9. Apendicite aguda Flashcards

1
Q

Qual a causa mais comum de infecção abdominal em países desenvolvidos?

A

Apendicite aguda é a causa mais comum de infecção abdominal nesses locais.

A apendicite aguda é uma urgência abdominal comum, especialmente em adultos jovens.

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2
Q

Qual é a operação de urgência mais comum em geral?

A

A apendicectomia emergencial é frequente devido à alta prevalência de apendicite e ao risco significativo de complicações, como perfuração e sepse.

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3
Q

Qual é a principal etiologia da apendicite aguda?

A

A obstrução do lúmen apendicular, geralmente por fecalito, hiperplasia linfoide, neoplasias ou verminoses.

Comentário:
A obstrução leva ao aumento da pressão intraluminal, que compromete o fluxo sanguíneo e desencadeia isquemia e inflamação, favorecendo a proliferação bacteriana.

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4
Q

Quais as fases da apendicite aguda?

A

Catarral, supurativa e necrótica.

Comentário:
1. A fase inicial (catarral) é caracterizada por inflamação leve.
2. Na fase supurativa, ocorre maior congestionamento e endurecimento do apêndice.
3. A fase necrótica representa um estágio avançado, com risco aumentado de perfuração.
Reconhecer essas fases auxilia na decisão sobre a necessidade de cirurgia imediata ou antibióticos profiláticos.

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5
Q

Quais os sinais semiológicos clássicos da apendicite?

A
  1. Sinal de Blumberg,
  2. sinal de Rovsing, sinal de
  3. Dunphy, (Dor ao tossir e a percusão abd)
  4. sinal do obturador (dor rotação interna da coxa)
  5. sinal do psoas. (dor decubito lat + Abdução MID)

Comentário:
Esses sinais ajudam a confirmar o diagnóstico em casos típicos. O sinal de Blumberg indica dor à descompressão súbita, sugerindo peritonite. Já o sinal do psoas é útil em apendicites retrocecais.

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6
Q

Qual a importância do ponto de McBurney na apendicite?

A

É o local clássico de dor localizada na apendicite aguda, situado a 1/3 da distância entre a espinha ilíaca anterossuperior e o umbigo.

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7
Q

Quais exames laboratoriais são indicados para avaliar apendicite?

A
  1. Hemograma (leucocitose e neutrofilia),
  2. exame de urina,
  3. beta-HCG em mulheres,
  4. glicemia,
  5. amilase e PCR.

Comentário:
A leucocitose com neutrofilia é um achado frequente, embora não seja específica. Em casos de apêndices retrocecais, podem ocorrer leucocitúria e hematúria. A beta-HCG é essencial para excluir gravidez ectópica em mulheres em idade fértil, uma importante consideração diagnóstica diferencial.

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8
Q

Qual exame de imagem é considerado padrão-ouro para apendicite?

A

A tomografia computadorizada (TC) abdominal.

Comentário:
A TC apresenta alta acurácia e é o exame de escolha principalmente em casos duvidosos, pacientes obesos e idosos. Ela ajuda na identificação de complicações como abscessos e plastrões. Em crianças e gestantes, prefere-se ultrassom e ressonância magnética devido à menor exposição à radiação

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9
Q

Quais são os principais diagnósticos diferenciais para apendicite em mulheres?

A

Doenças ginecológicas como gravidez ectópica, doença inflamatória pélvica, e cistos ovarianos.

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10
Q

Como é o tratamento da apendicite simples?

A

Apendicectomia, geralmente com antibioticoprofilaxia durante a cirurgia.

Comentário:
A apendicectomia é indicada em casos não complicados para prevenir complicações. A profilaxia antimicrobiana ajuda a reduzir o risco de infecção pós-operatória. O procedimento pode ser realizado por laparoscopia ou incisão convencional, dependendo da experiência do cirurgião e do quadro clínico

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11
Q

Como se caracteriza o tratamento da apendicite complicada com plastrão?

A

Antibioticoterapia seguida de apendicectomia de intervalo (cirurgia após 6-8 semanas).

Comentário:
O plastrão representa uma tentativa do corpo de conter a infecção. O tratamento inicial com antibióticos visa reduzir a inflamação e preparar o paciente para cirurgia futura, reduzindo o risco de complicações intraoperatórias.

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12
Q

Quando é indicada a cirurgia de urgência na apendicite?

A

Em casos de apendicite complicada com peritonite difusa.

Comentário:
A peritonite difusa indica perfuração e disseminação da infecção. A cirurgia de urgência é essencial para controle da sepse e prevenção de insuficiência de múltiplos órgãos (IMOS), uma complicação grave que pode ocorrer se a infecção não for tratada rapidamente.

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13
Q

Como se manifesta a dor típica da apendicite?

A

Inicia-se peri umbilical e migra para a fossa ilíaca direita.

Comentário:
Essa migração é explicada pela evolução da inflamação do peritônio parietal e é um sinal clássico da apendicite. A dor que inicialmente é visceral se torna somática, reforçando a importância da anamnese bem direcionada

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14
Q

O que significa um plastrão apendicular?

A

É uma massa inflamatória composta por omento, alças intestinais e outros tecidos, que tenta bloquear a infecção local.

Comentário:
O plastrão é uma resposta natural do organismo, que limita a propagação da infecção. É frequentemente tratado inicialmente com antibióticos e apendicectomia de intervalo para reduzir os riscos intraoperatórios

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15
Q

Paciente com dor abdominal peri umbilical há 12 horas, que migrou para FID. Apresenta sinal de Blumberg positivo. Qual o diagnóstico provável?

A

Apendicite aguda.

Comentário:
A dor que migra da região peri umbilical para a fossa ilíaca direita é um sinal clássico de apendicite, relacionado à inflamação que se espalha para o peritônio parietal. O sinal de Blumberg positivo indica irritação peritoneal, sugerindo inflamação ativa e possível complicação. A rápida confirmação e manejo cirúrgico são cruciais para evitar a perfuração.

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16
Q

Mulher de 28 anos com dor abdominal intensa na FID e beta-HCG positivo. Qual o diagnóstico diferencial prioritário?

A

Gravidez ectópica, além de apendicite.

Comentário:
Em mulheres em idade fértil com dor abdominal, é essencial excluir gravidez ectópica, que também pode causar dor intensa na fossa ilíaca direita. O beta-HCG positivo sugere uma gestação, que em casos de gravidez ectópica representa uma emergência potencialmente fatal. Exames de imagem, como ultrassonografia pélvica, são indicados para diferenciar as duas condições.

17
Q

Homem de 70 anos com dor abdominal difusa e leucocitose alta. TC mostra líquido livre na cavidade. Diagnóstico?

A

Apendicite complicada com peritonite difusa.

Comentário:
A peritonite difusa é uma emergência e ocorre frequentemente por perfuração apendicular em pacientes idosos. A leucocitose elevada e o líquido livre na TC reforçam a suspeita de peritonite. O tratamento é cirurgia de urgência para controle da infecção, com antibioticoterapia agressiva para prevenir sepse e complicações sistêmicas.

18
Q

Paciente com dor abdominal em FID, febre e massa palpável. Qual a conduta inicial?

A

Antibioticoterapia para tratar plastrão apendicular.

Comentário:
A presença de massa palpável sugere plastrão apendicular, onde o organismo tenta bloquear a infecção. A conduta inicial é clínica com uso de antibióticos para reduzir a inflamação. A apendicectomia de intervalo pode ser indicada posteriormente para evitar recorrência. Intervenção cirúrgica imediata nesse momento pode ser arriscada devido à inflamação local.

19
Q

Criança com dor na FID, leucocitose, e ultrassonografia inconclusiva. Qual o próximo passo?

A

Realizar tomografia computadorizada para confirmação diagnóstica.

Comentário:
A apendicite em crianças pode ser de difícil diagnóstico, especialmente com exames de imagem inconclusivos. A TC é mais precisa e indicada em casos duvidosos para evitar diagnósticos tardios e complicações. A exposição à radiação deve ser considerada, mas o benefício diagnóstico da TC em casos suspeitos justifica seu uso.

20
Q

O que é o Score de Alvarado e quais condutas ele sugentiona?

A

É um escore para definir condutas na apendicite aguda com base nesse escore, a conduta é definida da seguinte maneira:

● 0-3 pontos: apendicite pouco provável, investigar outras patologias;
● ≥ 4: provável apendicite = solicitar exame de imagem se necessário;
● ≥ 7: alto risco de apendicite = cirurgia;
● exame de imagem: mulheres, idosos, imunocomprometidos e gestantes.

21
Q

Quais são os critérios do Score de Alvarado para avaliação de apendicite aguda? (8)

A

O Score de Alvarado utiliza os seguintes critérios (total de 10 pontos):

Sintomas
1. Dor migratória para FID (1 ponto)
2. Anorexia (1 ponto)
3. Náuseas/Vômitos (1 ponto)
Sinais
4. Defesa na FID (2 pontos)
5. Rebote doloroso (Sinal de Blumberg) (1 ponto)
6. Febre (1 ponto)
Laboratório
7. Leucocitose (2 pontos)
8. Desvio à esquerda (1 ponto)

Comentário:
O Score de Alvarado é uma ferramenta rápida para avaliação da apendicite. Pacientes com pontuação ≥7 têm alta probabilidade de apendicite e geralmente são candidatos à cirurgia.

22
Q

Paciente masculino, 20 anos, com dor abdominal há 6 horas, que iniciou em epigástrio e migrou para o quadrante inferior direito (QID). Apresenta anorexia, febre (37,9°C), dor à descompressão brusca (Blumberg) e defesa na FID. Qual é o Score de Alvarado e a conduta?

A

Score de Alvarado:

Dor migratória para FID - 1 ponto
Anorexia - 1 ponto
Febre - 1 ponto
Dor à descompressão brusca (Blumberg) - 1 ponto
Defesa na FID - 2 pontos
Total: 6 pontos

Conduta:
Com 6 pontos, o paciente apresenta probabilidade moderada de apendicite. A conduta indicada é realizar exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia de abdome, para confirmação do diagnóstico antes de uma possível cirurgia.

23
Q

Caso clínico
Paciente feminina, 30 anos, com dor abdominal intensa na FID há 12 horas, acompanhada de náuseas, anorexia, febre (38,3°C), e leucocitose de 13.000/mm³. Apresenta dor à palpação e descompressão brusca no QID. Qual o Score de Alvarado e a conduta?

A

Score de Alvarado:

Dor migratória - Não mencionado
Anorexia - 1 ponto
Náuseas/vômitos - 1 ponto
Febre - 1 ponto
Dor à descompressão brusca (Blumberg) - 1 ponto
Defesa na FID - 2 pontos
Leucocitose - 2 pontos
Total: 8 pontos

Conduta:
Com 8 pontos, o paciente tem alta probabilidade de apendicite. A conduta recomendada é a apendicectomia imediata, dado o quadro clínico compatível e o alto escore de Alvarado.

24
Q

Qual é a conduta recomendada para apendicite aguda não complicada?

A
  1. Antibioticoprofilaxia com cefoxitina.
  2. Apendicectomia como tratamento definitivo.

Comentário Técnico: Apendicite não complicada geralmente não apresenta perfuração ou abscesso, permitindo uma abordagem direta com apendicectomia após profilaxia com antibióticos.

25
Q

Qual é a conduta recomendada para apendicite aguda complicada?

A
  1. Iniciar com antibioticoterapia.
  2. Se houver peritonite ou instabilidade, realizar apendicectomia imediata
  3. Se houver abscesso, realizar drenagem percutânea e programar apendicectomia de intervalo em 6 a 8 semanas.

Realizar colonoscopia se o paciente tiver mais de 40 anos.

Comentário : A apendicite complicada com abscesso requer estabilização inicial e drenagem para controlar a infecção, com a cirurgia sendo realizada posteriormente para reduzir o risco de complicações.

26
Q

Qual é o fator mais importante para decidir entre tratamento cirúrgico e drenagem percutânea em um paciente com apendicite complicada com abscesso?

A

A presença de choque séptico é o fator mais importante.

Em casos de choque séptico, é necessário realizar intervenção cirúrgica imediata para controle do foco infeccioso, pois a drenagem percutânea pode não ser suficiente para estabilizar o paciente.

27
Q

Qual é a dieta recomendada no primeiro pós-operatório e quando o paciente pode receber alta hospitalar após uma cirurgia sem complicações?

A

Dieta leve no primeiro pós-operatório. Alta geralmente no primeiro ou segundo dia, conforme a tolerância e evolução do paciente.