Relações ecológicas Flashcards

1
Q

O que a Ecologia estuda?

A

A Ecologia (do grego oikos, “ casa”, e logos, “estudo”) é a
parte da Biologia que estuda as relações de interdependência dos seres vivos, bem como suas relações com o meio ambiente.

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2
Q

Verdadeiro ou falso?

Nenhuma espécie de ser vivo é totalmente independente,
uma vez que direta ou indiretamente depende de outras
para sobreviver.

A

Verdadeiro.

Animais e vegetais, por exemplo, mantêm diversas relações de dependência entre si. Os animais de uma região (a fauna) dependem da flora típica ali existente, nela encontrando, por exemplo, abrigo, refúgio
e alimentos. Por outro lado, os vegetais da região (a flora) também dependem da fauna.

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3
Q

As relações ecológicas entre os seres vivos são classificadas em 2 tipos, quais?

A

→ Intraespecíficas – Estabelecidas entre seres de uma
mesma espécie

→ Interespecíficas – Estabelecidas entre seres de
espécies diferentes

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4
Q

As relações ecológicas podem ser harmônicas ou
desarmônicas. Qual é a diferença entre elas?

A

→ Harmônicas (positivas) – São aquelas em que não
há nenhum tipo de prejuízo para os organismos

→ Desarmônicas (negativas) – Pelo menos um dos
organismos associados é prejudicado

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5
Q

Quais são os 2 tipos de relações
Intraespecíficas Harmônica?

A

→ Colônia (++)

→ Sociedade (++)

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6
Q

Quais são os 2 tipos de relações
Intraespecíficas Desarmônica?

A

→ Canibalismo (+-)

→ Competição (–)

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7
Q

Quais são os 4 tipos de relações
Interespecíficas Harmônica?

A

→ Mutualismo (++)

→ Protocooperação (++)

→ Comensalismo (+0)

→ Inquilinismo (+0)

Alguns autores consideram o inquilinismo parte do comensalismo.

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8
Q

Quais são os 4 tipos de relações
Interespecíficas Desarmônica?

A

→ Predatismo (+-)

→ Parasitismo (+-)

→ Competição (–)

→ Amensalismo (-0)

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9
Q

Colônias são associações entre indivíduos de uma mesma espécie, que vivem juntos, ligados anatomicamente uns aos outros, formando uma unidade estrutural em que poderá ou não haver divisão de trabalho. Podem ser de 2 tipos, quais?

A

→ Colônias isomorfas (homomorfas, homotípicas)

→ colônias heteromorfas (heterotípicas)

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10
Q

Colônias são associações entre indivíduos de uma mesma espécie, que vivem juntos, ligados anatomicamente uns aos outros, formando uma unidade estrutural em que poderá ou não haver divisão de trabalho.

As Colônias podem ser isomorfas ou heteromorfas. Qual é a diferença entre elas?

A

→ Colônias isomorfas (homomorfas, homotípicas) –
Aquelas nas quais os indivíduos têm a mesma
morfologia e realizam as mesmas funções. Não há,
portanto, divisão de trabalho

→ colônias heteromorfas (heterotípicas) – Aquelas
nas quais os indivíduos têm morfologia diferente e
realizam funções diferentes. Nesse tipo de colônia,
temos, portanto, uma divisão de trabalho, uma vez
que cada indivíduo está adaptado para realizar uma
determinada função

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11
Q

Qual é o tipo mais comum de colônia encontrado na natureza?

A

Colônias isomorfas (homomorfas, homotípicas).

Como exemplos, podemos citar os estafilococos e estreptococos
(colônias de bactérias do grupo dos cocos); os corais (colônias de celenterados); colônias de cracas (crustáceos).

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12
Q

De qual tipo de colônia as caravelas (celenterados) realizam?

A

Colônias heteromorfas (heterotípicas).

Aquelas nas quais os indivíduos têm morfologia diferente e
realizam funções diferentes. Nesse tipo de colônia, temos, portanto, uma divisão de trabalho, uma vez que cada indivíduo está adaptado para realizar uma determinada função.

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13
Q

Como são chamadas as associações entre indivíduos de uma mesma espécie, que vivem juntos, organizados de modo cooperativo através de uma divisão de trabalho, não ligados anatomicamente uns aos outros?

A

Sociedades.

Exemplos: colmeia (sociedade das abelhas), formigueiro (sociedade das formigas), termiteiro ou cupinzeiro (sociedade dos térmitas ou cupins), vespeiro (sociedade das vespas), etc.

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14
Q

Em muitas sociedades, os indivíduos componentes estão
diferenciados em o que?

A

Castas (classes sociais).

Na sociedade das abelhas, por exemplo, existem três castas: rainha, operárias e zangões.

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15
Q

Qual é o nome da relação na qual um indivíduo mata outro da mesma espécie para dele se alimentar?

A

Canibalismo.

Exemplos: entre peixes, é comum os adultos atacarem e comerem os próprios filhotes; em certas espécies de aranhas e insetos
(louva-a-deus, por exemplo), é comum a fêmea matar e devorar o macho, após a cópula.

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16
Q

Verdadeiro ou falso?

O canibalismo pode também ocorrer eventualmente em
espécies que normalmente não o praticam, sendo, nesse
caso, desencadeado por diversos fatores, como o aumento da densidade populacional (superpopulação) ou pela falta de alimento. Isso acontece, por exemplo, em populações de camundongos confinadas em um espaço físico limitado e com escassez de alimento.

A

Verdadeiro.

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17
Q

Qual relação consiste numa disputa entre indivíduos de uma mesma espécie pelos mesmos fatores (alimento, espaço, etc.)?

A

Competição intraespecífica.

Exemplo: em muitas espécies de animais, por ocasião da reprodução,
os machos disputam as fêmeas. Os perdedores afastam-se e
o vencedor forma um verdadeiro “harém”, encarregando-se
da perpetuação da espécie junto às suas fêmeas.

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18
Q

A competição intraespecífica exerce papel importante no mecanismo da seleção natural, por que?

A

A competição elimina, dentro da espécie, aqueles indivíduos com características menos vantajosas.

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19
Q

Qual é o nome da associação entre indivíduos de espécies distintas que se beneficiam mutuamente e criam um grau de dependência recíproca tão acentuado que a coexistência deles passa a ser obrigatória?

A

Mutualismo.

Entre os muitos exemplos de mutualismo, destacamos os liquens,
as micorrizas, as bacteriorrizas, a associação entre os ruminantes e micro-organismos produtores da celulase e a associação entre os cupins e protozoários produtores da celulase.

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20
Q

Os liquens são associações entre algas unicelulares ou
cianobactérias com fungos. As algas sintetizam matéria
orgânica através da fotossíntese e fornecem aos fungos
parte do alimento produzido. Os fungos, por sua vez, retiram água e sais minerais do substrato, fornecendo-os às algas. Além disso, os fungos envolvem com suas hifas o grupo de algas, protegendo-as contra a desidratação.

Qual é o tipo de relação dos liquens?

A

Mutualismo.

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21
Q

Micorrizas - Associações estabelecidas entre fungos e raízes de certas plantas, por exemplo, orquídeas, morangueiros, tomateiros e pinheiros. Os fungos degradam substâncias orgânicas do solo, transformando-as em nutrientes minerais (sais de fósforo, potássio, etc.) que são absorvidos pelas raízes das plantas. As plantas, por sua vez, fornecem aos fungos parte da matéria orgânica produzida através da fotossíntese.

Qual é esse tipo de relação?

A

Mutualismo.

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22
Q

Bacteriorriza – Nome que se dá à associação de bactérias do gênero Rhizobium com células das raízes de plantas leguminosas (soja, feijão, ervilha, etc.). Nessas raízes, aparecem nódulos (nodosidades, “inchaços”), em que são encontradas bactérias do gênero Rhizobium. Essas bactérias são fixadoras do N2 atmosférico e, assim, enriquecem o solo com nitratos que serão absorvidos pelas leguminosas e utilizados como matéria-prima na construção de compostos orgânicos nitrogenados
(aminoácidos, por exemplo). As leguminosas, por sua vez,
fornecem a essas bactérias heterotróficas parte das substâncias orgânicas que sintetizam, isto é, fornecem alimento às bactérias.

Qual é esse tipo de relação?

A

Mutualismo.

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23
Q

Qual é o nome da associação entre duas espécies que também se beneficiam mutuamente sem, entretanto, estabelecer um grau de dependência obrigatório?

A

Protocooperação (cooperação).

Na protocooperação, portanto, a coexistência das espécies
não é obrigatória. Por isso, alguns autores também chamam a
protocooperação de mutualismo não obrigatório, mutualismo
facultativo ou mutualismo sem dependência obrigatória.

24
Q

As relações paguro x actínia, anu x gado e pássaro-palito x
crocodilo são alguns exemplos de qual tipo de relação?

A

Protocooperação (cooperação).

25
Q

Como ocorre a relação de protocooperação entre o paguro e a Anêmona?

A

O caranguejo paguro (“bernardo-eremita”), crustáceo muito comum em nossas praias, caracteriza-se por ter um abdome mole e não possuir carapaça protetora. Assim, para obter maior proteção contra seus predadores, aloja-se no interior de conchas vazias abandonadas pelos moluscos. Já as actínias (“anêmonas-do-mar”) são celenterados que produzem substâncias urticantes e necessitam de um substrato para sua fixação. O paguro, com frequência, coloca, sobre a concha onde se alojou, uma ou mais actínias, estabelecendo com elas uma
relação de protocooperação. O paguro se beneficia da proteção que a actínia lhe dá, pois afasta ou impede a aproximação dos predadores naturais por causa das substâncias urticantes que produz. A actínia, por sua vez, se beneficia da locomoção, uma vez que passa a ser transportada pelo paguro e, assim, amplia o seu território de obtenção de alimento.

26
Q

Como funciona a relação de protocooperação (cooperação) entre o anu e o gado?

A

O anu é um pássaro que pousa sobre o dorso do gado
para catar e comer carrapatos. Dessa maneira, o gado se
beneficia por livrar-se dos carrapatos parasitas e o anu, por sua vez, encontra no gado uma fonte de alimento.

27
Q

Como funciona a relação de protocooperação (cooperação) entre o pássaro-palito e o crocodilo
africano?

A

O pássaro-palito frequentemente entra na boca do crocodilo africano para retirar e comer “sanguessugas” que normalmente são encontradas aderidas à mucosa bucal do réptil. Com isso, o crocodilo é beneficiado por livrar-se dos parasitas, enquanto o pássaro-palito tem uma opção alimentar.

28
Q

Como é chamada a associação entre indivíduos de espécies diferentes, na qual apenas uma das espécies é beneficiada, sem, entretanto, haver prejuízos para a outra?

A

Comensalismo.

É, portanto, uma relação harmônica unilateral. A espécie beneficiada
é chamada de comensal e o benefício que recebe da outra pode ser alimento, abrigo, transporte, etc.

29
Q

A rêmora (peixe-piolho) possui uma ventosa (órgão
de fixação) no alto de sua cabeça. Com sua ventosa,
a rêmora fixa-se na região ventral de um tubarão,
passando a ser transportada por ele. Quando o tubarão
ataca algum animal, os restos da presa que flutuam
na água são imediatamente ingeridos pela rêmora.
Nesse relacionamento, envolvendo a rêmora e o tubarão,
temos quais tipos de relação?

A

Comensalismo de transporte (foresia) e um
comensalismo de alimentação.

O comen sali smo de alimen ta ção é en con trado também na relação entre os peixes-pilotos e o tubarão. Os peixes-pilotos acompanham o tubarão, nadando ao seu redor, para se alimentarem dos restos de comida que escapam da boca dele. O nome “peixe-piloto” vem de uma
crença segundo a qual esses peixes orientam o tubarão em sua navegação pelos mares.

30
Q

Qual é o nome da relação na qual uma espécie procura abrigo ou suporte no corpo de indivíduos de uma outra espécie, sem prejudicá-la?

A

Inquilinismo (epibiose).

Trata-se, portanto, de um caso particular de comensalismo.
Dessa relação, participam o inquilino e o hospedeiro. O inquilino
(espécie beneficiada) obtém abrigo, proteção ou, ainda, suporte no corpo da espécie hospedeira. Exemplos: peixe-agulha x holotúria, orquídeas x árvores e bromélias x árvores.

31
Q

O peixe-agulha (do gênero Fierasfer), que possui um
corpo fino e alongado, quando perseguido pelos inimigos
naturais, procura abrigo e proteção no corpo de uma
holotúria (equinodermo conhecido popularmente por
“pepino-do-mar”). O peixe-agulha penetra através do ânus da holotúria, abrigando-se no tubo digestório desse equinodermo, sem causar-lhe prejuízos.

Qual é a relação ecológica neste caso?

A

Inquilinismo (epibiose).

32
Q

As orquídeas e as bromélias, ao contrário do que muitas
pessoas pensam, não são plantas parasitas, uma vez que
não causam prejuízos às plantas hospedeiras sobre as
quais crescem. Essas plantas usam o tronco da hospedeira apenas como suporte para chegarem ao alto das árvores, onde encontram condições ideais de luminosidade para a realização da fotossíntese e, consequentemente, para um melhor desenvolvimento. Esse inquilinismo envolvendo espécies vegetais também é chamado como?

A

Epifitismo e, nesse caso, a planta inquilina é dita epífita.

As epífitas são plantas que apenas procuram abrigo, proteção e luz ideal
ao crescerem sobre outras plantas, mas sem prejudicá-las.

33
Q

Como é chamada a relação em que indivíduos de uma espécie matam outros de espécies diferentes para usá-los como alimento?

A

Predatismo (predação).

Os indivíduos beneficiados diretamente são os predadores,
enquanto os indivíduos que são mortos e que servem de
alimento são as presas. Predador e presa nunca são da
mesma espécie.

34
Q

Normalmente, a elevação do número de presas numa região propicia também um aumento ou diminuição do número de predadores?

A

Aumento.

Devido a uma maior disponibilidade de alimento no ambiente. Em consequência do aumento do número de predadores, o número de presas diminui, o que acarreta, também, uma redução na população
dos predadores. Por sua vez, a redução da população de predadores permite a recuperação da população de presas, que se eleva, e assim sucessivamente. Dessa maneira, as duas populações não se extinguem e nem entram em superpopulação, permanecendo em equilíbrio no
ambiente.

35
Q

O predador pode também atacar e devorar plantas,
como é o caso do gafanhoto, que, em bandos, devora
rapidamente toda uma plantação. Quando a espécie predada (presa) é vegetal, costuma-se dar ao predatismo qual nome?

A

Herbivorismo.

No herbivorismo, portanto, animais (herbívoros) devoram plantas inteiras ou partes delas. O gado, ao se alimentar de capim, constitui um bom exemplo de herbivorismo.

36
Q

A camuflagem e o mimetismo são duas adaptações
importantes, tanto para predadores quanto para presas. Explique-as.

A

→ Na camuflagem, o organismo procura se confundir com
o meio físico do ambiente de modo a se tornar menos
visível. É um tipo de adaptação na qual o organismo revela
a mesma cor do meio em que vive ou possui forma que
se confunde com coisas do ambiente. Muitos animais (insetos, répteis, anfíbios, aves) possuem cor verde e, assim, fazem uma perfeita camuflagem em meio às folhagens onde se escondem

→ No mimetismo, os indivíduos de uma espécie se mostram acentuadamente semelhantes aos indivíduos de uma outra espécie, levando vantagens com essa semelhança. É o que acontece, por exemplo, com a falsa-coral (Simophis rhinostoma), cobra não venenosa mas que se torna temida e respeitada por outros animais por ser muito semelhante à coral-verdadeira (Micrurus frontalis)

37
Q

Qual é o nome da relação em que indivíduos de uma espécie vivem às custas de indivíduos de outra espécie, dos quais retiram alimento, prejudicando-os?

A

Parasitismo.

O beneficiado é chamado de parasita ou bionte e o prejudicado, hospedeiro ou biosado.

38
Q

Parasitismo:

Quanto ao tamanho, os parasitas podem ser classificados
como microparasitas ou macroparasitas. Qual é a diferença entre eles?

A

→ Microparasitas – Microscópicos. É o caso, por exemplo, dos vírus, das bactérias patogênicas (causadoras de doenças) e de muitos protozoários.

→ Macroparasitas – Visíveis a olho nu. Exemplos: piolho, carrapato, lombriga e tênia (solitária).

39
Q

Parasitismo:

Quanto à localização no hospedeiro, os parasitas se
diferenciam em ectoparasitas e endoparasitas. Qual é a diferença entre eles?

A

→ Ectoparasitas – São encontrados na superfície
externa (epiderme, pelos, unhas, etc.) do corpo do
hospedeiro. Exemplos: piolho, pulga e carrapato

→ endoparasitas – Vivem internamente no corpo
do hospedeiro. Exemplos: lombriga, tênia e
Trypanosoma cruzi (protozoário causador da doença
de Chagas)

40
Q

Quanto à necessidade de realização do parasitismo para
sua sobrevivência, os parasitas podem ser obrigatórios ou
facultativos. Qual é a diferença entre eles?

A

→ Obrigatórios – Têm no parasitismo a única forma
de obtenção de alimento. A maioria dos parasitas é
desse tipo. Exemplos: lombriga, tênia e vírus

→ Facultativos – Podem se adaptar ou encontrar
outras formas de obtenção de alimentos, diferente do
parasitismo. Parasitas desse tipo são raros. Exemplo:
larvas de certas moscas podem viver como parasitas,
desenvolvendo-se em feridas existentes no corpo do
hospedeiro, mas também podem se desenvolver no
esterco, que é um meio rico em matéria orgânica
(restos orgânicos)

41
Q

Quanto ao tempo de permanência junto ao hospedeiro,
distinguem-se os parasitas em permanentes, temporários
e provisórios. Qual é a deferença entre eles?

A

→ Permanentes – Mantêm-se com seus hospedeiros por toda a vida

→ Temporários (periódicos) – Só procuram o
hospedeiro quando têm fome. Saciado o apetite,
eles abandonam os hospedeiros. Exemplos: pulgas
e fêmeas de algumas espécies de mosquitos
(“pernilongos”)

→ Provisórios (intermitentes) – Exercem o
parasitismo apenas durante certas fases de suas
vidas. Exemplo: as moscas berneiras são parasitas
apenas na fase larvária, quando causam o berne
ou bicheira nos animais

42
Q

Quanto à capacidade de parasitar uma ou mais espécies
de hospedeiros, os parasitas podem ser classificados como eurixenos e estenoxenos. Qual é a diferença entre eles?

A

→ Eurixenos (eurixênicos) – Parasitam diversas
espécies. Exemplo: o protozoário Trypanosoma cruzi
é capaz de parasitar o homem, o tatu, o cão, o gambá
e muitas outras espécies

→ Estenoxenos (estenoxênicos) Apresentam
acentuada especificidade de hospedeiro, isto é,
parasitam sempre uma única e mesma espécie.
Exemplo: o bacilo de Hansen, bactéria causadora
da lepra (hanseníase), só parasita o homem

43
Q

Quanto ao seu ciclo evolutivo (ciclo de vida), os parasitas
se classificam em monoxenos e heteroxenos. Qual é a diferença entre eles?

A

→ Monoxenos (monoxênicos) – Completam seu ciclo
evolutivo em um único hospedeiro. Exemplo: Ascaris
lumbricoides (lombriga)

→ Heteroxenos (heteroxênicos) Completam seu ciclo evolutivo em mais de um hospedeiro. Exemplo:
A Taenia saginata (solitária), quando na fase de larva,
é encontrada parasitando o boi e, quando na fase
adulta, parasita o homem.

Geralmente, os parasitas heteroxenos passam por dois hospedeiros, havendo, entretanto, alguns exemplos em que passam por mais de dois hospedeiros. É o caso do Diphylobotrium latum, verme que evolui para larva primeiramente num microcrustáceo (Cyclops sp.), depois num peixe (perca) e termina seu desenvolvimento, atingindo a maturidade, no homem.

44
Q

No caso dos parasitas heteroxenos, os diferentes
hospedeiros por que passam são classificados em definitivos e intermediários. Qual é a diferença entre eles?

A

→ Hospedeiro definitivo – É aquele em que o parasita
se encontra na fase adulta ou aquele no qual o
parasita se reproduz sexuadamente

→ Hospedeiro intermediário – É aquele em que o
parasita se encontra na fase de larva ou aquele em
que o parasita se reproduz assexuadamente

45
Q

Os parasitas podem ser animais ou vegetais. Quando
um animal parasita outro animal, o parasita é chamado como?

A

Zoótico.

O Ascaris lumbricoides é um exemplo de parasita zoótico.

46
Q

Os parasitas podem ser animais ou vegetais. Quando um animal parasita um vegetal, o parasita é chamado como?

A

Zoofítico.

É o caso, por exemplo, dos pulgões, insetos que parasitam plantas, roubando-lhes a seiva elaborada.

47
Q

Às vezes, encontramos um vegetal parasitando outro
vegetal. Nesse caso, o vegetal parasita é chamado como?

A

Fitofítico.

Os parasitas fitofíticos podem ser hemiparasitas ou holoparasitas.

48
Q

Às vezes, encontramos um vegetal parasitando outro
vegetal. Nesse caso, o vegetal parasita é chamado de
fitofítico. Os parasitas fitofíticos podem ser hemiparasitas
ou holoparasitas. Qual é a diferença entre eles?

A

→ Hemiparasitas – São aqueles que roubam
a seiva bruta da planta hospedeira. O parasita ainda terá o trabalho de transformar a seiva bruta em seiva elaborada.
O hemiparasita, portanto, realiza um parasitismo
incompleto

→ Holoparasitas – São aqueles que roubam a
seiva elaborada da planta hospedeira

49
Q

Como é chamada a disputa entre indivíduos de espécies diferentes por algum fator (alimento, espaço, abrigo, etc.)?

A

Competição interespecífica.

Exemplos: corujas, cobras e gaviões que atacam pequenos roedores.
Nesse caso, indivíduos de espécies diferentes competem pela mesma fonte de alimento.

50
Q

Como é chamada a relação em que indivíduos de uma espécie eliminam substâncias no meio que prejudicam (inibem) o crescimento ou a reprodução de outras espécies com as quais convivem?

A substância liberada pela espécie inibidora pode ter ou não efeito letal sobre a espécie amensal (espécie prejudicada pela inibição do seu
desenvolvimento ou reprodução).

A

Amensalismo (antibiose).

Algumas espécies de fungos produzem e liberam no meio em que vivem substâncias antibióticas que inibem o crescimento ou a reprodução de bactérias.

51
Q

O fenômeno da “maré vermelha”, resultante da
superpopulação de algas microscópicas do grupo das
pirrófitas ou dinoflagelados, é outro exemplo de qual tipo de relação?

A

Amensalismo.

Essas algas liberam toxinas que, em altas concentrações no meio, provocam a morte de inúmeras outras espécies marinhas (peixes, crustáceos, moluscos, etc.). Além da clorofila, elas possuem pigmentos vermelhos que lhes conferem cor avermelhada e rutilante (brilhante). Quando há uma superpopulação dessas algas, formam-se enormes
manchas avermelhadas no oceano, e a concentração das toxinas por elas liberadas aumenta, provocando grande mortalidade de animais marinhos, além de sérios distúrbios nervosos nos animais contaminados, inclusive no homem, acarretando-lhes a morte.

52
Q

Certas plantas, como o eucalipto, liberam de suas raízes
substâncias que impedem a germinação de sementes
de outras plantas ao redor. Isso evita que outras plantas
venham a competir com os eucaliptos pela água e por outros recursos do solo. Qual é esse tipo de relação?

A

Amensalismo.

53
Q

Qual é o nome da relação em que uma espécie se beneficia do trabalho de outra, que é prejudicada?

A

Esclavagismo (sinfilia).

Exemplo: existem pássaros que botam ovos no ninho de outra espécie, às vezes jogando fora os ovos do “dono da casa”. A espécie “escrava” passa a chocar os ovos estranhos até a eclosão. Às vezes, também,
indivíduos de uma espécie mantêm em cativeiro indivíduos de outra espécie, para obter algum tipo de vantagem. Algumas espécies de formigas, por exemplo, “sequestram” e “aprisionam” no formigueiro larvas de outras espécies, obtendo, assim, um trabalho escravo.

54
Q

Verdadeiro ou falso?

Nem sempre é fácil estabelecer limites entre duas relações ecológicas. Muitas vezes, mais de um tipo de relação ecológica pode estar presente numa mesma associação, envolvendo indivíduos de espécies distintas.

A

Verdadeiro.

Um exemplo em que as relações se confundem é a associação entre o pássaro-palito e o crocodilo, que pode ser exemplo de protocooperação, quando se considera que o pássaro retira sanguessugas (parasitas) da boca do réptil, mas também pode ser descrita como exemplo de comensalismo; nesse caso, o pássaro atua retirando apenas restos alimentares que ficam entre os dentes do crocodilo, vindo daí o nome popular da ave: pássaro-palito.

55
Q

Verdadeiro ou falso?

Simbiose (do grego “viver junto”) designa qualquer associação permanente entre indivíduos de espécies diferentes que, normalmente, exerce influência recíproca no metabolismo.

É a vida em conjunto de duas ou mais espécies em uma
relação ecológica prolongada e íntima. Assim, o parasitismo, o comensalismo e o mutualismo podem ser considerados diferentes tipos de simbiose.

A

Verdadeiro.