SIMULADO PROVA Flashcards

1
Q

Paciente de acidente Carro x moto com marca de cinto de segurança mas sem sinais de peritonite e estável hemodinamicamente, qual o próximo passo após avaliação e exame físico ?

A

Solicitação de TC de abdome para descartar Abdome agudo.

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2
Q

Qual a complicação mais comum da apendicectomia convencional?

A

Infecção da parede abdominal

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3
Q

Paciente, 50 anos, retorna após 6 semanas de um tratamento de diverticulite aguda Não complicada resolvida com antibioticoterapia, qual a conduta?

A

Realização de colonoscopia para descardar CA de colon apenas.
Não será necessário cirurgia visto que era D.A não complicada.

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4
Q

Quais são os sinais sugestivos de obstrução intestinal no exame físico?

A

Distensão abdominal, timpanismo à percussão, ruídos metálicos, dor abdominal difusa e parada de evacuação.

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5
Q

Qual a importância da palpação da região inguinal em pacientes com suspeita de obstrução intestinal?

A

A palpação da região inguinal é crucial para identificar possíveis hérnias encarceradas, uma causa comum de obstrução intestinal.

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6
Q

Onde se originam as hérnias inguinais diretas e indiretas em relação ao triângulo de Hesselbach?

A

As hérnias diretas ocorrem dentro do triângulo de Hesselbach, enquanto as indiretas surgem lateralmente ao triângulo.

Ele é delimitado por três estruturas:

  1. Ligamento Inguinal: Base inferior do triângulo.
  2. Borda Lateral do Músculo RetoAbdominal: Borda medial do triângulo.
  3. Vasos Epigástricos Inferiores: Borda lateral do triângulo.

Esse triângulo é uma zona de fraqueza na parede abdominal, o que facilita a formação de hérnias diretas, que ocorrem quando há protrusão do conteúdo abdominal através desse ponto enfraquecido.

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7
Q

Qual é a característica principal das hérnias inguinais diretas?

A

Hérnia inguinal direta: Localiza-se medialmente aos vasos epigástricos inferiores, passando pela parede posterior do canal inguinal, dentro do triângulo de Hesselbach.

Hérnia inguinal indireta: Localiza-se lateralmente aos vasos epigástricos inferiores e atravessa o anel inguinal profundo,

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8
Q

Qual é a principal característica manométrica da acalasia?

A

Acalasia é caracterizada pelo relaxamento incompleto do esfíncter esofágico inferior e ausência de peristalse no esôfago

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9
Q

Qual achado de imagem na tomografia é característico do carcinoma hepatocelular?

A

Lesão nodular hepática com realce na fase arterial e “wash-out” nas fases portal e tardia.

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10
Q

Qual fator de risco importante está associado ao carcinoma hepatocelular?

A

Hepatite C crônica e outras hepatopatias crônicas.

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11
Q

O que é o sinal de Murphy positivo e o que ele indica?

A

Dor abrupta e interrupção da inspiração profunda durante a palpação do quadrante superior direito do abdome, sobre a região da vesícula biliar.
Indica: Colecistite aguda.

Comentário Técnico:
O sinal de Murphy é sugestivo de inflamação da vesícula biliar. A dor ocorre porque a palpação comprime a vesícula inflamada contra o diafragma. Sua ausência não exclui colecistite, especialmente em pacientes idosos ou diabéticos, que podem ter respostas reduzidas à dor.

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12
Q

A hiperplasia nodular focal eleva acentuadamente a alfa-fetoproteína e é considerada uma afecção maligna?

A

Não
A hiperplasia nodular focal (HNF) é uma lesão benigna do fígado e, ao contrário do que se afirma, não eleva a alfa-fetoproteína (AFP) e não é uma neoplasia maligna.

Comentário: A HNF é uma lesão regenerativa benigna, geralmente assintomática e sem potencial maligno. A alfa-fetoproteína é um marcador usado principalmente no diagnóstico de hepatocarcinoma.

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13
Q

O que significa captação positiva em linfonodo no PET/CT após tratamento neoadjuvante?

A

Sugere doença residual ou metástase ativa.

Comentário Técnico:
O PET/CT é útil para identificar áreas de atividade metabólica sugestiva de tumor, mesmo em ausência de lesão visível na tomografia convencional.

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14
Q

Qual é a conduta para carcinoma espinocelular de esôfago com linfonodo regional positivo no PET/CT após neoadjuvância?

A

Ressecção cirúrgica do tumor e dos linfonodos regionais.

Comentário Técnico:
Mesmo após tratamento neoadjuvante, a cirurgia é essencial para remover áreas de doença residual e reduzir a chance de recidiva local.

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15
Q

refluxo gastroesofágico (RGE)

Qual é a cirurgia indicada para pacientes com recidiva de refluxo após tratamento medicamentoso?

A

Fundoplicatura de Nissen.

Comentário Técnico:
A fundoplicatura é o procedimento cirúrgico mais utilizado para refluxo gastroesofágico (RGE) resistente ao tratamento clínico. Envolve envolver o fundo do estômago ao redor da porção inferior do esôfago para aumentar a competência do esfíncter esofágico inferior. A cirurgia é indicada em casos de recidiva ou refratariedade aos inibidores de bomba de prótons (IBPs).

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16
Q

Qual é o tratamento inicial para adenocarcinoma gástrico localizado no antro, com estadiamento locorregional?

A

Gastrectomia subtotal com linfadenectomia a D2.

Comentário Técnico:
Nos tumores distais do estômago, a gastrectomia subtotal é suficiente. A linfadenectomia D2 é essencial para remover linfonodos regionais e avaliar a extensão da doença.

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17
Q

Quando a gastrectomia total é preferida em vez da subtotal?

A

Em casos de tumor proximal ou difuso no estômago.

Comentário Técnico:
A gastrectomia total é indicada para neoplasias localizadas na junção esofagogástrica ou corpo gástrico, garantindo margens livres de tumor.

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18
Q

O que é o sinal de Courvoisier e com que doença está associado?

A

Vesícula biliar aumentada e indolor na presença de icterícia. Associado a tumor da cabeça do pâncreas.

Comentário Técnico:
A obstrução lenta do ducto biliar comum por neoplasias pancreáticas permite que a vesícula se distenda sem dor.

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19
Q

Qual é a principal causa de icterícia indolor associada a fezes acólicas e urina escura?

A

Tumor da cabeça do pâncreas.

Comentário Técnico:
A obstrução do ducto biliar comum impede a passagem da bile para o intestino, levando a alterações na coloração das fezes e da urina.

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20
Q

Qual é a função e a indicação da intubação descompressiva no volvo de sigmóide?

A

Desobstruir e reduzir a distensão no volvo de sigmóide
* medida inicial em pacientes estáveis, com objetivo de evitar necrose ou isquemia intestinal (para casos sem possibilidade de comprometimento da alça).

O volvo de sigmóide é uma torção do intestino que pode causar obstrução. A descompressão colonoscópica pode resolver a torção temporariamente, mas em muitos casos é necessário tratamento cirúrgico definitivo para evitar recidivas.

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21
Q

Quais são quatro vantagens da gastrectomia vertical (GV) em comparação ao bypass gástrico?

A
  1. Técnica menos complexa – Menos riscos de complicações técnicas.
  2. Preserva o trato gastrointestinal ( facilitando a digestão e absorção)
  3. Menor risco de Anemias – Menos propensa a causar deficiência de ferro, vitamina B12 e cálcio, comuns no bypass.
  4. Menor chance de síndrome de dumping – Evita a rápida passagem de alimentos para o intestino delgado, reduzindo sintomas como náuseas e tontura.
  5. Não ocorrência de Ulceras marginais
  6. Não ocorrência de obstrução intestinal
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22
Q

Quais estruturas delimitam o limite lateroinferior da região inguinal?

A

O ligamento inguinal e o trato iliopúbico.

Comentário:
Essas estruturas são fundamentais na anatomia do canal inguinal e atuam na sustentação e na proteção contra hérnias inguinais.

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23
Q

Qual a função do ligamento inguinal na anatomia da parede abdominal?

A

O ligamento inguinal conecta a espinha ilíaca anterossuperior à sínfise púbica e atua como estrutura de suporte na região inguinal, reforçando o canal inguinal.

Comentário:
Sua posição anatômica é crítica na prevenção de hérnias inguinais, que são comuns devido à fragilidade do canal nessa área.

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24
Q

Com relação à DPS (Doença Pilonidal Sacrococcígea), podemos afirmar que a evolução para carcinoma é evento raro?

A

SIM,

A doença pilonidal sacrococcígea (DPS) é mais comum em homens
e se caracteriza por um abscesso ou fístula na região sacrococcígea. A evolução para carcinoma é extremamente rara, mas pode ocorrer em casos crônicos não tratados. O tratamento pode ser realizado por técnica aberta ou fechada, mas não há consenso absoluto sobre qual apresenta menor recidiva. A teoria mais aceita é a adquirida, que relaciona a doença à penetração de pelos na pele, causando inflamação.

25
Q

Qual técnica cirúrgica apresenta menores índices de recidiva na doença pilonidal: método aberto ou fechado?

A

Não há consenso absoluto. Algumas evidências sugerem que o método fechado pode apresentar melhores resultados em termos de recidiva, mas cada técnica tem suas indicações específicas.

Comentário:
O método fechado geralmente tem melhor aceitação estética e recuperação mais rápida, mas o método aberto pode ser indicado em casos de infecção extensa para favorecer a drenagem.

26
Q

Os AINEs causam seus efeitos gástricos por meio de hipergastrinemia? Verdadeiro ou falso?

A

Falso.
Os AINEs não induzem hipergastrinemia. Seus efeitos gastrointestinais decorrem da inibição das enzimas ciclooxigenase 1 (COX-1) e 2 (COX-2), o que reduz a produção de prostaglandinas gastroprotetoras. Isso leva à maior suscetibilidade da mucosa a lesões, úlceras e sangramentos.

Comentário técnico:
A hipergastrinemia está associada ao uso prolongado de IBPs, que suprimem a secreção de ácido gástrico. Como resposta compensatória, o corpo eleva os níveis de gastrina. No caso dos AINEs, a lesão ocorre por perda das defesas mucosas e não por aumento na secreção de ácido gástrico.

27
Q

Qual é a relação entre a secreção gástrica e as úlceras gástricas e duodenais?

A

A diferença essencial é que as:
1. úlceras gástricas surgem mais por fragilidade na defesa da mucosa (A secreção ácida pode estar normal ou baixa), enquanto as
2. úlceras duodenais são frequentemente associadas a hipersecreção ácida. Em ambos os casos, o H. pylori pode estar envolvido e deve ser investigado.

28
Q

O que estabelece a Lei de Goodsall para trajetos fistulosos anais?

A

A Lei de Goodsall determina que:
1. as fístulas com orifício externo anterior ao ânus tendem a ter trajetos retos em direção ao canal anal, enquanto
2. As fístulas com orifício externo posterior ao ânus geralmente têm trajetos curvos em direção à linha média posterior.

29
Q

Qual é a exceção à Lei de Goodsall em trajetos fistulosos?

A

A Lei de Goodsall não se aplica a fístulas anteriores que estejam a mais de 3 cm do ânus, pois estas tendem a formar trajetos curvos, mesmo sendo anteriores.

30
Q

Em quais casos de câncer retal deve-se considerar quimio e radioterapia neoadjuvantes antes da cirurgia?

A

Em casos de câncer retal avançado, geralmente com tumores maiores que 5 cm, localizados no terço médio ou distal do reto, ou quando há evidência de invasão local ou linfonodal, considera-se a quimio e radioterapia prévias (neoadjuvantes) para reduzir o tumor e melhorar os resultados cirúrgicos.

31
Q

Como é realizada a cirurgia de Heller no tratamento da acalasia?

A

A cirurgia de Heller consiste na miotomia do esôfago inferior e da junção esofagogástrica, cortando as fibras musculares que causam o espasmo e impedem o relaxamento adequado do esfíncter esofágico inferior.

Normalmente é associada à fundoplicatura parcial (como Dor ou Toupet) para evitar refluxo gastroesofágico pós-operatório.

Comentário técnico:
A cardiomiotomia de Heller é considerada o tratamento cirúrgico padrão para a acalasia, especialmente para pacientes nos quais outros tratamentos, como a dilatação pneumática, falharam.

32
Q

Qual é a diferença entre as técnicas de Serra-Dória e Thal-Hatafuku no tratamento da acalasia?

A

Serra-Dória: Envolve gastroplastia com transposição do estômago para melhorar a passagem do alimento, indicada em casos avançados ou com megaesôfago.

Thal-Hatafuku: Combina miotomia esofágica com uma fundoplicatura anterior para controlar o refluxo. A fundoplicatura é menos ampla para evitar hiperpressão na junção esofagogástrica.

Comentário técnico:
Essas técnicas são alternativas em situações mais complexas. A técnica Serra-Dória é mais indicada quando há deformidade irreversível do esôfago, enquanto Thal-Hatafuku é uma abordagem menos invasiva e útil para evitar refluxo após miotomia.

33
Q

Qual órgão é mais comumente lesado no trauma contuso abdominal?

A

O baço é um dos órgãos mais afetados nos casos de trauma contuso, frequentemente observado em acidentes de trânsito ou quedas.

As vísceras sólidas, como o baço e o fígado, têm maior probabilidade de ruptura por contusões, devido à sua consistência. Lesões por arma branca podem causar lesões perfurantes menores, enquanto as armas de fogo causam danos mais graves e profundos devido ao impacto de alta energia.

34
Q

As lesões por arma branca causam mais danos intra-abdominais que as lesões por arma de fogo?

A

Não. As lesões por arma de fogo causam mais danos devido à alta energia, provocando múltiplos trajetos e maior destruição tecidual. São lesões do tipo perfurante.

Comentário técnico:
Lesões por arma branca tendem a ser mais localizadas e menos destrutivas. Já as lesões por arma de fogo apresentam maior gravidade, com potencial de hemorragia severa e envolvimento de múltiplos órgãos.

35
Q

Qual a diferença entre encarceramento e estrangulamento de uma hérnia?

A
  1. Encarceramento: A hérnia não pode ser reduzida, mas ainda mantém irrigação sanguínea.
  2. Estrangulamento: Há comprometimento vascular, levando à necrose e risco de perfuração.

Comentário técnico:
O estrangulamento é uma emergência cirúrgica, pois pode levar à necrose intestinal e sepse se não for tratado prontamente.

36
Q

Julgue:
“Embora as hérnias da parede abdominal possam ocorrer em diferentes sítios, suas manifestações clínicas apresentam somente a dor no local como característica em comum.”

A

Falso.
Embora a dor seja um sintoma comum em várias formas de hérnia, ela não é o único sintoma. Outras manifestações importantes incluem abaulamento (massa visível ou palpável na região herniada), desconforto ao esforço físico e sinais de complicações como encarceramento ou estrangulamento. Além disso, algumas hérnias podem ser assintomáticas inicialmente.

37
Q

Julgue:
Independentemente do sítio anatômico, a hérnia pode encarcerar e/ou estrangular.

A

Falso:
Embora várias hérnias possam evoluir para encarceramento e estrangulamento, isso não acontece em todas as localizações. Por exemplo, algumas hérnias umbilicais ou epigástricas pequenas podem ser facilmente redutíveis e raramente se estrangulam.

As hérnias inguinais e femorais apresentam maior risco de encarceramento e estrangulamento devido à sua localização anatômica e o espaço restrito da fáscia.

38
Q

Quais são os tipos de sangramento ativo e sinais de sangramento recente na Classificação de Forrest?

A

Forrest I – Sangramento Ativo:

Ia: Sangramento arterial em jato (alto risco de ressangramento).
Ib: Sangramento em babação/gotejamento (alto risco de ressangramento).

Forrest II – Sinais de Sangramento Recente:

IIa: Vaso visível não sangrante.
IIb: Coágulo aderido.
IIc: Manchas escuras ou hematina (sangramento recente cessado).
Comentário Técnico:
Os tipos Ia e Ib exigem intervenção urgente. Forrest IIa e IIb também apresentam risco considerável e podem precisar de terapia endoscópica. A classificação permite avaliar a necessidade de tratamento imediato ou apenas acompanhamento.

39
Q

O que significam Forrest IIc e Forrest III na classificação de úlceras? Qual o manejo clínico esperado?

A

Forrest IIc:

Hematina ou manchas escuras na base da úlcera.
Sugere sangramento recente já controlado, com risco moderado de ressangramento.

Forrest III:

Base clara ou coberta por fibrina, indicando ausência de sangramento recente.
Risco baixo de ressangramento.
Comentário Técnico:
Forrest III não requer intervenção urgente, apenas tratamento clínico com inibidores de bomba de prótons (IBP) e acompanhamento. Já Forrest IIc pode indicar risco moderado, demandando vigilância.

40
Q

O que é a cirurgia de Milligan-Morgan e em quais casos é indicada?

A

A cirurgia de Milligan-Morgan é uma técnica de hemorroidectomia aberta, indicada para o tratamento de hemorroidas graus III e IV ou em casos complicados (como trombose ou falha no tratamento conservador). Nessa técnica, as hemorroidas são removidas deixando as feridas abertas para cicatrização por segunda intenção.

Comentário Técnico:

A recuperação pode ser mais lenta devido à cicatrização aberta, mas a técnica é eficaz na prevenção de recorrências.
Como a área é deixada sem suturas, diminui-se o risco de estenose anal. É importante o controle da dor e cuidados com higiene local no pós-operatório para evitar complicações.

41
Q

Quais são as principais causas de abdome agudo hemorrágico?

A

As principais causas de abdome agudo hemorrágico são gravidez ectópica rota e rotura de aneurisma da aorta abdominal

42
Q

O que são aderências intestinais pós-apendicectomia e quais complicações podem causar?

A

As aderências intestinais são formações fibróticas entre tecidos e órgãos, que ocorrem como resposta ao processo inflamatório ou cirúrgico.

Após uma apendicectomia, elas podem se formar especialmente em casos de apendicite complicada (perfurada ou supurada).

Complicações:
Obstrução intestinal: Principal causa de obstrução no intestino delgado.
Síndrome aderencial: Dor abdominal crônica devido às aderências.
Infertilidade (caso as aderências afetem trompas em mulheres).

Comentário Técnico:
Aderências são comuns após cirurgias abdominais e podem ser prevenidas parcialmente com técnicas cirúrgicas minimamente invasivas (como laparoscopia) e uso de barreiras antiaderentes durante a cirurgia.

43
Q

Quais são os achados clínicos e de imagem na apendicite aguda complicada?

A

Sintomas clínicos:
1. Febre alta, dor abdominal mais intensa e difusa.
2. Possível presença de massa abdominal palpável (abscesso).
3. Sintomas de peritonite (rigidez abdominal e dor intensa).

Exames laboratoriais:
1. Leucocitose significativa e PCR elevada.

Achados de imagem (TC ou ultrassom):
1. Perfuração: Líquido livre na cavidade abdominal.
2. Abscesso: Coleção fluida com sinais de inflamação.
3. Flegmão: Massa inflamatória ao redor do apêndice.

Comentário Técnico:
A apendicite complicada exige tratamento mais complexo, podendo incluir antibioticoterapia, drenagem de abscesso e cirurgia de urgência para evitar peritonite generalizada e sepse.

44
Q

Qual parte do intestino é mais acometida pela diverticulite?

A

A diverticulite acomete com maior frequência o cólon sigmoide.

O sigmoide é a porção mais distal do intestino grosso, caracterizada por apresentar maior pressão intraluminal, o que facilita a formação de divertículos.

Comentário Técnico:
A diverticulite é mais comum no sigmoide, especialmente em países ocidentais, devido à dieta pobre em fibras. Nos casos leves, o tratamento pode ser clínico com antibióticos e dieta líquida. Em situações graves ou complicadas (abscesso, perfuração), pode ser necessário intervenção cirúrgica.

45
Q

Sobre Hiperplasia Nodular Focal, Julgue :
A) “Pode ser observada em associação com hemangiomas.”
B) “A ruptura da lesão é extremamente rara.”
C) “A RM tem especificidade de 98% do diagnóstico.”

A

A) “Pode ser observada em associação com hemangiomas.” → Correto. A HNF pode coexistir com outras lesões hepáticas benignas, como hemangiomas.

B) “A ruptura da lesão é extremamente rara.” → Correto. De fato, a ruptura espontânea da HNF é uma complicação raríssima.

C) “A RM tem especificidade de 98% do diagnóstico.” → Correto. A ressonância magnética é bastante precisa na identificação da HNF devido às suas características de imagem típicas.

46
Q

Quais exames são recomendados para rastreamento do câncer colorretal? (2)

A
  1. Colonoscopia: Permite detecção de pólipos e lesões precoces.
  2. Pesquisa de sangue oculto nas fezes: Triagem para indicar necessidade de investigação adicional.
47
Q

Qual é a característica principal da técnica de Scopinaro?

A

A técnica de Scopinaro envolve uma gastrectomia parcial horizontal associada a um grande desvio intestinal, resultando em má absorção.

48
Q

Quais são os componentes principais da técnica de Duodenal Switch E O que caracteriza a Gastrectomia Vertical?

A

Duodenal Switch:
1. Combina gastrectomia vertical (GV).
2. Realiza anastomose entre o íleo distal e o duodeno proximal, associando restrição e má absorção.

Na GV, é removida uma parte significativa do corpo e fundo do estômago, mas o piloro é preservado, mantendo o esvaziamento gástrico mais fisiológico.

49
Q

Qual é o tratamento mais indicado para apendicite catarral e qual o ponto de incisão?

A

Tratamento:

Apendicectomia laparoscópica é o padrão-ouro, com menor tempo de recuperação e menos complicações.
Apendicectomia aberta pode ser realizada em casos necessários.

Ponto de incisão na técnica aberta:
Incisão de McBurney: Feita no quadrante inferior direito, 1/3 do caminho entre a espinha ilíaca ântero-superior e o umbigo.
Alternativa: Incisão de Rocky-Davis, semelhante à de McBurney, mas feita de forma transversal.

Observação:

Antibioticoterapia pode ser uma opção inicial, mas o risco de recorrência é maior.

50
Q

Qual é a causa mais comum de dor no quadrante inferior esquerdo (QIE) do abdome?

A

Causa mais comum: Diverticulite

A inflamação ou infecção de divertículos (pequenas bolsas que se formam na parede intestinal) no cólon sigmoide é a principal responsável pela dor no QIE.
Sintomas:
Dor constante e localizada no QIE
Febre e alterações no trânsito intestinal (como constipação ou diarreia)
Náusea e possível distensão abdominal
Diagnóstico:
Exames de imagem como tomografia computadorizada (TC) são essenciais para confirmação.

51
Q

Paciente de 34 anos com abaulamento doloroso e hiperemia em região inguinal esquerda. Qual a conduta correta?

(A) Redução da hérnia e programação de cirurgia eletiva
(B) Cirurgia de urgência devido a hérnia encarcerada

A

Resposta correta: (B)
Comentário: O quadro clínico sugere hérnia inguinal encarcerada, o que exige cirurgia de urgência para prevenir isquemia e necrose do conteúdo herniado. A opção por cirurgia eletiva (item A) é recomendada em hérnias sem complicações, o que não é o caso deste paciente.

52
Q

Paciente com trauma abdominal contuso, instável hemodinamicamente e com FAST negativo para sangramento. Qual a melhor conduta?

(A) Investigar outra causa de instabilidade hemodinâmica
(B) Realizar laparoscopia diagnóstica

A

Resposta correta: (A)

Comentário: Em casos de trauma abdominal contuso com instabilidade e FAST negativo, é essencial investigar outras causas de instabilidade, pois o abdome não aparenta ser a fonte de sangramento, pode por exemplo ser no tórax a hemorragia.

A laparoscopia (opção B) não é indicada em pacientes instáveis e com FAST negativo.

53
Q

Sobre o câncer gástrico, assinale a alternativa correta:

(A) A presença de metástase linfonodal descarta câncer gástrico precoce
(B) A invasão da submucosa pode cursar com até 20% de metástase linfonodal
(C) Lesão restrita à mucosa exclui qualquer possibilidade de metástase ganglionar
(D) O ultra-som endoscópico não tem papel no planejamento da linfadenectomia

A

Item A: Incorreto. O câncer gástrico precoce é definido pela restrição do tumor à mucosa ou submucosa, independentemente da presença de metástase linfonodal. Assim, mesmo que haja metástase linfonodal, o câncer ainda pode ser considerado precoce se não ultrapassar essas camadas.

Item B: Correto. Quando o câncer gástrico invade a submucosa, há um risco de aproximadamente 20% de metástase linfonodal. Isso ocorre porque a submucosa é uma camada onde há mais vasos linfáticos, facilitando a disseminação do câncer.

Item C: Incorreto. Embora o risco de metástase linfonodal seja baixo em lesões restritas à mucosa, ele não é nulo. Existem casos raros em que mesmo um tumor limitado à mucosa pode apresentar metástase ganglionar.

Item D: Incorreto. O ultrassom endoscópico (EUS) é fundamental no estadiamento do câncer gástrico, pois auxilia na avaliação da profundidade da invasão tumoral e na identificação de linfonodos regionais suspeitos. Essas informações são essenciais para o planejamento da linfadenectomia.

54
Q

A presença de cicatriz central em nódulo hepático é achado que suscita a suspeita de:

A

Hiperplasia nodular focal.

55
Q

O polipropileno é um fio de alta resistência e adequada elasticidade. A respeito da sua utilização, qual é a afirmação INCORRETA?

(a) Não está indicado para anastomoses intestinais por ser monofilamentar
(b) É um fio adequado para anastomoses vasculares
(c) Pode ser utilizado em tecidos infectados
(d) É adequado para anastomoses de tendões

A

Item (a): Incorreto. É um equívoco afirmar que o polipropileno não é indicado para anastomoses intestinais por ser monofilamentar. Na verdade, seu perfil monofilamentar é uma característica desejável em ambientes onde a resistência e a baixa reatividade tecidual são importantes, e ele pode ser utilizado em anastomoses intestinais, especialmente em cenários que exigem menor risco de infecção e reações inflamatórias.

56
Q

Qual técnica cirúrgica apresenta melhor resultado de controle glicêmico?

(a) Derivação biliopancreática
(b) Derivação gástrica em Y de Roux
(c) Banda gástrica ajustável
(d) Gastrectomia vertical

A

Item (a): Correto. A derivação biliopancreática apresenta os melhores resultados de controle glicêmico entre as técnicas citadas. Ela promove uma grande alteração no metabolismo e na absorção de nutrientes, o que resulta em maior melhora nos níveis de glicose e no controle do diabetes tipo 2.

Item (b): Parcialmente correta. A derivação gástrica em Y de Roux também é eficaz no controle glicêmico e melhora significativamente o diabetes tipo 2, mas os resultados são menos intensos que os da derivação biliopancreática.

57
Q

Na cirurgia bariátrica, qual é o procedimento misto?

(a) Gastrectomia vertical
(b) Cirurgia de Duodenal Switch
(c) Banda gástrica ajustável
(d) Bypass jejunoileal

A

Item (a): Incorreto. A gastrectomia vertical, ou sleeve gástrico, é um procedimento restritivo que reduz o tamanho do estômago, limitando a ingestão de alimentos sem provocar má absorção significativa.

Item (b): Correto. A cirurgia de Duodenal Switch é um procedimento misto que combina restrição (com redução do tamanho do estômago) e desvio intestinal para criar má absorção. Isso contribui para a perda de peso e melhora no controle glicêmico.

Item (c): Incorreto. A banda gástrica ajustável é uma técnica puramente restritiva, pois envolve a colocação de uma banda que limita o volume gástrico sem provocar má absorção.

Item (d): Incorreto. O bypass jejunoileal, embora provoque má absorção, não é considerado uma técnica misto como o Duodenal Switch, pois não possui componente restritivo significativo.

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Q

Assinale a alternativa que sugere abdome agudo INFLAMATÓRIO.
a) Dor súbita, progressiva. Curto tempo de evolução.
b) Dor súbita, moderada ou leve, difusa. Curto tempo de evolução.
c) Dor insidiosa, progressiva. Longo tempo de evolução.
d) Dor súbita, intensa e torna-se difusa precocemente. Curto tempo de evolução.

A

Item (a): Incorreto. A dor súbita e progressiva, com curto tempo de evolução, é mais característica de um abdome agudo vascular ou obstrutivo, em que a dor pode se desenvolver rapidamente.

Item (b): Incorreto. Dor súbita, moderada ou leve e difusa, com curto tempo de evolução, é mais comumente associada a condições como perfuração, onde a dor tende a ser generalizada desde o início.

Item (c): Correto. Dor insidiosa e progressiva, com longo tempo de evolução, sugere um processo inflamatório no abdome, como apendicite ou diverticulite, onde a dor se instala lentamente e progride.

Item (d): Incorreto. Dor súbita, intensa e que rapidamente se torna difusa sugere mais frequentemente um abdome agudo perfurativo, como em uma perfuração de úlcera, onde o conteúdo se espalha rapidamente no abdome.