Sindrome Álgica 3 - Dor Lombar Flashcards

1
Q

Causas de dor lombar

A
  • Doenças dos rins e vias urinárias
  • Osteomioarticular
  • Neoplasica
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Q

Osteoartrose

A

Doença degenerativa articular, osteoartrite.
É a artropatia mais comum do mundo.
Mais comum em mulheres, idosos e acima do peso.
Ocorre inicialmente degeneração da cartilagem hialina articular. A degeneração progressiva da cartilagem articular leva a exposicao do osso subcondral, que é traumatizado. Esse estímulo leva a produção de mais matriz óssea, formando os osteofitos.

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3
Q

Articulações mais acometidas na Osteoartrose

A

Cervical e lombar, quadril e joelho, interfalangeanas

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4
Q

Manifestações clinicas da Osteoartrose

A

Principal manifestação é dor articular que piora com a movimentação / melhora com repouso.
Rigidez pos repouso <30min
Sem manifestações sistêmicas, poucos sinais inflamatórios
Exames normais (vhs, FR)
Dor unilateral com progressao.

Obs.: ao exame físico pode apresentar presença de osteofitos nas articulações interfalangeanas distais (Heberden) e IFP (Bouchard)
Obs.: a Osteoartrose do joelho pode levar a genovalgo/ganovaro

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5
Q

Diagnóstico de Osteoartrose

A

O exame de maior valor é a radiografia: achados de degeneração articular

  • Presença de osteofitos: a cartilagem não regenera. Os osteofitos são uma tentativa para estabilizar a articulação.
  • Redução do espaço articular: refletindo a degeneração
  • Esclerose subcondral
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6
Q

Tratamento da Osteoartrose

A
  • Fisioterapia: reforçar musculatura para sustentar melhor a articulação
  • Perda de peso: diminuir a sobrecarga articular
  • Sintomáticos: paracetamol, AINES, corticoide intra articulares, opioides…
    Obs.: algumas drogas vem sendo utilizadas, como a condroitina e glucosamina
  • Cirurgia: reservada a casos mais graves, com incapacidade funcional importante…
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7
Q

Lomabalgia Idiopática

A

Também chamada de lombalgia mecânica. É a principal causa de dor lombar no mundo.
Causada por espasmo muscular doloroso (semelhante à torcicolo)
- Clínica: dor lombar, raramente irradia, pode ser subita. Dura em ia 3-4 dias.
- Tratamento: repouso e sintomáticos

Obs.: pode apresentar escoliose antalgica com dor a palpacao muscular

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8
Q

Fisiopatologia da Hérnia de disco

A

Entre as vértebras há o disco intervertebral. Núcleo polposo é a área mais interna do disco, região mais preparada para absorver impacto, envolto pelo anulo fibroso.
O anulo fibroso pode ficar fragilizado, permitindo que o núcleo polposo se hernie. A região que mais comumente encontra-se fragilizada é a posterolateral, próxima à raiz nervosa de nervo periférico (alterações sensitivas)

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9
Q

Local mais comum de hérnia de disco

A

L4-L5, L5-S1

Essa topografia é responsável pela inervação dos membros inferiores.
Dor radicular/dor ciática = lombalgia com irradiação para membros inferiores.

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10
Q

Clinica da Hérnia de Disco

A

Lombociatalgia: dor lombar que irradia para membros inferiores
Diminuição de força, sensibilidade e reflexos (a depender da raiz nervosa acometida)
Sinal de Lasegue: é positivo. Sinal de irritação da raiz. Ipsilateral a raiz acometida. Pode ser cruzado (levanta uma e sente a outra). Se for bilateral = sinal de irritação meningea.

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11
Q

Topografia da hérnia de disco

A

C5 Dói no Ombro e Face anterior do braço, fraqueza no deltoide e bíceps, reflexo bicipital
C6 = dói na face lateral do braço e antebraço, fraqueza no bíceps e braquioradio, reflexo supinador
C7 = dói na face posterior do braço e antebraço, fraqueza no triceps, reflexo tricipital

L4 = dói na face anterior da coxa e pernas, fraqueza no quadríceps, reflexo patelar
L5 = dói na face lateral da coxa e perna, fraqueza na dorsiflexao do pé
S1 = dói na face posterior da coxa e perna, fraqueza na flexao plantar, altera o reflexo aquileu
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12
Q

Melhor exame para diagnóstico de Hérnia de Disco

A

Ressonância magnética

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13
Q

Tratamento da Hérnia de Disco

A
  • repouso: não sobrecarregar o disco. Decúbito dorsal com os membros inferiores fletidos.
  • Analgésico/AINES
  • Corticoide
  • Cirúrgico: se refratario ao tratamento clínico; Fraqueza progressiva se membros inferiores; síndrome da cauda equina (incontinência, anestesia em sela)
    Técnica: hemilaminectomia parcial com excisão do disco herniado
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14
Q

Artrites Inflamatórias

A

Podem ser:

  • Soropositivas: Artrite reumatoide
  • Soronegativas: Reyter, enteropatica, psoriásica, anquilosante

Obs.: rigidez prolongada, piora com repouso

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15
Q

Espondilite anquilosante

A

Entensite anquilosante ascendente.
Entesite = inflamação no local de inserção de partes moles (ligamento, tendão, aponeurose) no osso.
Pode acometes qualquer articulação, mas prefere aquelas ricas em ligamentos (ex.: sacro, pelve)

Mais comum em homens jovens (média de 23 anos)

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16
Q

Fisiopatologia da Espondilite Anquilosante

A

A doença cursa com inflamacao crônica da entese e erosão do osso subcondral, seguida por um processo de reparação tecidual, durante o qual ocorre neoformacao ossea. O osso neoformado origina uma protuberância óssea, chamada de sindesmofito. Na coluna vertebral os sindesmofitos vizinhos podem se unir, causando anquilose.

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17
Q

Clínica da espondilite anquilosante

A
  • Lombalgia (início insidioso) + rigidez matinal (>30min)
  • melhora com atividade física (piora com repouso)
  • com a evolução da doença ocorre anquilose de várias vértebras -> coluna rígida -> posição do esquiador (nesse ponto não há mais dor lombar)
  • Teste de Schoeber: até 15cm
  • Uveite anterior: extra articular mais comum
18
Q

Diagnóstico de espondilite anquilosante

A
  • Clínica >3m + sacroileite (em imagem)
  • HLA B27 positivo (90%)
  • FR e Anti ccp negativos
19
Q

Tratamento da espondilite anquilosante

A
  • Fiisioterapia: alongar e permitir a mobilidade articular
  • Parar de fumar
  • AINE
  • Anti TNF alfa (infliximab)

Obs.: corticoide sistêmico não deve ser utilizado, pois não melhora os sintomas e aumenta o risco de osteoporose vertebral
Obs.: avaliar infeccao previa ou infeccao latente de tuberculose antes de iniciar o tratamento com infliximab

20
Q

Mieloma Múltiplo

A

Tumor de plasmocitos, que são originados dos linfócitos B (responsáveis pela produção e secreção de anticorpos). O plasmocito é ativado na medula óssea, em múltiplos sítios. Produz anticorpos -> levando a níveis elevados de Imunoglobulinas… Pico monoclonal (componente M)

21
Q

Imunoglobulinas e mieloma múltiplo

A

As Imunoglobulinas são constituídas por uma cadeia leve e uma pesada. Dependendo do tipo de cadeia pesada será chamada de IgA, IgE, IgM, IgG.
O plasmocito neoplasico secreta excessivamente o mesmo tipo de imunoglobulina (IgG)

22
Q

Eletroforese de proteínas e o mieloma múltiplo

A

A eletroforese de proteínas separa as proteínas plasmáticas de acordo com o peso molecular -> alb, alfa1, alfa2, beta, Gama)
No MM há gamopatia monoclonal (componente M ou paraproteina)

23
Q

Lesão óssea do mieloma múltiplo

A

A presença de clones neoplasicos plasmocitarios ocupa a medula óssea vermelha, o que leva a anemia e destruição óssea (lesões líticas). Os clones neoplasicos produzem substâncias que ativam os osteoclastos, levando a reabsorção óssea (com hipercalcemia)
As lesões mais comuns são na coluna lombar, crânio, costelas e esterno.
Causam dor óssea e fraturas patológicas.
Além disso, os clones inibem a ação dos osteoblastos, e dessa forma não há elevação da FA e as lesões não são detectadas pela cintilografia óssea.
Poupam o pedículo vertebral (diferente das lesões neoplasicas)

24
Q

Diferença entre as lesões ósseas do mieloma múltiplo e das metástases ósseas

A
  • Mieloma múltiplo: poupa pedículo e a dor é movimento dependente
  • Metastase Óssea: prefere pedículo vertebral e a dor é continua, que piora a noite.
25
Q

Formas de lesão renal no mieloma múltiplo

A
  • Nefropatia por cadeias leves (Bence-jones): as cadeias leve das Imunoglobulinas sao filtradas pelo glomérulo e quando em excesso causam lesão no tubulo contorcido proximal (podendo causar síndrome de Fanconi)
    Obs.: as proteínas podem se agrupar no tubulo coletor, juntamente com as proteínas de Tamm Horsefal, levando a obstrucao (nefropatia obstrutiva crônica)
  • Nefrocalcinose: a hipercalcemia produzida pelas lesões ósseas levam a deposição de cálcio no parenquima, o que pode levar a insuficiência renal crônica.
  • Amiloidose: amiloidose primária, relacionada com a deposição de proteínas de cadeia leve e que podem causar síndrome nefrotica
  • Acido urico: ocorrem pelo alto turnover celular.
26
Q

Anemia no mieloma múltiplo

A

Ocorre pela ocupação medular promovida pelo tumor + doença inflamatória crônica

27
Q

Status imunológico do paciente com mieloma múltiplo

A

Ocorre predisposição a infecções pela queda dos níveis sericos de imunoglobulina funcional

28
Q

Diagnóstico de Mieloma Múltiplo

A
  • Plasmocitos >10% na medula óssea
    +
  • Componente M serico >3G/dL ou componente M na urina
    +
  • Lesão de órgão alvo: hipercalcemia, lesão lítica, anemia e insuficiência renal

Obs.: se componente M + plasmocitos, sem lesão de órgão alvo =mieloma indolente
Se só plasmocitos na medula = plasmocitoma

29
Q

Principal fator prognóstico no mieloma multiplo

A

Dosagem de B2 microglobulina (secretado pelo tumor) - principal fator prognóstico

30
Q

Tratamento do Mieloma Múltiplo

A

Não é curativo. Uso de quimioterapia ou transplante de medula óssea.

Obs.: algumas complicações = crise hipercalcemica, IRA, IRC, compressão medular

31
Q

Gamopatia monoclonal por IgM

A

Macroglobulinemia de Walderstron.

Causa síndrome de hiperviscosidade e não tem lesão lítica

32
Q

Doenças urinárias e lombalgia

A

Causado por doenças dos rins e das vias urinárias. Na maioria das doenças das vias urinárias só ocorre lombalgia após obstrucao importante ao fluxo urinário, ao ponto de causar hidronefrose.

33
Q

Importância de diferenciar os tipos de cálculos renais

A

Apesar de geralmente não influir no tratamento agudo, a composição do cálculo é que guiará l tratamento para prevenção da formação de novos.

34
Q

Tipos de cálculos renais mais comuns

A
  • Oxalato de Cálcio: é motivo mais comum (70-80%). Causado pela associação de diversos fatores:
    - HipoCitraturia: o citrato é um quelante de cálcio. Quando em pequenas quantidades permite a saturação de cálcio, levando a formação de cálculos.
    - HiperOxaluria: acontece em doenças disabsortivas. O intestino passa a absorver mais Oxalato, já que o cálcio é eliminado junto à esteatorreia (o Oxalato liga-se ao cálcio no lumen intestinal)
    - HiperCalciuria: é o fator mais comum.
  • Estruvita: 10-20%. Calculo coraliforme -> causado por ITU por Proteus, pH >6,0

Obs.: outros tipos de cálculos: ácido úrico, hidroapatita, cistina.

35
Q

Locais mais comuns de obstrucao por cálculos renais

A
  • Junção ureteropelvica
  • Terço médio do ureter
  • Junção Vesicoureteral
36
Q

Clínica da nefrolitiase

A
  • A grande maioria é assintomática (expele o cálculo na urina sem queixas). Os sintomas só aparecem quando obstrui as vias urinárias, mesmo que parcialmente.
  • Hematuria: manifestação mais comum
  • Cólica nefretica: dor lombar com ou sem irradiação, que pode vir associados dor abdominal, náuseas, vômitos e sudorese.
37
Q

Melhor exame diagnóstico para avaliar nefrolitiase

A

TC de abdome sem contraste

38
Q

Conduta na Nefrolitiase de acordo com o momento da doença

A
  • Abordagem de evento agudo: diagnóstico e tratamento de paciente com nefrolitiase
  • Abordagem crônica: observação da composição do cálculo e tratamento para evitar novas crises.
39
Q

Tratamento agudo da nefrolitiase

A
  • Analgesia: AINES, opioides
  • Hidratação venosa: não hiper-hidratar para não piorar a distensão
  • Alfabloqueador: tamsulosim -> relaxar o ureter e facilitar a saída do cálculo
  • Avaliae intervencao urológica: a maioria é expelida espontaneamente. A necessidade de intervenção ou não depende da presença de sintomas, localização (mais distal sai mais fácil) e do tamanho
40
Q

Indicações de intervenção urológica para a retirada do cálculo

A

> 7mm, refratario ao tratamento clínico, recorrente, causando sintoma obstrutivo, infeccao concomitante

41
Q

Intervencao urológica no cálculo renal

A
  • Litotripsia Extracorporea por Ondas de Choque (LECO): cálculos proximais (rim/ureter proximal) + densidade < 1000ui
    Obs.: não pode usar em grávidas
  • Nefrolitotomia Percutanea: faz a puncao da pelve renal, insere um necroscópico e é realizada a litotripsia intracorporea.
    Usada de cálculos proximais (rim/ureter proximal) >2cm ou densidade >1000Ui
    Obs.: pode ser usada em cálculos coraliformes.
  • Ureteroscopia: utilizada para abordar cálculos em ureter médio e distal. Podem ser removidos diretamente ou ser realizada tripsia.

Obs.: em casos de litíase complicada: pielonefrite por cálculo não drenado, obstrucao ureteral total em rim único - devemos fazer a desobstrução o mais rápido possível, podendo usar um cateter duplo J