Cardiotocografia Fetal Flashcards
Tríplice gradiente das contrações
- força
- duração
- frequência
Parâmetros a serem avaliados
- FCF
- variabilidade
- acelerações
- desacelerações
- contrações
Velocidade: 1cm/min
Cada quadradinho na horizontal: 2 quadradinhos = 1 min
Cada quadradinho na vertical = 5 bcf
Frequência cardíaca fetal
Normal: 110-160 bpm
Fatores que podem interferir:
- taquicardia - hipertermia materna, corioamnionite, atropina, terbutalina, excesso de atividade fetal, taquiarritmia congênita
- bradi - medida incorreta (detecção FC materna), sofrimento fetal, pós datismo, drogas beta bloqueadoras, arritmias fetais.
Técnica: pela palpação identificar o dorso e realizar medida no terço médio de uma linha imaginária entre a espinha ilíaca e a cicatriz umbilical.
Variabilidade
Normal: entre 6-25
- Diferença entre medida mais alta e mais baixa na linha de base.
< 6 - hipóxia, sono fetal, drogas, prematuridade
> 25 - hipóxia, movimentação fetal excessiva
Acelerações Transitórias
- pelo menos 15 bcf por pelo menos 15 segundos (basta ter 1)
- 10 bcf x 10s em menores de 32 semanas
Se > 2 min = prolongada
Se > 10 min = mudança da linha de base.
Desacelerações
- DIP I
- ocorre durante a contração
- resultante da compressão do pólo cefálico na pelve materna
- fisiológico se durante o trabalho de parto
- pode aparecer com bolsa rota ou oligoâmnio - DIP II
- sinal de sofrimento fetal
- ocorre logo após contração
- diferença entre ápice e nadir > 15s (decalagem)
- fisiopatologia: após contração, feto sem reserva funcional (já vive em sofrimento) entra em hipóxia
nível crítico paO2 = 18 mmHg
normal = 25 mmHg - DIP III ou umbilical ou variável
- ocorre quando há compressão do cordão umbilical (oligoâmnio, RPMO, brevidade)
- em formato de “V” ou “W”
- pode ter retomada para um nível inferior na linha de base
- instalação mais brusca, intensidade maior da desaceleração
- fisiopatologia: compressão do cordão -> aumento RVP -> aumento PA e para manter o DC -> diminuição abrupta FC
Pontuação
- FCF: 1 pt
- variabilidade: 1 pt
- presença aceleração transitória: 2 pts
- sem DIP: 1 pt
Resultados
0-1 = feto inativo 2-3 = feto hipoativo 4-5 = feto ativo
Conduta se hiporeativo ou inativo:
- pode-se hidratar, medir a temperatura e realizar teste de estimulação sonora (3s):
Se FCF aumentar > 20 bcf por mais de 3 min = reativo
Se tiver alguma reação = hiporreativo:
- com acelerações transitórias = hipoativo hiporreativo bifásico (normal)
- sem = hipoativo hiporreativo monofásico
Se nada acontecer = não reativo.
Fisiopatologia oligoamnio
- insuficiência placentária (anemia, DM, pós-datismo, entre outros) -> preservação órgãos nobres (SNC, coração, adrenal) = centralização (possível ver aumento de fluxo na a cerebral média)
- vasoconstrição em outros órgãos -> menor fluxo renal -> menor filtração glomerular = oligoamnio
CTG intraparto
- categoria I: normal (não precisa ter desaceleração)
- categoria II (suspeita): resto => medidas de ressuscitação intrauterina (SF, oxigênio, mudança decúbito, redução de ocitocina)
Se não houver melhora em 20 min, é categoria III - categoria III: padrão sinusoidal, bradicardia sustentada, DIP II ou III em mais de 50% das contrações => resolução pela via mais rápida
DIP III mau prognóstico
- duração > 60s
- taquicardia compensatória
- recuperação linha de base lenta ou em bradicardia
- queda FCF abaixo 70
- morfologia em W
- perda da variabilidade