Anatomia Flashcards
Veias vorticosas
As veias vorticosas são geralmente em número de 4 e penetram na esclera nos quadrantes temporal superior e inferior, e nasal superior e inferior, ao nível do equador do globo ocular , sendo inclusive utilizadas como marco anatômico no exame de fundoscopia para se delimitar o equador.
São responsáveis pela drenagem da maior parte do trato uveal (íris, parte do corpo ciliar e coriocapilar, através da formação de uma ampla rede de anastomose entre suas tributárias até a formação das ampolas, drenando para as veias oftálmicas superior e inferior, e em seguida para o seio cavernoso
anatomia da conjuntiva
Contém células caliciformes, sobretudo nas porções medial e inferior
A questão aborda a anatomia da conjuntiva. Em relação às células caliciformes devemos lembrar que são células secretoras de mucina espalhadas de forma desigual na conjuntiva, sendo de maior densidade no lago lacrimal, principalmente na prega semilunar e no terço medial do fórnice inferior.
O epitélio conjuntival pode apresentar variações dependendo da região anatômica que recobre as estruturas oculares. Tipicamente ele é malpigiano estratificado não queratinizado, variando de 2 a 5 camadas celulares. Na porção marginal as células basais tornam-se cúbicas. O epitélio cilíndrico da conjuntiva aparece ao nível da prega subtarsal. Nos fórnices ele torna-se mais espesso com células poligonais intermediárias. Ao nível do limbo as células caliciformes desaparecem e o epitélio se espessa, formando três camadas semelhantes ao epitélio corneano.
A vascularização conjuntival é subdividida em artérias conjuntivais anteriores e posteriores. As posteriores são provenientes das artérias palpebrais superiores e inferiores, enquanto as anteriores provém das artérias ciliares anteriores
A conjuntiva apresenta sim uma vascularização linfática formando uma rede superficial subepitelial e uma rede profunda que drena a precedente e se situa na camada fibrosa.
músculos extraoculares
músculo ocular externo mais longo é o
Oblíquo superior
O músculo reto superior é o mais longo dentre os músculos retos, seguido, respectivamente pelo reto medial, reto lateral e o reto inferior. Dentre as alternativas, o mais curto é o reto lateral. Já o reto medial é o mais largo dentre os retos.
O músculo oblíquo superior é o mais longo dos músculos extraoculares. Já o músculo oblíquo inferior é considerado o mais curto dos músculos extraoculares
células da crista neural
O cristalino é originado do ectoderma superficial, e todas as outras estruturas citadas são originadas são originadas das células da crista neural.
Vamos relembrar o que origina cada estrutura do olho? Cai muito na prova!
O neuroectoderma origina o epitélio pigmentado da retina, o epitélio ciliar, o epitélio pigmentado da íris, os músculos esfíncter e dilatador da pupila, o nervo óptico e o vítreo.
As células da crista neural originam o estroma e endotélio da córnea, parte da esclera, malhas trabeculares, bainhas e tendões dos músculos extraoculares, o tecido conjuntivo da íris, músculo ciliar, estroma da coroide, melanócitos, bainhas do nervo óptico, células de Schwann dos nervos ciliares, gânglio ciliar, ossos orbitais.
O ectoderma superficial origina o epitélio, glândulas e cílios da pele das pálpebras, carúncula, epitélio conjuntival, epitélio corneano, cristalino, glândula lacrimal, vias lacrimais e vítreo.
O mesoderma origina o revestimento endotelial dos vasos, a porção temporal da esclera, as fibras dos músculos extraoculares e o vítreo.
anatomia da túnica vascular do olho
O círculo arterial maior da íris é formado por anastomose entre as artérias ciliares posteriores longas e as artérias ciliares anteriores.
Questão pura e simplesmente de anatomia… A artéria oftálmica, ramo da carótida interna, emite inicialmente a artéria central da retina e na sequência dois troncos ciliares posteriores e as ciliares anteriores (no total 7: duas para cada reto, com exceção do reto lateral, que só tem uma). Os troncos posteriores por sua vez emitem as artérias ciliares posteriores curtas (de 15-20 que penetram no globo ao redor do nervo óptico formando o círculo de Haller-Zinn e nutrem a coroide e a cabeça do nervo óptico)
e emitem as artérias ciliares posteriores longas que penetram posteriormente na esclera e percorrem o espaço supracoroidal praticamente sem emitir ramos e vão se encontrar láááá na raiz da íris com as artérias ciliares anteriores para formar o círculo arterial maior da íris
As camadas da coroide são (de externo para interno): supracoroide (avascular); camada de grandes (Haller); médios (Sattler) e pequenos vasos (coriocapilar); e a lâmina basal da coroide (também conhecida como membrana de Bruch, que por sua vez tem 5 camadas)
A drenagem venosa do corpo ciliar é feita pelas veias vorticosas, que geralmente são 4 (2 superiores e 2 inferiores), sendo que as superiores drenam para a veia oftálmica superior e as inferiores para a veia oftálmica inferior e ambas para o seio cavernoso
anatomia da retina
Na camada plexiforme interna observam-se sinapses das células bipolares com células amácrinas e células ganglionares.
Uma questão que comprova que não há como não saber a ordem e composição de todas as camadas da retina. Vamos revisar alguns conceitos. Iremos rever as camadas da retina da mais externa (mais próxima da coroide) para a mais interna (mais próxima do vítreo).
Iniciamos com o epitélio pigmentado da retina (EPR) que consiste de uma monocamada de células cubóides hexagonais, que em sua base faz contato com a membrana basal do EPR (camada mais interna da membrana de Bruch) e em seu ápice se relaciona com o segmento externo dos fotorreceptores.
Seguindo mais internamente temos a camada de fotorreceptores, que contém os segmentos interno e externo dos fotorreceptores, camada em que ocorre grande parte do metabolismo dos cones e bastonetes.
Em seguida temos a membrana limitante externa, que não constitui uma membrana verdadeira, mas sim uma lâmina perfurada formada pelos plexos juncionais das células de Müller que auxiliam na sustentação da retina neurossensorial.
A próxima é a camada nuclear externa, composta pelos núcleos dos fotorreceptores; os axônios dos fotorreceptores fazem sinapses com os dendritos das células bipolares na próxima camada: plexiforme externa (há também na plexiforme externa interconexões entre fotorreceptores e células bipolares com células horizontais).
A próxima é a camada nuclear interna, composta pelos núcleos das células amácrinas, horizontais, bipolares e células de Müller.
Depois temos a camada plexiforme interna, onde os axônios das células bipolares estabelecem sinapse com os dendritos das células ganglionares (assim como na plexiforme externa, há aqui também interconexões entre células bipolares e células ganglionares com células amácrinas).
Seguindo, temos a camada de células ganglionares, composta pelos núcleos das células ganglionares
O prolongamento dos axônios das células ganglionares formam a camada de fibras nervosas (que formará o nervo óptico).
Por último temos a membrana limitante interna, formada pelo prolongamento das células de Müller, estabelecendo íntima relação com a hialóide posterior.
Percebam que não há “camada de células bipolares
Há sim as células bipolares, que como conversamos, tem seus núcleos na nuclear interna, sinapses axonais na plexiforme interna e sinapses dendríticas na plexiforme externa.
ligamento de whitnall (também chamado de ligamento transverso superior)
O ligamento transverso superior (de Whitnall) corresponde à transição entre o corpo do músculo levantador da pálpebra superior e suas fibras aponeuróticas.
O ligamento de whitnall (também chamado de ligamento transverso superior) tem função de sustentação das estruturas da pálpebra superior e é um marco anatômico uma vez que ele intercepta horizontalmente o músculo elevador da pálpebra superior em toda sua largura, marcando uma transição entre o corpo muscular e a porção tendinosa deste músculo.
A elevação do supercílio é realizada pelo músculo frontal, sendo o único músculo da mímica facial que eleva supercílio. Todos os demais músculos são depressores: músculo corrugador, prócero e orbicular.
O músculo orbicular é constituído por fibras concêntricas e se divide em 3 porções: pré tarsal, pré-septal e orbital, e é inervado pelo 7º NC (facial). A porção pré- tarsal e pré- septal são responsáveis pelo piscar involuntário. Já a porção orbitária, citada na alternativa B é mais periférica e está mais envolvida no fechamento forçado das pálpebras.
O músculo associado à elevação da pálpebra que possui inervação simpática é o Músculo de Muller. Ele se origina da face posterior do músculo levantador da pálpebra superior, em sua porção final, imediatamente antes de passar pelo ligamento de Whitnall. Ele é responsável por cerca de 2 mm da abertura palpebral e pode estar acometido em patologias que acometem o sistema nervoso autônomo simpático como a Sd de Horner por exemplo.Já o músculo elevador da pálpebra
cápsula do cristalino
Uma membrana basal acelular
Uma membrana basal acelular
Ela é composta por colágeno tipo IV e componentes da matriz extracelular (glicosaminoglicanos, laminina, fibronectina e proteoglicana heparan sulfato). As fibras são organizadas em cerca de quarenta lamelas paralelas à superfície. O autor da questão tentou confundir o aluno com a estrutura da membrana de Bruch, que é composta por cinco camadas como as descritas.
O material que compõe a cápsula do cristalino é produzido pelas células superficiais do cristalino. A espessura da cápsula varia conforme a localização e a idade. Em um adulto de 35 anos, ela tem 14 micras na região anterior e 4 micras na região posterior.
