Gastrocx: dispepsia e disfagia Flashcards

1
Q

BARRET

Tamanho mínimo, classificação e seguimento de paciente com metaplasia intestinal e conduta

A

Tamanho mínimo: 1 cm (se < 1cm, mesmo com biópsia comprovando metaplasia, não é tratado como EB - não deveria nem ter biopsiado)

Classificação de Praga: circunferência (C) e projeções (M)

Sem displasia: EDA 3-5 anos

Displasia de baixo grau: IBP dose dobrada por 6 sem + repetir EDA > se mantiver displasia = ablação por radiofrequência

Displasia de alto grau: ablação por radiofrequência ou esofagectomia

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2
Q

CORPO ESTRANHO

Conduta diante de ingestão de corpo estranho e como diferenciar os objetos

A

Esôfago: aguardar até 12-24h ou remover com EDA se sintomático

Estômago: aguardar até 3-5d ou remover com EDA se sintomático

Duodeno: RX abdome seriado e vigilância quanto a dor abdominal, peritonite, febre

Bateria, perfurocortante ou 2 ímas: remover com EDA imediatamente

Bateria: duplo halo / Moeda: halo simples

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3
Q

DUP

Classificação de Forrest (6), risco de ressangramento (3)e conduta diante de sangramento (4)

A

=> Forrest
- IA: ativo em jato
- IB: ativo em babação
- IIA: vaso visível
- IIB: coágulo
- IIC: hematina
- III: fundo claro
(1 = sangramento ativo; 2 = sangramento recente; 3 = sem estigmas de sangramento)

=> Risco de ressangramento:
- IA - IIA: alto risco - necessidade de tratamento endoscópico
- IIB: risco intermediário
- IIC e III: baixo risco - apenas IBP, sem necessidade de tratamento endoscópico

Conduta:
- Vasoconstrição esplâncnica
- EDA com terapia (adrenalina ou escleroterapia)
- Embolização
- Cirurgia com sutura ou ressecção

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4
Q

DRGE

Abordagem inicial ao paciente sem sinais de alarme (2/2), e conduta se melhora mas recidiva após suspensão do IBP (1)

A

Teste terapêutico = IBP dose plena com reavaliação em 2 sem:
- Ausência de melhora: IBP dose dobrada por 8 sem
- Melhora dos sintomas: manter IBP dose plena por 8 sem

Após 8 sem:
- Ausência de melhora: investigação de refratariedade (EDA, pHmetria de 24h com impedanciometria)
- Melhora dos sintomas: tentar suspender a medicação

Se recidiva (80% dos casos):
- Investigação diagnóstico definitivo com EDA +/- impedâncio-pHmetria (se EDA não permitir fechar o diagnóstico)

[antes da EDA, suspender IBP por 2-4 sem]
[omeprazol 20 mg 1-2x/d // pantoprazol 40 mg 1-2x/d 45 min antes das refeições]
[hidróxico de alumínio 10 mL]
[metoclopramida 10 mg 3x/d]

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5
Q

DRGE

Complicações, quando suspeitar e tratamento (5) e indicações de tratamento cirúrgico (3) e exames necessários pré-operatórios (3)

A

Esofagite erosiva e úlcera péptica:
- Odinofagia e anemia ferropriva (sangramento oculto)]
- Dx diferencial com úlcera por comprimidos (na altura da carina devido à compressão extrínseca) e Zollinger-Ellison

Estenose péptica:
- Disfagia insidiosa, sem perda ponderal
- Dilatação endoscópica

Esôfago de Barret:
- Acompanhamento com EDA e intervenção, se displasia

AdenoCA esôfago:
- Disfagia súbita e sinais de alarme (anemia, perda ponderal)

Asma relacioada à DRGE:
- Asma de difícil controle com sintomas pós-prandiais

Indicações de tratamento cirúrgico (fundoplicatura):
- Refratariedade ao tratamento clínico
- Alternativa ao uso crônico de IBP
- Complicações (esofagite grave, estenose, EB, asma)

Exames pré-operatórios:
- EDA: descartar diagnósticos diferenciais e investigar complicações
- pHmetria de 24h com impedanciometria: confirmar DRGE
- Manometria esofágica: estudar a melhor proposta cirúrgica

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6
Q

DRGE

Fisiopatologia (3), sinais de alarme (5) e conduta se quadro refratário ao uso de IBP (2)

A

Fisiopatologia:
- Relaxamentos transitórios do EEI (mais comum)
- Hipotonia verdadeira do EEI
- Hérnia de hiato com alteração da válvula antirrefluxo (nem toda DRGE é por hérnia e nem toda hérnia hiatal causa DRGE)

Sinais de alarme:
- Emagrecimento
- Sangramento
- Anemia
- Disfagia
- Idade > 45a

Conduta se quadro refratário:
- EDA: investigar dx digerenciais e complicações
- pHmetria de 24h com impedanciometria:
~ se ausência de refluxo = distúrbio funcional (amitriptilina)
~ se refluxo não ácido (baclofeno)
~ se refluxo ácido = refratariedade absoluta (indicação cirúrgica)

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7
Q

DUP

Fatores de risco (4), fatores protetores (4) e sintomas (3)

A

Risco:
- H pylori (70% das gástricas e 90% das duodenais)
- AINEs (inibição da COX com redução de prostaglandinas)
- Tabagismo
- Zollinger-Ellison (gastrinoma)

Protetores:
- Prostaglandinas (estimula todos os abaixo)
- Muco
- Bicarbonato
- Vascularização sanguínea

Sintomas = síndrome dispéptica:
- Epigastralgia
- Plenitude pós-prandial
- Náuseas e vômitos

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8
Q

DUP

Tratamento (3), indicação de EDA (2), indicação de controle de cura do H pylori e exame (3) e da úlcera péptica (2)

A

Tratamento:
- Investigar H pylori pelo teste respiratório da urease e erradicar
- IBP + bloqueador H2 dose plena ou dobrada por 8 sem (empiricamente)
- Suspender AINEs e cessar tabagismo/etilismo

Indicação de EDA:
- Dispepsia com sinais de alarme
- Refratário ao IBP por 8 sem

Controle de cura do H pylori:
- DUP
- Linfoma MALT
- Teste respiratório da urease 2 sem após IBP e 4 sem após ATB
~ NÃO pode ser sorologia, pois permanece positiva mesmo após a cura
~ NÃO pode ser teste da urease por EDA, apenas histopatológico

Controle de cura da úlcera péptica:
- Úlcera gástrica (sempre repetir EDA + biópsia pelo risco de CA)
- Úlcera duodenal sem melhora com IBP

[omeprazol 20 mg 1-2x/d]
[cimetidina 400 mg 2x/d]

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9
Q

DUP

Indicações de tratamento cirúrgico (2) e possibilidades terapêuticas (2)

A

Indicações:
- Refratariedade ao tratamento clínico
- Complicações (perfuração, obstrução, sangramento) - Barret NÃO é indicação rotineira de cirurgia, pois há evidências de que a fundoplicatura NÃO reverte a metaplasia

Possibilidades terapêuticas:
- Úlceras gástricas I e IV (hipocloridria): ressecção da porção gástrica que contém a úlcera
- Úlceras gástricas II e III e duodenais (hipercloridria): vagotomia superseletiva OU vagotomia + antrectomia/piloroplastia

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10
Q

DRGE

Medidas comportamentais antirrefluxo (6) e maneiras de fazer o diagnóstico definitivo (4)

A

Comportamentais:
- Evitar refeições copiosas e fracionar
- Diminuir ingesta líquida nas refeições
- Evitar gaseificados, álcool, café, cigarro, condimentos e alimentos desencadeantes
- Perda 10% do peso
- Deitar 2h após comer
- Deitar com cabeceira elevada e DLE

Diagnóstico definitivo de DRGE:
- Sintomas típicos + esofagite B+ (esofagite A pode ser encontrada em pacientes sem DRGE)
- EB >= 3 cm
- impedâncio-pHmetria (índice de DeMeester)
- Manometria com hipotonia do EEI

[DRGE pode ser confirmada apenas com EDA, sem impedâncio-pHmetria]

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11
Q

DRGE

Tratamento de manutenção após confirmada a DRGE (4) e quando fazer EDA de controle para esofagite (1)

A
  • IBP contínuo (sintomas persistentes ou esofagite grave) ou sob demanda
  • Adjuvantes:
    ˜ bloqueadores H2 (praticamente apenas em sintomas noturnos) = ranitidina ou cimetidina -
    ~ antiácidos (alívio temporário) = hidróxido de alumínio ou magnésia
    ~ procinéticos (se gastroparesia - empachamento, saciedade precoce, náuseas) = metoclopramida, bromoprida

EDA de controle: graus C e D (e tratar com IBP dose dobrada diretamente)

[antes da EDA, suspender IBP por 2-4 sem]
[omeprazol 20 mg 1-2x/d // pantoprazol 40 mg 1-2x/d 45 min antes das refeições]
[hidróxico de alumínio 10 mL]
[metoclopramida 10 mg 3x/d]

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12
Q

DUP

Perfuração: quadro clínico (3) investigação inicial e conduta cirúrgica (2)

A

Clínica:
- Dor abdominal de início súbito e alta intensidade
- Abdome em tábua, peritonite importante
- Risco: AINEs, úlcera péptica prévia

Investigação:
- RX tórax e abdome
- Se RX tórax normal e alta suspeita = TC tórax e abdome
- Se TC indisponível = SNG com 100-200 mL de ar para aumentar o pneumoperitônio

Cirurgia:
Sutura da perfuração OU gastrectomia + lavagem de cavidade

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13
Q

DUP

Classificação de Sakita (3)

A

Sakita:
A = ativo (1 e 2)
H = healing (1 e 2)
S = scar (1 e 2)

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14
Q

DRGE

Cuidados no pós-operatório de fundoplicatura e hiatoplastia (2)

A
  • Ondansetrona com dose de ataque e manutenção de rotina > vômitos podem ser deletérios no pós-op, causando abertura do hiato e herniação gástrica, necessitando de cirurgia de urgência
  • Repouso: evitar esforço físico por pelo menos 60 dias
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15
Q

DISPEPSIA

Classificação diagnóstica (3), investigação inicial (4), indicações de tratamento de H pylori (1) e esquema alternativo utilizado (1), efeitos adversos do IBP (2)

A

Classificação:
- Dispepsia não investigada (não fez EDA)
- Dispepsia funcional (sem lesão na EDA - no máximo, gastrite enantematosa, que não é considerada lesão orgânica)
- Dispepsia orgânica (com lesão na EDA)

Investigação além da EDA:
- DM ou hipotireoidismo (gastroparesia)
- Colelitíase (empachamento - USG abdome)
- Medicamentos
- Doença celíaca

Indicações de tratamento:
- Todos, exceto se baixa expectativa de vida

Esquema alternativo:
- Levofloxacino + amoxicilina + IBP (alta resistência à claritromicina)

Efeitos adversos:
- Hipomagnesemia +/- hipocalemia
- Pólipos gástricos (sem risco de CA)

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16
Q

LESÃO CÁUSTICA

Avaliação inicial do paciente (4) e contraindicações (3)

A
  1. Se sialorreia intensa = IOT para proteção de via aérea
  2. Investigação laboratorial (HMG, função renal, eletrólitos, gasometria)
  3. TC tórax e abdome (investigar possíveis contraindicações à EDA, como perfuração)
  4. EDA (avaliar a extensão e a gravidade das lesões)

Contraindicações:
1. Passar SNG/SNE antes da EDA
2. Induzir vômitos
3. Administrar solução ácida

17
Q

DUP

Conduta diante de úlcera que não cicatriz com IBP e na ausência dos fatores de risco clássicos (H pylori, AINEs)

A

Investigar outras causas de DUP (hipergastrinemia, nova pesquisa de HP com teste respiratório da urease). Para isso, suspender IBP e substituir por sucralfato, pois o IBP diminui a acurácia dos testes utilizados para investigação

18
Q

DISPEPSIA

Único IBP que não sofre interferência da alimentação e pode ser utilizado em qualquer momento do dia

A

Dexlanzoprazol

19
Q

DISPEPSIA

Esofagite eosinofílica: clínica, diagnóstico e tratamento

A

Clínica:
- Disfagia ao consumo de alimentos específicos = mais alergênicos (leite, ovo, amendoim, frutos do mar)
- Outros sintomas de atopias

Diagnóstico:
- EDA com biópsia evidenciando > 15 eosinófilos/campo

Tratamento:
- Evitar os alimentos alergênicos
- IBPs (reduzem a quimiotaxia de eosinófilos no esôfago)
- Corticoide tópico / deglutido (budesonida, fluticasona)

20
Q

DUP

Diferença entre úlcera e erosão

A

Erosão: superficial, apenas mucosa e submucosa

Úlcera: profunda, envolve a muscular

21
Q

DUP

Úlcera de Cameron: definição e clínica

A

Definição:
- Úlcera presente no segmento herniado da hérnia de hiato

Clínica:
- Dor abdominal
- Sangramento gastrointestinal
- Anemia ferropriva (sangramento crônico)