Perioperatório/REMIT Flashcards

1
Q
A resposta metabólica à cirurgia ou ao trauma causa:
Em relação a:
-Perda urinária de Na+;
-Perda urinária de K+;
-Débito urinário.
A
  • Diminui perda urinária de Na+;
  • Aumenta perda urinária de K+;
  • Retenção hídrica/Diminuição do Débito urinário.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Cirurgia abdominal - ( ) Jejum mínimo (permitir líquidos claros até 2-3h) antes de cirurgia.

A

Verdadeiro

Líquidos claros: 2h
Leite materno: 4h
Leite não-humano: 6h
Sólidos: 8h

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Cirurgia abdominal - ( ) Evitar anestesia peridural associada à anestesia geral, pois aumenta a incidência de íleo e do REMIT.

A

Falso - anestesia combinada diminuii stress, diminui remit

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Cirurgia abdominal - ( ) Evitar preparar o cólon de rotina.

A

Verdadeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Cirurgia abdominal - ( ) Reiniciar alimentação o mais precoce possível (24-48h) mesmo que haja anastomose GI.

A

Verdadeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Cirurgia abdominal - ( ) Fazer profilaxia antitrombótica apenas nos casos com risco aumentado de trombose.

A

Verdadeiro - Ver escala de CAPRINI

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Cefaleia pós raqui - ( ) independe do calibre da agulha.

A

Falso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Cefaleia pós raqui - ( ) é agracada quando o paciente se deita.

A

Falso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Cefaleia pós raqui - ( ) Aparece logo após o término do efeito da raquianestesia.

A

Falso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Cefaleia pós raqui - ( ) É aliviada quase que imediatamente após um tampão (“patch”) de sangue epidural no mesmo local da raquianestesia.

A

Verdadeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Cefaleia pós raqui - ( ) É facilmente tratada com analgésicos (dipirona e paracetamol)

A

Falso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual das cirurgias abaixo não deve ter como agente provável de IFO o S. aureus ou o S. coagulase negativo?

a) cardíaca
b) mamária
c) neurológica
d) biliar
e) vascular

A

Letra “D” - Biliar

  • cardíaca: Limpa
  • mamária: Limpa
  • neurológica: Limpa
  • biliar: potencialmente contaminada
  • vascular: Limpa

Limpa: pele/SC/MM/SCV/SNC
Pot. Cont.: Contato meio-externo: TGI/TR/TGU/Olho/VVBB
Contaminada: cólon/reto/ânus
Infectada: trauma >6h

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

ISC - ( ) A colecistectomia convencional é considerada uma cirurgia contaminada.

A

Falsa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

ISC - ( ) A ISC incisional profunda é aquela que acomete o tecido celular subcutâneo e o plano musculo-esquelético.

A

Falso:

  • SuPerficial: SC + Pele
  • ProFu”M”da: Fáscia + Musculos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

ISC - ( ) A antibioticoprofilaxia é capaz de diminuir as taxas de infecção do sítio cirúrgico, e o melhor período para adm do ATB é até 2h antes da incisão da pele.

A

Falso - Melhor período: 30-60 min antes da 1º incisão: coincidirá pico plasmático do ATB com o momento da incisão

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

ISC - ( ) A antibioticoprofilaxia nas cirurgias contaminadas devem ser mantidas por, no mínimo, 48h.

A

Falso - antibioticoprofilaxia cirúrgica se restringe ao pré-transop. A antibioticoTERAPIA (cirurgias infectadas/Sujas) que devem se prolongar pro pós-op (até 24-48h).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

ISC - ( ) O álcool etílico absoluto (99,9%), o álcool etílico hidratado (96%) e o álcool a 70% não são recomendados para antissepsia pré-op da pele nas cirurgias de grande porte.

A

Verdadeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Cirurgia abd/complicações pós-op - ( ) pacientes com história de infarto nos últimos 3m têm chance de reinfarto ou morte por causa cardíaca superior a 50%.

A

Falso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Cirurgia abd/complicações pós-op - ( ) Idade avançada, tabagismo, obesidade e tempo cirúrgico > 6h são FR reconhecidos para a ISC.

A

Verdadeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Cirurgia abd/complicações pós-op - ( ) A febre pós-op que ocorre nas primeiras 24h, em paciente sem infecção prévia, relaciona-se, mais frequentemente, com atelectasia pulmonar e REMIT.

A

Verdadeiro

Atelectasia: febre nas primeiras 72h

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Cirurgia abd/complicações pós-op - ( ) A atelectasia é a complicação pulmonar mais frequente.

A

Verdadeira

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Cirurgia abd/complicações pós-op - ( ) Na SARA o índice de oxigenação (PaO2/FiO2) geralmente é inferior a 200.

A

Verdadeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

O processo de cicatrização de uma FO envolve a liberação de várias células e substâncias inflamatórias. Qual célula abaixo tem seu pico de presença na ferida no 2ºDPO e está praticamente ausente no 6ºDPO?

a) linfócito
b) macrófago
c) fibroblasto
d) neutrófilo
e) monócito

A

Letra “D” - Neutró2ilo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Regulação hormonal na REMIT:

A

Aumentam (TOC Como Aumentar Glicose):

  • T3 reverso
  • Opióides
  • Citocinas inflamatórias: TNF-alfa; IL-1; IL-2…
  • Cortisol
  • Adrenalina / ADH / sAldosterona
  • Glucagon / GH

Diminui:
-Insulina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Medicações mantidas:

A

TII CABE manter:

  • Tireoide;
  • Insulina (NPH): 2/3 noite anterior; 1/2 no dia;
  • ISRS;
  • CE - trauma: fazer dose add e manter até 24-48h;
  • Anticonvulsivantes/Antihipertensivos: Diuréticos (controverso);
  • Bd;
  • Estatinas.
26
Q

Medicações suspensas:

A

4”A”s + Ginkgo biloba + Estrogênio/TMX.

  • Antidiabéticos orais;
  • AINES;
  • Antiagregantes plquetários;
  • Anticoagulantes.
27
Q

Cicatrização de Feridas:

  • Fases;
  • Duração de cada fase;
  • Célula principal.
A

H1Nfl4M0tória:

  • Hemostasia;
  • 01-04d;
  • M0 - neutófilo chega primeiro.

proliFerativa5: Angiogênese

  • 03-05d;
  • Fibroblastos.

Ma1uAção: até 1a

28
Q

(SES-PE 2014 ACESSO DIRETO) - Assinale a alternativa INCORRETA, no que diz respeito à avaliação
e cuidados operatórios.

A) A classificação de Child-Pugh utiliza cinco parâmetros: albumina, bilirrubinas, encefalopatia, ascite e atividade enzimática. Pacientes portadores de colangite esclerosante primária e cirrose biliar primária têm seus valores modificados para os níveis de bilirrubinas.
B) O início do tratamento quimioterápico, após procedimentos cirúrgicos, deve ser postergado até completa recuperação, estabelecimento da dieta e balanço nitrogenado positivo.
C) A terapia anti-hipertensiva deve ser suspensa nas oito horas de jejum que precedem o ato cirúrgico, exceto inibidores de ECA. Uma pressão arterial diastólica > 110 mmhg contraindica o procedimento eletivo.
D) A anestesia regional apresenta menores índices de complicações pulmonares, quando comparada à
anestesia geral. Em pacientes com desnutrição grave, uma creatinina normal não exclui um comprometimento da função renal.
E) Em pacientes com desnutrição grave, uma creatinina normal não exclui um comprometimento da função renal.

A

Letra “C” - A terapia anti-hipertensiva deve ser suspensa nas oito horas de jejum que precedem o ato cirúrgico, exceto inibidores de ECA. Uma pressão arterial diastólica > 110 mmhg contraindica o procedimento eletivo.

antihipertensivos NÃO devem ser suspensos]1

TII CABE manter!
Tireoide
Insulina
ISRS
CE
Anticonvulsivantes/Antihipertensivos
Bd
Estatinas
a)
Bilirrubinas
Encefalopatia
Albumina
TAPE: atividade enzimática
Ascite
29
Q

(SES-PE 2014 ACESSO DIRETO) - Paciente 28 anos, sexo masculino, em tratamento de TVP em
panturrilha direta há 2 meses com varfarina e com crises repetidas de cólica biliar. Será submetido à cirurgia de colecistectomia laparoscópica. Qual é a melhor conduta?

A) Manter a varfarina e realizar a cirurgia o quanto antes.
B) Suspender a varfarina 24 horas antes da cirurgia.
C) Suspender a varfarina 5 dias antes da cirurgia e manter anticoagulação profilática com Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM) até a cirurgia.
D) Suspender a varfarina 2 dias antes da cirurgia e manter anticoagulação plena com Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM) até 12h antes da cirurgia.
E) Manter a anticoagulação com a varfarina por 6 meses e realizar a cirurgia.

A

Letra “C” - Suspender a varfarina 5 dias antes da cirurgia e manter anticoagulação profilática com Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM) até a cirurgia.

FIVarfarina

30
Q

(SES-PE 2016 ACESSO DIRETO) - O íleo paralítico pós-operatório prolongado é uma condição que eleva
o tempo de internamento hospitalar e os custos do tratamento. Qual das seguintes ações está associada a uma redução significante do íleo paralítico pós-operatório?

A) Enemas retais de fosfato de sódio.
B) Aspiração precoce por sonda nasogástrica.
C) Hidratação endovenosa vigorosa.
D) Analgesia continuada com opioides no pós-operatório imediato.
E) Alimentação enteral precoce.

A

Letra “E” - Alimentação enteral precoce.

c) evitar hidratar demasiadamente
d) evitar opioides no pós-op: causam constipação

31
Q

(SES-PE 2017 ACESSO DIRETO) - Nos últimos 5 anos, a ANVISA e a OMS têm trabalhado para aumentar a segurança dos nossos pacientes. Em ambiente cirúrgico, o “Checklist” da cirurgia segura (antes da indução) NÃO inclui

A) identificação do paciente.
B) aplicação de botas pneumáticas.
C) oxímetro de pulso em funcionamento.
D) alergias conhecidas.
E) sítio cirúrgico demarcado.
A

Letra “B” - aplicação de botas pneumáticas.

32
Q

(SES-PE 2017 ACESSO DIRETO) - O processo de cicatrização de uma ferida operatória envolve a
liberação de várias células e substâncias inflamatórias. Qual célula abaixo tem seu pico de presença na ferida,
no 2° DPO e está praticamente ausente no 6° DPO?

A) Linfócito
B) Macrófago
C) Fibroblastos
D) Neutrófilos
E) Monócito
A

Letra “D” - N2utrófilo6

33
Q

(SES-PE 2017 R3 CIRURGIA GERAL) - Considere a ferida de uma laparotomia exploradora fechada por
primeira intenção e que evolui sem complicações. Qual tipo celular deve predominar nessa ferida após 48
horas de seu início?

A) Fibroblastos
B) Plaquetas
C) Neutrófilos polimorfonucleares
D) Macrófagos
E) Linfócitos
A

Letra “D” - Macrófagos

F. Inflamatória: 4-6d - predominam M0 (Neutrófilos: pico ocorre nas primeiras 48h)
F. Proliferativa: até 12d
F. Maturação: 12-m/a

34
Q

(SES-PE 2017 ACESSO DIRETO) - Qual das condutas abaixo NÃO está de acordo com o projeto ACERTO (Aceleração da Recuperação Total Pós-operatória)?

A) Jejum pré-operatório curto.
B) Uso restrito de antieméticos, diminuindo efeitos colaterais.
C) Uso restrito de drenos e sondas.
D) Redução de fluidos intravenosos.
E) Nutrição pré-operatória por 10-14 dias, se necessário

A

Letra “B” - Uso restrito de antieméticos, diminuindo efeitos colaterais.

PROJETO ACERTO:

  • Terapia nutricional - jejum pré-op curto e Nutrição pré-operatória por 10-14 dias, se necessário;
  • Redução de fluidos EV;
  • Análgesio pós-op - evitar opioides;
  • Profilaxia e controle de vômitos pós-op;
  • Abreviação do jejum;
  • Realimentação precoce;
  • Deambulação precoce;
  • Uso racional de drenos e sondas;
  • Uso racional de ATB;
  • Abolição do preparo mecânico de rotina do cólon.
35
Q

(SES-PE 2013 ACESSO DIRETO) - Sobre a infecção de sítio cirúrgico, é CORRETO afirmar que:

A) a colecistectomia convencional é considerada uma cirurgia contaminada.
B) a “infecção de sítio cirúrgico incisional profunda” é aquela que acomete o tecido celular subcutâneo e o
plano músculo-esquelético.
C) a antibioticoprofilaxia é capaz de reduzir as taxas de infecção de sítio cirúrgico, e o melhor período para
administração do antibiótico é até duas horas antes da incisão da pele.
D) a antibioticoprofilaxia nas cirurgias contaminadas deve ser mantida por, no mínimo, 48 horas.
E) o álcool etílico absoluto (99,9%), o álcool etílico hidratado (96%) e o álcool a 70% não são recomendados para antissepsia pré-operatória da pele nas cirurgias de grande porte.

A

Letra “E” - o álcool etílico absoluto (99,9%), o álcool etílico hidratado (96%) e o álcool a 70% não são recomendados para antissepsia pré-operatória da pele nas cirurgias de grande porte.

Clorexidina alcoólica!

a) colecistectomia convencional: potencialmente contaminada
b)
ISC:
-SuPerficial: SC e Pele
-proFuMda: Fáscia e Músculos
-de espaços orgânicos: cavidades
c/d) ATBprofilaxia: 30-60min antes da incisão - até 24h após a cirurgia
d) cirurgia contaminada: ATBterapia

36
Q

(SES-PE 2018 ACESSO DIRETO) - Mulher, 72 anos, submetida à ressecção anterior de reto aberta por
neoplasia retal localizada a 6cm da margem anal. No 5º DPO, apresentou hiperemia e saída de secreção
purulenta pela ferida operatória. Baseando-se nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para prevenção da infecção do sitio cirúrgico, qual conduta NÃO diminui as chances de infecção de ferida?

A) Oxigenioterapia peroperatória.
B) Antibioticoprofilaxia por 48 horas.
C) Banho pré-operatório com sabão antimicrobiano.
D) Preparo do sitio cirúrgico com clorexidina alcoólica.
E) Não remover pelos, apenas se necessário.

A

Letra “B” - Antibioticoprofilaxia por 48 horas.

Qd indicado, até 30-60 min antes e manter por até 24h

37
Q

(SES-PE 2013.2 ACESSO DIRETO) - Paciente no 1º DPO de gastrectomia subtotal apresenta febre.
Assinale a alternativa que agrupa as principais causas:

A) Infecção do trato urinário e flebite.
B) Coleção cavitária e pneumonia aspirativa.
C) Atelectasia e resposta metabólica ao trauma cirúrgico.
D) Peritonite química e reação anestésica.
E) Hemoperitônio e jejum.

A

Letra “C” - Atelectasia e resposta metabólica ao trauma cirúrgico.

<72h:

  • Atelectasia
  • REMIT

> 72h:
ISC

38
Q

(SURCE 2017 R3 CIRURGIA GERAL) - Paciente do sexo masculino, 45 anos, agricultor, hipertenso controlado, em uso de losartana 50 mg, uma vez ao dia, sem outras comorbidades, é diagnosticado com adenocarcinoma de corpo gástrico. Após estadiamento, foi programada gastrectomia total. No ato da avaliação pré-operatória, o paciente informa que é trabalhador braçal e capaz de subir dois lances de escadas sem apresentar sintomas. O eletrocardiograma mostra sobrecarga ventricular esquerda, sem outras alterações. Demais exames pré-operatórios normais. Diante do exposto, qual deve ser o próximo passo em relação a esse paciente?

A) Agendar cirurgia programada.
B) Solicitar cintilografia miocárdica.
C) Solicitar ecocardiograma em repouso.
D) Prescrever betabloqueador uma semana antes da cirurgia.

A

Letra “A” - Agendar cirurgia programada.

45a
HAS Controlada
2 lances de escada
sem comorbidades que predizam RCV aumentado
CF .4METs
39
Q

(UNICAMP 2019 R3 CIRURGIA GERAL) - As cicatrizes podem evoluir com alterações caracterizadas por
processos de hipercicatrização, originando cicatrizes hipertróficas e queloides. É correto afirmar:

A) Ambas as alterações são caracterizadas por feixes de colágeno espessados e alinhados paralelamente à
superfície da epiderme.
B) A ocorrência de queloides tem importante componente de predisposição genética, sendo mais frequentes nos membros inferiores.
C) Cicatrizes orientadas paralelamente ao eixo de contração muscular tem menor predisposição à hipertrofia.
D) Os queloides são caracterizados pelo crescimento além dos limites da lesão original, podendo evoluir com
regressão espontânea.

A

Letra “A” - Ambas as alterações são caracterizadas por feixes de colágeno espessados e alinhados paralelamente à superfície da epiderme.

Queloides:
Predisposição genética;
\+comum: Tronco (pré-esternal) e ombros;
Não regride espontaneamente;
Não respeita os limites.

c) seguir orientação das linhas de força

40
Q

(UFPE 2013 ACESSO DIRETO) - Os anestésicos locais são muito usados na prática cirúrgica. Sobre eles, é correto afirmar que:

A) o bloqueio do nervo é mais rápido quando a epinefrina é adicionada ao anestésico local.
B) os anestésicos bloqueiam a condução nervosa por atuarem nos canais de cálcio.
C) o uso de epinefrina juntamente com o anestésico local aumenta a toxicidade do anestésico local.
D) os anestésicos locais podem ser divididos, com base em suas estruturas químicas, em ésteres e amidos.
Ambos, em geral, são metabolizados por colinesterases plasmáticas.

A

Letra “A” - o bloqueio do nervo é mais rápido quando a epinefrina é adicionada ao anestésico local.

Epinefreina: Vc: potencializar o efeito anestésico e diminuir toxicidade

AL: Canais de Na+
Ésteres: Colinesterases plasmáticas
amidos: citocromos hepáticos

41
Q

(UFPB 2017 ACESSO DIRETO) - Os cuidados nutricionais perioperatórios do projeto ACERTO, que compreendem a triagem nutricional, a avaliação nutricional, a Prescrição da dieta imunomoduladora perioperatória e orientação de alta, têm como objetivo acelerar a recuperação do paciente cirúrgico. Assim, sobre a terapia nutricional perioperatória, marque a alternativa errada:

A) A avaliação subjetiva global é o padrão ouro para determinar a condição nutricional perioperatória.
B) A intervenção nutricional deverá ser iniciada cinco a sete dias antes da operação para os pacientes de risco nutricional.
C) A dieta imunomoduladora via oral ou enteral tem por objetivo reduzir as complicações, o tempo de internação e a mortalidade hospitalar.
D) A nutrição parenteral está indicada, como primeira alternativa, para os pacientes desnutridos graves que
podem usar a via digestiva.
E) A dieta, no pós-operatório, deve ser iniciada, independente da via nutricional, nas primeiras 24 horas da
operação e na presença de estabilidade hemodinâmica.

A

Letra “D” - A nutrição parenteral está indicada, como primeira alternativa, para os pacientes desnutridos graves que podem usar a via digestiva.

PROJETO ACERTO:

  • Terapia nutricional - jejum pré-op curto e Nutrição pré-operatória por 10-14 dias, se necessário;
  • Redução de fluidos EV;
  • Análgesio pós-op - evitar opioides;
  • Profilaxia e controle de vômitos pós-op;
  • Abreviação do jejum;
  • Realimentação precoce;
  • Deambulação precoce;
  • Uso racional de drenos e sondas;
  • Uso racional de ATB;
  • Abolição do preparo mecânico de rotina do cólon.
42
Q

(UFPB 2017 ACESSO DIRETO) - O jejum prolongado antes de cirurgias de grande porte acarreta
alterações metabólicas que influenciam na recuperação dos pacientes. Sobre a resposta metabólica ao jejum
perioperatório, marque a alternativa errada:

A) O jejum aumenta a resistência à insulina antes e após o ato cirúrgico.
B) A abreviação do jejum pré-operatório reduz a resistência insulínica pela metade.
C) A resistência à insulina e a hiperglicemia são responsáveis pelo aumento de complicações pós-operatórias.
D) No jejum, mesmo com o aumento do gasto energético basal, persiste a necessidade energética nos tecidos para que as funções vitais não sejam prejudicadas.
E) O jejum pré-operatório longo torna o paciente menos sensível à ação da insulina.

A

Letra “D” - No jejum, mesmo com o aumento do gasto energético basal, persiste a necessidade energética nos tecidos para que as funções vitais não sejam prejudicadas.

Jejum: aumenta resistência a insulina (diminuir a sensibilidade a insulina): aumento das complicações pós-op

43
Q

(UERN 2017 ACESSO DIRETO) - A infecção de ferida operatória é definida como o processo infeccioso
que surge na incisão cirúrgica ou em sua proximidade em até 30 dias do procedimento ou, no caso de prótese, em até 1 ano do seu implante. O microorganismo mais comumente associado a tal complicação é:

A) Staphylococcus aureus
B) Klebsiella
C) Enterococcus
D) Clostridium

A

Letra “A” - Staphylococcus aureus

ISC <=30d/ <=1a (prótese)

O Staphylococcus aureus é a bactéria mais predominante nesses casos, correspondendo a um gram positivo e, portanto, sendo tratado cerca de 80% das vezes com o uso de cefazolina.

44
Q

(SUS-SP 2019 ACESSO DIRETO) - Um paciente de 20 anos de idade, submetido a apendicectomia por
incisão de McBurney por apendicite aguda fase III, operado sem intercorrências, está no primeiro dia de pós-operatório. Pulso: 82 bpm; PA: 110 × 80 mmHg. Refere dor na incisão. A ferida operatória está seca e com bom aspecto. Tem dor discreta à palpação de fossa ilíaca direita. Os ruídos hidroaéreos estão audíveis, ainda que fracos. O paciente ainda não evacuou, mas relata eliminação de gases. Melhor conduta, entre as opções a seguir, no que se refere à realimentação:

A) Introduzir dieta leve.
B) Solicitar ultrassom de abdome para descartar abscesso intraperitoneal e decidir sobre a realimentação com base no resultado.
C) Aguardar evacuação para introduzir dieta.
D) Aguardar melhora do padrão de ausculta abdominal para introduzir dieta.
E) Introduzir água, chá e gelatina.

A

Letra “A” - Introduzir dieta leve.

Questão que traz paciente em 1° DPO de uma apendicectomia, por apendicite aguda fase III, em boas condições clínicas, sem alterações dos sinais vitais, sem sinais flogísticos na ferida operatória. Apresenta dor discreta à palpação de fossa ilíaca direita, ruídos hidroaéreos diminuídos e relata eliminar gases, ainda que não tenha evacuado. Sendo assim, observa-se que o paciente apresenta uma boa evolução pós-cirúrgica com achados esperados para o seu quadro. Dessa forma, a melhor medida nutricional seria a reintrodução da dieta leve, conforme aceitação (ALTERNATIVA A CORRETA), sem a necessidade de exames complementares ou de evacuação, sendo esta uma das formas de prevenir complicações da REMIT e da cirurgia, como o íleo pós-cirúrgico.

45
Q

(SUS-SP 2015 ACESSO DIRETO) - Um paciente de 40 anos de idade está no quarto pós-operatório de
hernioplastia inguinal direita à Lichtenstein, feita sob raquianestesia. Queixa-se de muita cefaleia e de vômitos frequentes. Está descorado e desidratado. A ferida operatória tem discreta hiperemia. Nega dor abdominal. Conduta mais apropriada:

A) Blood patch.
B) Benzodiazepínicos e analgésicos.
C) Analgésicos e antibioticoterapia tópica.
D) Antibioticoterapia oral.
E) Suspensão de opioides prescritos e reforço com analgésicos simples, mais frequentes.

A

Letra “A” - Blood patch.

Raqui + cefaleia + vômitos = cefaleia pós-raqui

A principal complicação do uso de raquianestesia em procedimentos cirúrgicos é a cefaleia pós-raquidiana, causada por uma baixa na pressão do LCR, que acarreta a presença de cefaleia e vômitos no paciente, principalmente, quando em posição ortostática ou quando sentado. O tratamento padrão-ouro para esse acometimento corresponde ao blood patch (tampão sanguíneo), que promove o tamponamento no local de extravasamento de LCR.

46
Q

(SURCE 2018 R3 CIRURGIA GERAL) - Sr. Antônio, 65 anos, sem comorbidades, agendado para
colecistectomia videolaparoscópica, foi prescrito jejum desde 22 horas do dia anterior. Às 10h do dia da
cirurgia ingeriu 200ml de água de coco, inadvertidamente. Foi encaminhado ao Centro Cirúrgico às 12 horas para realização do procedimento cirúrgico. Diante do exposto, qual a conduta mais apropriada para esse paciente?

A) Cancelar a cirurgia e reagendar para o dia seguinte.
B) Realizar a anestesia e cirurgia normalmente no horário de 12h.
C) Aguardar completar 4 horas de jejum para realizar o procedimento.
D) Aguardar completar 6 horas de jejum para realização do procedimento.

A

Letra “B” - Realizar a anestesia e cirurgia normalmente no horário de 12h.

Uma das normas que visam diminuir o risco de complicações devido a REMIT no pós-operatório é a abreviação no jejum do paciente. Esse deve ser de 6 horas, mas havendo a possibilidade da ingestão de líquidos com pequenas quantidades de carboidratos, como a água de coco, até 2 horas antes do ato cirúrgico. Dessa forma, a atitude do paciente não implica em riscos para a cirurgia, que pode ser realizada no horário marcado, visto que terão se passado duas horas desde a ingestão da água de coco.

47
Q

(SURCE 2018 R3 CIRURGIA GERAL) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou um protocolo
de Cirurgia Segura, devido as complicações cirúrgicas evitáveis representarem uma grande proporção de
lesões e mortes, no nível mundial. No Brasil, assim como em outros países em desenvolvimento, segurança cirúrgica não tem sido reconhecida como um problema de saúde pública significativo. A despesa
frequentemente elevada dos cuidados cirúrgicos tem sido considerada de pouco relevância nos países pobres e em desenvolvimento. Como base no texto e nos seus conhecimentos sobre o Protocolo de Cirurgia Segura da OMS, é errado afirmar:

A) O “time out” é uma pausa breve antes da incisão, para confirmar a identificação do doente, o procedimento e o local cirúrgico.
B) O cirurgião deve referir, em voz alta, o nome do doente, a operação a ser realizada, o lado e o local da
cirurgia. O enfermeiro e o profissional de anestesia devem confirmar que a informação está correta.
C) O cirurgião que vai executar a cirurgia deve marcar o local com apenas uma marcação de caneta, mesmo
em casos que estruturas múltiplas ou níveis (por exemplo, um dedo da mão ou do pé, lesão da pele, vértebra).
D) Antes da indução da anestesia, um membro da equipa deve confirmar que o doente está corretamente
identificado, geralmente de forma verbal com o doente ou um membro da família e com uma pulseira de identificação ou outros meios adequados de identificação física. A identidade deve ser confirmada a partir não só do nome, mas também de um segundo identificador (por exemplo, data de nascimento, endereço, número
hospitalar).

A

Letra “C” - O cirurgião que vai executar a cirurgia deve marcar o local com apenas uma marcação de caneta, mesmo em casos que estruturas múltiplas ou níveis (por exemplo, um dedo da mão ou do pé, lesão da pele, vértebra).

O Protocolo de Cirurgia Segura (OMS) - diminuir o número de complicações evitáveis durante o ato cirúrgico, bem como a possibilidade de iatrogenia.

Partes:
-ENTRADA DO PACIENTE (SIGN IN): antes da indução anestésica
+confirmar a identificação do paciente;
+o sítio cirúrgico demarcado;
+o procedimento realizado;
+o consentimento do paciente a respeito do procedimento;
+verificação de segurança anestésica;
+É importante que o paciente esteja equipado com oxímetro de pulso funcionante;
+seja questionado quanto a presença de alergias;
+Deve-se também avaliar o risco de aspiração;
+via aérea difícil;
+além do risco de perda sanguínea importante (>500 mL em adultos e 7 mL/Kg em crianças).

-PAUSA BREVE CIRÚRGICA (TIME OUT): antes da incisão cirúrgica
+Toda a equipe tenha se apresentando indicando nome e função;
+o procedimento tenha sido revisado por todos;
+Mais uma vez confirmada a identificação do paciente e o procedimento realizado;
+Além de ter sido confirmado que todos os materiais necessários ao ato estejam presentes na sala e tenham sido checados;
+Também devem ser revisados eventos críticos previstos e a aplicação de profilaxia antimicrobiana, caso necessário.

-SAÍDA DO PACIENTE (SIGN OUT):
+devem ser confirmados o nome do procedimento realizado, a contagem dos instrumentos utilizados, além da necessidade de reparo em algum instrumento mal funcionante.
+É importante também que sejam revistas as estratégias de manejo do paciente no pós-operatório.

48
Q

(PSU-MG 2019 ACESSO DIRETO) - A avaliação clínica pré-operatória tem como objetivo de identificar doenças não diagnosticadas e outros fatores de risco, além de otimizar o tratamento de condições que
aumentem o risco de desfechos adversos relacionados ao ato anestésico-cirúrgico. Sobre esse tema, assinale
a alternativa INCORRETA:

A) A idade, a localização (tórax e andar superior do abdome) e duração da cirurgia são fatores de risco para complicações pulmonares.

B) Diabetes melito insulino-dependente, disfunção renal (creatinina >2mg/dL) e história prévia de Acidente
Vascular Encefálico (AVE) aumentam o risco combinado de morte, infarto agudo do miocárdio e AVE isquêmico no peri e no pós-operatório.

C) Os betabloqueadores devem ser suspensos nos pacientes cardiopatas para prevenir hipotensão arterial
durante e após a cirurgia.

D) Pacientes com risco cardiovascular aumentado, porém, com boa capacidade funcional (>4 METs), não
necessitam realizar teste funcional antes de uma cirurgia de médio porte.

A

Letra “C” - Os betabloqueadores devem ser suspensos nos pacientes cardiopatas para prevenir hipotensão arterial durante e após a cirurgia.

Questão que aborda os cuidados pré-operatórios para diminuir o risco de desfechos adversos e pede a alternativa incorreta: ALTERNATIVA A CORRETA: Idade (pacientes idosos), localização (tórax e abdome superior) e duração (cirurgias mais longas), realmente são fatores de risco para complicações pulmonares. ALTERNATIVA B CORRETA: Os fatores apresentados pela alternativa são alguns dos preditores de aumento do risco de mau desfecho cardiovascular. ALTERNATIVA C INCORRETA: Para memorizar as medicações que precisam ser suspensas para procedimento cirúrgico, utiliza-se os 4As (Anticoagulante, AINEs, Antiagregantes plaquetários e Antidiabéticos orais) + Diuréticos + Estrogênio. Dessa forma, os betabloqueadores não devem ser suspensos. ALTERNATIVA D CORRETA: Paciente que apresenta boa capacidade funcional (METS > 4), ainda que possuam mais de dois fatores preditores de mau desfecho cardiovascular, não necessitam de teste funcional antes de cirurgia de médio porte.

49
Q

(PSU-MG 2016 ACESSO DIRETO) - TLJ, 53 anos, gênero masculino, militar, apresenta lesão úlceroinfiltrativa
no terço distal do estômago diagnosticada à endoscopia. Biópsia e exame anatomopatológico
revelou carcinoma do tipo difuso de Lauren. Relata emagrecimento de 12 kg em 6 meses, com perda de peso mais acentuada nas últimas duas semanas devido à ocorrência de vômitos pós-alimentares. Está mais
cansado do que o habitual ultimamente. Perguntado sobre a prática de atividades físicas, informou ser
sedentário. Ao exame, apresenta peso de 84 Kg e altura de 172 cm, discreto edema maleolar e massa
muscular atrófica. Em relação ao quadro descrito acima, é CORRETO afirmar que:

A) É necessária realização de terapia nutricional por 7 a 10 dias antes da operação.
B) Não há como fazer diagnóstico do estado nutricional com esses dados.
C) Não há, nesse caso, risco potencial de vir a ocorrer síndrome de realimentação.
D) O estado nutricional atual desse paciente não aumenta a morbimortalidade operatória.

A

Letra “A” - É necessária realização de terapia nutricional por 7 a 10 dias antes da operação.

Questão que apresenta paciente que precisa ser submetido à cirurgia por conta de carcinoma gástrico, porém que apresenta um quadro de síndrome consumptiva, já que apresenta perda ponderal de mais de 10% do peso. Observando as alternativas: ALTERNATIVA A CORRETA: Como o paciente apresenta risco nutricional e quadro de desnutrição, e ainda será submetido a cirurgia de grande porte, é necessária a realização de terapia nutricional por volta de 7 a 10 dias antes da cirurgia. ALTERNATIVA B INCORRETA: A questão fornece dados antropomórficos e subjetivos suficientes para realizar a avaliação nutricional do paciente. ALTERNATIVA C INCORRETA: Como dito anteriormente, paciente apresenta desnutrição e síndrome consumptiva, dessa forma, o retorno da alimentação contribui para a elevação dos níveis de insulina que se encontram baixos. A insulina estimula a migração de glicose e íons, como fosfato e fósforo, para o meio intracelular, o que pode culminar com distúrbios eletrolíticos. ALTERNATIVA D INCORRETA: O risco nutricional é fator independente de mau prognóstico perioperatório.

50
Q

(PSU-MG 2016 ACESSO DIRETO) - OFR, 72 anos, gênero masculino, comparece ao consultório do
cirurgião para realização de colecistectomia laparoscópica devido a colecistolitíase sintomática. É hipertenso (em uso de hidroclorotiazida e verapamil) e hipotireoideo (uso de levotiroxina). Apresentou infarto agudo do miocárdio há 6 anos, quando lhe foram prescritos AAS e clopidogrel. Assinale a alternativa ERRADA em relação à cirurgia nestes pacientes que se utilizam de medicações de uso contínuo:

A) Não é necessário interromper o uso dos diuréticos no pré-operatório, mas é importante monitorar os níveis séricos de sódio e potássio.

B) É recomendável a manutenção dos bloqueadores dos canais de cálcio se o paciente apresenta função
cardíaca normal ou levemente diminuída.

C) O paciente deve fazer uso do hormônio tireoidiano na dose usual até o dia da operação e reiniciá-lo com
a realimentação.

D) AAS e clopidogrel devem ser suspensos 48 horas antes do procedimento, por inibirem a agregação
plaquetária de forma irreversível.

A

Letra “D” - AAS e clopidogrel devem ser suspensos 48 horas antes do procedimento, por inibirem a agregação
plaquetária de forma irreversível.

anti5gregan7es: suspender 5-7d
AAS e ClopIdogrel: irreversíveis

É apresentado paciente de 72 anos, hipertenso, em uso de hidroclorotiazada e verapamil, e hipotireoideo (em uso de levotiroxina), que será submetido a colecistectomia. Paciente apresentou IAM há seis anos, quando lhe foram prescritos AAS e clopidogrel. ALTERNATIVA A CORRETA: Ainda que, por regra geral, seja preconizada a suspensão de diuréticos no pré-operatório, fontes mais recentes defendem que, desde que seja realizada a monitorização cuidadosa dos níveis de sódio e potássio, a classe de medicamentos pode ser mantida. ALTERNATIVA B e C CORRETAS: Não é recomendado que se suspendam os anti-hipertensivos ou a levotiroxina, antes de procedimentos cirúrgicos. ALTERNATIVA D CORRETA: Os antiagregantes plaquetários devem ser suspensos por 5 a 7 dias antes da cirurgia.

51
Q

(HIAESP 2017 ACESSO DIRETO) - Uma mulher de 43 anos de idade realiza avaliação pré-operatória
para cirurgia eletiva de reparo de hérnia femoral. Nega antecedentes mórbidos, com exceção que seus olhos,
eventualmente, parecem um pouco amarelados. O exame físico, incluindo sinais vitais, é absolutamente
normal. Dados laboratoriais revelam: hemograma normal, bilirrubina total = 2,7 mg/dL, direta = 0,5 mg/dL e indireta = 2,2 mg/dL. Transaminases e enzimas canaliculares normais. Qual é a conduta a seguir?

A) Realizar Teste de Coombs direto.
B) Repetir os testes hepáticos.
C) Solicitar ultrassonografia de abdome superior.
D) Solicitar eletroforese de hemoglobina.
E) Encaminhar para cirurgia.

A

Letra “E” - Encaminhar para cirurgia

Questão simples e direta que traz uma paciente em bom estado clínico, sem comorbidades e sem queixas, que será submetida a cirurgia eletiva de reparo de hérnia inguinal e traz resultados de exames que demonstram bilirrubina total = 2,7 mg/dL; BD = 0,5 mg/dL e BI = 2,2 mg/dL; além de hemograma, aminotransferases e enzimas canaliculares sem alterações. Dessa forma, como paciente clinicamente bem e estável, portando exames que nem são necessários para a avaliação da cirurgia indicada, a conduta mais indicada é o encaminhamento à cirurgia. ALTERNATIVA E CORRETA.
52
Q

(UNICAMP 2019 ACESSO DIRETO) - Homem, 38a, retorna para reavaliação de ferida decorrente de
ferimento corto-contuso em panturrilha esquerda há 7 dias, a qual não foi suturada, pois o mesmo procurou
atendimento após 12 horas do trauma, sendo orientado apenas curativos e vacinação antitetânica. Exame físico: ferida com secreção serosa, bordas bem definidas com hiperemia discreta e interior com tecido vermelho vivo de aspecto granuloso, sangrando facilmente ao toque. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA EM RELAÇÃO À FERIDA:

A) Está infectada pelo aspecto e pela secreção, devendo ser desbridada e iniciada antibioticoterapia
sistêmica.

B) Está no processo esperado de cicatrização, na fase proliferativa, podendo manter os curativos e orientado
retorno para reavaliação.

C) Está na fase inflamatória, devendo-se retirar os coágulos que estão a recobrindo para facilitar a
cicatrização.

D) Está no processo definido como fechamento em primeira intenção, o que permite a sutura da mesma, já
que não há secreção purulenta.

A

Letra “B” - Está no processo esperado de cicatrização, na fase proliferativa, podendo manter os curativos e orientado retorno para reavaliação.

Questão que aborda processo de cicatrização por segunda intensão, em ferimento corto-contuso, há 7 dias, que apresenta eliminação de secreção serosa e presença de tecido de granulação. ALTERNATIVA A INCORRETA: Não são descritos sinais que indiquem processo de infecção na questão, pelo contrário, as características citadas são de um processo cicatricial normal. ALTERNATIVA B CORRETA: A fase inflamatória pode durar cerda de 4 – 6 dias, a proliferativa até, mais ou menos, 12 dias e a fase de maturação que pode durar meses ou anos. Como paciente já se apresenta no 7°dia do ferimento, com presença de tecido de granulação em formação, é recomendado que sejam mantidos os cuidados de higiene e curativos e seja orientado o retorno para reavaliação. ALTERNATIVA C INCORRETA: Como dito anteriormente, a fase inflamatória dura cerca de 6 dias, ou seja, além de o paciente não se apresentar mais nessa fase, a remoção do tecido de cicatrização só prejudicaria o processo. ALTERNATIVA D INCORRETA: O enunciado da questão já esclarece que a medida adotada foi a cicatrização por segunda intenção, considerando que já havia se passado 12 horas do trauma.

53
Q

(USP-SP 2019 ACESSO DIRETO) - Homem de 75 anos com antecedente de fibrilação atrial crônica faz
uso de anticoagulante oral (varfarina sódica). Está em programação de hernioplastia incisional. Qual é a
conduta em relação ao uso do anticoagulante?

A) Suspender a medicação 12 horas antes da cirurgia
B) Infundir plasma fresco congelado na indução anestésica
C) Suspender a medicação 5 dias antes da cirurgia
D) Suplementar vitamina K por 7 dias previamente à cirurgia

A

Letra “C” - Suspender a medicação 5 dias antes da cirurgia

FIVarfarina - HBPM até 12h antes

Urgência: Suspende e adm complexo protrombínico

54
Q

SUS-PE – 2010. A resposta metabólica à cirurgia ou a trauma causa:
a. Aumento na perda urinária de sódio, aumento na perda urinária de potássio e aumento no
débito urinário.
b. Diminuição na perda urinária de sódio, diminuição na perda urinária de potássio e aumento no
débito urinário.
c. Aumento na perda urinária de sódio, aumento na perda urinária de potássio e diminuição do
débito urinário.
d. Diminuição da perda urinária de sódio, diminuição da perda urinária de potássio, retenção
hídrica e diminuição do débito urinário.
e. Diminuição na perda urinária de sódio, aumento da perda urinária de potássio, retenção hídrica
e diminuição do débito urinário.

A

Letra “E” - Diminuição na perda urinária de sódio, aumento da perda urinária de potássio, retenção hídrica
e diminuição do débito urinário.

Saldosterona:

  • Retém Na+
  • Retém H2O
  • Expolia K+

A ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona provoca a troca do potássio e do hidrogênio plasmáticos pelo sódio. Dessa forma, teremos diminuição da perda urinária de sódio (com retenção hídrica e redução do débito urinário), associada a um aumento da perda de potássio. O ADH também contribui para retenção hídrica e redução do débito urinário.

55
Q

SUS-SP 2011 - A respeito da avaliação pré-operatória, é INCORRETO afirmar:

a. A avaliação do risco no pré-operatório auxilia na decisão pelo melhor procedimento para se obter o
maior benefício com o menor risco.
b. O objetivo principal da avaliação pré-operatória é detectar e corrigir as alterações eventualmente
presentes, antes de realizar a operação.
c. Os exames de rotina não baseados em avaliação e suspeita clínica trazem pouca ajuda no cuidado e
preparo pré-operatório.
d. Os exames laboratoriais e de imagem são os melhores métodos para se identificar os fatores de risco.
e. A solicitação de exames exige que o médico tenha conhecimento de sensibilidade, especificidade,
riscos, custos e relevância clínica.

A

Letra “D” - Os exames laboratoriais e de imagem são os melhores métodos para se identificar os fatores de risco.

A anamnese e o exame físico são a base da avaliação do risco pré-operatório, objetivando identificar fatores que mereçam maior investigação ou tratamento antes da operação.
Devemos ser criteriosos quanto à realização de exames complementares, evitando a solicitação rotineira, que acarreta apenas no aumento de custos, sem modificar o desfecho do paciente.

56
Q

SUS-PE – 2013. Qual das mensurações abaixo não avalia estado nutricional do paciente no préoperatório?

a. Diâmetro da panturrilha.
b. Albumina.
c. Pré-albumina.
d. Transferrina.
e. Contagem de linfócitos.

A

Letra “A” -Diâmetro da panturrilha.

São usados como critérios para avaliação nutricional: medidas antropométricas (indicador mais confiável), medida da força de preensão palmar e proteínas séricas, dentre as quais destacam-se a albumina, pré-albumina, transferrina e proteína ligada ao retinol.

57
Q

SES-PE - 2014. Assinale a alternativa INCORRETA, no que diz respeito à avaliação e cuidados operatórios.

a. A classificação de Child-Pugh utiliza cinco parâmetros: albumina, bilirrubinas, encefalopatia, ascite e atividade enzimática. Pacientes portadores de colangite esclerosante primária e cirrose biliar primária
têm seus valores modificados para os níveis de bilirrubinas.

b. O início do tratamento quimioterápico, após procedimentos cirúrgicos, deve ser postergado até
completa recuperação, estabelecimento da dieta e balanço nitrogenado positivo.

c. A terapia anti-hipertensiva deve ser suspensa nas oito horas de jejum que precedem o ato cirúrgico,
exceto inibidores de ECA. Uma pressão arterial diastólica > 110mmHg contraindica o procedimento
eletivo.

d. A anestesia regional apresenta menores índices de complicações pulmonares, quando comparada à
anestesia geral. Em pacientes com desnutrição grave, uma creatinina normal não exclui um
comprometimento da função renal.

A

Letra “C” - A terapia anti-hipertensiva deve ser suspensa nas oito horas de jejum que precedem o ato cirúrgico,
exceto inibidores de ECA. Uma pressão arterial diastólica > 110mmHg contraindica o procedimento
eletivo.

Anti-hipertensivos são mantidos para controle pressórico. Pacientes com descontrole pressórico apresentam maior risco de complicações e devem ter sua cirurgia suspensa. As demais alternativas estão corretas e são autoexplicativas.

58
Q

SES-PE – 2017. Nos últimos 5 anos, a ANVISA e OMS têm trabalhado para aumentar a segurança
dos nossos pacientes. Em ambiente cirúrgico, o “Checklist” da cirurgia segura (antes da indução)
NÃO inclui:

a. Identificação do paciente;
b. Aplicação de botas pneumáticas;
c. Oxímetro de pulso em funcionamento;
d. Alergias conhecidas;
e. Sítio cirúrgico demarcado.

A

Letra “B” - Aplicação de botas pneumáticas;

59
Q

UFPE-PE – 2009. Sobre as complicações no período pós-operatório, é correto afirmar que:

a. A colecistite pós-operatória é frequentemente acalculosa.
b. A obesidade não é um fator de risco de febre pós-operatória.
c. A causa mais frequente de febre nas primeiras 24h é a infecção de ferida operatória.
d. o aumento da pressão intra-abdominal não interfere na ocorrência de deiscência da ferida da parede abdominal.

A

Letra “A” - A colecistite pós-operatória é frequentemente acalculosa.

A colecistite acalculosa consiste na inflamação da vesícula biliar sem evidência de cálculos biliares.
Representa entre 2-15% de todos os casos de colecistite aguda e geralmente se associa a
condições de saúde críticas, como pós-operatório de cirurgias de grande porte, trauma recente grave e queimaduras.

b. A obesidade predispõe a atelectasia, principal causa de febre pós-operatória.
c. A causa mais frequente de febre nas primeiras 24h é atelectasia.

d. O aumento da pressão intra-abdominal (causada, por exemplo, por tosse, distensão abdominal)
aumenta a ocorrência de deiscência da aponeurose.

60
Q

SES-PE - 2017 Homem, 53 anos, foi submetido a hepatectomia direita por metástases de tumor primário
colônico. Recebe alta no 7º DPO, sem intercorrências. Retorna ao serviço de cirurgia no 20º DPO referindo
febre, dor em hipocôndrio direito e astenia. Realizou TC de abdome que mostrou coleção de 550ml
adjacente ao fígado remanescente. A radiologia intervencionista realizou uma drenagem percutânea sob anestesia local, e o paciente recebeu antibioticoterapia por 10 dias. Em relação à classificação de complicações cirúrgicas de Clavien-Dindo, podemos dizer que esta foi uma complicação tipo:

a. I
b. II
c. IIIa
d. IIIb
e. IV

A

Letra “C” - IIIa:

Grau I
• Qualquer desvio do curso pós-operatório ideal sem necessidade de tratamento farmacológico ou de
intervenções cirúrgicas, endoscópicas e radiológicas;
• Regimes terapêuticos permitidos são: drogas antieméticas, antipiréticos, analgésicos, diuréticos, eletrólitos e fisioterapia. Esta categoria também inclui feridas operatórias drenadas à beira do leito.

Grau II
• Requer tratamento farmacológico com drogas diferentes daquelas permitidas para complicações Grau I;
• Transfusão sanguínea e nutricional parenteral total também estão incluídas.

Grau III
Exige intervenção cirúrgica, endoscópica ou intervenção radiológica.
III a. Intervenção sem anestesia geral.
III b. Intervenção sob anestesia geral.

Grau IV
Complicação com Risco de Vida (incluindo SNS)*.
Necessidade de UTI.
IV a. Disfunção de um só órgão (incluindo diálise).
IV b. Disfunção de múltiplos órgãos.

Grau V Morte do paciente.
Sufixo “d”
Se o paciente persiste com uma complicação no momento da alta o sufixo “d” (para “Deficiência”) é adicionado
para o respectivo grau de complicação. Essa marca indica a necessidade de seguimento futuro para avaliar total a
complicação.
III: Exige intervenção cirúrgica, endoscópica ou intervenção radiológica.
III a. Intervenção sem anestesia geral.

61
Q

(SURCE 2017 R1) - Mulher de 68 anos submetida à colectomia parcial por pólipo gigante em cólon descendente por laparoscopia. A cirurgia foi sem intercorrências, exceto pelo fato da grande adiposidade visceral, dificultando de certo modo o procedimento. Evoluiu sem queixas, mantém pulso de 90 bpm, abdome levemente distendido, flácido e pouco doloroso à palpação. Ruídos hidroaéreos ausentes. Esse quadro persiste até o quarto dia pós-operatório, apesar de eletrólitos normais, leucócitos de 13.000/mm3 e proteína C-reativa de 9,3 mg/dl. Diante do quadro descrito, qual a conduta mais adequada nesse momento?

A) Realizar uma laparoscopia diagnóstica
B) Solicitar tomografia para orientar a conduta
C) Realizar laparotomia para possível colostomia
D) Solicitar ultrassonografia abdominal e iniciar antibióticos

A

Letra “B” - Solicitar tomografia para orientar a conduta

ÍLEO METABÓLICO? RX + SNG + DEAMBULAÇÃO+ PROCINÉTICO… PODEM SER VÁRIAS COISAS

Questão que trata de paciente que foi submetida à colectomia parcial, cuja dificuldade foi observada por conta da adiposidade da mesma. No pós-operatório, evoluiu sem queixas, porém com leve distensão do abdome, que se encontrava flácido, pouco doloroso à palpação e com ausência de ruídos hidroaéreos. Exames laboratoriais demonstraram contagem de leucócitos de 13.000/mm³ e PCR de 9,3 mg/dL. Como os dados laboratoriais são referidos ISOLADAMENTE, não é possível concluir se os leucócitos e as provas de inflamação estão em queda. Além disso, é importante frisar que as assertivas não abordam a possibilidade de íleo metabólico. Sendo assim, ponderando a respeito das complicações pós-cirúrgicas que a paciente poderia estar desenvolvendo (fístulas, abcesso, bridas precoces), e atentando à adiposidade referida no enunciado, que dificultaria a visualização através de USG, o próximo passo diagnóstico é a realização de tomografia computadorizada, para orientar a conduta.