TORCHS Flashcards
TORCH
DEFINIÇÃO
Infecções adquiridas intraútero ou durante o trabalho de parto
Causas significativas de morbimortalidade neonatal
TORCH
ACRÔNIMO
5
Foram agrupadas as 5 infecções congênitas mais prevalentes:
T – toxoplasmose;
O – outras (sífilis);
R – rubéola;
C – citomegalovírus;
H – herpes simples vírus.
TORCH
RASTREAMENTO
1-30-S
RECOMENDAÇÃO - MS
(Rastreamento de rotina)
1º CONSULTA - PRÉ NATAL
* Sífilis,
* Toxoplasmose e
* HIV
30ª SEMANA DE GESTAÇÃO
* Hepatite B
SINAIS SUGESTIVOS:
* Rubéola
TORCH
RASTREAMENTO NÃO RECOMENDADO
Não é recomendado
* Citomegalovirose
* Hepatite C
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
AGENTE ETIOLÓGICO
Toxoplasma gondii (protozoário intracelular obrigatório)
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
TRANSMISSÃO
3
- Ingestão de cistos do parasita, presentes na carne animal
- Oocistos eliminados nas fezes de gatos, que podem contaminar alimentos, água ou outros materiais.
- TRANSMISSÃO VERTICAL
O risco de transmissão aumenta com o avanço da gestação
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
QUADRO CLINICO - ASSINTOMATICO
4
Imunocompetentes:
Assintomático (70%)
* Prematuridade
* Retardo no crescimento intrauterino,
* Anormalidades liquóricas
* Cicatrizes de corioretinite.
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
RISCO DE TRANSMISSÃO VERTICAL
1º trimestre:
15% - Possíveis complicações graves para o feto, incluindo óbito fetal ou neonatal e sequelas importantes.
2º trimestre:
25% - Apresenta manifestações subclínicas.
3º trimestre:
65% - manifestações subclínicas e, raramente, quadros graves de parasitemia.
Último mês de gestação:
Proximo de 100% de risco.
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
QUADRO CLINICO - MANIFESTAÇÕES GRAVES
10+
Manifestação graves (15%)
- Coriorretinite
- Convulsões
- Micro ou hidrocefalia
- Calcificações cranianas
- Icterícia
- Anemia
- Hiperproteinorraquia
- Febre
- Hipotermia
- Hepatoesplenomegalia
- Icterícia
- Vômitos
- Diarreia
- Linfoadenomegalia
- Pneumonite
- Apneia
- Taquipneia
- Diátese hemorrágica
- Rash cutâneo
- Catarata
- Glaucoma
- Microftalmia
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
TRIADE CLASSICA
3
- Coriorretinite
- Calcificações cerebrais difusas
- Hidrocefalia – não é comum.
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
SEQUELAS
3
- SEQUELAS NEUROLÓGICAS
- SEQUELAS OFTALMOLÓGICAS
- SEQUELAS AUDITIVAS
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
SEQUELAS NEUROLÓGICAS - TOXO SEM TTO
7
- Hidrocefalia
- Microcefalia
- Retardo psicomotor
- Convulsões
- Hipertonia muscular
- Hiper-reflexia tendinosa
- Paralisias
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
COMPLICAÇÕES OFTALMOLÓGICAS
5
- Microftalmia
- Sinéquia de globo ocular
- Estrabismo
- Nistagmo
- Catarata
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
SEQUELAS + GRAVES
4
- Retardo mental
- Convulsões
- Espasticidade ou paralisia
- Dificuldade visual e auditiva
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
DIAGNÓSTICO
6
- Teste do corante de SABIN FELDMAN (padrão-ouro)
- Teste de aglutinação (ISAGA);
- ELISA - IgM e igG
- IgA sérica;
- PCR
- Coleta LCR
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
RESSALVA - IgG no RN
No rn, a detecção de IgG não é adequada, devido a passagem transplacentária.
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
EXAMES RN - ALÉM DO DIAGNÓSTICO
- Estudo anatomopatológico da placenta, identifica processo inflamatório característico.
- Fundoscopia - coriorretinite está em atividade ou não.
- Audiometria - detectar lesões auditivas.
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
LCR - ACHADO
2
- Aumento da celularidade
- Hiperproteinorraquia
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
METODO DIAGNOSTICO - ENVOLVIMENTO
DO SNC
3
- Radiografia do crânio
- USG transfontanela
- TC de crânio
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
TTO
5
DURANTE A GESTAÇÃO - REDUZ TRANSMISSAO VERTICAL
* ESPIRAMICINA
SE INFECÇÃO FETAL:
* SULFADIAZINA
* PIRIMETAMINA +ÁCIDO FOLINICO
SE COMPROMETIMENTO SNC/OCULAR:
* PREDNISONA
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
TTO DO RN - DURAÇÃO
1 ANO
Primeiros 6 meses:
* monitoração hematológica semanal e depois mensal.
2º período de 6 meses:
* Sulfadiazina deve ser usada diariamente
* Pirimetamina em dias alternados.
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
NEUTROPENIA DURANTE TTO
ACHADO RELACIONADO A PIRIMETAMINA
* AUMENTA-SE O ÁCIDO FOLÍNICO PARA 10 MG DIARIAMENTE;
EM SITUAÇÕES GRAVES, COM LEUCÓCITOS < 500/MM3
* INTERROMPE-SE A PIRIMETAMINA.
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
PCTE SUSPEITO - SEGUIMENTO
O QUE PEDIR
3
-
Títulos de IgG devem ser solicitados a cada 2 ou 3 meses
– as crianças infectadas apresentarão títulos de IgG com 1 ano de vida ou aumentarão os títulos durante esse período, confirmando o diagnóstico. - Avaliações oftalmológicas - a cada 3 meses, como também após o término do tratamento, quando passam a ser anuais.
- Avaliação auditiva deve sempre ser realizada.
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
PREVENÇÃO
7
Cuidado com as gestante suscetíveis (soronegativas)
- Não comer carne crua ou mal passada;
- Ingerir frutas, legumes e verduras bem lavados e descascados;
- Evitar contato com fezes de gato;
- Evitar manipular areia e terra ou utilizar luvas;
- Lavar as mãos após manipular carne ou vegetais crus;
- Evitar insetos na cozinha;
- Consumir água filtrada ou fervida e leite pasteurizado.
SÍFILIS CONGÊNITA
AGENTE ETIOLÓGICO
Treponema pallidum
SÍFILIS CONGÊNITA
MORBIMORTALIDADE E TAXA DE TRANSMISSÃO VERTICAL
%%%
- 25% resultam em óbito fetal
- 25% em RN de baixo peso ou com infecção neonatal grave.
A taxa de transmissão das gestantes não tratadas para o feto é de 10% e pode ocorrer em qualquer período da gestação
SÍFILIS CONGÊNITA
ACHADOS - LABORATORIAIS
4
- Anemia;
- Trombocitopenia;
- Leucocitose ou leucopenia;
- Hiperbilirrubinemia.
SÍFILIS CONGÊNITA
QUADRO CLINICO - < 2 ANOS
2+9
Sífilis Congênita Precoce (< 2 ANOS)
- Prematuridade
- Baixo peso ao nascimento,
Manifestações são:
- Hepatomegalia com ou sem esplenomegalia;
- Lesões cutâneas, como: pênfigo palmoplantar e condiloma plano;
- Osteíte ou osteocondrite;
- Pseudoparalisia de Parrot;
- Sofrimento respiratório, com ou sem pneumonia;
- Rinite serossanguinolenta;
- Icterícia;
- Anemia;
- Linfadenopatia generalizada, principalmente epitroclear.
SÍFILIS CONGÊNITA
LEITE MATERNO - TRANSMITE
Leite materno não transmite sífilis
SÍFILIS CONGÊNITA
QUADRO CLINICO - > 2 ANOS
Sífilis Congênita Tardia (> 2 ANOS)
- Malformações ou sequelas da doença precoce,
Principais são:
- Tíbia em “lâmina de sabre”;
- Articulações de Clutton: edema indolor e persistente dos joelhos pela osteocondrite crônica;
- Fronte “olímpica”;
- Nariz “em sela”;
- Dentes de Hutchinson;
- Molares em “amora”;
- Rágades periorais;
- Mandíbula curta;
- Arco palatino elevado;
- Ceratite intersticial;
- Surdez;
- Dificuldade no aprendizado.
SÍFILIS CONGÊNITA
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
4+6
- Identificação do agente etiológico (PADRÃO OURO)
- Pesquisa Direta
-
Testes Não Treponêmicos – VDRL, RPR ou TRUST.
São muito sensíveis e pouco específicos, estando indicados para
o diagnóstico inicial e seguimento terapêutico. -
Testes Treponêmicos – FTA-Abs
Qualitativos para a detecção de anticorpos antitreponêmicos,
são altamente específicos e pouco sensíveis, ou seja, úteis para a
confirmação do diagnóstico.
Investigação Complementar
- Hemograma;
- Função hepática;
- Eletrólitos;
- Punção liquórica;
- Radiografia dos ossos longos;
- Avaliação oftalmológica, audiológica e neurológica.
SÍFILIS CONGÊNITA
CONFIRMAÇÃO VDRL - RN
Título 4x maior do que o título na amostra materna
A ausência dessa diferença de títulos não exclui a sífilis congênita.
- Os testes não treponêmicos não reagentes em RNs, mas com suspeita epidemiológica, devem ser repetidos no 1º mês de vida, em razão da possibilidade de soroconversão tardia.
SÍFILIS CONGÊNITA
VDRL - MATERIAL COLETADO NO CORDÃO UMBILICAL
RNs de mães com sífilis, mesmo os não infectados, podem apresentar anticorpos maternos transferidos através da placenta – por isso, os testes devem ser realizados a partir do
sangue do bebê, e não do cordão umbilical.