Refracao Flashcards

1
Q

Ponto remoto

O ponto remoto (PR) é definido como o ponto do espaço conjugado à fóvea, quando a acomodação está relaxada. Ou seja, toda imagem colocada no PR é focada na retina.

A

No caso de um paciente emétrope os raios vindos do infinito paralelo convergem exatamente na retina, portanto, o ponto remoto do emétrope é no INFINITO. Para entender o caso do míope e do hipermétrope, devemos raciocinar imaginando a luz que SAI do olho, ao invés da que entra.

Os pacientes míopes possuem um comprimento axial maior que a capacidade dióptrica, alteração do índice do cristalino ou uma córnea muito curva, portanto, os raios convergem muito e se cruzam EM FRENTE AO OLHO. Quanto maior a miopia, mais próximo do olho estará o PR.

Já os pacientes hipermétropes possuem um comprimento axial pequeno em relação a potência dióptrica do olho, ou alteração do índice do cristalino, ou uma córnea mais plana. Devido a essa falta de convergência, a luz sai do olho em divergência, e o encontro dos raios luminosos é feito pelo prolongamento dos raios luminosos, portanto, o ponto remoto é virtual e se encontra ATRÁS DO OLHO.

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2
Q

inclinação pantoscópica

A

Antes de responder essa questão o candidato deve se lembrar que o ângulo ou inclinação pantoscópica é o ângulo de inclinação da lente do óculos em relação a face. Se considerarmos a face como eixo vertical, sempre a lente estará girando no eixo horizontal e portanto 180º.

aumento da inclinação pantoscópica gera um AUMENTO do poder dióptrico esférico e altera o cilindro, sendo que o cilindro sempre tem o poder no meridiano de rotação da lente que, como foi citado acima, será sempre a 180º

O paciente utiliza óculos com lentes esféricas divergentes, portanto, negativas. Sabemos que em lentes negativas, o aumento do ângulo pantoscópico vai gerar um aumento do poder dióptrico (ficará mais negativo) e, por isso, o esforço acomodativo do paciente será maior

Se o paciente usasse lentes convergentes, o aumento do ângulo pantoscópico geraria um aumento do poder dióptrico positivo da lente e, nesse caso, diminuiria o esforço acomodativo.

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3
Q

Dispersão cromática

A dispersão cromática é um fenômeno que ocorre pois a luz branca policromática, possui raios de diferentes comprimentos de onda.

A

Quando esses raios atravessam a lente, os raios de comprimento de onda menor são mais refratados, e os de maior comprimento são menos refratados.

Com isso, formam-se vários pontos objetos alinhados de forma axial.

Quanto mais dispersão cromática ocorre, mais o objeto fica com a imagem final mais “borrada”.

Por isso, lentes nas quais a luz sofre maior dispersão são piores.

Pensando-se no efeito de dispersão cromática, o físico Ernst Abbe desenvolveu uma fórmula para o cálculo desse fenômeno nos diferentes materiais. Quanto maior o número Abbe, maior é a qualidade da lente e, portanto, menor dispersão cromática. O número Abbe varia de 30 a 60. Sendo que os valores Abbe para as lentes são (CBO):

Vidros Crown: 59
Resina CR-39: 58
Resina Trivex: 46
Policarbonato: 30

relação a resistência ao risco, sempre as lentes de vidro serão muito superiores que as lentes de material plástico. As lentes de vidro Crown possuem grande resistência ao risco.As lentes CR-39 tem uma resistência razoável ao risco, e as lentes de alto índice possuem pouca resistência ao risco

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4
Q

fórmula de prentice:

efeito prismático induzido em cada lente,

A

P = D x d

P = Valor do prisma/efeito prismático
D = dioptrias da lente
d = descentração da lente em cm

O efeito prismático acontece quando o eixo visual incide sobre uma lente fora do centro óptico.

Quando o paciente está usando lentes positivas, o efeito prismático ocorrerá no mesmo sentido do deslocamento

lentes negativas o efeito é contrário ao deslocamento

Um paciente com correção óptica de +1,00 DE no olho direito e -2,00 DE no olho esquerdo, tem os centros ópticos deslocados 1,5 cm inferiormente ao eixo visual. Qual o valor e a orientação da base dos prismas induzidos?

Para o OD: P = 1 x 1,5 = 1,5Δ

Para o OE: P = 2 (desconsidera o sinal da lente) x 1,5 = 3,0Δ

Portanto, como na questão o centro óptico foi deslocado inferiormente, a lente positiva de OD irá gerar um efeito prismático também inferior, e a lente negativa de OE, um efeito prismático superior.

Olho direito: 1,5Δ inferior; Olho esquerdo: 3,0Δ superior

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5
Q

Teste do cilindro cruzado

A

Trata-se de um equipamento constituído de 2 cilindros de igual valor (0,25D ou 0,50 D), sendo um positivo e um negativo, dispostos em ângulo reto entre eles. Produz astigmatismo misto simétrico com equivalente esférico igual a zero. Quando movimentado, ele gera um movimento simultâneo das linhas focais anterior e posterior do conoide de Sturm, e a melhor visão se alcança quando o círculo de menor confusão coincide com a retina.

teste é realizado monocularmente, ou seja, um olho de cada vez, e não necessita de miopização

O teste do cilindro cruzado é útil para a prática clínica e serve para determinar o eixo e o poder do astigmatismo, e também para determinar o valor da adição para perto.

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6
Q

Esforço acomodativo

A

O esforço acomodativo (EA) é dado sempre pela soma de equivalente esférico da refração do paciente e o inverso da distância de trabalho em metros. Portanto pela fórmula:

EA = EE + 1/d

esforço acomodativo de um paciente de 20 anos cuja refração é +4,00 DE -4,00 DC 180° para ler a uma distância de 50 cm

EE é a soma da dioptria esférica com metade da dioptria cilíndrica, portanto, se a refração do paciente é +4,00 ( -4,00 a 180°)

EE = +4,00 + (-2,00) = +2,00

Substituindo na fórmula do esforço acomodativo teremos:

EA = 2 + 1/0,5 = 4

Portanto o esforço acomodativo para esse paciente ler a 50 cm é de 4 D.

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7
Q

teste bicromático verde-vermelho (duocromo)

A

O teste bicromático verde-vermelho (duocromo) é utilizado para refinarmos a refração esférica do paciente e baseia-se no princípio da aberração cromática. O raio de luz verde possui menor comprimento de onda e é focado antes do raio de luz vermelho (maior comprimento de onda). Assim, SEMPRE o foco da cor verde está antes do foco da cor vermelha e portanto mais próximo do cristalino.

Como os raios luminosos convergem atrás do olho, no caso do paciente hipermétrope, o raio de cor verde estará mais próximo da retina e portanto esse paciente enxergará melhor no fundo verde

Referir melhor visão no fundo verde pode significar que o paciente é um hipermétrope hipocorrigido ou que é um míope hipercorrigido. Quando o hipermétrope está hipercorrigido, as letras aparecem mais nítidas na metade vermelha

Como citado acima, o foco da cor verde sempre se encontra antes do foco da cor vermelha, independente da ametropia do olho, uma vez que esse é um efeito de dispersão da luz, portanto a. O examinador tenta confundir o candidato nessa alternativa, uma vez que o paciente emétrope vai enxergar as letras de forma semelhante tanto no fundo vermelho quanto no verde, pois ambos estão equidistantes da retina como mostra a imagem abaixo. E isso vale para quando estamos utilizando o teste para refinar a refratometria subjetiva. Encontramos a refração ideal, quando o paciente relata que está vendo da mesma forma as letras no fundo verde e no fundo vermelho

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8
Q

Ponto próximo

PP = AA - (M)

A

Qual é o vício de refração de um paciente fácico sem correção cujo ponto próximo de acomodação é de 2,0 metros, e poder acomodativo máximo de 4,00 DE?

Considerando os dados fornecidos no enunciado dessa questão temos:

o ponto próximo = 2 metros, que em dioptrias = 1/2 = 0,50 DE.
o poder acomodativo = AA (amplitude de acomodação) = 4,00 DE
E ele deseja saber qual a ametropia desse paciente: M?

Portanto utilizaremos a fórmula:

PP = AA - (M)
0,50 = 4,00 - M
M = 4 - 0,50 = +3,50 DE.

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9
Q

Cilindro cruzado

O cilindro cruzado, por definição, produz astigmatismo misto simétrico com equivalente esférico igual a zero.

A

Portanto nessa questão temos que calcular o equivalente esférico de cada item para verificar qual possui EE = 0.

Cálculo do EE: é dado pela soma algébrica da dioptria esférica com metade da dioptria cilíndrica.

Quais das alternativas abaixo contêm um cilindro cruzado:

I. +0,50 DE -1,00 DC 45°
II. -0,25 DE +0,50 DC 90°
III. +2,50 DE -1,25 DC 135°
IV. -1,00 DE +2,00 DC 20°

+0,50 DE -1,00 DC 45° = +0,50 + (-0,50) = 0 CORRETA

-0,25 DE +0,50 DC 90° = -0,25 + 0,25 = 0 CORRETA

+2,50 DE -1,25 DC 135° = +2,50 + (-0,625) = +1,875 INCORRETA

-1,00 DE +2,00 DC 20° = -1,00 + 1,00 = 0 CORRETA.

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10
Q

círculo de menor confusão sobre a retina é o equivalente esférico

A

EE (equivalente esférico) é a soma da dioptria esférica com metade da dioptria cilíndrica

Qual é a distância focal do círculo de menor confusão (ou interfocal) da lente +3,50 DE -3,00 DC 180°?

Portanto o EE desta lente é: EE = +3,50 + (-1,50) = 2,00

Assim a distância focal é 1 / EE = 1/2 = 0,5 m.

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11
Q

acomodação e a convergência acomodativa

A

A amplitude de acomodação é a soma a soma algébrica da capacidade acomodativa com o erro refracional. Sendo a capacidade acomodativa o inverso da distância de trabalho em metros e a refração dada pelo equivalente esférico da refração estática do paciente.

Uma pessoa apresenta refratometria estática +1,75 DE -2,50 DC 180° e distância interpupilar de 60 mm. Sem correção, quanto cada olho precisará acomodar e convergir para ler a 20 cm de distância?

EE = soma algébrica da dioptria esférica com metade da dioptria cilíndrica. Portanto o EE = +1,75 + (-1,25) = +0,50 DE.

AA = 1/d + EE
AA = 1/0,2 + 0,5
AA = 5 + 0,5 = 5,5 DE.

Convergência = 1/distância de leitura (em metros) x distância interpupilar (em cm). Logo, a convergência = 1/d x 6 = 1/0,2 x 6

Convergência = 5 D x 6 cm = 30 DP. Portanto cada olho converge 15 DP.

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12
Q

Esquiascopia

observamos o movimento do reflexo pupilar a uma certa distância do paciente,que deve ser descontada ao final do exame e é denominada “distância de trabalho”.

A

Dependendo do movimento observado adicionamos lentes positivas (movimento do reflexo “a favor”) ou negativas (movimento do reflexo “contra”) até obtermos o ponto de neutralidade.

No exame de retinoscopia realizado a 0,5 m do paciente, o movimento do reflexo retropupilar é neutralizado com a interposição de uma lente de +2,00 D nos eixos horizontal e vertical. Qual o erro refracional do paciente?

Nessa questão o ponto de neutralidade foi atingido com uma lente positiva de 2,00 D em ambos os meridianos e a distância de trabalho fornecida é de 0,5m.

Logo temos que transformar a distância de trabalho em dioptrias:

0,5m
D = 1/F
1/0,5 = 2D (valor que deve ser descontado no final)

Portanto:

Retinoscopia líquida = retinoscopia bruta - distância de trabalho
RL = RB - DISTÂNCIA DE TRABALHO
RL = 2 - 2 = 0

O paciente não possui erro refracional.

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13
Q

Equivalente esférico

Lembrando que EE é a soma algébrica da dioptria esférica com metade da dioptria cilíndrica.

A

Sempre que formos alterar a prescrição do paciente, como diminuir a magnitude do cilindro, o equivalente esférico da refração deve ser mantido. Portanto, nessa questão, a alternativa para a correção fornecida no enunciado deve possui o mesmo equivalente esférico (EE).

Em paciente jovem com astigmatismo, pode-se ocasionalmente realizar a correção parcial do erro refracional, buscando reduzir o desconforto, principalmente naqueles com erros de maior magnitude. Uma correção alternativa para a refração -2,00 DE -2,50 DC 180º é:
a) -3,00 DE -1,50 DC 180°
b) -2,75 DE -1,00 DC 180°
c) -2,00 DE -1,50 DC 180°
d) -1,00 DE -1,50 DC 180°

A refração do paciente é -2,00 DE -2,50 x 180°, portanto o EE = -2,00 + (- 1,25) = -3,25

A) EE = -3,00 + ( -0,75) = -3,75 ALTERNATIVA A INCORRETA

B) EE = -2,75 + ( -0,50) = -3,25 ALTERNATIVA B CORRETA

C) EE = -2,00 + ( -0,75) = -2,75 ALTERNATIVA C INCORRETA

D) EE = -1,00 + ( -0,75) = -1,75 ALTERNATIVA D INCORRETA

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14
Q

balanço refratométrico binocular.

prismas rotatórios de Risley

A

O teste é realizado inicialmente acrescentando +0,25D em ambos os olhos, um de cada vez, até que a imagem fique embaçada na linha 20/30.

Após realizar essa miopização acrescenta-se os prismas rotatórios de Risley, sendo de base superior no OD e base inferior no OE. É fornecido +0,75D em cada olho com intuito de relaxar a acomodação.

Neste momento acrescenta-se lente positiva no olho que estiver enxergando mais, até que ambos os olhos estejam igualmente borrados.

Após isso os prismas são removidos e é acrescentado -0,25 D em ambos os olhos, um de cada vez, até o paciente conseguir enxergar 20/20 ou 20/15.

Outras funções para os prismas rotatórios de Risley são: medidas de amplitudes de divergência e convergência, medidas de forias verticais e horizontais, entre outras.

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15
Q

Para calcularmos a dioptria necessária para perto

podemos usar a fórmula:
PP = AA - M

A

PP = ponto próximo (em dioptria, equivale ao inverso da distância de trabalho em metros (1/d))
AA = amplitude de acomodação (representa a acomodação necessária para boa acuidade na distância solicitada. No caso, equivale à amplitude de acomodação do paciente + a dioptria necessária para a leitura. Como nosso paciente não tem acomodação, a AA equivale à dioptria necessária para leitura).

Um paciente hipermétrope de +1,00 DE de 45 anos não possui mais tolerância acomodativa. Logo, para exercer uma atividade a 25 cm necessitará de qual correção abaixo?

M = ametropia do paciente
1/0,25 = AA - (+1,00)
4 = AA - 1
AA = +5,00 D.

Ou seja, o paciente precisa de +5,00 D para exercer sua atividade a 25 cm. Como ele não tem acomodação, esse valor será dado integralmente na correção para perto.

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16
Q

teste do dial

Raubitschek é um teste subjetivo e monocular.

A

Um olho é ocluído e o outro miopizado até a linha 20/40. É um teste realizado para determinação do eixo do astigmatismo.

Não determina a magnitude.

Quando realizado o paciente verá as duas linhas paralelas ficarem igualmente nítidas.

O eixo negativo do cilindro deve ser colocado perpendicular a linha radial de maior nitidez.

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17
Q

teste do cilindro cruzado

é outro exemplo de teste subjetivo de refração

A

Nesse teste é possível determinar o eixo e o poder do astigmatismo

também podemos determinar o valor da adição para perto.

O teste é realizado monocularmente, ou seja, um olho de cada vez, e não necessita de miopização

. Trata-se de um equipamento constituído de 2 cilindros de igual valor (0,25D ou 0,50 D), sendo um positivo e um negativo, dispostos em ângulo reto entre eles

. Produz astigmatismo misto simétrico com equivalente esférico igual a zero.

Quando movimentado, ele gera um movimento simultâneo das linhas focais anterior e posterior do conoide de Sturm e a melhor visão se alcança quando o círculo de menor confusão coincide com a retina.

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18
Q

teste do buraco estenopeico

é útil para diferenciar baixa visual devido a problemas ópticos e não ópticos.

A

O princípio óptico do pinhole é mascarar os raios de luz marginais, fazendo com que o raio de luz que vai chegar na fóvea não seja influenciado pelas ametropias e outras alterações do sistema dióptrico, com isso ele diminui a aberração esférica e aumenta a profundidade de foco. Logo se a visão melhora com o teste do buraco estenopeico é provável que seja uma razão óptica causando a baixa visual.

Se o problema não for óptico, ou seja, for devido a um problema anatômico ocular, não vai haver melhora com esse teste.

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19
Q

efeito prismático

que ocorre quando o eixo visual incide sobre uma lente fora do seu centro óptico.

A

O efeito prismático induzido é calculado pela fórmula de Prentice:

P = D x d
P = Valor do prisma/efeito prismático
D = dioptrias da lente
d = descentração em cm

Um paciente com exotropia de 20 DP utiliza óculos de -10,00 DE em ambos os olhos.

Qual deslocamento do centro óptico dessas lentes em cada olho promoveria o efeito prismático para a correção total do desvio?

Voltando para a questão, D = -10,00 D (desconsidera-se o sinal) e P = 20 DP.
20 = 10 x d
d = 2 cm = 20mm (descentração total). Logo, 20/2 = 10 mm em cada olho.

Portanto, o deslocamento do centro óptico em cada olho é 10 mm de base temporal.

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20
Q

teste do Dial ou Teste de Raubitschek

Detecção do eixo do astigmatismo

A

O teste do Dial ou Teste de Raubitschek é um teste subjetivo que baseia-se no sol radiado de Lancaster, no relógio de Wecker ou nas flechas de Raubitschek, em que haverá maior nitidez na parte correspondente ao meridiano com focalização mais próxima da retina. É realizado de maneira monocular: o olho examinado deve ser miopizado até a linha 20/40 e o olho não examinado deve ser ocluído. Se um dos conjuntos de traços da figura é visto com maior nitidez, é porque há astigmatismo. Identifica-se apenas o eixo do astigmatismo

mas não a magnitude do mesmo. Para a determinação do eixo é necessário que as duas linhas paralelas fiquem igualmente nítidas e o eixo do cilindro corretor é colocado em sentido perpendicular à posição indicada pelas linhas paralelas. Por exemplo: duas linhas paralelas estão mais nítidas no meridiano de 180º, o eixo do cilindro estará a 90º. Dessa forma, a linha de maior nitidez representa o meridiano amétrope em paciente com astigmatismo simples (foi cobrado isso na prova de 2020). Lembrando que é necessária boa AV para a realização do teste.

Como já foi dito, o teste identifica apenas o eixo do astigmatismo, logo, não é capaz de avaliar o grau de miopia/hipermetropia nem capacidade de convergência fusional e muito menos a sensibilidade ao contraste

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21
Q

ambliopia

O esquema abaixo auxilia no diagnóstico da seguinte condição:

A

A ambliopia é uma condição que se caracteriza pela falta de consolidação da AV por carência de estímulos ou um estímulo insuficiente ou inadequado no período crítico de desenvolvimento da visão. Os quadros de ambliopia cursam com redução da AV, da sensibilidade ao contraste, da localização espacial e do desempenho acomodativo. Segundo o CBO, deverá existir diferença de AV de 2 ou 3 linhas ou mais na tabela de Snellen ou logMAR com a melhor correção óptica; ou AV corrigida menor do que 0,4 ou 0,7 (varia entre os autores).

A ambliopia se caracteriza por melhor desempenho na medida da AV com optótipos isolados (AV angular) - demonstrada na figura acima - do que com optótipos alinhados (AV linear); isso é explicado pelo fato que olhos imaturos têm maior dificuldade em discriminar objetos alinhados, com baixo poder de resolução nessas condições

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22
Q

tratamento antirreflexo

Tende a desaparecer como tempo, devido à fricção repetida pela limpeza das lentes

A

A película antirreflexo reduz a reflexão e aumenta a transmissão da luz de 92 para 98%. Quanto maior a transmissão da luz, maior a qualidade visual do paciente. Dentre outras vantagens temos a diminuição do reflexo do farol dos veículos; nas lentes negativas de alta graduação ocorre redução dos anéis na periferia, já nas lentes positivas de alta graduação temos redução das imagens fantasmas.

As lentes são recobertas com substâncias de índice de refração numericamente próximos à raiz quadrada do índice de refração do material óptico da lente, como o fluoreto de cálcio (n=1,434) e de magnésio (n=1,378). O haleto de prata é utilizado no tratamento FOTOCROMÁTICO da lente e não no antirreflexo.

Ocorre o processo de interferência destrutiva (e não construtiva) com a redução da reflexão e aumento da transmissão da luz. A espessura ideal da película é de 1/4 do comprimento de onda do espectro de luz visível.

Por ser uma camada de “produto” tratado na superfície da lente, o antirreflexo realmente tende a desaparecer com o tempo com o excesso de fricção da mesma

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23
Q

cruz dos poderes

Uma lente possui dois eixos principais como na figura abaixo. Qual é o equivalente esférico?

-3,00 DE

A

Para resolver este tipo de questão, temos que pensar na cruz dos poderes, assim como nos exercícios sobre retinoscopia.

Uma lente que tenha o eixo de 0º com -4,00 D e de 90º com -2,00 D, é uma lente de -2,00 (-2,00 x 90º). O equivalente esférico é calculado como a soma da dioptria esférica com metade da dioptria cilíndrica. Sendo assim, -2,00 + (-1,00) = -3,00 D.

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24
Q

reflexão total da luz

No esquema abaixo, um observador vê o barco através de um periscópio. Nele são utilizados dois prismas de reflexão total (Prismas de Porro), colocados nas posições 1 e 2. Qual das alternativas abaixo representa os prismas em posição correta?

A

Vamos aproveitar a questão para recordar outros exemplos clássicos de prova em que é cobrado o fenômeno da reflexão total da luz: transmissão em fibra óptica ou sobre o fato de não se conseguir ver o ângulo camerular sem auxílio de uma lente de gonioscopia. (também cobrado na prova de 2020).

O periscópio é um instrumento óptico utilizado em submarinos que permite enxergar um objeto por cima de obstáculos, que impedem sua visão direta. O periscópio mais simples se utiliza apenas de dois espelhos planos dispostos paralelamente de frente um para o outro, a uma certa distância e ambos inclinados em 45º. A luz entra pela parte superior do periscópio, atinge o primeiro espelho, é refletida para o segundo que, por sua vez, reflete para os olhos do observador que terá uma visão semelhante a que teria caso estivesse com os olhos na altura da parte superior do aparelho. A luz acaba seguindo uma trajetória semelhante ao formato da letra Z.

Para montagem de um periscópio podemos também utilizar dois prismas de reflexão total (de Amici ou de Porro - são prismas cujas seções transversais representam triângulos retângulos isósceles). No primeiro (Amici), a luz sofre reflexão total ao incidir na hipotenusa da seção transversal do prisma (vide imagem abaixo) e, no segundo (Porro), há reflexão total em dois momentos (nas incidências nos catetos) (vide imagem abaixo).

No enunciado o examinador cita o prisma de Porro, mas nas alternativas aparece apenas a montagem possível com o prisma de Amici. Apesar desse detalhe, a questão não foi anulada. Sendo assim, ALTERNATIVA D CORRETA, por apresentar uma montagem correta do periscópio com o prisma de Amici. Vejam no esquema abaixo o caminho percorrido pelo raio luminoso:

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25
Q

retinoscopia

Um oftalmologista realiza a retinoscopia de um paciente míope de -3,00 DE a 67 cm de distância do olho examinado. Ao varrer o meridiano horizontal, como deve se comportar o reflexo retinopupilar?

Movimento contra

A

Questão de retinoscopia que fala que o examinador está varrendo o meridiano horizontal, é porque ele está movimentando o retinoscópio da direita para a esquerda e a faixa de luz estará vertical. Representa o erro refracional no eixo de 180º (lente cilíndrica de eixo 90º - já que o poder está a 90º do eixo). Quando o examinador está a 67 cm, temos que descontar 1,50 D da refração final. Então, o movimento do reflexo estará à favor da regra em miopias de até -1,50 D. Acima disso, o movimento do reflexo retinopupilar estará contra. Como o paciente é míope de -3,00 D, obviamente o movimento será contra ao varrer o meridiano horizontal

O movimento à favor ocorreria se o paciente fosse hipermétrope ou míope de até -1,50 D.

Em astigmatismos irregulares, como no ceratocone, poderá surgir o reflexo em tesoura no retinoscópio. É produzido quando uma parte do olho é míope e a outra hipermétrope em relação a posição do retinoscópio Para isso, deve-se observar a região central, tentando-se neutralizar os 3 mm centrais. O paciente do caso não apresenta astigmatismo, apenas miopia.

O ponto de neutralização é atingido quando o examinador acrescenta lentes negativas no paciente míope até que a faixa fique com o brilho cada vez maior, com a velocidade aumentada e larga. Assim, o reflexo atinge toda a região da pupila. Essa neutralização indica que o ponto remoto foi “deslocado” para o olho do examinador. No caso, não se falou que o examinador acrescentou lentes negativas. Desse modo,

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26
Q

Tolerância acomodativa (TA)

Qual é a tolerância acomodativa média de uma pessoa de 25 anos?

2D

A

Tolerância acomodativa (TA) é a capacidade do uso “continuado” da acomodação, sem que apareçam sinais e sintomas de astenopia. É inversamente proporcional à idade. Os valores de hipermetropia total muito abaixo da tolerância acomodativa correspondente à idade do paciente, dificilmente causarão sinais e sintomas.

Há uma fórmula pouco cobrada em provas que calcula a tolerância acomodativa:

T= 4,0 a 4,5 - 0,1 x idade

Voltando à questão, um paciente de 25 anos teria, pela fórmula, uma tolerância acomodativa de: 1,5 a 2 D. O candidato acertaria a questão, marcando 2 D.

Outra opção é se basear na estimativa da tolerância acomodativa baseando-se na curva de Donders:

Nessa tabela, vê-se que a TA aos 5 anos de idade é de +4,00 D, de 15 anos é de +3,00 D e de 25 anos de +2,00 D (exatamente o gabarito da questão)

Dessa forma, o aluno não pode ir para a prova de título sem ter essa tabela na cabeça

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27
Q

astigmatismo

A medida da ceratometria central de um paciente é de 43,00 D no meridiano de 90º e de 41,00 D no de 180º. Ao realizar a refratometria, o examinador nota que os cilindros do foróptero não funcionam. A melhor acuidade visual é obtida com uma refração de -1,00 DE. Assumindo que o astigmatismo é exclusivamente corneano, qual das lentes abaixo seria ideal para ele?

-2,00 DC a 180º

A

Como o astigmatismo do paciente é exclusivamente corneano, ele possui, ao avaliar a ceratometria central, um astigmatismo de -2,00 D (43-41 D= -2,00 D). Trata-se de um astigmatismo à favor da regra, já que o meridiano vertical tem maior curvatura: 43 D (menor raio) e, consequentemente, maior poder a 90º. Se o poder maior está no meridiano de 90º, o astigmatismo é corrigido com uma lente de eixo a 180º - o poder está a 90º do eixo. Dessa forma,

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28
Q

Ponto próximo (PP). Ponto remoto (PR)

Um olho tem um ponto remoto a 50 cm e um ponto próximo a 12,5 cm. Qual é a amplitude de acomodação?

6D

A

Para resolver esta questão, primeiro vamos lembrar de alguns conceitos:

Ponto próximo (PP): é o ponto mais próximo de visão nítida do paciente com o uso total da acomodação. No olho emétrope, o PP= AA (amplitude de acomodação)
Ponto remoto (PR): é o ponto de visão nítida mais distante quando a acomodação está completamente relaxada. No hipermétrope é virtual e está atrás do olho e no míope é real e está na frente do olho. No emétrope, encontra-se no infinito. Assim como na figura abaixo:

Amplitude de Acomodação (AA): Distância entre o ponto próximo e o ponto remoto ou a diferença de poder dióptrico do olho entre o repouso e o máximo de acomodação.
As fórmulas para prova são:

PP= AA - (M)
PP: ponto próximo
AA: amplitude de acomodação
M: ametropia do paciente
todos em Dioptrias
Importante também saber que
PR = M
PR: ponto remoto
D = 1/f (fórmula utilizada para converter as distâncias em metros em dioptrias)
Vamos então resolver a questão.

PR = 50 cm ou 0,5 m
PR = 1/0,5 = 2,00D

Resta saber, +2,00D (paciente hipermétrope) ou -2,00D (paciente míope)? Entendam que, se o paciente fosse hipermétrope, esse PR seria virtual (e isso não foi dito no enunciado), além disso, temos que pensar que esses 50 cm representam o “infinito” do paciente, ou seja, a partir de 50 cm sua AV estará diminuida e isso só ocorre no míope.

PP = 12,5 cm ou 0,125 m
PP = 1/0,125 = 8,00D.

Temos então:

PP = AA - M (como M = PR)
PP = AA - PR
8 = AA - (-2)
AA = 8 - 2 = +6,00D

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29
Q

Causas de Insatisfação com Óculos

Relacione as queixas de insatisfação com óculos e suas causas, assinalando a alternativa correta:

I. “Tropeço quando ando com o bifocal”
II. “Os objetos parecem inclinados e o chão curvo”
III. “A visão borra à distância”

A. Topo da adição muito alto em relação ao limbo inferior
B. Idoso hipermétrope hipercorrigido
C. Mudança do grau e eixo do astigmatismo

a) I-A, II-C, III-B

A

Tem um capítulo no livro de Refração do CBO que é questão certa de prova todo ano chamado: “Causas de Insatisfação com Óculos”. A queixa: “Tropeço quando ando com o bifocal” está presente no capítulo e ocorre por dois motivos: Topo da adição muito alto em relação ao limbo inferior ou falta de hábito de uso. Já nessa alternativa, o candidato eliminaria as outras três e marcaria

“Os objetos parecem inclinados e o chão curvo” é outra queixa presente no capítulo supracitado. Típica do paciente que nunca usou óculos para astigmatismo anteriormente ou quando há troca de óculos. As lentes cilíndricas distorcem a imagem segundo a graduação dos meridianos principais. Desse modo, o círculo será visto como elipse e o quadrado como retângulo. Os objetos verticais são vistos como inclinados, ao olhar com os dois olhos abertos, e as superfícies horizontais com depressão. Essas distorções são percebidas até que se tenha uma readaptação cortical. Desse modo, tal queixa é do paciente com “mudança do grau e eixo do astigmatismo”.

“A visão borra à distância” é a primeira queixa presente nesse capítulo. Bastante comum no hipermétrope idoso hipercorrigido. O exame de refração é feito considerando a distância de 5 metros. Dessa forma, o paciente estará míope de 1/5 D, independente da sua ametropia inicial. Para enxergar bem no infinito, o paciente deve relaxar a acomodação de 1/5 D. Mas o idoso tem o cristalino “relaxado”, daí irá dizer que borra para longe. Para solucionar o problema é só somar -0,25 D na refração final a ser prescrita.

30
Q

lente convergente

prismas unidos pela base

Um paciente utiliza lentes de +3,00 DE em ambos olhos. Ao ler um livro, ele desloca o eixo visual para baixo e para o lado nasal. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a orientação dos prismas respectivamente induzidos em cada lente:

Base superior; base temporal

A

Uma lente convergente (dioptria positiva) equivale a dois prismas unidos pela base… sendo assim, quando o paciente desloca o eixo visual para baixo, ele induz um prisma de base superior e quando olha para nasal ele induz um prisma de base temporal

Imagem 1: a imagem superior à esquerda corresponde aos óculos do paciente (dioptria positiva) representados como prismas unidos pela base (como qualquer lente positiva), os dois círculos pretos representam a pupila do paciente centrada no óculos em PPO. A imagem superior à direita mostra ao aluno que em qualquer direção que analisarmos o óculos, encontraremos prismas unidos pelas bases (foi utilizado diferentes cores para facilitar o entendimento e representar diferentes direções). A imagem inferior corresponde ao paciente em posição de leitura, com os olhos voltados para nasal e para inferior, demonstrando o prisma criado nessa posição do olhar (base temporal e superior).

31
Q

esquiascopia

Um examinador realiza o exame de esquiascopia posicionado a 66 cm do paciente. Ao realizar a varredura no sentido (movimento) horizontal e vertical, consegue anular a faixa luminosa com -1,00 DE e +2,00 DE, respectivamente. Qual a refração deste paciente?

+0,50 DE -3,00 DC x 180º

A

Quando varremos o meridiano na horizontal, estamos movimentando o retinoscópio (e a faixa) no sentido horizontal (direita-esquerda) e a faixa está na vertical (90º); nesse momento estamos encontrando a lente que neutraliza o poder dióptrico do eixo a 180º da cruz dos poderes resultante do paciente.

Quando varremos o meridiano na vertical, estamos movimentando o retinoscópio (e a faixa) no sentido vertical (cima-baixo) e a faixa está na horizontal (180º); nesse momento estamos encontrando a lente que neutraliza o poder dióptrico do eixo a 90º da cruz dos poderes resultante do paciente.

A partir do momento em que encontramos a lente que neutraliza o movimento, devemos descontar a nossa distância de trabalho (convertida para dioptria com o inverso da distância de trabalho) para encontrarmos o valor da dioptria de cada meridiano. No enunciado, o examinador está a 67 cm (0,67 m), ou seja, vamos descontar 1,50 D (1/0,67) da lente que neutraliza o reflexo.

Certo, ele nos diz que no movimento horizontal a faixa é anulada com a lente -1,00 DE (poder do meridiano 180º da cruz resultante do paciente) e no movimento vertical é anulada com a lente +2,00 DE (poder do meridiano 90º da cruz resultante do paciente). Desses valores vamos subtrair 1,50 D. Restando na cruz -2,50 DE no meridiano 180º e +0,50 DE no meridiano 90º.

Agora vamos encontrar a cruz dos poderes resultante de cada alternativa e verificar qual se encaixa no resultado encontrado na retinoscopia:

Na opinião da nossa equipe, a questão deveria ter tido seu gabarito revisto pela banca. Porém, o gabarito oficial da banca

32
Q

astigmatismo

Após a correção refratométrica de um paciente, ele refere identificar os optotipos com nitidez, mas alongados verticalmente. Provavelmente, ele apresenta:

Astigmatismo contra a regra

A

Na correção do astigmatismo contra a regra (corrigido com lentes cilíndricas negativas prescritas com eixo a 90º), sabe-se que à 90º o poder da lente cilíndrica é zero, ou seja, não há magnificação e nem minificação da imagem no plano vertical. Em contrapartida, no meridiano horizontal (180º), há o poder máximo da lente negativa. Considerando que a lente negativa tem a capacidade de diminuir o tamanho da imagem, é como se a imagem do optotipo aparecesse achatada horizontalmente e, desse modo, dará a sensação que ela é mais alongada verticalmente. Dessa forma, a

Caso o astigmatismo fosse à favor da regra (corrigido com lentes cilíndricas negativas prescritas com eixo a 180º), no meridiano vertical haveria o poder máximo da lente negativa. Dessa forma, a imagem do optotipo apareceria achatada verticalmente, dando a impressão de que era mais alongada horizontalmente.

33
Q

equivalente esférico

Das lentes abaixo, qual tem o mesmo equivalente esférico que a lente -1,00 DE -2,50 DC x 180º

+0,50 DE -5,50 DC x 90º

A

Ir para a prova do CBO sem saber calcular equivalente esférico é loucura. Cai TODO ano e, às vezes, em várias questões. O cálculo do equivalente esférico (EE) é a soma do componente esférico total com metade do grau cilíndrico.

EF = grau esférico total + metade do grau cilíndrico

Então, na lente: -1,00 DE -2,50 DC x 180º, o EE = -1,00 + (-1,25) = -2,25

Ao analisar cada alternativa, percebe-se que:

+0,50 DE -5,50 DC x 90º => EE = +0,50 + (-2,75) = -2,25

34
Q

Ponto próximo (PP). Amplitude de Acomodação (AA)

Qual deve ser a prescrição para perto de um paciente míope de -1,50 DE, com ponto próximo de acomodação a 50 cm (sem a correção de sua miopia) e que deseja ler a 40 cm?

+0,50 DE

A

Para resolver esta questão, primeiro vamos lembrar de alguns conceitos:

Ponto próximo (PP): é o ponto mais próximo de visão nítida do paciente com o uso total da acomodação. No olho emétrope, o PP = AA (amplitude de acomodação)
Amplitude de Acomodação (AA): Distância entre o ponto próximo e o ponto remoto ou a diferença de poder dióptrico do olho entre o repouso e o máximo de acomodação.
As fórmulas para prova são:

PP = AA - (M) => M = ametropia do paciente.
PR = M => PR = ponto remoto; M = ametropia do paciente.
PP = AA - PR
Para resolver essa questão, vamos utilizar a primeira fórmula:

O paciente míope de -1,50 DE, com ponto próximo de acomodação a 50 cm (sem a correção de sua miopia): PP = 50 cm = 2,00 D => PP = AA - (M) => 2 = AA - (-1,50) => AA = +0,50

O mesmo paciente deseja ler a 40 cm => PP= AA - (M) => PP = 40 cm = +2,50 D => PP = AA - (M) => 2,5 = AA - (-1,50) => AA = +1,00

Sendo assim, se o paciente sem a correção da sua ametropia tem AA = + 0,50 D; para ler a 40 cm ele necessitará apenas de +0,50 D para atingir a acomodação final de +1,00 D necessária.

35
Q

ponto próximo de acomodação (PPA)
ponto próximo de convergência (PPC)

Paciente queixa-se de dificuldade para leitura mesmo com seus óculos para perto. A refração pela qual se fez a prescrição apresenta-se adequada, bem como a construção das lentes. Das abaixo, qual pode explicar a queixa do paciente?

Ponto próximo de convergência a 60 cm

A

Ponto remoto (PR) é o ponto mais distante de visão nítida com a acomodação inteiramente relaxada. Quando a acomodação está em repouso, o PR é conjugado com a retina. Então, o paciente com dificuldade para perto é devido a alteração no ponto próximo e não no remoto.

Quanto à alternativa C, nós utilizamos no nosso dia-a-dia de uma distância de leitura em média de 33 a 40 cm. No caso, a prescrição apresenta-se adequada, bem como a construção das lentes, logo não temos que pensar que a queixa esteja relacionada à distância de leitura.

A convergência e a acomodação são funções inervadas pelo III par, então são dependentes, de certa forma. A convergência relaciona-se diretamente com o reflexo de perto, que dispõe de 3 componentes:

Mecanismo de acomodação
Convergência acomodativa
Convergência fusional
O ponto próximo de convergência (PPC) é o ponto mais próximo que pode ser fixado sem diplopia e geralmente está situado de 60 a 100 mm da córnea. Ou seja, o normal é que esteja até a 10 cm da córnea. Se estiver a 60 cm é porque provavelmente há insuficiência de convergência, como no caso.

O PPC é sempre mais próximo do que o ponto próximo de acomodação (PPA), pode ser aumentado por exercícios ortóptico e, diferente do PPA, não sofre influência da idade ou ametropias. Na insuficiência de convergência, como na alternativa B, o paciente refere cefaleia, turvação visual para perto, além de diplopia ocasional.

O PPA é o ponto mais próximo de visão nítida do paciente com o uso total da acomodação, sendo que na presbiopia, há afastamento do PPA. Quando o paciente apresenta fadiga de acomodação, há impossibilidade de manter a visão confortável para perto por um período longo, gerando desconforto visual, cefaleia e incapacidade de focar para perto. Normalmente associada às más condições de iluminação local. Além disso, é quase sempre acompanhada por insuficiência de convergência. Se fosse o caso da questão, o examinador falaria que a dificuldade visual para perto melhoraria em melhores condições de iluminação ou com uso de lentes acomodativas. Já na paralisia de acomodação, o PPA é afastado e a pupila encontra-se em midríase, e não foi dito nada a respeito de midríase na questão. Além disso, com a correção óptica para perto há uma aproximação do PPA para a distância de leitura, como a prescrição para perto está adequada, o PPA não poderia estar a 60 cm. Portanto

36
Q

Convergência acomodativa

Em paciente jovem, com relação CA/A de 5 DP/D, qual prescrição corrigiria uma convergência acomodativa para perto de 10 DP?

+2,00 DE AO

A

Convergência acomodativa é aquela que ocorre quando o olho acomoda, expressa como relação CA/A. É ativada com uso de lentes negativas.

A relação convergência acomodativa/acomodação é a mudança de convergência expressa em prismas, causada por aumento da acomodação expressa em dioptrias. A CA/A é constante para o indivíduo, mas é diferente de pessoa para pessoa. Quando os eixos visuais são estimulados a convergir, a acomodação é induzida. A relação CA/A normal varia de acordo com a literatura; no livro de refração do Aderbal, a relação normal é de 3 a 5 DP por 1 D de acomodação.

A relação CA/A é baixa na insuficiência de convergência e na hipermetropia sem estrabismo e é alta no excesso de convergência, no estrabismo acomodativo e na miopia sem estrabismo. Dessa forma, na exotropia intermitente, as lentes negativas terão efeito se a relação CA/A for alta.

Na questão, o paciente apresenta relação CA/A de 5 DP/D, ou seja, uma relação CA/A que ainda está dentro da normalidade. O olho ao acomodar 1 D, induz uma convergência acomodativa de 5 DP. Já a convergência acomodativa para perto de 10 DP, necessitaria do dobro de acomodação do olho, ou seja, 2 D.

Covergência acomodativa, é necessário lentes positivas, que relaxam a acomodação do olho. Lentes negativas aumentariam a convergência acomodativa do paciente

37
Q

Tolerância acomodativa

Num paciente de 35 anos, hipermétrope de +2,00 DE, que necessita para leitura confortável +1,00 DE para perto, podemos afirmar:

A redução da capacidade acomodativa fez com que houvesse necessidade da correção de parte da hipermetropia para a leitura

A

Tolerância acomodativa é a capacidade de poder exercer duradouramente a acomodação, sem que o paciente tenha desconforto ou outras manifestações clínicas, sendo inversamente proporcional à idade.

Valores de hipermetropia muito abaixo da tolerância acomodativa dificilmente causarão sintomas e se, próximos a ela, relacionam-se aos sintomas de astenopia e estrabismo convergente. No enunciado é dito que o paciente de 35 anos, hipermétrope de +2,00 DE, necessita para leitura confortável +1,00 DE para perto, ou seja, ele tolera acomodar +1,00 DE sem astenopia e necessita dessa “ajuda” de +1,00 DE para se manter sem sintomas. Isso ocorreu certamente por que esse paciente foi perdendo sua tolerância acomodativa e agora necessita de +1,00 DE para perto.

Há alguns anos atrás, ele poderia acomodar tranquilamente +2,00 DE sem queixas. Mas com o aumento da idade é normal que essa capacidade de acomodar reduza. O examinador seguiu exatamente a tabela do livro de Refração da coleção do CBO para formular a questão:

38
Q

transposição de lentes

Em seu novo consultório, o refrator de Greens é um modelo com cilindro positivo. Seu paciente traz um par de óculos antigo, de +1,00 DE -1,50 DC x 150º em cada lente. Transponha-as:

-0,50 DE +1,50 DC x 60º

A

Questão bem simples e batida de transposição de lentes. Transpor uma lente é mudar sua forma sem alterar o seu poder. Ou seja, queremos transformar uma lente com cilindro negativo em positivo mantendo o seu poder. Para isso, seguimos os passos:

A dioptria esférica após transposição = soma da dioptria esférica com a dioptria cilíndrica.
A dioptria cilíndrica após transposição = inverte-se o sinal do cilindro e mantém-se seu valor absoluto
Eixo do cilindro após transposição = eixo perpendicular ao original (soma-se 90º ao eixo caso o eixo < 90º ou subtrai-se, caso o eixo > 90º).
Simples assim.

Então, se quero transpor a lente esferocilíndrica: +1,00 DE -1,50 DC x 150º, faço:

1) Dioptria esférica = +1,00 + (-1,50) = -0,50

2) Inverte o sinal do cilindro => +1,50

3) Eixo perpendicular => 150º - 90º = 60º

Transposição final: -0,50 DE +1,50 DC x 60º

39
Q

efeito prismático

Qual é o efeito prismático induzido quando, na confecção de óculos com lentes de -5,00 DE em ambos os lados, os centros ópticos são montados com uma distância de 6,0 milímetros maior que a distância interpupilar?

3 Δ de base nasal

A

A questão é sobre o efeito prismático que ocorre quando o eixo visual incide sobre uma lente fora do seu centro óptico.

As lentes negativas são consideradas como prismas unidos pelo ápice e uma separação maior da distância entre os centros ópticos em relação à distância pupilar, induz efeito de base nasal e reduz o efeito de base temporal (menor solicitação de convergência) -

como se vê no retângulo vermelho da figura abaixo.

Já as lentes positivas são consideradas como prismas unidos pela base e uma separação maior da distância entre os centros ópticos em relação à distância pupilar, induz efeito de base temporal - como se vê no retângulo verde da figura abaixo.

O efeito prismático induzido é calculado pela fórmula de Prentice:

P = D x d
P= Valor do prisma/efeito prismático
D= dioptrias da lente
d= descentração da lente em cm

Voltando para a questão, D = 5,00 D (desconsidera-se o sinal) e d = 6mm = 0,6 cm => P= 5 x 0,6 = 3,00 DP. Portanto, o efeito prismático induzido é de 3 Δ de base nasal -

40
Q

acuidade visual

Qual deve ser a prescrição para um paciente, cujo teste subjetivo feito sob cicloplegia, em sala de quatro metros, foi de -0,75 DE, para que ele possa ver nítido no infinito? (Considere que os valores da tabela de optotipos estão corrigidos para uso à distância de quatro metros):

-1,00 DE

A

Quando se avalia a acuidade visual do paciente a uma distância de 6 metros, os raios luminosos sofrem tão pouca divergência que são considerados praticamente paralelos (ou seja, no infinito). A divergência seria de 1/d, no caso d = distância da tabela/sala = 6 metros (considerando a fórmula: D = 1/f), que daria -0,1666 dioptrias. O sinal negativo seria justificado pois há divergência dos raios. Na questão, fala-se de uma sala de 4 metros, em que se realizou o teste subjetivo. Sendo assim, os raios irão divergir 1/4 = -0,25 D. Então, na refração final do paciente, acrescenta-se -0,25. Ou seja, como se encontrou -0,75 + (-0,25) = -1,00 D.

41
Q

esforço acomodativo

Um paciente de 10 anos apresenta refratometria de -0,75 DE -0,50 DC x 180º no olho direito e +1,00 DE -2,50 DC x 180º no esquerdo. Qual é a opção para a prescrição, cujo esforço acomodativo nos dois olhos mais se aproxima daqueles sem correção?

OD: -0,75 DE -0,50 DC x 180º e OE: +1,00 DE -2,50 DC x 180º

A

Quando prescrevemos um óculos, basicamente o que o óculos faz é “ajudar” o paciente a acomodar a mais ou a menos, a depender da dioptria, para que a imagem seja focada da melhor maneira na retina. Isso ocorre por que o paciente tem um esforço acomodativo que é compensado no óculos, para que ele tenha melhor AV e não tenha astenopia, por exemplo.

Esse esforço acomodativo pode ser expresso em dioptrias e no óculos é representado pelo equivalente esférico. ou seja, temos que encontrar uma alternativa com o mesmo equivalente esférico da lente prescrita inicialmente.

O cálculo do equivalente esférico pode ser feito da seguinte maneira:
Equivalente Esférico (EE) = dioptria esférica (DE) + metade da dioptria cilíndrica (DC)

EE OD: -0,75 + (-0,50/2) = -1,00 D
EE OE: +1,00 + (-2,50/2) = -0,25 D

Agora vamos analisar alternativa por alternativa para avaliar qual tem o mesmo EE da refração do paciente:

EE OD = -0,75 + (-0,50/2) = -1,00 D
EE OE = +1,00 + (-2,50/2) = -0,25 D

42
Q

ponto próximo

Um paciente apresenta-se, após cirurgia refrativa, míope de -1,00 DE. Considerando que, antes da cirurgia, ele era míope de -2,00 DE e conseguia ver nítido até 20 cm quando sem a correção, qual é o novo ponto próximo do paciente?

25 cm

A

Mais uma questão de ponto próximo na prova de 2019. Impressionante como o examinador cobrou tanto esse tema neste ano. Então fica a dica para as próximas provas, hein?

Para resolver esta questão, primeiro vamos lembrar de alguns conceitos:

Ponto próximo (PP): é o ponto mais próximo de visão nítida do paciente com o uso total da acomodação. No olho emétrope, o PP= AA (amplitude de acomodação)
Amplitude de Acomodação (AA): Distância entre o ponto próximo e o ponto remoto ou a diferença de poder dióptrico do olho entre o repouso e o máximo de acomodação.
As fórmulas para prova são:

PP = AA - (M) => M= ametropia do paciente.
PR = M => M= ametropia do paciente.
AA = PP - PR
Para resolver essa questão, vamos utilizar a primeira fórmula:

O paciente míope de -2,00 DE antes da cirurgia refrativa, possuía ponto próximo de acomodação a 20 cm (sem a correção de sua miopia): PP=20 cm = 5 D => PP = AA - (M) => 5 = AA - (-2,00) => AA = 3 D

O paciente apresenta-se, após cirurgia refrativa, míope de -1,00 DE. Dessa forma, considerando-se que sua AA= 3 D, jogamos na fórmula novamente para descobrir seu novo PP. Portanto, PP = AA - (M) => PP = 3 - (-1,00) => PP = 4 D = 0,25 m (ou 25 cm)

43
Q

magnificação

O uso de lentes positivas em óculos pode dar a impressão de olhos de tamanho aumentado. Qual das alternativas abaixo atenuaria essa magnificação?

Diminuir a distância vértice e a espessura

A

As lentes positiva resultam em magnificação dos objetos e, consequentemente, dos olhos do paciente vistos por um observador. Isso pode ser intensificado ou atenuado de acordo com a distância-vértice da lente em relação ao olho do paciente. A forma da magnificação (M) das lentes é M = 1/(1 - s.L), em que:

s = distância vértice da lente em metros;
L = valor de dioptria da lente.
Temos então que a magnificação é atenuada com a diminuição da distância-vértice e intensificada com o aumento da mesma.

Ainda pela fórmula, temos que a magnificação é atenuada pela diminuição da dioptria da lente positiva.

Analisando as alternativas restantes percebemos que aumentar a curva-base resultaria em uma lente com poder dióptrico positivo maior, logo intensificaria a magnificação.

O mesmo ocorre com o aumento da espessura de lentes positivas, gera um aumento da dioptria da lente e, consequentemente, intensifica a magnificação.

Já uma diminuição da espessura de uma lente positiva resulta em uma lente de menor dioptria e de magnificação atenuada

44
Q

bifocais

No astigmatismo simples, corrigível com lentes cilíndricas negativas com eixo a 180º, a película indicada é a de base prismática superior

A

Essa questão deu o que falar em 2019. Até então, o CBO costumava cobrar sobre a película indicada nos bifocais na miopia e hipermetropia. Nunca tinha colocado sobre a indicação de películas no astigmatismo.

A película é colocada na parte inferior da lente. É onde se encontra a potência para longe mais a adição. É sempre esférica positiva e os objetos são vistos nitidamente através delas à distância de 30 a 40 cm.

Sabemos que as lentes positivas são constituídas de prismas unidos pela base. Por isso, a película deverá conter prisma de base inferior para diminuir o salto de imagem. Já nas lentes negativas, os prismas são unidos pelo ápice. Desse modo, a película deve ser de base superior para neutralizar o efeito da lente para longe.

O bifocal Ultex (ou Balux) é de base prismática inferior e a película é colocada na face interna da lente. Dentre os bifocais, é o que apresenta maior salto de imagem. Indicado para hipermétropes com poder de longe maior do que o da adição. Por exemplo: paciente com grau de longe de +4,00 D e grau de perto (adição) de +2,50.

Já o bifocal Kryptok (película redonda de base central) é indicado para hipermétropes quando o grau de longe é igual à adição. Indicado também para afácicos com iridectomia. Por exemplo: paciente com grau de longe de +3,00 D e grau de perto (adição) de +3,00.

O bifocal do tipo Panoptik ou Flap Top é indicado para míopes ou hipermétropes com poder de longe menor do que a adição, e são de base prismática superior. Por exemplo: paciente com grau de longe de +2,00 D e grau de perto (adição) de +3,00. Dessa forma

Para as lentes cilíndricas, considera-se o poder dióptrico do meridiano vertical (poder do eixo 90º).

Quando o examinador nos fala em astigmatismo simples, temos dois tipos: simples miópico e simples hipermetrópico. (Vamos adotar como exemplo um astigmatismo simples de -2,00). Na alternativa B a questão cita o astigmatismo simples prescrito a 180º, logo teremos nosso exemplo de simples miópico (plano (-2,00x180º)) e de simples hipermetrópico (+2,00 (-2,00x180º)).

Ao jogarmos as refrações na cruz dos poderes teremos: no simples miópico um poder resultante a 90º de -2,00 (e em qualquer exemplo será negativo, pois é composto apenas pelo poder do astigmatismo) e, portanto, poder SEMPRE menor que a adição e BASE SEMPRE SUPERIOR.

No caso do simples hipermetrópico teremos o poder a 90º de ZERO (e sempre será zero pois terá poder igual ao do componente esférico para ser um simples hipermetrópico), portanto, poder SEMPRE menor que a adição e BASE TAMBÉM SEMPRE SUPERIOR.

Na alternativa D a questão cita o astigmatismo simples prescrito a 90º, logo teremos nosso exemplo de simples miópico (plano (-2,00x90º)) e de simples hipermetrópico (+2,00 (-2,00x90º)).

Novamente, na cruz dos poderes temos: simples miópico poder resultante a 90º de ZERO (e sempre será zero, pois equivale ao plano + poder do cilindro a 90º), logo, BASE SUPERIOR SEMPRE.

No caso do hipermetrópico teremos o poder a 90º EQUIVALENTE AO PODER DA DIOPTRIA ESFÉRICA e essa poderá ser maior, igual ou inferior à adição e, consequentemente, a película pode ter base inferior, central ou superior, respectivamente.

45
Q

ponto próximo,

Paciente apresenta refratometria estática de +1,00 DE +2,0 DC x 90º. Quanto deve acomodar para ler nítido sem correção a 20 cm?

+7,0 DE

A

O examinador deseja saber qual o esforço acomodativo que o paciente precisa para ler a 20 cm.

Sempre que o examinador citar na questão que o paciente quer ler “nítido a certa distância”, ele estará nos dando a distância de trabalho ou também chamado de ponto próximo, que nessa questão é de 20 cm.

Esforço acomodativo é definido pela soma algébrica do equivalente esférico do paciente e o inverso da distância de trabalho em metros.

EA = EE + 1/ d

Nessa questão: d = 20cm = 0,2 m

O erro refrativo desse paciente é dado pelo equivalente esférico

Relembrando que o cálculo do equivalente esférico (EE) é realizado pela soma algébrica da dioptria esférica com metade da dioptria cilíndrica (mantemos o sinal das dioptrias).

EE= a soma da DE com metade da DC. +1,00 +(+2,00/2) = +1,00 + 1,00 = +2,00

Portanto a acomodação é dada por:

EA= EE + 1/d

EA= 2 + 1/0,2

A= 2+ 5 = 7

Logo esse paciente precisa acomodar 7 dioptrias para conseguir ler nítido sem correção a 20 cm.

46
Q

Ponto próximo (PP). Amplitude de Acomodação (AA)

Um paciente emetropizado com óculos é capaz de enxergar nítido a uma distância mínima de 20 cm. Sem os óculos passa a ver nítido somente a 40 cm. Qual é o seu vício de refração?

+2,50 DE

A

Para resolver esta questão, primeiro vamos lembrar de alguns conceitos:

Ponto próximo (PP): é o ponto mais próximo de visão nítida do paciente com o uso total da acomodação. No olho emétrope, o PP= AA (amplitude de acomodação)
Amplitude de Acomodação (AA): Diferença entre o ponto próximo e o ponto remoto ou a diferença de poder dióptrico do olho entre o repouso e o máximo de acomodação.
A fórmula para essa questão é:

PP = AA - (M) => M = ametropia do paciente.

Sempre que o autor da questão disser que o paciente é emétrope ( ou no caso da questão, ele está emetropizado já com a correção) o valor do M = 0 ( pois o paciente não possui ametropia).

Logo para essa questão PP=AA

O PP é dado pelo inverso da distância de trabalho em metros ( que no caso é 20 cm)

Logo PP= 1/d

PP= 1/0,2

PP= 5 = AA

Como o paciente consegue ver nitidamente sem óculos apenas a 40 cm significa que esse é seu ponto próximo real, logo:

PP= AA - M

1/0,4= 5 - M

2,5= 5 - M

M= 2,5

Dessa forma podemos concluir que o vício refracional desse paciente é de +2,50 DE.

47
Q

Ponto próximo (PP) Amplitude de Acomodação (AA)

Um paciente emétrope de 45 anos consegue ler a 20 cm com uma adição de +2,00 D. Qual o ponto próximo desse paciente, sem o uso da correção?

33 cm

A

Para resolver esta questão, primeiro vamos lembrar de alguns conceitos:

Ponto próximo (PP): é o ponto mais próximo de visão nítida do paciente com o uso total da acomodação. No olho emétrope, o PP = AA (amplitude de acomodação)
Amplitude de Acomodação (AA): Diferença entre o ponto próximo e o ponto remoto ou a diferença de poder dióptrico do olho entre o repouso e o máximo de acomodação.
A fórmula para essa questão é:

PP = AA - (M) => M = ametropia do paciente.

Sempre que o autor da questão disser que o paciente é emétrope, o valor do M = 0 ( pois o paciente não possui ametropia).

No caso da visão de perto a demanda acomodativa é igual ao inverso da distância de leitura. Portanto, no caso desse paciente a demanda = 1/ d sendo d= 20 cm ou 0,2 m

A demanda acomodativa para esse paciente ler a 20 cm é de 1/ 0,2 logo, de 5 D.

Como é fornecido no enunciado que o paciente necessita de 2,00 D para ler a essa distância, significa que ele ainda possui uma reserva acomodativa de 3 D.

Como o paciente é emétrope, o PP = AA.

Se ele ainda possui uma acomodação de 3 D:

PP = 3

1/d = 3

d= 1/3 = 33cm

Portanto o ponto próximo desse paciente é de 33 cm.

48
Q

astigmatismo miópico composto

Um paciente portador de astigmatismo miópico composto a favor da regra, sem correção, percebe com maior nitidez, para longe, as linhas:

Verticais

A

Como esse paciente possui astigmatismo miópico composto, significa que as linhas focais de ambos os meridianos (miópicos), se localizam antes da retina como podemos observar na imagem abaixo.

Figura retirada do livro Refração 6ª edição, pag 286. Aderbal Albuquerque Alves

O paciente sempre conseguirá ver mais nitidamente, as linhas que estiverem mais próximas da retina, portanto, no caso do astigmatismo miópico, o meridiano que tiver menor poder e menor dioptria.

Se o candidato ficar na dúvida ele deve colocar os valores na cruz dos poderes e observar qual meridiano ficaria mais próximo da retina. Podemos utilizar o seguinte exemplo fictício

-1,00 ( -2,00 a 180)

Porém é importante entender que no meridiano vertical a linha focal sempre será horizontal e no meridiano horizontal, a linha focal será vertical. Portanto se colocássemos o exemplo acima nas focais do olho ficaria da seguinte maneira

Como podemos observar, no caso do astigmatismo miópico a favor da regra, o paciente enxergará com maior nitidez as linhas verticais.

49
Q

efeito prismático

Aumentando-se a distância dos centros ópticos de uma prescrição de lentes negativas, qual o efeito prismático induzido?

De base nasal

A

A questão é sobre o efeito prismático que ocorre quando o eixo visual incide sobre uma lente fora do seu centro óptico. Para as lentes negativas, a separação maior da distância entre os centros ópticos induz efeito de base nasal e reduz o efeito de base temporal (menor solicitação de convergência) - como se vê no retângulo vermelho da figura abaixo.

CORRETA. O examinador perguntou sobre o mesmo assunto na questão 17 da mesma prova e repetiu novamente nesta

As lente positivas provocam efeito prismático sempre no sentido do deslocamento da distância entre os centros ópticos, em relação aos eixos visuais. Assim, quando a separação é maior, temos efeito de base temporal e quando a separação é menor, efeito de base nasal. Para as negativas ocorre o contrário. Separação maior produz efeito de base nasal, como no caso, e separação menor de base temporal.

O efeito prismático induzido é calculado pela fórmula de Prentice:

P = D x d

P= Valor do prisma/efeito prismático

D= dioptrias da lente

d= descentração da lente em cm

50
Q

retinoscopia

Qual o movimento esperado da faixa retinoscópica de um paciente com +5,00 DE, não corrigido, a uma distância a 20 cm do examinador?

A favor.

A

Ao realizar a retinoscopia a uma distância do paciente de 20 cm, o examinador deve descontar essa distância na retinoscopia para acertar a refração do paciente.

Logo, para uma distância de 20 cm temos os desconto: D = 1/f (em metros) => D = 1/0,2 => D = 5,00 D. Então devemos subtrair 5 dioptrias da lente acessória (régua ou lente de caixa de prova) que irá resultar em uma faixa neutralizada na retinoscopia.

Isso irá ocorrer em um paciente de +5,00 DE quando utilizarmos a lente +10,00 no exame. (+10,00 (lente acessória) -5,00 (desconto da distância de trabalho) = +5,00 DE (refração do paciente)).

Sendo assim, quando iniciamos o exame (paciente não corrigido e sem lente acessória) teremos uma faixa a favor do movimento, suscitando o uso de lentes acessórias positivas. Isso irá ocorrer até a lente de +10,00 (em que o movimento é neutralizado). Portanto,

O movimento da faixa será contra, caso o examinador utilize lentes acessórias com valores superiores a +10,00D.

E será “em tesoura” caso o paciente tenha ceratocone.

51
Q

enantiomorfismo

Um paciente com refração de +1,00 DE -1,00 DC x 70° no olho direito. Durante a refração, o médico tem dificuldade em definir o eixo do olho esquerdo com exatidão e optou por posicionar o cilindro negativo a 110°, atingindo resultado visual satisfatório. Qual conceito óptico foi utilizado pelo médico?

Enantiomorfismo

A

O enantiomorfismo é uma característica de um objeto que é não ser sobreponível com seu reflexo, como no caso da mão esquerda com a mão direita: colocando uma sobre a outra, cada dedão aponta para um lado: apesar de terem formatos idênticos, as mãos estão dispostas em uma ordem diferente.

Tal conceito pode ser aplicado aos espelhos planos, visto que as imagens formadas em espelhos planos são invertidas horizontalmente, como se tivessem sido rodadas em 180º. Em razão dessa característica, dizemos que as imagens produzidas por espelhos planos são enantiomorfas.

Na questão, o enantiomorfismo está presente através do fato de os cilindros serem suplementares (a soma dos eixos tem 180º como resultado). Ou seja 180°-70°= 110°. É por isso que o médico escolheu o cilindro “suplementar” ao de 70° -

52
Q

círculo de menor confusão

lente esferocilíndrica pode ser encontrado no foco do equivalente esférico dessa lente.

Considere uma lente esferocilíndrica com poder de -3,50 DE -3,00 DC x 180º. A que distância desta lente se encontra o círculo de menor confusão?

20 cm.

A

O círculo de menor confusão de uma lente esferocilíndrica pode ser encontrado no foco do equivalente esférico dessa lente.

O cálculo do equivalente esférico (EE) é feito somando a dioptria esférica (DE) com metade da dioptria cilíndrica (DC). Logo, o EE da lente -3,50 DE -3,00 DC x 180º será:

EE = DE + DC/2
EE = -3,50 + (-3,00)/2
EE = -3,50 - 1,50
EE = -5,00 D

O foco de uma lente (d), em metros, é calculado pelo inverso de sua dioptria (D), nesse caso temos:

d = 1/D
d = 1/-5,00
d = -0,2 m (negativo por que o foco é virtual) ou 20 cm.

53
Q

Classifique os astigmatismos

I- 44,00 @ 90° x 42,00 @ 180°.
II- 44,00 @ 180° x 42,00 @ 90°.
III- 44,00 @ 45° x 42,00 @ 135°.

A- Astigmatismo a favor da regra.
B- Astigmatismo contra a regra.
C- Astigmatismo oblíquo.

I: A, II: B, III: C.

A

A classificação “contra-a-regra” é dita para todo astigmatismo que apresenta o eixo mais curvo entre 20º e 160º (180º ± 20º), sendo prescrito ao paciente um cilindro a 90º do eixo mais curvo, ou seja, de 70º a 110º.

Os astigmatismos com eixo mais curvo entre 70º e 110º (90º ± 20º) são “a favor da regra”, sendo prescrito ao paciente um cilindro a 90º do eixo mais curvo, ou seja entre 20º e 160º.

Os astigmatismos que estão no intervalo entre ambas as classificações são os astigmatismos oblíquos.

Obs.: o limite a ser considerado para a classificação contra e a favor da regra varia conforme a referência. Aqui adotamos 20º conforme o livro de refratometria ocular do Dr Milton Ruiz.

Vamos então aos itens do enunciado:

I- 44,00 @ 90° x 42,00 @ 180°. Astigmatismo a favor da regra. I:A.

II- 44,00 @ 180° x 42,00 @ 90°. Astigmatismo contra-a-regra. II:B.

III- 44,00 @ 45° x 42,00 @ 135°. astigmatismo oblíquo. III:C.

Sendo assim, I: A, II: B, III: C.

54
Q

tabela de acuidade visual

Questão que já caiu inúmeras vezes nas provas antigas! Não podemos errar de jeito nenhum!

Devido ao espaço limitado de seu primeiro consultório, a tabela de acuidade visual de seis metros teve que ser instalada a uma distância de quatro metros do refrator. Qual a alternativa abaixo está correta?

Ao final da refração estática deve-se adicionar -0,25 D à prescrição.

A

Questão que já caiu inúmeras vezes nas provas antigas! Não podemos errar de jeito nenhum!

É muito comum nos consultórios atuais que a tabela de acuidade visual de seis metros se instale a uma distância de quatro metros do refrator. Na distância de 6 metros, os raios luminosos sofrem tão pouca divergência que podem ser considerados paralelos (no infinito), já que a divergência é de 1/6, ou seja, o ajuste seria insignificativo na refração final (de -0,166 D).

No caso da tabela ser colocada à 4 metros, a divergência dos raios é mais significativa, ou seja, de 1/4 (=0,25 D). Dessa forma, deve-se acrescentar -0,25 à refração estática final do paciente.

55
Q

retinoscopia

Qual diferença teremos na lente utilizada para anular o reflexo da retinoscopia, ao mudar a distância para o paciente de 1 m para 50 cm?

A lente mudará em +1,0 D.

A

Quando fazemos a retinoscopia em um paciente devemos pegar a dioptria da lente que anulou o reflexo e descontar a distância de trabalho utilizada. Esse desconto é feito em dioptria e calculado com o inverso da distância de trabalho em metros (d = 1/D).

Em um exemplo prático, vamos supor um olho em que a lente que anulou o reflexo foi a +3,00 D e a distância de trabalho utilizada foi de 1 m, temos:
d = 1/D
1 = 1/D
D = +1,00 D.
Logo, a lente a ser prescrita é:
Prescrição = (Lente que anulou o reflexo) - (Dioptria da distância de trabalho)
Prescrição = (+3,00) - (+1,00) = +2,00 D.

Já se usarmos uma distância de 50 cm (0,5 m) no mesmo paciente (ou seja, a prescrição tem que ser a mesma (+2,00 D), mas a lente que anula o reflexo é diferente, teremos:
d = 1/D
0,5 = 1/D
D = +2,00D.
Logo:
Prescrição = (Lente que anulou o reflexo) - (Dioptria da distância de trabalho)
+2,00 = (Lente que anulou o reflexo) - (+2,00)
Lente que anulou o reflexo = +4,00 D.

Sendo assim, se mudarmos a distância de trabalho de 1 m para 50 cm, teremos uma mudança de dioptria na lente que anulou o reflexo de +1,00D (em nosso exemplo foi de +3,00 D para +4,00 D; mas se usarmos qualquer outro valor na primeira situação (1 m) sempre a lente do segundo (50 cm) terá +1,00 D de diferença.

56
Q

amplitude de acomodação

Qual amplitude de acomodação esperada para uma pessoa de 30 anos de idade?

7,00 DE.

A

A amplitude de acomodação pode ser calculada mais precisamente pelo método do ponto próximo ou pelo método das lentes esféricas; nenhum dos quais o enunciado nos dá elementos suficientes para realizar

Há também fórmulas, calculadas por Hofstetter para o cálculo da amplitude de acomodação de acordo com a idade para os valores mínimos, médios e máximos (mínimo = 15 – 0,25 x idade, médio = 18,5 – 0,3 x idade e máximo = 25 – 0,4 x idade). Tomando por base a fórmula para amplitude de acomodação mínima, chegaríamos no seguinte valor:
AA = 15 - 0,25(idade)
AA = 15 - 0,25(30)
AA = 15 - 7,5
AA = 7,5 D.

Essas fórmulas de mínima, média e máxima são baseadas em estudos populacionais, considerando a variabilidade dentro da população. Se calcularmos os valores médios (9,5D) e máximo (13D) ficaremos mais distantes das alternativas. Além disso, a alternativa trás exatamente o valor da tabela do CBO.

57
Q

proporção do tamanho da imagem

Um objeto localizado 5 cm à esquerda de uma lente de -5 D formará uma imagem de qual proporção do objeto original?

80%

A

Temos no enunciado uma lente divergente de -5,00D, um objeto posicionado a 5 cm dela e o enunciado nos pede a proporção (de tamanho).

Vamos relembrar alguns conceitos rapidamente:

Lentes convergentes são lentes biconvexas, plano-convexas ou côncavo-convexas (denominamos de maneira geral como lentes convexas) e sabemos que as lentes convexas têm as mesmas propriedades de formação de imagem de um espelho côncavo, em que as características da imagem formada depende da posição relativa do objeto à lente.

Diferentemente de quando temos uma lente divergente ou côncava, que equivale a um espelho convexo, em que independentemente da posição relativa do objeto SEMPRE teremos uma imagem: Virtual, Direta (ou direita) e Menor.

O cálculo do tamanho e demais propriedades/características dessa imagem pode ser feito por algumas fórmulas, sendo a primeira delas que vamos utilizar:

1/f = 1/p + 1/p’ em que:
f = distância focal da lente (em metros), ou ainda, 1/f já representa o poder dióptrico da lente (no caso, 1/f = -5,00D)
p = distância do objeto à lente (em metros. No caso da nossa questão: p = 5 cm = 0,05 m. Positivo por que o objeto é real)
p’ = distância da imagem à lente (em metros)

Então, temos:
-5 = 1/0,05 + 1/p’
-5 = 20 + 1/p’
1/p’ = -5 -20
1/p’ = -25
p’ = -1/25 = 0,04 m (4 cm) (negativo por que a imagem é virtual)

A partir daí podemos calcular essa proporção do tamanho da imagem (ou aumento (A) da imagem) e, para isso, temos uma fórmula clássica que seria: A = i/o (em que, i = tamanho da imagem (que não temos) e o = tamanho do objeto (que também não temos)) OU podemos utilizar outra fórmula:
A = -p’/p
A = - (-0,04)/0,05
A = 0,8 ou 80%

Aqui vale uma pequena observação sobre o aumento (A) sofrido por uma imagem em relação ao seu objeto:

Se o sinal de A é positivo: imagem direta (o que condiz com nossa questão)
Se o sinal de A é negativo: imagem invertida
Se o valor de A está entre 0 e 1 (Ex.: 0,1; 0,2; 0,3 etc…): imagem menor que o objeto. Podendo ser represntado percentualmente em termos de tamanho de imagem (em nossa questão, por exemplo, se o objeto tiver 10 cm de tamanho, sua imagem terá 8 cm de tamanho).
Se o valor de A é igual a 1: imagem do mesmo tamanho que o objeto.
Se o valor de A é maior que 1: imagem maior que o objeto.

58
Q

astigmatismo total

Se a refração do paciente é +1,50 DE <> -0,50 DC x 180° e sua ceratometria é 42,00 D x 180° e 44,00 D x 90°, podemos afirmar que o astigmatismo interno é

-1,50 DC x 90°

A

O astigmatismo total, visto ao final do exame de refração, nada mais é que o resultado da combinação do astigmatismo corneano com o astigmatismo interno (cristalino + retina).

Temos que ter cuidado ao interpretar essa questão. Entendam que o poder do cilindro do astigmatismo está a 90º do seu eixo, logo uma superfície mais curva a 90º tem seu astigmatismo prescrito a 180º (e vice-versa), certo?

Pois bem, se na refração (+1,50 DE <> -0,50 DC x 180°) temos um astigmatismo prescrito de -0,50 DC x 180°, temos que o eixo de 90º é 0,50 D mais curvo que o eixo de 180º.

Em sua ceratometria (42,00 D x 180° e 44,00 D x 90°), vemos que o eixo 90º é 2 D mais curvo que o eixo 180º. Logo, para correção do astigmatismo corneano temos que prescrever um cilindro de -2,00 x 180º.

Pois bem, como o astigmatismo total (eixo 90º 0,50D mais curvo que 180º) é o resultado da soma do astigmatismo corneano (eixo 90º 2,00 D mais curvo que 180º) com o astigmatismo interno, podemos afirmar que o astigmatismo interno conta com um eixo 180º 1,50D mais curvo que 90º. Logo, seria prescrito para esse astigmatismo -1,50 x 90º.

59
Q

lente com efeito fotocromático

A substância haleto de prata está associada a qual dos filtros abaixo?

Fotocromático.

A

O haleto de prata é incorporado ao material da lente para promover uma lente com efeito fotocromático. Seu mecanismo de ação ocorre devido à exposição do haleto de prata aos raios ultravioleta do sol, que promovem uma reação fotoquímica que libera a prata metálica, promovendo o escurecimento da lente

A película antirreflexo reduz a reflexão e aumenta a transmissão da luz de 92 para 98%. Quanto maior a transmissão da luz, maior a qualidade visual do paciente. Dentre outras vantagens temos a diminuição do reflexo do farol dos veículos; nas lentes negativas de alta graduação ocorre redução dos anéis na periferia, já nas lentes positivas de alta graduação temos redução das imagens fantasmas. As lentes são recobertas com substâncias de índice de refração numericamente próximos à raiz quadrada do índice de refração do material óptico da lente, como o fluoreto de cálcio (n=1,434) e de magnésio (n=1,378)

Os raios ultravioletas estão na faixa de 100-400 nm, sendo subdivididos em UV-C (100-280 nm), que são os mais danosos ao tecido, sendo filtradas naturalmente pela camada de ozônio e nos olhos pelos epitélios basais da conjuntiva e da córnea, segundo o CBO de óptica; UV-B (280-320 nm), responsáveis pelo bronzeamento da pele, no olhos são absorvidos pelo cristalino e os UV-A (320-400 nm), importantes para a síntese de vitamina D na pele, são as menos tóxicas e mais abundantes, no olho são filtrados pelo cristalino, mas uma boa parte alcança a retina. Os filtros de UV são substâncias incorporadas à lente ou depositadas na superfície da lente, sendo de composição variável conforme a faixa de UV que filtram.

As lentes com filtro polarizante apresentam uma fina camada de material polarizante, composta de cristais decroicos, orientados verticalmente (que permitem a passagem de luz a penas nesse plano) e laminados entre duas camadas de vidro, plástico ou policarbonato. A polarização dos cristais é montada na vertical por que a maior parte da luz que reflete de superfícies como água, areia e concreto tende a ser polarizada na horizontal, sendo, portanto, completamente barrada pelo filtro, diminuindo o desconforto visual do paciente.

60
Q

Anisometropia

Um paciente realizou cirurgia de catarata somente no olho esquerdo e apresenta refração de +5,00 DE no olho direito e -0,25 DE no olho esquerdo. Qual das alternativas abaixo seria a melhor opção para reduzir a aniseiconia? Considere que os comprimentos axiais são semelhantes nos dois olhos.

Uso de lentes de contato

A

Anisometropia é a diferença de refração entre os olhos. Há a classificação das anisometropias em axiais e refrativas. Na axial, a diferença entre os dois olhos é decorrente dos diâmetros axiais. E na refrativa há diferença de curvatura das córneas, catarata assimétrica entre os olhos ou afacia. Tanto as anisometropias axiais quantos as refrativas geram diferenças nos tamanhos das imagens retinianas. Já que os tamanhos das mesmas dependem das distâncias entre as retinas e os pontos nodais; quanto maiores as distâncias, maiores as imagens.

O tratamento da anisometropia axial é com óculos, e o da refrativa é com lente de contato. Na questão, o examinador já dá uma dica importantíssima que é a de que os comprimentos axiais são semelhantes nos dois olhos. Ou seja, trata-se de um caso de anisometropia refrativa, que deve ser tratada com lente de contato. A lente dos óculos causaria alteração de 1,5% por dioptria, então o paciente apresentaria diferença do tamanho das imagens entre os olhos de 7,875%, caso se passasse óculos, perdendo a binocularidade e aumentando as queixas do paciente. Reduziria o tamanho da imagem para miopia e aumentaria para hipermetropia. A LC é colocada mais próxima do olho e, portanto, promove menor alteração do tamanho da imagem, então é a melhor opção -

61
Q

teste de Teller

De acordo com o teste de Teller para determinação de acuidade visual, é correto afirmar:

A distância para realização do teste depende da idade do paciente a ser examinado.

A

O Teste com Cartões de Acuidade de Teller (CAT) é feito com 17 cartões com alta qualidade de impressão apresentando um padrão de grade (fundo de cor cinza, contendo listras pretas e brancas).

Através da observação do examinador, o teste fornece aspectos quantitativos da resposta visual da criança. No centro dos cartões há um pequeno orifício, através do qual o examinador observa a reação da criança à apresentação do cartão: uma fixação das listras é considerada resposta positiva. Dessa forma, o paciente não necessita aptidão cognitiva e verbal para realizar esse teste.

As distâncias de avaliação são padronizadas: até 6 meses de idade, aplica-se a 38 cm; dos 7 meses aos 36 meses, aplica-se a 55 cm; e, após 3 anos, utiliza-se a distância de 84 cm. Crianças com baixa visão podem ser avaliadas nas distâncias de 9,5 e 19 cm, de acordo com o comprometimento visual. Pode ser aplicado atrás de uma moldura para que estímulos do ambiente não interfiram com a resposta visual.

62
Q

anisometropia

Qual a anisometropia do paciente que usa -3,00 DE no olho direito e +1,00 DE -2,00 DC x 90° no olho esquerdo?

3 DE

A

A anisometropia pode ser calculada pela diferença entre as dioptrias de ambos os olhos. Para fazermos esse cálculo, precisamos do equivalente esférico do olho esquerdo, já que sua ametropia tem componente esférico e cilíndrico, e não somente esférico como o olho direito.

Para o cálculo do equivalente esférico (EE) somamos a dioptria esférica (DE) com metade da dioptria cilíndrica (DC).
EE = DE + (DC)/2
EE = + 1,00 + (-2,00)/2
EE = 1 - 1 = 0 D.

Logo, sua anisometropia será: 3 (EE = DE do olho direito) - 0 (EE do olho esquerdo) = 3 DE.

63
Q

anisometropia.

“condição em que existe diferença entre os estados refrativos dos dois olhos, que ocorre em um ou ambos os meridianos principais”.

Um paciente pseudofácico do olho direito e afácico do olho esquerdo apresenta, ao final da refratometria, acuidade visual 1,0 em ambos os olhos com o uso de lentes negativas no olho direito (OD) e positivas no olho esquerdo (OE). A adaptação de uma lente de contato apenas no olho esquerdo é bem-sucedida, mas refere enxergar a imagem do OE maior do que aquela do OD, causando desconforto.

Dentre as alternativas abaixo, qual apresenta uma possível solução para a queixa apresentada?

Hipercorreção do OE na lente de contato com prescrição de lentes negativas nos óculos em ambos os olhos.

A

O conceito de anisometropia é: “condição em que existe diferença entre os estados refrativos dos dois olhos, que ocorre em um ou ambos os meridianos principais”.

A anisometropia pode ser AXIAL (diferença de comprimento ântero-posterior entre os olhos) e REFRATIVA (diferença de índice de refração ou de curvatura das superfícies entre os olhos). A correção da anisometropia axial é com óculos e da refrativa com lente de contato.

Há, na questão, anisometropia refrativa por diferença de índice de refração, já que o paciente ficou pseudofácico de um olho e afácico do outro. Ao se corrigir com lente de contato o OE, surge a aniseiconia, que é a diferença de tamanho ou forma das representações corticais das imagens provenientes de ambos os olhos, em visão binocular. Para amenizá-la, deve-se diminuir a diferença de poder entre os olhos.

Voltando à questão, o paciente:

Em OD: é pseudofácico e necessita de lentes negativas para ter AV de 1.0.

Em OE: é afácico e necessita de lentes positivas para ter AV de 1.0.

Com a hipercorreção do OE na lente de contato, o OE terá mais hipermetropia do que precisaria. Daí se prescreveria lentes negativas nos óculos em ambos os olhos, o que compensaria a prescrição de mais lentes positivas do que o necessário em OE e garantiria uma AV satisfatória em OD, que necessita de lentes negativas para ter AV de 1.0.

64
Q

anisometropia

Um paciente com anisometropia queixa-se de diplopia ao olhar para cima. Sabendo que seus óculos têm -2,00 DE no olho direito e +3,00 DE no olho esquerdo, ao elevar os olhos 1,0 cm a partir da posição primária do olhar (onde estão posicionados os centro ópticos), haverá um desvio de:

5 DP

A

No olho direito temos uma lente negativa que pode ser considerada como prismas unidos pelos ápice e ao olhar para cima ele induz um prisma de base superior, logo a tendência do olho é desviar para superior (base). Já no olho esquerdo temos uma lente positiva que pode ser considerada como prismas unidos pela base e ao olhar para cima ele induz um prisma de base inferior, logo, a tendência do olho é desviar para baixo

Figura 1: representação esquemática do enunciado. À esquerda temos o paciente em posição primária do olhar (PPO) com a lente negativa do olho direito (OD) representada por prismas unido pelo ápice e a lente positiva do olho esquerdo (OE) representada por prismas unido pela base. À direita temos o paciente “olhando para cima” (supraversão), em que no OD temos um prisma induzido com base superior e em OE um prisma induzido com base inferior.
Fonte: arquivo próprio

Como a tendência de um olho é desviar para cima e o outro para baixo, o desvio total é obtido somando ambos os desvios. Podemos calcular os desvios de cada olho usando a fórmula de Prentice:

P = D.d
P= Valor do prisma/efeito prismático
D= dioptrias da lente
d= descentração da lente em cm

Para o olho direito, temos:
P = 2 x 1 = 2 DP

Para o olho esquerdo, temos:
P = 3 x 1 = 3 DP

Somando ambos, teremos um desvio total de 5 DP.

65
Q

refração

Uma criança de seis anos de idade com dificuldade de aprendizado, apresenta refração estática de +2,00 DE em ambos os olhos, alcançando acuidade visual 1,0. Não apresenta desvio ocular. Qual a melhor conduta neste caso?

Não é necessária a prescrição de óculos.

A

Uma criança de 6 anos de idade tem uma amplitude acomodativa de aproximadamente 16,00 D e uma tolerância acomodativa de 4,00 D. Ou seja, uma refração de +2,00 D, nessa idade, não trás necessidade de prescrição para sintomas de astenopia.

Como não há desvio ocular, também não é necessário prescrição para esse fim.

Bem como não há indícios de uma ambliopia refracional, já que sua refração e sua acuidade visual são simétricas em ambos os olhos e com ametropia baixa (+2,00 D).

Sendo assim, sua dificuldade de aprendizado não se relaciona com baixa de acuidade visual ou outra patologia oftalmológica, não necessitando da prescrição de óculos

66
Q

Astigmatismo

Você tem no seu consultório apenas um ceratômetro manual e um refrator. Para começar sua refração você mediu a curvatura da córnea e encontrou: 44,00 D x 90° e 46,00 D x 180°.

Para iniciar sua refração, qual lente cilíndrica deve ser selecionada no refrator?

-2,00 DC x 90°

A

Se o seu ceratômetro fez a medida de 44,00 D x 90° e 46,00 D x 180° temos que a córnea do paciente é 2 dioptrias mais curva a 180º (apresenta o raio de curvatura menor nesse meridiano).

Pensando no cilindro negativo, já que estamos no Brasil e desconsiderando-se o astigmatismo interno, temos que esse paciente necessita de -2,00 dioptrias cilíndricas (DC) com seu poder em 180º para levar esse meridiano a 44,00 D e igualá-lo ao meridiano 90º.

Pois bem, para termos um cilindro com poder a 180º basta colocar seu eixo a 90º.

Logo, vamos colocar em nosso Greens uma lente -2,00 DC x 90°.

67
Q

efeito prismático de base temporal

Qual o efeito prismático induzido quando, na confecção de óculos com lente convergente de 4 DE em ambos os olhos e distância interpupilar de 60 mm, os centros ópticos são montados com uma distaância interpupilar de 65 mm?

2Δ de base temporal.

A

Uma lente convergente (positiva) de 4DE funciona como dois prismas unidos pela base, sendo assim, sua descentração com um aumento da distância pupilar previamente prevista gera um efeito prismático de base temporal.

A magnitude desse efeito pode ser calculada pela fórmula de Prentice:
P = d.D
P = efeito prismático induzido (medido em DP)
d = distância (no caso, da descentração. Sempre em cm)
D = dioptria da lente descentrada

No caso, a descentração foi de 5mm ou 0,5cm.

P = 0,5.4
P = 2DP.

68
Q

PP = AA - M

Um paciente, após cirurgia refrativa, apresenta grau residual de -0,50 DE. Considerando-se que, antes da cirurgia, ele era míope de -3,00 DE e conseguia ver nítido até 20 cm, sem a correção, qual é o novo ponto próximo do paciente?

40 cm.

A

Para resolvermos essa questão vamos aplicar a fórmula:
PP = AA - M
PP = ponto próximo do paciente (menor distância que o paciente tem uma visão nítida sem óculos. Pode ser expressa em metros (d) ou em dioptrias (D) se fizermos a conversão de dioptrias em metros pela fórmula: D = 1/d
AA = amplitude de acomodação
M = dioptria do paciente OU ametropia do paciente

Temos então que, antes da cirurgia, o paciente tinha uma AA de:
(Seu PP era de 20 cm ou 0,2 m, que vamos converter para Dioptrias com a fórmula D =1/d)
PP = AA - M
1/0,2 = AA - (-3,00)
5,00 = AA + 3,00
AA = 5,00 - 3,00 = +2,00 D

Entenda que trata-se do mesmo olho (pré e pós cirurgia refrativa), logo sua amplitude de acomodação, que depende de todo o sistema óptico e integração com SNC, é o mesmo antes e depois da cirurgia. A partir daí temos:
(A nova ametropia (M) é -0,50 D)
PP = AA - M
PP = +2,00 - (-0,50)
PP = 2,00 + 0,50 = +2,50 D. Convertendo para metros:
D = 1/d
2,50 = 1/d
d = 0,40 m ou 40 cm.

69
Q

Ponto objetivo nada mais é do que o seu objeto

Um ponto objetivo situado a dois metros de uma lente convexa de 2 DE forma um ponto imagem a que distância da lente?

0,67 m.

A

Não se assustem. “Ponto objetivo” nada mais é do que o seu objeto. Portanto, temos no enunciado um objeto a 2 m de distância (p = 2 m), uma lente convexa de 2D e ele deseja saber a distância do “ponto imagem” ou, simplesmente, da imagem (p’). Um detalhe é que como a lente é convergente (convexa) tem dioptria positiva de +2D.

Podemos calcular p’ pela equação de Gauss, em que:
1/f = 1/p + 1/p’ (sabemos que p = 2 m)
Lembrando que a dioptria da lente (+2D) já equivale ao inverso da distância focal (1/f) basta substituir na fórmula:
2 = 1/2 + 1/p’
2 - 1/2 = 1/p’
1/p’ = 3/2
p’ = 2/3 m ou 0,67 m ou 67 cm.

70
Q

telescópio tipo Kepler

Um telescópio astronômico de Kepler possui uma lente ocular de +10,00D e uma lente objetiva de +5,00D. Qual é a distância entre as lentes?

30 cm

A

O telescópio tipo Kepler possui uma lente esférica positiva na ocular e outra esférica positiva na objetiva. O raio de luz vem do infinito paralelo, converge na lente positiva da objetiva em seu foco (ou ponto focal) que coincide com o foco da lente convergente da ocular e o raio sai paralelo formando uma imagem inicialmente invertida. Tal imagem invertida passa por prismas dentro do telescópio para ficar direta para o observador. O telescópio de Kepler consegue aumentos maiores do que o telescópio de Galileu. A distância entre a lente ocular e a lente objetiva é a soma entre as distâncias do ponto focal da lente objetiva (Df objetiva) e do ponto focal da ocular (Df ocular).

Df objetiva = 1/Dioptria da lente => Df objetiva = 1/5 => Df objetiva= 0,2 metros = 20 cm

Df ocular = 1/Dioptria da lente => Df objetiva = 1/10 => Df objetiva= 0,1 metros = 10 cm

Df objetiva + Df ocular = 20 + 10 = 30 cm => as lentes têm que estar 30 cm uma da outra

71
Q

astigmatismos de mesma magnitude, menos provavelmente, causa astenopia

Miópico composto

A

O astigmatismo é a causa mais frequente de astenopia, segundo o livro de Refração do Aderbal.

A astenopia é causada pelo esforço de acomodação para se colocar o círculo de menor confusão na retina. Pode ser gerada também pela contração palpebral (efeito estenopeico), pois a musculatura vizinha também se contrai. Além disso, a prática da leitura próxima (para reduzir a turvação da imagem) também gera astenopia, por dificuldade de se localizar o círculo de menor confusão para perto. Por isso, muitas vezes o astigmata tem visão confortável para longe e redução visual para perto. A redução visual produzida pelo astigmatismo é a metade da ametropia esférica.

O astigmatismo miópico composto é que menos causa astenopia, por não solicitar tanto esforço acomodativo

O astigmatismo misto, de grau moderado, pode ter o círculo de menor confusão na retina, sem muito esforço de acomodação e, dessa forma, com boa acuidade visual e assintomático. Porém, ainda gera mais astenopia do que o miópico composto

Um astigmatismo hipermetrópico simples de 0,50 D pode causar sintomas semelhantes aos induzidos por uma hipermetropia de + 1,50 D. Além disso, o astigmatismo hipermetrópico simples pode causar sintomas semelhantes à 0,50 D de astigmatismo contra a regra e provoca mais astenopia do que 1,00 D de astigmatismo com a regra. A redução visual é ainda mais acentuada no astigmatismo hipermetrópico composto. No último, a visão pode não atingir 20/20, principalmente quando não foi realizada a correção óptica até o período crítico de desenvolvimento visual (ambliopia astigmática)