Histologia Fisiologia Flashcards
espessura epitelial central
50 µm
Uma questão mais conceitual em que o aluno deveria lembrar que o epitélio representa aproximadamente 10% da espessura total da córnea
canal de Schlemm (ou Seio Venoso da Esclera)
presença ou ausência de células endoteliais (I), mioendoteliais (II) e de vacúolos (III) no interior das células que o compõem.
I - Presentes; II - ausentes; III - presentes.
Questão que tenta dificultar a vida do candidato ao usar um termo para denominar o canal de Schlemm (ou Seio Venoso da Esclera) muito pouco utilizado na prática. O canal de Schlemm é formado por uma única camada de células endoteliais, cujas características variam conforme o lado considerado. O lado externo, de onde partem os canais coletores externos, tem um endotélio de células lisas, planas, de núcleo pouco saliente e pequeno, firmemente ligados entre si por desmossomos. A parede interna, apresenta células endoteliais maiores com núcleos de grande tamanho, unidas por zônulas de oclusão. O citoplasma dessas células apresenta múltiplos vacúolos citoplasmáticos gigantes, que são responsáveis pela transferência ativa do humor aquoso bem como das partículas inertes, dos elementos figurados e dos gases. O canal de Schlemm não apresenta células mioendoteliais.
cápsula de Tenon
Os feixes de colágeno estão organizados radialmente.
A cápsula de tenon (ou fáscia do olho) é identificada como uma camada hipocelular
distinta de feixes compactos de colágeno dispostos radialmente organizados
) que correm paralelamente à superfície da esclera. Em sua origem anterior ao limbo, a cápsula é firmemente aderida ao tecido conjuntivo acima e à episclera abaixo. A cerca de 3mm do limbo, ela se espessa, tornando-se livremente móvel sobre a episclera abaixo
stende-se do limbo para trás para embainhar os músculos retos e torna-se contínua com seu perímisio
Por fim, une-se à bainha dural do nervo óptico e às faixas fibrosas que conectam o olho à órbita.
coroide
O estroma caracteriza-se pela presença de melanócitos e macrófagos.
As camadas da coroide são: supracoroide (mais externa, em contato com a esclera), estroma (que contém as camadas de grandes (Haller) e médios (Sattler) vasos), coriocapilar e a membrana (ou lâmina) basal da coroide (também chamada de membrana de Bruch).
Sabemos que a supracoroide apresenta células como melanócitos, fibroblastos, células ganglionares e macrófagos (como melanócitos são pigmentados,
Estas células também podem ser encontradas no estroma da coroide, principalmente em seus 2/3 externos
além de linfócitos e mastócitos. Os vasos do estroma não são fenestrados, diferentemente dos vasos da coriocapilar
Por último, a lâmina basal da coroide ou membrana de Bruch é dividida em 5 camadas: membrana basal da coriocapilar (mais externa, em contato com a coriocapilar), zona colágena externa, zona elástica, zona colágena interna e membrana basal do epitélio pigmentado da retina (mais interna, em contato com o epitélio pigmentado da retina),
músculo ciliar
É um músculo liso e recebe fibras do sistema nervoso simpático e parassimpático.
O músculo ciliar é o músculo de acomodação do olho. Constitui-se exclusivamente de células musculares lisas incluídas em um tecido conjuntivo vascular. É formado pela associação de células longas fusiformes, apresentando núcleo único e central
O músculo ciliar é o músculo de acomodação do olho. Constitui-se exclusivamente de células musculares lisas incluídas em um tecido conjuntivo vascular. É formado pela associação de células longas fusiformes, apresentando núcleo único e central
O músculo liso não exibe as junções neuromusculares elaboradas (placas motoras) que ocorrem apenas no músculo esquelético
Todas as fibras do músculo se inserem em um tendão comum do esporão escleral, e sua contração é responsável pela abertura da malha trabecular
Ele é inervado por fibras parassimpáticas pós-ganglionares que têm os corpos celulares no gânglio ciliar e chegam ao músculo através dos nervos ciliares curtos. Recebe também fibras simpáticas e sensoriais com os nervos ciliares curtos (estas fibras atravessam o gânglio ciliar sem interrupções sinápticas)
corpo vítreo
Glicose e ácido ascórbico fazem parte da sua composição
O vítreo desempenha funções importantes, como por exemplo: proteção mecânica; fornece energia para corpo ciliar, cristalino e retina; transmissão da luz para a retina.
Sua composição é de cerca de 98 a 99% de água
O restante de sua composição contém glicose, ácido ascórbico (atuando como importante antioxidante), fibras de colágeno, hialuronato, hialócitos, fibroblastos e outros elementos
Tem um volume aproximado de 4 ml e ocupa cerca de 80% do volume do globo ocular, com um peso aproximado de 4 gramas
Sua pressão osmótica é dita zero (segundo o livro de fisiologia do CBO), o que faz sentido tendo em vista a sua composição de 98-99% de água, enquanto que a pressão osmótica do plasma é de 25
Aproveitando a questão para lembrar um conceito que não foi cobrado aqui, mas que é assunto recorrente na prova: a composição do córtex vítreo é diferente do vítreo central (no córtex encontramos maior concentração de células e menor concentração de glicose e outros elementos, de maneira resumida)
humor aquoso
Seu volume na câmara anterior é aproximadamente quatro vezes o da câmara posterior.
A drenagem do humor aquoso se dá principalmente através da via trabecular, também chamada de via convencional (85 a 90%), mas também pela via uveoescleral, ou não convencional (15%). A via trabecular é dependente de pressão, mas a via uveoescleral, não. O humor aquoso se renova na câmara anterior na taxa de 1% por minuto. A drenagem diminui durante o sono, possivelmente pela estase venosa causada pelo decúbito
Em relação à sua composição, em condições normais, o humor aquoso tem 1/200 a 1/500 das proteínas do plasma, o que permite a sua transparência. Metade dessas proteínas do humor aquoso são albumina. Portanto,
Além disso, o humor aquoso tem mais íons hidrogênio, cloreto e ascorbato, e menos bicarbonato, em relação ao plasma. O volume da câmara anterior é 0,25 mL, e o volume da câmara posterior é 0,06 mL. Dessa forma, vemos que o volume da câmara anterior é aproximadamente quatro vezes o da câmara posterior.
A produção do humor aquoso se dá no epitélio ciliar não pigmentado (interno), através de três mecanismos: difusão, ultrafiltração e secreção, sendo os dois primeiros passivos, e o último, ativo. Lembrando que a secreção corresponde a 80% da produção. O volume produzido é de 2 a 3 µL por minuto, variando com o ritmo circadiano, sendo menor durante o sono (a produção é reduzida pela metade durante o sono) , e com pico durante a manhã.
via lacrimal
O canalículo comum difere dos canalículos superior e inferior pois não possui as características elásticas desses últimos
O músculo de Duverney-Horner, ou também chamado de músculo lacrimal, é uma parte específica do músculo orbicular pré-tarsal e, portanto, inervado pelo nervo facial (VII NC) e não pelo oculomotor (III NC)
Esse músculo tem participação importante no mecanismo de bomba lacrimal, se insere na crista lacrimal posterior e na crista lacrimal anterior e contém em sua espessura os canalículos lacrimais. Quando esse músculo se contrai, as paredes dos canalículos são comprimidas e a lágrima é direcionada para o canalículo comum.
Outro elemento importante dos canalículos lacrimais é sua elasticidade que permite que suas paredes sejam comprimidas durante o fechamento palpebral e contração do músculo de Duverney-Horner e a possibilidade de retornar a forma inicial quando o músculo se relaxa, permitindo novamente a entrada de lágrima e mantendo o fluxo de drenagem lacrimal.
O canalículo comum não possui as características elásticas dos canalículos inferior e superior, ele apenas funciona como uma evaginação do saco lacrimal permitindo que a lágrima drenada através dos canalículos chegue até o saco lacrimal.
O ponto lacrimal inferior é mais lateral do que o ponto superior, portanto quando ocorre o movimento de piscar, o ponto inferior move-se no sentido medial, para que durante a oclusão das pálpebras, os pontos lacrimais possam se justapor e com isso impedir o refluxo da lágrima que foi drenada para os canalículos.
cristalino
Sua cápsula age como uma membrana semipermeável e regula o transporte de substâncias entre o humor aquoso e o cristalino.
As fibras do cristalino surgem a partir de células epiteliais que se transformam e perdem seus núcleos. Logo, o cristalino é formado principalmente por fibras sem núcleo.
A alternativa B foi literalmente transcrita do CBO. Como o cristalino é avascular, suas células precisam receber nutrientes e liberar seus resíduos através do meio adjacente (humor aquoso e humor vítreo).
O cristalino não tem vascularização nem inervação.
filme lacrimal
A camada mucoide é a mais interna e é originada das glândulas de Henle e Manz.
O filme lacrimal é composto por 3 camadas:
a mais externa (em contato com o meio externo) é a camada lipídica, cuja principal função seria diminuir o componente evaporativo da lágrima, é produzida pelas glândulas de Meibomius, Zeiss e Moll
a camada do meio é a aquosa, produzida principalmente pela glândula lacrimal principal e pelas acessórias de Wolfring e Krause, seu pH é em média 7,4
e é composta por aproximadamente 98% de água
a camada mais interna e que fica em contato diretamente com o epitélio corneano é a mucoide que é produzida pelas células caliciformes, de Henle e de Manz
inervação da córnea
Seu epitélio tem numerosas terminações nervosas livres, o que explica a alta sensibilidade dolorosa
O epitélio corneano contém um densa série de terminações nervosas livres de fibras, sendo provenientes dos nervos ciliares longos que são ramos do nervo oftálmico (V par).
As fibras penetram no estroma de forma radial e se direcionam para o epitélio formando um plexo subepitelial altamente ramificado cerca de 100 vezes mais sensível do que a conjuntiva.
componentes da membrana basal
Fibronectina
O Hialuronato tem função estrutural de ligar-se a proteoglicanas e a proteínas de ligação da matriz extracelular. Além disso é capaz de influenciar no comportamento celular ao ligar-se à superfície das células.
A Fibronectina é de fundamental importância no reparo tecidual, sendo a primeira a ser depositada na ferida, onde juntamente com a fibrina servirá de matriz para a migração e proliferação celular. Ela é responsável pela promoção da agregação plaquetária, reepitelização, deposição de matriz e contração da ferida.
A Laminina é responsável por promover a adesão celular, propiciando a proliferação, migração, diferenciação e crescimento celular. Ela contribui para a adesão das células epiteliais ao colágeno tipo IV.
A Condroitina, por sua vez, controla a formação de fibrilas, influencia a elasticidade do tecido, a migração e adesão celular, influencia a organização da matriz extracelular e prende as células epiteliais à matriz extracelular.
contração muscular
miofibrilas são formadas por sarcômeros, e cada sarcômero é limitado por duas
Linhas Z.
Os músculos extraoculares são estriados. Cada fibra muscular é uma única célula multinucleada. Essas fibras contém feixes chamados miofibrilas, que, por sua vez, são formadas por sarcômeros. Cada miofibrila apresenta faixas ou zonas I (claras) e A (escuras). Cada zona I é dividida por uma linha Z. O sarcômero é a unidade que está entre as linhas Z. Portanto, o sarcômero é limitado por duas linhas Z
e é formado por uma faixa A e duas semi-faixas I.
poder refrativo no olho
Superfície anterior da córnea, pela maior diferença entre os índices de refração do ar e da córnea
O cálculo do poder dióptrico de uma superfície pode ser feito através da fórmula:
D = (n2 - n1) / r
Sendo:
n2: o índice de refração do meio refratado
n1: índice de refração do meio de incidência
r: o raio de curvatura dessa superfície em metros.
Isso faz com que o principal fator para a determinação dióptrica seja a diferença dos índices de refração, responsável inclusive por determinar se a lente será convergente ou divergente. O raio de curvatura, por ser em metros, e pelo fato das estruturas oculares serem pequenas acaba tornando essa variável pouco significativa para o resultado final. Além disso, o raio de curvatura da superfície anterior da córnea no sentido vertical é em média 7,8 (variando de 6,8 a 8,5 mm), valor este maior que da superfície posterior da córnea no meridiano vertical, que é em média apenas 6,5mm.
No cristalino o raio de curvatura anterior (10mm) também é maior que o da superfície posterior (6mm)
No caso do olho humano, a superfície anterior da córnea (mais especificamente a interface ar e filme lacrimal) é justamente a que tem maior diferença dos índices de refração, apresentando um valor aproximado de 48D, responsável por 80% do valor total do sistema ocular (60D).
O humor aquoso e a superfície anterior do cristalino, que consiste no córtex, apresentam índice de refração semelhantes, sendo respectivamente: 1,336 e 1,386.
Índices de refração das estruturas oculares (em ordem crescente)
Ar: 1,000
Vítreo: 1,336
Filme lacrimal: 1,336
Humor Aquoso: 1,336
Córnea: 1,376
Córtex cristaliniano: 1,386
Núcleo cristaliniano: 1,406
músculos abaixo apresenta o tendão mais curto
Oblíquo inferior.
O músculo oblíquo inferior se insere por um tendão curtíssimo (1 a 2 mm, às vezes até ausente) no octante inferior, posterior e lateral do bulbo
Já o músculo oblíquo superior possui um tendão longo, que começa 10 mm antes do músculo passar pela tróclea, introduz-se sob o reto superior a cerca de 2 a 3 mm atrás da sua margem medial e vai afinando progressivamente. Ao sair da tróclea, começa a porção reflexa do músculo oblíquo superior. O oblíquo superior é o mais longo dos músculos oculomotores
O músculo reto medial possui um tendão de cerca de 3,7 mm (3,5 a 4 mm) de comprimento e está a 5,5 mm de distância do limbo corneal, formando um arco de contato de 6 a 7 mm com a esclera
O músculo reto lateral insere-se por um tendão longo de 8 a 9 mm, em uma extensão de 9 a 10 mm, a uma distância de 6,5 a 7mm do limbo
Portanto, em ordem crescente de tamanho de tendão, tem-se:
Músculo Oblíquo Inferior < Músculo Reto Medial < Músculo Reto lateral < Músculo Oblíquo Superior