Anestesia em Urologia Flashcards

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Q

Descreva a inervação simpática, parassimpática e da dor do rim

A

Simpática: T8 – L1

Parassimpática: Vago

Dor: T10 – L1

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Q

Descreva a inervação simpática, parassimpática e da dor do ureter

A

Simpática: T10 – L2

Parassimpática: S2-S4

Dor: T10 – L2

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Q

Descreva a inervação simpática, parassimpática e da dor da bexiga

A

Simpática: T11 – L2

Parassimpática: S2 - S4

Dor: T11 – L2 (corpo)
S2 - S4 (colo)

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Q

Descreva a inervação simpática, parassimpática e da dor da próstata

A

Simpática: T11 – L2

Parassimpática: S2 - S4

Dor: T11 – L2
S2 - S4

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Q

Descreva a inervação simpática, parassimpática e da dor do escroto

A

Simpática: Não

Parassimpática: Não

Dor: S2 - S4

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6
Q

Descreva a inervação simpática, parassimpática e da dor do pênis

A

Simpática: L1 – L2

Parassimpática: S2 - S4

Dor: S2 - S4

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7
Q

Descreva a inervação simpática, parassimpática e da dor do testículo

A

Simpática: T10 – L2

Parassimpática: Não

Dor: T10 – L1

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8
Q

Particularidades do uso da morfina no paciente com DRC

A

Doses únicas desse fármaco não demonstraram alterar sua farmacocinética. No entanto,
seu uso crônico está associado ao acúmulo do metabólito morfina-6-glucoronídeo, que possui potentes efeitos analgésico e sedativo. A morfina é metabolizada por conjugação principalmente no fígado, e seus metabólitos ativos hidrossolúveis (morfina-3-glucoronídeo e morfina-6-glucoronídeo) são excretados pelo rim. Como na insuficiência renal (IR) há uma redução das proteínas carreadoras da morfina, sugere-se uma menor dose inicial dessa droga

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9
Q

Particularidades do uso da meperidina no paciente com DRC

A

Seu uso nos pacientes com pobre função renal não é recomendado por causa de seu
metabólito (normeperidina), excretado pelo rim. Seu acúmulo na IR está associado à neurotoxicidade

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10
Q

Particularidades do uso da hidromorfona no paciente com DRC

A

É metabolizada a hidromorfona-3-glucoronídeo, que é excretada pelo rim. Esse metabólito
ativo acumula na IR e pode causar disfunção cognitiva e mioclonias.

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11
Q

Particularidades do uso da codeína no paciente com DRC

A

tem o potencial de causar narcose prolongada, não sendo recomendada para
uso crônico na IR.

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12
Q

Particularidades do uso do fentanil no paciente com DRC

A

É uma boa escolha na IR em razão da sua falta de metabólito ativo, da fração livre inalterada
e da curta fase de redistribuição. Pequenas a moderadas doses tituladas conforme seu efeito
são bem toleradas no paciente urêmico

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13
Q

Particularidades do uso do alfentanil no paciente com DRC

A

Apesar da redução de proteínas carreadoras, sua meia-vida de eliminação e clearance
não sofrem alteração na IR, além de ser metabolizado a compostos inativos. A dose total e a de infusão contínua devem ser similares às dos pacientes com função renal normal

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14
Q

Particularidades do uso do sufentanil no paciente com DRC

A

Sua fração livre está inalterada na IR. No entanto, sua farmacocinética é variável e
pode causar narcose prolongada

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15
Q

Particularidades do uso do remifentanil no paciente com DRC

A

Nem sua farmacocinética nem sua farmacodinâmica são alteradas na IR

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16
Q

Particularidades do uso do propofol no paciente com DRC

A

É rapidamente biotransformado pelo fígado em metabólito inativo, que é excretado pelo
rim. Sua farmacocinética parece estar inalterada na IR, além de não haver relatos de prolongamento
do seu efeito

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17
Q

Particularidades do uso da dexmedetomidina no paciente com DRC

A

Apesar de metabolizada no fígado, foi observado em pacientes com IR um aumento
na duração de seus efeitos sedativos, atribuindo esse efeito ao menor número de proteínas
carreadoras de dexmedetomidina na IR.

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18
Q

Particularidades do uso de benzodiazepínicos no paciente com DRC

A

São extensivamente ligados a proteínas. A IRC aumenta a fração livre de benzodiazepínicos
no plasma, potencializando seus efeitos clínicos. Por exemplo, 60% a 80% do midazolam
são excretados na forma de seu metabólito ativo alfa-hidroxi, que acumula durante infusões
prolongadas na IR

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19
Q

Particularidades do uso do etomidato no paciente com DRC

A

Apresenta fração livre aumentada na IR. No entanto, essa redução de proteínas carreadoras
não parece produzir efeitos clínicos na indução anestésica com etomidato

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20
Q

Particularidades do uso do tiopental no paciente com DRC

A

A fração livre de uma dose de indução anestésica de tiopental está aumenta em até
duas vezes na IR, justificando seus efeitos clínicos exagerados na IRC. A dose de indução anestésica
deve ser reduzida consideravelmente na IR

21
Q

Particularidades do uso de cetamina no paciente com DRC

A

A IR parece ter menor influência na fração livre de cetamina. Sua redistribuição e metabolização
hepática são responsáveis pelo término de seu efeito, com < 3% da droga excretada na
urina inalterada. Norcetamina, o principal metabólito com 1/3 de sua atividade farmacológica, é
metabolizado antes de sua excreção renal

22
Q

Particularidades do uso de succinilcolina no paciente com DRC

A

Metabolizada pela pseudocolinesterase a succinilmonocolina, este metabólito é excretado
pelo rim. Doses elevadas de succinilcolina, que pode resultar do seu uso prolongado, devem ser evitadas na IR. O uso de succinilcolina causa aumento rápido e transitório de 0,5 mEq.L-1 dos níveis séricos
de potássio. Em pacientes politraumatizados, queimados e com dano neurológico, esse aumento pode chegar até 5 mEq.L-1 a 7 mEq.L-1, que pode resultar em colapso cardiovascular. Nos pacientes urêmicos com hipercalemia, seu uso deve ser evitado. Se o paciente com IR apresenta níveis séricos de potássio
normais ou recentemente realizou diálise (últimas 24 horas), o uso de succinilcolina é seguro

23
Q

Particularidades do uso de pancurônio no paciente com DRC

A

Trinta por cento a 50% é excretado na urina. Possui uma meia-vida de eliminação prolongada na IR, portanto, seu uso deve ser cauteloso nesses pacientes

24
Q

Particularidades do uso de cisatracúrio e atracúrio no paciente com DRC

A

Metabolizados por hidrólise de esterases plasmáticas e por degradação não enzimática (eliminação de Hoffman), com mínima excreção renal de seus compostos. A meia-vida de
eliminação, o clearance e a duração de ação desses fármacos não são afetados pela IR, assim como não há relato de prolongamento dos efeitos clínicos. Seus usos estão fortemente indicados na IR

25
Q

Particularidades do uso de vecurônio no paciente com DRC

A

Trinta por cento é eliminado pelo rim. Por causa da meia-vida de eliminação aumentada
e reduzido clearance plasmático, sua duração de ação é prolongada na IR.

26
Q

Particularidades do uso de rocurônio no paciente com DRC

A

Relaxante muscular de rápido início de ação possui farmacocinética similar à do vecurônio em indivíduos normais. A meia-vida de eliminação está aumentada em função do maior
volume de distribuição na IR, sem alteração no clearance. Isso pode explicar a duração de ação
prolongada nos pacientes anéfricos; no entanto, a relevância clínica ainda é incerta

27
Q

Particularidades do uso de mivacúrio no paciente com DRC

A

Relaxante de curta duração, é metabolizado pela pseudocolinesterase plasmática. Seu efeito pode estar prolongado de 10 a 15 minutos na IR por causa da reduzida atividade da pseudocolinesterase,
nesses pacientes, associada à uremia ou hemodiálise

28
Q

O … representa de 85% a 90% dos tumores sólidos renais. Refratário à quimioterapia
e à radioterapia, a … é a sua melhor opção de cura

A

carcinoma de células renais

nefrectomia radical

29
Q

5%–10% dos carcinomas de células renais apresentam invasão da …

São mais comuns em … (sexo)

Associado a tabagismo / … e pacientes …

A

veia cava inferior e átrio direito

Homens

DPOC

coronariopatas

30
Q

A cirurgia no contexto do carcinoma de células renais pode ser feita aberta ou laparoscópica. A anestesia deve ser … podendo ser associado

Nos casos em que há invasão da veia cava ou do átrio, o acesso venoso central deve ser puncionado no … e a pressão venosa central (PVC) pode ser …

Por causa da obstrução do retorno venoso, a possibilidade de hipotensão grave deve ser considerada na indução.

Monitorização com … pode ser benéfica na detecção de embolia tumoral

A

geral

bloqueio peridural com inserção de cateter para analgesia pós-operatória

lado esquerdo

superestimada

ecocardiograma transesofágico

31
Q

Posicionamento usual durante uma nefrectomia radical

A

decúbito lateral com exposição da região dos flancos

32
Q

Implicações do posicionamento usualmente usado na nefrectomia radical

A

As mudanças respiratórias
incluem diminuição da complacência respiratória, do volume corrente, das capacidades vital e residual
funcional. Atelectasia no pulmão dependente pode ocorrer e levar à hipoxemia. Pneumotórax também pode ocorrer e causar importante repercussão respiratória e hemodinâmica. Hipotensão por diminuição
do retorno venoso nos casos de invasão de veia cava inferior pode ser observada. Deve-se tomar cuidado também com a compressão e com o estiramento de raízes nervosas dos plexos braquial e cervical e do nervo fibular comum devido ao posicionamento lateral

33
Q

Na prostatectomia radical, a perda sanguínea intraoperatória é
significativamente menor se a anestesia … é realizada.

Atribui-se esse achado a …

A

peridural ou a anestesia combinada peridural e geral com ventilação espontânea

maior pressão venosa verificada nos casos de ventilação com pressão positiva

34
Q

A anestesia peridural ou combinada com anestesia geral diminui o risco de … e acelera o …

A

tromboembolismo, de dor pós-operatória e uso de analgésicos

retorno da função intestinal

35
Q

Durante a RTU vários seios venosos são abertos, e a absorção do líquido de
irrigação pode causar distúrbios conhecidos como …

A

Síndrome da Ressecção Transuretral de Próstata (SRTU)

36
Q

Cite pontos favoráveis e desfavoráveis do uso de Glicina 1,5% (osmol 220) na irrigação durante a RTU

A

Pntos Favoráveis:
Menor chance de Síndrome da RTU

Pontos Desfavoráveis:
Perda visual
Hiperamoninemia
Hiperoxalúria

37
Q

Cite pontos favoráveis e desfavoráveis do uso de sorbitol 3,5% (osmol 165) na irrigação durante a RTU

A

Pontos Favoráveis:
Menor chance de Síndrome da

Pontos Desfavoráveis:
RTU Hiperglicemia
Diurese osmótica

38
Q

Cite pontos favoráveis e desfavoráveis do uso de manitol 5% (osmol 275) na irrigação durante a RTU

A

Pontos Favoráveis:
Isosmolar
Não metabolizada

Pontos Desfavoráveis:
Diurese osmótica
Expansão intravascular

39
Q

A anestesia … é a de escolha para a RTU, quando a técnica tradicional de eletrocauterização
com eletrodo monopolar é utilizada

A

espinhal

40
Q

A anestesia regional ideal para RTU deve atingir um nível de bloqueio que interrompa a
transmissão sensorial proveniente da próstata e do colo da bexiga. Esse nível de bloqueio até … promove
proteção da sensação desconfortável de distensão vesical. Níveis de bloqueio acima de … não são desejados,
pois os sintomas sugestivos de perfuração da cápsula prostática (dor) não serão percebidos

A

T10

T9

41
Q

A causa da SRTU era considerada basicamente pela hiponatremia, mas hoje se sabe que a principal causa é a …, que permite movimentação de água do sistema nervoso central (SNC) provocando
…, com consequente confusão e coma

A

hiposmolaridade

edema cerebral

42
Q

Cite aletrações no SNC e no ECG com os seguintes níveis séricos de sódio (mEq/L)
1)120
2) 115
3) 110

A

1) 120: Confusão; Pode alargar QRS

2) 115: Sonolência e náuseas; Alargamento QRS, elevação ST

3) 110: Convulsões e coma; Fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular

43
Q

A maioria das perfurações vesicuais durante a RTU é …peritoneal e no paciente sob bloqueio espinhal e com leve sedação, sem prejuízo da consciência, resulta em dor

Raramente ocorre perfuração …peritonial, em que
o quadro é mais intenso, com dor …, que pode estar acompanhada de palidez, sudorese, náuseas, vômitos e hipotensão

A

extra

periumbilical, inguinal e/ou suprapúbica

intra

generalizada abdominal/quadrantes superiores do abdome ou em
região de ombro

44
Q

A prevenção da SRTU consiste em …

A
  • reduzir o tempo de ressecção;
  • limitar a altura do líquido de irrigação inicialmente em 30 cm e no final do procedimento a 15 cm;
  • evitar uso de soluções hipotônicas endovenosas;
  • tratar hipotensão arterial com vasopressores em vez de expansão de cristaloides.
45
Q

Manejo da SRTU

A

interrupção do procedimento, restrição volêmica, diuréticos de alça e, em alguns casos, uso de solução hipotônica de NaCl a 3%. Suporte ventilatório e hemodinâmico devem
ser assegurados e monitorização invasiva (PAM) e acesso venoso central podem ser necessários em alguns
casos mais severos. Um eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações, eletrólitos, creatinina, glicemia e gasometria
arterial são bem indicados para diagnósticos diferenciais e como guia do tratamento

46
Q

Correção rápida do sódio pode provocar …

A

desmielinização do SNC (mielinólise pontina central)

47
Q

Posicionamento usual da RTU

A

Litotomia com leve cefalodeclive

48
Q

Nos procedimentos urológicos por videolaparoscopia, dois aspectos principais devem ser considerados. Cite-os

A

1) grande parte deles é feito por via retroperitonial (o sistema urogenital é principalmente retroperitonial), que pode proporcionar grande escape de gás para a região cervical com consequente enfisema
subcutâneo cervical. A avaliação dessa manifestação e sua intensidade devem ser criteriosas ao extubar o paciente em função do edema faríngeo secundário ao enfisema subcutâneo

2) procedimentos podem ser mais longos e evoluir com importante acidose devido à maior absorção de dióxido de carbono