Síndromes Anemicas Flashcards

1
Q

Celula precursora da medula óssea

A

Stem Cell -> linhagem linfoide

-> linhagem mieloide -> Eritrocitos

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2
Q

Como é a eritropoiese?

A

Rim (Eritropoietina - produzida a partir da hipoxia tecidual) -> Medula Óssea (eritroblastos - com grandes núcleos) -> circulação (reticulocitos) -> em 24h se transformam em Eritrocitos (vida média de 100-120 dias, destruídos por macrofagos no baço)

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3
Q

Produção de Eritropoietina

A

Produzido no parenquima renal, em resposta à hipoxia tecidual ocasionada pela diminuição da massa eritrocitaria. A hipoxia estimula a produção de Epo e que gera aumento da produção de células jovens -> reticulocitos.

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4
Q

Como classificar as anemias de acordo com a Medula Óssea

A
  • Medula Óssea que consegue responder = hiperproliferativa (com reticulocitose) -> anemia hemolítica, sangramento agudo
  • Medula óssea que não consegue responder = hipoproliferativa (sem reticulocitose) -> anemias carências (ferropriva, b12, folato), doença crônica, doença renal crônica (diminuição de Epo)
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5
Q

Bioquímica da Hemoglobina

A

Protoporfirina + ferro = heme
4 heme + 4 globinas = hemoglobina
- Defeito na protoporfirina: sideroblastica (leva a sobrecarga de ferro)
- Defeito no ferro: ferropriva/doença crônica
- Defeito na globina: defeito quantitativo - talassemia; defeito qualitativo - Anemia falciforme

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6
Q

Valor da microcitose e hipocromia

A

A microcitose e hipocromia representam a diminuição da hemoglobina. Quem não produz hemoglobina direito, faz o saco de hemacias diminuir.

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7
Q

Valores de referencia do hemograma

A

Hm: 4-6 milhões/mm3
Hb: 12-17 g/dL
HT: 35-50% (aproximadamente 3x o valor de referencia da Hb. Valor relativo, reflete a concentração sanguínea)
VCM: 80-100 fL (volume corpuscular médio)
HCM: 28-32 (hemoglobina corpuscular média)
CHCM: 32-35 (concentração de hemoglobina corpuscular média)
RDW: 10-14% (característicamente elevada em anemias carências)
Reticulocitos: 0,5-2%
Leucócitos: 4.000-11.000
Plaquetas: 150.000-400.000

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8
Q

Contagem de reticulocitos

A

O valor normal varia entre 0,5 e 2%.
Quando o paciente apresenta anemia, o valor de reticulocitos pode estar super estimado, sendo necessária a correção.
IRC = HT/40 X % de reticulocitos OU Hb/15 X % de reticulocitos

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9
Q

Classificação das anemias

A
  • Microcitica: ferropriva, doença crônica, sideroblastica (forma congenita), talassemia
  • Normocitica: ferropriva, doença crônica, insuficiência renal, anemias hemolíticas, aplásica
  • Macrocitica: megaloblastica, hemolise, álcool (lesa a membrana plasmática que causa aumento do tamanho), doença hepática,
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10
Q

Qual a principal causa de anemia no mundo?

A

Anemia ferropriva

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11
Q

Manifestações clínicas da anemia ferropriva

A
  • Síndrome anêmica: astenia, palidez, cefaleia, angina
  • Carência nutricional:
    - Qualquer carência: glossite, queilite angular
    - Carência de ferro: perversao do apetite (pica), disfagia (plummer vinson), coiloniquia
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12
Q

O ciclo do ferro

A

O ferro é absorvido pela via intestinal, é transportado através da Transferrina. É levado até a medula óssea para produção de hemacias, que são Liberados na circulação e destruídas em 120 dias pelo baço. Este processo chama-se hemocaterese.
Os produtos da hemacia são degradados -> hemoglobina -> heme + globina
O heme é separado em protoporfirina (que dá origem a bilirrubinas) e ferro (não há no organismomuma via de excreção fisiológica do ferro). O ferro pode ser reaproveitado para produção de novas hemacias ou pode ser estocado sob a forma de ferritina.

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13
Q

Como ocorre o balanço negativo do ferro?

A

Depleção dos estoque -> diminui ferritina
Aumento da transferrina -> oferecer mais transporte para recrutar mais hemacias
Aumento do TIBC
Ferro serico diminui
Anemia -> inicialmente normo normo, depois hipo micro

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14
Q

O que é TIBC e Sat de transferrina

A

TIBC = capacidade total de ligação com o ferro -> oferta da ligação com o ferro

Sat de transferrina -> quantidade total de ferro que se liga a transferrina (normal = 30-40%)

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15
Q

Principais características do hemograma na Anemia Ferropriva

A
  • Anemia: normo/normo (no início), hipo/micro (clássico), aumento de RDW, trombocitose
  • Índices de ferro: diminuição da ferritina (N: 20-200), aumento da transferrina (N: 200-400), aumento do TIBC (N: 250-350), diminuição do ferro serico (N: 60-150), diminuição da saturação de transferrina e aumento da protoporfirina
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16
Q

Causas de anemia ferropriva

A
  • Crianças: desmame precoce, consumo pelo crescimento, ancilostomiase
  • Adultos: hipermenorreia, perda GI crônica de sangue (>50a = colono e EDA)
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17
Q

Como é feito o tratamento da anemia ferropriva

A
  • Preferencialmente com Sulfato Ferroso via oral
  • Dose: 300mg (60mg de ferro elementar) 3x ao dia, administrado antes das refeições, juntamente com vitamina C (se o paciente apresentar intolerância, pode ser administrado juntamente com as refeições, ou iniciar 1 comprimido e progredir gradualmente)
  • Resposta ao tratamento: Melhora clínica ocorre antes da melhora laboratorial. Dosagem de reticulocitos representa a melhora ao tto (começa a elevar em 1 semana). Hb normaliza-se com 6 semanas.
  • Duração: 6 meses a 1 ano ou até ferritina >50 (repor o estoque de ferro corporal)
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18
Q

Causas de anemia ferropriva refratária ao tratamento oral

A

Anemia multifatorial, ma adesão ao tratamento, sangramento mais rápido que a reposicao, distúrbios gastrointestinais.

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19
Q

Porcentagem de ferro elementar no sulfato ferroso

A

A cada 100mg de sulfato ferroso = 20% de ferro elementar

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20
Q

Dose,para Reposicao de ferro elementar em crianças

A

3-5mg/kg/dia de ferro elementar

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21
Q

Reposição de ferro parenteral

A

Deve ser feita preferencialmente via intravenosa. Pode usar diversas formulações, ex.: hidróxido de ferro (noripurum).
Indicação: intolerância ao ferro oral, incapacidade de atender a demanda de ferro por via oral, má absorção, refratária a terapia oral
- pode see aplicada a dose total ou fracionar em doses semanais

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22
Q

Anemia de doença crônica

A

2a causa de anemia no mundo. Ocorre como um sinal de doenças inflamatórias, infecciosas, neoplasicas.
Produção de citoquinas que estimulam o fígado a produzir hepcidina -> aprisionamento do ferro (diminui absorção intestinal e aumenta o represamento de ferro = hipoferremia)

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23
Q

Laboratório na Anemia de Doença Crônica

A

Anemia normo normo, ferro serico diminuído, saturação de transferrina diminuída, transferrina diminuída, TIBC diminuído, ferritina aumentada, diminuição do receptor solúvel de transferrina

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24
Q

Tratamento da anemia de doença crônica

A

Baseia-se em tratar a doença de base.

Pode ser feito o estímulo com Epo em alguns casos (juntamente com ferro parenteral)

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25
Q

O que são as Talassemias

A

Doença genética mais comum do mundo. Causa defeito quantitativo na produção de globinas.

26
Q

Tipos de hemoglobina

A

Hemoglobina = 4 heme + 4 globinas
aabb (HbA1) = 97%
aagg(HbA2) = 2%
aadd (HbF) = 1%

27
Q

Característica da Betatalassemia

A

A alteração genética está na cadeia beta da globina, que leva a diminuição da quantidade de hemoglobina.
b0 = não produz nada
b+ = produz pequena quantidade de globina.
A hemacia formada é pequena (pela baixa de cadeias B), e com sobra de cadeia alfa, que gera agregados tóxicos a medula óssea -> eritropoiese ineficaz. A hemacia pode ganhar a circulação e ser destruída pelo baço, levando a esplenomegalia.

28
Q

Laboratório das Betatalassemias

A

Anemia hipo/micro, com RDW normal e acúmulo de ferro.

29
Q

Diagnóstico da Betatalassemia

A

Eletroforese de hemoglobinas: diminuição de HbA, aumento de HbA2 e aumento de HbF

30
Q

Betatalassemia Major (Cooley)

A

B0/b0 ou b0/b+
Começa a se manifestar após os 6 meses de vida (quando se reduz os níveis de hemoglobina fetal)
Marcada por anemia hemolítica grave (pelos corpúsculos tóxicos), com hepatoesplenomegalia (hemolise e estímulo p produção de hemacias), baixa estatura, deformidades ósseas (fácies em esquilo, crânio em cabeleira)
Tratamento: ácido fólico, quelante de ferro, esplenomegalia, te de mo

31
Q

Betatalassemia intermediaria

A

B+/b+
Clínica mais branda que a beta major, pois há produção discreta de globina.
Tratamento se baseia em ácido fólico e quelante de ferros

32
Q

Betatalassemia minor

A

b+/b ou b0/b
Assintomatico, só com anemia hipo micro.
Tto = acompanhamento

33
Q

Anemia sideroblastica

A

Defeito na produção da cadeia heme. Pode ser causada por álcool, chumbo ou hereditária. Não produz protoporfirina, deixando ferro livre, que se deposita no interior das hemacias, causando os sideroblastos
- Anemia hipo micro, ferro serico elevado, ferritina elevada, transferrina normal. A hemacia com sobrecarga de ferro fica com sideroblastos em anel

34
Q

Diagnóstico da anemia sideroblastica

A
  • Aspirado de medula óssea (mielograma): > 15% de sideroblastos em anel
  • Sangue periférico com corpúsculos de pappenheimer
35
Q

Falsa causa de macrocitose

A

Reticulocitose. São hemacias maiores com presença de núcleo.

36
Q

Como ocorre a anemia megaloblastica?

A

Ocorre por deficiência de ácido fólico e/ou vitamina b12. Leva a bloqueio na síntese de DNA, ocorrendo assíncronia núcleo/citoplasma, com um citoplasma maduro e grande e um núcleo que não se divide. Os,progenitores megaloblasticos tendem a ser destruídos na própria medula óssea, levando a eritropoiese ineficaz.

37
Q

Quais as células mais afetadas na anemia megaloblastica

A

Ocorre defeito na produção de DNA, levando ao sofrimento as células que tem maior turn over, ex.: hemacias, plaquetas (vida média de 7 dias) e neutrofilos (vida média de horas). Pode levar a pancitopenia.

38
Q

Achados laboratoriais da anemia megaloblastica

A
  • Na medula óssea: presença de megaloblastos (células que não se dividiram), levando a eritropoiese ineficaz (hemolise dentro da medula ossea)
  • No sangue periférico: macrocitose, pancitopenia, neutrofilos hipersegmentados
39
Q

Deficiência de ácido fólico

A
  • Combustível para produção de DNA. É consumido em cerca de 3 meses.
  • Fonte: Folhas
  • Metabolismo: absorvido pelo intestino -> passa para circulação sob forma de MTHF (metiltetrahidrofolato). Perde seu grupamento metil através da vitamina B12 (transforma homocisteina em metionina), transformando-se em THF, que atua no DNA.
  • Causas de depleção: má nutrição (não come verde, ex.: crianças), alcoólatras, aumento da necessidade (gestantes, hemolise Cronica)
40
Q

Deficiência de cobalamina (VitB12)

A
  • Fonte: alimentos de origem animal. Demora anos para depleção de suas reservas.
  • Absorção: ingerido pela dieta, no estômago a B12 é ligada ao ligante R (em ambiente ácido). No duodeno/pâncreas, com o ambiente alcalino, se separa e é ligado ao Fator Intrinseco. Que transporta a B12 até o ileo terminal onde é absorvido.
  • Deficiência de B12 não permite a transformação do folato em seu metabólito ativo, impedindo a produção de DNA.
  • Causas: anemia perniciosa (dça autoimune contra células parietais é fator Intrinseco, mais comum em mulheres idosas), vegetariano, gastrectomia (perda das células parietais), pancreatite crônica, doença ileal
  • A vitb12 catalisa a reação do ácido metilmalonico (gera toxicidade neuronal) em succinil coa
41
Q

Quadro clinico da anemia megaloblastica

A
  • Deficiência de B12 e ácido fólico: síndrome anêmica, glossite, queilite, diarreia
  • Só na deficiência de B12: síndromes neurológicas (neuropatia periférica, mielopatia, demência). Pode ser reversível se descoberto precocemente.
42
Q

Laboratório da anemia megaloblastica

A

Anemia Macrocitica (geralmente maior que 110), neutrofilos hipersegmentados, RDW aumentado, normocromica, plaquetas e leucócitos levemente diminuídos, aumento de LDH e BI (eritropoiese ineficaz)

43
Q

Como diferenciar laboratorialmente a deficiência de B12 e de folato?

A
  • Pode ser feita a dosagem direta de vit b12 e de folato, mas sofrem bastante variações.
  • Se permanecer a dúvida, pode ser dosado:
    Homocisteina: os dois podem aumentar
    Ácido metilmalonico: só B12 pode aumentar
44
Q

Tratamento da Anemia Megaloblastica

A
  • Deficiência de B12: repor b12 IM (não absorve VO) - 1000 1x/dia por 1 semana, 1000 2x/semana por 1 semana, 1000 1x/ semana por 4 semanas e 1000 1x/mês por toda a vida (se causa não reversível)
  • Deficiência de Folato: Reposicao de ácido fólico via oral (1-5mg/dia)
45
Q

Classificação da Hemolise: intravascular e extravascular

A
  • Intravascular: ocorre por trauma mecânico, destruição imunológica do sistema complemento, exposição a fatores tóxicos
  • Extravascular: a hemacia é destruída por macrofagos no baço ou no fígado. Ocorre por revestimento da hemacia por anticorpos ou alterações estruturais que dificultem a passagem na fendas endoteliais do baço
46
Q

Classificação de hemolise: imune/não imune

A

O diferencial será o teste de coombs! Raramente uma anemia imune pode ocorrer com teste negativo.

Teste de coombs avalia aglutinação de anticorpos na membrana da hemacia

47
Q

Classificação de hemolise: congênito/adquirido

A
  • Congênito: defeitos Intrinseco na hemacia (na membrana, complexo enzimático, na hemoglobina)
  • Adquirido: defeitos extrínsecos nas hemacias. Podem ocorrer na microcirculacao ou na macrocirculacao
48
Q

Laboratório da anemia hemolítica

A

Reticulocitose, aumento de vcm, aumento de LDH, aumento de bilirrubina indireta, diminuição de haptoglobina

49
Q

Mecanismos de crise anêmica na anemia hemolítica,

A

Sequestro esplênico: falcemicos <2a, + grave (o baço cresce, sequestrando sangue, podendo causar até choque hipovolêmico)
Aplasia: parvovirus b19
Megaloblastica: deficiência do folato
Hiper hemolítica: rara

50
Q

Abordagem aos casos de hemolise

A
  • Coombs positivo: autoimune = AHAI
  • Coombs negativo
    - Congenita: defeito na membrana (esferocitose)
    Defeito na enzima (G6PD)
    Defeito na hemoglobina (talassemia/falciforme)
    - Adquirida: hiperesplenismo, fragmentação (SHU), hemoglobinuria paroxistica noturna
51
Q

Esferocitose Hereditaria

A

Defeito genético que ocorre na membrana da hemacia. Diminuição da produção de anquirina e espectrina, que levam a mudança da forma biconvexa a forma de esfera, o que torna a hemacia mais frágil e mais propensa a ser destruída no baço.
- Clínica: Hemolise + Esferocitose + coombs negativo +hipercromia
- Diagnóstico: teste de fragilidade Osmótica
- Tratamento:
- Alteração hematológica: não tem cura, pois se trata de defeito congênito
- Quadro clínico: tratado com esplenectomia
Obs.: pelo risco de crise megaloblastica é realizada a Reposicao de ácido fólico

52
Q

Patologia hemolítica que melhor responde a esplenectomia

A

Esferocitose Hereditaria

53
Q

Qual cuidado devemos ter com o paciente com doença hemolítica em preparo para realização de esplenectomia?

A
  • Vacinação contra Pneumococo e haemophilus tipo B 2 semanas antes da cirugia
  • Pesquisar colelitiase antes da cirurgia
54
Q

Característica da doença falcemica

A

Doença hemolítica multissistemica. Troca de ácido glutamico pela valina na cadeia B do cromossomo 11 -> isso leva a uma alteração que torna mais fácil a polimerizacao da hemoglobina ao ser
desoxigenada (fica afoiçada).
S S = anemia falciforme (homozigose)
B S = traço falcemico (heterozigoto - avaliar aconselhamento genético)
Variantes: S B0/B+ = S - talassemia
S C = hemoglobinopatia SC

55
Q

Fisiopatologia da Anemia Falciforme

A

Em situações de maior estresse (diminuição do ph, diminuição da oxigenação), a hemoglobina modifica suas propriedades, levando a achatamento da hemoglobina, o que leva ao afoiçamento (drepanocitos)

 - > hemolise
 - > Isquemia: as hemacias polimerizam-se e obstruem a circulação de diversos órgãos, levando a manifestações sistêmicas, com disfunção dos órgãos/achados agudos = atinge ossos, cérebro, coração, fígado, pulmões...
56
Q

Manifestações crônicas da anemia falciforme

A
  • Baço: infartos isquemicos suscetivos. Autoesplenectomia ocorre até os 5 anos (risco de sepse pneumocócica).
    Presença de corpúsculos de howel jolly(núcleo não removido das hemacias)
  • Rim: GEFS (isquemia de alguns glomérulos que leva a sobrecarga de outros, causando esclerose), hematuria (ocorre pela necrose de papila)
  • Outros: úlceras, retinopatia, osteonecrose de fêmur…
57
Q

Manifestações agudas da anemia falciforme

A

Ocorre processo vasoclusivo, que leva a isquemia

  • Crise Álgica:
    - Mãos e Pés: 6m a 3a -> ocorre dactilite (edema e dor nas mãos e pés)
    - Ossos longos, vértebras e arcos costais: diagnóstico diferencial com osteomielite; causa dor intensa.
    - Abdominal (simula abdome agudo), hepática (pode causar hepatite isquemica), priaprismo
  • Síndrome Torácica aguda: causa febre, dor torácica, dispneia, infiltrado pulmonar. Multifatorial: infeccao, TEP, embolia gordurosa.
  • SNC: AVEi (2-15anos) e AVEh (adultos)
58
Q

Diagnóstico de Anemia Falciforme

A

Eletroforese de Hemoglobina (HbS >85%)

59
Q

Tratamento crônico da Anemia Falciforme

A
  • Evitar infecções: pen V oral 3m - 5anos
  • hemolise Cronica: ácido fólico 1mg/dia
  • aumentar fração de HbF: hidroxiureia se >= 3crises algumas/ano; síndrome torácica aguda/ave, priaprismo grave ou recorrente, anemia grave sintomática
  • Transplante de medula óssea
60
Q

Tratamento das complicações agudas da Anemia Falciforme

A
  • Hidratação e O2 (se hipoxemia)
  • Analgesia: não poupar na analgesia, pois é um fator que propicia afoiçamento -> uso de opioides
  • Febre: internar se <3 anos/grave + ceftriaxone
  • Transfusao: não é para fazer de rotina, pelo risco de hemotransfusap de repetição! Só fazer em crise anêmica, crise Álgica, AVE, síndrome torácica, priaprismo

Obs.: se priaprismo > 3-4h = drenagem de seio cavernoso

61
Q

Anemia Hemolítica Autoimune

A

Origem idiopática ou secundaria, com formação de anticorpos contra antígenos presentes na membrana das hemacias. (Coombs+)
- Anticorpos quentes (IgG -75%): quente pois funciona melhor a 37oC. Opsoniza as hemacias e leva para o baço para ser destruída. Pode ser idiopática, secundaria (LES, viral, LLC), drogas (penicilamina, Metildopa).
Tratamento: corticoides, esplenectomia, rituximab
- Anticorpos Frios (IgM): ocorre em temperatura mais fria, Mediada por complemento, com destruição no interior do próprio vaso. Causada por forma idiopática, Mycoplasma, mieloma.
Tto: evitar exposição ao frio, rituximab .

Obs.: a AHAI pode causar Esferocitose por destruição incompleta das hemacias

62
Q

Hemolise por deficiência de G6PD

A

Estresse oxidativo por medicações e infecções. Leva a hemolise intravascular, com hemoglobinuria e hemossiderina.

  • Hematoscopia: Celulas mordidas (bite cells)/corpúsculo de Heinz
  • tratamento: suporte clínico e evitar lista de medicações (G SeisPD = sulfa, primaquina, dapsona)