Trauma Flashcards

1
Q

(SES-PE 2017 R3 CIRURGIA GERAL) - A síndrome do compartimento abdominal

A) é diagnosticada quando a pressão intra-abdominal (PIA) ultrapassa 20 mmHg independentemente do quadro clínico

B) só ocorre após cirurgia abdominal ou pélvica

C) só pode ser tratada cirurgicamente

D) decorre dos efeitos pressóricos da PIA, além da liberação de endotoxinas e citocinas

E) não prejudica a hemodinâmica do sistema nervoso nem do fígado

A

Letra “D” - decorre dos efeitos pressóricos da PIA, além da liberação de endotoxinas e citocinas

HIPERTENSÃO INTRA ABDOMINAL: AUMENTO DA PIA

SÍNDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL: AUMENTO DA PIA (3-4 GRAU > 20mmHg) + DISFUNÇÃO DE ÓRGÃOS E SISTEMAS NOVA

Tu ABD, ASCITE… PODE CAUSAR SÍNDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL

TTO DE ESCOLHA É CLÍNICO, CASO NÃO RESOLVA, QUE VAI PRO TTO CIRÚRGICO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

(SES-PE 2018.2 ACESSO DIRETO) - Paciente vítima de TCE é diagnosticado com hipertensão intracraniana utilizando uma passagem de Cushing. Essa tríade consiste em

A) anisocoria, decorticação e afasia

B) cefaleia, diplopia e vôos em jato

C) hipertensão, bradicardia e respiração irregular

D) hipotensão, taquicardia e taquipneia

E) miose fixa, decerenção e Babinsky +

A

Letra “C” - hipertensão, bradicardia e respiração irregular

HIC: HIPERTENÃO + BRADICARDIA + BRADIPNEIA

PPC (80mmHg) =PAM-PIC (5-15mmHg)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

(SES-PE 2015 ACESSO DIRETO) - O choque neurogênico

A) cursa com pele fria e úmida

B) cursa com diminuição do débito cardíaco e do retorno venoso

C) cursa com diminuição da volemia e da diurese

D) não pode ser causado por uma dor súbita forte, uma dilatação gástrica aguda ou uma raquianestesia alta

E) cursa com aumento da resistência vascular sistêmica e da frequência cardíaca

A

Letra “B” - cursa com diminuição do débito cardíaco e do retorno venoso

SANGUE REPRESADO NA PERIFERIA (RETORNO VENOSO PREJUDICADO) - CAI DC

PELE NORMAL

VOLEMIA MANTIDA/DIURESE PODE ESTAR REDUZIDA

DIMINUIÇÃO DA RVS COM NORMO OU BRADICARDIA

CHOQUE MEDULAR: PERDA REFLEXOS MEDULARES ABAIXO DA LESÃO

CHOQUE NEUROGÊNICO: DIMINUIÇÃO DA PERFUSÃO POR CAUSA DE UMA LESÃO MEDULAR (NA MAIORIA DAS VEZES)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

(SES-PE 2017.2 R3 CIRURGIA GERAL) - Com relação aos traumatismos abdominais, assinale a afirmativa INCORRETA.

A) Nos traumas fechados, o fígado e o baço são os órgãos mais lesados

​​B) Nos penetrantes por arma branca, o delgado é um dos órgãos mais lesados ​

C) O FAST (US rápido e focado para trauma abdominal) está mais indicado no fechado que no penetrante

D) Nenhum paciente instável, um TC com contraste deve ser evitado

E) No fechado e no penetrante por arma branca, o raio-X simples de abdômen é de grande valor

A

Letra “E” - No fechado e no penetrante por arma branca, o raio-X simples de abdômen é de grande valia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

(SES-PE 2013 ACESSO DIRETO) - Sobre a queimadura de 3º grau, assinale a afirmativa INCORRETA.

A) Há coagulação de vasos e destruição de tecido nervoso, com consequente anestesia das áreas afetadas

B) Há destruição da porção superior das glândulas anexas e dos folículos pilosos

C) A cicatrização geralmente é inestética e gera resultados pouco funcionais

D) Recomenda-se aguardar algumas horas para uma avaliação completa das áreas afetadas

E) A pele se apresenta seca e dura, semelhante a um couro

A

Letra “B” - Há destruição da porção superior das glândulas anexas e dos folículos pilosos

DESTRUIÇÃO TOTAL

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

(SES-PE 2019.2 ACESSO DIRETO) - Mulher, 28 anos, envolvida em acidente automobilístico, com perda de consciência. No atendimento inicial, no município de sertão pernambucano, apresente-se ECGLA: 14, que se cefaleia e encontrou vôos. Foi encaminhado em ambulância para o centro de referência em neurotrauma, distante quatro horas de viagem. Na admissão no centro de referência, apresente-se ECGLA: 9, pupila direita superior à esquerda e hemiparética à esquerda. Em que posição, ao longo da curva de Langfitt, encontra esse paciente?

A) A

B) B

C) C

D) D

E) Nenhum dos pontos

A

Letra “C” - C

A: PACIENTE NORMAL

B: TCE - AUMENTO LEVE PIA (PERDE LÍQUOR E SANGUE)

C: PERDEU LÍQUOR, SANGUE - RNC

D: ECG:03

AUMENTO PIA:

  1. DIMINUIÇÃO LÍQUOR
  2. DIMINUIÇÃO SANGUE
  3. HERNIAÇÃO CÉREBRO
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

(SES-PE 2020 ACESSO DIRETO) - Homem, 19 anos, queda de moto levando a politraumatismo. Atendido numa unidade de emergência básica em Pesqueira/PE. Identificado fratura pélvica, do colo do fêmur e choque. O médico de plantão solicita Ringer lactato para reposição volêmica. Entretanto, é informado que só dispõe de SF 0,9%. Na reanimação inicial, são necessários 4,5L para estabilização e transporte à unidade definitiva em Caruaru/PE. Nessa situação, qual distúrbio hidroeletrolítico o paciente tenderá a desenvolver?

A) Alcalose hipoclorêmica

B) Acidose hipercalêmica

C) Alcalose hipernatrêmica

D) Acidose hiponatêmica

E) Acidose hiperclorêmica

A

Letra “E” - Acidose hiperclorêmica

ACIDOSE

HIPERNATREMIA

HIPERCLOREMIA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

(SES-PE 2019 ACESSO DIRETO) - Mulher, 18 anos, vítima de atropelamento há 30 minutos. Glasgow – 14. Hipotensa. É realizado um “e FAST” ou FAST estendido. Qual estrutura, além do FAST clássico, é avaliada nesse exame?

A) Pâncreas

B) Rim

C) Cavidade pleural

D) Retroperitôneo

E) Cava inferior

A

Letra “C” - Cavidade pleural

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

(SES-PE 2019 R3 CIRURGIA GERAL) - Em relação à toracotomia de ressuscitação, assinale a afirmativa CORRETA.

A) Sua melhor indicação é no trauma fechado do tórax com parada cardíaca e sem sinais vitais que não excederam 15 minutos

B) Pode ser feita pela toracotomia esquerda ou pela toracotomia direita, ambas no 5º espaço intercostal, no lado predominante do trauma

C) O tamponamento cardíaco traumático não responde bem à pericardiocentese com agulha, pois é, geralmente, formado por coágulos requerendo toracotomia e pericardiotomia com retirada de todo o conteúdo

D) O pericárdio deve ser aberto transversalmente para evitar lesão dos nevos frênicos

E) Se, após a abertura do pericárdio, o coração estiver em fibrilação fina, deve ser feito logo desfibrilação e, em seguida, massagem cardíaca interna com uma mão

A

Letra “C” - O tamponamento cardíaco traumático não responde bem à pericardiocentese com agulha, pois é, geralmente, formado por coágulos requerendo toracotomia e pericardiotomia com retirada de todo o conteúdo

B) TORACOTOMIA ÂNTERO-LATERAL ESQUERDA

D) HORIZONTALMENTE

E) MASSAGEAR E CLAMPEAR A. AORTA DESCENDENTE

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

(SES-PE 2018 R3 CIRURGIA GERAL) - Homem de 23 anos deu entrada na urgência, por ter sido vítima de agressão por arma branca no hemitórax esquerdo. Ausculta abolida nos 2/3 inferiores do hemitórax, sendo submetido à drenagem torácica com saída de 800ml de sangue. Manteve-se hemodinamicamente estável e foi transferido para enfermaria. Raio-X de tórax pós-drenagem mostrou veludo inferior a hemitórax, com dreno bem posicionado, sendo seu débito em 24h de 100ml, aspecto sanguíneo e sem escape aéreo. Nesse caso, um MELHOR conduz seriamente a seguir:

A) Retirada do dreno e alta hospitalar

B) Toracotomia anterolateral esquerda no 5º espaço intercostal, urgência

C) Iniciar antibióticos e otimizar a fisioterapia respiratória, se tratar de infecção respiratória

D) Drenagem tubular aberta

E) Videotoracoscopia e lavagem da cavidade torácica,

A

Letra “E” - Videotoracoscopia e lavagem da cavidade torácica, com retirada dos coágulos retidos

HEMOTÓRAX: AUSCULTA ABOLIDA EM PARTE (2/3 INFERIORES)

FICOU COM HEMOTÓRAX COAGULADO: VÍDEOTORACOSCOPIA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

(SES-PE 2020 R3 CIRURGIA GERAL) - Qual das anormalidades abaixo NÃO é bem identificada pelo e- FAST (estended focused assessment for sonography in trauma)?

A) Hemorragia retroperitoneal

B) Hemorragia intraperitoneal

C) Hemotórax

D) Pneumotórax

E) Atelectasia pulmonar por entubação seletiva

A

Letra “A” - Hemorragia retroperitoneal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

(SES-PE 2018.2 ACESSO DIRETO) - Paciente vítima de acidente motociclístico em alta velocidade. Conduzido à emergência em estado grave, hipotenso e dispneico. Realizou o RX tórax abaixo. Qual é o diagnóstico provável?

A) Hérnia diafragmática E

B) Pneumotórax D e Hemotórax E

C) Hemotórax E

D) Pneumotórax E

E) Tamponamento cardíaco

A

Letra “A” - Hérnia diafragmática E

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

(SES-PE 2015 R3 CIRURGIA GERAL) - Um paciente de 25 anos sofre acidente motociclístico. Na admissão, está hipotenso, e com nível de consciência rebaixado. Abre os olhos apenas ao estímulo doloroso, produz filhos incompreensíveis e tem uma postura de decorticação. Em relação ao atendimento, é CORRETO afirmar que

A) em virtude do rebaixamento do nível de consciência, um TC de abdome está indicado para excluir trauma abdominal fechado

B) a via aérea deve ser garantida com uma máscara larga

C) uma hiperventilação está indicada para manter níveis de pCO2 nos limites inferiores à normalidade

D) a perda volêmica pode ser usada como classe II

E) durante o choque a mitocôndria é a última organização intracelular a sofrer hipóxia

A

Letra “C” - uma hiperventilação está indicada para manter níveis de pCO2 nos limites inferiores da normalidade

PRIMEIRO ESTABILIZA HD

MÁSCARA LARÍNGEA NÃO É VIA AÉREA DEFINITIVA (IOT, INT, CRICO OU TQT)

HIPERVENTILAÇÃO: MANTER PXM A 35mmHg: DIMINUIR VASODILATAÇÃO: DIMINUIR EDEMA

PERDA VOLÊMICA: >=3

1ª ORGANELA A COMEÇAR A DETERIORAR: MITOCÔNDRIA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

(SES-PE 2019 R3 CIRURGIA GERAL) - Embora seja um tema um pouco controverso no trauma torácico, a fixação cirúrgica das costelas NÃO estaria indicada em qual das situações abaixo?

A) Tórax instável causando insuficiência respiratória

B) Dor refratária a todo tipo de tratamento clínico

C) Fraturas de costelas com as espículas ósseas das bordas em contato com estruturas nobres

D) Contusão pulmonar severa associada com previsão de assistência ventilatória prolongada

E) Consolidação defeituosa ou ausente, acompanhada de repercussões clínicas persistentes

A

Letra “D” - Contusão pulmonar severa associada com previsão de assistência ventilatória prolongada

TÓRAX INSTÁVEL: LESÃO POTENCIALMENTE AMEAÇADORA DE VIDA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

(SES-PE 2018 ACESSO DIRETO) - Homem, 27anos envolvido em acidente motociclístico em alta velocidade (colisão). Admitido na emergência terciária com 9 pontos na escala de Glasgow, realizou a imagem abaixo. Qual o diagnóstico provável?

A) Concussão clássica

B) Concussão simples

C) Lesão axonal difusa

D) Contusão cerebral

E) Hematoma subdural

A

Letra “D” - Contusão cerebral

CONCUSSÃO: PERDA DA CONSCIÊNCIA <6H

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

(SES-PE 2017.2 ACESSO DIRETO) - Em relação ao trauma torácico, assinale a alternativa CORRETA.

A) Pelo menos 50% requerem tratamento cirúrgico

B) O pneumotórax hipertensivo deve ser diagnosticado por radiografia

C) Todo hemotórax deve ser drenado

D) Débito maior que 2 litros de sangue nas 24 horas, após a drenagem pleural representa uma indicação de
toracotomia

E) Pacientes que apresentam uma única costela fraturada em mais de um local podem apresentar tórax
instável

A

Letra “D” - Débito maior que 2 litros de sangue nas 24 horas, após a drenagem pleural representa uma indicação de toracotomia

Pneumotórax hipertensivo: Dx clínico

5º EIE - toracocentese

Tórax instável: >=2 costelas >=2 pedaços

17
Q

(SES-PE 2017 ACESSO DIRETO) - Paciente de 23 anos foi esmagado por uma parede de concreto. Submetido à laparotomia de urgência em que foram colocadas 6 compressas para tratamento de uma lesão hepática grave. O cirurgião referiu que estava realizando “controle do dano” devido à presença da “tríade letal”. Que tríade seria essa?

A) Lesão hepática, tórax instável e choque
B) Hipotermia, PCR elevada e coagulopatia
C) Rutura hepática, rutura esplênica e hemotórax maciço
D) Acidose, hipoxemia e disfunção miocárdica
E) Acidose metabólica, hipotermia e coagulopatia

A

Letra “E” - Acidose metabólica, hipotermia e coagulopatia

18
Q

(SES-PE 2017 R3 CIRURGIA GERAL) - Sobre o uso da ultrassonografia (USG) em ambiente de urgência traumática e não traumática, assinale a alternativa CORRETA.

A) A USG não é adequada para diagnóstico de pneumotórax, pois o ar não é bom condutor das ondas
sonoras

B) O FAST (Focused Assessment Sonography for Trauma) é o melhor exame para diagnóstico de lesões
esplênicas ou hepáticas

C) O FAST só deve ser realizado em pacientes instáveis hemodinamicamente após trauma abdominal
fechado

D) O limite inferior de detecção de líquido livre abdominal no FAST é de 750mL

E) O FAST tem baixa sensibilidade para lesões retroperitoneais, pancreáticas ou diafragmáticas

A

Letra “E” - O FAST tem baixa sensibilidade para lesões retroperitoneais, pancreáticas ou diafragmáticas

a) E-fast: dx pneumotórax
b) não consegue dizer a origem do sangramento
c) pode paciente estável
d) 200-250mL

19
Q

(SES-PE 2017.2 R3 CIRURGIA GERAL) - Uma toracotomia de reanimação feita pela incisão clássica permite realizar algumas abordagens cirúrgicas no tórax, abaixo enumeradas, EXCETO:

A) abordar um sangramento no hemitórax direito
B) abordar um tamponamento pericárdico
C) abordar uma fístula aérea broncopleural à esquerda
D) realizar uma massagem médica interna
E) prender uma aorta descendente para ajudar a controlar uma hemorragia abdominal severa

A

Letra “A” - abordar um sangramento no hemitórax direito

abordagem: antero-lateral esquerda

20
Q

(SES-PE 2019 ACESSO DIRETO) - Paciente de 19 anos, vítima de acidente de moto há 2 horas. Admitido na unidade especializada de trauma com suspeita de TRM. Não movimentava membros inferiores. RÁPIDO normal. Apresentava hipotensão (80x50 mmHg) e bradicardia. Qual é a síndrome de Alimentação e o nível medular acometido?

A) Choque neurogênico e nível T4
B) Choque neurogênico e nível T10
C) Choque neurogênico e nível L3
D) Choque neurológico e nível S1
E) Choque neurogênico e nível S2

A

Letra “A” - Choque neurogênico e nível T4

o normal seria hipotensão + taquicardia compensatória… mas no choque neurogênico ocorre bradicardia pela perda do tônus adrenérgico

hipotensão + bradicardia (perda do tônus adrenérgico): choque neurogênico (lesão alta - inerva coração: acima de T6 - perda do tônus adrenérgico)

21
Q

(SES-PE 2015 ACESSO DIRETO) - Sobre a avaliação inicial do paciente politraumatizado, é CORRETO
afirmar que

A) não deve ser realizada durante o atendimento pré-hospitalar, sendo prioridade conduzir o paciente ao
hospital terciário mais próximo, pois cerca de um terço das mortes preveníveis por trauma ocorrem na primeira hora após o evento traumático, a denominada “hora de ouro”

B) o exame físico na vítima de trauma deve ser iniciado pelo exame neurológico básico, incluindo a escala de
coma de Glasgow e a avaliação das pupilas e reflexos profundos, devido a sua importância para determinar
mais rápido a necessidade de intubação traqueal

C) se o paciente politraumatizado apresentar agitação psicomotora, deve-se rapidamente administrar sedativos endovenosos, para evitar que haja piora das lesões internas e ferimentos

D) o colar cervical e prancha rígida são indicados, apenas, aos pacientes com história de queda de grande altura ou com sintomas álgicos em coluna vertebral

E) a prancha rígida deve ser utilizada para o transporte. Deve ser mantida durante o exame clínico e retirada,
precocemente, logo que se conclua a avaliação radiológica

A

Letra “E” - a prancha rígida deve ser utilizada para o transporte. Deve ser mantida durante o exame clínico e retirada, precocemente, logo que se conclua a avaliação radiológica

22
Q

(SES-PE 2015 ACESSO DIRETO) - A Hipertensão Intra-Abdominal (HIA) ocorre em graus variados em
alguns pacientes críticos cirúrgicos e não cirúrgicos, podendo culminar na Síndrome Compartimental do
Abdome (SCA) e seguir-se de falência de múltiplos órgãos e óbito. Assinale a alternativa em que todos os
itens estão presentes nos pacientes com SCA.

A) Aumento da pressão intratorácica e da pressão intracraniana, aumento da pós-carga, queda do débito
cardíaco, aumento da pressão venosa central, redução do volume corrente, queda da taxa de filtração
glomerular

B) Aumento da pressão intratorácica, redução da pós-carga, aumento do débito cardíaco, redução da pressão venosa central, queda da taxa de filtração glomerular, aumento da pressão intracraniana

C) Redução da pressão intratorácica, redução da pós-carga, aumento do débito cardíaco, redução da pressão venosa central, queda da taxa de filtração glomerular, aumento da pressão intracraniana

D) Aumento da pressão intratorácica, aumento da pós-carga, queda do débito cardíaco, redução da pressão
venosa central, redução do volume corrente, redução da pressão intracraniana

E) Aumento da pós-carga, queda do débito cardíaco, queda da pressão venosa central, redução do volume
corrente, queda da taxa de filtração glomerular, redução da pressão intracraniana

A

Letra “A” - Aumento da pressão intratorácica (AUMENTO DA PIAbd) e da pressão intracraniana (DIMINUIÇÃO RETORNO VENOSO), aumento da pós-carga (DIFICULGTA A SAÍDA DE ANGUE DO CORAÇÃO), queda do débito
cardíaco (DIMINUIÇÃO RETORNO VENOSO), aumento da pressão venosa central, redução do volume corrente (DEVIDO A EXPANSIBILITADE RESPIRATÓRIA DIMINUÍDA), queda da taxa de filtração
glomerular

sca: P>20MMhG + DISFUNÇÃO NOVA DE ÓRGÃOS

SNC: AUMENTO DA PIC

TÓRAX:

AUMENTO DA PRESSÃO INTRATORÁCICA

AUMENTO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL

DIMINUIÇÃO DO VOLUME CORRENTE

CORAÇÃO:

DIMINUIÇÃO DO DC

AUMENTO DA PVC

ABD:

DIMINUIÇÃO DA CIRCULAÇÃO ESPLÂNCNICA

DIMINUIÇÃO DA PERFUSÃO DO FÍGADO

AUMENTO PIAbd

DIMINUIÇÃO DA TFG COM DIMINUIÇÃO DO DU

23
Q

(SES-PE 2019 R3 CIRURGIA GERAL) - Qual é a conduta abaixo NÃO é recomendado no tratamento
do TCE?

A) Coma barbitúrico quando um PIC não responde ao tratamento clínico

B) Descompressão abdominal quando um PIC não responde ao tratamento clínico em pacientes com
hipertensão intra-abdominal associada

C) Craniectomia descompressiva quando todas as medidas falharam normalizam o PIC

D) Drenagem cirúrgica de qualquer hematoma extradural, redução do tamanho e desvio da linha média, uma vez diagnosticada pelo TC de crânio

E) Colocação de um dreno no ventrículo lateral em pacientes com TCE grave para monitoração do PIC e
para drenar licor contínuo ou intermitentemente

A

Letra “D” -

Drenagem cirúrgica de qualquer hematoma extradural, diminuição do tamanho e desvio da linha média, uma vez diagnosticada pelo TC de crânio

24
Q

(SES-PE 2019 R3 CIRURGIA GERAL) - Em relação ao trauma do cólon e reto, assinale a afirmativa INCORRETA.

A) A lesão extraperitoneal do reto deve ter o mesmo tratamento da lesão intraperitoneal do reto

B) Em casos muito graves, a cirurgia de controle de danos deve ser realizada (empacotamento), e uma
colostomia retardada (num second-look) pode ser então realizada

C) Uma lesão de cólon transverso por arma de fogo num paciente estável operado com cerca de 1,5 hora,
pouco sangue e pouca contaminação na cavidade e necessitando de uma colectomia segmentar pode ser
finalizada com uma colostomia proximal ou pode ser feita uma anastomose primária

D) De uma maneira geral, as lesões por arma branca permitem um tratamento primário definitivo com melhor segurança que nas lesões por arma de fogo

E) Se houver necessidade de uma ressecção com colostomia proximal, o coto distal pode ser exteriorizado na própria incisão (fístula mucosa), ou ser exteriorizado como uma outra colostomia (dupla boca) ou ser deixado fechado dentro da cavidade abdominal (Hartmann)

A

Letra “A” -

A lesão extraperitoneal do reto deve ter o mesmo tratamento da lesão intraperitoneal do reto

25
Q

(SES-PE 2018 ACESSO DIRETO) - Mulher, 21 anos, atropelada há 1 hora, admitida em choque (PA:
80x40mmHg) e desorientada. FAST positivo para sangue em janela esplênica. Prescrito ácido tranexâmico e levada para cirurgia. O uso desse ácido promove

A) imunocompetência por estímulo de células B
B) neuroproteção por ativação glial
C) menos infecção por ação bactericida
D) inibição da resposta metabólica ao trauma
E) antifibrinólise, diminuindo sangramento

A

Letra “E” - antifibrinólise, diminuindo sangramento

26
Q

(SES-PE 2009 ACESSO DIRETO) - Em uma paciente, vítima de traumatismo abdominal em choque profundo, distendido com suspeita de múltiplas lesões viscerais, uma abordagem para controle de danos NÃO inclui.

A) Rápida abordagem da cavidade abdominal para descompressão

B) Hemostasia cirúrgica dos grandes vasos abdominais que sangram ativamente

C) Hemostasia por tamponamento com compressas dos sangramentos por provável coagulopatia

D) Fechamento bem hermético de cavidade abdominal para evitar descência

E) Encaminhamento do paciente para UTI, para ressuscitação, estabilização e uma nova abordagem cirúrgica entre 24 e 48 horas

A

Letra “D” - Fechamento bem hermético de cavidade abdominal para evitar descência

27
Q

PSU-MG 2016. Homem de 28 anos chegou ao pronto-socorro cerca de 30 minutos após ter sofrido
ferimento profundo no tórax por arma branca (faca). Ao exame, a traqueia íntegra encontra-se desviada
para o lado contrário àquele da lesão. Assinale o diagnóstico e os achados de exame físico no hemitórax onde ocorreu a facada que são MAIS PROVÁVEIS de explicar esse desvio:

A. Hemotórax; aumento do frêmito tóraco-vocal, macicez à percussão e diminuição dos sons respiratórios;
B. Hemotórax; redução do frêmito tóraco-vocal, hipersonoridade à percussão e aumento de sons respiratórios;
C. Pneumotórax hipertensivo; aumento do frêmito tóraco-vocal, hipersonoridade à percussão e aumento dos sons respiratórios;
D. Pneumotórax hipertensivo; redução do frêmito tóraco-vocal, hipersonoridade à percussão e diminuição dos sons respiratórios.

A

Letra “D” - Pneumotórax hipertensivo; redução do frêmito tóraco-vocal, hipersonoridade à percussão e diminuição dos sons respiratórios.

Diante de uma vítima de ferimento cortante ou corto-contuso em tórax, deve-se estar atento
principalmente a duas possíveis consequências da lesão: pneumotórax e hemotórax. Os dois diagnósticos
cursam com “aumento do volume” pleural, ou seja, existe um algo a mais que empurra o mediastino para
o outro lado! Daí a questão versa sobre esses diagnósticos e seus sinais semiológicos. Vamos às
alternativas:
A. Hemotórax não cursa com aumento do frêmito tóraco-vocal, mas sim com sua diminuição. Tende a estar aumentado em patologias que cursam com consolidação pulmonar.
B. Hemotórax não se expressa com hipersonoridade à percussão, pelo contrário, apresenta-se com macicez à
percussão. Na ausculta respiratória, exibe murmúrio diminuído.
C. O pneumotórax não leva a aumento do frêmito tóraco-vocal uma vez que o ar se interpõe como um agente impedidor da propagação dos sons, bem como não existe aumento, mas diminuição dos sons respiratórios.
D. Elucida bem a expressão de um pneumotórax hipertensivo: frêmito tóraco-vocal diminuído, hipertimpanismo à percussão devido à ocupação do ar no espaço pleural e diminuição do murmúrio respiratório à ausculta.

28
Q

PSU-MG 2012. Paciente politraumatizado realizou radiografia de tórax em AP que evidenciou volumoso derrame pleural. Apresentou instabilidade hemodinâmica, sendo submetido à drenagem torácica em selo d’água. Podemos afirmar, EXCETO:

A. Cerca de 85% das lesões torácicas não necessitam de toracotomia;

B. A aspiração do hemotórax com agulha geralmente é satisfatória;

C. A monitoração horária do débito da drenagem é importante para a indicação de toracotomia;

D. Se ocorrer drenagem de 1.500 ml de sangue imediatamente após a colocação do dreno de tórax,
está indicada a toracotomia exploradora.

A

Letra “B” - A aspiração do hemotórax com agulha geralmente é satisfatória;

Paciente politraumatizado com derrame pleural, até que se prove o contrário,
trata- se de um hemotórax traumático e deve ser drenado. Diante disso, observemos as
alternativas:
A. A imensa maioria, felizmente, das lesões torácicas não são graves o suficiente para precisar de
realização de toracotomia.
B. A aspiração do hemotórax com agulha NÃO deve ser realizada! Lembrem-se que o paciente é vítima
de trauma e o conteúdo que preenche a pleura é sangue, ou seja, um conteúdo mais espesso, que
pode coagular e não fluir pela agulha e, consequentemente, subestimar o débito da drenagem. Com isso, a drenagem deve ser realizada com dreno de tórax calibroso. Resposta da questão!
C. Com certeza, deve-se monitorar o débito da drenagem a fim de observar se este paciente pode ou não ser um candidato à toracotomia.
D. O volume > 1500 ml de drenagem inicial indica toracotomia bem como um débito de 200ml/h nas
primeiras 2-4 horas.

29
Q

Instituto Nacional de Traumatologia - RJ - 2015. Paciente jovem, (28 anos) deu entrada no pronto-socorro, vítima de acidente automobilístico. Quadro clínico de mal-estar geral, perda momentânea do logotipo da consciência após trauma, cefaleia e vôos, seguido por “intervalo lúcido” de algumas horas e logo a seguir a desenvolver-se sinal de localização: hemiparesia contralateral intermediária contralateral ao hematoma. Qual o diagnóstico CORRETO?

A. Lesão difonal axonal.
B. Hematoma subdural agudo.
C. Inchaço hemisférico.
D. Hematoma extradural agudo.

A

Letra “D” - Hematoma extradural agudo.

Hematoma SUBIdural: SUBI na bananeira: em crescente

Hematoma Extradural: L”I”mão: biconvexo: Intervalo lúcido

Questão clássica em relação a TCE. Existe nesse enunciado uma informação preciosa
para resolver a questão sem pestanejar: “intervalo lúcido”! Definidor usualmente cobrado em prova
e faz parte de um dado interessante na história clínica do paciente! É importante lembrar que o
hematoma extradural ou epidural acontece normalmente por lesão de ramos arteriais meníngeos
entre a camada mais externa da dura-máter e a face interna do crânio. Como esse volume tende a
aumentar por ser de cunho arterial, inicialmente o paciente pode estar consciente e ter esse
“intervalo lúcido” e posteriormente sucumbir com piora clínica e sinais focais como os apresentados
no enunciado devido à herniação provavelmente do uncos.

A. Lesão axonal difusa não cursa com sinais focais evidentes como o do caso. Paciente muitas vezes de
prognóstico comprometido.
B. O hematoma subdural agudo pode cursar com as alterações focais devido ao desvio da linha média,
porém não apresenta classicamente o “intervalo lúcido”.
C. O sweeling hemisférico ou edema cerebral dificilmente apresenta-se também com sinais focais
clássicos de herniação uncal

30
Q

PSU-MG-2016. Paciente com traumatismo cranioencefálico leve terá indicação para tomografia
computadorizada do crânio nas circunstâncias abaixo listadas, EXCETO:

A. Presença de equimose periorbitária (“olhos de guaxinim”);
B. Ocorrência de três ou mais episódios de vômitos;
C. Paciente idoso (idade superior a 65 anos);
D. Escala de Coma de Glasgow já com escore de 13 ao primeiro atendimento.

A

Letra “D” - Escala de Coma de Glasgow já com escore de 13 ao primeiro atendimento.

A questão aborda a necessidade de tomografia de crânio em pacientes vítimas de
TCE leve que, por definição, são os traumatismos cranianos que se apresentam com escala de
coma de Glasgow maior ou igual a 13. Com essa informação básica, já havia subsídio suficiente
para acertar a questão! No entanto, vamos às alternativas, lembrando que o examinador pede
a alternativa errada!
A. A presença de equimose periorbitária em muitas vezes é sinal de fratura de base de crânio e,
nestes casos, a tomografia é obrigatória.
B. A ocorrência de 3 ou mais episódios eméticos chama atenção para algum sinal de hipertensão
intracraniana, portanto, é necessário descartar uma possível lesão grave associada.
C. Em pacientes acima de 65 anos é obrigatória a realização da tomografia, uma vez que esses
pacientes já têm uma tendência de ter o cérebro mais atrófico e isto, por si, já é fator de risco
para a ocorrência de hematoma subdural.
D. O fato de o paciente pontuar 13 na escala não estabelece que o paciente necessite de tomografia.
As indicações de realização de tomografia no TCE leve são: suspeita de lesão cerebral com fratura
craniana, mais de 2 episódios eméticos, pacientes acima de 65 anos. TAC de crânio também deve
ser considerada em pacientes com perda de consciência por mais de 5 minutos, amnésia
retrógrada por mais de 30 minutos, mecanismo do trauma de alta energia, cefaleia intensa, uso
de álcool ou outras drogas, coagulopatia ou déficit neurológico focal.

31
Q

SES-PE 2015. Em relação ao trauma raquimedular, assinale a afirmativa CORRETA.

A. O uso precoce de corticoide (metilprednisolona em doses plenas) ainda é a medida mais efetiva que se conhece.

B. O choque medular é uma disfunção temporária da medula abaixo da lesão (com hipotonia, arreflexia e paralisia), que geralmente se resolve dentro de 24 a 48 horas podendo durar, excepcionalmente, até 2 semanas.

C. As radiografias simples de coluna (em AP e lateral), mesmo com traumas toracolombares, estão totalmente em desuso se houver TC ou RNM.

D. A síndrome de Brown-séquard traduz uma compressão completa da medula.

E. O choque neurogênico (hipotensão, bradicardia e extremidades frias) deve ser tratado com cristaloides, apenas.

A

Letra “B” - O choque medular é uma disfunção temporária da medula abaixo da lesão (com hipotonia, arreflexia e paralisia), que geralmente se resolve dentro de 24 a 48 horas podendo durar, excepcionalmente, até 2 semanas.

Choque Neurogênico: “C”ai PA (Hipotensão) + “N”ormo/bradicardia

A. O uso de corticoide no TRM é tema bastante controverso, porém a última edição do ATLS (2018)
não recomenda seu uso. No entanto, é importante saber que alguns estudos mostraram alguma melhora motora quando feitos nas primeiras horas após o trauma.
B. Definição clara e resposta da questão! Não se deve confundir com choque propriamente dito!
Lembrar que é um estado temporário que leva a uma disfunção medular neurológica abaixo do nível da lesão e tem duração variável.
C. As radiografias têm perdido espaço no cenário mais atual, porém em lugares com dificuldade de realização da tomografia, podem tranquilamente ser realizadas, com atenção especial de enquadrar todas as vértebras necessárias.
D. A síndrome de Brown-Sequard é uma hemissecção da medula e não uma secção completa!
E. O choque neurogênico em muitas vezes não responde bem à reposição volêmica por aumento
da capacitância vascular por perda de tônus simpático. Nesse período, frequentemente, é necessário fazer uso de drogas vasoativas para recuperação do tônus vascular.

Choque medular: Transitório + Abaixo do nível da lesão

32
Q

SES-PE 2016. Um paciente de 54 anos é vítima de uma colisão frontal a 80 km/h. Ele é o motorista e usava cinto de segurança apenas na cintura. Qual das fraturas de coluna é mais provável nessa condição?

A. Fratura explosão de C1;
B. Fratura de Jefferson;
C. Fratura do enforcado;
D. Fratura de Chance;
E. Fratura do odontoide tipo II.

A

Letra “D” - Fratura de Chance

O enunciado informa uma dica importantíssima para acertar a questão. Veículo em
velocidade e paciente usando sinto de segurança apenas na cintura. Com isso, no impacto de acordo
com a inércia, o paciente continua o movimento com o tórax enquanto suas pernas estão fixas no
banco. Há então uma flexão violenta da coluna, provocando uma lesão na transição tóraco-lombar
da coluna vertebral conhecida como Fratura de Chance.
A fratura de C1 ou de Jefferson normalmente ocorre por trauma de impacto axial na cabeça.
A fratura do enforcado acontece normalmente por mecanismo de hiperextensão da coluna cervical
levando a um deslocamento de C2 em relação a C3.
A fratura de odontoide tipo II é a mais comum da coluna cervical alta. Acontece com mecanismo de
hiperflexão.

33
Q

(SES-PE 2009 ACESSO DIRETO) - Em relação à propedêutica armada do trauma abdominal, assinale a alternativa CORRETA

A) O Raio-X de abdômen é importante para avaliar o trauma abdominal contuso bem como o aberto devido à ferida por arma branca

B) A ressonância do abdômen vem-se firmando como um excelente exame para avaliar o trauma abdominal

C) A USG tem pouco valor na avaliação inicial do trauma abdominal contuso

D) No paciente estável com trauma abdominal, o lavado peritoneal tende a ser substituído pela USG ou TC (se esses forem exequíveis)

E) No paciente estável com ferida penetrante de abdômen por projétil de arma de fogo em transição toracoabdominal, a videolaparoscopia é contraindicada

A

Letra “D” - No paciente estável com trauma abdominal, o lavado peritoneal tende a ser substituído pela USG ou TC (se esses forem exequíveis)

Trauma adb: Estável (TC) ou Instável (E-Fast-contuso/LPD-contuso)

Em relação ao trauma abdominal, são feitas as afirmações. ALTERNATIVA A – INCORRETA: Os exames essenciais para avaliação do trauma abdominal são: lavado peritoneal diagnóstico, EFAST e tomografia computadorizada de abdome. ALTERNATIVA B – INCORRETA: Como dito anteriormente, a ressonância não se encaixa nos exames essenciais para o manejo do trauma abdominal. ALTERNATIVA C – INCORRETA: Os exames de melhor acuraria para avaliação do trauma abdominal contuso, principalmente em pacientes instáveis, são o EFAST e o lavado peritoneal diagnóstico. ALTERNATIVA D – CORRETA: Graças ao maior acesso ao uso do EFAST, o lavado peritoneal tem perdido espaço na avaliação dos pacientes vítimas de trauma abdominal. Dessa forma, por serem exames menos invasivos, principalmente nos pacientes estáveis, o EFAST e a TC recebem maior preferência. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Lesão penetrante por projétil de arma de fogo, em região de transição toracoabdominal, constitui a principal indicação de videolaparoscopia no trauma.

34
Q

(USP-SP 2019 ACESSO DIRETO) - Homem, 42 anos, vítima de colisão frontal auto x poste. Atendido em Centro de Trauma intubado, imobilizado, estável hemodinamicamente. Sondagem vesical com diurese clara e sondagem gástrica sem sangue. Tomografia de corpo inteiro revelou edema cerebral, tórax sem alterações, líquido livre abdominal em moderada quantidade e ausência de fratura na bacia. Considerando o tipo de acidente, os achados clínicos e de imagem, qual é a lesão mais provável?

A) Mesentério

B) Diafragma

C) Bexiga

D) Pâncreas

A

Letra “A” - Mesentério

Questão que aborda paciente vítima de colisão frontal auto x poste, hemodinamicamente estável, que apresentou presença de moderada quantidade de líquido livre abdominal à tomografia computadorizada. Como é relatado na questão que as sondagens vesical e gástrica progrediram sem alterações, pode-se excluir a presença de lesões no estômago, nos rins e na bexiga (ALTERNATIVA C – INCORRETA). Além disso, é referido que, à TC de tórax, não foram encontradas anormalidades, afastando a possibilidade de lesão diafragmática (ALTERNATIVA B – INCORRETA). Por fim, é importante lembrar que, por se localizar em região retroperitoneal, o pâncreas, quando lesionado, não cursa com acúmulo abdominal de líquido (ALTERNATIVA D – INCORRETA). Sendo assim, é mais provável que a lesão do paciente seja decorrente do mesentério (ALTERNATIVA A – CORRETA). Embora não sejam levantadas como hipóteses, na questão, as lesões de baço e fígado correspondem àquelas de principais sítios sangrantes no trauma abdominal.

35
Q

(SES-PE 2009 ACESSO DIRETO) - Sobre o choque medular (CM) que acontece após traumatismo raquimedular (TRM), assinale a alternativa CORRETA.

A) Seu fim é caracterizado pelo retorno dos reflexos medulares (como o bulbo – cavernoso e o cutâneo-anal)

B) Só acontece nas lesões completas da medula

C) Não deve se estender por mais de 24 horas

D) Interrompe todas as funções medulares abaixo e acima da lesão medular, iniciando-se pouco tempo após o TRM

E) Pode ser prevenido com imobilização bem precoce assim como administração de metilprednisolona

A

Letra “A” - Seu fim é caracterizado pelo retorno dos reflexos medulares (como o bulbo – cavernoso e o cutâneo-anal)

CHOQUE NEUROGÊNICO (HIPOPERFUSÃO TECIDUAL):

Cai PA e Normo/bradicardia

CHOQUE MEDULAR: PERDA DE REFLEXOS ABAIXO DA LESÃO

NÃO HÁ BENEFÍCIO METILPREDNISOLONA

O choque medular corresponde à perda dos reflexos, sejam motores ou sensitivos, abaixo do nível de uma lesão na medula espinhal. Já o choque neurogênico consiste na diminuição da perfusão tecidual, secundária a disfunção neurológica, principalmente devido à lesão medular, porém ocorrendo em outras situações, como um reflexo vagal rápido. Entretanto, vale lembrar que o choque medular pode levar a um choque neurogênico, por perda do tônus simpático. A respeito desse tema, são expostas as assertivas. ALTERNATIVA A – CORRETA: O reflexo bulbo-cavernoso é caracterizado pela contração do esfíncter anal, após estimulação da glande, enquanto no cutâneo-anal, a contração ocorre após estimulação da pele ao redor do ânus. Como ambos representam reflexos medulares, seu retorno é um parâmetro utilizado para avaliar o fim do choque medular. ALTERNATIVA B – INCORRETA: Em lesões parciais da medula também podem ocorrer. ALTERNATIVA C – INCORRETA: O acometimento pode se estender até por meses, após a lesão. ALTERNATIVA D – INCORRETA: Como dito anteriormente, os reflexos são perdidos abaixo da lesão medular. ALTERNATIVA E – INCORRETA: Embora fosse preconizado anteriormente, o uso de metilprednisolona, a fim de prevenir o desenvolvimento de choque medular, não é mais indicado.

36
Q

(SURCE 2017 ACESSO DIRETO) - Um homem de 35 anos foi vítima de agressão à faca em uma briga de bar. Chega à unidade de emergência em choque e é encaminhado à sala de ressuscitação. Ao exame físico, percebe-se ferimento de 2 cm de comprimento ao nível do 6º espaço intercostal esquerdo, próximo ao esterno. As pupilas estão reativas, não há pulsos e evidencia-se movimentos respiratórios espontâneos. Em seguida, um membro da equipe constata que o paciente está em parada cardíaca. Na monitorização, constata-se atividade eletrocardiográfica organizada. Qual a MELHOR conduta nesse caso?

A) Iniciar massagem cardíaca externa

B) Realizar pericardiocentese de alívio

C) Realizar janela pericárdica de alívio

D) Realizar toracotomia de reanimação

A

Letra “D” - Realizar toracotomia de reanimação

PCR OU VIAS DE ACONTECER:

TRAUMA PENETRANTE: 15 MIN DA PCR

TRAUMA FECHADO: FIVE MINUTOS DA PCR

A toracotomia de ressuscitação é feita de forma anterolateral à esquerda, região na qual se encontra o saco pericárdico. O procedimento tem como finalidade diminuir o fluxo sanguíneo para a aorta abdominal, através do clampeamento da aorta descendente, priorizando o fluxo para as coronárias e carótidas. Além de aliviar o tamponamento cardíaco, a abertura do saco pericárdico, permite a massagem cardíaca interna, enquanto o paciente recebe reposição volêmica, na tentativa de aumentar a perfusão. Essa medida é extrema e reservada a pacientes traumatizados em parada cardíaca ou na iminência de apresentá-la, após trauma penetrante ou fechado. No trauma fechado, o tempo limite indicado à toracotomia de reanimação é de cinco minutos (lembrar-se de Fechado = Five). Já no trauma penetrante, o tempo é de quinze minutos, para o início da massagem cardíaca interna.

37
Q

(SURCE 2017 ACESSO DIRETO) - Um colegial de 17 anos chega à unidade de emergência após acidente resultante de mergulho em piscina rasa, usando colar cervical e prancha de imobilização de toda a coluna. Foi retirado imediatamente da piscina referindo dor na coluna cervical e paralisia motora dos membros superiores e inferiores. Na avaliação inicial, apresentava dificuldade respiratória, hipoventilação, paralisia dos músculos intercostais, PA = 80/40 mmHg, pulso 72/min, consciente, orientado, extremidades bem perfundidas e aquecidas. Qual a MELHOR conduta nesse caso?

A) Suporte ventilatório, reposição volêmica, vasopressor e TC de toda a coluna

B) Ventilação sob máscara, reposição volêmica com soro fisiológico e TC da coluna cervical

C) Intubação, reposição de cristaloide, corticosteroides venosos e radiografias de toda a coluna

D) Máscara de Venturi, reposição com Ringer lactato, noradrenalina e radiografias de toda a coluna

A

Letra “A” - Suporte ventilatório, reposição volêmica, vasopressor e TC de toda a coluna

CHOQUE MEDULAR (TRM - PERDA TÔNUS ADRENÉRGICO)–>CHOQUE NEUROGÊNICO

CHOQUE MEDULAR: PERDA DAS FUNÇÕES SENSITIVAS E MOTORAS SEC. À LESÃO NA MEDULA ESPINHAL

CHOQUE NEUROGÊNICO (Cai PA + Normo/bradicardia - NÃO FAZ CE): HIPOPERFUSÃO TECIDUAL SEC. A ALT. NEUROLÓGICA: DISTENÇÃO GÁSTRICA RÁPIDA; REFLEXO VAGAL; CHOQUE MEDULAR

O choque medular corresponde à perda dos reflexos, sejam motores ou sensitivos, abaixo do nível de uma lesão na medula espinhal. Já o choque neurogênico consiste na diminuição da perfusão tecidual, secundária a disfunção neurológica, principalmente devido à lesão medular, entretanto ocorrendo em outras situações, como um reflexo vagal rápido. Entretanto, vale lembrar que o choque medular pode levar a um choque neurogênico, por perda do tônus simpático. Sendo assim, a questão apresenta adolescente com quadro de traumatismo raquimedular, aparentemente, grave, considerando que há perda da motricidade de membros superiores e inferiores. Além disso, é referida dificuldade respiratória, que aponta para lesão acima da emergência dos nervos frênicos, com hipoventilação e paralisia dos músculos intercostais, demonstrando a necessidade de suporte ventilatório. É observada, também, a presença de hipotensão (PA = 80×40 mmHg) com queda da frequência cardíaca, que é uma característica do choque neurogênico. Considerando que é um quadro de choque, existe diminuição da resistência vascular sistêmica, levando à queda da pressão. Entretanto, nesses casos, não existe a taquicardia reflexa compensatória que é esperada em paciente chocado, por conta da perda do tônus adrenérgico. Dessa forma, encontra-se diminuição da pressão arterial com normo ou bradicardia. Outra característica clássica do choque neurogênico é a manutenção das extremidades bem perfundida e aquecidas. Sendo assim, a assertiva que melhor compõe a conduta para o paciente é a ALTERNATIVA A. A título de conhecimento, analisando o que é relatado nas demais assertivas: A ventilação com máscara é ineficiente, visto que o paciente está hipoventilando e tendendo à insuficiência respiratória; Até 2012, alguns estudos defendiam a administração de metilprednisolona nos casos de choque medular, entretanto, essa medida não é mais aceita como forma de retardar a evolução e aumentar a recuperação nesses casos.

38
Q

(SES-PE 2010 ACESSO DIRETO) - Quanto ao traumatismo de coluna, é INCORRETO afirmar que

A) As fraturas mais comumente despercebidas ocorrem nos níveis C1, C2 e C7

B) Se assume que todo paciente apresenta coluna instável, até que se prove o contrário

C) Pacientes com queixas contínuas de dor relacionadas à coluna devem ser medicados com analgésicos potentes, para impedir o choque neurogênico

D) Havendo dúvida acerca da lesão, o cirurgião de coluna deve ser chamado para avaliar o paciente

E) Se deve ter em mente a possibilidade de outras lesões de coluna

A

Letra “C” - Pacientes com queixas contínuas de dor relacionadas à coluna devem ser medicados com analgésicos potentes, para impedir o choque neurogênico

Sobre o traumatismo de coluna, são expostas as assertivas. ALTERNATIVA A – CORRETA: Por conta da sobreposição gerada pela calota craniana, as lesões de C1 e C2 são de difícil identificação. Junto a elas, as lesões de C7 também entram no grupo das mais comumente despercebidas. ALTERNATIVA B – CORRETA: Todo paciente politraumatizado deve ter a suspeita de lesão de coluna até que seja provado o contrário. ALTERNATIVA C – INCORRETA: O analgésico não vai funcionar como medida profilática ao choque neurogênico, sendo no máximo um agente que oculta uma lesão medular que o paciente possa vir a apresentar. ALTERNATIVA D – CORRETA: Se houver dúvida diagnóstica e disponibilidade de um cirurgião de coluna, a lesão terá uma melhor avaliação pelo especialista. ALTERNATIVA E – CORRETA: A possibilidade de mais de uma lesão deve ser sempre analisada.

39
Q

(SURCE 2017 ACESSO DIRETO) - Uma mulher de 26 anos foi agredida por seu marido e esfaqueada no hemitórax esquerdo dois centímetros abaixo do mamilo e ao nível da linha axilar anterior. Chega ao hospital, estável hemodinamicamente, com queixas de dor à inspiração, dor abdominal e discreta dificuldade respiratória. A radiografia do tórax evidencia pneumotórax discreto e pneumoperitônio. Qual a melhor conduta nesse caso?

A) Toracotomia e frenorrafia

B) Toracocentese e lavado peritonial

C) Drenagem de tórax, laparotomia e frenorrafia

D) Drenagem de tórax e ultrassonografia abdominal

A

Letra “C” - Drenagem de tórax, laparotomia e frenorrafia

ZONA PERIGOSA DE ZIDLER: PERFURAÇÃO DE CÂMARAS CARDÍACAS

HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA AGUDA: ABORDAGEM ABD

HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CRÔNICA: ABORDAGEM TORÁCICA

Questão que aborda paciente vítima de trauma penetrante na Zona Perigosa de Ziedler, que compreende a borda esternal lateral direita, a linha axilar anterior esquerda, a região do manúbrio e a região da décima costela. Essa delimitação existe por conta do elevado risco de perfuração das câmaras cardíacas, diante de traumas penetrantes, sendo uma lesão de gravidade maior. Segundo a questão, embora a paciente se apresentasse hemodinamicamente estável, relatava dor abdominal e à inspiração, além de discreta dificuldade respiratória, sendo evidenciada a presença de pneumotórax e pneumoperitônio, à radiografia de tórax. Sendo assim, fica clara a existência de lesão diafragmática, que deve ser corrigida, após a drenagem torácica, através de laparotomia, a fim de realizar a frenorrafia. (ALTERNATIVA C – CORRETA). Ainda que não seja abordado o tema de hérnia abdominal, é importante lembrar que toda hérnia abdominal aguda, deve ser abordada por via abdominal, enquanto as crônicas são abordadas por via torácica. Isso se deve ao fato de que há maior facilidade para a separação dos órgãos, pela via torácica.