DIABETES | CETOACIDOSE DIABÉTICA Flashcards
DIABETES
DEFINIÇÃO
Síndrome metabólica caracterizada pela presença de hiperglicemia, com
várias etiologias possíveis.
DIABETES
GRUPO MAIS AFETADO - DM1
Majoritariamente, crianças e adolescentes e, às vezes, em adultos jovens, sendo raro em adultos e idosos.
DIABETES
DIAGNÓSTICO - EXAMES
- Valores de glicemia em jejum ou após
- TOTG
- Hemoglobina glicada (HbA1c)
- Glicemia aleatória
DIABETES
TIPO MAIS PREVALENTE DE DM NA PEDIATRIA
DM1
DIABETES MELLITUS 1
DEFINIÇÃO
DM1 é uma doença crônica. Ela surge da interação entre fatores genéticos e ambientais, levando a uma reação autoimune contra as células beta do pâncreas. Isso leva à falta de insulina e ao aumento dos níveis de glicose no sangue.
DIABETES MELLITUS 1
O QUE PODE DESENCADEAR UM PROCESSO AUTOIMUNE NA DM1?
ALGUM FATOR AMBIENTAL
DIABETES MELLITUS 1
FASES DA PROGRESSÃO DA DM1 - REPERCUSSOES CLINICAS
Inicialmente, ocorre diminuição da secreção de
insulina, mas com manutenção dos níveis glicêmicos e sem repercussão clínica. (SUBCLINICO)
Posteriormente, há a evolução progressiva dos sintomas e sinais típicos, quando, geralmente, é feito o diagnóstico. (CLINICA)
Finalmente, alguns meses após o diagnóstico
clínico, a destruição maciça das células beta cursa com insulinopenia absoluta e
dependência da insulina exógena.
DIABETES MELLITUS 1
DESCREVA A FASE LUA DE MEL - DM1
Fase de ‘’lua-de-mel’’ ou fase de remissão nos primeiros meses após o TTO, quando a necessidade de insulina exógena é muito pequena.
Ocorre devido a presença ainda minima de 20-30% de células betas funcionantes.
DIABETES
MECANISMOS LIBERADORES DA INSULINA
Sua secreção em resposta à alimentação é extraordinariamente modulada pela interação de mecanismos:
1. neurais,
2. hormonais e
3. relacionados aos substratos.
DIABETES
PERIODO PÓS PRANDIAL - INSULINA E ESTADO
- estado anabólico pós-prandial com insulina alta
DIABETES
PERIODO EM JEJUM- INSULINA E ESTADO
- estado catabólico em jejum com insulina baixa.
DIABETES MELLITUS 1
INSULINA e ESTADO - DM1
HÁ baixos níveis de insulina, resultando em um estado catabólico que não é revertido pela alimentação.
DIABETES MELLITUS 1
ACHADO PÓS PRANDIAL - DM1
Com pouca insulina, a utilização de glicose pelos músculos e gordura diminui, levando à hiperglicemia após as refeições.
DIABETES MELLITUS 1
LIMIAR RENAL - GLICOSURIA
A hiperglicemia produz uma diurese osmótica (glicosúria) quando o limiar renal é excedido (180mg/dL).
DIABETES MELLITUS 1
CAUSA - HIPERSSECREÇÃO DE HORMONIOS DE ESTRESSE
(epinefrina, cortisol, GH e glucagon)
A perda resultante de calorias e eletrólitos, bem como a desidratação persistente, produz um estresse fisiológico.
DIABETES MELLITUS 1
AÇÃO - HORMONIOS DO ESTRESSE
contribuem para a descompensação metabólica ao prejudicarem ainda mais a
secreção de insulina (epinefrina), antagonizarem a sua ação (epinefrina, cortisol, GH).
CONTRA-REGULADORES
DIABETES MELLITUS 1
INSULINOPENIA + HORMONIOS CONTRA-REGULADORES
Resulta em lipólise acelerada e síntese
prejudicada de lipídios, com resultantes aumentos em:
* lipídios totais,
* colesterol,
* triglicerídeos e
* ácidos graxos livres.
DIABETES MELLITUS 1
FORMAÇÃO - CORPOS CETÔNICOS
Deficiência de insulina e o excesso de glucagon desvia os ácidos graxos livres para formação de corpos cetônicos.
DIABETES MELLITUS 1
ACUMULAÇAO DE CETOACIDOS - RESULTADO
A acumulação destes cetoácidos resulta em acidose metabólica (cetoacidose diabética)
DIABETES MELLITUS 1
ACHADO NO EXAME PULMONAR - CARACTERISTICO DE ACIDOSE
e respiração profunda compensadora em uma tentativa de excretar o excesso de CO2. (LAVAR O CO2)
(respiração de Kussmaul).
DIABETES MELLITUS 1
ACHADO NO EXAME FISICO - CARACTERISTICO DE CETOACIDOSE
Odor de fruta do hálito.
devido a Acetona, formada pela conversão não-
enzimática de acetoacetato.
DIABETES MELLITUS 1
CETONAS - EXCREÇÃO
VIA RENAL
encontradas na urina.
DIABETES MELLITUS 1
PADRAO DE HERANCA - DM1
O DM1 tem padrão de herança poligênica, modulada por fatores ambientais.
DIABETES MELLITUS 1
SE HOUVER CASOS DE DM1 NA FAMILIA, A CRIANÇA TERÁ?
A presença do risco genético não garante o desenvolvimento do DM1.
DIABETES MELLITUS 1
ANTIGENO COM MAIOR RELAÇÃO - DM1
Cerca de 95% dos pacientes com DM1 possuem antígenos de classe II HLA DR3 ou DR4
DIABETES MELLITUS 1
QUAIS FATORES - INICIAM PROCESSO AUTOIMUNE E QUAL MAIS IMPORTANTE
- Alimentos,
- medicamentos,
- infecções virais
- sazonalidade e
- localização geográfica
podem desencadear o processo de autoimunidade contra as células B no DM1.
DIABETES MELLITUS 1
INFECÇÃO QUE CAUSA DESTRUIÇÃO DIRETA DA CELULA B PANCREATICA
Coksakie A
DIABETES MELLITUS 1
MECANISMO MAIS ACEITO - PROCESSO AUTOIMUNE VIRAL
O mecanismo de mímica molecular
A célula infectada por um vírus apresenta proteínas com sequências de aminoácidos semelhantes às proteínas das células beta do pâncreas, desencadeando uma resposta imune contra essas células.
FISIOPATOLOGIA - DM1 (MIMICA MOLECULAR)
AÇÃO - LINFÓCITO T CD8
Ação citotóxica contra a célula infectada, mas também contra as células beta, em virtude da semelhança dos antígenos.
FISIOPATOLOGIA - DM1
MECANISMO ALTERNATIVO - PROCESSO AUTOIMUNE VIRAL
infecção viral da própria célula beta.
A infecção leva à adesão de leucócitos
circulantes e a apresentação de antígenos pelas células beta infectadas aos
macrófagos e linfócitos.
FISIOPATOLOGIA - DM1
ALÉM DOS LINFÓCITOS CD8, QUAIS OUTRA CELULAS ESTÃO ENVOLVIDADAS NO ATAQUE ÀS CÉLULAS B PANCREATICAS?
(macrófagos, linfócitos CD4 e CD8)
FISIOPATOLOGIA - DM1
DESTRUIÇÃO AUTOIMUNE APÓS INICIO DA INSULINOTERAPIA
HÁ UMA DESACELERAÇÃO DO PROCESSO AUTOIMUNE, APÓS O INICIO DA INSULINOTERAPIA. DEVIDO A MENOR PRODUÇÃO DE INSULINA PELO PANCREAS, DIMINUINDO A EXPOSICAO AOS ANTIGENOS.
FISIOPATOLOGIA - DM1
INTERVALO INICIO DO PROCESSO AUTOIMUNE ATÉ OS SINTOMAS CLINICOS
PODE DEMORAR VARIOS ANOS.
FISIOPATOLOGIA - DM1
DETECÇÃO PRÉ-HIPERGLICEMICA - MARCADORES (5)
Os mais utilizados são:
1. anticorpos anti-ilhotas pancreáticos (ICA),
1. os autoanticorpos anti-insulina (AAI),
1. os anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico (GAD),
1. o antitirosinofosfatase ICA 512/IA2 e o
1. anticorpo antitransportador 8 de zinco (ZnT8).
A presença de dois ou mais anticorpos
representa elevado risco de evolução para diabetes.
DIABETES MELLITUS 1
QUADRO CLINICO - DM1 (4P)
DM1 – quadro clínico é bastante sugestivo:
* polidipsia,
* polifagia,
* poliúria e
* perda de peso.
Se o diagnóstico não for suspeitado nesse momento, o paciente progredirá
com quadro de desidratação e acidose, podendo chegar à cetoacidose diabética
(CAD).
DIABETES MELLITUS 1
REFLETE DIMINUIÇÃO DE CÉLULAS BETA
O aumento dos sintomas reflete a massa de células beta em diminuição
* a piora da insulinopenia,
* a hiperglicemia progressiva
* eventual cetoacidose.
DIABETES MELLITUS 1
LIMIAR RENAL EXCEDIDO - SINTOMAS
Agravamento dos sintomas
* poliúria
* noctúria intermitente.
* enurese noturna
* polidipsia
DIABETES MELLITUS 1
SINTOMA ASSOCIADO A GLICOSURIA
A Perda de calorias pela glicosuria desencadea uma **hiperfagia compensadora. **
Se sintoma não for atendido, sucede perda de gordura corporal, peso e reservas subcutaneas
DIABETES MELLITUS 1
COMPLICAÇÃO GINECÓLOGICA EM MULHERES - GLICOSURIA
vaginite por cândida devido à glicosúria crônica.
DIABETES MELLITUS 1
EXCESSO DE CETOACIDOS - SINTOMAS (3)
- Desconforto abdominal
- Náusea e
- Vômito
DIABETES MELLITUS 1
CAD - PREVALENCIA ANTES DO DIAGNÓSTICO DE DIABETES
Cerca de 20%-40% das crianças com diabetes de início novo progridem para CAD antes do diagnóstico.
DIABETES MELLITUS 1
DM1 - EVOLUÇÃO PELA FAIXA ETÁRIA
Em lactentes:
a maior parte da perda de peso é perda aguda de água.
Em crianças e jovens:
progressão inteira acontece muito mais rapidamente (ao longo de algumas semanas).
Em adolescentes:
Mais prolongada (durante meses), e a maior
parte da perda de peso representa perda de gordura devido à inanição prolongada.
DIABETES MELLITUS 2
DEFINIÇÃO
Resistência insulínica associada à deficiência na produção de insulina.
DIABETES MELLITUS 2
DIABETES MELLITUS 2 - FATORES DE RISCO
Geralmente, acomete
* adolescentes obesos,
* portadores de acantose nigricans
* sexo feminino.
* Antecedentes familiares de DM.
DIABETES MELLITUS 2
QUADRO CLINICO - DM2
Pode ser assintomático ou
* discreta poliúria
* polidipsia
* perda de peso
VERDADEIRO OU FALSO
Na adolescência, a evolução para CAD no DM2 é mais frequente que no adulto.
VERDADEIRO
DIABETES MELLITUS 1
TTO - DM1
- insulinoterapia,
- monitoração,
- dieta e
- atividade física.