3 .DOENÇAS DO ÂNUS Flashcards
O que é a fissura anal e qual sua fisiopatologia?
- A fissura anal é uma ulceração linear no epitélio escamoso do canal anal, geralmente na linha média posterior.
- Está associada a evacuação traumática com fezes endurecidas, causando espasmo do esfíncter anal interno (EAI) e isquemia no anoderma.
Comentário: A fissura anal causa dor intensa ao defecar e, em alguns casos, sangramento leve. Seu diagnóstico pode ser dificultado pela dor, que impede o toque retal ou anuscopia.
Qual é o tratamento clínico da fissura anal?
- Regularização do hábito intestinal (dieta rica em fibras e hidratação).
- Banhos de assento com água morna.
- Uso tópico de nitratos ou bloqueadores dos canais de cálcio para relaxar o EAI e melhorar a perfusão.
Comentário: A regularização do trânsito intestinal é essencial para evitar a recorrência. O tratamento clínico visa promover cicatrização sem necessidade de cirurgia externas ou internas esfíncter anal
Quando a esfincterotomia anal interna é indicada na fissura anal?
Em casos refratários ao tratamento clínico.
Comentário: A esfincterotomia anal interna é o padrão-ouro para fissuras crônicas e resistentes. A técnica consiste em cortar parcialmente o EAI, reduzindo o espasmo e melhorando a circulação local para promover a cicatrização mas a cicatrização é longa.
Paciente masculino, 35 anos, apresenta dor anal intensa ao evacuar, associada a fezes endurecidas e sangramento leve. O exame clínico sugere uma ulceração linear na linha média posterior do canal anal (plicoma), mas o toque retal não foi possível devido à dor. Qual é o diagnóstico?
Fissura anal.
Comentário: A dor intensa durante e após a evacuação é característica. O manejo inclui melhorar o hábito intestinal com dieta e hidratação. Se houver falha no tratamento clínico, é indicada esfincterotomia.
Qual é a causa mais comum de abscesso anal?
Infecção das glândulas anais (criptas de Chiari), que leva à obstrução dos ductos, estase e crescimento bacteriano.
Comentário: Abscessos podem se apresentar com dor intensa, eritema e edema perianal. Se não tratados, podem evoluir para fístulas anais crônicas.
Paciente relata dor e prurido anal, principalmente após evacuações. No exame, encontra-se proliferação hemorroidária localizada abaixo da linha pectínea. Qual é o diagnóstico?
Hemorroida externa.
Comentário: As hemorroidas externas são dolorosas devido à localização no anoderma sensível. O tratamento é conservador na maioria dos casos, com trombectomia indicada em situações de trombose.
Tratamento para todos os casos. E já sendo o tto definitivo para D.H Grrau 1
- Medidas Higienodietéticas
-Amolecimento das fezes - Fibra e Agua
-Menor esforço e vacuatório - Banho de assento
TTo ambulatorial para D. Hemorroidária Grau 2
Alem das medidas de grau 1
Pode ser indicado ligadura elástica
Como é feita a classificação dos abscessos anais?
- Perianal. (mais comum)
- Isquiorretal.
- Submucoso
- Supraesfincteriano. (interesfincteriano)
Comentário: A localização do abscesso influencia no manejo e na drenagem. Abscessos profundos, como os supraesfincterianos, podem exigir exames de imagem para diagnóstico e planejamento cirúrgico.
Caso clínico
Paciente de 40 anos com constipação crônica relata dor anal progressiva e inchaço perianal. No exame, há eritema e flutuação local. O toque retal é muito doloroso. Qual é o diagnóstico mais provável?
Abscesso anal.
Comentário: O abscesso anal é uma infecção aguda que exige drenagem urgente. A falta de tratamento pode resultar na formação de fístulas, caracterizando a evolução para doença crônica.
Quais são as características das fístulas anais?
As fístulas anais são trajetos patológicos que ligam duas superfícies epiteliais, geralmente um orifício interno na linha pectínea e um externo na pele perianal.
Comentário: Fístulas surgem como complicações crônicas de abscessos. O risco de incontinência anal é uma complicação temida, especialmente em fístulas que atravessam uma porção significativa do esfíncter.
O que estabelece a regra de Goodsall-Salmon na fístula anal?
Fístulas com orifício externo anterior seguem trajeto direto.
Fístulas com orifício externo posterior seguem trajeto curvo até a linha média posterior.
Comentário: A regra de Goodsall é útil para prever o trajeto fistuloso e planejar a abordagem cirúrgica, principalmente em casos complexos.
Caso clínico
Paciente de 50 anos, com história de abscesso anal prévio, apresenta dor leve e drenagem intermitente de secreção purulenta por um orifício na pele perianal. Qual é o diagnóstico?
Fístula anal.
Comentário: A fístula é um trajeto anômalo formado após a resolução de um abscesso. O tratamento é cirúrgico e visa evitar recorrências e preservar a continência.
Como é o tratamento das hemorroidas internas?
Grau I: Tratamento conservador (dieta e banhos de assento).
Grau II: Ligadura elástica.
Grau III: Ligadura ou cirurgia (Milligan-Morgan ou Ferguson).
Grau IV: Cirurgia.
Comentário: O tratamento é escalonado conforme o grau do prolapso e os sintomas. Técnicas cirúrgicas como Milligan-Morgan (aberta) e Ferguson (fechada) são indicadas nos casos mais graves.
Qual a diferença entre hemorroidas internas e externas?
Hemorroidas internas: Localizam-se acima da linha pectínea, têm sangramento e prurido, mas pouca dor.
Hemorroidas externas: Localizam-se abaixo da linha pectínea e podem trombosar, causando dor intensa.
Comentário: A localização das hemorroidas determina a apresentação clínica. As internas são menos dolorosas, enquanto as externas trombosadas podem exigir trombectomia de emergência.