DUP Flashcards
(SES-PE 2018 R3 CIRURGIA GERAL) - Considere um paciente com uma úlcera péptica duodenal perfurada em parede anterior do bulbo, de 0,5 cm de diâmetro com cerca de 12 horas. Não tinha queixas prévias. Qual seria a MELHOR opção de tratamento para esse caso?
A) Hidratação, antibióticos, SNG e observação.
B) Antrectomia a BI ou BII + vagotomia troncular, por via aberta.
C) Gastrectomia subtotal.
D) Vagotomia troncular com piloroplastia (incluindo a úlcera).
E) Fechamento da úlcera com ou sem omentoplastia por via laparoscópica.
Letra “E” - Fechamento da úlcera com ou sem omentoplastia por via laparoscópica.
Urgência: Ulcerorrafia com omentoplastia
Úlcera duodenal - por hipercloridria - precisa fazer vagotomia
Temos um paciente com úlcera péptica duodenal perfurada em parede anterior do bulbo, de 0,5 cm há 12 horas. É válido lembrar que as úlceras duodenais que acometem a parede anterior são as que tem maior tendência de perfurar e as que acometem a parede posterior do bulbo tendem a sangrar mais, por lesionarem a artéria gastroduodenal. Tendo isso em mente, vamos às alternativas: A – INCORRETA, essas medidas podem ser consideradas para um pequeno grupo de pacientes com mais de 24 horas de evolução e com perfuração tamponada, o que não se encaixaria com esse caso em questão, tendo em vista que ele necessita de intervenção cirúrgica rápida; B e C– INCORRETAS, estamos diante de uma úlcera duodenal perfurada, não é necessário agora realizar a abordagem do estômago; D – INCORRETA, a vagotomia pode ser realizada, associada a piloroplastia ou antrectomia, desde que o paciente encontre-se estável hemodinamicamente e com perfuração há < 24h, tendo em vista que tal procedimento apesar de definitivo para resolução da úlcera, prolonga o tempo cirúrgico e, além disso, não é necessário o envolvimento da úlcera para realização de piloroplastia; E – CORRETA, essa é a abordagem clássica e preconizada para os casos de perfuração duodenal e ela pode ser feita atualmente por via laparoscópica.
(UFPE 2012.2 ACESSO DIRETO) - Homem de 39 anos de idade, com história de úlceras pépticas há cerca de dois anos, queixa-se de epigastralgia e tem teste de sangue nas fezes positivo. Há cerca de um ano foi submetido à rafia de úlcera duodenal perfurada. A gastrina sérica é de 400pg/mL. Qual o melhor exame para estabelecer o diagnóstico da síndrome de Zollinger-Ellison?
A) Teste de estimulação do cálcio.
B) Mensuração do ácido gástrico e do volume da secreção gástrica.
C) Endoscopia digestiva alta.
D) Teste da estimulação da secretina.
Letra “D” - Teste da estimulação da secretina.
Temos o caso de um paciente com uma clínica sugestiva da síndrome de Zollinger-Ellison, mas que precisa de confirmação diagnóstica. A investigação diagnóstica dessa síndrome deve se iniciar com o teste da gastrina sérica em jejum, se a gastrina for >150 – 200 pg/mL, devemos seguir investigando. Se for inferior a isso, podemos afastar essa hipótese. Assim, como a gastrina desse paciente foi de 400 pg/mL, vamos seguir com a realização do teste do pH intragástrico, se esse for ≥ 3 podemos afastar o diagnóstico, porém como não temos essa opção, o próximo passo da investigação é a realização do teste de estimulação da secretina. O teste da estimulação do cálcio serviria ao mesmo propósito, mas os estudos verificaram que o teste da secretina é mais acurado, possuindo maior sensibilidade e especificidade, portanto, alternativa D.
(UFPE 2012 ACESSO DIRETO) - Segundo a classificação de Johnson para as úlceras gástricas, é correto afirmar que:
A) As úlceras do tipo I apresentam hipersecreção ácida.
B) As úlceras do tipo IV localizam-se próximas da junção gastroesofágica.
C) As úlceras tipo II são as mais comuns.
D) As úlceras tipo III ocorrem em associação com as úlceras duodenais.
Letra “B” - As úlceras do tipo IV localizam-se próximas da junção gastroesofágica.
A respeito da classificação de Johnson para as úlceras pépticas, a questão nos pede a alternativa correta, então, vamos às proposições: A – INCORRETA, elas apresentam hipossecreção ácida, gastrite atrófica; B – CORRETA, as úlceras tipo IV estão localizadas próximas à junção esôfagogástrica e apresentam hipossecreção ácida; C – INCORRETA, as úlceras mais comuns são as do tipo I; D – INCORRETA, as úlceras que mais comumente ocorrem em associação com as úlceras duodenais são as do tipo II.
(UFPE 2011 ACESSO DIRETO) - Sobre a infecção pelo Helicobacter pylori é correto afirmar que:
A) Os exames sorológicos, por não serem invasivos, são considerados o método ideal para controle de cura após tratamento de erradicação da bactéria.
B) Uso de inibidores da bomba de prótons pode estar relacionado a resultados falso-negativos do teste da urease.
C) A infecção predominante de corpo gástrico está relacionada à hipercloridria e desenvolvimento de úlcera duodenal.
D) Em pacientes com úlcera duodenal ativa, o tratamento de erradicação da bactéria só deve ser realizado após a cicatrização da úlcera com drogas antissecretoras.
Letra “B” - Uso de inibidores da bomba de prótons pode estar relacionado a resultados falso-negativos do teste da urease.
A respeito da infecção pelo Helicobacter pylori, a questão nos pede a afirmativa correta: A – INCORRETA, a sorologia é feita para o diagnóstico, não podendo ser utilizada para controle de cura pois sua positividade pode ser apenas um sinal de infecção prévia pelo H. pylori, mesmo que já tratada; B – CORRETA, é exatamente por isso que devemos suspender o IBP idealmente por pelo menos 14 dias; C – INCORRETA, quando a infecção está restrita ao antro gástrico há uma associação com hipercloridria e quando disseminada está associada a hipocloridria; D – INCORRETA, o tratamento da infecção é feito concomitantemente.
(SUS-SP 2017 ACESSO DIRETO) - Um homem de 39 anos de idade, tabagista e hipertenso, é operado por abdome agudo perfurativo. No intraoperatório, é achada úlcera perfurada em antro gástrico, com 2 cm de diâmetro, e peritonite purulenta difusa. Melhor conduta:
A) Sutura da úlcera e epiplonplastia.
B) Antrectomia com vagotomia seletiva.
C) Gastrectomia parcial com reconstrução em Y de Roux.
D) Gastrectomia subtotal e reconstrução à BII.
E) Antrectomia com vagotomia troncular.
Letra “A” - Sutura da úlcera e epiplonplastia.
Temos um paciente jovem com um quadro de abdome agudo perfurativo secundário a uma úlcera perfurada em antro gástrico e com peritonite purulenta difusa associada. Portanto, estamos diante de um paciente grave e a presença de peritonite difusa já nos impede de realizar uma anastomose primária devido ao alto risco de deiscência, além disso, devemos descartar opções que aumentem o tempo cirúrgico desse paciente, assim, a abordagem preferível é a de rafia da úlcera e epiplonplastia (alternativa A).
(SES-PE 2018 ACESSO DIRETO) - Mulher, 81 anos procura atendimento médico com história de dor epigástrica e melena. Hemoglobina: 9,1 g/dL. Realizou endoscopia digestiva alta que evidenciou úlcera gástrica em incisura angular. Encaminhada ao cirurgião para avaliar a possibilidade de neoplasia. Qual das condições abaixo sugere benignidade?
A) Fundo fibrinoso. B) Lesão com 2,5 cm. C) Pregas mucosas assimétricas. D) Bordas elevadas. E) Úlcera de diferentes colorações.
Letra “A” - Fundo fibrinoso
TODA ÚLCERA GÁSTRICA PODE ESCONDER UMA NEOPLASIA
Temos uma mulher de 81 anos com um achado endoscópico de úlcera gástrica na incisura angular que foi encaminhada ao cirurgião para avaliar a possibilidade de neoplasia. Essa possibilidade sempre deve ser aventada em toda úlcera gástrica pois ao contrário das úlceras duodenais, elas apresentam maior risco de uma neoplasia subjacente. Portanto, devemos ficar atentos aos seguintes achados sugestivos de malignidade: úlceras de diferentes colorações, bordas elevadas (grau 2 de Bormann), pregas mucosas assimétricas ou amputadas e úlceras >2,5-3 cm. Já o fundo fibrinoso não sugere malignidade pois as úlceras não neoplásicas possuem essa característica (alternativa A).