Anestesia em Obstetrícia Flashcards

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1
Q

Descreva a síndrome de hipotensão supina

A

Mais de 15% das gestantes saudáveis a termo podem apresentar um quadro grave de bradicardia e que- da substancial da pressão arterial em decúbito dorsal horizontal.

Essa síndrome é resultado da profunda redução do retorno venoso por compressão da veia cava pelo útero gravídico e sua gravidade depende do posicionamento, tamanho do útero e da idade gestacional

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2
Q

Qual alteração ácido básica é esperada na gestante a termo?

A

alcalose respiratória crônica associada a acidose metabólica compensatória

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3
Q

Por que a IOT na gestante é um desafio?

A
  • a capacidade residual funcional da gestante sofre uma redução de cerca de 20%. Esta alteração, associada ao aumento no consumo de oxigênio em cerca de 40%, é responsável por uma dessaturação mais rápida da gestante em apneia em relação a pacientes não obstétricas;
  • ingurgitamento vascular da via aérea que se inicia no primeiro trimestre resulta em edema da nasofaringe, orofaringe, laringe e traqueia;
  • possibilidade de piora da classe de Mallampati durante a gestação;
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4
Q

Em seu trabalho,… dividiu a pneumonia em grupos de aspiração de sólidos e líquidos. A aspiração de sólidos em geral leva à morte por asfixia, e a aspiração de líquidos é mais grave quanto maior…
Embora a gestação, ao contrário do que se pensa, … velocidade de esvaziamento gástrico em pacientes hígidas e obesas, o volume do conteúdo gástrico da maior parte das gestantes pode ser maior que 25 mL e apresentar pH inferior a 2,5 (provavelmente relacionado com a produção de … pela placenta a partir da … semana de gestação)

A

Mendelson

a acidez e o volume do conteúdo aspirado

pareça não alterar significativamente a

gastrina

15a

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5
Q

Em que gestantes deve ser feita a profilaxia farmacológica de aspiração pulmonar?

A

A profilaxia farmacológica para aspiração pulmonar deve ser utili- zada em todas as pacientes com idade gestacional maior que 18 semanas a serem submetidas à anestesia geral e há evidências mostrando que risco desta complicação durante o despertar da anestesia é quase tão alto quanto durante a indução. Assim, o esquema profilático está indicado mesmo que não seja pos- sível aguardar o tempo adequado para efeito (de 30 a 40 minutos) antes da indução anestésica

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6
Q

Por que antiácidos particulados não de em ser usados no contexto da profilaxia para aspiração pulmonar?

A

Antiácidos particulados não devem ser usados porque, quando aspirados, causam um shunt pulmonar e hipoxemia similares ao da aspiração de suco gástrico

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7
Q

Como realizar a profilaxia de aspiração pulmonar?

A

Em relação aos demais medicamentos, recomendação atual sugere o uso venoso de antagonistas dos receptores H2 (ranitidina 50 mg) ou inibidores da bomba de prótons (omeprazol 20 mg) para diminuição da acidez gástrica, e de metoclopramida (10 mg) pela ação pró-cinética. Estes medicamentos devem ser administrados de 30 a 40 minutos antes do início do ato anestésico ou imediatamente antes da indução em situações de emergência

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8
Q

Que fatores afetam a transferência de medicamentos através da placenta?

A

lipossolubilidade, ligação proteica, pKa, pH e fluxo sanguíneo

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9
Q

Caracterize a dor no primeiro estágio do trabalho de parto

A

No primeiro estágio do trabalho de parto, as dores são causadas pela contração uterina e dilatação do colo e, nesse estágio, a dor tem predominantemente um caráter visceral, sendo transmitida por fibras do tipo C.

Os estímulos aferentes são resultantes de isquemia e reação inflamatória produzidos pe- las contrações, sendo transmitidos através da região paracervical ao nervo e plexo hipogástrico, à cadeia simpática lombar, chegando aos gânglios da raiz dorsal nos segmentos T10 a L1 e, em seguida, ao corno posterior da medula espinal

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10
Q

Caracterize a dor no segundo estágio do parto

A

Durante o segundo estágio do trabalho de parto, na medida em que a apresentação fetal distende as estruturas pélvicas e o períneo, ocorre ativação de fibras somáticas dos segmentos sacrais S2 a S4 (que for- mam o nervo pudendo), associada à tração e compressão de estruturas vizinhas (ovários, tubas uterinas, peritônio parietal, bexiga, uretra e reto). Neste estágio, portanto, um componente doloroso somático é associado ao componente viceral já presente. Durante todo o processo, em razão das projeções cere- brais, o componente emocional pode exercer forte influência sobre o limiar de tolerância e respostas da parturiente à dor

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11
Q

Como a dor persistente não controlada pode afetar o sistema respiratório da gestante?

A

Sistema Respiratório
1. Hiperventilação durante as contrações
a. Aumento no consumo materno de oxigênio
b. Alcalose respiratória, com desvio da curva de dissociação da hemoglobina para a esquerda e menor liberação tissular de oxigênio para o feto
c. Vasoconstrição reflexa
d. Redução do fluxo sanguíneo cerebral materno
e. Redução no fluxo sanguíneo umbilical

  1. Hipoventilação no intervalo das contrações
    a. Redução da pressão arterial de oxigênio materna
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12
Q

Como a dor persistente não controlada pode afetar o sistemacardiovascular da gestante?

A

Sistema Cardiovascular
1. Aumento dos níveis de catecolaminas plasmáticas maternas
2. Redução da circulação uteroplacentária
3. Desequilíbrio na produção de adrenalina e noradrenalina, com interferência na dinâmica uterina 4. Aumento do débito cardíaco entre 10% e 25%, com sobrecarga hemodinâmica
5. Aumento da pressão arterial entre 5% e 20%

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13
Q

Como a dor persistente e não controlada pode afetar o sistema gastrointestinal da gestante?

A

Sistema Gastrintestinal
1. Diminuição da motilidade gástrica
2. Retardo no esvaziamento gástrico, com aumento da incidência de náuseas e vômitos
3. Aumento da secreção de gastrina, com consequente aumento da acidez do conteúdo gástrico 4. Aumento do risco de regurgitação e aspiração pulmonar

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14
Q

Quando iniciar a analgesia durante o parto?

A

a analgesia deve ser iniciada no momento em que a dor se torna incômoda para a parturiente, indepen- dentemente do grau de dilatação do colo uterino e desde que haja diagnóstico de fase ativa do trabalho de parto (contrações rítmicas na frequência de 3 a 5 em um intervalo de 10 minutos e resultando em dilatação do colo uterino)

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15
Q

Cite métodos não farmacológicos para controle da dor no parto

A

Métodos não farmacológicos
• Psicoprofilaxia
• Hidroterapia com imersão ou banho em água morna
• Bola de Bobath
• Massagem lombar
• Doula

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16
Q

Cite métodos farmacológicos para controle da dor no parto

A

Métodos farmacológicos
2.1 Analgesia Neuroaxial
• Peridural (com cateter) – Intermitente/Contínua/Controlada pela paciente
• Combinada (com cateter) – Intermitente/Contínua/Controlada pela paciente • Analgesia subaracnóidea em dose única

2.2 Analgesia Sistêmica
• Venosa – Fentanil / Remifentanil • Inalatória – Óxido nitroso

2.3 Bloqueios Regionais
• Bloqueio do nervo pudendo bilateral

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17
Q

Quais as técnicas anestésicas de escolha para analgesia durante o parto?

A

as técnicas peridural e combinada representam atualmente o padrão para a analgesia de parto e, entre as modalidades de repique disponíveis, as técnicas intermitentes parecem ser as mais adequadas por proporcionarem melhor analgesia com menor gasto de anestésico

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18
Q

Os ganhos em satisfação e bem-estar maternos e a possibilidade do desen- volvimento de cetose pelo jejum prolongado durante o parto foram também responsáveis pela mudança, sendo hoje permitido a livre ingestão de líquidos sem resíduos, com restrição apenas nas pacientes

A

obesas mórbidas, diabéticas, com critérios de dificuldade para intubação ou alto risco de conversão em cesariana

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19
Q

Em analgesia de parto, a técnica peridural com cateter pode ser a mais indicada em determinadas situações. Cite-as

A

Analgesia peridural com cateter
• Doenças cardiovasculares com baixa tolerância a alterações hemodinâmicas rápidas
• Doenças neurodegenerativas (esclerose múltipla)
• História pregressa de cefaleia pós-punção de dura-máter

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20
Q

Em analgesia de parto, a técnica combinada com cateter pode ser a mais indicada em determinadas situações. Cite-as

A

Analgesia combinada com cateter
• Necessidade de início mais rápido do alívio da dor
• Analgesia imediata na região perineal (pacientes em fase avançada do trabalho de parto)
• Indicação da analgesia em fase precoce do trabalho de parto, pela possibilidade do uso de opioides lipofí- licos isolados

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21
Q

Em analgesia de parto, a técnica de raquianalgesia em dose única pode ser a mais indicada em determinadas situações. Cite-as

A

Raquianalgesia em dose única
• Indicação da analgesia no final do primeiro estágio ou no período expulsivo
• Impossibilidade de inserção do cateter peridural

22
Q

Cite efeitos indesejáveis da analgesia neuronial durante o trabalho de parto

A
  1. Prurido
    • Em geral leve, sendo desnecessárias intervenções para o tratamento
  2. Hipotensão arterial
    • Rara, em geral leve e de fácil correção com o uso de vasopressores em bolus. A possibilidade deste efeito
    requer, no entanto, como mostrado adiante, o uso de monitorização intermitente da pressão arterial, em especial nos primeiros 30 minutos após a administração da analgesia
  3. Aumento do tempo de duração do segundo estágio do trabalho de parto
    • Mecanismo ainda não esclarecido
    • Não associada a pior Apgar ou pH de cordão umbilical do recém-nascido
  4. Provável aumento da incidência de partos instrumentados
    • Em especial quando há relaxamento excessivo da musculatura perineal. Em decorrência de estudos com
    diferentes resultados em relação a esta variável, ainda não há consenso de que haja relação entre a anal- gesia e o uso de fórceps
  5. Retardo no início da amamentação
  6. Hipertermia materna
    • Etiologia ainda desconhecida, sem aparente prejuízo materno e fetal
  7. Bradicardia fetal transitória
    • Maior incidência com o uso de opioides subaracnóideos, em especial sufentanil em doses superiores a 15
    μg, sendo explicada pela hipersistolia ocasionada pela queda abrupta na concentração de adrenalina circu- lante após o alívio da dor. Refere-se a uma bradicardia com frequência mínima de 80 bpm, flutuante e que ocorre dentro dos 30 primeiros minutos após a analgesia. Não requer, na maior parte dos casos, nenhuma intervenção específica além da observação rigorosa
23
Q

Cite os critérios para permitir a deambulação da gestante após analgesia neuroaxial

A
  1. Ausência de contraindicação obstétrica
  2. Tempo mínimo de 30 minutos após o bloqueio neuroaxial ou o repique pelo cateter peridural
  3. Liberação pelo anestesiologista responsável
  4. Ausência de bloqueio motor (a paciente deve ser capaz de, em decúbito dorsal, elevar as pernas esticadas a pelo menos 45o)
  5. Presença de acompanhante capaz de fornecer sustentação à paciente durante o período de deambulação
  6. Dados vitais estáveis e ausência de sintomas na posição sentada
  7. Mudança de posição (sentada para em pé) lenta e cuidadosa
  8. Área de caminhada restrita ao bloco obstétrico. Após o retorno ao leito, reinício da monitorização com oximetria de pulso
24
Q

Cite contraindicações absolutas e relativas a analgesia neuroaxial durante o parto

A
  1. Recusa materna, na ausência de fatores preditores de uma via aérea difícil
  2. Situações impeditivas à colaboração da paciente durante a execução da técnica, aumentando o risco de lesões em estruturas neurais e outras complicações:
    a. Doença psiquiátrica grave não compensada
    b. Déficit de desenvolvimento neuropsicomotor grave
    c. Imaturidade emocional importante
    d. Paciente de língua estrangeira, sem disponibilidade de profissionais com fluência ou tradução adequadas
  3. Hipertensão intracraniana secundária a lesão expansiva
  4. Instabilidade hemodinâmica
  5. Distúrbios de coagulação RNI > 1,3
    PTTA > 1,5x o controle Plaquetometria < 80.000
    Uso de medicamentos anticoagulantes
  6. Sepse
  7. Infecção no local da punção
  8. Alergia documentada a anestésicos locais
  9. Cardiopatias maternas (descompensadas ou primariamente incompatíveis com as técnicas neuroaxiais)
  10. Doença neurológica preexistente (esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, neuromielite óptica e neuropatias periféricas de membros inferiores)
  11. Inexperiência do anestesiologista na realização de analgesia de parto
25
Q

Na presença de contraindicações ao uso da analgesia neuroaxial, técnicas sistêmicas alternativas podem ser oferecidas à gestante, sendo uma das indicações o uso de

A

Remifentanil venoso em infusão contínua ou controlada pela paciente e o óxido nitroso 50% inalatório

26
Q

Por que a meperidina não deve ser usada na gestante?

A
  • A maioria dos trabalhos mostra que a meperidina produz certo grau de analgesia, mas com falhas ou resposta insuficiente em um grande número de casos
  • A depressão fetal prolongada associada ao seu uso é um efeito bem documentado. Ela ocorre em virtude da meia-vida prolongada do fármaco (2,5 a 3 horas na mãe e 18 a 23 horas no neonato) e do acúmulo de metabólitos ativos. A normeperidina, por exemplo, tem uma meia-vida de 60 horas e pode ser responsável por depressão respiratória neonatal persistente por até 3 a 5 dias após o nascimento
27
Q

A técnica anestésica de escolha para conversão em uma cesárea de emergência é a …

A

complementação da peridural

28
Q

Por que a anestesia neuroaxial é preferível no contexto da obstetrícia?

A

As técnicas neuroaxiais são a anestesia de escolha para a cesariana, por reduzir a exposição neonatal a medicamentos, permitir a consciência materna, reduzir o sangramento intraoperatório e puerperal, me- lhorar a qualidade da analgesia e evitar a manipulação invasiva da via aérea materna

29
Q

Por que durante a realização de peridural e gestantes a incidência de injeção intravascular é maior? Qual a utilidade do teste com lidocaína e adrenalina nesse contexto?

A

O ingurgitamento do plexo venoso vertebral na gestante torna a injeção intravascular durante a peridural mais comum nestas pacientes e o uso da dose teste com lidocaína asso- ciada à adrenalina não tem validade adequada em identificar a injeção vascular em grávidas

30
Q

Cite um esquema que anestésicos que pode ser utilizado em uma raquianestesia em obstetrícia

A

A bupivacaí- na hiperbárica é o anestésico de escolha na maior parte dos Centros Obstétricos, e as doses recomendadas atualmente variam entre 8 e 15 mg, devendo ser individualizadas de acordo com a situação. Um bloqueio de melhor qualidade é obtido com a adição de um opioide lipofílico à solução (fentanil 15 – 25 μg ou sufen- tanil 1,5 – 2,5 μg) com redução da incidência de desconforto ou dor interescapular à manipulação uterina. A adição de um opioide hidrofílico é altamente recomendável para reduzir a dor aguda pós-operatória, e a morfina (70 – 100 μg) parece ser a escolha mais apropriada. A ausência de um opioide de longa duração pode resultar em quadros graves de dor que se prolongam e cronificam.

31
Q

Como assegurar que o nível de bloqueio neuroaxial está adequado para a cesariana?

A

A incapacidade de flexão da coxa ou da movimentação dos pés usualmente indica bloqueio lombossacral adequado, mas, como fibras que inervam órgãos abdominais e pélvicos têm projeções ascendentes e descendentes pelo tronco simpático (de T5 a L1), um bloqueio adequado deve se estender dos dermátomos sacrais ao quarto dermátomo torá- cico. Desta forma, antes da incisão cirúrgica, um teste de sensibilidade tátil ou térmico deve ser realizado na região da linha intermamilar (T4) para assegurar o alcance da altura adequada do bloqueio

32
Q

Qual gestante necessita de antiobioticoprofilaxia durante a cesariana? Qual a dose e ATB de escolha? Em caso de alergia ao ATB de primeira linha, qual seria uma alternativa?

A

A antibioticoprofilaxia é indicada em todas as pacientes a serem submetidas a cesarianas por reduzir a incidência de endometrite, infecção da ferida cirúrgica e do trato urinário. A recomendação atual é a administração de uma cefalosporina de primeiro geração (cefazolina ou cefalotina) 2 g dentro da 1a hora que antecede a incisão cirúrgica (podendo, portanto, ser feita antes do bloqueio neuroaxial ou indução anestésica)74. Considerando o aumento no volume de distribuição, pacientes com IMC > 30 Kg.m2 -1 ou peso > 100 Kg devem receber uma dose maior de antibiótico (3 g). Em caso de alergia às cefalosporinas ou betalactâmicos, a associação de clindamicina 600 mg + gentamicina 240 mg parece ser a alternativa mais adequada (devendo-se, neste caso, considerar o uso após o pinçamento do cordão umbilical).

33
Q

Cite estratégias para reduzir a incidência de hipotensão na gestante após a realização da anestesia neuroaxial

A
  • Adequar o posicionamento para evitar compressão da veia cava pelo útero
  • Hidratação IV: soluções cristaloides devem ser infundidas durante e imediatamente após a realização do bloqueio espinal em gestantes (co-hidratação).
34
Q

Quais as drogas de escolha para tratamento da hipotensão na gestante após o bloqueio neuroaxial?Que droga deve ser evitada?

A

Existe uma clara preferência atualmente pelo uso dos agentes alfa-adrenérgicos. Entre estes se destacam a fenilefrina e, no nosso meio, o metaraminol. Além destes, até mesmo a noradrenalina tem sido avaliada para a manutenção da pressão arterial materna.

A efedrina que era o agente de escolha por muitos anos para o tratamento da hipotensão arterial em pacientes obstétricas, ficou relegada a segundo plano uma vez que observou-se, em alguns estudos, redução do pH de cordão umbilical, que parece ser decorrente da passagem placentária deste agente, levando a um aumento do metabolismo e da lipólise fetais

35
Q

A ocitocina apresenta uma meia-vida de eliminação bastante reduzida, estimada em
torno de …

Esta característica farmacológica demanda a necessidade de uma infusão contínua para um efeito terapêutico mais prolongado.

Por outro lado, sabe-se que os receptores da
ocitocina apresentam nítido efeito de atenuação de resposta de forma …-dependentes.

A

3 a 12 minutos

dose e tempo

36
Q

Cite alguns dos efeitos adversos associados ao uso de ocitocina

A

anafilaxia, rubor facial, náuseas, vômitos, hiponatremia e aqueles ligados ao sistema
cardiovascular, tais como vasodilatação periférica, taquicardia, arritmias, hipotensão arterial, isquemia miocárdica,

37
Q

Cite situações em que a anestesia geral deve ser a técnica de escolha durante a anestesia em obstetrícia

A
  1. Nos casos em que o anestesiologista não tem sucesso na execução do bloqueio
  2. Nos casos em que ocorre falha parcial do bloqueio sem resolução por um bloqueio alternativo
  3. Nos casos de dor intraoperatória persistente decorrente de um bloqueio inadequado e não resolvido com o uso de outros métodos analgésicos
  4. Nas situações de emergência em que o quadro obstétrico impossibilite o posicionamento ou tempo adequados para a realização da raquianestesia
  5. Nos casos de emergência em que a existência de contraindicações ao bloqueio não pode ser adequadamente investigada (o risco-benefício da realização da anestesia fica a critério do julgamento clínico de cada profissional e deve levar em consideração os dados obtidos na avaliação da via aérea materna).
  6. Nas situações em que é necessária a realização de cirurgia ex utero intrapartum treatment (EXIT) em associação à cesariana
37
Q

Como realizar a profilaxia de NVPO na gestante?

A

Estudos mostram que a profilaxia
é recomendada e a associação de ondansentrona (4 mg) e dexametasona (5 – 10 mg) parece a mais adequada. O uso de ondansentrona antes do bloqueio neuroaxial parece reduzir a incidência de hipotensão arterial e a dexametasona deve ser reservada para administração após o pinçamento do
cordão umbilical

38
Q

Critérios diagnósticos pré-eclâmpsia

A

Elevação de níveis pressóricos (pressão arterial sistólica > 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica > 90 mmHg) a partir da 20a
semana de gestação em duas medidas com um intervalo mínimo de 4 horas (exceto se a terapia anti-hipertensiva já tiver sido iniciada) com paciente em repouso

+

Proteinúria, definida como maior que 300 mg de proteína em 24 h ou uma extrapolação equivalente a este valor a partir de uma amostra coletada por menor intervalo de tempo ou uma razão proteína/creatinina urinária maior ou igual a 3 mg.dL-1

Na ausência de proteinúria, a pré-eclâmpsia pode ser diagnosticada pela associação de hipertensão de início recente e a partir da 20a
semana de gestação associada aos seguintes critérios: a. Trombocitopenia (plaquetometria < 100.000/mm3)
b. Alteração da função hepática (indicada pela elevação das transaminases hepáticas em duas vezes o valor de referência), dor importante e persistente no quadrante superior direito, não responsiva ao uso de analgésicos e sem outro diagnóstico aparente
c. Sinais de insuficiência renal (creatinina > 1,1 mg.dL-1 ou aumento em duas vezes do valor de creatinina na ausência de doença renal prévia)
d. Edema pulmonar
e. Distúrbios visuais ou cerebrais

39
Q

Cite implicações anestésicas associadas ao uso de sulfato de magnésios nas gestantes

A

O magnésio pode prolongar os efeitos dos bloqueadores neuromusculares adespolarizantes pela competição
com o cálcio e é recomendado o uso de monitorização da junção neuromuscular.
O magnésio também pode aumentar a incidência e gravidade da hipotensão em pacientes sob anestesia neuroaxial e interferir com as adaptações cardiovasculares normais durante uma síndrome hemorrágica

40
Q

Tríade clássica da embolia de líquido amniótico

A

colapso cardiovascular súbito, dispneia e coagulopatia de consumo.

41
Q

Tratamento da embolia de líquido amniótico

A

O tratamento da ELA baseia-se principalmente em medidas gerais de suporte que serão ditadas pela apresentação clínica

42
Q

Fisiopatologia proposta para a embolia de líquido amniótico

A

Nem todos os pontos da fisiopatologia da ELA estão definitivamente esclarecidos. A obstrução mecânica da vasculatura pulmonar, através de tecidos e substâncias provenientes do feto e do líquido amniótico, não parece desempenhar um fator preponderante. O curso clínico da maioria dos casos identificados como ELA é bastante diverso, o que dificulta a investigação e sugere a existência de diferentes mecanismos fisiopatológicos. A maior parte dos autores sugere que esta síndrome seja causada por uma reação anafilactoide materna a algum dos componentes, ainda não definitivamente identificado, do líquido amniótico. A entrada deste líquido na circulação materna leva à liberação de mediadores, tais como o
fator ativador de plaquetas, histamina, bradicinina, endotelina, leucotrienos, e outros derivados do ácido aracdônico. Esses mediadores induzem a um aumento na permeabilidade vascular, broncoconstrição agregação plaquetária, e o desencadeamento de uma reação inflamatória sistêmica através da ativação do sistema de complementos e de outras cascata humorais

43
Q

Técnica anestésica de escolha em caso de cesariana de urgência por descolamento prematuro de placenta

A

A gravidade do descolamento e a urgência do parto devem ser consideradas na abordagem anestésica.
Raquianestesia, anestesia combinada ou anestesia peridural podem ser administradas em pacientes estáveis nas quais o estado do volume intravascular é adequado e os estudos de coagulação são normais. A
anestesia geral é o preferível na maior parte dos casos de cesariana urgente com instabilidade materna, padrão não tranquilizador à cardiotocografia ou ambos.

  • O propofol pode precipitar hipotensão severa em pacientes com hipovolemia não reconhecida, sendo o etomidato uma opção melhor para pacientes instáveis. Ressuscitação volêmica agressiva e monitorização invasiva da pressão arterial podem ser necessárias em quadros de sangramento grave com instabilidade hemodinâmica. Assim como em qualquer quadro de hemorragia obstétrica, a tipagem sanguínea e o contato precoces com o banco de sangue são essenciais
44
Q

A hemorragia pós-parto (HPP) é definida como

A

a perda volêmica superior a 500 mL em um parto vaginal ou de 1.000 mL após uma cesárea

45
Q

A HPP será considerada intensa quando

A
  • a perda sanguínea for superior a 1.500 mL;
  • for necessária transfusão de pelo menos 4 unidades de hemoderivados;
  • resultar em uma redução de 4 g.dL-1 na hemoglobina ou em instabilidade hemodinâmica.
46
Q

A HPP derá considerada maciça se a perda
volêmica for superior a

A

2.500 mL

47
Q

Fatores de risco para HPP

A

Distensão uterina intensa (gestações múltiplas, macrossomia fetal, polidrâmnio), trabalho de parto prolongado, uso de ocitocina durante o trabalho de parto, uso de tocolíticos, multiparidade, anestesia geral, idade materna avançada e história prévia de HPP

48
Q

Em estudo publicado em 2011, os autores analisaram retrospectivamente 456 HPP ocorridas em um período de três anos e verificaram que… era inversamente proporcional ao volume de hemoderivados
transfundidos. Desta forma, concluem que o … foi o parâmetro que melhor se correlacionava à
intensidade da hemorragia, sendo o marcador mais útil para a identificação do desenvolvimento de distúrbios da coagulação nesta população de pacientes

A

a concentração plasmática do fibrinogênio

fibrinogênio

49
Q

Efeitos adversos possíveis com uso de misoprostol

A

tremor, hipertermia e diarreia