Síndrome Álgica 1 - Dor Abdominal Flashcards
Dor parietal ou somática
Aguda, bem localizada, percebida nos dermatomos correspondentes a área que recebeu o estímulo
Dor visceral
Dor mal localizada, insidiosa, persistente. Pode vir acompanhada de resposta vagal. A dor é percebida no segmento medular em que o nervo espinhal se insere
Sinal de Jobert
Timpanismo sobre o fígado
Os 4 passos na abordagem do Abdome Agudo
1- avaliar instabilidade hemodinâmica
2- analgesia
3- descartar gravidez e doença pélvica
4- decidir se é caso clínico ou cirúrgico
3 indicações clássicas de cirurgia em abdome agudo
Peritonite, obstrução completa e isquemia
Saturnismo
Intoxicação pelo chumbo
Fontes de exposição ao chumbo
Mineradores, tintas, baterias, indústria automobilística, projéteis, destilados clandestinos
Mecanismo de toxicidade do chumbo
Interfere no metabolismo do heme, acumulando mediadores tóxicos (porfiria) = porfiria adquidirida
Achados clínicos mais característicos da Intoxicação pelo Chumbo
3 A’s:
Abdome: dor (cólica, difusa e recorrente), náuseas, vômitos e anorexia
Anemia: pontilhados basofilicos e hipo/micro
Amnésia: encefalopatia e dificuldade de concentração
Achados menos característicos da intoxicação pelo chumbo
Nefrite intersticial, gota, HAS, infertilidade e linha gengival de Burton
Linha gengival de Burton
Linha de chumbo na gengiva
Diagnóstico da intoxicação pelo chumbo
Dosagem de chumbo serico
Em que consiste o tratamento da intoxicação pelo chumbo?
Interromper exposição + quelante de chumbo (EDTA)
Definição de Porfiria
Doença adquirida ou hereditária, causada pelo acúmulo de porfirina ou seus precursores em diversos compartimentos, quando faltam algumas enzimas necessárias a síntese do heme
Deficiência de uroporfirinogenio descarboxilase
Porfiria cutânea tarda
Clínica da porfiria cutânea tarda
Lesao de pele em áreas expostas ao sol
Deficiência parcial da enzima HMB-sintase
Porfiria Intermitente Aguda
Consequência da deficiência de HMB sintase na porfiria
Acúmulo de ALA e PBG (precursores)
Quais fatores podem desencadear porfiria intermitente aguda?
Álcool, tabagismo, drogas, barbitúricos, estresse
Como se manifesta a porfiria intermitente aguda
Surtos por toxinas neurotóxicas. Dor abdominal, alterações neuropsiquiatricas, aumento de atividade simpática (HAS), convulsão, neuropatia periférica.
Diagnóstico da porfiria intermitente aguda
Dosagem urinária dos precursores da HMB sintase: ALA e PBG
Em que se baseia o tratamento da porfiria imtermitente aguda
O tratamento baseia-se na não formação de ALA (precursor relacionado com a patologia). Pode ser usado heme (“enganar” a cascata) ou soro glicosado (desviar a cascata para a via metabólica)
Agente etiológico da febre tifoide
Salmonella typhi ou paratyphi
Formas de transmissão da Febre Tifoide
Fecal oral. Água e alimentos contaminados. Portadores crônicos podem transmitir ao preparar alimentos.
Fisiopatologia da Febre Tifoide
Não destruição gástrica -> chega ao intestino -> penetra na música -> fagocitose nas placas de peyer -> bacteremia -> aloja-se nos órgãos reticuendoteliais
Quadro clínico e evolutivo da febre tifoide
1a e 2a semana: bacteremia -> febre, sinal de faget, dor abdominal
2a e 3a semana: resposta imune + hiperatividade -> hepatoesplenomegalia, roséolas, torpor (atividade das citocinas)
4a semana: convalescência -> 5% vira portador crônico
Sinal de faget
Bradicardia relativa em pacientes com elevadas temperaturas
Complicações da Febre Tifoide
Hemorragia digestiva e perfuração intestinal
Local onde fica alojada a bactéria causadora de febre tifoide nos portadores crônicos
Vias biliares.
Em que se baseia o diagnóstico da Febre tifoide? Qual o mais sensível?
Culturas. Pode ser hemocultura, coprocultura, mielocultura. O mais sensível é mielocultura.
Quais opções medicamentosas para tratamento da febre tifoide?
Gram neg entérico: Ciro ou ceftriaxone
De acordo com o MS: Cloranfenicol
Se choque/coma: dexametasona
Qual a grande causa de abdome agudo em geral?
Apendicite aguda
Fisiopatologia da apendicite aguda e sua evolução
Obstrução do lumen do apêndice (fecalito, hiperplasia linfoide) -> proliferação bacteriana e produção de muco -> distensão -> dor visceral -> obstrução vascular -> em 24-48h isquemia -> dor parietal
Característica da dor na apendicite aguda (quadro clínico)
Dor que se inicia na região periumbilical e depois de 12-24h se localiza em FID + anorexia, náuseas, vômitos, febre
Principal causa de obstrução do apêndice
Fecalitos
Ponto de McBurney e sua importância
Traçar linda entre umbigo e cristã ilíaca direita, o ponto de encontro entre o terço distal e o terço médio é onde mais provavelmente está localizado o apêndice.
Possíveis complicações da apendicite aguda
Necrose e perfuração. A perfuração pode formar abscesso localizado ou peritonite generalizada
Quais bactérias são as maiores representantes da flora bacteriana do apêndice?
As mesmas da flora colonica. Anaeróbios (bacterioides fragilis) e gram neg (E. Coli)
Sinal de Blumberg
Descompressão súbita dolorosa no ponto de McBurney
Sinal de Rovsing
Dor na fossa ilíaca direita após compressão da fossa ilíaca esquerda(peristalse reversa)
Sinal do obturador
Flexão da coxa e rotação interna do quadril. Sensível para apendicite pélvica.
Sinal de Dunphy
Dor em FID que piora com tosse
Sinal de Lenander
Temperatura retal > axilar em 1oC
Sinal de Aaron
Dor epigastrica referida durante palpacao do ponto de McBurney
Sinal do psoas
Dor provocada pela extensão e abdução da coxa direita com o paciente deitado sobre o lado esquerdo
Sinal de Ten Horn
Dor provocada pela tração do testículo direito
Sinal de Lapinsky
Dor a compressão na FID enquanto o pct ou o examinador eleva o mid esticado
Quadro clínico atípico de apendicite aguda ocorre em
Crianças, idosos, gestantes e obesos
Apendicite cronica ou recorrente
Ocorre mais em crianças. Obstrução parcial e intermitente da luz do apêndice.
Como dar o diagnóstico de apendicite aguda?
Alta probabilidade -> clínico
Probabilidade intermediária ou dúvida -> imagem
(Se homem, idoso ou não grávida = TC; se criança ou gestante = USG)
Padrão ouro para diagnóstico de apendicite aguda
Tomografia computadorizada
Achados no USG da apendicite aguda
Espessamento da parede do apêndice, barramento da gordura adjacente, não complacência com pressão