DIABETES | CETOACIDOSE DIABÉTICA Flashcards
DIABETES
DEFINIÇÃO
Síndrome metabólica caracterizada pela presença de hiperglicemia, com
várias etiologias possíveis.
DIABETES
GRUPO MAIS AFETADO - DM1
Majoritariamente, crianças e adolescentes e, às vezes, em adultos jovens, sendo raro em adultos e idosos.
DIABETES
DIAGNÓSTICO - EXAMES
- Valores de glicemia em jejum ou após
- TOTG
- Hemoglobina glicada (HbA1c)
- Glicemia aleatória
DIABETES
TIPO MAIS PREVALENTE DE DM NA PEDIATRIA
DM1
DIABETES MELLITUS 1
DEFINIÇÃO
DM1 é uma doença crônica. Ela surge da interação entre fatores genéticos e ambientais, levando a uma reação autoimune contra as células beta do pâncreas. Isso leva à falta de insulina e ao aumento dos níveis de glicose no sangue.
DIABETES MELLITUS 1
O QUE PODE DESENCADEAR UM PROCESSO AUTOIMUNE NA DM1?
ALGUM FATOR AMBIENTAL
DIABETES MELLITUS 1
FASES DA PROGRESSÃO DA DM1 - REPERCUSSOES CLINICAS
Inicialmente, ocorre diminuição da secreção de
insulina, mas com manutenção dos níveis glicêmicos e sem repercussão clínica. (SUBCLINICO)
Posteriormente, há a evolução progressiva dos sintomas e sinais típicos, quando, geralmente, é feito o diagnóstico. (CLINICA)
Finalmente, alguns meses após o diagnóstico
clínico, a destruição maciça das células beta cursa com insulinopenia absoluta e
dependência da insulina exógena.
DIABETES MELLITUS 1
DESCREVA A FASE LUA DE MEL - DM1
Fase de ‘’lua-de-mel’’ ou fase de remissão nos primeiros meses após o TTO, quando a necessidade de insulina exógena é muito pequena.
Ocorre devido a presença ainda minima de 20-30% de células betas funcionantes.
DIABETES
MECANISMOS LIBERADORES DA INSULINA
Sua secreção em resposta à alimentação é extraordinariamente modulada pela interação de mecanismos:
1. neurais,
2. hormonais e
3. relacionados aos substratos.
DIABETES
PERIODO PÓS PRANDIAL - INSULINA E ESTADO
- estado anabólico pós-prandial com insulina alta
DIABETES
PERIODO EM JEJUM- INSULINA E ESTADO
- estado catabólico em jejum com insulina baixa.
DIABETES MELLITUS 1
INSULINA e ESTADO - DM1
HÁ baixos níveis de insulina, resultando em um estado catabólico que não é revertido pela alimentação.
DIABETES MELLITUS 1
ACHADO PÓS PRANDIAL - DM1
Com pouca insulina, a utilização de glicose pelos músculos e gordura diminui, levando à hiperglicemia após as refeições.
DIABETES MELLITUS 1
LIMIAR RENAL - GLICOSURIA
A hiperglicemia produz uma diurese osmótica (glicosúria) quando o limiar renal é excedido (180mg/dL).
DIABETES MELLITUS 1
CAUSA - HIPERSSECREÇÃO DE HORMONIOS DE ESTRESSE
(epinefrina, cortisol, GH e glucagon)
A perda resultante de calorias e eletrólitos, bem como a desidratação persistente, produz um estresse fisiológico.
DIABETES MELLITUS 1
AÇÃO - HORMONIOS DO ESTRESSE
contribuem para a descompensação metabólica ao prejudicarem ainda mais a
secreção de insulina (epinefrina), antagonizarem a sua ação (epinefrina, cortisol, GH).
CONTRA-REGULADORES
DIABETES MELLITUS 1
INSULINOPENIA + HORMONIOS CONTRA-REGULADORES
Resulta em lipólise acelerada e síntese
prejudicada de lipídios, com resultantes aumentos em:
* lipídios totais,
* colesterol,
* triglicerídeos e
* ácidos graxos livres.
DIABETES MELLITUS 1
FORMAÇÃO - CORPOS CETÔNICOS
Deficiência de insulina e o excesso de glucagon desvia os ácidos graxos livres para formação de corpos cetônicos.
DIABETES MELLITUS 1
ACUMULAÇAO DE CETOACIDOS - RESULTADO
A acumulação destes cetoácidos resulta em acidose metabólica (cetoacidose diabética)
DIABETES MELLITUS 1
ACHADO NO EXAME PULMONAR - CARACTERISTICO DE ACIDOSE
e respiração profunda compensadora em uma tentativa de excretar o excesso de CO2. (LAVAR O CO2)
(respiração de Kussmaul).
DIABETES MELLITUS 1
ACHADO NO EXAME FISICO - CARACTERISTICO DE CETOACIDOSE
Odor de fruta do hálito.
devido a Acetona, formada pela conversão não-
enzimática de acetoacetato.
DIABETES MELLITUS 1
CETONAS - EXCREÇÃO
VIA RENAL
encontradas na urina.
DIABETES MELLITUS 1
PADRAO DE HERANCA - DM1
O DM1 tem padrão de herança poligênica, modulada por fatores ambientais.
DIABETES MELLITUS 1
SE HOUVER CASOS DE DM1 NA FAMILIA, A CRIANÇA TERÁ?
A presença do risco genético não garante o desenvolvimento do DM1.
DIABETES MELLITUS 1
ANTIGENO COM MAIOR RELAÇÃO - DM1
Cerca de 95% dos pacientes com DM1 possuem antígenos de classe II HLA DR3 ou DR4
DIABETES MELLITUS 1
QUAIS FATORES - INICIAM PROCESSO AUTOIMUNE E QUAL MAIS IMPORTANTE
- Alimentos,
- medicamentos,
- infecções virais
- sazonalidade e
- localização geográfica
podem desencadear o processo de autoimunidade contra as células B no DM1.
DIABETES MELLITUS 1
INFECÇÃO QUE CAUSA DESTRUIÇÃO DIRETA DA CELULA B PANCREATICA
Coksakie A
DIABETES MELLITUS 1
MECANISMO MAIS ACEITO - PROCESSO AUTOIMUNE VIRAL
O mecanismo de mímica molecular
A célula infectada por um vírus apresenta proteínas com sequências de aminoácidos semelhantes às proteínas das células beta do pâncreas, desencadeando uma resposta imune contra essas células.
FISIOPATOLOGIA - DM1 (MIMICA MOLECULAR)
AÇÃO - LINFÓCITO T CD8
Ação citotóxica contra a célula infectada, mas também contra as células beta, em virtude da semelhança dos antígenos.
FISIOPATOLOGIA - DM1
MECANISMO ALTERNATIVO - PROCESSO AUTOIMUNE VIRAL
infecção viral da própria célula beta.
A infecção leva à adesão de leucócitos
circulantes e a apresentação de antígenos pelas células beta infectadas aos
macrófagos e linfócitos.
FISIOPATOLOGIA - DM1
ALÉM DOS LINFÓCITOS CD8, QUAIS OUTRA CELULAS ESTÃO ENVOLVIDADAS NO ATAQUE ÀS CÉLULAS B PANCREATICAS?
(macrófagos, linfócitos CD4 e CD8)
FISIOPATOLOGIA - DM1
DESTRUIÇÃO AUTOIMUNE APÓS INICIO DA INSULINOTERAPIA
HÁ UMA DESACELERAÇÃO DO PROCESSO AUTOIMUNE, APÓS O INICIO DA INSULINOTERAPIA. DEVIDO A MENOR PRODUÇÃO DE INSULINA PELO PANCREAS, DIMINUINDO A EXPOSICAO AOS ANTIGENOS.
FISIOPATOLOGIA - DM1
INTERVALO INICIO DO PROCESSO AUTOIMUNE ATÉ OS SINTOMAS CLINICOS
PODE DEMORAR VARIOS ANOS.
FISIOPATOLOGIA - DM1
DETECÇÃO PRÉ-HIPERGLICEMICA - MARCADORES (5)
Os mais utilizados são:
1. anticorpos anti-ilhotas pancreáticos (ICA),
1. os autoanticorpos anti-insulina (AAI),
1. os anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico (GAD),
1. o antitirosinofosfatase ICA 512/IA2 e o
1. anticorpo antitransportador 8 de zinco (ZnT8).
A presença de dois ou mais anticorpos
representa elevado risco de evolução para diabetes.
DIABETES MELLITUS 1
QUADRO CLINICO - DM1 (4P)
DM1 – quadro clínico é bastante sugestivo:
* polidipsia,
* polifagia,
* poliúria e
* perda de peso.
Se o diagnóstico não for suspeitado nesse momento, o paciente progredirá
com quadro de desidratação e acidose, podendo chegar à cetoacidose diabética
(CAD).
DIABETES MELLITUS 1
REFLETE DIMINUIÇÃO DE CÉLULAS BETA
O aumento dos sintomas reflete a massa de células beta em diminuição
* a piora da insulinopenia,
* a hiperglicemia progressiva
* eventual cetoacidose.
DIABETES MELLITUS 1
LIMIAR RENAL EXCEDIDO - SINTOMAS
Agravamento dos sintomas
* poliúria
* noctúria intermitente.
* enurese noturna
* polidipsia
DIABETES MELLITUS 1
SINTOMA ASSOCIADO A GLICOSURIA
A Perda de calorias pela glicosuria desencadea uma **hiperfagia compensadora. **
Se sintoma não for atendido, sucede perda de gordura corporal, peso e reservas subcutaneas
DIABETES MELLITUS 1
COMPLICAÇÃO GINECÓLOGICA EM MULHERES - GLICOSURIA
vaginite por cândida devido à glicosúria crônica.
DIABETES MELLITUS 1
EXCESSO DE CETOACIDOS - SINTOMAS (3)
- Desconforto abdominal
- Náusea e
- Vômito
DIABETES MELLITUS 1
CAD - PREVALENCIA ANTES DO DIAGNÓSTICO DE DIABETES
Cerca de 20%-40% das crianças com diabetes de início novo progridem para CAD antes do diagnóstico.
DIABETES MELLITUS 1
DM1 - EVOLUÇÃO PELA FAIXA ETÁRIA
Em lactentes:
a maior parte da perda de peso é perda aguda de água.
Em crianças e jovens:
progressão inteira acontece muito mais rapidamente (ao longo de algumas semanas).
Em adolescentes:
Mais prolongada (durante meses), e a maior
parte da perda de peso representa perda de gordura devido à inanição prolongada.
DIABETES MELLITUS 2
DEFINIÇÃO
Resistência insulínica associada à deficiência na produção de insulina.
DIABETES MELLITUS 2
DIABETES MELLITUS 2 - FATORES DE RISCO
Geralmente, acomete
* adolescentes obesos,
* portadores de acantose nigricans
* sexo feminino.
* Antecedentes familiares de DM.
DIABETES MELLITUS 2
QUADRO CLINICO - DM2
Pode ser assintomático ou
* discreta poliúria
* polidipsia
* perda de peso
VERDADEIRO OU FALSO
Na adolescência, a evolução para CAD no DM2 é mais frequente que no adulto.
VERDADEIRO
DIABETES MELLITUS 1
TTO - DM1
- insulinoterapia,
- monitoração,
- dieta e
- atividade física.
DIABETES MELLITUS 2
EDUCAÇÃO EM DIABETES - OBJETIVOS
- restabelecer as funções metabólicas,
- evitar complicações agudas,
- manter a glicemia o mais próxima possível de valores normais
- retardar ou evitar as complicações crônicas, oferecendo qualidade de vida semelhante
ao normal.
DIABETES MELLITUS 2
DESAFIOS - CONTROLE DA DIABETES NA PEDIATRIA
A dificuldade de aceitação deesquemas terapeuticos pela família. Além do maior número de picadas imposto ao paciente para medir a glicemia diariamente.
DIABETES
OBJETIVO - INSULINOTERAPIA
Imitar a secreção fisiológica pancreática.
Na maior parte do dia, a insulina é liberada na circulação portal de forma basal e, quando há ingestão alimentar, em bolus.
DIABETES
TIPOS DE INSULINA
DIABETES
TIPOS DE INSULINA HUMANA (2)
A insulina Regular (R)
deve ser usada para correções de glicemias elevadas ou como insulina pré-prandial para que o pico de ação coincida com a
absorção do alimento.
A neutra protamina hagedorn (NPH) possui composição que retarda a absorção da
insulina após a aplicação subcutânea, o que atrasa o início e o pico de ação da
insulina. Apresenta maior duração de ação, associada ao pico geralmente após
6 a 8 horas da aplicação, podendo ser usada como insulina que mantém níveis séricos entre as refeições, podendo ser aplicada de 1 a 4x ao dia.
DIABETES
INSULINAS DE AÇÃO ULTRARRÁPIDA - VANTAGENS
- aspart,
- lispro e
- glulisina.
Essas insulinas possuem início de ação mais rápido, pico mais precoce e tempo de duração mais curto que a insulina R.
Devem ser administradas entre 15 minutos e imediatamente antes das refeições, para controle da glicemia pós-prandial.
menor risco de hipoglicemias e efeito na hemoglobina glicada similar ou
benéfico.
DIABETES
INSULINAS DE AÇÃO PROLONGADA - VANTAGENS
- glargina,
- detemir e
- degludeca.
Tentam imitar a secreção basal de insulina.
A eficácia clínica e a tolerabilidade foram comparadas principalmente à NPH, mostrando redução de hipoglicemias, sobretudo noturnas.
DIABETES
INSULINAS DE AÇÃO PROLONGADA - ASSOCIAÇÃO COM OUTRAS
não devem ser misturadas a outras insulinas por causa do risco de modificação da
farmacocinética de uma delas.
DIABETES
QUANDO INICIAR INSULINOTERAPIA - DM1
Assim que for feito o diagnóstico de DM1.
DIABETES
PCT RECEM DIAGNOTICADO COM DESCONTROLE GLICEMICO - QUAL INSULINA UTILIZAR
insulina de ação rápida ou ultrarrápida,
até a obtenção de valores glicêmicos mais baixos e a estabilização do quadro clínico.
DIABETES
DOSE INICIAL - INSULINOTERAPIA
INICIAL:
0,5 U/kg/dia.
ALTERANDO ATÉ:
0,3 a 0,7 U/kg.
DIABETES
AJUSTE DA INSULINA - QUANTIDADE
O AJUSTE É FEITO BASEADO NA GLICEMIA CAPILAR E O AJUSTE VARIA SEMPRE EM CERCA DE +-10-20% DA DOSE TOTAL.
DIABETES MELLITUS 1
DEFINIÇÃO - FASE LUA DE MEL
período no qual as células-beta ainda conseguem produzir e secretar alguma quantidade de insulina.
fase de ‘’lua-de-mel’’ ou de fase de remissão.
DIABETES MELLITUS 1
NADIR - FASE LUA DE MEL
3-6º MÊS
DIABETES MELLITUS 1
OBJETIVO HBA1C - TTO DM1
Atingir valores próximos do normal de hemoglobina glicada, minimizando o número de episódios de hipoglicemia.
DIABETES MELLITUS 1
FATORES QUE INFLUENCIAM - ESQUEMA TERAPEUTICO DM1 (6)
- Idade,
- estágio puberal,
- horário de escola,
- frequência e intensidade de atividades físicas,
- padrão de alimentação,
- aceitação pelo paciente e pela família do esquema proposto.
DIABETES
ESQUEMA CONVENCIONAL INTENSIFICADO - INSULINOTERAPIA
NPH + REGULAR
2 a 3 doses de insulina NPH diariamente, em horários e doses pré-fixados, geralmente antes do café, almoço e ao deitar, associada à insulina R nas grandes refeições.
DIABETES
ESQUEMA INTENSIVO - INSULINOTERAPIA
NPH/GLARGINA/DETERMIR + LISPRO/ASPART
É um tipo de tratamento que ajusta a dose de insulina durante o dia, utilizando uma insulina basal para períodos inter-refeições e outra para controlar a elevação da glicemia após as refeições.
Insulinas de ação intermediária (NPH) ou prolongadas (glargina ou detemir) como insulina basal, e análogos ultrarrápidos (lispro ou aspart) para ação prandial.
DIABETES MELLITUS 1
Padrão-ouro do tratamento do DM1.
SISTEMA DE INFUSÃO CONTÍNUA DE INSULINA (SICI) - INSULINOTERAPIA
sistema de ejeção de insulina acoplado a um cateter que se conecta a uma cânula fixada ao subcutâneo, mantendo a liberação de insulina basal durante as 24 horas do dia.
Está associado à melhora do controle glicêmico e menor risco de hipoglicemia.
DIABETES
EFEITOS COLATERAIS - INSULINOTERAPIA
- Lipodistrofias (FATOR ANABÓLICO)
- Hipoglicemia
Pode ocorrer quando há inadequada proporção entre a dose de insulina administrada e a dieta e a atividade física do paciente.
DIABETES
MONITORAÇÃO GLICEMICA DOMICILIAR - IMPORTANCIA
Serve para ajustar o calculo da dose de insulina basal e pós prandial.
DIABETES
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL - DIABETES
6 refeições ao dia
Frutas, verduras e legumes devem ser incluídos, enquanto alimentos gordurosos devem ser evitados e açúcares de absorção rápida devem ser reduzidos.
DIABETES
ATIVIDADE FISICA - VANTAGENS (7)
VANTAGENS:
* Menor utilização de glicose pelo músculo,
* Menor produção de corpos cetônicos.
* Redução da resistência periférica à insulina,
* Redução dos valores de LDL-colesterol e triglicérides,
* Maior consumo energético e
* Melhor controle do peso.
DIABETES
CUIDADOS - INSULINOTERAPIA E ATIVIDADE FISICA
é essencial ajustar a dose da insulina e a alimentação de acordo com a intensidade, duração e frequência do exercício.
Atividade aeróbica, com duração de 40 a 60 minutos, intensidade moderada!
DIABETES
ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL - FREQUENCIA CONSULTAS
DEPENDE DO CONTROLE GLICEMICO. SE OK:
Após o Diagnóstico:
não se deve espaçar os intervalos das consultas por mais de 1 mês;
Após controle glicemico:
Consultas a cada 3 ou 4 meses são suficientes.
DIABETES
EXAME REPRESENTA A MÉDIA DOS ULTIMOS 3 MESES - GLICEMIA
hemoglobina glicada
DIABETES MELLITUS 1
EXAMES REALIZADOS ANUALMENTE - RASTREIO DE COMPLICAÇÕES DM1
- Perfil lipídico
- Função renal
- Proteinúria (ou microalbuminúria, quando possível),
- Função tireoidiana
- Fundo de olho
CETOACIDOSE DIABÉTICA
CAD - DEFINIÇÃO
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Condição resultante da insuficiente ação da insulina e do aumento de hormônios contrarreguladores em resposta ao estresse.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
1º CAUSA DE MORTALIDADE CRIANÇAS E ADOLESCENTES - DM
As complicações da CAD
* edema cerebral
* acidose
* distúrbios hidroeletrolíticos graves
CETOACIDOSE DIABÉTICA
INSUCESSO TERAPEUTICO - ASSOCIA-SE
A recorrência frequente de episódios de CAD.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
FISIOPATOLOGIA - CAD (alterações principais)
Resulta da combinação de duas alterações principais:
- deficiência de insulina (relativa ou absoluta)
- ação aumentada dos hormônios contrarreguladores da insulina
CETOACIDOSE DIABÉTICA
CAUSAS - AUMENTO HORMONIOS CONTRARREGULADORES
INTERCORRENCIA AGUDA
* infecções,
* traumas ou
* alterações emocionais.
A própria hiperglicemia, por causar diurese osmótica e hipovolemia.
É capaz de estimular a secreção dos hormônios contrarreguladores.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
DEFICIENCIA DE INSULINA + AUMENTO DE HORMONIOS CONTRARREGULADORES - METABOLISMO
Metabolismo reage:
* elevação da produção de glicose
* proteólise e
* lipólise.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
CAUSA - RESISTENCIA INSULINICA NA CAD
- Ação dos hormônios contrarreguladores
- Níveis plasmáticos elevados dos ácidos graxos livres e dos corpos cetônicos.
CETOACIDOSE DIABETICA
CONSEQUENCIAS - CETONEMIA + HIPERGLICEMIA (6)
CETONEMIA= PRESENCA DE CETONAS NO SANGUE
- Cetonúria,
- glicosúria,
- diurese osmótica,
- vômitos
- desidratação e
- espoliação corporal de minerais.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Quanto maior a ——, menor o ritmo de filtração glomerular.
GLICEMIA
CAUSA - CAD
Aumento do fluxo de água livre do compartimento intracelular para o extracelular devido à elevação da osmolaridade plasmática e a elevação de ácidos graxos livres no plasma.
HIPONATREMIA DILUCIONAL
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Osmóis idiogênicos - DEFINIÇÃO
Na hipernatremia, o cérebro gera osmóis idiogênicos para aumentar a osmolaridade intracelular e impedir que perca água.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
CAUSA - PERDA PONDERAL
As alterações no metabolismo de carboidratos, lipídios e
proteínas gera um estado de catabolismo celular, o que justifica a intensidade da perda ponderal.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
PREVALENCIA DA PRIMODESCOMPENSAÇÃO DIABÉTICA COMO FORMA INICIAL DA DOENÇA - CRIANÇAS E ADOLESCENTES
25 a 40%
A CAD representou a forma inicial de manifestação da doença.
(primodescompensação diabética).
CETOACIDOSE DIABÉTICA
QUADRO CLINICO - CAD
**Os principais sintomas da CAD são: **
1. polidipsia,
2. poliúria,
3. noctúria,
4. polifagia,
5. anorexia
6. náuseas,
7. vômitos,
8. dor abdominal e
9. perda ponderal.
Polifagia É um sintoma proeminente no DM descompensado, quando o distúrbio metabólico se agrava, passa a predominar a anorexia.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
ALTERAÇÕES - EXAME FISICO (8)
PEDIATRIA
- hálito cetônico,
- rubor facial,
- desidratação,
- taquicardia,
- hipotensão,
- redução da perfusão periférica,
- hiperventilação (respiração de Kussmaul) e
- dor abdominal.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
SINAIS E SINTOMAS - CASOS MAIS GRAVES CAD
- Sonolência
- Rebaixamento do nível de consciência e
- Coma.
- Fraqueza muscular,
- hipertermia e
- dor abdominal intensa
(simulando apendicite, pancreatite ou abdome agudo cirúrgico.)
CETOACIDOSE DIABÉTICA
TTO - DOR ABDOMINAL
Dor abdominal desaparece com a:
1. hidratação,
2. a correção dos distúrbios eletrolíticos e
3. a insulinoterapia.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
CARACTERISTICAS - LABORATORIAL
- hiperglicemia
- acidose metabólica (pH < 7,3 e/ou bicarbonato inferior a 15 mEq/L) com elevação do ânion gap e
- presença de cetonemia
- cetonúria
DIABETES
CETONEMIA - DEFINIÇÃO
- cetonas séricas superiores a 3 mg/dL ou
- fortemente positivas em diluição do soro superior a 1:2
DIABETES
HIPERGLICEMIA - DEFINIÇÃO
Glicemia superior a 200 mg/dL
DIABETES
CETONÚRIA - ACHADO
Resultado positivo na reação urinária com nitroprussiato de sódio.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
TTO - OBJETIVO E CONDUTA
OBJETIVO:
Restabelecimento das condições gerais do paciente, com especial atenção para a progressiva correção dos distúrbios hidroeletrolíticos.
ABC DA EMERGENCIA (AIRWAYS - BREATHING - CIRCULATION)
CETOACIDOSE DIABÉTICA
EXAMES INICIAIS - PACIENTE CAD
Assim que o paciente foi admitido, deve ser coletada
* amostra de sangue para dosagem de
* glicemia capilar, glicemia plasmática,
* gasometria venosa,
* hemograma e
* ionograma (sódio, potássio, ureia, creatinina, cálcio, fósforo).
CETOACIDOSE DIABÉTICA
DESCOMPENSAÇÃO CLINICA - DE QUANTO EM QUANTO TEMPO MEDIR A GLICEMIA
Durante o tratamento, a glicemia capilar deve ser avaliada a cada hora, até que o quadro clínico-laboratorial tenha se estabilizado.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
FATORES AVALIADOS DURANTE AS 1ª 6h INICIAIS DO TTO
- A gasometria venosa e
- os níveis plasmáticos de Na+/K+
devem ser avaliados pelo menos a cada 3 horas nas 6 horas iniciais de
terapêutica.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
PCT COM LEUCOCITOSE - RELAÇÃO COM INFECÇÃO
A presença de leucocitose (com valores de até 20.000 leucócitos/mm3) e neutrofilia é frequente e geralmente não está relacionada à infecção bacteriana, decorrendo da reação de estresse e da acidose.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
HIDRATAÇÃO - OBJETIVO
Reparação intravascular.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
HIDRATAÇÃO - CONDUTA INICIAL
soro fisiológico (SF) no volume de 20 mL/kg,
infundido por 30 a 60 minutos.
Se ainda apresentar sinais de contração intravascular, a conduta anterior deve ser repetida, na hora seguinte.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
HIDRATAÇÃO - COMPLICAÇÃO
*hiper-hidratação pode evoluir para edema cerebral. *
CETOACIDOSE DIABÉTICA
INSULINOTERAPIA - RECOMENDAÇÃO
Administração de insulina regular IV, em infusão contínua.
iniciada juntamente com a fase de expansão ou na segunda hora do tratamento, após a expansão inicial.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
*DOSAGEM INSULINOTERAPIA - BOMBA DE INFUSÃO (permite redução da glicemia de 60 a 80 mg/dL/hora.)
0,1 U de insulina regular/kg/hora (ou 1 mL da mistura/kg/hora),
CETOACIDOSE DIABÉTICA
QUANDO AJUSTAR INFUSÃO DE INSULINA
Ajustada de acordo com a glicemia capilar, que deve ser avaliada a cada hora.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
SE QUEDA > 90 mg/dL/hora, DE GLICEMIA
infusão de insulina deve ser reduzida para 0,05 U/kg/hora.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
APÓS SUSPENSAO DA INSULINOTERAPIA CONTINUA - CONTROLE GLICEMICO
Elevações glicêmicas presentes após a suspensão da insulinoterapia contínua serão
tratadas com insulina de ação rápida (insulina regular) ou ultrarrápida (insulina lispro
ou aspart).
CETOACIDOSE DIABÉTICA
CONDIÇÃO POTÁSSIO - CAD
PÓTÁSSIO ENCONTRA-SE DEPLETADO DEVIDO A DIURESE OSMOTICA E ATIVAÇÃO DO SRAA
CETOACIDOSE DIABÉTICA
O QUE PODE AUMENTAR A CONCENTRAÇÃO EXTRACELULAR DE K+ NA CAD?
K+ = PÓTASSIO
A acidose e a redução da função renal.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
DISTURBIO METABÓLICO MAIS GRAVE RELACIONADO AO TTO DA CAD
A hipopotassemia
CETOACIDOSE DIABÉTICA
REPOSIÇÃO DE BICARBONATO - CAD
não há indicação para a reposição de bicarbonato na CAD, exceto durante a ressuscitação com o intuito de se preservar a ação da epinefrina.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
REPOSIÇÃO DO FOSFATO - INDICAÇÃO (4)
- Em pacientes com anemia,
- insuficiência cardíaca congestiva,
- pneumonia ou outras causas de hipóxia,
- e em pacientes com níveis plasmáticos de fosfato inferiores a 1 mg/dL.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
COMPLICAÇÃO MAIS TEMIDA DA CAD
O edema cerebral ocorre em aproximadamente 1% dos casos .comum na primodescompensação diabética,
CETOACIDOSE DIABÉTICA
SINTOMAS - EDEMA CEREBRAL
- Cefaleia,
- redução abrupta da frequência cardíaca (não relacionada à reidratação),
- hipertensão arterial (a evolução do quadro neurológico pode causar hipotensão arterial),
- vômitos,
- alterações do nível de consciência (desde sonolência até o coma),
- alucinações,
- alterações pupilares (anisocoria ou pupilas médio-fixas) e
- papiledema.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
EXAME DIAGNÓSTICO - EDEMA CEREBRAL
Tomografia computadorizada (TC).
CETOACIDOSE DIABÉTICA
CONDUTA - EDEMA CEREBRAL
- Jejum, com sonda nasogástrica e em decúbito elevado, para se evitar broncoaspiração.
- Oxigenioterapia
- monitoração cardíaca, e sua pressão arterial deve ser verificada a cada hora.
- Deve-se Administrar manitol, solução hipertônica.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
COMPLICAÇÕES ALÉM DO EDEMA CEREBRAL - TTO CAD (5)
- acidose hiperclorêmica (por perda urinária de ânions cetoácidos e administração excessiva de
fluidos ricos em cloreto), - hipoglicemia,
- hipopotassemia,
- hipofosfatemia
- Insuficiência cardíaca congestiva por sobrecarga hídrica.