MENINGITE E MENINGOCOCCEMIA Flashcards
MENINGITE
DEFINIÇÃO
Processo inflamatório das membranas que recobrem o sistema nervoso
central (SNC), secundário à agressão de um agente que pode ser infeccioso ou não.
MENINGITE
ETIOLOGIA - DESTAQUE PELA FREQ. E GRAVIDADE
NA INFÂNCIA:
BACTERIANAS
MENINGITE
MENINGOENCEFALITE
Comprometimento encefálico.
MENINGITE
ETIOLOGIAS
4
- VIRUS
- BACTERIAS
- FUNGOS *
- PARASITAS *
*Imunodeficiência.
MENINGITE BACTERIANA
MOTIVO - QUEDA LETALIDADE DA DOENÇA
APÓS INTRODUÇÃO DO ATB EM 1940
V OU F
No Brasil, a meningite bacteriana ou doença meningocócica é endêmica, com
ocorrência de surtos de forma esporádica.
VERDADEIRO
MENINGITE
FAIXA ETARIA ACOMETIDA - SURTOS
Mudança na faixa etária acometida.
maior incidência em adolescentes e adultos jovens.
MENINGITE
FAIXA ETÁRIA MAIS PREVALENTE
< 5 ANOS
MENINGITE
FATOR ESSENCIAL NO DIAGNOSTICO ETIOLOGICO E NO TTO
IDADE DO PCTE
MENINGITE
AGENTES ETIOLÓGICOS - NEONATAL
3
Bactérias que colonizam o canal do parto.
E. coli, Streptococcus do grupo B E Listeria monocytogenes.
MENINGITE
AGENTES ETIOLÓGICOS - 1m-5a
2
- Streptococcus pneumoniae (pneumococo)
- Neisseria meningitidis (meningococo),
H. INFLUENZAE JÁ FOI CAUSA MAIS COMUM. POREM VACINAÇÃO ALTEROU ISSO.
MENINGITE
FATOR DE RISCO PARA ETIOLOGIA TUBERCULOSA
COINFECCAO TB-HIV
JUNTAMENTE COM OUTROS AGENTES
OPORTUNISTAS.
MENINGITE
COMO A BACTERIA CHEGA AO SNC
3
- Via hematogênica, após colonização ou infecção subclínica da via aérea superior.
- Acesso por contiguidade, devido a infecções de ouvido ou seios paranasais, é ocasional.
- Traumas e feridas cirúrgicas também podem facilitar o acesso de bactérias ao SNC.
MENINGITE
FISIOPATOLOGIA
Processo inflamatório por meio de diferentes componentes e toxinas iniciado pelo agente invasor. (Endotoxinas e lipopolissacarídeos de membrana fazem a liberação de mediadores da inflamação e citocinas.
.
Essas substâncias liberadas em excesso e de forma desordenada, condicionando a maioria dos sinais e sintomas clínicos, estando, inclusive, associadas ao prognóstico e letalidade da doença.
MENINGITE
MEDIADORES - PROCESSO INFLAMATÓRIO
3
- FNT
- IL
- FAP
MENINGITE
TRANSMISSÃO
2
- Contato direto pessoa a pessoa
- Secreções respiratórias de pessoas infectadas, assintomáticas ou doentes.
A transmissão por fômites não é importante.
MENINGITE
PERIODO DE INCUBAÇÃO
EM MÉDIA
3-4 dias (2-10 dias)
DOENÇA MENINGOCÓCICA
DEFINIÇÃO
- Infecção causada pela bactéria Neisseria meningitidis, também conhecida como meningococo.
- Ela pode causar meningite, e também pode levar a uma infecção generalizada, conhecida como sepse meningocócica.
DOENÇA MENINGOCÓCICA
FATOR - DESENVOLVER DOENÇA INVASIVA
3
Dependerá da:
1. Virulência da cepa,
2. Condições imunitárias do hospedeiro e da
3. Capacidade de eliminação do agente da corrente sanguínea
MENINGITE
PERIODO DE TRANSMISSÃO
Persiste até que o meningococo ou o agente etiológico responsável desapareça da orofaringe.
GERAL: BACTERIA 24h APÓS INICIO DO ATB
MENINGITE
QUADRO CLINICO - NEONATO
7
Mesmos encontrados em qualquer infecção grave nesse período.
- DIFICULDADE PARA SE ALIMENTAR,
- HIPOATIVIDADE,
- HIPORREFLEXIA,
- HIPO OU HIPERTERMIA,
- VÔMITOS,
- CONVULSÕES,
- PACIENTE QUE ‘’NÃO ESTÁ BEM’’ (AVALIAÇÃO DOS GENITORES)
MENINGITE
QUADRO CLINICO - LACTENTES
Inespecífico
- Febre e vômitos estão quase sempre presentes,
- Alterações do sensório (irritabilidade, sonolência, torpor)
- comprometimento do estado gral (hipoatividade, falta de apetite).
Os sinais de irritação meníngea são raros nessa idade, mas é possível observar:
* Abaulamento da fontanela anterior,
* Manifestação de hipertensão intracraniana.
* Convulsões associadas à febre neste grupo etário podem corresponder à MB,
MENINGITE
RASH MACULOPAPULAR
Um rash maculopapular, não petequial, difícil de distinguir de um exantema de origem
viral e geralmente de curta duração, pode estar presente no início do quadro em até
15% das crianças com meningococcemia.
MENINGITE
QUADRO CLINICO - CRIANÇAS
Sinais e sintomas já descritos +
* Cefaleia importante (devida à hipertensão intracraniana)
Sinais mais específicos de irritação meníngea
* Rigidez de Nuca
* Sinais de Kernig
* Brudzinski e
* Lasegue,
Todos eles traduzindo a dor e a defesa nas tentativas de alongar as meninges inflamadas que recobrem a medula.
MENINGITE
DEFINIÇÃO - CASOS SUSPEITOS
7
Crianças acima de 1 ano de idade e adultos com:
* FEBRE,
* CEFALEIA,
* VÔMITOS,
* RIGIDEZ DA NUCA E
* OUTROS SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA (KERNIG E BRUDZINSKI),
* CONVULSÕES
* MANCHAS VERMELHAS NO CORPO.
MENINGOCÓCCEMIA
DEFINIÇÃO - CASOS SUSPEITOS
1+6
- ERITEMA/EXANTEMA
SINAIS E SINTOMAS INESPECÍFICOS (SUGESTIVOS DE SEPTICEMIA)
* HIPOTENSÃO,
* DIARREIA,
* DOR ABDOMINAL,
* DOR EM MEMBROS INFERIORES,
* MIALGIA,
* REBAIXAMENTO DO SENSÓRIO,
MENINGITE
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico Laboratorial
Análise do LCR
MENINGITE
ADIAR - COLETA LCR
A coleta de LCR não deve ser adiada quando há suspeita de MB
MENINGITE
CONTRAINDICAÇÕES - COLETA LCR
1+3
Instabilidade cardiorrespiratória severa
.
Relativas:
* Hipertensão intracraniana,
* Distúrbios graves da coagulação,
* Infecção no local da punção
MENINGITE
CARACTERISTICAS DO LCR
MENINGITE
Para a confirmação etiológica existem exames de presunção, alguns mais específicos
do que outros, porém nenhum substitui a cultura bacteriana como único exame que
permite confirmar o agente responsável.
MENINGITE
PROBLEMA - COLETA LCR
2
- Possibilidade de contaminação da amostra
- Tempo para cultura positivar (>48h)
MENINGITE
EXAMES MAIS RAPIDOS - CULTURA LCR
3
Dentre os exames mais rápidos, destacam-se:
* Bacterioscopia
* Pesquisa de antígenos bacterianos
* PCR
MENINGITE
BACTERIOSCOPIA
COLORAÇÃO DE GRAM
Permite a visualização da bactéria em poucos minutos.
- Pneumococos aparecem como diplococos gram-positivos,
- Haemophilus infleunzae B (HiB) é visualizado como bastonete gram-negativo,
- Meningococos se caracterizam por serem diplococos gram-negativos intra e extracelulares.
MENINGITE
PESQUISA DE ANTÍGENOS BACTERIANOS
2
- Testes de contraimunoeletroforese (CIE)
- Aglutinação de látex (LA)
podem ser detectados antígenos bacterianos
O resultado é obtido em poucos minutos (LA) ou horas (CIE).
MENINGITE
SE CULTURA LCR (-) - QUAL EXAME FAZER
Hemocultura
MENINGITE
COMPLICAÇÃO FREQUENTE E QUAL EXAME PEDIR
Secreção inadequada de hormônio antidiurético (ADH)
IONOGRAMA
MENINGITE
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
No período neonatal, os sinais e sintomas da MB podem ser confundidos com qualquer
infecção grave desse período de vida (pneumonias, septicemias) e também com outras
doenças próprias do neonato, tais como doenças metabólicas e doenças neurológicas
características desse período, como encefalopatia hipóxica ou hemorragias
intracranianas. Em idades posteriores é essencial considerar as outras etiologias
infecciosas das meningoencefalites:
* Meningoencefalite por fungos
* Meningoencefalite tuberculosa
* Meningismo
* Meningoencefalites parasitárias
MENINGITE
EXAMES DE IMAGEM
3
- USG transfontanela
- TC CRANIO
- RM
São úteis na avaliação das complicações no decorrer da doença, mas não fazem parte da rotina diagnóstica inicial da MB.
MENINGOENCEFALITE POR FUNGOS
CARACTERISTICAS
2
- Pouco frequente em indivíduos imunocompetentes
- Sinais de infecção em outros parênquimas (pulmões).
MENINGOENCEFALITE POR FUNGOS
AGENTES ETIOLÓGICOS
2
Os agentes mais frequentes:
* Candida albicans
* Cryptococcus neonformans.
MENINGOENCEFALITE POR FUNGOS
TTO
Empírico - Antifúngicos sistêmicos
Anfotericina B (100mg/kg/dia).
Alternativa:
Fluconazol (3mg/kg/dia).
Esse tratamento deve ser feito por períodos prolongados (6-12 semanas).
MENINGOENCEFALITE TUBERCULOSA
QUANDO SUSPEITAR
- Evolução subagudas
- Alterações liquóricas caracteristicas
MENINGISMO
DEFINIÇÃO
Quadro clínico caracterizado pela presença de sinais de irritação meníngea, porém com exame de LCR normal, em pacientes com infecções em outros sítios (pneumonias, otites).
É característica:
* Rigidez nucal,
* Fotofobia e
* Cefaleia.
MENINGOENCEFALITE PARASITÁRIAS
QUANDO SUSPEITAR
2
EPIDEMIOLOGIA + EOSINOFILIA NO LCR.
MENINGOENCEFALITE PARASITÁRIAS
AGENTES ETIOLÓGICOS
4
- Toxoplasma gondii
- Taenia solium
- Schistosoma manson
- P. falciparum.
MENINGITE
TTO
2
ATB + SUPORTE
ATB MAIS PRECOCEMENTE POSSÍVEL
Logo após a punção lombar e a coleta de sangue para hemocultura.
MENINGITE
ATB - < 2m
2
Associação da ampicilina com uma cefalosporina de terceira geração (cefotaxima).
AMPICILINA + CEFOTAXIMA
.
ALTERNATIVA:
Associação de ampicilina com um aminoglicosídeo (gentamicina ou amicacina)
EVITAR CEFTRIAXONA = COMPETE COM A BILIRRUBINA
DOENÇA MENINGOCÓCICA
ATB DE ESCOLHA
MENINGITE
ATB - ETIOLOGIA
MENINGITE
TTO DE SUPORTE
9
- INTERNAÇÃO
- HIDRATAÇÃO
- ALIMENTAÇÃO
- FÁRMACOS VASOATIVOS *
- CORTICOTERAPIA *
- ANTITÉRMICOS, *
- ANALGÉSICOS, *
- ANTICONVULSIVANTES *
- DIURÉTICOS *
*SE NECESSÁRIO
MENINGITE
INTERNAMENTO
1+4
Regime de Isolamento individual
Vigilância de:
* FUNÇÃO RESPIRATÓRIA
* SINAIS DE ESTABILIDADE CARDIOCIRCULATÓRIA,
* HIDRATAÇÃO
* EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO E METABÓLICO
MENINGITE
QUANDO USAR FÁRMACOS VASOATIVOS
Deterioração da situação cardiocirculatória
Deverão ser prescritos precocemente
MENINGITE
CORTICOTERAPIA
Eficácia comprovada nas MBs causadas por H. influenzae e outras etiologias.
Esquemas sugeridos:
Dexametasona - INICIO 15MIN ANTES DA 1º DOSE ATB
MENINGITE
MÁ EVOLUÇÃO CLINICA
Reavaliações laboratoriais ( 48-72 horas)
Ausência de melhora nos parâmetros laboratoriais do LCR:
Mudança terapêutica - TROCAR O ATB
MENINGITE
FATORES - PROGNÓSTICO
4
- Agente etiológico (Pior em pneumococos e enterobactérias)
- Faixa etária (Quanto + jovem pior)
- Tempo de doença (Quanto + demorar o inicio do ATB pior)
- Situação neurológica inicial (Quanto + acometimento inicial pior)
MENINGITE
IMUNIZAÇÃO
2
Vacina Meningocócica C
2 doses (3 e 5 meses de vida) + Reforço (1 ano)
Vacina ACWY
Crianças de 11 e 12 anos.
MENINGITE
VACINA MENINGOCÓCICA B
Disponivel apenas na rede privada
DOENÇA MENINGÓCOCICA
QUIMIOPROFILAXIA DOS CONTACTANTES
Medida eficaz na prevenção de casos secundários
Está indicada para os contatos próximos de casos suspeitos de doença
meningocócica.
Os casos secundários são raros, e geralmente ocorrem nas 1º’s 48 horas a partir do primeiro caso.
DOENÇA MENINGÓCOCICA
DEFINIÇÃO - CONTATOS PROXIMOS
4
- MORADORES DO MESMO DOMICILIO,
- INDIVÍDUOS QUE COMPARTILHAM O MESMO DORMITÓRIO
- COMUNICANTES DE CRECHES E ESCOLAS,
- PESSOAS DIRETAMENTE EXPOSTAS AS SECREÇÕES DO PACIENTE.
Todos os contatos próximos de um caso de doença meningocócica, independentemente do
estado vacinal, deverão receber a quimioprofilaxia.
DOENÇA MENINGÓCOCICA
QUIMIOPROFILAXIA - PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM CONTATO
Aqueles que realizaram procedimentos invasivos sem utilização de EPI
equipamento de proteção individual adequado
(intubação orotraqueal, passagem de cateter nasogástrico)
DOENÇA MENINGÓCOCICA
ATB DE ESCOLHA - QUIMIOPROFILAXIA
Rifampicina
Alternativamente, outros antibióticos podem ser utilizados para a quimioprofilaxia.
MENINGITE
NOTIFICAÇÃO
Notificação compulsória NO SINAN
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)