lâminas para
laringoscópio retas em comparação com as lâminas curvas para
a intubação de bebês e crianças?

A

As vantagens das lâminas de laringoscópio retas para a
intubação de bebês e crianças pequenas são: (1) elas apresentam
um perfil menor que se encaixa mais facilmente nas bocas
menores dos bebês e crianças, e (2) elas apresentam uma ponta
menor que eleva mais eficientemente a epiglote para fornecer
uma melhor visão das cordas vocais. A desvantagem de uma
lâmina reta é que ela não afasta a língua muito bem para o lado
esquerdo da boca. Uma lâmina curva possui uma flange maior
que afasta a língua para a esquerda de forma mais eficaz e pode
ser útil em certas populações de pacientes em que a língua é
maior do que o normal.

127
Q

Descreva os tamanhos mais úteis de lâminas de
laringoscópio de acordo com a idade

A

Para bebês com menos de 1 ano, uma lâmina para
laringoscópio reta Miller® 1 é mais útil. Para crianças entre 1 e
3 anos de idade, uma lâmina para laringoscópio reta 1½, tal
como uma Wis-Hipple®, costuma ser útil. Uma lâmina para
laringoscópio reta mais longa, tal como uma Miller 2, é
apropriada para a maioria das crianças entre 3 e 10 anos de idade.
As traqueias de crianças com idade superior a 11 anos costumam
ser mais facilmente intubadas com uma lâmina para
laringoscópio curva, como uma Macintosh 3. Lâminas de
laringoscópio retas e curvas de vários tamanhos devem estar
sempre disponíveis.

128
Q

Quais são as vantagens dos videolaringoscópios em
comparação com a laringoscopia direta em bebês e crianças?
Quais são as desvantagens?

A

As vantagens dos videolaringoscópios em comparação com
a laringoscopia direta em bebês e crianças incluem (1)
capacidade de visualização da abertura da glote e cordas vocais
sem alinhamento dos eixos oral, faríngeo e laríngeo; (2)
capacidade melhorada de visualização da abertura da glote e
cordas vocais em pacientes com extensão limitada do pescoço,
mandíbulas hipoplásicas ou via aérea anterior; e (3) capacidade
de explicação, uma vez que o aluno e o professor podem
visualizar o monitor ao mesmo tempo. As desvantagens incluem
o requisito de abertura adequada da boca e a necessidade
potencial de aumentar o tempo de intubação.

129
Q

Descreva os diferentes tamanhos e modelos de
GlideScope® de acordo com a idade e peso

A

Os diferentes tamanhos e modelos do GlideScope® de
acordo com a idade e o peso do paciente são: GVL 0 é projetado
para bebês com peso inferior a 2,5 kg, GVL 1 para bebês de 2,5
a 5,0 kg, GVL 2 para bebês de 5 a 15 kg, e GVL 2,5 para crianças
de 15 a 30 kg. O Glidescope Titanium S3 ou T3 é recomendado
para crianças e adolescentes de 30 a 70 kg e o Titanium S4 ou
T4 para adolescentes com mais de 70 kg.

130
Q

Descreva as limitações dos broncoscópios flexíveis com
fibra óptica utilizados em bebês e crianças.

A

As limitações dos broncoscópios flexíveis de fibra ótica
menores usados em bebês e crianças pequenas incluem (1)
campo de visão limitado, (2) visão que é facilmente obscurecida
por secreções ou sangramento, (3) ótica inferior em comparação
com broncoscópios maiores para adultos devido a menos feixes
de fibra ótica, e (4) ausência de canal de sucção.

131
Q

Uma intubação traqueal com fibra óptica em paciente
acordado é, geralmente, uma opção para o manejo de via aérea
difícil esperada em bebês e crianças?

A

É improvável que bebês e crianças cooperem com
procedimentos como a intubação traqueal com fibra ótica em
paciente acordado, por isso, geralmente, é necessário induzir
anestesia e manejar a via aérea difícil nesses pacientes enquanto
estão dormindo

132
Q

Qual é o vasoconstritor mais seguro para aplicação na
mucosa nasal para a realização de intubação traqueal nasal com
fibra óptica em bebês e crianças?

A

O vasoconstritor mais seguro para aplicação na mucosa
nasal durante a realização de uma intubação traqueal nasal com
fibra ótica em bebês ou crianças é a oximetazolina HCl 0,05%
em spray nasal. A fenilefrina aplicada na mucosa nasal em bebês
e crianças foi associada a casos de toxicidade por fenilefrina.

133
Q

. Qual é o primeiro passo mais importante quando ocorre
uma via aérea difícil inesperada em pacientes pediátricos?

A

Quando uma via aérea difícil inesperada aparece em
pacientes pediátricos, o primeiro passo mais importante é pedir
ajuda a um colega anestesiologia.

134
Q

Em uma situação difícil de intubação pediátrica, por que
tentativas repetidas de laringoscopia direta devem ser evitadas?
O que deve ser feito em vez disso?

A

Em uma situação de intubação pediátrica difícil, é
fundamental não persistir com tentativas repetidas de
laringoscopia direta, que podem resultar em traumatismo na via
aérea superior, edema e sangramento. Na maioria das situações,
uma via aérea supraglótica deve ser inserida para fornecer uma
via aérea para oxigenar e ventilar o paciente e dar tempo para
obter profissionais e equipamentos adicionais. Uma via aérea
supraglótica pode ser a única maneira de manter uma via aérea
até o paciente acordar ou até o estabelecimento de uma via aérea
cirúrgica. Uma via aérea supraglótica também é um excelente
canal para a intubação com fibra ótica.

135
Q

. Quais profissionais e equipamentos devem estar presentes
na sala cirúrgica antes da indução da anestesia em um paciente
pediátrico com dificuldade esperada na via aérea?

A

Para uma via aérea difícil esperada no paciente pediátrico,
um anestesiologia adicional deve estar disponível para ajuda
durante a indução da anestesia, obtendo um acesso venoso e
protegendo a via aérea. Um cirurgião capaz de estabelecer uma
via aérea cirúrgica e equipamentos de emergência devem estar
na sala de cirurgia antes do início da indução da anestesia.

136
Q

Por que a extubação traqueal em bebês e crianças é mais
arriscada que em adultos?

A

Bebês e crianças pequenas, quando comparados a adultos,
correm maior risco de crupe, estridor e laringoespasmo após
extubação traqueal.

137
Q

Qual é a razão mais comum para o crupe pós-extubação em
bebês e crianças? Quais são outros fatores de risco para o crupe
pós-extubação em bebês e crianças?

A

O crupe ocorre mais comumente quando se usa um tubo
endotraqueal sem balonete que seja muito grande ou um tubo
endotraqueal com balonete superinsuflado. A pressão mecânica
resultante sobre a mucosa traqueal provoca congestão venosa e
edema, e, em casos graves, pode até comprometer o
fornecimento de sangue arterial, causando isquemia mucosa. O
edema resultante pode reduzir o lúmen traqueal, especialmente
em bebês e crianças pequenas. Como a resistência ao fluxo em
um tubo endotraqueal é inversamente proporcional ao raio do
lúmen à quarta potência, 1 mm de edema na via aérea de um
bebê é muito mais significativo do que 1 mm de edema em uma
via aérea adulta. Outros fatores de risco para o crupe pósextubação incluem múltiplas tentativas de intubação traqueal,
posicionamento incomum da cabeça durante a cirurgia, aumento
da duração da cirurgia, e procedimentos envolvendo a via aérea
superior, tais como uma broncoscopia rígida.

138
Q

Quais são as manifestações clínicas do crupe pósextubação?

A

Um bebê ou criança com crupe pós-extubação, geralmente,
tem desconforto respiratório na unidade de cuidados pósanestésicos. Batimento da aleta do nariz, retrações, frequência
respiratória aumentada, estridor audível e saturação de oxigênio
diminuída são achados clínicos comuns.

139
Q

Como o crupe pós-extubação é tratado em bebês e crianças?

A

O tratamento do crupe ou estridor pós-extubação em bebês
e crianças depende do grau de desconforto respiratório.
Sintomas leves podem ser manejados com oxigênio umidificado
e observação prolongada na unidade de cuidados pósanestésicos. Casos mais graves podem exigir adrenalina
racêmica em aerossol e observação pós-operatória em uma
unidade de terapia intensiva. Os pacientes cujo desconforto
respiratório é grave e não aliviado com essas medidas podem
precisar ser reintubados com um tubo traqueal menor do que o
utilizado anteriormente. Esteroides administrados por via
venosa para prevenir o edema das vias aéreas superiores são
mais benéficos quando administrados antes que a via aérea seja
instrumentada e devem ser administrados antes de
procedimentos tais como a broncoscopia rígida.

140
Q

Quais são os riscos pós-operatórios associados a pacientes
pediátricos com apneia obstrutiva do sono?

A

Bebês e crianças com apneia obstrutiva do sono apresentam
risco significativo de obstrução das vias aéreas, distúrbios
respiratórios e potencial de apneia no pós-operatório. Na linha
de base, esses bebês e crianças hipoventilam, o que resulta em
hipercapnia e, muitas vezes, hipoxemia arterial durante o sono.
Anestésico inalatório residual ou bloqueio neuromuscular
residual pode deprimir os reflexos das vias aéreas, o tônus e a
força dos músculos esqueléticos e o impulso respiratório,
resultando em comprometimento significativo das vias aéreas
em bebês e crianças com apneia obstrutiva do sono.

141
Q

Descreva a extubação traqueal e a monitorização pósoperatória para bebês e crianças com apneia obstrutiva do sono

A

A extubação traqueal em pacientes com apneia obstrutiva
do sono deve ser considerada apenas quando esses bebês e
crianças estão completamente acordados. Todos os bebês e
crianças com apneia obstrutiva do sono devem ser monitorados
no pós-operatório com oximetria de pulso e monitoramento de
apneia. Os pacientes de alto risco devem ser monitorados no pósoperatório em uma unidade de terapia intensiva. Os opioides
devem ser cuidadosamente titulados tanto no intraoperatório
quanto no pós-operatório, pois podem diminuir o impulso
respiratório e contribuir para uma hipercapnia significativa e
hipoxemia arterial nesses bebês e crianças

142
Q

Quando o laringoespasmo geralmente ocorre em bebês e
crianças?

A

O laringoespasmo ocorre com maior frequência em bebês e
crianças durante a indução da anestesia inalatória ou durante o
despertar da anestesia, geralmente após extubação ou remoção
de dispositivo supraglótico.

143
Q

Como o laringoespasmo deve ser tratado em bebês e
crianças?

A

A maioria dos episódios de laringoespasmo em pacientes
pediátricos pode ser tratada de forma bem-sucedida com
ventilação contínua por pressão positiva com uso de máscara
facial com 100% de oxigênio, ao mesmo tempo que se aplica
elevação do queixo e da mandíbula. A pressão positiva pode ter
que atingir 50 cm H2O para romper o laringoespasmo com
sucesso. Se a pressão positiva não for bem-sucedida e o bebê ou
a criança estiver dessaturando ou bradicárdica, é necessária uma
intervenção adicional. Se houver acesso venoso, o
laringoespasmo deve ser tratado com aproximadamente 0,6 a
1,0 mg/kg de propofol intravenoso e, se necessário, 0,2 a
0,3 mg/kg de rocurônio intravenoso. Se não houver acesso
intravenoso, o laringoespasmo deve ser tratado com 0,6 a
1,0 mg/kg de rocurônio intramuscular ou 1,5 a 2,0 mg/kg de
succinilcolina intramuscular.

144
Q

Como deve ser tratada a extubação após uma intubação
difícil em bebês e crianças?

A

A extubação traqueal de um bebê ou criança após uma
intubação difícil deve ser avaliada cuidadosamente, pois a
reintubação pode ser mais difícil do que a intubação inicial. As
traqueias de bebês e crianças com vias aéreas difíceis devem ser
extubadas apenas quando estão completamente acordadas e não
haja bloqueio neuromuscular residual. Um bebê ou criança com
uma via aérea difícil deve ser extubado somente quando
profissionais e equipamentos apropriados estiverem disponíveis
para a reintubação urgente.