Farmacologia Flashcards

1
Q

Dose máxima de colírios anestésicos

Tetracaína 0,5 %
Procaine 0,5 %

A

De acordo com o livro de Farmacologia da Coleção CBO, o número de gotas não pode exceder 25% da dose máxima de injeção do composto.

No caso da Tetracaína 0,5%, a dose máxima é de 5mg, e portanto isso equivale a 7 gotas.

Já a proparacaína 0,5%, a dose máxima é de 10mg, e portanto 14 gotas do colírio

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Q

Anestésicos

PABA - ácido para aminobenzoico

A

Benoxinato e tetracaína

A tetracaína é derivada do PABA (ÁCIDO PARA-AMINOBENZOICO) e promove uma anestesia que dura cerca de 20 min (apesar de ter relato que a dosagem a 1% possa durar até 1 hora). Esse colírio provoca bastante ardência ao ser instilado e seus efeitos adversos são principalmente relacionados a alergia local, como hiperemia, prurido e edema palpebral.

O Benoxinato é um colírio que geralmente vem associado à fluoresceína em algumas apresentações. Ela raramente causa reações alérgicas, porém possui uma epiteliotoxicidade maior que a tetracaína. Também é um éster derivado do PABA.

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3
Q

Anestésicos

A

A lidocaína é um anestésico utilizado na oftalmologia principalmente como injeção retrobulbar ou na anestesia local infiltrativa (na cirurgia plástica ocular, por exemplo). Pode ser usado também na forma de gel na preparação de pacientes que serão submetidos à cirurgia de pterígio ou catarata. Ele não é derivado do PABA, portanto, não seria contraindicado em pacientes com alergia a esse éster, porém ele ainda não está disponível comercialmente na apresentação tópica.

A proparacaína é o principal colírio anestésico utilizado na oftalmologia, uma vez que ele possui propriedades semelhantes à tetracaína, porém sua instilação cursa com menos incômodo para o paciente. Ele pode ser usado com segurança e sem causar reação alérgica em pacientes alérgicos a um derivado do PABA

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4
Q

Agentes cicloplegicos

são antagonistas colinérgicos, portanto vão atuar no sistema parassimpático, inibindo sua ação no músculo ciliar responsável pela acomodação e por isso geram cicloplegia.

A

atropina, ciclopentolato, escopolamina e tropicamida.

agentes anticolinérgicos também inibem os receptores do músculo esfíncter da pupila, responsável por manter a pupila contraída e, por isso, acabam gerando dilatação pupilar também. Logo, todo agente cicloplégico possui ação midriática.

Os antagonistas colinérgicos possuem tanto ação cicloplégica quanto midriática e isso é variável para cada classe de medicação. A atropina, por exemplo, possui maior ação cicloplégica do que midriática. Já o ciclopentolato provoca tanto cicloplegia quanto midríase ampla. Concluímos, portanto, que dependendo da necessidade do paciente é possível optar por fármacos que possuem ação apenas midriática ou que possuem ação cicloplégica e midriática.

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5
Q

Dilatação pupilar

é estimulada pelo sistema nervoso simpático, portanto, são considerados agentes midriáticos

A

os fármacos que possuem ação adrenérgica, como a fenilefrina.

Esse fármaco atua nos receptores alfa 1 que estão no músculo dilatador da pupila, estimulando-o e gerando midríase. Os agentes midriáticos possuem pouca ou nenhuma ação cicloplégica.

pilocarpina é um agonista colinérgico de ação direta (também chamado de parassimpaticomimético). Atua estimulando os receptores muscarínicos, que leva à contração do músculo ciliar e consequente abertura dos espaços da malha trabecular.

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6
Q

Pilocarpina

droga da classe dos colinérgicos, ou parassimpaticomiméticos.

A

Essa classe divide-se em fármacos de ação direta (atuam diretamente estimulando os receptores muscarínicos) e os de ação indireta (atuam inibindo a enzima colinesterase, impedindo assim a degradação da acetilcolina na fenda sináptica).

A pilocarpina está no grupo de ação direta

Ela causa a contração das fibras longitudinais do músculo ciliar, que traciona o esporão escleral, levando à abertura dos espaços da malha trabecular, aumentando dessa forma a drenagem do humor aquoso. Além disso, também ocorre a contração do esfíncter da íris, levando à miose. Devido à miose e à leve anteriorização do cristalino, ocorre aumento do contato iridocristaliniano.

A pilocarpina está contraindicada em casos de inflamação intraocular (uveíte, glaucoma neovascular) pois causa aumento da permeabilidade da barreira hematoaquosa. A eficácia pressórica esperada com essa droga é de 15 a 25%

Os efeitos adversos oculares são: redução da acuidade visual, hiperemia, descolamento de retina em pacientes com lesões periféricas predisponentes, cistos irianos no uso crônico, crises de glaucoma agudo (devido à anteriorização da interface iridocristaliniana). A redução da acuidade visual pode ser tanto pela miose, quanto pela miopia induzida pela contração do músculo ciliar .Os efeitos adversos sistêmicos são incomuns, mas podem ocorrer em caso de superdosagem: náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, salivação, broncoespasmo, bradicardia.

Atualmente, a pilocarpina não é mais comumente usada para o tratamento a longo prazo do glaucoma. Pode ser usada em pacientes com glaucoma pigmentar, para prevenir picos pressóricos, e também em pacientes com íris em plateau. Além disso, é usada como pré-tratamento em iridotomias a laser. Lembrando que a pilocarpina é ineficaz no tratamento do glaucoma agudo com PIO > 40 mmHg, pois o esfíncter da íris pode estar isquêmico, e por isso, não responder à medicação.

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7
Q

Azetazolamida

A

acetazolamida é um inibidor da anidrase carbônica. Os inibidores da anidrase carbônica são agentes hipotensores que atuam na redução da produção do humor aquoso, ao inibir a enzima anidrase carbônica no epitélio ciliar. Lembrando que mais de 90% da atividade dessa enzima deve ser inibida para que haja redução da produção de humor aquoso (já foi questão de prova!).

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8
Q

Latanaprosta

A

faz parte da classe dos análogos de prostaglandinas. Esses medicamentos atuam aumentando a drenagem do humor aquoso pela via uveoescleral.

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9
Q

Manitol

A

é um agente hiperosmótico, que atua reduzindo o volume vítreo

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10
Q

Solução Salina Balanceada (BSS) x Ringer Lactato (RL)

A

A solução salina balanceada (BSS) é a solução de escolha para irrigação ocular,

Ringer Lactato é uma formulação que não foi desenvolvida para uso oftalmológico, e sim parenteral.

A osmolaridade do humor aquoso é 304 mOsm, enquanto a do Ringer Lactato é 277 mOsm (hipotônico, em relação ao humor aquoso), e a do BSS é 305 mOsm (isotônico).

O humor aquoso tem pH de 7,4, que é o mesmo do BSS, enquanto o Ringer Lactato tem pH entre 6 e 7,2 (varia entre fabricantes).

A adição de adrenalina ao Ringer Lactato causa alterações do pH e osmolaridade, levando ao dano endotelial, pois o pH da adrenalina está entre 3 e 4, o que modifica o pH da solução original do Ringer Lactato, que não é tamponada. Por sua vez, o BSS é uma solução tamponada, o que mantém o pH próximo do neutro constantemente.

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11
Q

Ciprofloxacina - lesões brancas puntiformes na córnea

A

As fluorquinolonas de forma geral são bem toleradas, com baixa frequência de eventos adversos. Quando usadas sistemicamente, podem causar: náuseas, cefaléia, vertigem, erupções, boca amarga, elevação de enzimas hepáticas e eosinofilia. Quando utilizadas na forma de colírio podem apresentar queimação ou desconforto local, boca amarga, sensação de corpo estranho, prurido, hiperemia conjuntival, quemose e fotofobia. No caso específico da Ciprofloxacino é descrito a ocorrência de precipitados brancos da própria medicação na córnea.

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12
Q

farmacocinética

O lacrimejamento reflexo é induzido por soluções não isotônicas

A

A questão aborda a farmacocinética do uso de colírios. A capacidade de retenção do saco conjuntival é de aproximadamente 25 a 30 µL , o que sugere que a gota ideal para o colírio deveria ser de 20 µL. No Brasil utilizamos um volume muito maior, de 50 µL, causando um transbordamento e desperdício de parte da solução já com uma gota do colírio

A mistura fármaco-lágrima tem uma taxa de remoção da superfície ocular de em média 16% por minuto, o que promove uma remoção completa em 6 minutos. Por isso se recomenda um intervalo entre um colírio e outro de pelo menos 5 minutos

De forma geral, procura-se formulações oftálmicas com características o mais próximas da lágrima quanto possível, para melhor tolerabilidade. A instilação de soluções com características diferentes, incluindo as não isotônicas, induzem o lacrimejamento reflexo para remoção da superfície ocular.

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13
Q

pilocarpina

Paciente présbita refere ter usado colírio que causou salivação, cólicas intestinais e melhora da visão para perto. Provavelmente, ele utilizou

A

Salivação e cólicas intestinais são sintomas associados à ativação do sistema parassimpático. Dentre as alternativas, a única que é um parassimpaticomimético é a pilocarpina. A pilocarpina causa a contração do músculo ciliar, o que leva à miopização, podendo assim haver piora da visão para longe, e melhora da visão para perto. Os efeitos adversos sistêmicos são incomuns, mas podem ocorrer em caso de superdosagem: náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, salivação, broncoespasmo, bradicardia.

A fenilefrina é um simpaticomimético, portanto, os efeitos sistêmicos que ela poderia ocasionar são opostos ao que procuramos. Principalmente na dose de 10%, pode levar a efeitos sistêmicos como hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e parada cardíaca.

A atropina é um antagonista muscarínico, portanto, é uma droga que bloqueia os efeitos parassimpáticos. Nos olhos ela causa midríase e paralisa a acomodação, portanto, piora a visão para perto. Os efeitos sistêmicos incluem hiperemia facial, febre, taquicardia, constipação, retenção urinária, delirium. Ao invés de salivação e cólicas intestinais, na verdade pode causar boca seca e obstipação.

O timolol é um beta bloqueador com efeito hipotensor, e não tem efeito na visão. Seus efeitos sistêmicos mais comuns são broncoespasmo e arritmias cardíacas.

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14
Q

fluorquinolonas

Inibem a DNA-girase e topoisomerase IV das bactérias

A

As fluorquinolonas são fármacos que atuam interferindo na síntese do DNA durante a replicação bacteriana, por inibição da atividade da DNA girase e/ou da topoisomerase.

As quinolonas mais antigas (ofloxacino, ciprofloxacino, etc) apresentavam um mecanismo único, o que favoreceu o desenvolvimento de resistência por parte de algumas cepas de bactérias.

Nas formulações mais recentes de quarta geração (gatifloxacino e moxifloxacino) o mecanismo é duplo, o que mantém um amplo espectro de atuação contra bactérias gram positivas e negativas, incluindo Pseudomonas aeruginosa.

A ciprofloxacina é caracteristicamente associada a um risco de 17% de precipitados brancos na córnea.

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15
Q

corticoesteroides tópicos

alternativa que coloca em ordem decrescente o potencial de aumento de pressão intraocular:

Dexametasona 0,1% > Prednisolona 1% > Fluormetolona 0,1%

A

A dexametasona 0,1% é o corticoesteroide tópico com maior potencial de aumento da pressão intraocular. Em segundo lugar, temos o acetato de prednisolona 1%. O que menos causa elevação da PIO é a fluormetolona 0,1%. Logo,

A elevação da PIO pode ocorrer após o uso de corticoides não só pela via ocular (tópica, intraocular ou periocular), como também nasal e sistêmica. O tipo de medicamento, a forma de administração, a frequência de administração e a suscetibilidade do paciente afetam a resposta de elevação pressórica.

É proposto que o mecanismo seja a deposição de glicosaminoglicanos no trabeculado, levando a uma resistência na drenagem. De forma geral, a elevação da PIO ocorre a partir de 2 semanas de uso e geralmente é reversível se o uso não passou de 1 ano de duração, sendo menos comum após 1 ano e meio.

Em torno de 33% das pessoas sem glaucoma tem um aumento pressórico de até 15 mmHg com o uso de corticoides, e em torno de 5% das pessoas tem uma elevação superior a 15 mmHg. Fatores que influenciam o surgimento do glaucoma cortisônico são GPAA, história familiar de GPAA, idade (< 6 anos ou idoso), doença do tecido conjuntivo, diabetes mellitus tipo 1 e miopia.

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16
Q

anestésicos locais

O uso associado da epinefrina aumenta o tempo de ação da anestesia

A

Os anestésicos locais são aminas terciárias ligadas por amida ou éster a um resíduo aromático. Representantes do tipo amida são: bupivacaína, lidocaína e mepivacaína. Já do tipo éster, temos a procaína.

As fibras não mielinizadas e autônomas são bloqueadas primeiramente, seguidas pelas fibras sensitivas (dor e temperatura), e finalmente as fibras motoras mielinizadas (ou seja, a acinesia é o último efeito do bloqueio).

A epinefrina é comumente utilizada para prolongar a duração e aumentar a eficácia do bloqueio, principalmente associada à fármacos de curta duração, por causar vasoconstrição e reduzir a absorção vascular.

Para bloqueios retrobulbares, amidas são melhores em relação a ésteres, pois as amidas têm maior duração e menor toxicidade sistêmica.

Quando usados em meios ácidos, os anestésicos locais tem sua ação mais lentificada.

17
Q

agentes adrenérgicos

Agonistas α2 inibem a liberação de norepinefrina

A

Para responder essa questão precisamos entender quais as funções de cada receptor adrenérgico.

Os receptores alfa 1 realizam vasoconstrição, aumentam a pressão sanguínea, causam midríase e causam fechamento do esfíncter da bexiga.

Os receptores alfa 2 causam inibição da liberação de norepinefrina e inibição da norepinefrina. Logo, drogas que estimulam esses receptores irão sim inibir a liberação de norepinefrina.

Os receptores beta 1 causam taquicardia, aumento de lipólise, e aumento da contratilidade cardíaca.

Os receptores beta 2 causam vasodilatação, broncodilatação, aumento da glicogenólise, aumento da liberação de glucagon, relaxamento do músculo uterino.

18
Q

hipotensoras de uso tópico

deve ter seu uso evitado em pacientes que apresentam edema de córnea

Inibidores da anidrase carbônica

A

Os hipotensores tópicos da classe dos Inibidores da anidrase carbônica devem ser evitados em olhos com comprometimento endotelial, pelo risco de descompensação corneana. Logo,

Isso acontece pois existem isoenzimas anidrase carbônica I e II no endotélio corneano, que participam da manutenção da transparência da córnea. Em indivíduos saudáveis, a inibição dessas enzimas com o uso dos colírios dessa classe não tem repercussão clínica, mas em indivíduos susceptíveis pode haver edema corneano clinicamente significativo.

Os inibidores da anidrase carbônica são agentes hipotensores que atuam na redução da produção do humor aquoso, ao inibir a enzima anidrase carbônica no epitélio ciliar. Lembrando que mais de 90% da atividade dessa enzima deve ser inibida para que haja redução da produção de humor aquoso (já foi questão de prova!). A droga via oral dessa classe é a Acetazolamida e as tópicas são o Cloridrato de Dorzolamida 2% e a Brinzolamida 1%. A acetazolamida 250 mg é prescrita normalmente como 1 comprimido 4 vezes ao dia. A Dorzolamida e a Brinzolamida podem ser prescritas de 8/8 horas, em monoterapia, mas a maioria dos médicos prescrevem em 12/12 horas. Os efeitos oculares mais comuns das medicações tópicas são: ardência à instilação, embaçamento visual, ceratite puntacta. A Brinzolamida pode causar depósitos brancos no filme lacrimal, por ser uma suspensão. Já os efeitos sistêmicos das medicações tópicas são: fadiga, parestesia e gosto metálico. Já em relação à Acetazolamida, devemos nos atentar aos efeitos adversos sistêmicos, que são: acidose metabólica, parestesia, astenia, anorexia, perda de peso, depressão, perda de libido, desconforto abdominal, risco de crise de falcização em pacientes com anemia falciforme, litíase renal, trombocitopenia, agranulocitose, hipocalemia. Os inibidores da anidrase carbônica são derivados da sulfa, e, por isso, podem causar alergia em indivíduos susceptíveis (tema que inclusive já foi cobrado em prova!).

Os beta-bloqueadores tem os seguintes efeitos adversos oculares descritos: hiperemia, hipoestesia corneana, ceratite puntata, olho seco, blefaroconjuntivite alérgica e redução da perfusão na cabeça do nervo óptico.

Os alfa-agonistas podem ter como efeitos adversos oculares a hiperemia, sensação de queimação e pontadas, sensação de corpo estranho, conjuntivite folicular, reações alérgicas oculares, prurido, olho seco, fotofobia e blefarite.

Os parassimpaticomiméticos podem apresentar como efeitos adversos oculares: miose, cefaleia, aumento da permeabilidade da barreira hematoaquosa, miopia acomodativa, cistos de íris e descolamento de retina

19
Q

relação correta a respeito dos colírios abaixo

I. Usado como mucolítico nos casos de ceratite filamentar.
II. Usado para auxílio diagnóstico das neoplasias de superfície ocular.
III. Usado para evidenciar dano ocular na região da conjuntiva de pacientes com olho seco.
IV. Usado como opção terapêutica em casos de erosão recorrente da córnea.

A. Rosa Bengala.
B. Cloreto de sódio.
C. N-acetilcisteína.
D. Lisamina verde.

I-C, II-A, III-D, IV-B.

A

A N-acetilcisteina foi desenvolvida como agente mucolítico broncopulmonar, tendo seu uso adaptado na oftalmologia (colírio diluído a 10%) como redutor da viscosidade lacrimal e adjuvante na cicatrização corneana pela inibição da colagenase, com indicação na Ceratite filamentar. Sendo assim, o item I descreve o item C.

A rosa-bengala 1% é um corante vital capaz de corar em rosa-avermelhado as células da superfície corneana e conjuntival em sofrimento ou desvitalizadas, caracterizadas pela disrupção na camada de mucina. Está indicado para a avaliação das deficiências lacrimais, ceratoconjuntivite seca, ceratites (ex: Herpes), abrasões corneanas, detecção da presença de corpo estranho e avaliação da extensão de neoplasias intraepitelias corneanas (NIC). Ou seja, o item A pode ser associado ao item II e ao item III.

A Lissamina verde 1% também é um corante vital que cora a córnea e a conjuntiva de forma semelhante a Rosa-bengala porém com menos irritação, sendo mais confortável e tolerável o seu uso. Tendo as mesmas indicações que a rosa-bengala descritas acima. Assim, o item D também pode ser associado ao item II e ao item III.

O cloreto de sódio pode ser manipulado como colírio, pomada ou gel na concentração de 2 a 5%, e atua como agente hiperosmótico no tratamento de edema de córnea. Pode ser utilizado como profilaxia na erosão recorrente de córnea, reduzindo o edema epitelial e permitindo a reorganização das estruturas de adesão do epitélio corneano. Portanto o item B está relacionado ao item IV.

Outro corante importante que deve ser lembrado é o azul de toluidina, capaz de corar em azul as células em alta atividade mitótica por se ligar ao DNA nuclear, contribuindo para o diagnóstico e programação cirúrgica das neoplasias de superfície.

20
Q

drogas muscarínicas de ação parassimpaticomimética

alívio da xerostomia e eventualmente xeroftalmia, de pacientes com síndrome de Sjögren

Pilocarpina

A

A doxiciclina é um antibiótico da classe das tetraciclinas que inibe a subunidade 30s do ribossomo

A azitromicina é um antibiótico da classe dos macrolídeos que inibe a subunidade 50s do ribossomo

A pilocarpina é um parassimpaticomimético por ação direta, que atua nos receptores muscarínicos. É encontrada em apresentação oral, sendo utilizada para estimular a secreção das glândulas salivares e lacrimais, minimizando os efeitos da Síndrome de Sjögren.

O edrofônio é uma droga parassimpaticomimética por ação indireta, ou seja, atua inibindo a enzima acetilcolinesterase, que degrada a acetilcolina (Ach) na fenda sináptica, permitindo que a Ach estimule por mais tempo os receptores nicotínicos na junção neuromuscular. É principalmente utilizada no diagnóstico da Miastenia Gravis.

21
Q

mecanismo de ação do antibiótico ciprofloxacino

Inibe a enzima DNA girasse

A

A Ciprofloxacino é uma fluorquinolona que atua interferindo na síntese do DNA durante a replicação bacteriana, sendo a sua principal ação a inibição da DNA girase nas bactérias Gram negativas, mas apresenta também uma ação menor sobre a topoisomerase nas bactérias gram positivas.

Os inibidores da síntese proteica na unidade 30s do ribossomo são os aminoglicosídeos e as tetraciclinas.

Os agentes que interferem no metabolismo do ácido fólico são a trimetoprima e as sulfonamidas.

Macrolídeos, Cloranfenicol, Clindamicina e a Lindomicina atuam inibindo a síntese proteica na unidade ribossomal 50s

22
Q

qual das substâncias abaixo, constitui contraindicação relativa ao uso de acetazolamida

Sulfametoxazol com trimetroprima.

A

A acetazolamida é a droga via oral da classe dos inibidores da anidrase carbônica. Os inibidores da anidrase carbônica são derivados da sulfa, e, por isso, podem causar alergia em indivíduos susceptíveis

A acetazolamida 250 mg é prescrita normalmente como 1 comprimido 4 vezes ao dia. Devemos nos atentar aos outros efeitos adversos sistêmicos dessa droga, que são: acidose metabólica, parestesia, astenia, anorexia, perda de peso, depressão, perda de libido, desconforto abdominal, risco de crise de falcização em pacientes com anemia falciforme, litíase renal, trombocitopenia, agranulocitose e hipocalemia

23
Q

hialuronidase

anestésico injetável retrobulbar ou peribulbar para uma cirurgia ocular

A

A hialuronidase é muito utilizada associada ao anestésico pois faz com que haja uma melhor difusão do anestésico, além de reduzir o tempo para o início do bloqueio e reduzir o volume necessário de anestésico para o bloqueio. No bloqueio peribulbar ou retrobulbar, utiliza-se 1 mL de hialuronidase na seringa do anestésico que será administrado.

A epinefrina é comumente utilizada para prolongar a duração do bloqueio e aumentar a eficácia do bloqueio, principalmente associada a fármacos de curta duração, por reduzir a absorção vascular. A epinefrina causa vasoconstrição, e não vasodilatação. Soluções que contêm epinefrina não podem ser aquecidas, pois a sua potência é destruída.

Bupivacaína é um anestésico de longa duração, de até 8 horas.

É geralmente administrado em associação à lidocaína para alcançar um efeito maior, de início mais rápido, e mais duradouro

24
Q

bloqueio retrobulbar

Qual dos músculos abaixo é o menos provável de ser anestesiado por um bloqueio retrobulbar

Oblíquo superior

A

No bloqueio retrobulbar o anestésico é injetado no espaço retrobulbar, mais especificamente no espaço intraconal (ou seja, dentro do cone muscular), um espaço delimitado pelos 4 músculos retos; sendo assim, irá bloquear com mais facilidade os nervos que passam dentro do espaço intraconal.

O ápice desse cone é delimitado no ápice da órbita pelo anel de Zinn e é lá que ocorre essa separação entre nervos que passam dentro do cone muscular (internamente ao anel) e fora do cone (externamente ao anel).

O único nervo (dos que inervam os músculos retos e oblíquos) que passa fora do anel de Zinn é o NC IV (troclear) que inerva o M. Oblíquo Superior. Os demais (NC III (Oculomotor) e NC VI (Abducente)) que inervam os demais músculos, passam internamente ao anel de Zinn e dentro do cone muscular. Logo, o M. Oblíquo Superior tem uma menos probabilidade de ser anestesiado por essa técnica.