CCP Flashcards
NÓDULO TIREOIDIANO
Manejo e investigação de nódulo tireoidiano (3) e tamanho mínimo de investigação pela ATA (1)
-
TSH
> Se TSH suprimido: cintilografia (se nódulo quente = adenoma tóxico / se nódulo frio: USG) - Se TSH normal ou nódulo frio: USG tireoide
- Se USG sugestivo de malignidade OU radiação prévia OU linfonodomegalia suspeita: PAAF
Indicações de PAAF:
- Irradiação cervical prévia
- Linfonodomegalia suspeita
- Tamanho > 2cm
- Alterações ultrassonográficas sugestivas de malignidade: Irregular, Hipoecogênico, Microcalcificações, Altura > Largura, Vascularização central > periférica
Tamanho mínimo pela ATA:
- 1 cm = nódulos < 1 cm não precisam de investigação
CA TIREOIDE
Formas de tratamento e suas indicações (3)
Tireoidectomia:
- Total: tumor >= 4 cm OU extratireoidiano OU acometimento linfonodal OU irradiação cervical OU > 45a
- Subtotal: tumor < 4 cm E limitado à tireoide E < 45a
Esvaziamento cervical:
- Profilático: tumor >= 4 cm OU extratireoidiano
- Terapêutico: acometimento linfonodal pela clínica ou USG cervical
Radioiodoterapia:
- Decisão primária: invasão vascular OU tumor extratireoidiano OU linfonodo > 3 cm OU metástase
- Decisão secundária: aumento dos níveis de tireoglobulina durante seguimento ou PCI > 2%
CA OROFARINGE
Fatores de risco (5) e local mais comum
Fatores de risco:
- Tabagismo
- Etilismo
- Próteses orais
- HPV
- Imunossupressão
Local mais comum:
- Cavidade oral - borda lateral da língua
CA LARINGE
Fatores de risco (2), clínica (2) e exame para diagnóstico (1)
Fatores de risco:
- Tabagismo
- Etilismo
Clínica:
- Rouquidão
- Desconforto respiratório
Diagnóstico:
- Laringoscopia com biópsia (ou nasofibro, se impossibilidade de transpor a cavidade oral por trismo, obstrução mecânica ou náusea excessiva)
TIREOIDECTOMIA
Complicações poś-operatórias e condutas
Hipocalcemia por paratireoidectomia:
- Reposição de cálcio (normalmente temporário)
Lesão do n. laríngeo recorrente/inferior (unilateral = disfonia / bilateral = IResp)
- Fono ou traqueostomia
Lesão do n. laríngeo superior (fadiga vocal e incapacidade de elevar o tom)
- Fono
Hematoma cervical (compressão das vias aéreas)
- Abertura imediata para descompressão (no leito) + hemostasia no CC
CA LARINGE
Classificação anatômica (3) e importância prognóstica (2)
Classificação anatômica:
- Supraglótico (30% dos casos)
- Glótico - mais comum (70% dos casos)
- Infraglótico - mais raro
Importância prognóstica:
- Supra e infraglóticos = metástase linfonodal frequente (áreas ricas em drenagem linfática)
- Glóticos = metástase linfonodal muito rara (área pobre em drenagem linfática) > tumor de melhor prognóstico
NÓDULO DE PARÓTIDA
Diagnósticos e pistas clínicas de nódulos mandibulares (4) e características dos tumores benignos (mais comum, diagnóstico e tratamento) (3)
Linfadenite reacional
- Antecedente de infecção local, como IVAS ou piodermite
Parotidite:
- Sinais inflamatórios
Tumor benigno de parótida:
- Ausência de assimetria facial
Tumor maligno de parótida:
- Assimetria facial por acometimento do n. facial
- Mais comuns: carcinoma mucoepidermoide, carcinoma adenoide cístico
Tumor benigno de parótida:
- Mais comum = adenoma pleomórfico (75% dos casos)
- Diagnóstico por PAAF
- Indicada parotidectomia parcial (mesmo sendo benigno, há risco de transformação maligna)
CA CABEÇA E PESCOÇO
Conduta frente a linfonodomegalia cervical de características malignas (3) e tumores ocultos mais comuns (2)
Conduta:
- Inspeção detalhada de cavidade oral, orofaringe e laringe (com laringoscopia) - procura do sítio primário
- Se tumor oculto: PAAF (exame inicial preferencial)
- Biópsia incisional (apenas se falha da PAAF, pelo maior risco de disseminação neoplásica em pele e subcutâneo)
Tumor oculto mais comum = tonsilas amigdalianas ou base da língua
CA TIREOIDE
Possibilidades diagnósticas (2) e de conduta (3) frente a Bethesda IV
Diagnóstico:
- Adenoma ou carcinoma folicular
Conduta:
- Mirthaison: pesquisa genética para avaliação de risco de CA
- Tireoidectomia parcial ou total: considerar morbidade, risco cirúrgico e tempo para nova abordagem cirúrgica em caso de CA alto grau com necessidade de totalização
CA TIREOIDE
Manifestações clínicas (3) e fatores de risco (4)
Clínica:
- Nódulo tireoidiano palpável
- Sintomas compressivos (CMT ou anaplásico)
- Diarreia (CMT - calcitonina)
[paciente normalmente assintomático com abaulamento cervical]
Fatores de risco:
- Idade > 45a
- História familiar
- Irradiação cervical (papilífero)
- Carência de iodo (folicular e anaplásico)
[tabagismo NÃO é fator de risco!]
CA TIREOIDE
Seguimento pós-tratamento (pós-op imediato e após 6m (3) vs acompanhamento (2)) e valor de referência da tireoglobulina (2)
Pós-op imediato e após 6m:
- Tireoglobulina
- USG cervical
- Cintilografia com iodo (Pesquisa de Corpo Inteiro)
Acompanhamento:
- Tireoglobulina é AC anti-tgb 6/6m
- USG cervical 6/6m
Valor de referência da TGB:
- Tireoidectomia total: < 0,2 (vigência de terapia supressora)
- Tireoidectomia parcial: < 30 (vigência de terapia supressora) - valor de tireoglobulina pouco confiável
ALTERAÇÕES CERVICOFACIAIS CONGÊNITAS
Fisiopatologia, clínica, diagnóstico e tratamento da atresia de coanas, do cisto tireoglosso e do cisto branquial
Atresia de coanas:
- RN com cianose cíclica (piora ao repouso e melhora com o choro); impossibilidade de progressão de SNG/SNE
- Diagnóstico clínico
- Tratamento: cirurgia de urgência
Cisto tireoglosso:
- Fisiopatologia: persistência do ducto tireoglosso, com produção de muco e formação de cisto
- Clínica: nódulo amolecido em linha média, móvel à deglutição, podendo inflamar durante IVAS
- Diagnóstico: USG evidenciando aspecto cístico
- Tratamento: cirurgia Sistrunk (remoção do cisto + parte do hioide + remanescente do ducto até base da língua)
Cisto branquial:
- Fisiopatologia: defeito de fechamento do 2° arco branquial
- Clínica: nódulo amolecido em região cervical lateral, podendo inflamar duranate IVAS
- Diagnóstico: USG evidenciando aspecto cístico
- Tratamento: cirurgia de remoção do cisto até orofaringe
TRAQUEOSTOMIA
Indicações (3), localização anatômica e contraindicações (3), tipos de cânulas e seu uso (2), conduta de perda da cânula (2) e processo de decanulação (3)
Indicações:
- IOT > 7/14d (evitar estenose e necrose traqueal)
- Proteção de vias aéreas em pacientes em risco de broncoaspiração
- Pós-op de cirurgia de cabeça e pescoço, evitando IResp pelo edema
[NÃO é procedimento de emergência - nesse caso, fazer cricotireoidostomia]
Localização:
- Entre 2-3° aneis traqueais
- NÃO fazer acima do 2° = risco de estenose subglótica
- NÃO fazer abaixo do 3° = risco de sangramento por lesão do tronco braquiocefálico
Tipos de cânulas:
- Plástica: primeiros 3 dias, permite acoplar à ventilação mecânica, mas não necessita de balonete completamente insuflado (risco de estenose)
- Metálica: após 3 dias, não acopla à ventilação
Perda da cânula:
- Antes de 7d: o pertuito entre pele e traqueia ainda não se mantém após perda da cânula, devendo ser feita IOT até nova traqueostomia por profissionais experiente
- Após 7d: o pertuito se mantém, podendo ser feita recolocação da cânula
Decanulação:
- Remoção da cânula e perda da via aérea definitiva (por melhora do prognóstico)
- Fechamento por segunda intenção em 3 sem (NÃO precisa de sutura)
PARAGANGLIOMA (QUIMIODECTOMA)
Definição, localização anatômica e diagnóstico (3)
Definição:
- Tumor benigno originado de tecido parassimpático que reveste a carótida (quimiorreceptores)
Localização:
- Bifurcação das carótidas
Diagnóstico:
- AngioRM, angioTC ou arteriografia
FOME ÓSSEA
Definição e conduta de fome óssea e condição em que ocorre
Definição:
- Ao remover as paratireoides e cessar o estímulo do PTH (meia-vida curta), o osso sente “fome” e absorve o cálcio do sangue, causando hipocalcemia importante
Conduta:
- Gluconato de cálcio em altas doses no intraoperatório
Condição:
- Hiperparatireoidismo de longa evolução (terciário normalmente)