Doenças do Esófago Flashcards

1
Q

Qual o tratamento de 1ª linha de pirose?

A

= Tratamento de DRGE (associação entre DRGE e Pirose é muito forte!)

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2
Q

Qual a principal causa de dor torácica de etiologia esofágica?

A

DRGE (quimio-estimulação das terminações nervosas pelo ácido)

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3
Q

Disfagia para sólidos indica que tipo de problema?

A

Estenose (ex: anel, tumor)

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4
Q

Disfagia para liquidos + sólidos indica que tipo de doença?

A

Doença da motilidade (ex: acalásia)

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5
Q

A localização indicada pelos doentes relativamente ao sítio da obstrução esofágica é fidedigna?

A

Não. Altamente imprecisa!

30% das obstruções distais são percebidas como cervicais.

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6
Q

Odinofagia e disfagia podem ocorrer concomitantemente?

A

Sim

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7
Q

Odinofagia é mais comum em que tipos de esofagite?

A
  • Infeciosa

- Por comprimidos

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8
Q

Num doente com DRGE que se queixa de odinofagia devemos suspeitar…

A

Úlcera ou erosão profunda

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9
Q

Globus hystericus

A

Sensação de massa na garganta que está presente independentemente da deglutição e, inclusive, alivia com a deglutição. Frequentemente ocorre no contexto de ansiedade e POC.

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10
Q

Sialorreia: comum ou incomum

A

Incomum

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11
Q

Qual a principal desvantagem do RX baritado?

A

Raramente exclui a necessidade de endoscopia… (i.e. o doente faz o baritado mas depois tem que fazer endoscopia à mesma)

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12
Q

Qual o melhor para detectar estenoses: RX baritado ou Endoscopia

A

RX Baritado (na endoscopia o processo é tão rápido que não dá para ter percepção)

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13
Q

Em que doenças o RX Baritado é melhor que a Endoscopia?

A
  • Doença hipofaríngea
  • Doença do musculo cricofaríngeo
  • Detectar estenoses
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14
Q

Principais aplicações da Ecografia Endoscopica

A
  • Estadiamento Carcinoma Esofago
  • Avaliação da displasia de Barret
  • Avaliação de lesoes submucosas
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15
Q

Manometria pode ser combinada com monitorização intraluminal da impedância, que avalia o quê?

A

Refluxo, independentemente de ser ácido ou não-ácido

Relembrar:

  • Contacto entre elétrodos e líquido: diminui impedância
  • Contacto entre elétrodos e ar: aumenta a impedância

Mnemo: “o ar sobe” = cima = aumenta impedância

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16
Q

Na monitorização intraluminal da impedância, o contacto entre os electrodos e liquidos aumenta/diminui a impedância?

A

Diminui

Mnemo: “o ar sobe” = cima = aumenta impedância

Relembrar: monitorização intraluminal da impedância avalia refluxo não ácido.

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17
Q

Na monitorização intraluminal da impedância, o contacto entre os electrodos e ar aumenta/diminui a impedância?

A

Aumenta

Mnemo: “o ar sobe” = cima = aumenta impedância

Relembrar: monitorização intraluminal da impedância avalia refluxo não ácido.

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18
Q

Quando existe suspeita de DRGE, mas a endoscopia não mostra esofagite, que teste podemos fazer?

A

Teste do refluxo

- Sonda colocada no esófago distal que mede pH esofágico durante 24-48h

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19
Q

O que nos mostra o teste do refluxo?

A

% do dia em que o pH <4

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20
Q

Critério para dx de DRGE pelo teste do refluxo

A

pH esofágico < 4 durante > 5% do dia

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21
Q

Quantos tipos existem de hérnia do hiato?

A

4

Relembrar: hérnia por deslizamento (tipo I) constitui >95%

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22
Q

Qual o tipo mais comum de hérnia do hiato?

A

Tipo I (Hérnia por deslizamento): >95%

Relembrar: herniação da JGE e do cárdia

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23
Q

Há herniação de que estruturas na hérnia do hiato por deslizamento (Tipo I)?

A

Junção GE + Cardia deslizam no sentido cefálico

Relembrar: é o tipo + comum constituindo >95% dos casos

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24
Q

Que factores predispõem a hernia por deslizamento?

A
  • Idade
  • Obesidade
  • Gravidez
  • Genética
    (…)
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25
Q

Que estruturas se encontram alteradas para dar origem a um hérnia por deslizamento?

A
  • Lig. frenoesofágico enfraquecido (++ idade)

- Dilatação do hiato

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26
Q

Hérnias tipo II e III: o que têm em comum?

A

Herniação do fundo gástrico

Relembrar:

  • Tipo II: JGE fixa
  • Tipo III (3 estruturas): JGE + cárdia + fundo
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27
Q

Diferença entre hérnia tipo II e III

A

II: JGE permanece fixa
III: JGE desliza no sentido cefálico (combinação I + II)

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28
Q

Que hérnias têm indicação cirúrgica e porquê?

A

Hérnias paraesofágicas volumosas II ou III pois existe herniação do fundo gástrico que pode inverter ao herniar, levando a volvus ou estrangulamento

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29
Q

Em que tipo de hérnia existe herniação do fundo gástrico + cardia + JGE?

A

Tipo III (Mnemo: 3 estruturas herniam)

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30
Q

Anel mucoso esofágico do tipo B (“B ring”) está localizado onde no esofágo?

A

Esófago inferior (na junção mucosa escamocolunar)

Mnemo: A é superior, B é inferior

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31
Q

Que % da população de “B rings” esofágicos?

A

10%

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32
Q

“B rings” esofágicos são congénitos ou adquiridos?

A

Adquiridos (doentes tem >40A)

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33
Q

O que é um anel de Schatzi?

A

“B ring” que causa um diâmetro luminal < 13 mm

Mnemo: 13 é o nr do azar, pois é abaixo desse nº que o doente vai apresentar c/ disfagia

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34
Q

Que tipo de disfagia ocorre em pessoas c/ Anel de Schatzi?

A

Episódica para sólidos, que ocorre ++ no início da refeição (pensar que anel dilata depois de passar alguma comida)

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35
Q

O que é um anel de Schatzki?

A

“B ring” que causa um diâmetro luminal < 13 mm

Mnemo: 13 é o nr do azar, pois é abaixo desse nº que o doente vai apresentar c/ disfagia

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36
Q

Que tipo de disfagia ocorre em pessoas c/ Anel de Schatzki?

A

Episódica para sólidos, que ocorre ++ no início da refeição (pensar que anel dilata depois de passar alguma comida)

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37
Q

“Steakhouse syndrome”

A

Impactação alimentar intermitente devido a Anel de Schatzki. Carne é desencadeador típico porque os pedaços são grandes.

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38
Q

Localização das membranas no esófago

A

Superior

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39
Q

Que % da população tem membranas esofágicas cervicais (assintomáticas)?

A

10% (= “B rings”)

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40
Q

Membranas esofágicas cervicais são normalmente anteriores, mas se forem circunferenciais, o que podem causar?

A

Disfagia intermitente para sólidos (= anel Schatzki).

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41
Q

Síndrome Plummer-Vinson

A

Membrana esofágica cervical SINTOMÁTICA + anemia ferropenica numa mulher meia idade

Mnemo: “mulher de meia-idade com casaco de Vison (Vinson) branco (anemia) e um colar (membrana cervical) que lhe causa disfagia (sintomática)”

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42
Q

Que tipos de divertículos esofágicos existem?

A

Hipofaríngeo (Zenker), Epifrénico e Mesoesofágico

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43
Q

Divertículos hipofaríngeo (Zenker) e epifrénico são falsos ou verdadeiros?

A

Falsos (só mucosa + submucosa herniam)

Mnemo: “o Zenker, que era esquizofrénico, era falso.”

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44
Q

Divertículos esofágicos costumam causar sintomas?

A

Não, a menos que sejam grandes ao ponto de reterem comida (disfagia, halitose, aspiração, regurgitação)

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45
Q

Divertículos epifrénicos normalmente estão associados a que patologias?

A

Ocorrem devido a uma obstrução esofágica DISTAL.

  • Acalásia
  • Estenose esofágica distal
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46
Q

Que tipos de divertículos mesoesofágicos existem? A que doenças estão associados?

A
  • Tração: TB

- Pulsão: doenças da motilidade

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47
Q

Sintomas atribuíveis aos divertículos esofágicos correlacionam-se melhor com tamanho do divertículo ou com doença esofágica subjacente?

A

Doença esofágica subjacente

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48
Q

Sintomas causados por divertículos esofágicos tendem a correlacionar-se com (…)?

A

Doença esofágica subjacente

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49
Q

Que patologias estão frequentemente associadas a Diverticulose esofágica intramural difusa?

A

Candidiase esofágica e estenoses esofágicas proximais

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50
Q

Quais os 2 tipos de tumores esofágicos?

A
  • Adenocarcinoma

- Carcinoma células escamosas

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51
Q

Factores de risco para Carcinoma de células escamosas do esófago

A
  • Tabagismo
  • Álcool
  • Lesões cáusticas
  • HPV
  • Acalásia

Mnemo: “CHATA - Cáusticos, HPV, Alcool, Tabagismo, Acálasia”

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52
Q

Adenocarcinoma do esofágico está associado a que patologias? (implicadas na sua patogenia)

A

DRGE e metaplasia de Barret

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53
Q

Adenocarcinoma do esófago é mais comum em brancos ou negros?

A

Brancos (+ obesos 60 anos)

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54
Q

Carcinoma célls escamosas do esófago é mais comum em brancos ou negros?

A

Negros

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55
Q

Localização do carcinoma de célls escamosas do esófago?

A

1/3 proximal

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56
Q

Apresentação típica tumor esófago

A

Disfagia progressiva para sólidos + perda ponderal

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57
Q

O que acontece 1º num doente c/ tumor esofágo: odinofagia ou rouquidão?

A

Odinofagia

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58
Q

Odinofagia, anemia ferropénica e rouquidão num doente c/ tumor esofágico indicam o quê?

A

Doença localmente invasiva ou mesmo metastizada

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59
Q

Tumores esofágicos benignos mais comuns

A

Leiomiomas

Mnemo: “esófago é só músculo -> leiomiomas”

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60
Q

Indicação para cirurgia de tumor esofágico benigno

A

Disfagia

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61
Q

Tumores esofágicos benignos são comuns ou incomuns?

A

Incomuns

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62
Q

Que % de hérnias do hiato são do tipo I

A

> 95%

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63
Q

Tipo histológico dominante nos carcinomas esofágicos

A

Adenocarcinoma

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64
Q

Esófago: qual a anomalia congénita + comum?

A

Atrésia

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65
Q

Qual a configuração + frequente da atrésia do esófago?

A

Falha na fusão do esófago proximal e distal + fístula traqueoesofágica com exclusão do segmento distal

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66
Q

Complicações tardias da cirurgia para corrigir atrésia esófago

A
  1. Disfagia por estenose da anastomose
  2. Ausencia peristaltismo
  3. Refluxo
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67
Q

Disfagia lusoria

A

Compressão do esófago pela a. subclávia dta aberrante (origem na aorta descendente e passa atrás do esófago)

68
Q

Mucosa gástrica heterotópica: o que é?

A

Foco de epitélio tipo fundo gástrico (c/ célls parietais) no esófago cervical

69
Q

Prevalência da mucosa gástrica heterotópica

A

4.5%

70
Q

Ssx mucosa gástrica heterotópica

A

Maioria assintomático.

Pode haver secreção ácida (mucosa c/ célls parietais)

71
Q

Distúrbios da motilidade do esófago podem ser secundários a processos mais difusos como…

A
  • Pseudoacalásia
  • Doença de Chagas
  • Esclerodermia
72
Q

Doenças que afectam faringe + esófago proximal são (quase sempre) de que tipo?

A

Neuromusculares com atingimento sistémico

73
Q

Acalásia é rara ou comum?

A

Rara (1 / 100 000)

74
Q

Faixa etária mais afectada pela Acalásia

A

25-60A

75
Q

Patogenia da acalásia

A
  • Perda de neurónios ganglionares inibitórios e excitatórios do plexo mioentérico, com aganglionose na doença crónica.
  • Provavelmente processo auto-imune associado a HSV I + susceptibilidade genética
76
Q

Implicações da perda dos neurónios ganglionares excitatórios e inibitórios na acalásia

A

Os inibitórios permitem o relaxamento do EEI quando deglutimos e também participam no peristaltismo. Os excitatórios participam no peristaltismo.

77
Q

Características definidoras da Acalásia

A
  • EEI hipertrofiado que não relaxa com deglutição

- Ausência de peristaltismo

78
Q

Manifestações clínicas da Acalásia crónica

A
  • Disfagia para sólidos e líquidos
  • Regurgitação
  • Aspiração: bronquite, pneumonia, abcesso
  • Dor torácica inicialmente
  • Perda ponderal (comida não chega ao estômago)
79
Q

Porque temos dor torácica na acalásia e em que fase da doença ocorre?

A

Ocorre na fase inicial, quando ainda temos alguns neurónios que provocam espasmos (mas não há peristaltismo)

80
Q

Tratamento da acalásia é tão eficaz no tratamento da dor torácica, como no da disfagia ou regurgitação?

A

Não. É menos eficaz no tx da dor torácica (tratamento foca-se em remover a obstrução, a dor é provocada por espasmos)

81
Q

Na Doença de Chagas há destruição AI de células ganglionares em que partes do corpo?

A

Todo o corpo!

82
Q

Que % dos casos suspeitos de acalásia se devem a pseudoacalásia?

A

<5%

83
Q

O que é a pseudoacalásia?

A

Tumor do fundo gástrico ou esófago distal que mimetiza acalásia pois causa obstrução numa área similar.
Raramente pode resultar de Síndrome Paraneoplásica com anticorpos antineuronais.

84
Q

Se inicio abrupto dos sintomas (<1 ano), qual é mais provável: acálasia ou pseudoacalásia?

A

Pseudoacalásia

85
Q

EDA é necessária na avaliação de acalásia?

A

Sim, para excluir pseudoacalásia (tumor do esófago distal ou fundo gástrico)

86
Q

Num doente com elevada suspeita de pseudoacalásia, mas EDA não diagnóstica, como proceder?

A

TC ou EcoEndoscópica

87
Q

ECDs na avaliação de acalásia

A

RX baritado e/ou manometria esofágica

88
Q

Na acalásia de longa duração o esófago pode ter uma aparência (…) no RX baritado

A

Sigmóide (devido à dilatação progressiva)

89
Q

Aparência clássica de acalásia no RX baritado

A

Aparência em bico de lápis (birds beak)

90
Q

Qual o teste diagnóstico + sensível para dx de acalásia?

A

Manometria

91
Q

Critérios diagnóstico de acalásia na manometria

A
  • Comprometimento do relaxamento EEI

- Ausência de peristaltismo

92
Q

Manometria identifica acálasia precoce/tardia

A

Precoce

93
Q

É possível prevenir ou reverter acalásia?

A

Não

94
Q

É possível recuperar o persistaltismo na acalásia?

A

Nunca ou raramente.
(Mas… após tratamento eficaz é possível detectar remanescentes de peristaltismo que estavam mascarados pela pressurização e dilatação do esófago.)

95
Q

Fármacos são eficazes no tx da acálasia?

A

Não, mas usam-se muitas vezes como medida temporária

96
Q

Fármacos usados na acalásia

A

BCC
Nitratos
Toxina botulínica injectada no EEI
Sildenafil

97
Q

Durante quanto tempo há melhoria na acalásia após injecção de toxina botulinica?

A

Pelo menos 6 meses

98
Q

Quais os únicos tratamentos duradouros para a acalásia?

A
  1. Dilatação pneumática com balão

2. Miotomia de Heller

99
Q

Principal complicação da dilatação pneumática com balão na acalásia

A

Perforação (até 5%)

100
Q

Quais as opções terapêuticas em casos refratários à dilatação pneumática ou miotomia de Heller?

A
  • Resseção esofágica (com gástric pull up ou interposição de segmento do cólon)
  • Gastrostomia
101
Q

Vantagens da miotomia esofágica per-os vs miotomia de Heller

A
  • Evita alteração cirúrgica do hiato diafragmático

- Recuperação + rápida

102
Q

Estudo randomizado mostrou que dilatação pneumática e miotomia de Heller tinham uma taxa de resposta equivalente, qual a %?

A

90%

103
Q

Em quantas vezes está aumentado o risco de Carcinoma Célls Escamosas na acalásia?

A

17x

104
Q

Pqeq doentes com acalásia têm maior risco de Carcinoma Célls Escamosas?

A

Obstrução à passagem de alimentos -> Dilatação do esófago -> Comida fica lá -> Esofagite de Estase -> Metaplasia

105
Q

Características definidoras do Espasmo Esofágico Difuso

A
  • Contracções esofágicas anormais

- Relaxamento NORMAL do EEI com a deglutição

106
Q

Achados RX baritado no Espasmo Esofágico Difuso

A
  • Aparência em saca-rolhas (em muitos casos indicativo de acalásia)
  • Esófago em contas de rosário
107
Q

Apresentação Espasmo Esofágico Difuso

A

Disfagia e dor torácica

108
Q

2 variantes major de Espasmo Esofágico

A
  1. Esófago em quebra-nozes: contracções vigorosas e repetitivas com peristaltismo normal
  2. EED: semelhante, mas primariamente definido por uma rápida propagação no início da contracção
109
Q

Como é feito o diagnóstico de espasmo esofagico difuso?

A

Manometria

110
Q

DDx dor torácica + disfagia de origem esofágica

A
  • Esofagite péptica
  • Esofagite infeciosa
  • EED (as duas primeiras são + comuns)
111
Q

Agente farmacológico com eficácia terapêutica no espasmo esofágico difuso em ensaio controlado

A

Ansiolítico

112
Q

Quando é que está indicada cirurgia no espasmo esofágico difuso?

A
  • Perda ponderal grave
  • Dor insuportável
    (raro)
113
Q

Que doenças devem ser excluidas antes de se considerar espasmo esofagico difuso?

A

Esofagite péptica ou infeciosa (EDA), uma vez que são causas mais comuns de disfagia e dor torácica

114
Q

O doenças são comuns em individuos que têm alterações minor na manometria?

A
  • DRGE

- Doença psiquiátrica

115
Q

Num doente c/ alterações minor na manometria, >50% tem…

A

Baixo limiar à dor visceral e Síndrome do Intestino Irritável

116
Q

Como tratamos um doente com alterações minor na manometria?

A
  • Tratamento DRGE (a patologia esofágica + comum)
    ou
  • Tratamento de uma possível doença psiquiátrica (depressão, neurose de somatização)
117
Q

EDE é mais ou menos comum que acalásia?

A

Muito menos (e a acalásia já é rara)

118
Q

Como é definido um “espasmo” na manometria de alta resolução? É causado pelo quê?

A

Espasmo: contracções do esofágo distal pouco tempo depois da contracção faríngea.

Causado por disfunção dos neurónios inibitórios do plexo mientérico.

119
Q

% de adultos nos EUA com DRGE

A

15%

120
Q

Como tem variado a incidência de DRGE e ACA do esófago?

A

Têm ambos aumentado

121
Q

Quantas vezes aumentou a incidência de adenocarcinoma esofágico nos últimos 20A?

A

6x

122
Q

Que % dos cancros esofágicos são adenocarcinoma?

A

50%

metade ACA, metade célls escamosas

123
Q

Esofagite: minoria/maioria dos doentes com DRGE

A

Minoria

124
Q

Esofagite: porque ocorre?

A

Porque há refluxo excessivo (algum refluxo é normal) e a sua clearance é insuficiente

125
Q

3 mecanismos dominantes da incompetência da JEG

A
  1. Relaxamento transitório EEI
  2. EEI hipotónico
  3. Distorção anatómica da junção (ex: hérnia hiato)
126
Q

Qual a causa de 90% do refluxo em indivíduos normais ou indivíduos com DRGE sem hérnia hiato?

A

Relaxamento transitório EEI

127
Q

A hipersecreção gástrica é um factor dominante no desenvolvimento de esofagite?

A

Não. Excepto no Síndrome de Zollinger-Ellison

128
Q

Que % dos doentes com Zollinger-Ellison tem esofagite grave?

A

50%

129
Q

Associação entre gastrite crónica e DRGE

A

Gastrite crónica pode proteger de DRGE uma vez que gastrite atrófica leva a hipoacidez

130
Q

Fármacos supressores ácidos inactivam bílis?

A

Não. Bílis persiste no material refluído e pode causar lesões celulares graves.

131
Q

Bilis é cofactor na patogénese de que doenças?

A

Metaplasia de Barret e Adenocarcinoma do esófago

132
Q

Sintomas típicos de DRGE

A

PR (“Presidente da República”)

Pirose
Regurgitação

133
Q

Sintomas extra-esofágicos estabelecidos

A
"TELA"
- Tosse crónica
- Erosões dentárias
- Laringite
- Asma
(estas associações podem ser devido a mecanismos patogénicos partilhados e não necessariamente causalidade)
134
Q

Exame necessário para avaliar esofagite eosinofílica ou infeciosa

A

EDA + Biópsia

135
Q

Esofagite e estenose péptica são complicações comuns/raras de DRGE

A

Raras, porque os IBPs (etc) são eficazes

136
Q

Incidência de metaplasia de Barret e ACA do esófago têm vindo a diminuir/aumentar

A

Aumentar

137
Q

Num doente com metaplasia de Barret, qual a taxa de desenvolvimento de ACA

A

até 0.3%/ano

138
Q

Utilidade do rastreio endoscópio da metaplasia de Barret em doentes c/ DRGE

A

É feito, mas a utilidade não está estabelecida

139
Q

Inibidores da secreção ácida e cirurgia anti-refluxo: efeito na metaplasia de Barret e ACA

A

Não conseguem reverter a metaplasia nem prevenir o ACA (ou seja, inúteis)

140
Q

Tratamento da displasia alto grau do esófago

A

O gold-standard é esofagectomia, mas como tem uma morbimortalidade significativas, a ablação da mucosa por radiofrequência é para muitos preferível.
+
Vigilância endoscópica intensiva.

141
Q

Alterações do estilo de vida no tratamento de DRGE: eficácia?

A

Mínima

142
Q

Qual a alteração do estilo de vida mais recomendada no tx da DRGE?

A

Perda de peso

143
Q

Tratamento principal da DRGE

A

Inibidores da secreção ácida

144
Q

Efeito dos inibidores da secreção ácida

A

Não diminuem o refluxo, mas sim a acidez do refluído -> melhora sintomas e permite cura da esofagite

145
Q

Comparação entre diferentes IBPs em termos de eficácia

A

Têm todos eficácia semelhante

146
Q

Tratamento principal da DRGE

A

Inibidores da secreção ácida dados indefinidamente uma vez que os sintomas são crónicos

147
Q

Podemos correlacionar a gravidade e frequência da pirose com a gravidade da esofagite?

A

Não. Correlaciona-se fracamente!

i.e. doente com esofagite grave pode ter pirose ligeira ou doente sem esofagite pode ter uma pirose grave

148
Q

Efeitos adversos IBPs

A
  • Diminuem absorção B12, Fe, Ca
  • (? não confirmado em estudos prospectivos) risco aumentado de # ósseas com uso crónico
  • Infecções entéricas, esp. C. difficile
149
Q

Eficácia da Fundoplicatura Nissen laparoscópia comparativamente aos IBPs

A

Semelhante

150
Q

Efeitos adversos IBPs

A

Mínimos:

  • Diminuem absorção B12, Fe, Ca
  • (? não confirmado em estudos prospectivos) risco aumentado de # ósseas com uso crónico
  • Infecções entéricas, esp. C. difficile
151
Q

Esofagite eosinofílica afecta adultos e crianças: V ou F

A

V

152
Q

Que etnia é mais afectada pela Esofagite eosinofilica?

A

Caucasianos

153
Q

Que outra doença pode confundir o dx de Esofagite eosinofilica?

A

DRGE (pq também leva a ++ eosinofilos na mucosa) -> razão pela qual fazemos teste com IBPs

154
Q

Que outras doenças pode confundir o dx de Esofagite eosinofilica?

A

DRGE (pq também leva a ++ eosinofilos na mucosa) -> razão pela qual fazemos teste com IBPs

155
Q

Patogenia da Esofagite Eosinofilica

A

Fenómeno imunológico devido a sensibilização a antigénios alimentares (menos evidência que implique aero-alergénios)

156
Q

Critérios diagnóstico EsofagiteEo

A

Sintomas esofágicos típicos + Biópsia da mucosa com inflamação eosinofílica

157
Q

Outras etiologias de eosinofilia esofágica exceptuando esofagite eosinofilica

A
  1. DRGE
  2. Hipersensibilidade a fármacos
  3. DTCs
  4. Síndrome hipereosinofilico
  5. Infecções
158
Q

Em que doentes devemos suspeitar esofagite eosinofilica?

A

Crianças ou adultos com disfagia e impactação alimentar

159
Q

Que outras patologias existem na maioria dos doentes com esofagite eosinofilica?

A
  • Atopia
  • Alergia alimentar
  • Asma
  • Eczema
  • Rinite alérgica
160
Q

% de doentes com esofagite eosinofilica que têm eosinofilia periférica

A

até 50%

161
Q

Achados na EDA numa esofagite eosinofilica

A
  • Perda de marcas vasculares (edema)
  • Anéis esofágicos
  • Sulcos longitudinais (esófago felino)
  • Exsudados punctiformes
162
Q

Confirmação histológica de Esofagite eosinofilica

A

Eosinofilia da mucosa esofágica (15 ou mais Eo/campo grande ampliação)

163
Q

Complicação mais importante da esofagite eosinofilica

A

Estenose esofágica

164
Q

Após demonstrarmos eosinofilia esofágica, o que fazer?

A

Dar IBPs para excluir DRGE, se não responde a IBPs = esofagite eosinofilica

165
Q

Após diagnosticarmos esofagite eosinofilica, como tratar?

A
  1. Restrições alimentares (fórmulas elementares em crianças…)
  2. Glicocorticoides PO
  3. Glicocorticoides sistémicos
  4. Dilatação esofágica se estenose presente
166
Q

Eficácia dos glicocorticoides tópicos per os no tratamento da esofagite eosinofilica

A

+++ (mas se pararmos há recorrência)