Optica Flashcards

1
Q

Espelho côncavo - imagem entre o centro de curvatura é o foco principal

A

formará uma imagem maior, real, e invertida.

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2
Q

Difração

A

Difração trata-se do fenômeno que ocorre quando a onda (mecânica ou eletromagnética) encontra um obstáculo, e então sofre uma aparente flexão em torno do obstáculo e um espalhamento de suas frentes, sendo capaz de atingir regiões que não iria atingir caso não encontrasse o obstáculo.

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3
Q

Interferência

A

é o fenômeno em que há uma superposição de partes diferentes das ondas. Quando se encontram dois vales ou duas cristas, há uma interferência positiva, e quando se encontram um vale e uma crista, há uma interferência negativa.

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4
Q

Polarização

A

Uma fonte de luz emite um feixe luminoso que é formado por ondas eletromagnéticas que oscilam em diferentes direções. O fenômeno da polarização ocorre quando esse feixe luminoso atravessa um filtro que permite a oscilação dessas ondas do feixe em apenas uma direção.

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5
Q

Difusão

A

A difusão pode ocorrer tanto na reflexão (também chamada de reflexão irregular) quanto na refração. Ocorre quando um feixe de luz cilíndrico/ordenado encontra uma superfície rugosa (reflexão) ou translúcida (refração), fazendo com que os raios de luz refletidos e/ou refratados tenham direção aleatória no espaço.

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6
Q

Imagem formada por espelho CÔNCAVO : depende da posição em que está em relação ao espelho

A

Lembrando: será menor, se objeto atrás do centro de curvatura; de mesmo tamanho, se objeto no centro de curvatura; maior, se objeto entre foco e centro de curvatura OU se entre foco e espelho; imprópria, se objeto no foco).

Conforme vai se aproxime do do espelho a imagem vai aumentado

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7
Q

Imagem formada por um espelho CONVEXO

A

SEMPRE SERÁ MENOR, VIRTUAL, E DIRETA

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8
Q

Imagem de um espelho PLANO

A

A imagem de um espelho plano é formada pela projeção dos raios refletidos e, portanto, será SEMPRE VIRTUAL. Para ser real, a imagem deve ser formada pelo encontro dos raios refletidos, não suas projeções.

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9
Q

Imagem fornecida pelos espelhos abaixo

A

No caso I temos um objeto frente a um espelho plano… sua imagem será SEMPRE virtual, enantiomorfa, de mesmo tamanho que o objeto, e estará à mesma distância do espelho em relação ao objeto, independentemente da posição relativa do objeto ao espelho.

No caso II temos um espelho côncavo em que o objeto está no centro de curvatura. Nesse caso sua imagem será real, invertida, e de mesmo tamanho que o objeto.

No caso III temos um espelho côncavo em que o objeto está entre o foco e o centro de curvatura. Nesse caso sua imagem será real, invertida, e maior que o objeto.

No caso IV temos um espelho convexo e a imagem será SEMPRE virtual, menor e direta, independentemente da posição relativa do objeto ao espelho;

No caso V temos um espelho côncavo em que o objeto está entre o foco e o espelho.

Nesse caso sua imagem será virtual, maior, e direta.

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10
Q

foco/distância focal equivale à metade da distância do centro de curvatura

A

Ou seja, o centro de curvatura desse espelho é de 20 cm,

Portanto o foco , vamos colocar esse objeto a 10 cm do espelho

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11
Q

Aberracao cromática

A

é um tipo de aberração de alta ordem do tipo geométrica ou monocromática causada por uma incidência oblíqua dos raios em relação ao eixo principal da lente ou espelho, ou seja, ocorre quando o objeto está fora do eixo óptico.

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12
Q

Dispersão

A

é o fenômeno que resulta na decomposição da luz branca em seus diferentes espectros de comprimento de onda, que são aqueles dentro do espectro da luz visível: violeta, azul, verde, amarelo, laranja, vermelho

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13
Q

Reflexão total

A

ocorre quando um raio de luz incide acima do ângulo limite na transição de um meio MAIS refringente para um meio MENOS refringente.

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14
Q

Refração : raios perpendicular

A

Quando essa incidência ocorre de maneira perpendicular a essa superfície que separa os dois meios, não ocorre alteração na direção de propagação do raio de luz, MAS a refração continua ocorrendo

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15
Q

Magnificação linear

pode ser definida quando dividimos o tamanho da imagem “i” pelo tamanho do objeto “o”

Esse aumento linear pode determinar a orientação da imagem (se invertida ou direta) ou seu tamanho em relação ao objeto

A

Se A < 0 significa que a imagem é INVERTIDA em relação ao objeto.

Se A > 0 significa que a imagem é DIRETA ou DIREITA em relação ao objeto

Em relação ao tamanho da imagem, temos:

Se A = +1 ou -1 significa que a imagem tem MESMO TAMANHO em relação ao objeto:
A = +1 a imagem será IGUAL e DIRETA;
A = -1 a imagem será IGUAL e INVERTDA.

Se A > +1 ou A < -1 temos uma imagem MAIOR que o objeto.
No caso de A > +1 temos uma imagem MAIOR e DIRETA, situação em que o objeto está entre o foco e o ESPELHO CÔNCAVO ou entre o foco e a LENTE CONVERGENTE. Sendo assim, não é apenas em lentes convergentes.

No caso de A < -1 temos uma imagem MAIOR e INVERTIDA, situação em que o objeto está entre o foco e o centro de curvatura do ESPELHO CÔNCAVO ou da LENTE CONVERGENTE.

Se -1 < A < 0 ou 0 > A > +1 temos uma imagem MENOR que o objeto. Esses valores também são chamados de minificação, que nada mais é que dizer que a imagem é menor (minificada) em relação ao objeto.

No caso de -1 < A < 0 temos uma imagem MENOR e INVERTIDA, situação em que o objeto está antes do centro de curvatura de um ESPELHO CÔNCAVO ou de uma LENTE CONVERGENTE.

No caso de 0 > A > +1 temos uma imagem MENOR e DIRETA, situação em que o objeto está EM QUALQUER POSIÇÃO RELATIVA AO ESPELHO CONVEXO OU LENTE DIVERGENTE.

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16
Q

Foco da lente

+10 D

A

E o examinador nos deu o foco da lente quando nos forneceu a dioptria da lente, pois sabemos que a dioptria é o inverso do foco ( A = 1/f )… Logo: 10 = 1/f => f = 1/10 = 0,1 m = 10 cm.

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17
Q

Espelho para fazer as pessoa parecerem mais magras

A

Convexo , imagem virtual

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18
Q

Espelhos e tamanhos

A

Espelhos CONVEXOS SEMPRE irão nos fornecer uma imagem MENOR, virtual e direta

Já os espelhos CÔNCAVOS podem nos fornecer uma imagem MAIOR caso objeto esteja posicionado entre o foco e o centro de curvatura OU entre o foco e o espelho.

Além disso, sabemos que o “poder” de um cilindro está perpendicular ao seu eixo, portanto, se o cidadão se observa com estatura maior (horizontalmente ou 90°) mas com largura inalterada, isso significa que o eixo do cilindro está a 180°

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19
Q

espectro da luz visível

Quanto menor o comprimento de onda, maior é a energia liberada na interação da luz com objetos reais

A

Os valores exatos do espectro da luz visível variam conforme a referência. De maneira didática lembrem que vai de cerca de 400 nm (luz violeta) até cerca de 700 nm (luz vermelha) (valores medidos no vácuo). Ou seja, uma onda com comprimento de onda entre 800 e 1000 representa uma onda fora do espectro da luz visível (Com certeza não está no espectro da luz azul). Mais especificamente trata-se de uma onda de infravermelho.

A luz apresenta uma velocidade (v) constante em um meio, e essa velocidade é obtida multiplicando o produto de seu comprimento de onda (λ) pela sua frequência (f); v = λ.f . Certo… dito isso… podemos afirmar que, se a velocidade é constante, quanto menor o comprimento de onda, maior é a frequência da luz.

Guardem esse conceito… No caso, a quantidade de energia (E) dos fótons que compõem a luz varia de maneira diretamente proporcional a sua frequência (f) segundo a constante de planck (h): E = h.f ; sendo assim, como “h” é um valor constante, ondas com maior frequência (ou menor comprimento de onda, como vimos) têm maior energia e, portanto, liberam maior energia ao interagir com meios ou objetos

Por último, quando temos a dispersão da luz branca em seus diferentes componentes espectrais (do vermelho ao violeta) temos TODOS os componentes com A MESMA VELOCIDADE, que é a velocidade da luz naquele determinado meio que provocou a dispersão. Cada um com sua frequência e comprimento de onda, mas TODOS com a MESMA VELOCIDADE

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20
Q

filtro

um filtro de cor vermelha utilizado em um dos lados de óculos específicos para o teste de Worth:

Bloqueia totalmente a passagem da cor azul da luz

A

Na transmissão da luz, a parte que é filtrada (passa pelo material) pode ser de apenas uma parte do espectro luminoso e corresponde à cor do filtro. Ou seja, um filtro vermelho, como na questão, deixa apenas passar a luz correspondente ao vermelho. Bloqueia totalmente a passagem da luz azul, amarela, verde, etc.

Os filtros “neutros” (acinzentados) reduzem as luminosidades de todos os comprimentos de onda, ou seja, diminuem as intensidades dos comprimentos de onda, e são usados para aliviar a fotofobia do paciente. Então, o filtro cinza filtra parcialmente todo o espectro da luz visível (justamente alternativa correta da questão 3 da mesma prova

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21
Q

filtros “neutros” (acinzentados)

Filtro neutro (acinzentado) utilizado em óculos para fotofobia filtra parcialmente todo o espectro de luz visível

A

Os filtros “neutros” (acinzentados) reduzem a luminosidade de todos os comprimentos de onda, ou seja, diminuem a intensidade dos comprimentos de onda, e são usados para aliviar a fotofobia do paciente. Então, o filtro cinza filtra parcialmente todo o espectro da luz visível.

As lentes fotocromáticas mudam de cor devido à quantidade de radiação ultravioleta a que são expostas. O responsável por esse processo é o haleto de prata (a prata liberada escurece o material). Quando termina a exposição aos raios UV, a prata se recombina e a lente clareia novamente. O filtro utilizado é o fotocromático e não polaróide.

O conceito da alternativa B é justamente o conceito de filtragem polarizante: bloquear totalmente os raios luminosos que oscilam no plano horizontal e parcialmente, de forma senoidal, os raios entre os planos horizontal e vertical. Não é o conceito de tinção. Neste caso, aplicam-se substâncias coloridas nas superfícies ou as incorporam no material da lente. Com isso, filtram-se as radiações visíveis, diminuindo o ofuscamento da luz intensa

O princípio óptico dos antirreflexos é a partir da reflexão (e não da difração) da luz, em que o tratamento antirreflexo anula as reflexões da luz nas superfícies anteriores e posteriores da lente. Para isso, ocorre um processo de interferência destrutiva para diminuir a reflexão e aumentar a transmissibilidade da luz.

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22
Q

olho emétrope, ao fixar em um objeto no infinito

A imagem formada pelo olho humano emétrope ao fixar um objeto a mais de seis metros de distância é:

Real e invertida

A

No olho emétrope, ao fixar em um objeto no infinito (a mais de 6 metros), os raios paralelos são trazidos a um foco na fóvea, sem uso da acomodação. E a imagem formada será sempre real e invertida. A justificativa é: ao se considerar o olho humano como uma lente convexa (positiva) e posicionar o objeto antes do centro de curvatura, sabe-se que a imagem será real, invertida e menor. É possível calcular o tamanho dessa imagem sabendo a distância e a altura do objeto ao ponto nodal do olho.

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23
Q

espelho se for convexo (negativo)

a imagem será sempre virtual, DIRETA e menor, independente da posição do objeto

A

Já no espelho côncavo (ou lente convexa) - positivo, dependendo da posição do objeto, a imagem será de um jeito:

Objeto antes do centro de curvatura: imagem real, invertida e menor (ex.: olho humano) - formada entre o centro e o foco.
Objeto no centro de curvatura: imagem real, invertida e igual - formada no centro de curvatura do espelho.
Objeto entre o centro de curvatura e o foco: imagem real, invertida e maior - formada depois do centro de curvatura.
Objeto no foco: imagem formada no infinito.
Objeto entre o foco e o vértice: imagem virtual, direta e maior (ex.: lupa) - formada pelo prolongamento dos raios.

24
Q

lentes esféricas

Todo raio de luz incidente, na direção do centro óptico da lente, sofre refração e emerge sem sofrer desvio

A

Lentes esféricas são aquelas que possuem uma ou ambas as superfícies recurvadas na forma de uma esfera.

O centro da esfera, do qual a superfície faz parte, é chamado de “centro de curvatura” ou “centro óptico” (C ou O), e o raio da esfera é denominado “raio de curvatura” (R). O “foco”(f) da lente é o ponto em que a luz é focalizada, ou seja, os raios de um ponto luminoso são trazidos ao foco.

O “Ponto anti-principal” (2f) é o ponto que corresponde ao dobro do foco em distância do centro óptico, e pode ser da imagem ou do objeto.

E o “Eixo principal” é a linha que contém o ponto anti-principal, o foco e o centro óptico de uma lente.

Nas figuras acima, notamos que A e A´, estão colocados a uma distância da lente igual ao dobro da distância dos focos à lente. Dessa forma, são chamados de ponto anti-principal do objeto A e ponto anti-principal da imagem A

Os raios de luz que incidem sobre lentes esféricas são refratados de três maneiras:

Todo raio de luz que incide paralelo ao eixo principal é refratado em direção ao foco.
Todo raio de luz que incide na lente pelo foco refrata-se paralelamente ao eixo principal.
Todo raio de luz que incide sobre o centro óptico não sofre desvio.
Dessa forma, vamos analisar as alternativas. As lentes esféricas possuem todos os meridianos com o mesmo raio, ou seja, seu poder é o mesmo em todos os pontos. O ponto focal fica sobre o eixo das lentes esféricas e é o ponto médio entre o centro e a curvatura da lente. Além disso, é o local para onde os raios paralelos refratados se convergem (e não pelo ponto anti-principal da imagem - como na alternativa A). Sabe-se que o centro de curvatura é 2x a distância focal. Dessa forma,

Sabe-se que, todo raio de luz incidente que passa pelo centro óptico da lente, sofre refração sem sofrer desvio (mantém o mesmo ângulo em relação à linha normal)

25
Q

lentes esféricas com espelhos curvos

Do ponto de vista da óptica geométrica, comparando-se as características das imagens formadas por lentes esféricas com espelhos curvos, podemos afirmar que existe semelhança entre:

Espelho côncavo e lente biconvexa

A

A formação da imagem em dioptros curvos é sempre a mesma quando comparamos o espelho côncavo com a lente convexa OU o espelho convexo com a lente côncava. Dessa forma,

Lembrando que: espelho côncavo = lentes convexa (ou convergente) = dioptria positiva e espelho convexo = lente côncava (ou divergente) = dioptria negativa. E a imagem da lente côncava e espelho convexo é SEMPRE virtual, direita e menor, INDEPENDENTE da posição do objeto em relação ao espelho. Já no espelho côncavo (ou lente convexa), a formação da imagem depende da posição do objeto:

Objeto antes do centro de curvatura: imagem real, invertida e menor (ex.: olho humano) - imagem formada entre o centro e o foco.
Objeto no centro de curvatura: imagem real, invertida e igual - formada no centro de curvatura do espelho/lente.
Objeto entre o centro de curvatura e o foco: imagem real, invertida e maior - formada depois do centro de curvatura.
Objeto no foco: imagem imprópria formada no infinito.
Objeto entre o foco e a lente/espelho: imagem virtual, direta e maior (ex.: lupa) - imagem formada pelo prolongamento dos raios.

26
Q

aberrações ópticas

As figuras abaixo ilustram dois sistemas ópticos convergentes: ideal (A) e com um tipo de aberração óptica (B). Assinale a alternativa que identifica o tipo de aberração ilustrada na figura B:

Aberração geométrica de nitidez do tipo
esférica

A

Para resolver essa questão, primeiramente vamos classificar as aberrações ópticas:

Aberração Natural: difração e cromática.
Aberração geométrica de nitidez: Esférica, comática e astigmática.
Aberração geométrica de forma: curvatura de campo e distorção.
A figura B demonstra a aberração geométrica de nitidez do tipo esférica O modelo “ideal” demonstrado na figura A é de uma lente asférica positiva (todos os raios que se propagam paralelos ao eixo óptico da lente, independente da distância entre a incidência dos raios ao eixo da lente, convergem-se no foco da lente. A lente não apresenta curvatura constante). Já na figura B, trata-se de uma lente esférica positiva (os raios da periferia da lente refratam-se antes do ponto focal, por terem maior poder de refração, causando a aberração esférica. Isso, porque a curvatura da lente é constante, ou seja, a lente tem um raio específico de curvatura. Pode-se reduzir a aberração esférica da lente com a diminuição da curvatura da região periférica da lente).

Já a aberração geométrica de nitidez do tipo comática, ocorre tanto na refração quanto na reflexão da luz. É causada pelos raios se incidirem de forma OBLÍQUA em relação ao eixo principal da lente/espelho. Ou seja, o objeto tem que estar fora do eixo óptico para que ela ocorra. O que não é o caso da figura B.

A aberração geométrica de forma do tipo curva de campo ocorre quando a imagem formada de um objeto plano é encurvada. Não é muito cobrada em provas, pois é compensada pela curvatura da retina no olho humano, que possui raio de, aproximadamente, 10 mm.

Por último, o examinador pergunta da aberração natural por difração da luz. A difração é explicada pela teoria ondulatória da luz, mostrando o seu comportamento (deformidade da frente de onda) ao interagir com orifícios ou obstáculos de corpos materiais. Quanto menor o diâmetro do orifício, maior será a difração da luz. Conceitos não vistos nas figuras apresentadas.

27
Q

Distância vértice

Um paciente míope está totalmente corrigido com óculos de -10,00 D esféricas. Considerando uma distância vértice de 10 mm, qual das lentes de contato abaixo o deixará mais próximo de sua correção total?

-9,00 D

A

Distância vértice é o espaço entre a superfície posterior da lente dos óculos e a face anterior da córnea. A DV normal é entre 12-14 mm e é importante em ametropias acima de 4,00 D.

Sem fazer cálculo inicialmente, ao pensarmos que o paciente mudará de óculos para lente de contato em casos de altas ametropias, ele precisará de uma lente de contato menor do que -10,00 D no caso do míope e maior do que +10,00 D, no caso do hipermétrope. Isso, porque, ao jogar a imagem mais para trás (ao substituir o óculos para lente de contato), o míope precisará de menos grau e o hipermétrope de mais grau para a imagem se aproximar da retina.

A fórmula para cálculo da distância vértice é:

a = D² x d / 1000

a = alteração do poder da lente
D = poder da lente
d = deslocamento em mm

Sendo assim, o paciente usa um óculos com D = -10,00 D e o deslocamento foi de 10 mm. Ao jogar na fórmula, a = 10² x 10 / 1000 = 1 => o novo poder é: -9,00 D.

28
Q

Refração

Durante um eclipse lunar total é possível ver em algumas áreas do globo simultaneamente o sol e a lua. Este fenômeno, chamado de selenelium, pode ser explicado por qual fenômeno da óptica?

A

Esta foi a primeira vez que a prova do CBO pergunta sobre o fenômeno óptico que ocorre no eclipse.

Mais especificamente no eclipse lunar, temos o alinhamento perfeito (linear) entre sol, terra e lua; estando a Terra no meio. Sendo assim, seria impossível, teoricamente, visualizar o sol e a lua simultaneamente em qualquer ponto da superfície da Terra.

Porém o que ocorre é que devido ao índice de refração diferente das camadas da atmosfera, temos uma refração da luz proveniente de ambos os astros e com isso os visualizamos um pouco acima de onde realmente estão. De tal maneira, apesar de estarem perfeitamente alinhados no espaço, aos olhos de alguns observadores em pontos específicos do globo e durante um determinado período de tempo, eles se tornam desalinhados e visíveis de maneira simultânea no céu; causando o fenômeno denominado selenelium. Sendo assim,

Esta foi a primeira vez que a prova do CBO pergunta sobre o fenômeno óptico que ocorre no eclipse.

Mais especificamente no eclipse lunar, temos o alinhamento perfeito (linear) entre sol, terra e lua; estando a Terra no meio. Sendo assim, seria impossível, teoricamente, visualizar o sol e a lua simultaneamente em qualquer ponto da superfície da Terra.

Porém o que ocorre é que devido ao índice de refração diferente das camadas da atmosfera, temos uma refração da luz proveniente de ambos os astros e com isso os visualizamos um pouco acima de onde realmente estão. De tal maneira, apesar de estarem perfeitamente alinhados no espaço, aos olhos de alguns observadores em pontos específicos do globo e durante um determinado período de tempo, eles se tornam desalinhados e visíveis de maneira simultânea no céu; causando o fenômeno denominado selenelium. Sendo assim,

Já a interferência é o fenômeno físico em que há aumento da intensidade luminosa quando cristas ou vales de uma mesma fonte coincidem (interferência construtiva) e diminuição da intensidade da luz quando a crista de uma onda coincide com o vale da outra (interferência negativa).

Já a dispersão da luz aparecerá na prova falando sobre o fenômeno do arco-íris ou sobre a dispersão da luz branca no prisma. Há a separação da luz branca em vários feixes de luz de diferentes comprimentos de onda. Quanto menor o comprimento de onda, mais o feixe se aproxima da normal. Ou seja, a luz violeta aproxima-se mais da normal do que os outros feixes de luz, pois possui menor comprimento de onda

29
Q

telescópio tipo Kepler

Um telescópio astronômico de Kepler possui uma lente ocular de +10,00D e uma lente objetiva de +5,00D. Qual é a distância entre as lentes?

30 cm

A

O telescópio tipo Kepler possui uma lente esférica positiva na ocular e outra esférica positiva na objetiva. O raio de luz vem do infinito paralelo, converge na lente positiva da objetiva em seu foco (ou ponto focal) que coincide com o foco da lente convergente da ocular e o raio sai paralelo formando uma imagem inicialmente invertida. Tal imagem invertida passa por prismas dentro do telescópio para ficar direta para o observador. O telescópio de Kepler consegue aumentos maiores do que o telescópio de Galileu. A distância entre a lente ocular e a lente objetiva é a soma entre as distâncias do ponto focal da lente objetiva (Df objetiva) e do ponto focal da ocular (Df ocular).

Df objetiva = 1/Dioptria da lente => Df objetiva = 1/5 => Df objetiva= 0,2 metros = 20 cm

Df ocular = 1/Dioptria da lente => Df objetiva = 1/10 => Df objetiva= 0,1 metros = 10 cm

Df objetiva + Df ocular = 20 + 10 = 30 cm => as lentes têm que estar 30 cm uma da outra.

30
Q

dispersão

Um feixe de luz branca é dispersado ao atravessar um prisma de vidro. Qual cor abaixo sofre o menor desvio?

Vermelho

A

Para resolver esta questão, temos que pensar que o fenômeno óptico que está ocorrendo é a dispersão em que a luz branca é separada nos vários feixes de luz do espectro visível que a compõe. Só não haverá dispersão cromática, quando a incidência da luz branca for perpendicular à superfície do dióptro (ângulo de incidência é 0°).

Considerando a fórmula do índice de refração, n = c/v, onde:

n = índice de refração;
c = velocidade da luz no vácuo
v = velocidade da luz no meio considerado)
podemos reescrevê-la como c = n.v como “c” é constante, temos que a onda com maior velocidade de propagação no meio terá menor índice de refração (lembrem-se que o índice de refração nos reflete diretamente o desvio sofrido pelo raio luminoso, ou seja, quanto menor o índice de refração, menor será o desvio).

Pois bem, temos também que a velocidade de propagação da onda pode ser calculado pela fórmula v = λ.f, onde

λ = comprimento de onda;
f = frequência da onda
podemos reescrevê-la como f = v/λ, (como “f” é CONSTANTE PARA O MESMO RAIO LUMINOSO EM QUALQUER MEIO QUE SEJA), temos que uma mesma onda terá maior velocidade de propagação no meio quanto maior for seu comprimento de onda.

Sabemos que no espectro visível o vermelho tem maior comprimento de onda, logo maior velocidade de propagação no meio e, consequentemente, menor índice de refração e portanto sofrerá o menor desvio dentre todos os raios do espectro visível. Portanto

Pelo mesmo raciocínio, o violeta sofrerá o maior desvio dentre todos os raios do espectro visível.

Pensando-se dessa forma, tem-se em ordem crescente de desvio no prima (dentre as alternativas):
vermelho < amarelo < verde < azul.

31
Q

absorção total da luz

Um quadro apresenta uma paisagem colorida e é iluminado por um feixe de luz policromática. Um observador olha o quadro através de dois filtros perfeitamente complementares às cores correspondentes perfeitos, como na figura abaixo: Para o observador, o quadro se apresenta:

Preto

A

A questão fala de uma paisagem colorida, iluminada por um feixe de luz policromática (composta por uma combinação de duas ou mais cores monocromáticas - Ex.: luz emitida pelo sol ou por lâmpadas comuns). O filtro azul deixará passar apenas o espectro luminoso correspondente à luz azul. Haverá absorção das outras cores. Dessa forma, a luz azul filtrada chegará no filtro amarelo. Só que o filtro amarelo, assim como o azul, só deixa passar o espectro luminoso do amarelo. Como a luz que chega é azul, o observador verá o quadro como “preto” ou “negro”, já que todas as cores serão absorvidas (absorção total da luz).

32
Q

espelho plano

Qual é o tamanho mínimo da altura de um espelho plano necessário para que uma pessoa de 1,5 m de altura consiga ver seu corpo inteiro?

75 cm

A

Pessoal, lembrem-se disso… para uma pessoa ver seu corpo inteiro o espelho SEMPRE tem que ter metade do tamanho da pessoa.

Vamos ver a geometria que explica isso. Olhem o exemplo do Sr. Zé Caveira na imagem abaixo:

Imagem 1: espelho plano e tamanho mínimo para um observador se ver por inteiro.
Fonte: arquivo pessoal

Qual o tamanho mínimo (X) do espelho para que o Sr. Zé enxergue todo o seu corpo (sua altura H)? Percebam que os triângulos: ACE e ABD são semelhantes?! Portanto, podemos estabelecer a seguinte relação: H está para X assim como a altura do triângulo ACE (que é a distância “2d”) está para a altura do triângulo ABD (que é a distância “d”):
H/X = 2d/d
X = H/2.
Portanto… o tamanho mínimo do espelho deve ser metade da altura do Sr. Zé Caveira!

BÔNUS: e qual deve ser a altura do espelho ao solo para que seja possível essa visualização?! Pois bem, vejam os triângulos AGE e DFE, que também são semelhantes entre si… assim temos, que h (que a altura do olho ao solo) está para Y, assim como 2d está para d:
h/Y = 2d/d
Y = h/2.
Portanto… a distância do espelho ao solo deve ser metade da altura do olho ao solo, independente da altura do olho ao solo e da distância dele ao espelho!

33
Q

olho Gullstrand

Considerando o olho esquemático de Gullstrand, qual a característica da imagem formada na retina?

Real, invertida.

A

O olho esquemático de Gullstrand (Imagem 1) nos traz uma simplificação das superfícies e meios que a luz atravessa até chegar na retina. Em sua representação, se traçarmos as linhas para formação da imagem, temos a formação de uma imagem real, invertida na retina e menor.

34
Q

fenômenos ópticos

Assinale a alternativa que melhor relaciona os fenômenos ópticos às suas aplicações em oftalmologia:

I. Topografia por Disco de Plácido
II. Lente intraocular de foco estendido
III. Lente de contato multifocal
IV. Tratamento de óculos antirreflexo

  1. Reflexão
  2. Interferência
  3. Difração
  4. Refração

I-1/II-3/III-4/IV-2.

A

A topografia por Discos de Plácido ocorre por reflexo por discos de Plácido na córnea (fenômeno da reflexão) - I-1.

A lente intraocular de foco estendido é uma tipo de lio multifocal que tem melhor performance nas distâncias focais entre perto e distância. São lentes que possuem em sua superfície anéis difrativos concêntricos. Há projeção de duas imagens distintas e simultâneas (com duas distâncias focais). Altera-se a direção do feixe de luz pela diferença dos índices de refração e de curvatura da superfície da lente. O encurvamento da superfície aumenta o poder refracional da LIO e, consequentemente, aumenta o desvio do feixe luminoso. - II-3.

Na lente de contato multifocal há a separação do meio óptico (material da lente) do meio onde ela está. Portanto, na passagem da luz de um meio para o outro, ocorre o processo de refração - III-4.

No tratamento antirreflexo dos óculos ocorre o processo de interferência destrutiva para a redução da reflexão e aumento da transmissão da luz - IV-2.

35
Q

equivalente esférico (EE)

Qual das ametropias representadas abaixo pertencem a um paciente com diferença igual a 0,25 D no equivalente esférico de ambos os olhos?

OD: +2,00 DE -2,00 DC x 180° OE: +1,00 DE -0,50 DC x 90°.

A

Relembrando que o cálculo do equivalente esférico (EE) é realizado pela soma algébrica da dioptria esférica com metade da dioptria cilíndrica (ou seja, mantemos o sinal das dioptrias). Percebam: independente se a dioptria cilíndrica ou esférica é positiva ou negativa e independente do eixo do cilindro. Tendo isso em mente vamos calcular os EE:

EEOD = +2,00 + (-2,00/2) => +2,00 + (-1,00) => EEOD = +1,00 D;
EEOE = +1,00 + (-0,50/2) => +1,00 + (-0,25) => EEOE = +0,75 D (diferença de 0,25 D;

36
Q

lentes

Quanto às lentes, pode-se afirma

Quando os raios luminosos convergem para um ponto, temos um foco real.

A

cuidado hein pessoal! Lentes côncavas são negativas/divergentes e lentes convexas são positivas/convergentes quando são feitas de um material com índice de refração maior do que o meio em que estão inseridas! Como na situação do dia-a-dia e nas questões geralmente estão imersas em ar ou em água (ou humor aquoso ou vítreo, enfim) e são de materiais sólidos e com índice de refração maior (vidro, policarbonato, etc…), tomamos isso como regra geral. MAS se pegarmos uma lente de um material com índice de refração (n) MENOR que o meio em que ela será inserida (ex.: vamos colocar uma lente de n = 1,3 num líquido cujo n = 1,7) ela terá o comportamento oposto à situação que estamos acostumados. Ou seja, as lentes côncavas tornar-se-ão positivas/convergentes e as lentes convexas tornar-se-ão negativas/divergentes.

ponto focal (ou foco) é todo ponto para o qual os raios luminosos (ou suas projeções) convergem ou todo ponto a partir dos quais os raios luminosos (ou suas projeções) divergem. Se essa convegência/divergência é feita pelo próprio raio luminoso, temos um ponto focal real; se é feita pelo prolongamento de seus raios, temos um ponto focal virtual.

37
Q

oclusor pinhole

Em relação ao instrumento apresentado abaixo, assinale a alternativa correta

Auxilia a diferenciar entre a baixa de visão causada por alteração do sistema dióptrico ou por doenças retinianas ou neurológicas

A

Esse instrumento é um oclusor pinhole com o qual é realizado o teste do buraco estenopeico. O teste com esse instrumento é útil para diferenciar uma baixa visão causada por alteração do sistema dióptrico ou por doenças retinianas ou neurológicas.

Com esse instrumento há uma diminuição dos círculos de difusão na retina, e com isso paciente que tem baixa visão devido a um erro de refração conseguem enxergar melhor com esse oclusor. Entretanto, se a baixa visual é por ambliopia, opacidades corneanas ou alterações na retina, a acuidade visual não melhora, podendo inclusive piorar.

Esse é um teste subjetivo porém bastante útil na prática clínica.

Geralmente é limitado a erros de refração de -5,00 a +5,00 D.

Se os orifícios do instrumento forem muito pequenos ( inferiores a 1,2mm) pode causar um fenômeno de difração piorando a acuidade visual.

O princípio óptico do pinhole é mascarar os raios de luz marginais, fazendo com que o raio de luz que vai chegar na fóvea não seja influenciado pelas ametropias e outras alterações do sistema dióptrico (como mostrado na figura abaixo). Portanto, ele diminui a aberração esférica e aumenta a profundidade de foco.

38
Q

síndrome de contração capsular

Considere a complicação do pós-operatório de cirurgia de cataratas a seguir. Qual das alternativas é correta?

Há a possibilidade de deslocamento ou subluxação da lente intraocular.

A

A complicação observada nesse caso é a síndrome de contração capsular ou capsulofimose. Ela ocorre devido à fibrose da cápsula anterior, sobretudo em pacientes em que foi realizada uma capsulorrexis pequena. Nesses casos, células epiteliais remanescentes na superfície posterior da cápsula anterior sofrem metaplasia fibrosa, que é normalmente compensada pela tração zonular. Porém, se as zônula for frágil e/ou a fibrose for excessiva, pode ocorrer a fimose capsular.

Essa complicação pode levar a sintomas de glare, principalmente à noite, e embaçamento visual. Existe a possibilidade de deslocamento da lente intraocular, principalmente se o paciente tiver uma fragilidade zonular, como em casos de síndrome pseudoexfoliativa, síndrome de Marfan e catarata traumática.

O tratamento consiste em incisões radiais (e não arqueadas) com Nd:YAG laser para reduzir a tração zonular e aumentar a abertura capsular.

O Propionibacterium acnes é uma causa de endoftalmite crônica pós operatória e não tem relação com o caso em questão.

39
Q

teste do duocromo ou teste bicromático

Um paciente afácico observa uma estrela violeta, percebendo-a perfeitamente em foco. Caso a mesma estrela fosse vermelha, o que aconteceria com sua imagem na retina deste paciente

A imagem ficaria fora de foco, o que poderia ser corrigido com a interposição de uma lente convergente.

A

Esse princípio é o mesmo utilizado pelo teste do duocromo ou teste bicromático (Imagem 1). A imagem abaixo trás o teste bicromático de maneira simplificada e com uma regra prática que está na AAO para que o aluno lembre dos “possíveis resultados” quando realiza o teste:

O teste bicromático é um teste subjetivo utilizado para se refinar a refração esférica de um paciente. Ele utiliza-se do princípio da aberração cromática, ou seja, os diversos comprimentos de onda que compõem a luz branca (do vermelho ao violeta) apresentam diferentes focos por apresentarem diferentes desvios/refração quando mudam de meios de propagação. Quanto maior o comprimento de onda (vermelho), menor será o desvio sofrido pela luz. Isso é demonstrado no experimento de dispersão da luz com um prisma (Imagem 2).

No caso da questão, temos uma estrela violeta que está com foco exatamente na retina. Caso essa estrela fosse vermelha, o desvio sofrido por ela seria menor, portanto sua imagem se formaria depois da retina (fora de foco) e poderia ser corrigido com uma lente convergente (positiva) que levaria seu foco novamente para a retina.

Tenham sempre em mente que do Vermelho para o Violeta temos:

Um aumento na frequência da onda;
Uma diminuição em seu comprimento de onda;
Desvio maior
Essas informações são constantemente cobradas pelo CBO nas questões de óptica/dispersão da luz

40
Q

esforço acomodativo

Qual o esforço acomodativo de um paciente de 35 anos, cuja refração estática é +0,50 DE -3,00 DC x 170º, para ler a uma distância de 25 cm, sem correção?

+3,00 D.

A

O esforço acomodativo (EA) é dado sempre pela soma de equivalente esférico (EE) da refração do paciente e o inverso da distância de trabalho (d) em metros.

Portanto a fórmula para calcularmos o EA é:

EA = EE + 1/d

EE é a soma da dioptria esférica com metade da dioptria cilíndrica, portanto, se a refração do paciente é +0,50 (-3,00 a 170°):

EE = +0,50 + (-3,00/2) = +0,50 -1,50 = -1,00 D

Logo: EA= -1,00 + 1/0,25 = +3,00

Portanto o esforço acomodativo desse paciente é de +3,00 D.

41
Q

lentes convergentes vão se comportar como espelhos côncavo

A imagem de um objeto colocado 20 cm em frente a uma lente convergente é formada invertida, a 30 cm da lente e tem 6 cm. Qual a distância focal da lente e o tamanho real do objeto?

Distância focal = 12 cm; tamanho = 4 cm.

A

Primeiro conceito: lentes convergentes vão se comportar como espelhos côncavos!!! Segundo conceito: fórmulas. Sim, fórmulas senhoras e senhores. Infelizmente não conseguimos resolver esta questão sem fórmulas.

A primeira fórmula a ser utilizada aqui é 1/f = 1/p + 1/p’, em que:

f = distância focal da lente/espelho (se lente convergente ou espelho côncavo = foco real (sinal positivo), se lente divergente ou espelho convexo = foco virtual (sinal negativo)
p = distância do objeto a lente/espelho (se objeto real = sinal positivo, se objeto virtual = sinal negativo), no caso temos que p = 20 cm.
p’= distância da imagem a lente/espelho (se imagem real = sinal positivo, se imagem virtual = sinal negativo), no caso temos que p’ = 30 cm.
OK, então vamos aplicar nossa primeira fórmula:
Obs.: como a imagem é invertida, ela se forma necessariamente atrás do foco e será real. Logo, usamos p’ com sinal positivo.

1/f = 1/p +1/p’
1/f = 1/20 + 1/30
1/f = (2+3)/60
1/f = 5/60
f = 60/5 = 12 cm.

Não olhem nas alternativas!!! vamos seguir a questão:

Temos que lembrar da fórmula A = i/o e da fórmula A = -p’/p, em que:

A = aumento da imagem em relação ao objeto (se imagem direta = sinal positivo, se imagem invertida = sinal negativo).
Se 0 < A < 1: imagem menor;
se A = 1: imagem igual;
se A > 1: imagem maior.
i = tamanho da imagem (sinal positivo para imagem real, sinal negativo para imagem virtual);
o = tamanho do objeto (sinal positivo para objeto real, sinal negativo para objeto virtual).
Vamos lá:
A = -p’/p
A = -30/20 = -1,5 ou seja, uma imagem 1,5 vezes maior que o objeto e invertida, que o examinador já tinha nos dito, mas vejam como as coisas vão se encaixando e te dando mais segurança.

Se a imagem tinha 6 cm, logo:
A = i/o
1,5 = 6/o
o = 4 cm. Nosso objeto tem 4 cm. Agora podem olhar para as alternativas e identificar

42
Q

O foco

Qual o foco de uma lente de +4,00 DE?

25 cm.

A

O foco (f) de uma lente pode ser calculado (em metros) pelo inverso de seu poder dióptrico (D), ou seja, f = 1/D. Na questão temos uma lente de +4,00DE:

f = 1/D
f = 1/4
f = 0,25 m ou 25 cm.

43
Q

classificação do astigmatismo

Qual das seguintes prescrições representa um astigmatismo miópico composto?

-2,00 DE <> +1,00 DC a 10°

A

A classificação do astigmatismo pode ser feita em: astigmatismo miópico (simples ou composto), hipermetrópico (simples ou composto) ou misto; além da classificação pelo eixo do cilindro em: a favor da regra, contra a regra ou oblíquo. A primeira classificação é feita em relação ao poder dos meridianos principais da cruz dos poderes resultante quando combinamos a dioptria esférica com a cilíndrica, a saber:

Se ambos os meridianos resultantes forem positivos: astigmatismo hipermetrópico composto
Se um meridiano for positivo e o outro zero/plano: astigmatismo hipermetrópico simples
Se um meridiano for positivo e o outro negativo: astigmatismo misto
Se um meridiano for negativo e o outro zero/plano: astigmatismo miópico simples
Se ambos os meridianos resultantes forem negativos: astigmatismo miópico composto
A montagem da cruz dos poderes resultante é feita somando-se a cruz dos poderes esférica (que tem mesmo valor em todos os meridianos) com a cruz dos poderes cilíndrica (que tem seu poder no meridiano perpendicular ao eixo da prescrição). Vamos montar a cruz resultante de todas as alternativas e classificar os astigmatismos:

-2,00 DE <> +1,00 DC a 10° representa um astigmatismo miópico composto.

44
Q

efeito prismático

Qual é o efeito prismático induzido quando, na confecção de óculos com lentes de -5,00 DE em ambos os lados, os centros ópticos são montados com uma distância de 6,0 milímetros maior que a distância interpupilar?

3 Δ de base nasal

A

A questão é sobre o efeito prismático que ocorre quando o eixo visual incide sobre uma lente fora do seu centro óptico.

As lentes negativas são consideradas como prismas unidos pelo ápice e uma separação maior da distância entre os centros ópticos em relação à distância pupilar, induz efeito de base nasal e reduz o efeito de base temporal (menor solicitação de convergência) -

como se vê no retângulo vermelho da figura abaixo.

Já as lentes positivas são consideradas como prismas unidos pela base e uma separação maior da distância entre os centros ópticos em relação à distância pupilar, induz efeito de base temporal - como se vê no retângulo verde da figura abaixo.

O efeito prismático induzido é calculado pela fórmula de Prentice:

P = D x d
P= Valor do prisma/efeito prismático
D= dioptrias da lente
d= descentração da lente em cm

Voltando para a questão, D = 5,00 D (desconsidera-se o sinal) e d = 6mm = 0,6 cm => P= 5 x 0,6 = 3,00 DP. Portanto, o efeito prismático induzido é de 3 Δ de base nasal -

45
Q

espectro das ondas eletromagnéticas

Assinale a alternativa correta a respeito das ondas eletromagnéticas

A radiação infravermelha tem comprimentos de onda maiores que o espectro visível.

A

O espectro das ondas eletromagnéticas compreende todos os tipos de ondas eletromagnéticas que temos, incluindo o espectro da luz visível ao olho humano, compreendendo os comprimentos de onda de 380-780 nm.

Vale lembrar, que esse espectro pode vir um pouco diferente dependendo da referência, mas esses valores (380-780 nm) ficam mais didáticos e fáceis de lembrar por terem “o mesmo final”. Os valores trazidos na alternativa (180-320 nm) compreendem um espectro de ondas de ultravioleta.

O comprimento de onda de qualquer onda pode ser medido pela distância entre dois vales consecutivos ou entre duas cristas consecutivas

O espectro de ondas eletromagnéticas pode ser lembrado pelo mnemônico: RAMILUX-G:

Ondas de RÁdio (Maior comprimento de onda, menor frequência)
Microondas
Infravermelho
Luz visível
Ultravioleta
Raios-X
Raios Gama (Menor comprimento de onda, maior frequência)

Sendo assim, as ondas de infravermelho apresentam maior comprimento de ondas que todo o espectro da luz visível.

Já dentro do espectro da luz visível temos que nos lembrar da ordem das cores, para isso nos lembramos do VAAVAAV:

Vermelha (Maior comprimento de onda, menor frequência)
Alaranjado
Amarelo
Verde
Azul
Anil
Violeta (Menor comprimento de onda, maior frequência)

Sendo assim, a luz azul não apresenta o maior comprimento de onda dentro do espectro de luz visível.

46
Q

PP = AA - M

Um paciente de 65 anos, míope de -1,00 DE em ambos olhos, consegue ler a 66 cm, sem correção de lentes. Qual a sua amplitude acomodativa e qual grau de óculos é suficiente para ele ler a 33 cm, respectivamente?

0,50 DE; +1,50 DE.

A

Para resolvermos a questão vamos utilizar a fórmula:
PP = AA - M
PP = ponto próximo
AA = amplitude de acomodação
M = ametropia do paciente

Temos que:
PP = 66 cm ou 0,66 m (distância que o paciente consegue ler sem correção)
(vamos converter PP para dioptria)
PP = 1/d (em metros)
PP = 1/0,66
PP = 1,50 D

Voltando para a fórmula:
PP = AA - M
1,50 = AA - (-1,00)
AA = 0,50 D

Para ler a 33 cm (ou 0,33 m) o paciente precisa de 3,00D (1/0,33). Entendam que, apesar do valor negativo da ametropia, na verdade o míope “acomoda muito” e essa -1,00D na verdade ajuda o paciente na acomodação para perto. Sendo assim, o paciente tem 1D da miopia e 0,50D da sua amplitude acomodativa; faltando +1,50D para chegar em 3,00D para leitura a 33 cm.

47
Q

amplitude acomodativa

Qual o esforço acomodativo de um paciente de 25 anos, cuja refração estática é +2,00 DE <> +1,00 DC a 90° para ler a uma distância de 40 cm sem correção?

+5,00 D.

A

Não temos como calcular um esforço acomodativo usando diretamente uma lente esferocilíndrica, MAS temos como converter essa lente em uma lente esférica para entendermos seu comportamento óptico e, assim, calcularmos os demais parâmetros que a questão nos pede.

Essa conversão é o equivalente esférico (EE) em que transformamos uma lente esferocilíndrica em uma lente cilíndrica que vai ter características ópticas gerais semelhantes à lente original. O EE é calculado somando-se a dioptria esférica (DE) com metade da dioptria cilíndrica (DC). Como o EE de uma lente com cilindro positivo é IDÊNTICO ao EE de uma lente com cilindro negativo, nem precisamos transpor a lente dada no enunciado para seguir com nossa questão:
EE = DE + DC/2
EE = +2,00 + (+1,00)/2
EE = +2,00 + 0,50 = +2,50 D.

Agora usamos a fórmula do ponto próximo (PP) para descobrirmos quanto o paciente tem que acomodar (o mesmo que descobrir qual sua amplitude acomodativa (AA) para uma dada distância) a parrtir de sua ametropia (M) (que é representada/resumida pelo seu EE):
(Vamos converter seu PP de 40 cm ou 0,4 m (d) para Dioptria (D) com a fórmula D = 1/d)
D = 1/d
D = 1/0,4
D = +2,50 D

A partir daí temos:
PP = AA - M
+2,50 = AA - (+2,50)
+2,50 = AA - 2,50
AA = 2,50 + 2,50 = +5,00 D.

48
Q

anisometropia astigmática simples

Qual dos pacientes abaixo apresenta anisometropia astigmática simples

Paciente com -1,00 DC x 180° no olho direito e +1,25 DE no olho esquerdo.

A

Vamos primeiro entender o termo “anisometropia astigmática simples”:

Anisometropia: medida de dioptria diferente entre os olhos
Astigmática: especificamente referente ao astigmatismo
Simples: um olho tem um determinado astigmatismo/dioptria cilíndrica (DC) e o outro não tem astigmatismo/dioptria cilíndrica; (ou seja, tem apenas dioptria esférica ou é emétrope).
Obs.: seria composta se fossem ambos os olhos com dioptrias cilíndricas diferentes entre si.

49
Q

espelho convexo

Em um hospital muito movimentado foi instalado um espelho convexo esférico em um cruzamento de um corredor. Considere um objeto localizado a 1 m deste espelho com poder de 2 D.
Qual a característica da imagem formada?

Menor e direta.

A

As propriedades das imagens formadas por espelhos e lentes esféricas são dependentes do tipo de espelho/lente e da posição relativa do objeto ao espelho (e isso vale para espelhos côncavos/lentes convexas; já que espelhos convexos/lentes côncavas sempre formarão o mesmo tipo de imagem independentemente da posição do objeto).

De maneira geral, temos que saber que os espelhos côncavos têm as imagens formadas com as mesmas características das lentes convexas e os espelhos convexos são equivalentes às lentes côncavas.

Dito isso, vamos relembrar essas características:

Espelhos côncavos/lentes convexas (lente convergente = lente positiva):
Objeto antes do centro de curvatura: imagem menor, real, invertida
Objeto no centro de curvatura: imagem de igual tamanho, real, invertida
Objeto entre o centro de curvaturta e o foco: imagem maior, real, invertida
Objeto no foco: imagem imprópria, formada no infinito
Objeto entre o foco e o espelho: imagem maior, virtual, direita
Espelhos convexos/lentes côncavas (lente divergente = lente negativa):
QUALQUER posição relativa entre objeto e espelho/lente: imagem menor, virtual, direta
Como temos no enunciado um espelho convexo, já podemos afirmar que a imagem formada (independentemente da posição relativa do objeto ao espelho) será: virtual, direita e menor.

Para quem quiser a prova matemática. Temos um espelho convexo de -2D (a dioptria em espelhos convexos e lentes côncavas é negativa por que o foco é virtual). Como a dioptria da lente equivale ao inverso do seu foco (D = 1/f) temos que o foco da nossa lente está a 0,5 m ou 50 cm. Sendo assim, vamos calcular a imagem formada por um objeto posicionado a 1 m desse espelho. Faremos isso com duas fórmulas:

A primeira:
1/f = 1/p + 1/p’
f = foco da lente (em metros) ou ainda, 1/f = dioptria da lente (-2D)
p = distância do objeto (em metros, ou seja, 1 m)
p’= distância da imagem (em metros)

Logo:
-2 = 1/1 + 1/p’
-2 = 1 + 1/p’
1/p’ = -2 - 1
1/p’ = -3
p’ = -0,33 m ou 33 cm (a imagem será formada a 33 cm da lente. O sinal negativo indica que ela é virtual.)

A segunda fórmula que vamos usar é a de aumento da imagem (A):
A = -p’/p
A = -(-0,33)/1
A = 0,33 (sinal positivo indica que a imagem é direita. O valor de A = 0,33 indica que ela tem 33% ou 1/3 do tamanho do objeto.)

50
Q

antimetropia

Hipermetropia em um olho e miopia em outro.

A

Dá-se o nome de antimetropia quando um olho é míope e o outro hipermétrope

Normalmente, o aluno confunde o conceito supracitado com anisometropia. Anisometropia é o nome que se dá à condição em que o erro refrativo é diferente entre os olhos. Contudo, pelo Aderbal, por exemplo, os tipos de anisometropia são classificados como:

Anisometropia Hipermetrópica
Anisometropia Mióptica
Antimetropia
Tanto a anisometropia hipermetrópica quanto a mióptica são subdivididas em simples ou compostas. Simples é quando um dos olhos é emétrope e o outro é amétrope e compostas quando ambos são amétropes (ambos míopes ou ambos hipermétropes).

E há a classificação das anisometropias em axiais e refrativas. Na axial, a diferença entre os dois olhos é decorrente dos diâmetros axiais. E na refrativa há diferença de curvatura das córneas, catarata assimétrica entre os olhos ou afacia. Tanto as anisometropias axiais quantos as refrativas geram diferenças nos tamanhos das imagens retinianas. Já que os tamanhos das mesmas dependem das distâncias entre as retinas e os pontos nodais; quanto maiores as distâncias, maiores as imagens.

51
Q

Ponto próximo (PP). + Ponto remoto (PR)

Um olho tem um ponto remoto a 50 cm e um ponto próximo a 12,5 cm. Qual é a amplitude de acomodação?

6D

A

Para resolver esta questão, primeiro vamos lembrar de alguns conceitos:

Ponto próximo (PP): é o ponto mais próximo de visão nítida do paciente com o uso total da acomodação. No olho emétrope, o PP= AA (amplitude de acomodação)
Ponto remoto (PR): é o ponto de visão nítida mais distante quando a acomodação está completamente relaxada. No hipermétrope é virtual e está atrás do olho e no míope é real e está na frente do olho. No emétrope, encontra-se no infinito. Assim como na figura abaixo:

Amplitude de Acomodação (AA): Distância entre o ponto próximo e o ponto remoto ou a diferença de poder dióptrico do olho entre o repouso e o máximo de acomodação.
As fórmulas para prova são:

PP= AA - (M)
PP: ponto próximo
AA: amplitude de acomodação
M: ametropia do paciente
todos em Dioptrias
Importante também saber que
PR = M
PR: ponto remoto
D = 1/f (fórmula utilizada para converter as distâncias em metros em dioptrias)
Vamos então resolver a questão.

PR = 50 cm ou 0,5 m
PR = 1/0,5 = 2,00D

Resta saber, +2,00D (paciente hipermétrope) ou -2,00D (paciente míope)? Entendam que, se o paciente fosse hipermétrope, esse PR seria virtual (e isso não foi dito no enunciado), além disso, temos que pensar que esses 50 cm representam o “infinito” do paciente, ou seja, a partir de 50 cm sua AV estará diminuida e isso só ocorre no míope.

PP = 12,5 cm ou 0,125 m
PP = 1/0,125 = 8,00D.

Temos então:

PP = AA - M (como M = PR)
PP = AA - PR
8 = AA - (-2)
AA = 8 - 2 = +6,00D

52
Q

PP = AA - M

Um técnico em eletrônica realiza, sem correção, esforço acomodativo de 6,00 DE quando trabalha a 20 cm. Qual alternativa melhor representa a refração deste paciente?

+2,50 DE -3,00 DC x 180°

Única EE : 1D

A

Inicialmente vamos calcular a ametropia (M) desse paciente pela fórmula:
PP = AA - M
PP = ponto próximo (em dioptria, equivale ao inverso da distância de trabalho em metros (1/d), ou seja 1/0,2 = 5D)
AA = amplitude de acomodação
M = ametropia
PP = AA - M
5 = 6 - M
M = 1,00 D

E agora? Não temos nenhuma alternativa com 1,00D de refração. Sendo assim, vamos encontrar a refração que nos fornece um equivalente esférico de +1,00D. Lembrando que o equivalente esférico (EE) é calculado pela soma da dioptria esférica (DE) com metade da dioptria cilíndrica (DC):
EE = DE + (DC)/2

+2,50 DE -3,00 DC x 180°.
EE = +2,50 + (-3,00)/2
EE = 2,50 - 1,50 = +1,00 D.

53
Q

1/f = 1/p + 1/p’

Um objeto posicionado 5cm à frente de uma lente convergente de 10D forma uma imagem:

Virtual a 10 cm da lente.

A

Lentes convergentes são lentes biconvexas, plano-convexas ou côncavo-convexas (denominamos de maneira geral como lentes convexas) e sabemos que as lentes convexas têm as mesmas propriedades de formação de imagem de um que um espelho côncavo. Nas lentes convergentes ou convexas as características da imagem formada depende da posição relativa do objeto à lente.

Diferentemente de quando temos uma lente divergente ou côncava, que equivale a um espelho convexo, em que independentemente da posição relativa do objeto SEMPRE teremos uma imagem: Virtual, Direta (ou direita) e Menor. Mas, esse não é o caso da nossa questão, que utilizou uma lente convergente.

Agora vamos descobrir a que distância da lente essa imagem irá se formar. Para isso precisamos nos lembrar da fórmula:

1/f = 1/p + 1/p’
f = foco da lente ou distância focal da lente
p = distância do objeto à lente (em metros) (na questão, 5 cm ou 0,05 m)
p’= distância da imagem à lente (em metros)

No enunciado ele nos fornece a dioptria da lente (D), que equivale ao inverso da distância focal da mesma, ou seja:
D = 1/f
1/f = 10 Dioptrias

Então:
1/f = 1/p + 1/p’
10 = 1/0,05 + 1/p’
10 = 20 + 1/p’
1/p’ = 10 - 20 = -10 (negativa por que a imagem é virtual)
p’ = -1/10 m ou 0,1 m ou 10 cm

Obs.: percebam que o foco da lente está a 10 cm e o objeto está a 5 cm, logo o objeto está entre o foco e a lente e sabemos que, em uma lente convergente, um objeto entre o foco e a lente gera uma imagem virtual, direita e maior.

54
Q

vergência da lente

Considerando que uma lente foca a 50 mm a luz proveniente de um foco distante, pode-se afirmar que o poder desta lente é de

A

20 D.

Vamos rever alguns conceitos antes de resolvermos esta questão?

Quando o examinador diz “poder da lente” ele deseja saber o poder de vergência da lente, medido pela dioptria da lente. Sabemos que, por definição, a unidade de dioptria no sistema internacional de unidades corresponde ao inverso do metro e na óptica é calculada pela fórmula: D = 1/f em que D = dioptria da lente ou sistema óptico; f = distância focal da lente ou sistema óptico EM METRO.

Quando o enunciado nos diz que “a lente foca a 50 mm” ele está fornecendo a distância focal dessa lente. PORÉM temos que converter “milímetro” para “metro” antes de aplicarmos a fórmula. 50 mm = 0,05 m.

Seguimos:
D = 1/f
D = 1/0,05
D = 20 Dioptrias.

Para que a alternativa A estivesse correta, a lente deveria focar a 5 m. No caso da alternativa B, seria 0,5 m. E para a alternativa D seria 0,005 m.

55
Q

espelhos esféricos

Num espelho convexo, a imagem formada é sempre direta.

A

Formação de imagens em espelhos esféricos é assunto recorrente nas provas do CBO.

A imagem formada pode ser: real ou virtual; invertida ou direta; maior, menor ou do mesmo tamanho que o objeto.

Os espelhos convexos são nossos amigos… por que!? porque não temos que nos preocupar com a posição do objeto em relação ao espelho: a imagem neles SEMPRE será menor, direta e virtual.

observação: se trocar o tipo do espelho de convexo para côncavo, a alternativa estaria correta… cuidado hein pessoal…).

Vamos às demais alternativas… sabemos que as propriedades da imagem mudam completamente dependendo de sua posição em relação ao espelho côncavo… temos situações em que ela será real (objeto posicionado atrás do centro de curvatura, no centro de curvatura e entre o centro de curvatura e o foco) e será virtual quando estiver entre o foco e o espelho

mais uma observação: aqui também se trocarmos o espelho de côncavo para convexo, a alternativa estaria correta…).

Por último, quando um objeto está no centro de curvatura de um espelho côncavo a imagem formada é real, invertida e de mesmo tamanho que o objeto; caso o objeto esteja no foco do espelho a imagem formada é imprópria e (teoricamente) formada no infinito,

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Q

Telescópios

Em qual alternativa se apresenta uma construção possível de uma luneta com poder de 10x?

Uma lente de +1,00 DE e uma de -10,00 DE, colocadas a 90 cm uma da outra.

A

O telescópio pode ser de dois tipos: de Galileu ou de Kepler. Em ambos, a lente esférica da objetiva será positiva. Então, já sabemos que a primeira lente positiva colocada no enunciado é a objetiva. Agora, no telescópio de Galileu, a lente esférica da ocular é negativa, e no de Kepler, a lente esférica da ocular é positiva. Desse modo, sabemos que a questão se trata de um telescópio de Galileu.

Para o cálculo da ampliação de uma luneta ou telescópio, divide-se a dioptria da lente ocular pela dioptria da lente objetiva (desconsiderar o sinal para o cálculo). Tem autor também que fala sobre dividir a distância focal em centímetros da objetiva pela distância focal em centímetros da ocular. Só que é bem mais trabalhoso, então prefiro o primeiro método.

Sendo assim, vamos avaliar as alternativas. O examinador quer uma ampliação de 10x, desse modo:

lente objetiva (+1,00 DE) => D=1/f => 1=1/f => f obj= 1 metro lente ocular (-10,00 DE) => D=1/f => 10=1/f => f ocular = 0,1 metro Portanto, d = 1- (0,1) = 0,9m = 90 cm

Obs.: no telescópio de Galileu, a distância entre as lentes é a subtração da distância em metros da lente objetiva da distância em metros da lente ocular. Já no telescópio de Kepler, essa distância corresponde à soma da distância em metros da lente objetiva da distância em metros da lente ocular (desconsiderando os sinais).