Aula 17 (Processo Penal Eleitoral) Flashcards

1
Q

A respeito do rito processual da ação penal eleitoral, julgue o item:

A rejeição da queixa-crime por ilegitimidade de parte do querelante obstará a instauração da ação penal
por denúncia do Ministério Público.

A

Errado.

De acordo com o art. 355, do CE, todas as infrações penais constantes do Código Eleitoral são de ação penal pública. Por isso, não há que se falar em ilegitimidade de parte do querelante, pois as ações serão propostas pelo Ministério Público, que sempre terá legitimidade ad causam para estas demandas.

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2
Q

A respeito do rito processual da ação penal eleitoral, julgue o item:

Das sentenças de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no
prazo de 10 dias.

A

Certo.

É o que dispõe o art. 362, do Código Eleitoral:
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.

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3
Q

A respeito do rito processual da ação penal eleitoral, julgue o item:

Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para interrogatório do acusado, seguindo-se a apresentação de defesa prévia no prazo de 3 dias.

A

Errado.

Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citação deste e a notificação do Ministério Público.

É o que determina o art. 359, do CE.

Art. 359. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citação deste e a notificação do Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 10.732, de 5.9.2003)

Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas. (Incluído pela Lei nº 10.732, de 5.9.2003)

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4
Q

A respeito do rito processual da ação penal eleitoral, julgue o item:

É sempre obrigatória, sob pena de nulidade, por ocasião do oferecimento da denúncia, a apresentação
do rol de testemunhas.

A

Errado.

A apresentação do rol de testemunhas não é medida obrigatória, mas sim, facultativa, cabendo ao órgão do Ministério Público arrolá-las quando necessário.

Vejamos o que prevê o art. 357, §2º, do Código Eleitoral:

§ 2º A denúncia conterá a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.

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5
Q

A respeito do rito processual da ação penal eleitoral, julgue o item:

Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal, o juiz solicitará ao Procurador Regional a designação de outro Promotor para oferecê-la.

A

Errado.

O §1º, do art. 357, determina que se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da comunicação ao Procurador Regional, e este oferecerá a denúncia, designará outro Promotor para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

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6
Q

O candidato a governador “A” alega que candidato a governador “B”, em sua propaganda eleitoral, acusou-o de ter praticado o crime de estelionato, o que afirma não ser verdadeiro.

Ambos os candidatos não são exercentes de função pública no momento da disputa eleitoral. Diante dessa situação a ação penal deverá ser proposta perante o Tribunal Regional Eleitoral, necessariamente, não importando o cargo que exerça o candidato.

A

Errado.

O enunciado da questão afirma que nenhum dos candidatos envolvidos exerce função pública, portanto, não há que se falar em foro por prerrogativa de função.

Assim, o crime deve ser julgado pelo juiz eleitoral e não pelo TRE.

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7
Q

O candidato a governador “A” alega que candidato a governador “B”, em sua propaganda eleitoral, acusou-o de ter praticado o crime de estelionato, o que afirma não ser verdadeiro.

Ambos os candidatos não são exercentes de função pública no momento da disputa eleitoral. Diante dessa situação o Ministério Público Eleitoral deverá ajuizar a respectiva ação penal pela prática do crime de injúria, apenas.

A

Errado.

A conduta praticada envolve crime de calúnia, não de injúria. Veja o esquema:

INJÚRIA
Envolve xingamentos, indicação de defeitos e
deméritos da pessoa relacionados NÃO a
fatos específicos

CALÚNIA
Indica a prática de um ou mais crimes
específicos, individualizados, que, em tese,
não foram praticados pelo ofendido.

DIFAMAÇÃO
Há a divulgação de fato desonroso específico,
que pode ser identificado no tempo e no
espaço.

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8
Q

O candidato a governador “A” alega que candidato a governador “B”, em sua propaganda eleitoral, acusou-o de ter praticado o crime de estelionato, o que afirma não ser verdadeiro.

Ambos os candidatos não são exercentes de função pública no momento da disputa eleitoral. Diante dessa situação caso o Ministério Público Eleitoral não proponha a ação penal, o candidato “A” poderá fazê-lo, cumpridos os requisitos legais.

A

Certo.

Na lei eleitoral brasileira, há um tipo de processo chamado ação penal eleitoral, que é usado para julgar crimes relacionados às eleições. Pelo Código Eleitoral, que é um conjunto de leis sobre eleições, essa ação é sempre pública, o que significa que o Ministério Público (uma espécie de promotor público) pode processar esses crimes sem precisar de uma queixa de alguém que foi prejudicado.

Contudo, alguns especialistas em direito acreditam que apenas permitir ações públicas pode ser um problema porque a Constituição do Brasil diz que, se o Ministério Público não começar a ação dentro de um tempo determinado, a pessoa que foi prejudicada pelo crime eleitoral pode iniciar a ação por conta própria. Isso é para garantir que ninguém escape da justiça só porque o Ministério Público não agiu a tempo.

Para combinar as regras do Código Eleitoral com a Constituição, os especialistas concluem que, mesmo que a regra geral seja o Ministério Público começar a ação, não há nada que impeça uma pessoa privada de iniciar a ação se o Ministério Público não agir dentro do prazo.

Além disso, se há algo que o Código Eleitoral não cobre, aplica-se o que está no Código de Processo Penal, que é outra lei com regras sobre como julgar crimes. Isso inclui permitir que uma pessoa comece uma ação penal privada se o Ministério Público não agir.

Até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que é o órgão máximo para questões eleitorais no Brasil, já decidiu casos dizendo que se o Ministério Público não acusar alguém de um crime eleitoral a tempo, então a pessoa prejudicada pode fazer isso.

Por último, como os crimes eleitorais são sérios e afetam toda a sociedade, você não pode ter ações penais eleitorais que dependem de alguém que foi prejudicado para começar. Elas têm que ser públicas, para que o interesse da sociedade em eleições justas seja sempre protegido.

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9
Q

O candidato a governador A alega que candidato a governador B, em sua propaganda eleitoral, acusou-o de ter praticado o crime de estelionato, o que afirma não ser verdadeiro.

Ambos os candidatos não são exercentes de função pública no momento da disputa eleitoral. Diante dessa situação o candidato A deverá propor ação penal privada contra o candidato B, uma vez que não se trata de ação penal pública.

A

Errado.

Trata-se de ação penal pública incondicionada.

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10
Q

O candidato a governador “A” alega que candidato a governador “B”, em sua propaganda eleitoral, acusou-o de ter praticado o crime de estelionato, o que afirma não ser verdadeiro.

Ambos os candidatos não são exercentes de função pública no momento da disputa eleitoral. Diante dessa situação caso o Ministério Público Eleitoral entender pelo não oferecimento da denúncia, deverá requerer o arquivamento ao juiz, que, se considerar improcedentes os motivos para tanto, fará a remessa da comunicação ao Procurador-Geral de Justiça, na Justiça Comum Estadual.

A

Errado.

O arquivamento vem disciplinado no art. 357, §1º, do CE:
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o Juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da comunicação ao Procurador Regional, e este oferecerá a denúncia, designará outro Promotor para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o Juiz obrigado a atender.

Como podemos perceber da leitura do dispositivo acima, a regra é bastante semelhante àquela prevista no art. 28, do CPP, antes do pacote anticrime.

Desse modo, não cabe ao juiz determinar o ajuizamento da ação penal. O máximo que poderá fazer é levar os Autos a conhecimento do Procurador-Regional Eleitoral ou da Câmara de Coordenação e, a depender da competência originária, para que seja analisada a denúncia.

Caso esses órgãos do Ministério Público decidam pelo arquivamento, não haverá a possibilidade de instaurar-se a ação penal.

Logo, o processo será remetido ao Procurador Regional Eleitoral, não ao Procurador Geral de Justiça. Bastava você lembrar que essa ação tramita perante a Justiça Eleitoral

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11
Q

No que concerne às disposições penais, a respeito do processo das infrações, julgue o item:

O primeiro ato processual após o oferecimento da denúncia é o interrogatório do acusado pelo Juiz Eleitoral.

A

Errado.

Após a apresentação da denúncia pelo Ministério Público, o primeiro ato do juiz será a decisão se recebe ou rejeita a denúncia apesentada. Somente após o recebimento da denúncia é que o juiz designará audiência para ouvir o acusado.

Vejamos o art. 359, do CE.
Art. 359. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citação deste e a notificação do Ministério Público.

Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.

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12
Q

No que concerne às disposições penais, a respeito do processo das infrações, julgue o item:

Das decisões finais de condenação ou absolvição só cabe recurso para o Tribunal Regional Eleitoral se a pena for superior a 3 meses.

A

Errado.

Não há, na lei, a previsão de tempo de condenação para que seja cabível o recurso para o Tribunal Regional, de acordo com o que dispõe o art. 362, do CE.

Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.

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13
Q

No que concerne às disposições penais, a respeito do processo das infrações, julgue o item:

Se o Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal, o Juiz Eleitoral poderá determinar a instauração do processo criminal através de Portaria.

A

Errado.

O órgão do Ministério Público terá prazo para oferecer a denúncia. Caso não o faça no prazo estipulado, é possível o ajuizamento da ação penal privada subsidiária da pública com fundamento constitucional. Em tais situações, o juiz eleitoral comunicará o fato ao órgão competente dentro do Ministério Público para apurar a responsabilização do promotor, nos termos do §3º. Neste caso, o juiz solicitará ao Procurador Regional para que indique outro promotor, ele mesmo ajuíze a ação ou insista no arquivamento, caso em que os Autos serão arquivados.

Vejamos o § 3º, do art. 357, do CE.
§ 3º Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal representará contra ele a autoridade judiciária, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal.

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14
Q

No que concerne às disposições penais, a respeito do processo das infrações, julgue o item:

Nas infrações penais definidas no Código Eleitoral, a ação penal depende de representação de candidato ou partido político.

A

Errado.

Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública.

Já a CF prescreve que:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (…)

LIX -será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no
prazo legal; (…).

A fim de compatibilizar o dispositivo do CE com o CF, deve-se concluir que a regra é a adoção da ação penal
pública, contudo, nada impede o ajuizamento de ação penal privada, caso a pública não seja intentada no
prazo legal.

Ademais, argumenta-se que, em razão da aplicação subsidiária do CPP, conforme dispõe o art. 364, do CE,
deve-se aplicar o regramento da ação penal subsidiária da pública prevista no art. 29, do CPP, para suprir a lacuna na lei penal eleitoral.

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15
Q

No que concerne às disposições penais, a respeito do processo das infrações, julgue o item:

Cabe ao Ministério Público promover a execução de decisão condenatória do Tribunal Regional Eleitoral.

A

Certo.

Art. 363. Se a decisão do Tribunal Regional for condenatória, baixarão imediatamente os autos à instância inferior para a execução da sentença, que será feita no prazo de 5 (cinco) dias, contados da data da vista ao Ministério Público.

Parágrafo único. Se o órgão do Ministério Público deixar de promover a execução da sentença serão aplicadas as normas constantes dos parágrafos 3º, 4º e 5º do art. 357.

Pela leitura do dispositivo entende-se que compete ao MP promover a execução da sentença. Devemos
lembrar, ainda, do teor da Súmula TSE nº 192, segundo a qual:

Súmula nº 192
Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a Execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a Administração Estadual.

Assim, compete ao MP executar as condenações do TRE, que, no caso de crime eleitoral, se processará
perante o Juízo das Execuções Penais do Estado.

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16
Q

Julgue o item como certo ou errado.

No processo das infrações penais eleitorais, é de 10 dias o prazo para oferecimento de denúncia pelo Ministério Público.

A

Certo.

Art. 357, do CE:
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.

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17
Q

Julgue o item como certo ou errado.

No processo das infrações penais eleitorais, é de 10 dias o prazo para oferecimento de alegações escritas e apresentação de rol de testemunhas pelo réu ou seu defensor.

A

Certo.

Art. 359, parágrafo único, do CE:
Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.

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18
Q

Julgue o item como certo ou errado.

No processo das infrações penais eleitorais, é de 10 dias o prazo para Interposição de recurso para o Tribunal Regional competente da decisão final de condenação ou absolvição proferida pelo Juiz Eleitoral.

A

Certo.

Art. 362, do CE:
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.

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19
Q

Julgue o item como certo ou errado.

No processo das infrações penais eleitorais, é de 10 dias o prazo para oferecimento de alegações finais para cada uma das partes − acusação e defesa.

A

Errado.

O prazo para oferecimento de alegações finais para cada uma das partes é de 5 dias. Vejamos:
Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e praticadas as diligências requeridas pelo Ministério Público e deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias a cada uma das partes - acusação e defesa - para alegações finais

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20
Q

No processo penal eleitoral, é de cinco dias o prazo para
a) as partes apresentarem alegações finais.

b) interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral.

c) o Ministério Público apresentar a denúncia.

d) o réu ou seu defensor oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.

e) o Juiz proferir a sentença.

A

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 360, do CE.

Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e praticadas as diligências requeridas pelo Ministério Público e deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias a cada uma das partes - acusação e defesa - para alegações finais.

No caso das demais alternativas, o prazo expresso no código eleitoral é de 10 dias.

21
Q

A respeito do rito processual penal eleitoral, é correto afirmar que o prazo para,
a) oferecimento da denúncia pelo Ministério Público é de 10 dias.

b) o réu ou seu defensor oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas é de 15 dias.

c) apresentação de alegações finais pela acusação e pela defesa é de 10 dias.

d) o juiz proferir a sentença é de 15 dias.

e) interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral é de 5 dias.

A

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, em face do que disciplina o art. 357, do CE:
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.

A alternativa B está incorreta, pois o prazo para arrolar testemunhas é de 10 dias, conforme prevê o art. 359, parágrafo único, do CE:
Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas. (Incluído pela Lei nº 10.732, de 5.9.2003)

A alternativa C está incorreta, pois as alegações finais serão ofertadas no prazo de 5 dias e não de 10, como
referido na questão. Veja:
Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e praticadas as diligências requeridas pelo Ministério Público e deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias a cada uma das partes - acusação e defesa - para alegações finais.

A alternativa D, por sua vez, peca ao determinar que o prazo para sentença é de 15 dias. De acordo com o
art. 361, do CE, esse prazo é de 10 dias.
Art. 361. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos ao juiz dentro de quarenta e oito horas, terá o mesmo 10 (dez) dias para proferir a sentença.

Por fim, o erro da alternativa E está também no prazo. Agora, ao invés de 5 dias, o prazo para interpor
recurso para o TRE de decisão do Juiz Eleitoral é de 10 dias.
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.

22
Q

Em matéria de Processo Penal Eleitoral, julgue o item:

O réu ou seu defensor terá o prazo de quinze dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.

A

Errado.

Reza o parágrafo único, do art. 359, que o réu em processo penal eleitoral e seu defensor terão o prazo de 10 dias para apresentar alegações e arrolar testemunhas.

Art. 359. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citação deste e a notificação do Ministério Público.

Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.

23
Q

Em matéria de Processo Penal Eleitoral, julgue o item:

Se a decisão do Tribunal Regional for condenatória, baixarão imediatamente os autos à instância inferior
para a execução da sentença, que será feita no prazo de cinco dias, contados da data da vista ao Ministério
Público.

A

Certo.

Art. 363, do CE.
Art. 363. Se a decisão do Tribunal Regional for condenatória, baixarão imediatamente os autos à instância inferior para a execução da sentença, que será feita no prazo de 5 (cinco) dias, contados da data da vista ao Ministério Público.

Parágrafo único. Se o órgão do Ministério Público deixar de promover a execução da sentença serão aplicadas as normas constantes dos parágrafos 3º, 4º e 5º do Art. 357.

24
Q

Em matéria de Processo Penal Eleitoral, julgue o item:

Todo cidadão que tiver conhecimento de infração penal do Código Eleitoral deverá comunicá-la a qualquer juiz eleitoral, inclusive de zona diferente àquela em que a mesma se verificou.

A

Errado.

A comunicação da infração penal não pode ser feita para qualquer juiz eleitoral, mas para o juiz eleitoral da zona em que se verificou a infração, conforme art. 356, do Código Eleitoral.

Art. 356. Todo cidadão que tiver conhecimento de infração penal deste Código deverá comunicá-la ao juiz eleitoral da zona onde a mesma se verificou.

25
Q

Em matéria de Processo Penal Eleitoral, julgue o item:

Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de quinze dias.

A

Errado.

O prazo do MP para apresentar a denúncia é de 10 dias e não de 15, como diz a assertiva, de acordo com o art. 357.
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.

26
Q

Em matéria de Processo Penal Eleitoral, julgue o item:

Qualquer eleitor poderá provocar a representação contra o órgão do Ministério Público se o juiz, no prazo de cinco dias, não agir de ofício.

A

Errado.

O prazo legal é de 10 dias, consoante art. 357, § 5º.
§ 5º Qualquer eleitor poderá provocar a representação contra o órgão do Ministério Público se o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, não agir de ofício.

27
Q

No que concerne ao processo penal eleitoral, julgue o item:

Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional competente, a ser
interposto no prazo de cinco dias.

A

Errado.

É mais uma questão cobrando prazos. O art. 362,
do CE, diz que o prazo, nesse caso, será de 10 dias.
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.

28
Q

No que concerne ao processo penal eleitoral, julgue o item:

As infrações penais eleitorais são de ação pública, mas admite-se a ação penal privada subsidiária caso o
representante do Ministério Público não tenha oferecido denúncia, requerido diligências ou solicitado o arquivamento de inquérito policial no prazo legal.

A

Certo.

O código eleitoral prevê, no art. 355, que a ação penal eleitoral será ação pública.

Todavia, no art. 5º, inciso LIX, da CF, diz que será admitida ação privada nos crimes de ação pública,
se esta não for intentada no prazo legal. Vejamos os dispositivos que respaldam a questão:

Art. 355 do CE. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública.

Art. 5º LIX da CF - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;

29
Q

No que concerne ao processo penal eleitoral, julgue o item:

O réu, ou seu defensor, terá o prazo de dez dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.

A

Certo.

Art. 359, parágrafo único, do CE.
Art. 359. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citação deste e a notificação do Ministério Público.

Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.

30
Q

No que concerne ao processo penal eleitoral, julgue o item:

Ouvidas as testemunhas de acusação e da defesa e praticadas as diligências requeridas pelo Ministério
Público e deferidas ou ordenadas pelo Juiz, abrir-se-á o prazo de cinco dias a cada uma das partes –acusação e defesa - para alegações finais.

A

Certo.

Art. 360, do CE.
Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e praticadas as diligências requeridas pelo Ministério Público e deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias a cada uma das partes - acusação e defesa - para alegações finais.

31
Q

No que concerne ao processo penal eleitoral, julgue o item:

Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal, representará contra ele a
autoridade judiciária, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal.

A

Certo.

Com base no art. 357, § 3º, do CE.
§ 3º Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal representará contra ele a autoridade judiciária, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal.

32
Q

Com base na lei e na jurisprudência do TSE acerca dos processos judiciais e dos recursos eleitorais, julgue o item:

Em razão do princípio da inalterabilidade das decisões judiciais, o juízo de retratação realizado pelos juízes eleitorais, quando do recebimento de recursos, exige pedido expresso da parte recorrente.

A

Errado.

Não há previsão no Código Eleitoral de que a parte requeira o juízo de retratação do juiz eleitoral. Anote-se, inclusive, que a jurisprudência do TSE entende que “o juízo de retratação do art. 267, §7º, do Código Eleitoral refere-se a faculdade que prescinde de pedido expresso da parte recorrente, por constituir medida prevista em lei, e pode ser exercido após as contrarrazões do recurso, o que assegura a observância ao contraditório, nos termos do art. 5º, LV, da Constituição Federal” (RMS 5698)

33
Q

Com base na lei e na jurisprudência do TSE acerca dos processos judiciais e dos recursos eleitorais, julgue o item:

A partir das eleições municipais de 2016, nas ações de investigação judicial eleitoral, é facultativo o litisconsórcio passivo entre o responsável pela prática de abuso de poder político e o candidato beneficiado pelo ato ilegal.

A

Errado.

A jurisprudência do TSE entendeu que “a partir das Eleições de 2016, no sentido da obrigatoriedade do litisconsórcio passivo nas ações de investigação judicial eleitoral que apontem a prática de abuso do poder político, as quais devem ser propostas contra os candidatos beneficiados e também contra os agentes públicos envolvidos nos fatos ou nas omissões a serem apurados” (Respe 84356).

34
Q

Com base na lei e na jurisprudência do TSE acerca dos processos judiciais e dos recursos eleitorais, julgue o item:

Para que uma ação que vise apurar abuso de poder seja julgada procedente, é necessário comprovar que o evento, além de afetar o equilíbrio na disputa eleitoral, pode alterar o resultado das eleições.

A

Errado.

Pois vai de encontro à redação da Lei Complementar 64/90, em seu art. 22, inciso XVI, que afirma que “para a configuração do ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o
fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam”.

35
Q

Com base na lei e na jurisprudência do TSE acerca dos processos judiciais e dos recursos eleitorais, julgue o item:

A União é parte legítima para requerer a execução de multa por descumprimento de ordem judicial no âmbito da justiça eleitoral.

A

Certo.

A Súmula 68 do TSE preconiza que “a União é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por descumprimento de ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral”.

As astreintes são multas diárias aplicadas à parte que não cumpre uma decisão judicial.

36
Q

Com base na lei e na jurisprudência do TSE acerca dos processos judiciais e dos recursos eleitorais, julgue o item:

Em processo de cassação de mandato de governador e de vice-governador, há interesse jurídico dos respectivos deputados estaduais para ingressar na demanda, autonomamente, como terceiros prejudicados.

A

Errado.

Pois encontra-se em desacordo com a jurisprudência do TSE
(Embargos de Declaração no Recurso Ordinário nº 2246-61):
O Plenário do TSE, por unanimidade, ao julgar embargos de declaração opostos a acórdão que cassou o mandato do governador e vice do Amazonas e determinou a realização de
novas eleições, entendeu pela inexistência de interesse jurídico que autorizasse, isoladamente, os deputados estaduais do estado a integrar o processo como terceiros prejudicados, reconhecendo, entretanto, a existência de tal interesse por parte da Assembleia Legislativa.

37
Q

Julgue o item como certo ou errado:

O Ministério Público Eleitoral (MPE) recebeu notícia de prática de crime eleitoral e de crime comum a ele conexo, ambos praticados por candidato derrotado à vaga de deputado
estadual, que nunca antes ocupara cargo público eletivo.

Nessa situação hipotética, a denúncia deve ser conjunta e oferecida na justiça eleitoral, desde que o crime conexo não tenha sido crime doloso contra a vida.

A

Certo.

A legislação infraconstitucional atribui competência à Justiça Eleitoral para processar e julgar crimes eleitorais e conexos com os crimes eleitorais, sem qualquer ressalva.

Porém, a competência do Tribunal do Júri para o julgamento de crimes dolosos contra a vida está prevista na Constituição Federal, sem ressalvas para a competência da Justiça Estadual.

Logo não pode uma competência prevista em legislação ordinária suplantar norma prevista na Constituição Federal. Veja o entendimento da doutrina majoritária, a exemplo
do que se extrai do excerto abaixo:

Ao admitir-se o processo e julgamento de crimes dolosos contra a vida por juízes titulares ou designados para zonas eleitorais (juízes eleitorais), certamente suprimiria-se o Conselho de Sentença, a soberania dos veredictos, e outras garantias à amplitude de defesa, além do que o rito processual pelos crimes eleitorais é especial.

37
Q

Com referência a atuação do MPE, julgue o item:

As infrações penais resultantes de crimes verificados durante o processo eleitoral são de ação pública e podem ser propostas pelo MPE.

A

Certo.

Conforme art. 355 e 357, do CE.
Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública.

Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.

38
Q

Com referência a atuação do MPE, julgue o item:

O processo eleitoral, por tratar questões relacionadas apenas a atos administrativos solucionados pela justiça eleitoral, não demanda uma instituição exclusiva para atuação em relação a causas eleitorais; por isso, o MPE foi dele dispensado pela CF.

A

Errado.

Como bem sabemos, o processo eleitoral não é um processo administrativo, mas um processo judicial com competências definidas.

39
Q

Com referência a atuação do MPE, julgue o item:

O MPE compõe a estrutura do MPF e sua atuação está adstrita a feitos judiciais que exijam capacidade postulatória.

A

Errado.

O MPE é exercido pelos membros do MPF e por membros do MP estadual por delegação, contudo, sua atuação não é limitada a feitos que exijam capacidade postulatória, tampouco a atos administrativos.

Vejamos o art. 72, da LC nº 75/93.

Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que couber, junto à Justiça Eleitoral, as funções do Ministério Público, atuando em todas as fases e instâncias do
processo eleitoral.

Parágrafo único. O Ministério Público Federal tem legitimação para propor, perante o juízo competente, as ações para declarar ou decretar a nulidade de negócios jurídicos ou atos
da administração pública, infringentes de vedações legais destinadas a proteger a normalidade e a legitimidade das eleições, contra a influência do poder econômico ou o abuso do poder político ou administrativo.

40
Q

Com referência a atuação do MPE, julgue o item:

O TSE tem reforçado a tese de que a atuação do parquet perante a justiça eleitoral é dispensável, pois a legitimidade recursal das suas decisões é deferida aos primeiros interessados, que são os partidos ou os candidatos adversários.

A

Errado.

O TSE tem reforçado a tese de que a atuação do “parquet” perante a justiça eleitoral é indispensável.

41
Q

Nas eleições municipais de Goiânia – GO para o ano de 2016,
* Fernanda foi candidata a vereadora;
* Flávio foi candidato a prefeito;
* Clara foi eleitora;
* Paulo foi membro da mesa receptora;
* João foi fiscal de partido político.

Nessas situações hipotéticas, de acordo com a Lei n.º 4.737/1965, não poderiam ser detidos ou presos, salvo
em flagrante delito, desde quinze dias antes da eleição,
a) Fernanda, Flávio e Clara.
b) Flávio, Clara e João.
c) Paulo e João.
d) Fernanda e Flávio.
e) Clara, Paulo e João.

A

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

De acordo com o art. 236, §1º, do CE, não poderiam ser detidos ou presos, salvo em flagrante delito, desde quinze dias antes da eleição, Fernanda e Flávio, que são candidatos.

Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.

§ 1º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de partido, durante o exercício de suas funções, não poderão ser detidos ou presos, salvo o caso de flagrante delito; da mesma garantia gozarão os candidatos desde 15 (quinze) dias antes da eleição.

A questão é: por que não assinalamos Paulo e João nessa regra? Ocorre que os fiscais de partido e membros da mesa receptora apenas gozarão dessa garantia no exercício de suas funções, além disso, a eles não se aplica o prazo de 15 dias, mas a regra geral do caput.

Dessa forma, apenas os candidatos não poderão ser presos, salvo em flagrante delito, 15 dias antes das eleições.

42
Q

Diva, prefeita candidata à reeleição, foi denunciada por ter difamado e injuriado Helen, candidata opositora, durante a propaganda eleitoral gratuita veiculada na mídia, tendo-lhe imputado fato ofensivo à sua reputação de servidora pública.

Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz das disposições constitucionais e da legislação eleitoral.

A exceção da verdade é admitida para ambos os fatos, na medida em que Helen é servidora pública e a ofensa foi relativa ao exercício das funções de agente público.

A

Errado.

Uma vez que a exceção da verdade atinge somente a difamação, e não a injúria.

Vejamos o art. 325, do CE.
Art. 325. Difamar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

Pena - detenção de três meses a um ano, e pagamento de 5 a 30 dias-multa.

Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite se ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.

43
Q

Diva, prefeita candidata à reeleição, foi denunciada por ter difamado e injuriado Helen, candidata opositora, durante a propaganda eleitoral gratuita veiculada na mídia, tendo-lhe imputado fato ofensivo à sua reputação de servidora pública.

Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz das disposições constitucionais e da legislação eleitoral.

Verificadas as infrações penais, o MP tem prazo de dez dias para oferecer denúncia, independentemente de representação, uma vez que os crimes eleitorais são de ação pública.

A

Certo.

Como vimos, a ação penal eleitoral é ação pública e o prazo de 10 dias para o MP oferecer denúncia está presente no art. 357, do CE.

Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.

44
Q

Diva, prefeita candidata à reeleição, foi denunciada por ter difamado e injuriado Helen, candidata opositora, durante a propaganda eleitoral gratuita veiculada na mídia, tendo-lhe imputado fato ofensivo à sua reputação de servidora pública.

Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz das disposições constitucionais e da legislação eleitoral.

O juiz pode deixar de aplicar pena caso Helen, de forma reprovável, tenha provocado diretamente os crimes, assim como no caso de retorsão imediata que consista em outros crimes da mesma espécie.

A

Errado.

Pois a pena deixará de ser aplicada, pois só se aplica ao crime de injúria, e não ao de difamação.

Vejamos o art. 326:
Art. 326. Injuriar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção até seis meses, ou pagamento de 30 a 60 dias-multa.
§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - se o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.

45
Q

Diva, prefeita candidata à reeleição, foi denunciada por ter difamado e injuriado Helen, candidata opositora, durante a propaganda eleitoral gratuita veiculada na mídia, tendo-lhe imputado fato ofensivo à sua reputação de servidora pública.

Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz das disposições constitucionais e da legislação eleitoral.

Se o promotor de justiça eleitoral promover o arquivamento, o juiz poderá encaminhar os autos ao
procurador regional eleitoral, que deverá designar outro promotor para oferecer a denúncia.

A

Errado.

De acordo com os §§ 1º e 2º, do art. 357, se o MP requerer o arquivamento do processo, o juiz poderá comunicar o Procurador Regional, o qual poderá oferecer a denúncia, designar outro Promotor ou, ainda, insistir pelo arquivamento do feito.

O erro da questão está em dizer que o Procurador deverá, obrigatoriamente, designar outro Promotor.

Na verdade, o Procurador Regional, depois
de analisar o caso, tomará, dentre as medidas citadas, aquela que entender cabível.

§ 1º Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da comunicação ao Procurador Regional, e este oferecerá a denúncia, designará outro Promotor para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

§ 2º A denúncia conterá a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.

46
Q

Diva, prefeita candidata à reeleição, foi denunciada por ter difamado e injuriado Helen, candidata opositora, durante a propaganda eleitoral gratuita veiculada na mídia, tendo-lhe imputado fato ofensivo à sua reputação de servidora pública.

Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz das disposições constitucionais e da legislação eleitoral.

Se a denúncia for recebida por juiz eleitoral, Diva poderá invocar, em seu favor, como matéria de defesa, a incompetência do juízo, tese que tem sido acolhida pela justiça eleitoral, ao fundamento de que crime cometido por prefeito deve ser julgado pelo tribunal de justiça.

A

Errado.

Uma vez que se trata de crime eleitoral e deve ser julgado pela Justiça Eleitoral.

47
Q

Julgue o item a seguir.

Aplica-se aos crimes eleitorais a disciplina da Lei n.º 9.099/1995, quando cabível.

A

Certo.

O TSE entende ser cabível a Lei nº 9.099/95.
Vejamos o julgado que corrobora esse entendimento:

PROCESSO PENAL ELEITORAL LEIS n.º 9.099/95 e n.º 10.259/2001 APLICABILIDADE. As Leis nºs 9.099/95 e 10.259/2001, no que versam o processo relativo a infrações penais de menor potencial ofensivo, são, de início, aplicáveis ao processo penal eleitoral. A exceção corre à conta de tipos penais que extravasem, sob o ângulo da apenação, a perda da
liberdade e a imposição de multa para alcançarem, relativamente a candidatos, a cassação do registro, conforme é exemplo o crime do artigo 334 do Código Eleitoral (RECURSO ESPECIAL ELEITORAL nº 25137, Acórdão nº 25137 de 07/06/2005, Relator(a) Min. MARCO AURÉLIO MENDES DE FARIAS MELLO, Publicação: DJ Diário de Justiça, Volume I, Data 16/09/2005).