CONSTIPAÇÃO INTESTINAL Flashcards
CONSTIPAÇÃO
DEFINIÇÃO
Retardo ou uma dificuldade na evacuação por duas semanas ou mais e significativo o bastante para causar transtorno para o paciente.
- Ausência de evacuação por um grande período de tempo.
- Evacuação dolorosa, com eliminação de fezes volumosas e acúmulo de grande bolo fecal no reto.
CONSTIPAÇÃO
PRINCIPAL CAUSA NA INFANCIA
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
CONSTIPAÇÃO
CAUSAS (8)
- CAUSAS ANATOMICAS
- CAUSAS ENDOCRINASMETABÓLICAS
- ALTERAÇÕES INTESTINAIS, NA INVERVAÇÃO OU MUSCULARES
- DEFEITOS NA MEDULA ESPINAL
- DROGAS
- DOENÇAS PSIQUIATRICAS
- DESORDENS INTESTINAIS
CONSTIPAÇÃO
MUSCULATURA - RESPONSÁVEL POR AUMENTAR PRESSÃO ABDOMINAL INTERNA
- MUSCULATURA ABDOMINAL
- MUSCULATURA DIAFRAGMÁTICA
CONSTIPAÇÃO
MUSCULATURA - ESFINCTER ANAL INTERNO - FUNÇÃO
Mantém o canal anal fechado durante o repouso e permite a continência.
Possui controle autonômico involuntário e se apresenta em estado de contração permanente.
CONSTIPAÇÃO
MEDIDA QUE FACILITA PASSAGEM DO BOLO FECAL
Retificação do ângulo anorretal
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
DEFINIÇÃO
Etiologia multifatorial, que costuma se instalar na transição entre o período de aleitamento materno exclusivo e a introdução de alimentação complementar.
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
FISIOPATOLOGIA
*O quadro crônico costuma ser precedido por um episódio agudo de evacuação dolorosa. *
Esse episódio leva a uma retenção das evacuações (intencional ou subconsciente) por parte da criança que, evidentemente, não quer sentir dor. A retenção das fezes leva ao acúmulo do material fecal, com reabsorção de líquidos e aumento do volume e da consistência fecal.
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
DIAGNÓSTICO
CLINICO (ROMA IV)
Eventualmente pode ser necessária a realização de exames complementares.
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
DIAGNÓSTICO < 4 ANOS (ROMA IV)
< 4 ANOS
Presença de 2+ das seguintes características por pelo menos 1 mês nas crianças de até quatro anos:
● História de retenção fecal excessiva;
● História de evacuação dolorosa ou endurecida;
● História de eliminação de fezes volumosas;
● Presença de grande massa fecal no reto.
Nas crianças com controle esfincteriano, os critérios adicionais podem ser usados:
● Um ou mais episódio por semana de incontinência fecal após a aquisição do controle esfincteriano;
● História de eliminação de fezes volumosas, capazes de obstruir o vaso sanitário;
● Duas ou menos evacuações por semana.
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
DIAGNÓSTICO > 4 ANOS (ROMA IV)
.> 4 ANOS
Presença de duas ou mais das seguintes características, pelo menos uma vez por semana, por pelo menos 1 mês, sem preencher os critérios para síndrome do intestino irritável:
● Pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana;
● História de postura de retenção excessiva ou controle voluntário das fezes excessivo;
● História de evacuação dolorosa ou endurecida;
● Presença de grande massa fecal no reto;
● História de fezes com grande diâmetro, capazes de obstruir o vaso sanitário.
Após avaliação apropriada, os sintomas não podem ser explicados por outra condição médica.
● Duas ou menos evacuações por semana em uma criança com desenvolvimento compatível com pelo menos quatro anos.
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
ACHADOS QUE SUGEREM CAUSA ORGANICA AO INVÉS DE CF
- Perda de peso,
- deficit de desenvolvimento,
- dor abdominal grave,
- vômitos persistentes e
- fissuras/fístulas perianais crônicas.
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
1º PASSO - TTO
Educação do paciente e da família sobre a benignidade da síndrome e a necessidade de medidas sintomáticas e comportamentais para reversão do quadro.
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
TREINO DO TOALETE - TTO
Treinamento para crianças com +4 anos se sentarem no vaso sanitário cerca de 5-10 minutos após as principais refeições para aproveitar o reflexo gastrocólico.
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
DESIMPACTAÇÃO - TTO
- Drogas por via oral (óleo mineral, polietilenoglicol)
- Via retal (clisteres de sorbitol, soluções fosfatadas).
FASE DE ATAQUE E MANUTENÇÃO
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
1º ESCOLHA - DESIMPACTAÇÃO
POLIETILENOGLICOL VO -
1-1,5mg/kg/dia
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
CONTRAINDICAÇÕES - OLEO MINERAL
- Crianças com < 1 ano de idade
- doenças neurológicas e distúrbios da deglutição, pelo risco de aspiração com pneumonia lipóidica.
CONSTIPAÇÃO
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
AGANGLIONOSE INTESTINAL CONGÊNITA
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
CARACTERISTICAS
Não desenvolvimento dos plexos nervosos de Meissner e Auerbach na parede intestinal, acarretando uma inervação anormal do intestino, começando no esfíncter anal interno e se estendendo, proximalmente, por um comprimento intestinal variável.
● Em 75% dos casos, o segmento agangliônico é restrito ao retossigmoide.
● Em 10% dos casos, todo cólon está agangliônico.
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
AFETA MAIS QUAL GRUPO
- 1 A CADA 5000
- Sexo masculino (4:1)
- Associação com outras síndromes (ex.: Down, Waardenburg) e outras malformações (ex.: cardiopatias, malformações geniturinárias, microcefalia, retardo mental e fácies anormal).
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Início dos sintomas no período neonatal em recém-nascidos a termo, com atraso na eliminação de mecônio (> 48 horas de vida).
EXAME FISICO
Massa fecal palpável no QIE e Suprapúbico.
Ampola vazia no Toque retal.
COMPLICAÇÕES
Enterocolite
Deficit de crescimento e desenvolvimento
Dificuldade de ganho ponderal.
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
DIAGNÓSTICO
- BIOPSIA RETAL
- MANOMETRIA ANORRETAL
- ENEMA BARITADO DE INTESTINO
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
BIOPSIA RETAL - ACHADOS (3)
Procedimento de escolha: amostra da Submucosa.
Os achados histológicos são:
* ausência de células ganglionares,
* bandas de nervos hipertrofiados e
* alta concentração de acetilcolinesterase entre a submucosa e a camada muscular.
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
MANOMETRIA ANORRETAL - ACHADOS
Mede a pressão do esfíncter anal interno enquanto um balão é insuflado no reto.
Nos pacientes agangliônicos, a pressão não cai, isto é, não ocorre o relaxamento do esfíncter anal interno.
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
ENEMA BARITADO DO INTESTINO - ACHADOS
Segmento intestinal agangliônico constricto e o segmento proximal saudável superdistendido. Esta zona de transição é bem demarcada na doença (cone de transição)
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
TTO
Cirurgia: é o tratamento de escolha.
- Retirada do segmento agangliônico.
Inicialmente pode ser feita uma colostomia temporária e após alguns meses o trânsito pode ser definitivamente reconstruído através da
anastomose do coto proximal com o reto.
CONSTIPAÇÃO
LAVOS DE SANGUE VIVO NAS FEZES - O QUE PENSAR?
FISSURA ANAL