Tétano Flashcards

1
Q

Neurotoxina produzida pelo Clostridium tetani responsável pelo quadro clínico de espasmos e contraturas

A

Tetanospasmina

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2
Q

Locais em que pode se encontrar o C. tetani

A

(1) Terra ou areia contaminada;
(2) Espinhos de arbustos e pequenos galhos de árvores;
(3) Instrumentos de lavoura;
(4) Pregos, latas enferrujadas e sujas de terra ou areia contaminada;
(5) Agulhas de injeção e fios de categute inconvenientemente esterilizados;
(6) Fezes de animais ou humanos;

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3
Q

Ação da Tetanospasmina e resultado clínico

A
Liga-se a receptores de interneurônios inibidores (bloqueando sua ação), gerando:
-
(1) HIPERTONIA MUSCULAR MANTIDA
(2) HIPERREFLEXIA 
(3) HIPEREXCITABILIDADE NERVOSA
(4) ESPASMOS MUSCULARES
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4
Q

Quadro clínico típico do tétano acidental

A

(1) Hipertonias musculares mantidas [opistótono {hiperextensão}]
(2) Febre baixa ou ausente
(3) Preservação do nível de consciência
(4) Espasmos musculares (desencadeados por estímulos sonoros, luminosos e táteis, micção, defecação e acúmulo de secreção brônquica)
(5) Disfagia
(6) Trismo
(7) Fácies tetânica
(8) Riso sardônico
(9) Pregueamento frontal, arqueamento das sobrancelhas e repuxamento das comissuras externas dos olhos;
(10) Rigidez de membros, nuca e abdome
(11) Disautonomia: Sudorese profusa, Hiper/hipotensão, Taqui/bradicardia, Íleo paralitico, Oscilações da glicemia

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5
Q

Quadro clínico típico do tétano neonatal

A

(1) Dificuldade em mamar ou sugar
(2) Choro frequente
(3) Cólicas (espasmos) frequentes
(4) Rigidez de nuca e paravertebral (opistótono);
(5) Hipertonia torácica, abdominal e dos músculos dos membros e da face;

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6
Q

Sinais de mal prognóstico

A

(1) Tempo entre o início dos sintomas e a hospitalização (<= 36h)
(2) Período de incubação (<= 10 dias)
(3) Período de progressão (<= 48h)
(4) Espasmos nas primeiras 24h de hospitalização
(5) Idade > 50 anos

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7
Q

Principais complicações

A

(1) Pneumonia associada à ventilação mecânica
(2) Episódios de apneia
(3) Depressão respiratória
(4) Acúmulo de secreção traqueobrônquica
(5) Embolia pulmonar
(6) Fraturas vertebrais
(7) Hemorragias (TGI e traqueais)
(8) Infecção urinária
(9) Insuficiência renal
(10) Paralisia periférica
(11) Sepse

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8
Q

Conduta diagnóstica

A
Clínico e epidemiológico
-
Exames para avaliar complicações
(1) Hemograma
(2) Eletrólitos
(3) CPK
(4) PCR
(5) Ureia e creatinina
(6) RX do TX e coluna torácica
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9
Q

Diagnóstico diferencial

A

(1) Envenenamento por estricnina
(2) Meningite bacteriana
(3) Tetania por hipocalcemia
(4) Raiva
(5) Histeria e quadros psiquiátricos
(6) Intoxicação por metoclopramida e neurolépticos
(7) Processos inflamatórios da boca e faringe com trismo
(8) Artrite de articulação temporomandibular após soro heterólogo
(9) Úlcera péptica perfurada, apendicite, peritonite [rigidez abdominal]

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10
Q

Conduta terapêutica específica

A

(1) NEUTRALIZAR TOXINA
a) Imunoglobulina humana antitetânica (Tetanograma) 1000-3000 UI IM
OU
b) Soro antitetânico (SAT) 10.000 a 20.000 UI IV ou IM
(2) ERRADICAR BACILO DO FOCO
c) Desbridamento do foco
d) ATBterapia –> Penicilina G Cristalina ou Metronidazol
(3) SINTOMÁTICOS - miorelaxantes e sedativos
e) Diazepam +- prometazina (Fenergan)
f) Curarização
g) Fentanil/midazolam, sulfato de magnésio (opções)
h) Clorpromazina e Morfina–> tratar disautonomia

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11
Q

Cuidados gerais de suporte na terapêutica do tétano

A

(1) Não alimentar por VO se persistirem os espasmos
(2) Traqueostomia, se IRA iminente ou instalada
(3) Suporte calórico por sonda {nasoentérica}
(4) Evitar estímulos e manuseio excessivo do enfermo –> Isolamento
(5) Protetor gástrico
(6) Prevenção de TVP
(7) Proteger a córnea nos curarizados
(8) Sondagem gástrica e vesical apenas sob observação
(9) Vacinação após alta hospitalar

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12
Q

Medidas gerais na população para profilaxia

A

(1) Utilizar equipamentos de proteção contra acidentes de trabalho;
(2) Cobertura vacinal;
(3) Assistência médica de qualidade;
(4) Assistência à gestação e ao parto;

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13
Q

Profilaxia na ausência de ferimento

A

(1) Imunização profilática no 1º ano de vida [com 3 doses –> DPTA infantil];
(2) Reforço a cada 10 anos [desde que se controle o calendário básico com 3 doses iniciais];
(3) Gestante: reforço se a última dose há mais de 5 anos;
(4) DTPA no adulto para promover a estimulação do sistema imunológico à produção de anticorpos contra a Bordetella pertussis

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14
Q

Classificação dos Ferimentos de acordo com o Risco de Tétano

A

(1) Ferimentos com RISCO MÍNIMO de tétano (pequenos cortes, escoriações)
a) Superficiais
b) Limpos
c) Sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados
(2) Ferimentos com ALTO RISCO de tétano
a) Superficiais ou profundos
b) Tecidos desvitalizados
c) Presença de corpos estranhos
d) Ferimentos sujos com terra e outros materiais
e) Feridas puntiformes e contusas

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15
Q

Prevenção do Tétano em Pacientes Traumatizados – Ferimentos com Risco Mínimo de Tétano

A

(1) Vacinação com três doses de TT ou DT
(2) Cuidados com o ferimento (limpeza e curativos)
(3) Vacinados há mais de 10 anos –> reforço

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16
Q

Profilaxia em pacientes Traumatizados sem vacinação ou vacinação incompleta com Ferimentos com Alto Risco de Tétano

A
  1. Cuidados da ferida
  2. IGHAT, dose 250 U IM, ou SAT, dose 5.000 U IM, após teste de sensibilidade
  3. Vacinação com TT ou DT e encaminhar à unidade de saúde para a continuação
  4. Recomendação para manter a ferida limpa, com renovação do curativo até a cicatrização
17
Q

Profilaxia em pacientes Traumatizados com vacinação com reforço há menos de 10 anos com Ferimentos com Alto Risco de Tétano

A
  1. Fazer perfeito desbridamento da ferida (retirada de corpos estranhos e tecidos desvitalizados), limpeza, antissépticos, curativo oclusivo
  2. Aplicar dose de reforço de TT ou DT (dispensável se a última dose de reforço foi aplicada até 5 anos antes)
  3. Recomendação para manter a ferida limpa e com renovação do curativo até a cicatrização
18
Q

Profilaxia em pacientes Traumatizados com vacinação com reforço há mais de 10 anos com Ferimentos com Alto Risco de Tétano

A
  1. Desbridamento da ferida
  2. Cuidados com a ferida
  3. Aplicar uma dose de reforço de TT ou DT, via IM
  4. SAT ou IGHAT, via IM, em pacientes imunocomprometidos, idosos e
    desnutridos graves
  5. SAT ou da IGHT a critério do profissional da saúde, se suspeitar que os cuidados posteriores com o ferimento não serão adequados
  6. A aplicação da vacina e de SAT ou IGHAT deve ser feita em músculos diferentes