Visao Submormal Flashcards
nistagmo ocular
é composto por movimentos rítmicos e involuntários dos olhos, independente dos movimentos normais. Ele pode ser classificado de várias formas, existindo três tipos clínicos gerais: o fisiológico, o sensorial e o motor.
No tipo fisiológico estão incluídos aqueles nistagmos considerados como resposta normal do organismo a algum estímulo externo, por exemplo, o optocinético, que é um reflexo de fixação.
O tipo sensorial ocorre em decorrência de um defeito aferente no controle do sistema neural de fixação ocular, que ocorre, por exemplo, na amaurose congênita de Leber, na catarata congênita, na hipoplasia macular e na cicatriz coriorretiniana macular bilateral congênita, como no enunciado.
O tipo motor é devido a um defeito primário no mecanismo eferente, englobando diversos tipos de nistagmos, como o latente e o central. Sendo que o latente ocorre em fixação uniocular e se manifesta na oclusão de um olho, com os dois apresentando nistagmo. O central, como o próprio nome já diz, é decorrente de alteração do sistema nervoso central. Os diversos tipos são exemplificados na tabela abaixo
Acuidade visual
definição da notação métrica M de Sloan, que determina que uma letra 1M tem um ângulo visual de 5 minutos de arco a 1 metro, com progressão linear. Assim, uma letra 2M poderia ser vista a 2 metros, e assim sucessivamente
Qual é a mínima acuidade visual para longe de uma pessoa que consegue ler, a 40 cm, optotipos de tamanho 0,4 M?
Na notação fracionária, registramos a distância que o paciente reconheceu o optotipo sobre o tamanho do optotipo reconhecido (AV distância/tamanho). Tomando a questão como exemplo, se o paciente leu a 40 cm, equivalente a 0,4 m, um tamanho de 0,4, então temos: AV = 0,4/04 = 1,0. Ou seja a Acuidade visual desse paciente é de 1,0.
Lupa manual
Nos pacientes com alteração importante do campo visual, como no caso da questão, para a visão de perto, a melhor opção seria o uso da lupas de apoio, devido a maior estabilidade da imagem formada. O uso da lupa manual pode ser tentado sim, porém, exigiria um campo visual periférico remanascente para melhor posicionamento da imagem e aproveitamento da visão.
óculos esferoprismáticos
As lentes esferoprismáticas:
são montadas com prismas de base nasal para facilitar a convergência.
podem ser montadas com até 12 dioptrias mantendo a binocularidade.
são indicadas para auxílio nos pacientes que têm acuidade visual para perto semelhante em ambos os olhos.
apresentam uma distância fixa e curta de leitura.
Tanto os óculos esferoprismáticos, quanto as lentes asféricas de alto poder, ajudam nos casos de leitura para perto, porém, exigem que o paciente tenha um campo visual periférico bom. Não sendo recomendados para glaucoma avançado
telescópio Galileu ou de Kepler.
Em qual alternativa se apresenta uma construção possível de uma luneta com poder de 10x?
Uma lente de +1,00 DE e uma de -10,00 DE, colocadas a 90 cm uma da outra.
O telescópio pode ser de dois tipos: de Galileu ou de Kepler. Em ambos, a lente esférica da objetiva será positiva. Então, já sabemos que a primeira lente positiva colocada no enunciado é a objetiva. Agora, no telescópio de Galileu, a lente esférica da ocular é negativa, e no de Kepler, a lente esférica da ocular é positiva. Desse modo, sabemos que a questão se trata de um telescópio de Galileu.
Para o cálculo da ampliação de uma luneta ou telescópio, divide-se a dioptria da lente ocular pela dioptria da lente objetiva (desconsiderar o sinal para o cálculo). Tem autor também que fala sobre dividir a distância focal em centímetros da objetiva pela distância focal em centímetros da ocular. Só que é bem mais trabalhoso, então prefiro o primeiro método.
no telescópio de Galileu, a distância entre as lentes é a subtração da distância em metros da lente objetiva da distância em metros da lente ocular. Já no telescópio de Kepler, essa distância corresponde à soma da distância em metros da lente objetiva da distância em metros da lente ocular (desconsiderando os sinais).
Sendo assim, vamos avaliar as alternativas. O examinador quer uma ampliação de 10x, desse modo:
Alternativa A: dioptria da lente ocular (-20,00 DE) dividido pela dioptria da lente objetiva (+2,00 DE) = ampliação do sistema em 10 x - correta até então.
Alternativa B: dioptria da lente ocular (-5,00 DE) dividido pela dioptria da lente objetiva (+2,00 DE) = ampliação do sistema em 2,5 x
dioptria da lente ocular (-10,00 DE) dividido pela dioptria da lente objetiva (+1,00 DE) = ampliação do sistema em 10 x - correta até então.
Então ficamos entre as alternativas A e D. Próximo passo é calcular a distância entre as lentes. A separação entre tais lentes é dada pela distância em metros da lente positiva (objetiva) subtraída da distância em metros da lente negativa (ocular).
Alternativa A: lente objetiva (+2,00 DE) => D=1/f => 2=1/f => f obj= 0,5 metro lente ocular (-20,00 DE) => D=1/f => 20 = 1/f => f ocular = 0,05 metro Portanto, d = 0,5 - (0,05) = 0,45m = 45 cm ( e não 20 cm)
: lente objetiva (+1,00 DE) => D=1/f => 1=1/f => f obj= 1 metro lente ocular (-10,00 DE) => D=1/f => 10=1/f => f ocular = 0,1 metro Portanto, d = 1- (0,1) = 0,9m = 90 cm -
notação métrica M de Sloan,
Um paciente míope de -5,00 DE tinha melhor acuidade visual (AV) corrigida de 0,2. Após ser submetido à facectomia com implante de lente intraocular, ficou emétrope e manteve AV de 0,2. Quais as prescrições e as distâncias necessárias para o paciente ler 0,5 m antes e após a cirurgia?
Antes: +5,00 DE, 10 cm. Após: +10,00 DE, 10 cm
Para compreender o raciocínio da questão precisamos lembrar da definição da notação métrica M de Sloan, que determina que uma letra 1M tem um ângulo visual de 5 minutos de arco a 1 metro, com progressão linear. Assim, uma letra 2M poderia ser vista a 2 metros, e assim sucessivamente.
Na notação fracionária, registramos a distância que o paciente reconheceu o optotipo sobre o tamanho do optotipo reconhecido (AV= distância/tamanho). Tomando a questão como exemplo, se o paciente tem AV = 0,2, podemos dizer que em fração seria o mesmo que 20/100, o equivalente a 1/5. Assim podemos dizer que ele é capaz de ler uma letra 5M a uma distância de 1 metro.
Por ser uma escala com progressão linear, o cálculo da ampliação necessária pode ser feita com o valor do optotipo reconhecido. No caso, se o paciente leu 5M a 1 metro, para ele ler 1M seria necessário um aumento de 5 vezes. Para ler 0,5M o aumento é de 10 vezes, possibilitando ele ler a 10 centímetros.
Seguindo a fórmula de magnificação: d = 100/D, no qual d é a distância em centímetro e D será a dioptria esférica (DE) necessária, temos:
10 = 100/D -> D= 100/10 = + 10 DE.
Assim o paciente necessita +10 DE para ler a 10 cm.
Antes da cirurgia ele era míope de -5,00 que ao somar com o grau necessário para a ampliação temos (-5) + (+10) = +5 DE. Após a cirurgia com a correção da miopia, evoluindo para a emetropia ele precisará do valor total de +10 DE. Com isso observamos a
magnificação para uma distância focal
Considerando a distância de 25 cm como a distância padrão de leitura, qual aumento é atribuído a uma lente positiva cuja distância focal é de 5,0 cm?
5X
O cálculo da magnificação para uma distância focal fixa padrão de 25 cm segue a fórmula:
A = D/4, sendo A a ampliação e D as dioptrias do auxílio óptico.
Assim, na questão temos uma lente cujo foco é 5,0 cm. Lembrando que dioptria é o inverso do foco em metros, temos 1/0,05 = 20 Dioptrias.
Sua magnificação será de A = 20/4 = 5 vezes.
Baixa visão ou visão subnormal
De acordo com valores de acuidade visual e de campo visual abaixo relacionados, são classificados, respectivamente, como visão subnormal e cegueira:
A. Acuidade visual 0,05
B. Acuidade visual 0,20
C. Acuidade visual 0,30
D. Acuidade visual 1,00
I. Campo visual maior que 20 graus
II. Campo visual maior que 10 e menor que 20 graus
III. Campo visual menor que 10 graus
C-II e B-III
No Brasil, de acordo com o CID 10, classifica-se como: Baixa visão ou visão subnormal o indivíduo que apresenta no melhor olho acuidade visual corrigida menor que 0,3 e maior ou igual a 0,05, ou então seu campo visual menor que 20 graus e maior que 10 graus.
A cegueira é classificada como acuidade visual corrigida no melhor olho menor que 0,05 ou campo visual menor que 10 graus. Observamos que seguindo esses critérios descritos acima, o item A (Acuidade Visual 0,05) e B (Acuidade visual 0,20) são caracterizados como visão subnormal. Os itens C (Acuidade visual 0,30) e D (Acuidade visual 1,00) configuram visão normal. Cuidado que o item C só seria classificado como baixa visão se o critério pelo CID 10 fosse menor ou igual 0,3. Nenhuma das alternativas em relação à acuidade visual corresponde à definição de cegueira como menor que 0,05, já que o 0,05 é considerado visão subnormal.
Em relação ao campo visual, o item I ( campo maior que 20 graus) corresponde à visão normal. O item II (Campo visual maior que 10 e menor que 20 graus) corresponde à visão subnormal. Por último, o item III (Campo visual menor que 10 graus) já é classificado como cegueira.
O gabarito da questão foi Visão subnormal como C-II e Cegueira como B-III tornando a
Porém, consideramos que caberia recurso nessa questão, pela falta de uma resposta correta.
tipo de telescópio
Kepler, convergente na objetiva
Os auxílios ópticos do tipo telescópios aumentam a imagem por meio de magnificação angular. São utilizados para distâncias longas, intermediárias e curtas. Podem ser basicamente de dois tipos:
Galileu, que possui uma lente divergente na ocular e uma lente convergente na objetiva.
Kepler, que possui duas lentes convergentes (uma na ocular e uma na objetiva).