Rim morfologia e funções Flashcards

1
Q

Quais as dimensões e peso dos rins?

A

10-12cm comprimento
6-7cm largura
4cm espessura

Peso 125g na mulher e 140g no homem

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2
Q

Onde estão localizados os rins?

A

São órgãos retroperitoneais, localizados de ambos os lados da coluna vertebral (adaptados à concavidade do angulo costovertebral e ultimas porções das costelas); rim direito um pouco mais baixo que o esquerdo;

Localizam-se na porção posterior e superior da cavidade abdominal, junto ao diafragma e região lombar, em relação com os músculos quadrado lombar e psoas. Projecta-se posteriormente entre T12 e L1/L2 (as biópsias renais são por normal feitas no polo inferior do rim direito, situado ao nível de L2).

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3
Q

Qual o eixo de orientação dos rins?

A

O > eixo é obliquo para baixo, para fora e para a frente.

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4
Q

Quais os meios de fixação dos rins? 5

A

vasos renais,

peritoneu parietal,

fascia renal,

capsula fibrosa,

gordura peri e para-renal.

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5
Q

Em que duas camadas se divide o parenquima renal?

A

O parênquima renal, ou seja, o tecido renal propriamente
dito, é constituído por duas camadas
visivelmente distintas: a cortical, mais externa,
e a medular, mais interna.

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6
Q

O que envolve o contorno externo dos rins?

A

Envolvendo o contorno
externo dos rins encontra-se uma membrana
de tecido conjuntivo: a cápsula renal. Ao
redor desta cápsula está a gordura perirrenal: a
fáscia de Gerota.

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7
Q

Que nome se dá à egião central da borda côncava,
por onde chegam os vasos e nervos que
suprem o órgão?

A

A r hilo renal.

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8
Q

Qual o trajecto da urina no rim?

A

A urina formada no parênquima renal é despejada
numa complexa rede de cavidades: os cálices
renais menores e maiores, e a pelve renal.

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9
Q

Porque estruturas são formados os cálice maiores e a pelve renal?

A

Os
cálices maiores são formados normalmente pela
confluência de três ou quatro cálices menores,
enquanto a pelve renal costuma ser formada
pela confluência de dois ou três cálices maiores.

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10
Q

Que espessura e que estruturas alberga o cortex renal?

A

A camada cortical, ou Córtex Renal, que no
adulto mede cerca de 1 cm de espessura, contém
os glomérulos e, assim, é
responsável pela depuração do sangue que
chega aos rins, dando inicio à formação do filtrado,
precursor da urina.

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11
Q

Porque estruturas é formada a camada medular do rim?

A

A camada medular (2 – 2,5cm), ou Medula Renal, é formada
macroscopicamente por 10-18 estruturas
cônicas: as pirâmides de Malpighi. As
bases destas pirâmides fazem limite com a
zona cortical, enquanto seus vértices fazem
saliência nos cálices renais. Nas regiões laterais,
as pirâmides fazem contato com extensões
de tecido cortical para a medula, denominadas
colunas de Bertin.

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12
Q

O que são as papilas renais?

A

As saliências das pirâmides de Malpighi nos
cálices renais são as famosas papilas renais,
que possuem, nas suas porções mais distais,
10 a 25 aberturas para passagem da urina formada
. Cada papila renal se abre
para um cálice menor.

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13
Q

O que é um Lobo renal?

A

Os Lobos Renais: o rim pode ser dividido esquematicamente
em lobos, cada um formado
por uma pirâmide de Malpighi, associada ao
tecido cortical adjacente

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14
Q

Por que partes é constituido o nefrónio? 6

A

Podemos
descrevê-lo como uma estrutura microscópica
formada pela associação do corpúsculo
de Malpighi, contendo o tufo glomerular, com
o sistema tubular, composto pelo túbulo contorcido
proximal, alça de Henle, túbulo contorcido
distal e finalmente o túbulo coletor

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15
Q

Quais as funções do nefrónio?

A

O néfron se responsabiliza pelos dois
principais processos que envolvem a gênese da
urina: a produção do filtrado glomerular nos
corpúsculos de Malpighi e o complexo processamento
deste filtrado em seu sistema tubular.

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16
Q

Quantos nefronios possui um rim?

A
  • Não há aumento do n.º de nefrónios ao longo da vida (± 1,2 milhão em cada rim)… apenas sofrem processo de maturação.
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17
Q

Em que camadas do rim se localizam as diversas partes do nefônio?

A

O corpúsculo de Malpighi, os túbulos contorcidos
proximal e distal e a parte inicial do túbulo coletor
são elementos corticais, enquanto a alça de Henle
e a maior parte dos túbulos coletores mergulham
na zona medular

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18
Q

Que classificação têm os nefronios?

A

Os nefrónios podem ser corticais ou justa-medulares, conforme a posição em que se encontra o glomérulo. Os nefrónios com o glomérulo justa-medular têm ansa de Henle muito mais comprida.

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19
Q

Qual a % de débito cardiaco que recebe o rim? e que quantidade de urina produz?

A

O rim recebe um 1/5 do débito cardíaco e produz cerca de 180 L de urina/dia.

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20
Q

Como é feita a vascularização renal? 9

A

Artéria renal> 4 artérias segmentares (superior, media anterior, media posterior e inferior) > interlobares >artérias arcuatas ou arciformes > interlobulares > arteríolas aferentes> as arteríolas eferentes > os vasos peritubulares e os vasos retos

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21
Q

Que arterias nutrem o parenquima renal?

A

Na realidade, os glomérulos estão interpostos
no sistema arterial periférico dos rins, e, assim,
são as arteríolas eferentes que, em última
análise, nutrem o parênquima do córtex
renal com sangue arterial. Além disso, elas
também originam arteríolas secundárias que
se projetam para irrigar a medula renal: os
vasos retos.

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22
Q
A
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23
Q

Porque existe uma entidade chamada necrose da papila renal?

A

A vascularização da medula é extremamente
escassa (vasos retos), tornando esta região muito
sensível a pequenas alterações de perfusão. Como
a estrutura anatômica do tecido renal mais distante
da origem destes vasos é a Papila, entendemos
o motivo da existência da entidade patológica
conhecida como “necrose de papila renal”

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24
Q

Por que estruturas é formado O Corpúsculo de Malpighi? 2

A

O Tufo Glomerular
A Cápsula de Bowman

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25
Q

Descrever a formação do Tufo Glomerular

A

A artéria renal, ao entrar no parênquima através
do hilo renal, se ramifica em direção à periferia
(região cortical). Já no Córtex podem ser
identificados pequenos e importantes ramos,
que recebem a denominação de arteríola aferente.
Esta, por sua vez, dá origem a uma série
de alças capilares que se enovelam para formar
uma estrutura arredondada, denominada glomérulo.
Após se enovelarem, estas alças confluem
para formar a arteríola eferente, que
deixa o glomérulo

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26
Q

Quem controla a pressão hidróstatica do sangue arterial no glomerulo?

A

No glomérulo circula sangue arterial, cuja
pressão hidrostática está sob controle da arteríola
eferente: esta arteríola possui maior quantidade
de músculo liso, podendo se contrair ou
relaxar em função das necessidades do organismo
.
Quanto mais contraída a arteríola eferente,
maior a pressão glomerular e, consequentemente,
maior o volume do filtrado.

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27
Q

O que é a capsula de Bowman?

A

Os glomérulos são envolvidos pela cápsula de
Bowman, que possui dois folhetos: um aderido
às alças glomerulares, e outro “inflado”, delimitando
externamente o corpúsculo. Estas
estruturas são também conhecidas como folhetos
visceral e parietal da cápsula de Bowman.
Entre estes folhetos está o espaço capsular,
que recebe o filtrado glomerular.

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28
Q

Qual a constituição do folheto e parietal da capsula de Bowman?

A

o folheto
externo (parietal) da cápsula de Bowman
forma uma espécie de cálice, constituído por
epitélio simples pavimentoso apoiado em uma
membrana basal.

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29
Q

Qual a constituição do folheto visceral da capsula de Bowman?

A

Já o folheto interno (visceral) deve ser cuidadosamente identificado, porque
na verdade não existe uma camada celular
contínua como no parietal.
Como se vê na, o folheto interno
é formado pelos podócitos, que são células
especiais situadas junto às alças glomerulares.

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30
Q

Descrever os podocitos

A

Estas células emitem prolongamentos que se
orientam em sentido radial, denominados primários
que, por sua vez, originam prolongamentos
secundários, os quais “abraçam” meticulosamente
as alças capilares de forma análoga
aos tentáculos de um polvo. Os prolongamentos
secundários, ao se cruzarem, delimitam
importantes espaços alongados – as
fendas de filtração.

31
Q

O folheto interno da capsula de Bowman é uniforme?

A

Assim, o folheto interno da cápsula de Bowman
está aderido às alças capilares, e não é formado
por uma camada celular uniforme, mas sim
por poucos corpos celulares (podócitos) situados
discretamente distantes da membrana basal
das alças e por numerosos prolongamentos
que recobrem toda a sua superfície (ver microscopia
eletrônica

32
Q

Porque é que a única estrutura contínua que separa o sangue glomerular do espaço de Bowman é a membrana
basal das alças glomerulares?

A

Como as células endoteliais são fenestradas, e
o folheto visceral da cápsula de Bowman apresenta
estas fendas de filtração, percebe-se que
a única estrutura contínua que separa o sangue
glomerular do espaço de Bowman é a membrana
basal das alças glomerulares

33
Q

Que estruturas compem a Membrana Glomérulo-capilar?

A

Membrana Glomérulo-capilar, através da
qual o plasma é filtrado, originando o fluido
tubular (futura urina). Constitui-se do endotélio (fenestrado)
+ membrana basal + fendas de filtração dos
podócitos (epitélio visceral).

34
Q

o que é o mesângio?

A

Nos espaços entre as alças capilares glomerulares
existe um tecido conjuntivo de sustentação
denominado mesângio, que também apresenta
um tipo celular: a célula mesangial.

Assim, todo o tufo capilar glomerular, na realidade,
está preenchido por uma matriz denominada
mesangial.

35
Q

Quais as funções do mesangio e onde se encontra?

A

É importante ressaltar que há pontos em que a
lâmina basal não envolve toda a circunferência
de um só capilar, tornando-se comum a dois ou
mais capilares. É neste espaço entre os capilares
que se localizam as células mesangiais.
Entretanto, o mesângio também pode ser encontrado
entre a membrana basal e as células
endoteliais. Acredita-se que, além de fornecer
sustentação, ele tenha a função de eliminar
resíduos aprisionados no processo de filtração.

36
Q

O Sistema Tubular é constiruido por:

A

Túbulo Contorcido Proximal
Alça de Henle
Túbulo Contorcido Distal
Túbulo Coletor

37
Q

O Aparelho Justaglomerular é constiruido por:

A

Mácula Densa
Células Justaglomerulares

38
Q

Onde se localizam as céculas justaglomerulares?

A

As arteríolas aferentes, antes de se capilarizarem
em glomérulos, apresentam uma modificação
da camada média onde passam a exibir
células especiais que, pela localização, são
chamadas de células justaglomerulares.

39
Q

Onde se localiza a macla densa?

A

O túbulo contorcido distal, em determinado
ponto de seu trajeto, aproxima-se da arteríola
aferente (do mesmo néfron), exatamente
ao nível das células justaglomerulares. Neste
local sua parede se modifica, formando
uma estrutura conhecida como mácula densa

40
Q

Quais os fenômenos envolvidos na formação da urina? 3

A
  1. Filtração Glomerular
  2. Reabsorção Tubular
  3. Secreção Tubular
41
Q

Que pressões são responáveis pela filtração glomerular?

A

O filtrado glomerular é formado pela ação da
pressão hidrostática no interior das alças capilares,
em oposição a diversas outras forças, como
pressão oncótica do plasma, pressão do líquido
contido nos túbulos e pressão do interstício renal
(que se reflete na cápsula de Bowman).

42
Q

O que é o mecanismo de autorregulação da taxa de filtração glomerular? Que orgão apresentam este recurso?

A

Mecanismo pelo qual a TFG é mantida relativamente
constante, tal como o fluxo sanguíneo renal,
através do mecanismo de “autorregulação
do fluxo sanguíneo renal.

rins, o miocárdio e o
cérebro são os principais exemplos.

43
Q

quais os quatro mecanismos
básicos da autorregulação da Taxa
de Filtração Glomerular (TFG)?

A

1 Vasoconstricção da arteríola Eferente

(2) Vasodilatação da arteríola Aferente:
(3) Feedback Tubuloglomerular:
(4) Retenção Hidrossalina e Natriurese:

44
Q

Quais os mecanismos envolvidos na Vasoconstricção da arteríola Eferente?

A

esta arteríola contém mais células musculares do que a arteríola Aferente, tendo uma propensão maior a se contrair. Em resposta à liberação local ou sistêmica de Angiotensina II, a arteríola Eferente se contrai em condições de baixo fluxo renal, fazendo aumentar a pressão intraglomerular, evitando assim que a TFG seja reduzida. O baixo fluxo renal estimula as células justaglomerulares a produzirem um hormônio chamado Renina que, por sua vez, transforma o Angiotensinogênio em Angiotensina I. Esta última, por ação da ECA (Enzima Conversora de Angiotensina), é convertida em Angiotensina II.

45
Q

Quais os mecanismos da Vasodilatação da arteríola Aferente?

A

os mesmos estímulos para o aumento intrarrenal da angiotensina II – um vasoconstrictor potente da arteríola Eferente – também acabam liberando substâncias vasodilatadoras da arteríola Aferente, como a PGE2, as cininas e o óxido nítrico.
A dilatação desta arteríola aumenta o fluxo sanguíneo
renal e a pressão intraglomerular.

46
Q

O que é o Feedback Tubuloglomerular?

A

agora vamos descrever a função do aparelho justaglomerular.

O mecanismo depende da reabsorção de cloreto pelas células da mácula densa. Veja: caso haja uma pequena redução inicial da TFG, menos NaCl chegará à mácula densa e, portanto, menos cloreto será reabsorvido neste segmento tubular. A queda na reabsorção de cloreto é “sentida” pelas células justaglomerulares da arteríola Aferente, promovendo uma vasodilatação arteriolar que logo corrige o desvio inicial da TFG. Um aumento inicial da TFG terá um efeito exatamente oposto: mais NaCl chega à mácula densa, mais cloreto é reabsorvido, levando à vasoconstricção da arteríola Aferente.

47
Q

Como se processa a Retenção Hidrossalina e Natriurese?

A

. Como vimos, a renina contribui
de forma crucial para a formação de angiotensina
II. Finalmente, esta substância estimula
a produção e liberação de aldosterona pelas
suprarrenais, um hormônio que estimula a retenção
de sódio e água pelos túbulos renais. A
retenção volêmica contribui para a restauração
do fluxo renal e TFG. Por outro lado, condições
de alto fluxo renal (ex: hipervolemia) exercem
efeito oposto, desativando o sistema renina-angiotensina-
aldosterona. Esse fato, somado à liberação
do Peptídeo Natriurético Atrial (PNA)
nos estados hipervolêmicos, induz um efeito
natriurético, reduzindo a volemia e retornando a
TFG para o normal.

48
Q

Como é controlado o fluxo sanguineo renal?

A

Entre pressões arteriais médias de 80
mmHg até 200 mmHg, o fluxo sanguíneo se
mantém pela adaptação do tônus da arteríola
Aferente – o principal determinante da resistência
vascular do órgão. O aumento da PA
provoca vasoconstricção arteriolar, enquanto
sua redução promove vasodilatação arteriolar.
Se a PA cai a níveis inferiores a 70-80 mmHg,
o fluxo sanguíneo renal sofre redução, pois os
vasos já atingiram o máximo de dilatação. O
mecanismo deste reflexo vascular depende
basicamente de “receptores de estiramento”,
presentes nos miócitos da arteríola Aferente
– quando distendidos por uma pressão aumentada,
a resposta imediata é a contração muscular.
Quando a tensão sobre o miócito é reduzida,
a resposta é o relaxamento muscular,
promovendo vasodilatação. Esta última também
requer a liberação intrarrenal de vasodilatadores
endógenos, tais como prostaglandinas
(PGE2), cininas e óxido nítrico.

49
Q

O que é o Balanço Glomerulotubular?

A

(aumenta a TFG
– aumenta a reabsorção tubular; reduz a TFG
– reduz a reabsorção tubular). Este balanço
pode ser modificado em função de alguns hormônios,
como a Angiotensina II e as Catecolaminas,
que agem aumentando a proporção de
sódio e líquido reabsorvidos no TCP.

50
Q

que substancias são reabsorvidas no TCP?

A

Os TCP são encarregados de reabsorver a maior
parte do fluido tubular, juntamente com seus
eletrólitos e substâncias de importância fisiológica,
como a glicose e os aminoácidos. Cerca
de 65% (2/3) do filtrado glomerular é reabsorvido
no TCP, o equivalente a 90 L/dia.

51
Q

Qual o principal electrólito rabsorvido pelos túbulos?

A

O principal eletrólito reabsorvido pelos túbulos
renais é o sódio. A reabsorção tubular de
sódio determina, direta ou indiretamente, a
reabsorção da maioria dos outros eletrólitos e
substâncias no sistema tubular.

52
Q

Como é reabsorvido o sódio?

A

O sódio é reabsorvido
de forma ativa, um processo que depende
da enzima NaK-ATPase, presente na
membrana basolateral das células tubulares – . Esta enzima mantém o sódio intracelular
em baixas concentrações, promovendo
o gradiente necessário para que o sódio
luminal se difunda para a célula

53
Q

Que aniões são absorvidos no TCP juntamente com o sódio?

A

Na primeira
porção do TCP, o principal ânion reabsorvido é
o bicarbonato (HCO3
-), enquanto na segunda
porção do TCP, este ânion passa a ser o cloreto
(Cl-).

54
Q

Como acontece a reabsorção de bicarbonato?

A

A reabsorção de bicarbonato segue uma
via indireta, pois a célula tubular não possui um
carreador específico para este ânion. Para penetrar
na célula, o bicarbonato luminal precisa ser
convertido em CO2 + H2O, utilizando para isso
o H+ secretado pelo túbulo em troca do Na+
reabsorvido e a enzima anidrase carbônica luminal.

A reação química abaixo então se dá da
esquerda para direita, no lúmen do TCP:

Uma vez reabsorvido, o CO2 é novamente convertido em HCO3 - no interior da célula tubular proximal, seguindo a reação acima, mas agora no sentido inverso (da direita para esquerda), e utilizando a anidrase carbônica intracelular.

55
Q

Qual o mecanismo de acção da acetazolamida?

A

A acetazolamida (Diamox), tem o seu efeito
baseado na inibição da anidrase carbônica.
Com isso, a reabsorção de bicarbonato é inibida
junto com a reabsorção de sódio no TCP. O
resultado é natriurese e bicarbonatúria (isto é,
alcalinização urinária).

56
Q

Como é reabsorvido o cloreto no TCP?

A
A reabsorção do cloreto se dá da seguinte maneira:
o ânion formato, oriundo da dissociação
do ácido fórmico no interior da célula tubular,
é secretado para o lúmen em troca da reabsorção
do cloreto (trocador formato/cloreto). O
cloreto é então retirado da célula através do
cotransportador K+/Cl- na membrana basolateral.
O formato reage com íons H+ secretados
pelo trocador Na+/H+, gerando ácido fórmico,
que se difunde novamente para o interior da
célula tubular.
57
Q

Como é reabsorvida a água no TCP?

A

A água é reabsorvida por osmose, isto é, para
cada molécula de soluto reabsorvida, moléculas
de água também são reabsorvidas, mantendo-
se a osmolaridade luminal intacta, semelhante
à do plasma (290 mOsm/L). As moléculas
de H2O passam pelos espaços intercelulares
e levam consigo outros eletrólitos – um
fenômeno denominado convecção ou solvent
drag. Parte do sódio e do cloreto e praticamente
todo o potássio reabsorvidos no TCP utilizam
este mecanismo.

58
Q

Que outros solutos são reabsorvidos no TCP?

A

São também reabsorvidos no TCP os seguintes
solutos: glicose, aminoácidos, fosfato e ácido
úrico. A reabsorção dessas substâncias também
está atrelada à reabsorção de sódio, através de
carreadores duplos localizados na membrana
luminal. Algumas proteínas de tamanho pequeno
também são reabsorvidas no TCP, pelo
processo de endocitose.

59
Q

Que substancias são secretadas pelo TCP?

A

Dois tipos de carreadores são encontrados:
os catiônicos e os aniônicos. As
substâncias ácidas, como o ácido úrico, as
penicilinas e cefalosporinas, são secretadas
pelo carreador aniônico. Esse processo é facilmente
explicado, já que todo ácido tem o comportamento
de se converter em um ânion, ao
liberar o seu H+. As substâncias básicas, como
a creatinina e a cimetidina, são secretadas pelo
carreador catiônico, já que as bases se convertem
em cátions quando se ligam ao H+

60
Q

Qual a principal função da Ansa de Henle?

A

A alça de Henle é responsável pela reabsorção
de 25% do sódio filtrado. Este segmento tubular
é fundamental para o controle da osmolaridade
urinária. Nela, um fenômeno chamado
Mecanismo de Contracorrente é responsável
pela formação e manutenção de um interstício
hiperosmolar e um fluido tubular hipo-osmolar.

61
Q

Mas como funciona o mecanismo
de contracorrente da Ansa de Henle?

A

A porção descendente da alça de Henle promove
o aumento da tonicidade do fluido tubular, por
ser permeável à água mas impermeável aos solutos.

Já na porção ascendente ocorre o contrário:
não há reabsorção de água, porém ocorre a saída de solutos, que penetram na célula tubular através
do carreador Na-K-2Cl, impulsionados pelo
gradiente de concentração, gerado ativamente
pela bomba NaK-ATPase da membrana basolateral.

Esse mecanismo faz com que, ao final do
trajeto, haja uma urina hiposmolar, com um interstício
renal hiperosmolar

62
Q

Quais as principais funções do TCD?

A

Esta porção do néfron é responsável pela reabsorção
de 5% do líquido e sódio filtrados. Na
membrana luminal das células tubulares deste
segmento existe o carreador Na-Cl, passível
de inibição pelos diuréticos tiazídicos.
Além
desta ação, o TCD tem mais duas importantes
funções: (1) contém a mácula densa, uma parte
do túbulo que compõe o aparelho justaglomerular;

e (2) é o principal sítio de regulação da
reabsorção tubular de cálcio, sob ação do PTH.

63
Q

Onde actuam os diuréticos tiazídicos?

A

Na membrana luminal das células tubulares do TCD
existe o carreador Na-Cl, passível
de inibição pelos diuréticos tiazídicos.

64
Q

Qual a função do tubo colector?

A

O túbulo coletor é a última porção do sistema
tubular, sendo responsável pela reabsorção de
5% do líquido e sódio filtrados. Chamamos de
Néfron Distal a composição do TCD + TC.
Apesar de reabsorver, em média, apenas 10%
do líquido e sódio filtrados, podemos dizer que
o Néfron Distal é encarregado dos “ajustes finos”
da reabsorção e secreção tubular, respondendo
à ação de vários hormônios reguladores
do equilíbrio hidroeletrolítico.

65
Q

Em quantas porções pode ser dividido o tubo colector?

A

O TC pode ser dividido em porção Cortical
e porção Medular. O TC Cortical é o segmento
do néfron responsivo à Aldosterona, hormônio
que controla a reabsorção distal de
sódio e a secreção de potássio e H+.

66
Q

Como ocorre a reabsorção de sódio no TC?

A

A reabsorção de sódio dependente de aldosterona
ocorre por um processo diferente de
todos os outros segmentos do néfron – é uma
reabsorção de sódio eletrogênica. Isso significa
que o sódio é reabsorvido sem nenhum
ânion o acompanhando, gerando assim um
potencial negativo intraluminal (eletronegatividade).
Com o lúmen mais negativo, os cátions
K+ e H+ são atraídos para o fluido tubular,
estimulando a sua secreção.

67
Q

Qual a função e principios de actuação da aldosterona?

A

Veja como funciona: a célula tubular responsiva
à aldosterona chama-se Célula
Principal. Quando o hormônio se liga aos
seus receptores, estimula a NaK-ATPase da
membrana basolateral, reduzindo o Na+ e
aumentando o K+ no interior da célula. A aldosterona
também estimula o canal de Na+ e
o canal de K+, presentes na membrana luminal.
O resultado é a reabsorção de Na+ e a
secreção de K+ por esta célula.
Lado a lado com a célula principal, existe um
outro tipo de célula tubular, chamada Célula
Intercalada, encarregada da secreção de H+.
Esta célula contém uma H+-ATPase em sua
membrana luminal, capaz de secretar o hidrogênio
contra um amplo gradiente de concentração.
Esta ATPase é capaz de acidificar
a urina até um pH mínimo de 4,50.
Apesar das secreções de K+ e de H+ ocorrerem
em células diferentes, ambos os processos
são estimulados pela reabsorção eletrogênica
de Na+.

68
Q

Qual a osmolaridade do fluido que chega ao TC?

A

O TC recebe um fluido hipo-osmolar (em torno
de 100 mOsm/L). Perceba que o interstício que
banha a alça de Henle é o mesmo que banha o
TC Medular. Este interstício vai se tornando
mais concentrado à medida que se aproxima da
papila renal, quando apresenta uma osmolaridade
de 1.200 mOsm/L.

69
Q

Onde actua a ADH?

A

As células do TC respondem
à ação do Hormônio Antidiurético (ADH
ou Vasopressina).

70
Q

Qual a função da ADH?

A

O ADH age aumentando a
permeabilidade à água no TC, fazendo
a célula tubular expressar mais canais luminais
de H2O. Na presença de altos níveis plasmáticos
deste hormônio, a água luminal é reabsorvida
em direção ao interstício hiperosmolar. A urina
então sai concentrada, com uma osmolaridade
máxima de 1.200 mOsm/L. Quando o ADH
está suprimido (em níveis mínimos), praticamente
não há reabsorção de água no TC. Como a
reabsorção de eletrólitos continua, o fluido tubular
é diluído ainda mais, atingindo uma osmolaridade
em torno de 50 mOsm/L, o que
configura a diluição urinária máxima

71
Q

Entre que valores pode variar a osmolaridade numa pessoa normal?

A
72
Q

Quais as causas de Insuficiência Renal
com Rim de tamanho normal
ou aumentado? 7

A

1) Diabetes Mellitus
2) Doença Policística
3) Amiloidose
4) Anemia falciforme
5) Esclerodermia
6) Nefropatia obstrutiva
7) Nefropatia pelo HIV

73
Q

5 causas de necrose da papila renal

A

1) Diabetes Mellitus
2) Obstrução
3) Anemia Falciforme
4) Nefropatia Analgésica
5) Pielonefrite Grave

74
Q

Qual a principal suspeição na Presença de Deformidade Calicial?

A

Pielonefrite Crônica