5 – Vias Aéreas Flashcards
Como a resistência ao fluxo de ar através das passagens nasais
se compara com o fluxo através da boca?
A resistência ao fluxo de ar nas passagens nasais é duas vezes
superior à da boca e representa cerca de 50% a 75% da
resistência total das vias aéreas
Que nervos proporcionam inervação sensorial à cavidade
nasal?
A maior parte da inervação sensorial da cavidade nasal é
derivada do ramo etmoidal do nervo oftálmico e ramos da
divisão maxilar do nervo trigêmeo derivado do gânglio
esfenopalatino
Que nervos proporcionam inervação sensorial ao palato duro
e ao palato mole?
Os nervos palatinos maior e menor se ramificam do gânglio
esfenopalatino para inervar o palato duro e mole
. Que nervo proporciona inervação sensorial aos dois terços
anteriores da língua?
A divisão mandibular (V3) do nervo trigêmeo (nervo craniano
V) forma o nervo lingual, que proporciona sensação aos dois
terços anteriores da língua
Qual nervo inerva o terço posterior da língua, o palato mole e
a orofaringe?
O terço posterior da língua, o palato mole e a orofaringe são
inervados pelo nervo glossofaríngeo (nervo craniano IX).
Quais são os três componentes da faringe?
Os três componentes da faringe são a nasofaringe, a orofaringe
e a hipofaringe.
Que nervos inervam a faringe?
A faringe é inervada pelos nervos cranianos IX
(glossofaríngeo) e X (vago)
Quais são as três cartilagens não pareadas localizadas na
laringe?
As três cartilagens não pareadas localizadas na laringe são as
cartilagens epiglote, tireoide e cricoide
Quais são as três cartilagens pareadas localizadas na laringe?
As três cartilagens pareadas localizadas na laringe são a
aritenoide, a corniculada e a cuneiforme
Qual é a diferença da cartilagem cricoide em relação às
outras cartilagens traqueais?
A cartilagem cricoide é a cartilagem traqueal mais
cefálica e é a única que tem uma estrutura de anel completo. Tem
a forma de um anel de sinete, mais largo na dimensão
cefalocaudal posteriormente.
Onde é a parte mais estreita da via aérea adulta?
As cordas vocais são a porção mais estreita da via aérea
adulta.
Quais são os dois nervos que fornecem a inervação
motora à laringe?
O nervo laríngeo superior, divisão externa, e o nervo
laríngeo recorrente proporcionam inervação motora à laringe.
O dano a qual nervo causaria paralisia dos principais
abdutores das cordas vocais, os músculos cricoaritenóideos
posteriores?
Danos ao nervo laríngeo recorrente podem causar
paralisia dos músculos cricoaritenóideo. Esses músculos são os
principais abdutores das cordas vocais.
Qual nervo fornece função motora a um dos tensores das
cordas vocais, o músculo cricotireóideo?
O nervo laríngeo superior, divisão externa, inerva o
músculo cricoaritenóideo. Este é o único músculo laríngeo
inervado pelo nervo laríngeo superior, ramo externo.
Como deve ser avaliada a via aérea do paciente antes do
manejo da via aérea para um procedimento?
A avaliação das vias aéreas do paciente antes do manejo da
via aérea inclui o levantamento do histórico médico e exame
físico. Aspectos do histórico podem incluir o histórico de
experiências do paciente relacionadas às vias aéreas, revisão de
registros anestesiológicos e médicos anteriores e coleta de
informações que possam ser pertinentes, tais como defeitos
congênitos, estados patológicos e transtornos gastrointestinais.
O exame físico deve avaliar as características para prever o
potencial de manejo difícil da via aérea.
Qual o propósito do sistema de classificação de Mallampati?
Mallampati propôs um sistema de classificação (escores de
Mallampati) para correlacionar o espaço orofaríngeo com a
facilidade prevista de laringoscopia direta e intubação traqueal.
Descreva a posição do observador/paciente durante a
classificação de Mallampati.
Com o observador ao nível dos olhos, o paciente mantém a
cabeça em posição neutra, abre a boca ao máximo e coloca a
língua para fora, sem emitir sons
Descreva as classes de Mallampati.
As classes de Mallampati são as seguintes:
o Classe I: palato mole, fauces, úvula e pilares tonsilares são
visíveis.
o Classe II: palato mole, fauces e úvula são visíveis.
o Classe III: palato mole e base da úvula são visíveis.
o Classe IV: palato mole não é visível.
Por que a diminuição do espaço submandibular e a
complacência estão associadas à intubação difícil?
A diminuição do espaço e complacência submandibulares se
correlaciona a visão laringoscópica precária. O espaço
submandibular é a área para a qual os tecidos moles da faringe
devem ser deslocados para se obter uma linha de visão durante
a laringoscopia direta. Qualquer coisa que limite o tamanho
desse espaço ou a complacência dos tecidos diminuirá a
quantidade de deslocamento anterior que pode ser alcançada.
Quais são algumas das condições clínicas associadas à
diminuição da complacência submandibular?
Angina de Ludwig, tumores ou massas, cicatrizes de
radiação, queimaduras e cirurgia cervical prévia são condições
que podem diminuir a complacência submandibular.
Qual é o objetivo do teste da mordida do lábio superior
(TMLS)?
O teste da mordida do lábio superior (TMLS) avalia a
capacidade de protrusão da mandíbula, que se correlaciona à
visualização das estruturas glóticas na laringoscopia direta.
Descreva as classes do TMLS.
As classes do TMLS são:
o Classe I: incisivos inferiores podem morder acima da borda
do lábio superior (vermilion).
o Classe II: incisivos inferiores não alcançam a borda
do vermilion.
o Classe III: incisivos inferiores não conseguem morder o
lábio superior.
Qual é a preocupação em relação a um paciente com uma
curta distância tireomentoniana?
Uma distância tireomentoniana (mento até a cartilagem
tireóidea) inferior a 6 a 7 cm correlaciona-se a uma visão
laringoscópica precária. Isso, geralmente, é observado em
pacientes com mandíbula recuada ou pescoço curto. Essa
distância equivale, de forma aproximada, a três dedos.
Quais os três eixos que devem ser alinhados para a
obtenção de uma linha de visão durante a laringoscopia direta?
Como isso é realizado? Qual é o nome dessa posição final?
Os eixos laríngeo, faríngeo e oral devem estar alinhados
para obter uma linha de visão durante a laringoscopia direta. A
flexão do pescoço, elevando a cabeça em, aproximadamente,
10 cm, alinha os eixos laríngeo e faríngeo. A extensão da cabeça
na articulação atlanto-occipital alinha os eixos oral e faríngeo.
Essas manobras colocam a cabeça na “posição de cheirar” e
proporcionam o alinhamento ideal dos três eixos.
Qual posição está associada ao melhor alinhamento dos
três eixos para obter uma linha de visão durante a laringoscopia
em pacientes obesos?
A obesidade é associada a dificuldades no manejo da via
aérea. Para aumentar a probabilidade de uma intubação traqueal
bem-sucedida, uma almofada triangular colocada atrás dos
ombros e costas do paciente obeso resulta em uma “posição
olfativa” mais adequada.
Que manobra facilita a identificação da cartilagem
cricoide em pacientes que não possuem uma cartilagem tireóidea
proeminente?
Em pacientes que não possuem uma cartilagem tireóidea
proeminente, a identificação da cartilagem cricoide pode ser
feita palpando-se o pescoço na fúrcula esternal, deslizando-se os
dedos para cima no pescoço até que a cartilagem traqueal mais
larga e alta (cartilagem cricoide) que as abaixo seja sentida.
Liste as variáveis associadas à ventilação difícil com
máscara facial.
As variáveis independentes associadas à ventilação difícil
com máscara são (1) idade superior a 55 anos, (2) índice de
massa corporal (IMC) aumentado, (3) barba, (4) falta de dentes,
(5) história de ronco ou apneia obstrutiva do sono, (6) classes III
a IV de Mallampati, (7) histórico de irradiação no pescoço, (8)
gênero masculino, (9) capacidade limitada de protrusão da
mandíbula e (10) histórico de massa ou tumor em via aérea. Uma
ventilação com máscara difícil também pode se desenvolver
após múltiplas tentativas de laringoscopia.
Quais são as causas da ventilação com máscara difícil ou
inadequada?
A ventilação com máscara inadequada pode ser devida a um
ou mais dos seguintes problemas: máscara inadequada ou
fechamento da via aérea supraglótica, vazamento excessivo de
gás ou resistência excessiva à entrada ou saída de gases.
Descreva a pré-oxigenação antes da indução anestésica.
Qual é o seu valor?
A “pré-oxigenação” é a administração de oxigênio ao
paciente antes da indução da anestesia que resultará em apneia.
O objetivo é atingir um nível de oxigênio ao final da expiração
de cerca de 90%. A pré-oxigenação aumenta a duração da apneia
sem dessaturação de oxigênio, preenchendo a capacidade
residual funcional com oxigênio, aumentando, assim, a reserva
de oxigênio do paciente durante a apneia.
Como é realizada a pré-oxigenação?
Métodos para a pré-oxigenação do paciente antes da indução
da anestesia são estimular o paciente para respirar 100% de
oxigênio por 3 minutos ou realizar oito respirações profundas
em 60 segundos. Embora se acreditasse anteriormente que
estimular o paciente a respirar fundo quatro vezes era suficiente
para a pré-oxigenação, isso já provou não ser tão eficaz quanto
os outros dois métodos. Em pacientes obesos, a pré-oxigenação
adequada pode levar mais tempo. Estimular o paciente obeso a
se sentar em posição vertical e aplicar pressão positiva contínua
nas vias aéreas pode facilitar a pré-oxigenação nessa população.
Quais são os dois fatores que influenciam a duração da
apneia sem dessaturação?
Os dois fatores que influenciam a duração da apneia sem
dessaturação são consumo de oxigênio e volume da capacidade
residual funcional.
Por que é importante limitar a pressão de ventilação menor
que 20 cm H2O durante a ventilação com máscara facial?
A pressão de ventilação durante a ventilação com máscara
deve ser inferior a 20 cm H2O para evitar a insuflação do
estômago.
Cite uma vantagem das vias aéreas nasal sobre as vias aéreas
oral em um paciente anestesiado superficialemnte? Quais são
algumas das contraindicações para a colocação das vias aéreas
nasal?
As vias aéreas nasais são mais vantajosas que as vias aéreas
orais na medida em que são toleradas em níveis inferiores de
anestesia. As vias aéreas orais são mais propensas a gerar um
reflexo por engasgamento ou causar laringoespasmo em um
paciente anestesiado superficialmente. A via aérea nasal é
relativamente contraindicada em pacientes com anormalidades
de coagulação ou plaquetárias, gestantes ou com fraturas na base
do crânio.
Quais são as vantagens dos dispositivos supraglóticos para
vias aéreas em relação à intubação traqueal no manejo eletivo
das vias aéreas?
Para o manejo eletivo da via aérea, as vantagens dos
dispositivos supraglóticos em comparação com a intubação
traqueal incluem colocação rápida e sem o uso de laringoscópio,
menos alterações hemodinâmicas com a inserção e remoção,
menos tosse e laringoespasmo com a remoção, não precisa de
relaxantes musculares, competência laríngea e função
mucociliar preservadas e menos trauma laríngeo.
Liste as variáveis associadas à colocação difícil de um
dispositivo supraglótico.
A colocação difícil ou a falha em colocar o dispositivo
supraglótico está associada à abertura pequena da boca,
patologia supra- ou extraglótica, deformidade de coluna cervical
fixada, uso de pressão cricoide, dentição precária ou incisivos
grandes, sexo masculino, rotação na mesa cirúrgica e IMC
aumentado.
Quais são algumas possíveis contraindicações para a
colocação de um dispositivo supraglótico?
Algumas possíveis contraindicações para o uso de
dispositivos respiratórios supraglóticos são pacientes com risco
de regurgitação de conteúdo gástrico, posição não supina,
obesidade, pacientes grávidas, tempo de cirurgia prolongado e
procedimentos intra-abdominais ou respiratórios. Existem
situações clínicas em que a colocação do dispositivo
supraglótico pode ser aceitável apesar de uma contraindicação
relativa, mas devem-se considerar os riscos e benefícios nessas
situações.
Quais são algumas das complicações relatadas do uso da
máscara laríngea em pacientes com vias aéreas difíceis?
As complicações relatadas do uso da máscara laríngea em
pacientes com via aérea difícil incluem broncoespasmo,
dificuldades pós-operatórias de deglutição, obstrução
respiratória, lesão do nervo laríngeo, edema e paralisia do nervo
hipoglosso.
Descreva os recursos dos dispositivos supraglóticos de
segunda geração, como ML Fastrach®, ML ProSeal® ou
Supreme®, Air-Q Masked Laryngeal Airways® e I-gel®, que
os tornam diferentes da ML Classic®.
As vias aéreas supraglóticas de segunda geração, tais como
a máscara laríngea Fastrach®, ProSeal® ou Supreme®, Air-Q®
e I-gel®, possuem uma ou mais das seguintes características: (1)
vedação melhorada das vias aéreas para permitir ventilação com
pressões mais altas, (2) um segundo lúmen que atua como um
respiradouro esofágico para manter os gases e o líquido
separados das vias aéreas e facilitar a colocação de um tubo
orogástrico, (3) um canal de via aérea que pode ser usado como
um canal para intubação e (4) um bloqueador de mordida que
está presente no eixo da via aérea.
Descreva as vantagens dos tubos esôfago-traqueal
Combitube® (ETC) e King Laryngeal Tube ® (King LT).
Os dispositivos esôfago-traqueais Combitube® (ETC) e o
King Laryngeal Tube® (King LT) são inseridos às cegas,
exigem treinamento mínimo e não precisam de movimento da
cabeça ou pescoço. Esses dispositivos de via aérea são usados
principalmente em configurações pré-hospitalares para o
controle de emergência das vias aéreas quando a intubação
esofágica não pode ser alcançada.
Qual é a melhor maneira de posicionar o paciente para
laringoscopia direta e intubação traqueal?
A melhor maneira de posicionar o paciente para a
laringoscopia direta e intubação traqueal é elevar a cabeça dele
de 8 a 10 cm com almofadas sob o occipício (ombros
permanecem na mesa) e estender a cabeça na articulação atlantooccipital. Isso alinha os eixos oral, faríngeo e laríngeo para criar
uma linha de visão dos lábios até a abertura da glote. A altura da
mesa de operação deve ser ajustada de modo que o rosto do
paciente esteja perto do nível da cartilagem xifoide do
anestesiologia em pé.
. Quais são algumas das indicações para intubação?
As indicações para a intubação traqueal incluem (1) a
necessidade de fornecer uma via aérea patente, (2) prevenção de
inalação (aspiração) de conteúdo gástrico, (3) necessidade de
sucção frequente, (4) facilitar a ventilação com pressão positiva
dos pulmões (5) posição operatória diferente da supina, (6) sítio
cirúrgico próximo ou envolvendo as vias aéreas superiores, (7)
condições operacionais que exigem bloqueio neuromuscular e
(8) manutenção de via aérea difícil com máscara.
Qual o objetivo da classificação de Cormack e Lehane?
O escore de Cormack e Lehane classifica a visão da glote
que é obtida por meio de laringoscopia direta e pode ser um
preditor de via aérea difícil.
Descreva as classes de Cormack e Lehane.
O escore de Cormack e Lehane classifica a visão
laringoscópica direta da seguinte maneira:
o Grau I: a maior parte da glote é visível.
o Grau II: somente a porção posterior da glote é visível.
o Grau III: a epiglote, mas nenhuma parte da glote pode ser
vista.
o Grau IV: nenhuma estrutura de via aérea é visualizada.
Quais são os quatro princípios de manejo a serem
considerados para a intubação de um paciente com histórico ou
exame relativos a uma via aérea difícil?
Em pacientes com antecipação ou histórico de via aérea
difícil, os seguintes princípios de manejo devem ser
considerados: (1) intubação com o paciente
acordado versus intubação após a indução de anestesia geral, (2)
método de intubação inicial através de técnicas não
invasivas versus invasivas, (3) videolaringoscopia como
abordagem inicial para a intubação e (4) ventilação espontânea
mantida versus interrompida.
Quais são as vantagens das lâminas para laringoscópio
curvas (Macintosh) e as lâminas de laringoscópio retas (Miller)?
As vantagens da lâmina curva (Macintosh) incluem menos
trauma nos dentes, mais espaço para a passagem do tubo
endotraqueal, o tamanho maior da flange melhora a capacidade
de varrer a língua, e menos contusões da epiglote, pois a ponta
da lâmina não levanta diretamente esta estrutura. As vantagens
da lâmina reta (Miller) são uma melhor exposição da abertura
glótica e um perfil menor, o que pode ser benéfico em pacientes
com abertura bucal menor.
Como as manobras da cartilagem tireóidea facilitam a
visualização da abertura glótica durante a laringoscopia direta?
A manobra de BURP (pressão para trás, para cima e para a
direita) na cartilagem tireóidea com a mão direita do
laringoscopista pode facilitar a visualização da abertura glótica
durante a laringoscopia direta
Descreva a colocação adequada da ponta de uma lâmina para
laringoscópio curva (Macintosh) em relação à de uma lâmina
para laringoscópio (Miller) reta para exposição da abertura
glótica durante a laringoscopia direta.
Durante a laringoscopia com uma lâmina Macintosh, a
extremidade distal da lâmina curva é avançada no espaço entre
a base da língua e a superfície faríngea da epiglote. Durante a
laringoscopia com uma lâmina Miller, a extremidade distal da
lâmina reta avança abaixo da superfície laríngea da epiglote. A
epiglote é, então, elevada pela lâmina para exposição da abertura
glótica.
Qual é a principal vantagem do videolaringoscópio em
relação à laringoscopia direta?
Os videolaringoscópios podem ajudar a obter uma visão da
laringe, fornecendo visualização indireta da abertura glótica sem
o alinhamento dos eixos oral, faríngeo e traqueal e possibilitam
a intubação traqueal em pacientes com condições (abertura
limitada da boca, incapacidade de flexionar a pescoço) que
possam tornar a laringoscopia tradicional difícil ou impossível.
Há também uma visão ligeiramente melhorada da laringe porque
a câmera está localizada mais distalmente na lâmina,
proporcionando um campo visual mais amplo.
Descreva por que uma lâmina angulada de
videolaringoscópio é vantajosa ao intubar um paciente com
certeza ou suspeita de via aérea difícil e a técnica de inserção.
As lâminas para videolaringoscópio anguladas permitem
uma visão mais anteriormente orientada que pode ser obtida com
uma flexão ou extensão mínima da cabeça e pescoço do
paciente. Elas, geralmente, são inseridas na linha média na boca,
e a ponta da lâmina de videolaringoscópio pode ser colocada na
valécula ou ser usada para levantar a epiglote diretamente.
Geralmente, é necessário um estilete pré-formado que
corresponda à curvatura da lâmina.
Descreva como um videolaringoscópio com canaleta
difere de um sem canaleta e como uma lâmina de
videolaringoscópio com canaleta é usada
As lâminas para videolaringoscópio com canaleta
(Airtraq® e King Vision®) possuem um canal guia que
direciona um tubo endotraqueal em direção à abertura glótica
através de lâminas que são mais anguladas que as lâminas
Macintosh tradicionais. O tubo endotraqueal é pré-carregado no
canal guia e o videolaringoscópio é inserido na linha média na
boca até que a epiglote seja visualizada. Os videolaringoscópios
sem canaleta (GlideScope®, C-MAC®, McGrath®) exigem que
um tubo endotraqueal (geralmente com um estilete pré-formado)
seja avançado na boca sob visualização direta até que possa ser
visto no monitor e avançado para a traqueia. Ao usar
videolaringoscópios sem canaleta, o avanço do tubo
endotraqueal às cegas sem visualização direta pode resultar em
lesões tonsilares e faríngeas.
Explique a diferença entre estiletes de tubos traqueais,
introdutores e cateteres de troca de via aérea.
Os estiletes de metal maleável são usados para endurecer
e proporcionar curvatura a um tubo traqueal para ajudar a
facilitar a laringoscopia e a intubação traqueal. Um bougie ou
um introdutor é usado quando há uma visão laringoscópica ruim
e dificuldade em passar um tubo traqueal. Eles são moldados
com uma curva próxima da ponta distal, o que facilita a
colocação na via aérea. Um tubo endotraqueal pode ser
avançado sobre o bougie ou o introdutor na via aérea. Os
cateteres de troca de via aérea são projetados para troca de tubos
endotraqueais. Quando colocados antes da extubação, eles
também podem ser deixados na via aérea como um canal para
reintubação no caso de falha na extubação.
Cite alguns dos usos de estiletes de tubos traqueais,
introdutores e cateteres de troca de via aérea
Estiletes de tubo endotraqueal, introdutores e cateteres
para troca de via aérea podem ser usados para facilitar intubação
traqueal difícil, troca de tubo traqueal e troca de via aérea
supraglótica por um tubo traqueal.
Quais são algumas das complicações dos estiletes de
tubos traqueais, dos introdutores e dos cateteres de troca de via
aérea?
As complicações de estiletes de tubos endotraqueais de
intubação incluem sangramento, dor de garganta e trauma
traqueal. As complicações dos trocadores de tubos traqueais
incluem laceração traqueal/brônquica e perfuração gástrica. Se
for colocado mais fundo, existe risco de perfuração brônquica e
pneumotórax. O uso de ventilação a jato de alta pressão através
do trocador de tubo traqueal pode levar a outras complicações
graves.
Explique como trocar uma via aérea supraglótica por um
tubo endotraqueal usando um cateter de intubação Aintree®.
Para trocar uma via aérea supraglótica por um tubo
traqueal, o cateter para troca da via aérea (CTVA) é guiado por
broncofibroscopia ótica. A extremidade distal do
broncofibroscópio ótico não é coberta pelo CTVA para permitir
a manipulação. O CTVA e o broncofibroscópio são então
colocados no lúmen da via aérea supraglótica e avançados como
uma unidade através das cordas vocais na traqueia. O
broncoscópio com fibra ótica é então removido enquanto o
CTVA permanece na traqueia. A via aérea supraglótica é
removida sobre o CTVA e um tubo traqueal é colocado sobre o
CTVA na traqueia. Finalmente, o CTVA é removido.
Quais são algumas das indicações para a intubação traqueal
com fibra óptica?
As indicações para a intubação traqueal com fibra óptica
incluem pacientes com via aérea difícil prevista, pacientes com
espinha cervical instável e pacientes que sofreram uma lesão na
via aérea superior por traumatismo contundente ou penetrante.
Quais são as das desvantagens para as intubações
endotraqueais com fibra óptica?
As desvantagens da intubação traqueal com fibra óptica são
a necessidade de tempo para configurar e preparar a via aérea do
paciente. Portanto, se for necessário o manejo imediato das vias
aéreas, outra técnica deve ser usada. Além disso, o
broncofibroscópio ótico precisa de espaço para passar. Qualquer
coisa que interfira no tamanho das vias aéreas superiores (edema
da faringe ou língua, infecção, hematoma, massas infiltrantes)
tornará a intubação com fibra ótica mais difícil. Sangue e
secreções nas vias aéreas superiores podem obscurecer a ótica
do broncofibroscópio, dificultando a visualização. Uma
contraindicação relativa à intubação com fibra ótica é a presença
de abscesso faríngeo, que pode ser interrompido à medida que o
tubo traqueal é avançado e resulta em aspiração de material
purulento.
Por que a intubação traqueal com fibra óptica é recomendada
para pacientes com espinha cervical instável?
A intubação traqueal através de broncofibroscópia ótica não
requer movimento do pescoço do paciente e pode ser realizada
com o paciente desperto, antes da indução da anestesia geral,
permitindo a avaliação da função neurológica do paciente após
a intubação traqueal e posicionamento cirúrgico.
Por que a intubação traqueal com fibra óptica é recomendada
para pacientes que sofreram uma lesão na via aérea superior por
um trauma contundente ou penetrante?
Pacientes que sofreram uma lesão na via aérea superior
derivada de trauma contundente ou penetrante correm o risco de
o tubo traqueal criar uma passagem falsa ao sair da via aérea
através do tecido interrompido durante a laringoscopia direta.
Ao realizar uma intubação com fibra óptica, não somente a lesão
pode ser avaliada, mas também o tubo traqueal pode ser
colocado além do nível da lesão. Isso elimina o risco de causar
enfisema subcutâneo, que pode comprimir e comprometer ainda
mais a via aérea.