Meningoencefalites Flashcards

1
Q

Principais etiologias de meningoencefalites se Liquor turvo + exsudato purulento + grande quantidade de células polimorfonucleares, por faixa etária

A

(1) 0 a 3 meses -> Estreptococos grupo B (S. agalactiae), gram-negativos (E. coli, Salmonella, Klebsiella), Listeria monocytogenes, enterococos (raro)
(2) 3 meses a 5 anos -> Hemófilos, pneumococos, meningococos
(3) 5 a 60 anos -> Meningococos, pneumococos
(4) >60 anos -> Pneumococos; hemófilos; listéria; gramnegativos

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2
Q

Principais etiologias de meningoencefalites se liquor claro + exsudato pouco intenso + grande quantidade de células mononucleares (linfócitos e monócitos)

A

(1) Vírus (Enterovírus - 80% [Coxsackie B, Echovirus], Herpes vírus tipo 1 e 2, Varicela-zóster Vírus, Vírus do Sarampo [reativação em adultos soro-susceptíveis], etc
(2) Bactérias específicas (Mycobacterium tuberculosis, micoplasmas e outras);
(3) Fungos
(4) Helmintos e protozoários
(5) Meningites assépticas

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3
Q

Principais etiologias de meningoencefalites se liquor opalescente com predomínio de polimorfonucleares ou mononucleares e celularidade não muito elevada

A

(1) Tuberculosa
(2) Fúngica
(3) Bacteriana mal tratada
(4) Decorrente de pequena hemorragia

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4
Q

Medidas que diminuem a morbimortalidade por meningite bacteriana

A

(1) Antibioticoterapia/profilaxia para todos que tiveram contato com doente;
(2) Vacinação para haemophilus, meningococo e pneumococo

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5
Q

Principais etiologias de meningite bacteriana conforme situações especiais

A

(1) Anaeróbios, se foco supurativo (ex: abscesso cerebral)
(2) Após TCE ou neurocirurgias -> pneumococo (diplococo gram positivos), estafilococo, pseudomonas, enterobactérias
(3) Fratura de base de crânio com fístula e meningites de repetição -> pneumococo
(4) Meningite pós-punção -> estafilococos, Gram negativos entéricos
(5) Fraturas abertas -> estafilococos e Gram negativos;
(6) Pós-raquianestesia -> pseudomonas
(7) Meningites fulminantes -> meningococo em paciente com def. de complemento
(8) Endocardite -> Stafilo
(9) Drogas injetáveis -> Stafilo

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6
Q

Tríade clínica clássica da meningite bacteriana

A

(1) Febre elevada de início abrupto
(2) Vômitos Incoercíveis sem náuseas prévias ou “em jato”
(3) Cefaleias holocraniana

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7
Q

Apresentação clínica de uma meningoencefalite em < 1 ano

A

(1) Febre ou hipotermia
(2) Choro gemido e irritabilidade
(3) Recusa alimentar
(4) Fontanela abaulada
(5) Letargia
(6) Tremores
(7) Olhar fixo
(8) Alteração do tônus muscular (hiper ou hipotonia)
(9) Ausência de sinais neurológicos clássicos
(10) Abaulamento de fontanela

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8
Q

Apresentação clínica de uma meningoencefalite em crianças maiores e adultos

A

(1) Síndrome infeciosa: febre alta toxêmica, anorexia, mal estar geral, prostração e/ou mialgia
(2) Síndrome de hipertensão intracraniana:
I. Cefaleia holocraniana
II. Vômitos não precedidos por náuseas
III. Irritabilidade
IV. PA alta e FC baixa -> Fenômeno de Cushing -> HIC aguda grave!
(3) Síndrome encefálica: Alteração da consciência (sonolência, obnubilação, estupor e até coma), convulsões e distúrbio do comportamento e Confusão
(4) Síndrome de irritação meníngea -> Sinais meníngeos:
I. Rigidez de nuca
II. Sinal de Brudzinski
III. Sinal de Kernig
IV. Sinal de Lasegue
V. Opistótono
VI. Postura antálgica

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9
Q

Diagnóstico diferencial das meningites bacterianas

A

(1) Encefalites virais
(2) Meningismo
(3) Hemorragia subaracnóidea
(4) Processos expansivos intracranianos
(5) Abscessos cerebrais
(6) Tromboses de seios venosos da dura-máter

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10
Q

Diagnóstico clínico diferencial entre Meningite por pneumococo e meningococo

A
(1)	Pneumococo 
I.	Inicio subagudo
II.	Gripe mal curada antecedente 
III.	História mais arrastada
(2)	Meningococo
I.	Inicio muito agudo 
II.	Tríade 
III.	Lesões no corpo (sufusões hemorrágicas ou petéquias)
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11
Q

Complicações das meningites bacterianas

A

Sistêmicas:
(1) Choque séptico com/sem CIVD
(2) Choque cardiogênico
(3) DHE
(4) IRa
Neurológicas:
(5) Lesão de pares cranianos (ex: cegueira e surdez)
(6) Abscessos cerebrais e empiema -> Drenar em cirurgia!
(7) Tromboflebites
(8) Coleções subdurais -> hidrocefalia -> Cirurgia!

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12
Q

Indicações e contrainidicação absoluta para solicitar tomografia computadorizada (TC) de crânio antes da punção lombar

A

INDICAÇÕES:
(1) Imunodepressão
(2) Doença prévia do SNC
(3) Convulsão recente
(4) Papiledema
(5) Nível de consciência alterado (escala de coma de Glasgow < 10)
(6) Déficit neurológico focal (exceto paralisias de nervos cranianos
-
CONTRAINDICAÇÃO: Sinais de Hipertensão intracraniana (risco de herniação)

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13
Q

Quais exames solicitar na meningite bacteriana e possíveis achados

A

(1) Hemograma
I. Leucocitose (bacteriana)
II. Leucopenia com neutrofilia (meningococcemia).
(2) 3 Hemoculturas
(3) Swab nasal e de orofaringe -> Gram e Cultura
(4) Glicemia sérica
(5) VHS, PCR e Procalcitonina (> 0,2 ng/ml)
(6) Líquor -> aspecto purulento
a. Exame bacteriológico direto (gram)
I. Diplococo gram positivo (pneumococo)
II. Diplococo gram negativo (meningococo)
III. Bastonete gram negativo (haemophilus)
IV. Bastonete gram positivo (listeria).
b. Cultura -> positiva
c. Citologia com contagem leucocitária global e diferencial -> Leuco > 500 com >50% de neutrófilos e <50% de linfócitos/monócitos
d. Bioquímica: Proteinorraquia (»30mg%) e glicorraquia («< 2/3 da glicemia sérica)
(7) Eletroforese de proteínas
(8) Raio-x de tórax e seios da face
(9) Fundoscopia
(10) Otoscopia

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14
Q

Técnica para puncionar o líquor e contraindicações absolutas

A

(1) Preparo: decúbito lateral direito + antissepsia com álcool iodado por 2min
(2) Localização: entre L4 e L5, no ponto de intersecção formado por uma linha entre as cristas ilíacas anterosuperiores
(3) Técnica de punção: introz agulha de modo lento e progressivo até sentir mudança de consistência (4-6cm) -> perfuração do saco dural.
(4) Coleta:
I. Adultos: 5 a 10 ml
II. Crianças: 5 ml
III. Recém-nascidos: 3 ml
(5) Contraindicações da punção:
a. Hic
b. Plaquetopenia < 60.000;

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15
Q

Diagnóstico diferencial entre um acidente de punção e uma hemorragia subaracnoide

A

Gotejar líquor em 3 frascos:

a) Mais claro no segundo e terceiro = acidente
b) Cor inalterada nos 3 = hemorragia

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16
Q

Tratamento de Meningite bacteriana

A

(1) Repouso e suporte (evitar AAS)
(2) Corticoterapia: 15min antes da ATB -> Dexametasona 0,15 mg/kg/dose ou 8 a 10 mg (adultos) IV de 6/6 h por 4d
(3) Antibioticoterapia empírica de imediata após coleta do líquor (se causa bacteriana)
a) Se não melhora após 48h = resistente -> punção lombar de controle + mudança de esquema
(4) Convulsões
I. Prevenir: hidantal
II. Tratar: diazepam (20mg -> correr em 10min) ou midazolan

17
Q

Antibioticoterapia empírica por faixa etária e condição clínica

A

(1) Idade < 3meses: Ampicilina + Ceftriaxona (ou Cefotaxima) por 21 dias
(2) 3 meses a 18 anos: Ceftriaxona (ou Cefotaxima) por 14 dias
(3) 18 a 50 anos: Ceftriaxona (ou Cefotaxima)
(4) Idade > 50 anos / alcoolismo ou outras doenças debilitantes: Ampicilina + Ceftriaxona (ou Cefotaxima)
(5) Meningite intra-hospitalar, pós trauma ou pós-neurocirurgia; neutropênicos: Ampicilina + Ceftazidima + Vancomicina por 21 dias

18
Q

Antibioticoterapia guiada por cultura/gram

A

(1) N. menigitidis (diplococo Gram-negativo ) -> Penicilina G cristalina ou Ampicilina ou Ceftriaxona por 7 dias -> Alternativa: Cloranfenicol
(2) S. pneumoniae (diplococo Gram-positivo) -> Ceftriaxona por 14 dias
(3) Listeria M. (bacilo Gram-positivo) -> adicionar Ampicilina por 21 dias
(4) H. Influenzae (bacilo Gram-negativo) -> Ceftriaxona por 10 dias

19
Q

Profilaxia em meningite bacteriana

A

(1) Meningococcemia -> rifampicina 600mg 12/12h por 2 dias nos contactantes.
(2) Se por haemophilus -> se houver criança na residência.
(3) Vacina para combater pneumococo, meningococo.

20
Q

Achados laboratoriais na meningite aguda viral

A

(1) Líquor:
a) Claro
b) Glicose normal e proteínas normal ou alta (reflete grande inflamação)
c) Pouca celularidade (predomínio de linfócitos e monócitos)
(2) Leucopenia com linfocitose
(3) VHS normal ou alterado;
(4) Sorologias e RT-PCR (PCR alterada por chikungunya; algumas etiologias podem ser mais específicas no EEC [encefalites herpéticas e encefalite subaguda do sarampo]).

21
Q

Achados imaginológicos na meningite aguda viral

A

(1) TC: edema cerebral difuso;
a) Herpes tipo 1 -> lesões necróticas-hemorrágicas em lobos temporais
b) Virus JC (mais em HIV positivos) -> atrofia cerebral importante, aumento das circunvoluções e dilatação ventricular – para um cérebro de pessoa idosa.
(2) RNM: desmielinização;

22
Q

Principais complicações da Meningite viral e tratamento

A

(1) Pneumonias aspirativa por convulsões -> Tto p/ anaeróbios:
I. Clindamicina
II. Piperacilina + tazobactan
III. Amoxilina e ampicilina (com clavulonato e sulbactam, respectivamente)
IV. Moxifloxacina.
(2) Hipertensão intracraniana por edema cerebral
a. Manitol (diurético) -> apenas na fase aguda!
b. Corticoide + aciclovir (se infecções pelo herpes)
(3) ADEM (encefalomielites agudas disseminadas) = desmielinização por Ac anti-mielina
a. Imunoglobulina
b. Corticoide + Aciclovir 15mg 8/8h (se infecções pelo herpes)

23
Q

Prevenção de meningites virais

A

(1) Vacina para os mais comuns;
(2) Controle dos artrópodes para controle de arbovirus;
(3) Indicação de cesárea quando houver colonização na genitália da mãe.