Cistos pancreáticos Flashcards

1
Q

Cisto pancreático - definição
Qual a diferença entre um cisto verdadeiro e um cisto falso?

A

Definição: coleções contendo suco pancreático puro ou misturado a produtos da digestão, restos de tecidos necrosados ou sangue, em comunicação ou não com o pâncreas, de onde eles se originam, podendo ou não estar contidos nos limites da glândula
Cisto verdadeiro: tumoração nodular com conteúdo fluido envolto por um epitélio próprio, com membrana basal e estroma subjacente; o conteúdo cístico é produzido pelo epitélio
Falso cisto: pseudocisto, envolvido por cicatriz/fibrose ao invés de epitélio

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2
Q

Cistos pancreáticos - quando surgem?

A

Estágio inicial ou evolução de pancreatite aguda
Evolução de pancreatite crônica
Traumas abdominais
Lesão tumoral (eventual)

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3
Q

Cistos pancreáticos - sintomatologia

A

Dificilmente individualizada, estando relacionada com a pancreatite de base
Dor abdominal
Náuseas
INapetência
Obstrução intestinal (por compressão do tubo digestivo)

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4
Q

Cistos pancreáticos - complicações

A

Infecção
Hemorragia intracística
Ruptura do cisto -> ascite, peritonite, fístulas
Obstrução -> icterícia, hipertensão portal, varizes esofágicas

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5
Q

Pseudocisto pancreático - definição e fatores de risco

A

Definição: cisto envolvido por uma capa de fibrose
Fatores de risco: colecistite, álcool

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6
Q

Pseudocisto pancreático - diagnóstico

A
  • USG de abdome: imagem hipoecogênica no corpo do pâncreas, ducto pancreático dilatado
  • TC de abdome: tumoração cística, hipoatenuante (em relação ao parênquima pancreático), homogêneo
  • Ecoendoscopia: mostra abaulamento na parede posterior do antro gástrico
  • Punção de cisto: presença de amilase e CEA (marcador tumoral)
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7
Q

Pseudocisto pancreático - tratamento

A

Drenagem percutânea
Drenagem endoscópica (transmural ou transpapilar) - associado à CPRE (colangiopancreatografia retrógrada endoscópica
Drenagem cirúrgica (interna ou externa): cistogastroanastomose, cistoduodenoanastomse, cistojejunoanastomose
Ressecção

Indicação de tratamento cirúrgico: complicação de órgãos adjacentes, pseudocisto e estenose biliar, estenose duodenal, pseudoaneurisma, hipertensão portal segmentar

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8
Q

Cistoadenoma seroso - epidemiologia

A

Neoplasia cística pancreática mais comum (20-40%)
Localização geralmente em corpo e cauda
Mais comum em mulheres, jovens
Relação com Von Hippel-Lindau (doença genética autossômica dominante que predispõe telangiectasias)

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9
Q

Cistoadenoma seroro pancreático - diagnóstico

A

Exame físico geralmente normal
Exames laboratoriais normais
USG abdome: lesão policística, com septos fibrosos
TC abdome: cisto hipoatenuante, presença de núcleo fibroso central com septos convergindo ao centro (formando uma cicatriz central fibrosa) ou com múltiplos microcistos separados por septos finos (aspecto de colmeia)
Punção: líquido citrino fluido, CEA e amilases baixos, glicogênio aumentado

Imagens: https://endoscopiaterapeutica.com.br/cistoadenoma-seroso-de-pancreas/

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10
Q

Cistoadenoma mucioso pancreático - epidemiologia

A

Mais frequente em mulheres a partir dos 50 anos
Maior potencial de malignizar
Mais comum na cauda do pâncreas

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11
Q

Cistoadenoma mucinoso - diagnóstico

A

Exame físico normal
Exames laboratoriais normais
USG abdome: tumoração cística
TC abdome: tumoração, conteúdo hipodenso (líquido), com septações grosseiras, parede densa, aspecto fibroso
Punção: líquido viscoso e mucinoso, CEA aumentado (250-400), amilase normal

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12
Q

Neoplasia intraepitelial papilar mucinosa (IPMN) - epidemiologia

A

Neoplasia intraductal mucinosa
Mais comum em homens, idade avançada
Localização em qualquer local do pâncreas

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13
Q

Neoplasia intraepitelial papilar mucinosa (IPMN) - classificação e tipos histológicos

A

Tipos histológicos
* Coloide: tecido intestinal, menos agressivo
* Tubular: tecido pancreato biliar, mais agressivo

Classificação
* Tipo I: ducto principal, maior chance de malignidade (60-70%), repressão da secreção pancreática por obstrução
* Tipo II: ducto secundário, menor chance de malignidade (18-40%)
* Tipo III (misto): comunicação entre ductos secundário e principal

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14
Q

Neoplasia intraepitelial papilar mucinoso (IPMN) - diagnóstico

A

Diagnóstico
Exame físico: surtos de pancreatite aguda decorrente da obstrução do ducto pancreático pela mucina, icterícia,
Exames laboratoriais normais
USG abdome: imagem hipoecogênica
TC abdome: imagem hipodensa, presença de dilatações císticas do ducto pancreático principal com atrofia pancreática
Ecoendoscopia: evidenciado saída de secreção mucoide através da papila duodenal no momento do exame (“sinal do olho de peixe”)
Punção: CEA e amilase normais, mas pode estar aumentado

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15
Q

Neoplasia intraepitelial papilar mucinoso (IPMN) - tratamento

A
  • Observação: Se assintomático, dilatação < 1 cm do ducto principal, sem acometer cabeça do pâncreas, sem dilatar ducto biliares, acometendo apenas ducto secundário
  • Ressecção: Se sintomático, dilatação >1cm do ducto principal, acometimento de ducto biliar, crescimento rápido, alta produção de muco, CA19-9 elevado no sangue, acometimento difuso
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