Coledocolitíase Flashcards
Quais as origens dos cálculos do colédoco? Explique os tipos.
A grande maioria é da VB (95% das coledocolitíases - secundária), que ocorrem em até 12% dos pacientes com colelitíase. A minoria é um cálculo primário, originado no colédoco, geralmente em região de estase e com infecção. Esse cálculo da coledocolitíase primária geralmente é castanho.
Qual o QC da coledocolitíase?
A grande maioria dos quadros é uma obstrução parcial e transitória, sendo o calculo eliminado espontaneamente no duodeno. A clínica seria de dor biliar (idência à colelitíase sintomática - dor QSD/epigástrio, contínua, 1-5h, podendo irradiar para escápula direita ou dorso), podendo ou não ser acompanhada de icterícia, colúria e acolia fecal. O prurido não é frequente. A icterícia é caracteristicamente FLUTUANTE (surtos transitórios de colestase e icterícia).
Qual o laboratório da coledocolitíase?
Hiperbrb, elevação da FA (é a que mais se eleva), TGO/TGP moderadamente elevadas. Se obstrução total: transaminases podem chegar a 10x LSN (podendo ser confundida com hepatites virais), porém é transitória, havendo inversão das enzimas, predominando as canaliculares.
Quais as complicações da coledocolitíase?
Colangite bacteriana aguda, abcesso hepático piogênico, pancreatite aguda e cirrose biliar secundária.
Como se desenvolve e qual o QC da colangite bacteriana aguda?
Cursa com a tríade de Charcot: dor biliar, icterícia e febre com calafrios.
Qual o curso da colangite bacteriana aguda?
Geralmente é autolimitada ou apresenta resposta dramática a ATB, porém uma minoria (15% - geralmente cálculo impactado) pode evoluir com piocolangite (colangite supurativa aguda).
Qual a clínica da piocolangite?
A colangite supurativa aguda se manifesta como sepse e a pêntade de Reynolds: dor biliar + icterícia + febre + confusão/letargia + hipotensão arterial.
Por que ocorre a pancreatite aguda em decorrência da coledocolitíase?
Pela impactação de um cálculo na região de drenagem do ducto pancreático principal.
Quando ocorre a cirrose biliar secundáira?
Quando a impactação é persistente (> 30d).
Quando suspeitar de coledocolitíase?
Todo paciente com sd colestática, especialmente se for de caráter flutuante.
Como fazer dx da coledocolitíase? Quais os achados?
USG transabdominal (1° exame no algoritmo dx - geralmente encontra colelitíase) podendo encontrar: dilatação > 5 mm do colédoco e cálculos nas vias biliares (60% dos casos). Caso haja apenas colelitíase, devemos estratificar o paciente pelo risco de ter coledocolitíase: alto, médio, baixo e muito baixo riscos. O exame padrão-ouro é a CPRE. Outros: Colangiografia transop e colangioRNM.
Qual a vantagem da CPRE na coledocolitíase?
Ser dx e terapêutico ao mesmo tempo, apesar da taxa de complicação em torno de 7%.
Quando tratar a coledocolitíase?
SEMPRE, mesmo se assintomático, pelo risco de complicações potencialmente graves (colangite e pancreatite aguda).
Qual o tto da coledocolitíase?
2 cenários:
- Dx antes da colecistectomia: CPRE - papilotomia endoscópica com extração dos cálculos e depois colecistecto por vídedo eletiva.
- Dx durante a colecistecto (colangiografia transop): extração por exploração do colédoco ou CPRE eletiva no pós-op.
- Se cálculo intra-hepático ou coledocolitíase primária: derivação biliodigestiva.
Quais as principais complicações da esfincterotomia por CPRE?
Colangite, pancreatite, perfuração e hx.