Conjuntiva Flashcards
ceratoconjuntivite
I. Acomete com maior frequência os homens do que as mulheres
II. Úlcera em escudo é frequente
III. Cicatrizes conjuntivais são comuns e exuberantes
IV. Acomete mais a conjuntiva tarsal inferior
V. Acomete mais a conjuntiva tarsal superior
VI. Geralmente tem resolução espontânea após a puberdade
Vernal, as frases I, II e V
A alergia ocular pode ser didaticamente classificada em cinco apresentações clínicas diferentes: conjuntivite aguda ou sazonal, conjuntivite perene, ceratoconjuntivite vernal ou primaveril, ceratoconjuntivite atópica e conjuntivite papilar gigante.
A ceratoconjuntivite primaveril ou vernal apresenta-se de forma crônica e bilateral, com exacerbações sazonais mais frequentes na primavera e verão, e em regiões de clima quente e seco. Mais frequente em meninos entre 2 a 10 anos, com tendência a resolução espontânea após a puberdade. Clinicamente, pode apresentar em 3 formas diferentes. A forma palpebral encontramos hipertrofia papilar na conjuntiva tarsal superior. A presença de secreção entre as papilas gigantes é denominada sinal de Maxwell-Lyons. Na forma limbar apresenta um espessamento limbar com aspecto gelatinoso, podendo apresentar os pontos de Horner-Trantas. Na forma mista, encontra-se tanto as papilas no tarso superior quanto o limbo gelatinoso. A córnea pode apresentar ceratite puntata superficial, podendo frequentemente evoluir com úlcera em escudo.
A ceratoconjuntivite atópica também apresenta-se de forma crônica e bilateral, presente em 14 a 40% dos pacientes com Dermatite atópica. Sendo mais comum em homens, após os 40 anos de idade, com exacerbação no inverno. Pode desenvolver blefarite secundária com entrópio, ectrópio cicatricial e estenose do ponto lacrimal. O ato de coçar pode levar a perda da porção lateral dos cílios e o aparecimento de dobras extras nas pálpebras, conhecidas como Linhas de Dennie. Apresenta hiperemia, quemose conjuntival bulbar e pontos de Horner-Trantas. A hipertrofia papilar é mais frequente na conjuntiva palpebral inferior, podendo evoluir com atrofia e olho seco secundário. A córnea também pode apresentar ceratite puntata difusa, e ulceração com opacidade e neovascularização nos casos mais graves.
Sendo assim, retomando as alternativas, percebemos que as afirmações I, II, V e VI são compatíveis com a forma Vernal, enquanto que a I, III e IV descrevem a forma atópica
Ceratoconjuntivite vernal
nódulos (pontos de Horner-Trantas)
O enunciado da questão nos mostra um olho com hiperemia conjuntival moderada e um espessamento limbar difuso, com aspecto gelatinoso, chegando a formar alguns nódulos (pontos de Horner-Trantas). Essa apresentação clínica é típica da Ceratoconjuntivite vernal.
A ceratoconjuntivite primaveril ou vernal apresenta-se de forma crônica e bilateral, com exacerbações sazonais mais frequentes na primavera e verão, e em regiões de clima quente e seco. Mais frequente em meninos entre 2 a 10 anos, com tendência a resolução espontânea após a puberdade. Clinicamente, pode apresentar em 3 formas diferentes. A forma palpebral encontramos hipertrofia papilar na conjuntiva tarsal superior. A presença de secreção entre as papilas gigantes é denominada sinal de Maxwell-Lyons. Na forma limbar apresenta um espessamento limbar com aspecto gelatinoso, podendo apresentar os pontos de Horner-Trantas. Na forma mista, encontra-se tanto as papilas no tarso superior quanto o limbo gelatinoso. A córnea pode apresentar ceratite puntata superficial, podendo frequentemente evoluir com úlcera em escudo.
A Degeneração marginal de Terrien é uma condição inflamatória caracterizada pelo afinamento corneano periférico, retificação dos vasos limbares e evolução circunferencial.
A ceratoconjuntivite límbica superior é caracterizada pela inflamação das conjuntivas tarsal e bulbar superiores, queratinização do limbo superior e presença de filamentos corneanos e conjuntivais superiores.
A degeneração marginal pelúcida é uma doença ectásica, não inflamatória, em que ocorre afinamento corneano periférico inferior, com consequente astigmatismo irregular (em pata de caranguejo).
cisto de acanthamoeba
microscopia de um Demodex folliculorum, que são ácaros comensais encontrados na pele
fungo filamentoso
Neisseria gonorrhoeae
A-IV, B-III, C-I, D-II
A questão nos traz 4 figuras representando diferentes agentes etiológicos e na sequência 4 figuras representando quadros clínicos que seriam causados por esses agente, porém fora da ordem.
Começando na sequência, a figura A evidencia um cisto de acanthamoeba visto no microscópio com sua característica dupla membrana. A ceratite por esse protozoário de vida livre pode se iniciar como uma ceratite puntata difusa inespecífica, lesões pseudo dendríticas e edema estromal, associado a dor intensa não compatível com a clínica. Esse quadro é representado na figura IV.
A figura B mostra a microscopia de um Demodex folliculorum, que são ácaros comensais encontrados na pele, folículos dos cílios e glândulas sebáceas. Ele está associado a fisiopatologia da rosácea, representada na figura III, devido a produção de antígenos que aumentam a resposta imune mononuclear no sangue periférico .
A figura C evidencia um fungo filamentoso, sendo o mais comum Fusarium sp. As ceratites fúngicas por fungos filamentosos tem uma aspecto de infiltrado estromal profundo seco, branco-acinzentado com margens hifadas, lesões satélites, podendo ser acompanhadas por placas endoteliais, representado na figura I.
A figura D mostra uma citologia com a presença de polimorfonucleares fagocitando Neisseria gonorrhoeae. A conjuntivite gonocócica é caracterizada por quadro hiperagudo, com intensa secreção francamente purulenta e alto risco de perfuração corneana. Quadro este representado na figura II.