Vascular Flashcards

1
Q

OCLUSÃO ARTERIAL

Manejo de lesão trófica em portadores de DAOP (3)

A
  1. Se infecção: ATB +/- drenagem ou desbridamento
  2. Se não houver infecção: deixar desbridamento para depois da revasc, para melhor cicatrização da FO
  3. Revascularização ou amputação primária (se revasc contraindicada)
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2
Q

OLUSÃO ARTERIAL

Quando optar por angioplastia ou derivção arterial (2), acompanhamento após revascularização (3) e conduta se falha ou revascularização contraindicada (2)

A

Quando optar:
- Angioplastia: artérias acima da poplítea (femoral superficial)
- Derivação: poplítea para baixo OU regiões de dobra (joelho, quadro, braço) - há risco do stent romper nessas dobras
[Regra geral, não é absoluta]

Acompanhamento:
- Sintomatologia: dor isquêmica, pêlos, cicatrização de feridas, pulsos periféricos
- ITB (pelo menos mantido)
- USG Doppler periodicamente

Conduta se falha/contraindicação da revascularização:
- Amputação primária
- Paliativo (se paciente não aceitar amputação)

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3
Q

OCLUSÃO ARTERIAL

Sinais e sintomas (4), diagnóstico (2) e condições definidoras de isquemia crítica (3)

A

Sinais e sintomas:
- Claudicação intermitente
- Rarefação/atrofia de pêlos, unhas e pele
- Diminuição do pulso
- Casos graves: dor ao repouso, que melhora ao pender o membro para baixo

Diagnóstico:
- Clínico, mas confirmado pelo ITB =< 0,9 +/- Doppler
- Exames contrastados (angioTC, arteriografia): avaliação pré-operatória

Isquemia crítica:
- Dor ao repouso
- Úlcera > 2 sem
- Gangrena (necrose causada por isquemia)

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4
Q

OCLUSÃO ARTERIAL

Tratamento clínico (4), indicações (2) e formas de tratamento cirúrgico (3) da DAOP

A

Tratamento clínico:
- Controle dos fatores de risco (tabagismo, DM, HAS, DLP)
- Exercícios supervisionados
- AAS ou clopidogrel
- Estatinas (independente do LDL)
- Cilostazol (inibidor da fosfodiesterase III, aumentando a vascularização)

Indicações de tratamento cirúrgico:
- Falha do tratamento clínico
- Isquemia crítica

Tratamento cirúrgico:
- Angioplastia transluminal percutânea - DAPT com clopidogrel por 3 m
- Enxertia/bypass (derivação arterial)
- Amputação (se falha ou contraindicação dos anteriores)

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5
Q

OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA

Etiologias e como diferenciá-las (2), classificação de risco (4) e conduta (4)

A

Etiologias de OAA:
- Trombose: mais insidioso, sintomas de OAC (claudicação, alteração de pele, pelos e unhas, redução de pulsos), circulação colateral
- Embolia: mais abrupto, sinais/sintomas de arritminas ou cardiopatia dilatada

Classificação de risco de Rutherford:
- I: membro viável
- IIa: risco potencial
- IIb: risco imediato - alteração de sensibilidade OU motricidade
- III: inviável: rigidez muscular OU anestesia completa OU cianose fixa

Conduta:
- Geral: anticoagulação plena + aquecimento + volume
- I e IIa: trombólise química
- IIb: revascularização cirúrgica (mais comum = tromboembolectomia) com cateter de Fogarty
- III: amputação

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6
Q

TROMBOSE VENOSA

TVP: clínica (5), diagnóstico (2), tratamento (3) e investigação (3)

A

Clínica:
- Edema unilateral
- Dor
- Febre baixa
- Empastamento da panturrilha (sinal da Bandeira)
- Sinal de Homans: dor à dorsiflexão

Diagnóstico:
- USG doppler (ausência de compressibilidade do vaso trombosado)
- D-dímero: negativo praticamente exclui, porém positivo não confirma

Tratamento:
- Anticoagulação plena por 3 meses (mínimo)
- Gestantes: escolha de enoxaparina
- Filtro de veia cava: se contraindicação ou falha da anticoagulação

Investigação:
- Trombofilias
- Neoplasia oculta
- Variação anatômica - May Thurner (compressão da v. ilíaca esquerda pela a. ilíaca direita = sempre MIE)

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7
Q

INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA

Clínica (5), diagnóstico (1), tratamento clínico (2) e cirúrgico (2) e indicações de tto cirúrico (4)

A

Clínica:
- Telangiectasia e veias varicosas
- Edema (piora ao longo do dia, melhora ao deitar)
- Alterações cutâneas (hipercromia, eczema de estase, lipodermatoesclerose)
- Úlcera venosa (maléolo medial com outros sinais de IVC)
- Dor, sensação de peso e prurido

Diagnóstico:
- USG doppler (refluxo venoso)

Tratamento clínico:
- Deambular, elevar os MMII e evitar ortostase
- Meias compressivas

Tratamento cirúrgico:
- Valvuloplastia
- Ressecção do segmento refluxivo

Indicações de tto cirúrgico:
- Falha do tto clínico
- Infecções de repetição
- Sangramento
- Úlcera refratária

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8
Q

ESTENOSE CAROTÍDEA

Sintomas (2), quando considerar paciente sintomático (1) e investigação de estenose carotídea (2)

A

Sintomas:
- AVEi ou AIT (Déficits sensitivo-motor contralateral, amaurose ipsilateral - a. central da retina é ramo direto da carótida interna)
- Cuidado: cefaleia, vertigem, síncope NÃO são sintomas de estenose carotídea, mas de sistema vértebro-basilar!

Paciente sintomático: presença de sintomas nos últimos 6 meses

Investigação:
- USG doppler
- AngioTC

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9
Q

DISSECÇÃO DE AORTA

Clínica (3), fatores de risco (4), diagnóstico (2), classificação (2) e tratamento (3)

A

Clínica:
- Dor torácica lancinante com irradiação para dorso
- Diferença de pulso e/ou PA entre membros
- Insuficiência aórtica (sopro diastólico)

Fatores de risco:
- HAS
- Sd Marfan
- Gestação
- Cocaína

DIagnóstico:
- Estável: angioTC ou angioRM
- Instável: ecocardio transesofágico

Classificação de Stanford:
- A: ascendente +/- descendente
- B: apenas descendente

Tratamento:
- Geral: controle de PA (até 100-110) e FC (até 60) com BB EV +/- nitroprussiato
- A: cirurgia aberta sempre (emergência cirúrgica)
- B: clínico, com indicação cirúrgica endovascular em casos selecionados (falha do tto clínico, progressão da dissecção, isquemia de órgãos)

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10
Q

FÍSTULA ARTERIO-VENOSA

Racional de sua confecção (1), vasos mais utilizados (2), tempo de maturação (1) e complicações (2)

A

Racional:
- Arterialização da veia, garantindo acesso venoso superficial com alto fluxo para diálise

Vasos mais utilizados:
- A. radial e v. cefálica (punho ou antebraço) - não faz com ulnar, por ser dominante na irrigação do arco palmar
- Prótese de enxerto artificial

Tempo de maturação:
- Mínimo 14d, idealmente 3m

Complicações:
- Estenose evoluindo para trombose da fístula ou de veias centrais (alto fluxo turbilhonado) (trombólise química ou mecânica + revascularização/angioplastia)
- Hiperfluxo evoluindo para hipertensão venosa e/ou IC alto débito e/ou síndrome do roubo com isquemia do tecido distal (estreitamento cirúrgico ou transferência para artéria de menor calibre)

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11
Q

ESTENOSE CAROTÍDEA

Indicações e contraindicação cirúrgicas, manejo de estenose carotídea (clínico (1) e cirúrgico (2)) e complicação intra e pós-op (2)

A

Indicações de abordagem cirúrgica:
- Assintomático: estenose > 80% (benefício relativo em estenose 70-99%)
- Sintomático (AIT/AVEi nos últimos 6m): estenose > 70% (já há indicação de operar em > 50% se placa instável por características de USG) - maior benefício em operar nos primeiros 14d
- Contraindicação de oclusão 100%, por não ter risco de tromboembolização, que existe durante cirurgia de revascularização

Tratamento clínico:
- AAS + estatinas

Tratamento cirúrgico:
- Endarterectomia (em geral, é o preferencial, pelo menor risco de AVEi no intraoperatório)
- Angioplastia com stent (se alto risco cirúrgico, estenose pós-irradiação cervical ou anatomia desfavorável à endarterectoma)

Complicação:
- Intra: AVEi por embolização após manipulação da placa
- Pós: Hiperfluxo cerebral = edema cerebral com sintomas de HIC (grave, mortalidade até 30%) > Manejo de HIC: cabeceira elevada, salina hipertônica (osm < 320), sedação, hiperventilação temporária (pco2 30-35)

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12
Q

SÍNDROME DE LERICHE

Fisiopatologia (1), sintomas (3) e tratamento (2)

A

Fisiopatologia:
- Obstrução arterial em topografia aorto-ilíaca bilateralmente

Sintomas:
- Claudicação glútea
- Disfunção erétil
- Ausência de pulsos femorais

Tratamento:
- Endovascular
- Derivação aorto-ilíaca ou aorto-femoral

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13
Q

ENXERTO ARTERIAL

Tipos de enxerto quanto ao material (2) e à localização (2)

A

Material:
- Autólogo (safena magna invertida ou devalvulada) - primeira opção, por ser mais duradouro e resistente à infecção
- Artificial

Localização:
- Anatômico: entre dois segmentos contínuos, direta ou indiretamente (ex: aorta e femoral)
- Extra-anatômico: entre dois segmentos não contínuos (axilar e femoral, bifemoral)

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14
Q

PSEUDOANEURISMA

Definição (1), procedimentos associados (2), principal motivo de rotura (1) e formas de tratamento (3)

A

Definição:
- Hematoma orgarnizado contido pelos tecidos adjacentes com fibrose (até 14d = hematoma pulsátil / após 14d = pseudoaneurisma)

Procedimentos associados:
- Punção venosa ou arterial
- Anastomose arterio-venosa

Motivo de rotura:
- Infecção (sempre investigar em paciente com rotura de pseudoaneurisma)

Tratamento:
- Compressão
- Injeção de trombina
- Sutura vascular

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15
Q

ANEURISMA DE POPLÍTEA

Indicação e motivo de correção cirúrgica (1) e o que investigar (2)

A

Indicação e motivo de correção:
- Sempre operar, pelo risco de complicação tromboembólica (síndrome do dedo azul)

Investigar:
- Poplítea contralateral (50% dos casos)
- Aorta abdominal (30% dos casos)

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16
Q

ÚLCERAS

Principais diferenças entre úlceras venosas e arteriais (4)

A

Venosas:
- Face medial
- Pouco dolorosa
- Muito exsudativa
- Outros sinais de IVC (edema, veias varicosas, dermatite ocre)

Arteriais:
- Pés e dedos
- Muito dolorosa
- Pouco exsudativa
- Outros sinais de OAC (redução de pulsos, onicodistrofia, rarefação de pelos)

17
Q

Tromboangeíte obliterante

A
  • Tabagismo expressivo
  • Arterite de pequenos vasos