Pediatria Flashcards

1
Q

Para onde drenam os seios maxilares, frontal e etmoidal anterior?

A

Abaixo do corneto médio

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2
Q

O que drena para o corneto inferior?

A

Ducto nasolacrimal

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3
Q

O que drena para o corneto superior?

A

Seio esfenoidal e etmoidal posterior

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4
Q

Que estrutura se comunica com a nasofaringe por meio da tuba auditiva (trompa de eustáquio)?

A

Cavidade timpanica

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5
Q

Qual a porção mais estreita da via aérea superior de crianças <10 anos?

A

Cricoide

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6
Q

Otite média aguda, sinusite e faringite bacteriana são complicações do resfriado comum
V ou F

A

F
Faringe bacteriana não é uma complicação do resfriado comum

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7
Q

Principais vírus associados ao resfriado comum

A

RINOVÍRUS (muito comum)
Coronavírus (comum)
VSR (ocasional)
Metapneumovirus (ocasional)
Influenza (incomum)
Parainfluenza 1 a 4 (incomum)
Adenovirus (incomum)
Enterovirus (incomum)

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8
Q

Qual a potencial via de transmissão do RINOVÍRUS, VSR e Influenza?

A

Contrato direto: rinovirus e vsr
Via inalatória: influenza

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9
Q

Qual a principal complicação bacteriana do resfriado comum? Cite outras também

A

Principal: Otite média aguda
Sinusite
Pneumonia
Piora da asma

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10
Q

Principais vírus causadores de faringoamigdalite

A

Adenovirus (causador da febre faringoconjuntival, conjuntivite do tipo folicular)
Coronavírus
Enterovirus
Rinovirus
VSR
EBV (mononucleose infecciosa)
HSV

Obs.: cocksackie (agente da herpangina)

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11
Q

Principais bacterias causadoras de faringoamigdalite

A

Estreptococo beta hemolítico do grupo A de Lancefield (pyogenes) - 5-15 anos

Menos comum:
Streptococcus grupo C, mycoplasma pneumonie, arcanobacterium hemolyticum

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12
Q

Agente infeccioso que deve ser considerado em caso de faringite com membranas acinzentadas nas amígdalas e pilares

A

Corynebacterium diphtheriae

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13
Q

Qual doença associada às manchas de Koplik?

A

Sarampo

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14
Q

O que é a síndrome de Lemierre?

A

Complicação da Faringite provocada pelo fusobacterium necrophorum
Caracterizada por trombloflebite da veia jugular interna com êmbolos pulmonares sépticos, causando infiltrados pulmonares e hipóxia

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14
Q

O que é a síndrome de Lemierre?

A

Complicação da Faringite provocada pelo fusobacterium necrophorum
Caracterizada por trombloflebite da veia jugular interna com êmbolos pulmonares sépticos, causando infiltrados pulmonares e hipóxia

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15
Q

No que resulta a administração equivocada de ampicilina em um caso de faringoamigdalite por EBV?

A

Exantema maculopapular (90%)

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16
Q

Achado clínico de maior consistência para diagnóstico de faringoamigdalite por estreptococos

A

Vermelhidão de amígdalas e pilares
Exsudato (ou não)
Petequias em palato mole

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17
Q

Agente associado à escarlatina

A

Streptococcus pyogenes produtor de Toxina eritogênica

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18
Q

O uso de ATB no tto de faringoamigdalite por streptococcus pyogenes é fundamental, uma vez que previne a ocorrência de febre reumática de GNDA
V ou F

A

F
Não previne GNDA
Previne FR se usada nos primeiros 9 dias de infecção

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19
Q

Principais complicações da Faringite estreptococica

A

Agudas:
Abscessos peritonsilares
Escarlatina
Ulcerações amigdalianas
Síndrome do choque toxico estreptococico

Cronicas
Febre reumática
GNDA

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20
Q

Critérios d e indicação de amigdalectomia por casos de amigdalite de repetição

A

7 episódios no ano
5 episódios anuais nos últimos dois anos
3 episódios anuais nos últimos 3 anos
Todas sendo necessário uso de ATB

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21
Q

Qual a consequência de aleitamento artificial na incidência de OMA?

A

Aumenta

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22
Q

Agentes etiológicos mais comuns da OMA?

A

S pneumonie (30-50%)
H influenzae não tipavel (25-30%)
M catarrhalis (10-15%)
Perfil pode estar mudando (redução de S pneumonie pela vacina)

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23
Q

Principal fator predisponenete de OMA

A

Resfriado comum

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24
Q

Qual o dado mais específico para diagnóstico de OMA?

A

Abaulamento visto na otoscopia

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25
Q

No que consiste a meringite bolhosa

A

Forma incomum de OMA
Bolhas e eritema na membrana timpanica

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26
Q

Como fazer o diagnóstico clínico de uma OMA?

A

Otorreia purulenta
Ou
Sinais de efusão (alteração de cor da Memb timp, opacificação, mobilidade reduzida) + sinais de inflamação (abaulamento, otalgia, eritema intenso da membrana timpan)

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27
Q

Quando indicar ATB na OMA?

A

6 meses a 2 anos
- Otorreia
- sintomas graves (Toxemia, otalgia persistente - >48hrs- febre alta)
- bilateral
- unilateral (considerar observação)

> 2 anos
Otorreia
Sintomas graves
Bilateral (considerar observação)

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28
Q

Tto ATB na OMA

A

Amoxicilina
Amoxi/clavula
Ceftriaxone (se amoxi nos últimos 40 dias)

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29
Q

Definição de OMC

A

Persistência dos sinais de otite média por mais de 3 meses

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30
Q

Indicações de cx na OMC

A

OMC secretora com hipoacusia > 25db por mais de 6 meses ou bilateral por mais de 3 meses

OMC supurativa ou colesteatomatosa

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31
Q

O que Caracteriza a síndrome de Gradenigo

A

OMA secretora
Paralisia do olhar lateral por comprometimento do VI NC
Dor orbitaria ipsilateral (comprometimento do ramo oftalmo do trigêmeo)

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32
Q

Descreva a idade em que ocorre a pneumatização dos seios da face

A

Nascimento: etmoidais
4 anos: maxilares
5 anos: esfenoidais
7-8 anos: frontais

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33
Q

AE mais comuns de rinosinusite

A

S pneumonie (30%)
H influenzae (20%)
Moraxella catarrhalis (20%)

Subaguda prolongada ou crônica:
S coagulase negativo
S aureus
Streptococcus alfa hemolítico
Anaeróbios

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34
Q

Manifestações clínicas da rinosinusite em crianças < 5 anos

A

Tosse persistente (10-14 dias. Piora em posição supina)
Secreção nasal purulenta por mais de 3-4 dias

Não costumam apresentar dor facial, cefaleia, edema e sensibilidade à percussão da face

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35
Q

Quando a radiografia dos seios da face não deve ser solicitada?

A

Crianças menores de 5 anos

Obs.: há controvérsias quanto sua indicação em crianças > 5 anos com suspeita clínica
Em adolescentes e adultos costuma ser solicitada

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36
Q

Achados radiográficos compatíveis com sinusite e incidências

A

Espessamento mucoso (> 4 mm)
Opacificação do seio
Nível hidroaéreo

Incidência de Caldwell (frontonaso): seios etmoidais e frontal
Incidência de Waters (mentonaso): maxilares
Incidência lateral (perfil): seios esfenoidal e frontal
Incidência axial: paredes posterolaterais dos seios maxilares

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37
Q

Quando realizar aspiração dos seios paranasais para identificação microbiológica?

A

Imunossuprimidos
Complicações
Infecção não responsiva ao ATB

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38
Q

O caracterize a síndrome de Kartagener

A

Sinusite de repetição
Situs inversus
Bronquiectasias

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39
Q

Tto da rinosinusite bacteriana

A

Amoxicilina
Em alérgicos (cefuroxima, outras cefalos de 2a, levofloxacino)

Amoxi/clavu em < 2 anos, creche ou ATB nos últimos 3 meses

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40
Q

Tto da rinosinusite frontal

A

ATB parenteral nos primeiros dias
Ceftriaxone

Após controle, via oral

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41
Q

Complicações da rinosinusite bacteriana

A
  • Celulite periorbitária (a partir do seio etmoidal)
  • Celulite orbitaria (etmoidal)
  • infecção do SNC
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42
Q

AEs mais comuns de crupe (afeccoes infraglóticas)

A

Vírus Parainfluenza 1, 2 e 3 (75%)
Adenovirus
VSR
Influenza

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43
Q

AEs mais comuns de laringotraqueite infraglótica

A

Complicação de quadro vira
S aureus
H influenzae
Moraxella catarrhalis

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44
Q

AEs mais comuns de epiglotite

A

S pyogenes
S pneumonie
S aureus

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45
Q

Manifestações clínicas da crupe

A

Estridor inspiratório leve ao início evoluindo para continuo e piora da tosse, rouquidão, batimento da asa do nariz e retracies supra, sub e intercostais
Piores a noite
Tríade diagnóstica: tosse metálica + rouquidão + estridor

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46
Q

O que é o sinal da torre?

A

Estreitamento da via aérea infraglóticas visto na radiografia

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47
Q

Padrão ouro para diagnóstico de epiglotite

A

Visualização de uma epiglote vermelho-cereja, grande, edematosa pela laringoscopia

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48
Q

Qual ato do exame físico deve ser evitado em uma caso de epiglotite?

A

Usar abaixado de língua para inspeção de orofaringe
Risco de laringoespasmo reflexo
Posição supina

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49
Q

Sinal radiológico visto na epiglotite

A

Sinal do polegar: edema de epiglote

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50
Q

Qual a causa mais comum de obstrução da VAS?

A

Laringotraquebronquite

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51
Q

Quando indicar profilaxia em contactantes de uma caso de epiglotite causada por haemophilus? É qual ATB usar?

A

Contactantes intradomiciliares sem vacinação completa
Imunocomprometidos
Rifampcina VO por quatro dias

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52
Q

Definição de bronquite crônica

A

Tosse produtiva por três meses/ano ou mais durante no mínimo
2 anos

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53
Q

O que é a bronquiolite?

A

Infecção, principalmente viral e em menores de 24 meses, que resulta na obstrução inflamatória das pequenas vias aéreas inferiores

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54
Q

Qual a causa mais comum de internação em lactentes?

A

Bronquiolite

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55
Q

AEs da bronquiolite

A

VSR (50%)
Parainfluenza
Adenovirus 7e 21 (agente de bronquiolite obliterante)
Mycoplasma pneumonie

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56
Q

Exame físico de um quadro de bronquiolite

A

Sibilos (inspiratórios ou mistos), prolongamento do tempo expiratorio
Taquipneia
Batimento da asa do nariz
Retracoes costais

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57
Q

Pcts em maior risco de desenvolvimento de bronquiolite grave

A

Prematuros < 32 sem
Broncodisplásicos
Cardiopatas
Lactentes < 3 meses
Saturação O2 < 95%
FR repouso > 70
Hiperinsuflacao

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58
Q

Ddx bronquiolite

A

Asma
Coqueluche
Fibrose cistica
Cardiopatias congênitas
DRGE
Pneumonia bacteriana

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59
Q

Tto da bronquiolite

A

Viral aguda:
Suporte
Cabeceira elevada a 30%
O2 se Hipóxia
Hidratação venosa
Anti viral (ribavirina. Cardiop congênita é doença pulmonar crônica da prematuridade)
Prevenção com palivizumab (prematuros com doença pulmonar crônica da prematuridade e algumas cadiop congênitas)
Nebulização com salina hipertonica

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60
Q

Espirometria da bronquiolite obliterante

A

Distúrbio ventilatorio obstrutivo crônico

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60
Q

Espirometria da bronquiolite obliterante

A

Distúrbio ventilatorio instrutivo crônico

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61
Q

Patrão ouro de diagnóstico de bronquiolite obliterante

A

Biópsia

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62
Q

Tto bronquiolite obliterante

A

Corticoides, imunomoduladores, ciclosporina aerossol…

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63
Q

Órgão que, em crianças pequenas, pode ser confundido com uma consolidação à radiografia

A

Timo

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64
Q

AE mais associado a um quadro de broncopneumonia que com frequência causa pneumatoceles e derrame pleural

A

S aureus

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65
Q

AE mais associado a um quadro de pneumonia intersticial

A

Vírus
Mycoplasma

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66
Q

Classe de AEs mas comuns em pneumonias em crianças nos primeiros dois anos? E AE específico?

A

Vírus (62%)

S pneumonie (37%)
VSR (29%)
Rinovirus (24%)

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67
Q

Etiologia mais frequente de pneumonia bacteriana no primeiro mês de vida

A

S aureus (23%)
S pyogenes (20%)
E coli (18%)
Streptococcus do grupo B (predomina nos 1° 3 dias de vida)

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68
Q

Quais são os agentes da pneumonia afebril do lactente que devem ser lembrados principalmente nos pcts com 1-3 meses?

A

C trachomatis
Ureaplasma urealyticum
VSR

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69
Q

Idade de incidência máxima de pneumonia em crianças

A

2-3 anos

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70
Q

Causa mais comum de derrame pleural em pneumonia bacteriana

A

S pneumonie

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71
Q

AE da pneumonia de Eaton

A

Mycoplasma pneumonie

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72
Q

AE mais comum de síndrome torácica aguda i fecciosa em falcêmicos

A

Mycoplasma pneumonie

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73
Q

Por que em recém nascidos (<28 dias) se prefere Cefotaxima em vez de Ceftriaxone?

A

Pq Ceftriaxone desloca a bilirrubina da albumina, podendo causar o kernicterus

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74
Q

Quando em neonato com < 2 meses deve ser internado para tratamento de pneumonia?

A

Sempre

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75
Q

A vacinação para choque confere imunidade duradoura
V ou F

A

F
Títulos de anticorpos começam a cair após 3-5 anos e são inexistentes após 10 anos

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76
Q

Quais as fases da coqueluche e em qual delas há mais transmissibilidade?

A

1- fase catarral (1-2 sem.) - período de maior transmissibilidade
2 - fase paroxística (2-6 semanas) - intensificação da tosse e desaparecimento do catarro
Fase de convalescença (2-6 semanas) desaparecimento dos paroxismos de tosse e aparecimento de tosse comum

Lactentes < 3 meses não costumam apresentar essas fases clássicas

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77
Q

Indicações de drenagem torácica fechada sob selo d’agua

A
  • desconforto respiratório
  • empiema ou pus macroscópico
  • pH < 7,2
  • glicose < 50 mg/dl
  • gram e/ou cultura indicando presença de infecção
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78
Q

Diagnóstico laboratorial da coqueluche

A

Cultura
Pcr

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79
Q

Agentes que podem causar uma síndrome coqueluchoide

A

Bordetella parapertussis
Mycoplasma pneumonie
Chlamydia trachomatis
Clamydophilla pneumonie
Adenovirus 1, 2, 3 e 5

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80
Q

Tto da coqueluche

A

Macrolideos (se contraindicados, SMX-TMP)
Azitromicina por 5 dias

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81
Q

Quimioprofilaxia da coqueluche

A

Comunicantes < 1 anos (independentemente de vacina)
< 7 anos não vacinados, vacina desconhecida, menos de 4 doses de dpt/dtpa
>/= 7 anos
Quimioprofilaxia = esquema terapêutico

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82
Q

Nobqie consiste a prega de Dennie Morgam?

A

Dupla prega infra orbital
Associada à renite alérgica

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83
Q

Definição de síndrome de morte súbita do lactente

A

Morte de um lactente com 29 dias a 2 anos de idade de forma súbita e inexplicada pela HMP e pelo exame post morten

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84
Q

Principal fator associado à SMSL?

A

Tabagismo

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85
Q

Principais AEs da mioperucardite aguda em crianças

A

Coxsackie virus
Outros Enterovirus
Adenovirus
Parvovírus
Ebv
Cmv

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86
Q

Característica mais comum do leucograma em casos de coqueluche

A

Leucocitose com linfocitose

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87
Q

Descreva a síndrome hiperinfecciosa em crianças

A

Causada pela transformação de grande quantidade de formas larvarias do strongyloides stercoralis em formas infectantes do TGI, levando a autoinfecção
Em imunocompetentes se observa eosinofilia
Tto com ivermectina (ou tiabendazol)

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88
Q

Caracterize a faringite exsudativa aftosa

A

Caracterize por: febre + odinofagia + exsudato/aftas em mucosa + linfadenomegalia cervical

recorrência (cada 2-12 semanas) e periodicidade (PFAPA - periodic fever, aphtoud stomatitis, pharyngitis adenitis)

Tto: prednisona

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89
Q

Descreva a classificação do RN em relação ao seu peso

A

RN com peso normal: De 2.500 g até 3.999 g.

RN com baixo peso ao nascer: Menos de 2.500 g.

RN com muito baixo peso ao nascer: Menos de 1.500g.

RN com extremo baixo peso ao nascer: Menos de 1.000 g.

RN de tamanho excessivamente grande: ≥ 4.500 g.

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90
Q

Descreva a classificação do peso em relação à idade gestacional

A

Adequado para a Idade Gestacional (AIG): Entre os percentis 10 e 90.

Pequeno para a Idade Gestacional (PIG): Abaixo do percentil 10.

Grande para a Idade Gestacional (GIG): Acima do percentil 90.

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91
Q

Classificação de 1ª e 2ª infância, período escolar e adolescência

A

Primeira infância (lactentes): 29 dias até 2 anos incompletos.

Segunda infância (pré-escolares): 2 anos até 6 anos incompletos.

Escolar: 6 anos até 12 anos incompletos.

Adolescência: Organização Mundial de Saúde (OMS): 10 a 19 anos.
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): 12 a 18 anos

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92
Q

Descreva os 3 grupos de CIUR

A
  • Tipo I – Simétrico (10 - 20%)
    Processo de doença atua sobre o feto desde o início da gravidez. Geralmente o agente agressor está intrinsecamente relacionado ao bebê, interferindo sobre ele desde a embriogênese (síndromes genéticas, malformações, infecções congênitas,
    radiação e drogas)
  • Tipo II - assimétrico (75%)
    É aquele em que o processo de doença atua a
    partir do 3º trimestre de gravidez, na fase de
    aumento de volume celular (hipertrofia). Cabeça
    e os membros relativamente poupados.
    Causas: doenças que cursam com insuficiência placentária (ex.: cardiopatia, nefropatia, pneumopatia maternas, hipertensão, colagenoses, diabetes, tabagismo, cocaína); e, em menor grau, doenças intrínsecas fetais
  • Tipo Intermediário (10%)
    É aquele em que o agente agressor age no 2º trimestre
    de gravidez, afetando tanto a fase de hiperplasia
    quanto de hipertrofia. Assim, produz-se um feto com tamanho desproporcionado, mas de modo menos marcante que no tipo I. Sua identificação clínica é bastante difícil. As principais causas são o álcool, tabagismo e determinados fármacos
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93
Q

Qual é escore de avaliação de idade gestacional
mais utilizado em prematuros e neonatos
a termo?

A

New Ballard

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94
Q

Causas mais comuns de RN instável
(necessidade de reanimação)

A
  1. RN em sofrimento fetal agudo (ex.: bradicardia,
    desacelerações)
  2. RN prematuros (especialmente aqueles
    com peso < 1.000 g), pós-maturidade ou
    alto peso de nascimento (> 4,5 kg)
  3. Gestações múltiplas
  4. Líquido amniótico meconial
  5. Trabalho de parto prolongado
  6. Uso de narcóticos opioides pela mãe nas
    últimas 4h (incluindo drogas anestésicas)
  7. Malformações congênitas (destaque para
    atresia de coanas, síndrome de Pierre-
    -Robin e hérnia diafragmática)
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95
Q

A presença de acrocianose (cianose de extremidades)
não é indicativa de hipóxia, podendo
ser resultado apenas da exposição ao ar frio.
Portanto, nenhuma medida de reanimação é
necessária, nem mesmo oxigênio inalatório
V ou F

A

V

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96
Q

Quando o feto ou o RN sofre privação de oxigênio,
no período inicial, nota-se a presença de
movimentos respiratórios rápidos. Se a asfixia
persiste, cessam os movimentos respiratórios, a
frequência cardíaca começa a cair, o tônus muscular
diminui progressivamente e o RN entra
em um período de apneia (apneia secundária). A
administração de oxigênio suplementar e o estímulo
tátil, durante a apneia primária, levam ao
reinício da respiração espontânea.
V ou F

A

F

(apneia primária)

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97
Q

Caracterize o período de apneia secundária do RN

A

Se a asfixia persistir, o RN desenvolve movimentos
respiratórios profundos, semelhantes a
suspiros (gasping), a frequência cardíaca continua
a cair e o paciente torna-se flácido. Os movimentos
respiratórios tornam-se cada vez mais
fracos, até o último suspiro, quando o RN entra
em um novo período de apneia, agora apneia
secundária. Nesta fase, o RN não responde à
estimulação tátil e não reinicia a respiração espontaneamente.
A reanimação com ventilação
assistida deve ser iniciada imediatamente.

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98
Q

PASSO A PASSO PARA SALA DE
PARTO DE NEONATO DE ALTO
RISCO (≥ 34 semanas)

A
  1. Mesa de reanimação com fonte de calor
    radiante.
  2. 30 segundos para:
     Prover calor.
     Posicionar cabeça em leve extensão (às
    vezes, pode ser necessário uso de coxim
    abaixo dos ombros).
     Aspirar boca e narinas se necessário (sonda
    nº 8-10 com pressão máxima de 100 mmHg).
     Secar.
  3. 30 segundos para:
     Avaliar FC (estetoscópio no precórdio por
    6s x 10) e respiração (choro ou expansão
    da caixa torácica).
     Se apneia, respiração irregular e/ou FC <
    100 bpm, um profissional inicia a VPP e o
    outro fixa três eletrodos (braço direito,
    braço esquerdo e coxa anterior) do monitor
    cardíaco e oxímetro de pulso (pulso
    radial direito).
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99
Q

Descreva a técnica de ventilação em RNs > 34 semanas

A

 Máscara facial + Balão: frequência 40-60/min
(“aperta/solta/solta”), pressão inspiratória de
20 cm H2O (máx. 30-40 cm H2O).

 Máscara facial + Ventilador mecânico manual
em T: frequência de 40-60/min (“oclui/
solta/solta”), fluxo (5-15 L/min), pressão
máxi-ma (30-40 cm H2O), pressão inspiratória
(20 cm H2O), e PEEP (5 cm H2O).

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100
Q

Indicação de ventilação em RN > 34 semanas

A

 Resp. irregular/apneia, e/ou FC < 100 bpm:
iniciar VPP.

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101
Q

Conduta após 30s de VPP com máscara facial + balão

A

♦ Respiração regular e FC > 100 bpm: suspender
o procedimento.

♦ Respiração irregular, apneia e/ou FC < 100
bpm:
○ Corrigir a técnica da VPP.
○ Avaliar a necessidade de oxigênio suplementar
conforme a saturação:
□ 5 minutos: 70-80%.
□ 5-10 minutos: 80-90%.
□ > 10 minutos: 85-95%.
○ Intubação orotraqueal: VPP prolongada
com técnica adequada.

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102
Q

Em relação à IOT em RN > 34 semanas, descreva a indicação, sinais de posicionamento correto, e conduta após 30

A

 Indicações: VPP ineficaz com
máscara + balão, necessidade de MCE e
hérnia diafragmática.
♦ Duração da tentativa: 30s.

♦ Sinais de posicionamento correto: aumento
da FC, ausculta das axilas, tórax e estômago
ou capnografia.

♦ Após 30s de VPP com cânula traqueal:
○ Resp. regular e FC > 100 bpm: extubação
e titula o oxigênio.
○ Resp. irregular e/ou FC < 100 bpm e/ou
SaO2 abaixo dos níveis desejados:
□ Corrigir a técnica.
□ Aumentar a FiO2 60-100%.
□ Se FC < 60 bpm: MCE.

OBS.: MCE - massagem cardíaca externa

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103
Q

Descreva a técinica de MCE em RN > 34 semanas

A

 1/3 inferior do esterno, deprimindo 1/3 do
diâmetro anteroposterior do tórax.

 Técnica polegar: polegares no terço inferior
do esterno e restante dos dedos abraçando
o tórax por trás. Esta técnica permite
maior pico sistólico e maior perfusão
coronariana.

 Técnica dois dedos: compressão do terço
inferior do esterno utilizando-se o dedo
índice e médio.

 Relação de 3:1 (3 compressões: 1 ventilação).

 Relação de 15:2 (15 compressões: 2 ventilações):
apenas para pacientes internados em UTI cuja origem da PCR é cardíaca (cardiopatias congênitas).

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104
Q

Indicação de MCE e conduta após 60s em RN > 34 semanas

A

Indicação: VPP com cânula traqueal, técnica adequada, FiO2 100%, FC < 60 bpm, após 30s

 Após 60s de MCE (avaliar a FC pelo monitor
cardíaco).
♦ FC > 60 bpm: interrompe-se a MCE.
♦ FC > 100 bpm e resp. regular: interrompe-
-se a MCE e a ventilação.
♦ FC < 60 bpm:
□ Corrigir a técnica da ventilação e MCE.
□ Cateterismo umbilical e adrenalina.

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105
Q

Indicações e técnica do uso de adrenalina em RN > 34 semanas

A

Indicação: VPP com cânula traqueal com FiO2 100% +
MCE com técnica adequada e FC < 60 bpm
após 60s.

Técnica
 Medicações: adrenalina e SF 0,9%. Bicarbonato
de sódio, naloxone, atropina, albumina
e vasopressores não são recomendados.

  • Veia umbilical: cateter 1-2 cm após o ânulo.
    Usar adrenalina diluída (1 ml de adrenalina
    + 9 ml de SF = solução de 1:10.000) e usar
    0,1-0,3 ml/kg EV a cada 3-5 minutos junto
    com SF 0,9% (10 ml/kg), lentamente em
    5-10 minutos.
  • Via traqueal: apenas para adrenalina diluída na dose de 0,5-1 ml/kg IT, uma única vez, enquanto se aguarda o acesso da veia umbilical.
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106
Q

Todo prematuro abaixo de 34 semanas fará
os passos iniciais da estabilização na mesa
de reanimação, tendo nascido vigoroso ou
deprimido.
V ou F

A

V

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107
Q

Indicação de VPP e conduta após 30s em RN < 34 semanas

A
  • Resp. irregular/apneia, e/ou FC < 100 bpm:
    iniciar VPP com máscara facial + ventilador
    manual em T.

 Após 30s de VPP com máscara facial + balão:
♦ Respiração regular, FC > 100 bpm e SaO2
adequada: transporte à UTI Neo.
♦ FC > 100 bpm, mas desconforto respiratório
ou SaO2 inadequada: CPAP na SP (sala de parto)
♦ Respiração irregular/apneia/gasping e/ou
FC < 100 bpm: corrigir a técnica e, se não
houver melhora, intubação orotraqueal.

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108
Q

3 perguntas fundamentais sobre o RN a serem respondidas imediatamente após o nascimento

A

A termo?
Respirando/chorando?
Com tônus?

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109
Q

Conduta na hérnia diafragmática congênita

A

A conduta preconizada é a intubação orotraqueal imediata com VPP e oxigenação + sonda de aspiração
gástrica

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110
Q

A menos que exista alguma indicação
obstétrica, fetos com gastrosquise deverão
nascer a termo e por parto vaginal
V ou F

A

V

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111
Q

Conduta na sala de parto em caso de RN com gastrosquise

A

− Mesa de reanimação com fonte de calor
radiante.
− As vísceras deverão ser envoltas em uma
bolsa plástica com soro fisiológico ou, na
sua falta, em filme plástico estéril. Não
sendo possível nenhuma das duas opções
acima, envolver as vísceras em compressas
estéreis embebidas com SF 0,9% morno.
− Sonda orográstrica para descomprimir o
estômago.
− Hidratação venosa o mais rápido possível,
com uma taxa hídrica 50% maior que a
habitual.
− Iniciar ampicilina + gentamicina.

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112
Q

Conduta em caso de atresia de coanas bilateral

A

IOT (no RN s respiração é exclusivamente nasal)

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113
Q

Quando realizar coleta para o teste do pezinho?

A

O momento ideal para a coleta do Teste do Pezinho
é entre o 3º e o 5º dia de vida, nunca antes de
48 horas de amamentação e nunca superior a 30
dias

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114
Q

Quais são as doenças avaliadas no teste do pezinho

A

• Fenilcetonúria (5/100.000): através da medida
da fenilalanina no sangue do papel-filtro.

• Hipotireoidismo congênito (52/100.000):
através da medida do TSH ou T4 e TSH.

• Doença falciforme e outras hemoglobinopatias
(26/100.000): através de eletroforese
de hemoglobina por Focalização Isoelétrica
(FIE) ou Cromatografia Líquida de
Alta Resolução.

• Fibrose cística (30/100.000): através da
medida de tripsinogênio imunorreativo em sangue do papel-filtro (Acredita-se que o aumento da tripsina sérica seja secundário ao refluxo de secreção pancreática provocado pela obstrução dos ductos no pâncreas.)

• Hiperplasia adrenal congênita (5/100.000):
através da dosagem da 17-OH-progesterona
no sangue do papel-filtro.

• Deficiência de biotinidase: através da dosagem
da atividade da enzima biotinidase
no sangue do papel-filtro

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115
Q

Cerca de 90% das perdas auditivas são
decorrentes de causas genéticas, e 30% destas
são do tipo não sindrômico, isto é, não identificáveis
ao exame morfológico.
V ou F

A

F
Cerca de 50% das perdas auditivas são
decorrentes de causas genéticas, e 70% destas
são do tipo não sindrômico, isto é, não identificáveis
ao exame morfológico.

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116
Q

– Asfixia (APGAR < 6 no quinto minuto).
– História familiar de surdez congênita.
– Infecção TORCHS.
– Hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dl no a termo,
e > 12 mg/dl no pré-termo).
– Sepse/meningite.
– Hemorragia intraventricular.
– Convulsões.
– Anomalias craniofaciais.
– Espinha bífida.
– Cromossomopatias.
– Drogas ototóxicas.
– Peso nascimento < 1.500 g.
– Ventilação mecânica > 5 dias.

Todas essas condições aumentam o risco de…

A

perda auditiva

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117
Q

Quais os testes de triagem auditiva disponíveis?

A
  1. Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA): é
    feito com o sono natural do bebê, colocando-
    -se um fone externo ao seu ouvido; consiste
    na emissão de um estímulo sonoro e na captação
    do seu retorno (eco), sendo registrado
    no computador e confeccionado um gráfico.
    Avalia apenas o sistema auditivo pré-neural,
    ou seja, sistema de condução e cóclea. É um
    teste rápido, fácil e que não necessita de
    sedação. Resultados falso-positivos podem
    ser produzidos pela presença de verniz caseoso
    ou secreções no conduto auditivo. Se
    o resultado vier alterado, recomenda-se a sua
    repetição até os três meses de vida.
  2. Bera – Potencial Auditivo de Tronco Encefálico:
    é um exame mais complexo, requer
    pessoal treinado e sedação. Fones de emissão
    sonora são colocados nos ouvidos do bebê;
    os eletrodos são posicionados na cabeça e
    têm por função captar as ondas eletrofisiológicas
    geradas pelos estímulos sonoros
    deflagrados pela fonte. Portanto, é um método
    capaz de detectar alterações na via
    neural até o tronco encefálico. Pode ocorrer
    grande número de falso-positivos pela imaturidade
    do SNC, e por isso recomenda-se
    repetição do exame nos casos alterados após
    os quatro meses.
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118
Q

Descreva o teste do olhinho

A

Também chamado de teste do reflexo vermelho
(Teste de Bruckner)

Feito com o uso de um oftalmoscópio ou retinoscópio
que deve ser segurado pelo examinador
a um braço de distância dos olhos do bebê.
A resposta normal ao teste é o achado de um
reflexo vermelho brilhante quando a luz incide
sobre a pupila. É uma avaliação simples, que
pode e deve ser feita pelo pediatra. O encontro
de qualquer anormalidade (ex.: reflexo branco
ou leucoria, pontos pretos ou assimetria) indica,
por sua vez, a necessidade de dilatação
pupilar e investigação por um oftalmologista.

É uma avaliação de triagem para
detecção de anormalidades grosseiras do segmento
posterior do olho: pontos pretos, assimetria
ou leucocoria (reflexo branco pupilar).

A leucocoria pode ser encontrada em situações
como catarata, retinoblastoma, retinopatia da
prematuridade (apenas graus avançados com
descolamento de retina) e coriorretinite.

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119
Q

Descreva o teste da oximetria

A

– Todo neonato com > 34 semanas de idade
gestacional após 24 horas de vida e antes
da alta da maternidade (48h).
– Local: extremidade do membro superior
direito (que representa a saturação pré-
-ductal) e extremidade de um dos membros
inferiores (que representam a saturação
pós-ductal). É necessário que as
extremidades estejam aquecidas no momento
da avaliação.
– Resultado normal: saturação ≥ 95% em
ambos os locais, e diferença menor que
3% entre as medidas do membro superior
e inferior.
– Resultado anormal: saturação < 95% ou se
a diferença entre elas for igual ou maior
que 3%. Diante de um resultado anormal,
nova aferição deverá ser feita após uma
hora. Se o resultado anormal se mantiver,
a criança deverá realizar um ecocardiograma
dentro das próximas 24 horas

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120
Q

Qual a FR normal de um RN?

A

a FR normal de um neonato varia de 40 a 60 irpm.

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121
Q

O que caracteriza um quadro de apneia em um RN?

A

Pausa respiratória superior a 20 segundos

ou

Pausa superior a 10-15 segundos acompanhada
de bradicardia, cianose ou queda da
saturação de oxigênio

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122
Q

Descreva etiologias da síndrome da dificuldade respiratória do RN

A

galeria (foto 24)

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123
Q

Os episódios de apneia,
quando ocorrem no RN prematuro, podem
ser secundários a sua imaturidade (apneia da
prematuridade) ou a alguma doença subjacente.
Ao contrário, episódios de apneia em bebês
a termo possuem sempre conotação patológica,
o que requer sempre investigação clínica.
V ou F

A

V

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124
Q

Descreva a taquipneia transitória do RN

A

É um quadro de taquipneia e/ou dispneia de
início precoce logo após o nascimento de bebês
a termo ou pré-termo, geralmente submetidos
à cesárea, que requer como tratamento uma
fração de oxigênio mínima (< 40%) e apresenta
excelente prognóstico, com recuperação
completa dentro de três dias. A TTRN é resultado
de uma dificuldade de reabsorção do líquido
pulmonar após o nascimento

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125
Q

Manejo da TTRN

A

Em geral, as manifestações
clínicas são resolvidas com a oferta de
oxigênio em baixas concentrações (FiO2 < 40%), observando-se melhora do quadro em
12-24 horas, podendo raramente prolongar-se
até 72h.

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126
Q

Manejo da TTRN

A

Em geral, as manifestações
clínicas são resolvidas com a oferta de
oxigênio em baixas concentrações (FiO2 < 40%), observando-se melhora do quadro em
12-24 horas, podendo raramente prolongar-se
até 72h.

Se a frequênciarespiratória for maior que 60 irpm,
recomenda-se alimentar este bebê através de sonda orogástrica, pois a taquipneia pode levar à incoordenação da respiração e deglutição, favorecendo
a broncoaspiração de leite.

Não está indicado o uso de antibióticos ou diuréticos (ex.: furosemida) para resolução deste quadro.

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127
Q

Como fazer o ddx entre TTRN e doença da membrana hialina?

A

A DMH é uma afecção mais frequente no grupo de
prematuros e a radiografia de tórax revela um
padrão de hipoaeração, infiltrado reticulogranular
difuso e broncogramas aéreos (aspectos
inexistentes na radiografia de um bebê com
TTRN.)

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128
Q

principais grupos de risco para síndrome da aspiração meconial

A
  • RN pós-termo
  • asfíxicos
  • CIUR,
  • RN pélvico
  • macrossômico
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129
Q

tto pós natal da SAM

A

1) Cuidados Gerais: manutenção da temperatura na zona termoneutra, manutenção da glicemia e calcemia,
restrição de líquidos, e manutenção de um
hematócrito acima de 40% em pacientes na
ventilação mecânica com parâmetros elevados;

2) Oxigenação: é importante manter uma oxigenação
adequada, pois insultos repetidos de
hipóxia levam à vasoconstricção pulmonar e
ao desenvolvimento de HAP;

3) Ventilação: o suporte ventilatório pode ser feito através de CPAP nasal, cuja indicação é a necessidade de FiO2 > 40% ou da ventilação mecânica invasiva,
recomendada quando houver doença pulmonar
grave, PaCO2 > 60 mmHg ou PO2 < 50
mmHg. Nos bebês com SAM costuma-se usar
uma pressão inspiratória maior que aquela empregada
na ventilação da membrana hialina geralmente em torno de 30-35 cm H2O. A pressão inspiratória final (PEEP) fica em torno de 3-6 cm H2O, tempo inspiratório de 0.4 e 0.5segundos e uma frequência de 20-25 ciclos/minuto;

4) Antibioticoterapia: está indicada na
SAM pois o aspecto radiológico e o curso clínico
desta doença não permitem uma distinção
confiável com um quadro de pneumonia bacteriana
associada; o esquema de escolha é a
ampicilina + gentamicina (duração depende das hemoculturas)

5) Surfactante: como vimos,
o mecônio inativa o surfactante endógeno, mas
sua administração exógena não está indicada
como rotina em todos os RN com SAM. Apenas
nos casos de evolução progressivamente
pior, o uso do surfactante pode demonstrar
alguma melhora. Sua administração é feita
através do tubo orotraqueal. Não se recomenda
lavagem broncoalveolar com surfactante;

6) Tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar
Persistente (HAPP): quando diagnosticada,
mantendo a PaO2 maior do que 100 mmHg.
Na ausência de HPP, devemos manter os níveis
de PaO2 entre 60 e 90 mmHg.

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130
Q

Como fazer o diagnóstico de hipertensão arterial pulmonar persistente no RN?

A

São geralmente RN AIG, próximos do termo ou
pós-termo, com algum dos fatores predisponentes
presentes (principalmente a asfixia: outras: síndrome de aspiração meconial, sepse, pneumonia, doença
da membrana hialina, hipoglicemia, policitemia,
uso de inibidores da recaptação da serotonina
pela mãe no último trimestre de gravidez,
uso de Anti-Inflamatórios Não Esteroidais e hipoplasia pulmonar - ex.: hérnia diafragmática, oligodramnia, derrames pleurais), que desenvolvem desconforto respiratório e cianose progressiva, especialmente após a manipulação.

Ao exame físico, pode-se auscultar hiperfonese
de B2, além de um sopro de regurgitação tricúspide.

O ecocardiograma é fundamental, pois
permite uma estimativa da pressão pulmonar,
além da exclusão de cardiopatias. Observa-se um
gradiente de PaO2 entre o leito pré-ductal (artéria radial direita) e o pós-ductal (ex.: extremidades
inferiores), uma vez que os vasos pré-ductais
recebem o sangue oxigenado proveniente do
ventrículo esquerdo, e nos vasos pós-ductais deságua
o fluxo de sangue misturado entre o VE e o VD (via canal arterial patente). Duas amostras sanguíneas
exibindo uma diferença entre a PaO2 > 20 mmHg
ou uma diferença de saturação > 5-10% entre os
vasos pré e pós-ductais, sugerem fortemente o
diagnóstico de shunt direita-esquerda.

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131
Q

Tratamento da HAPP do RN

A

é direcionado para a doença de
base (ex.: asfixia, hipoglicemia, policitemia) e
para melhora da oxigenação

Geralmente é necessário IOT.
Atualmente, preconiza-se a ventilação convencional, sob analgesia com fentanil para diminuir a descarga
adrenérgica desencadeada pela manipulação
e para relaxar o leito pulmonar.

O uso de bloqueadores neuromusculares (ex.: pancurônio) fica reservado aos casos mais graves, pois sabemos que sua administração está relacionada
ao desenvolvimento de atelectasias, e quando
usado por tempo prolongado, pode causar surdez
neurossensorial e miopatia aguda.

O Óxido Nítrico (NO) é uma molécula de potente
ação vasodilatadora, produzido endogenamente
pelas células endoteliais. Pode ser
usado no tratamento da HAPP sob a forma de
gás, através de um manguito acoplado ao circuito
da ventilação mecânica

A alguns bebês que não
respondem à terapia com NO, poderá ser tentada
a infusão venosa de prostaciclina (PGI2),
cuja ação é também promover a vasodilatação.

Nos casos de policitemia, quando o hematócrito
ultrapassar 65%, está indicada a exsanguineotransfusão
parcial com o objetivo de reduzir
os índices para 50-55%.

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132
Q

A Doença de Membrana Hialina (DMH), causada
pela deficiência de surfactante pulmonar,
é uma das principais causas de desconforto
respiratório no RN prematuro e a principal
causa de óbito neonatal
V ou F

A

V

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133
Q

Os principais fatores de risco associados à
doença da membrana hialina são:

A

 Prematuridade – principal fator;
 Asfixia perinatal;
 Mãe diabética;
 Sexo masculino e raça branca;
 Hemorragia materna;
 Parto cesáreo;
 Gestações múltiplas.

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134
Q

Achados radiológicos da DMH

A
  • infiltrado retículo-granular fino, chamado de “vidro moído” ou “esmerilhado” por alguns autores,
  • broncogramas aéreos
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135
Q

Broncogramas na região paracardíaca esquerda são normais na maioria dos RN
V ou F

A

v

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136
Q

Importante pneumonia congênita que produz que produz um aspecto clínico e radiológico
praticamente indistinguível da DMH

A

Pneumonia por estreptococo beta-hemolítico do grupo B

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137
Q

Quando utilizar surfactante no tto da DMH?

A

O Ministério da Saúde recomenda a administração
terapêutica de surfactante endotraqueal
naqueles prematuros com DMH que estejam
em Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) com
necessidade de FiO2 ≥ 40% para manter a SaO2
entre 86-93% e a PaO2 entre 50-70 mmHg.

A cada seis horas deve-se avaliar a necessidade
de novas doses. Se o neonato prematuro mantiver
necessidade de FiO2 > 30% para manter
a SaO2 entre 86-93% e a PaO2 entre 50-70
mmHg, nova dose estará indicada.

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138
Q

Doenças respiratórias como a síndrome
da aspiração meconial, pneumonias
congênitas, hemorragia pulmonar e hérnia
diafragmática congênita ainda não apresentam evidências claras de melhora com o uso de surfactante. Por isso, o Ministério da Saúde não recomenda o uso de surfactante nesses casos
V ou F

A

F

Embora os benefícios do uso do surfactante
pulmonar em doenças respiratórias como síndrome
da aspiração meconial, pneumonias
congênitas, hemorragia pulmonar e hérnia
diafragmática congênita ainda não sejam notórios
e confirmados, o Ministério da Saúde
recomenda que neonatos com insuficiência
respiratória grave por estas patologias, em
VMI e com necessidade de FiO2 ≥ 40% para
manter a SaO2 entre 86-93% e a PaO2 entre
50-70 mmHg, sejam considerados para reposição
com surfactante. Nova dose deverá ser
reavaliada a cada seis horas.

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139
Q

Descreva as duas principais formas de ventilação mecânica na DMH

A

 Ventilação mecânica invasiva convencional:
as principais indicações de VMI são:
pH arterial < 7,2; PaCO2 > 60 mmHg; PaO2
< 50 mmHg com FiO2 > 70% no CPAP com
6-10 cm H2O de Peep; e apneia persistente.
O principal modo de ventilação é aquela
ciclada a tempo, pressão limitada e com
fluxo contínuo. Pode ser empregada sedação
com midazolan

 Ventilação mecânica invasiva de alta frequência:
foi um modo ventilatório desenvolvido
com o intuito de diminuir a injúria
pulmonar decorrente da ventilação mecânica
convencional e melhorar as trocas gasosas.
Utiliza como técnica pequenos volumes
correntes associados a uma alta frequência ventilatória (300-1200 incursões/minuto ou
5-20 Hz). As principais indicações da ventilação
de alta frequência são: doença da
membrana hialina grave que não responde
à ventilação convencional, síndrome da
aspiração meconial, enfisema intersticial e
pneumotórax de repetição

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140
Q

Teste bioquímico que ajuda a estimar a maturidade pulmonar

A

Relação L/E, lecitina/esfingomielina

ideal para o parto: > 2; quando < 1,5, o risco de DMH chega a 75%!

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141
Q

O uso do corticoide antes de 48 horas do parto ainda é uma medida capaz de reduzir bastante a incidência e a
gravidade da DMH. O corticoide de escolha
é a betametasona intramuscular nos trabalhos
de parto prematuros.
V ou F

A

V

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142
Q

Qual medida adotar na sala de parto para profilaxia de DMH em prematuros de risco?

A

recomenda-se que o CPAP seja a medida
profilática contra DMH a ser adotada na
sala de parto para todos os neonatos prematuros
de risco.

O CPAP profilático mostrou-se tão
eficaz quanto o uso do surfactante precoce.

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143
Q

Descreva manifestações clínicas da persistência do canal arterial em paciente co DMH

A

1) episódios de apneia em um bebê que já está se recuperando da membrana hialina;

2) precórdio hiperdinâmico, pulsos amplos e sopro sistólico contínuo;

3) retenção de CO2;

4) aumento da necessidade de oxigênio;

5) radiografia de tórax evidenciando um aumento da área cardíaca e aumento da trama vascular;

6) hepatomegalia.

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144
Q

A droga de escolha para o fechamento do canal é a

A

indometacina intravenosa, administrada em três
doses a cada 12-24 horas

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145
Q

Descreva a displasia broncopulmonar

A

A displasia broncopulmonar é um distúrbio pulmonar
crônico do neonato prematuro, caracterizada
por hipoplasia de alvéolos e vasos pulmonares,
e fibrose.
Sua fisiopatologia é multifatorial,
e envolve:
1) atelectrauma por deficiência de surfactante;
2) volutrauma pela ventilação mecânica;
3) ação de radicais livres produzidos pela exposição de oxigênio;
4) inflamação, mediada por células (neutrófilos e macrófagos) e por citocinas;
5) outros fatores, como infecção, persistência de canal arterial e desnutrição, que podem afetar o neonato prematuro

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146
Q

Classifique as pneumonias neonatais de acordo com o momento de ocorrência e os principais gemes associados

A

 Precoces (iniciadas até 48 horas de vida).
− Adquiridas antes do nascimento (“pneumonias
congênitas”): causadas por CMV, toxoplasmose,
rubéola, sífilis, listeriose, tuberculose,
Aids ou por corioamnionite.
− Adquiridas durante o nascimento: são causadas
por micro-organismos que colonizam
o canal de parto, tais como S. agalactiae
(estreptococo beta-hemolítico do grupo B),
E. coli e Listeria monocytogenes.

 Tardias (iniciadas após 48 horas de vida, geralmente
por flora hospitalar): bactérias Gram-negativas, Staphylococcus aureus, estafilococos coagulase negativa, fungos.

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147
Q

Fatores de risco para desenvolvimento de
pneumonia/sepse neonatal

A

− Corioamnionite clínica: febre materna (> 38ºC), FC materna > 100 bpm, leucometria materna
> 20.000/mm³, FC fetal > 160 bpm, útero doloroso;

− Rotura de membranas amnióticas > 18 horas;

− Trabalho de parto prematuro e sem causa aparente;

− Colonização materna pelo Streptococcus agalactie (estreptococo beta-hemolítico do grupo B).

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148
Q

Quando suspeitar de pneumonia neonatal?

A

Qualquer RN com desconforto respiratório
acompanhado de hemocultura positiva ou de
dois ou mais critérios abaixo:
1. Fatores de risco para sepse neonatal;

  1. Sinais clínicos de sepse: intolerância alimentar,
    letargia, hipotonia, hipo ou hipertermia,
    e distensão abdominal;
  2. Alterações radiológicas persistentes > 48
    horas: infiltrado nodular (grosseiro) ou granular
    (fino), consolidação, broncogramas
    aéreos, edema pulmonar;
  3. Triagem laboratorial positiva para sepse:
    − Escore hematológico de Rodwell ≥ 3. Neste
    escore é atribuído o valor de 1 a cada um dos
    sete critérios:
    - leucometria total anormal,
    - contagem absoluta de neutrófilos (PMN)
    anormal,
    - contagem absoluta de neutrófilos (PMN)
    imaturos anormal,
    - percentual de formas imaturas PMN elevado em
    relação à contagem global,
    - relação entre contagem de PMN imaturos/ PMN
    maduros maior ou igual a 0,3,
    - contagem de plaquetas inferior a ou igual a
    150.000/mm3,
    - pronunciadas alterações degenerativas PMNs;
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149
Q

tratamento daestreptococcia invasiva

A

penicilina cristalina (250.000 a 450.000 UI/kg/dia)

ou

ampicilina (200 a 300 mg/kg/dia)

duração total de dez dias para sepse, 14-21 dias para meningite e 28 dias para osteomielite.

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150
Q

TTO empírico da pneumonia neonatal precoce

A

− Ampicilina 200 mg/kg/dia (dose elevada
para cobertura de S. agalactiae);

− Gentamicina 5 mg/kg/dia (que tem ação
sinérgica com a ampicilina contra S. agalactiae,
é efetiva contra Gram-negativos entéricos
e cobre a L. monocytogenes).

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151
Q

TTO empírico da pneumonia neonatal tardia

A

oxacilina
+
amicacina.

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152
Q

A hematopoiese intrauterina ocorre em três
períodos, cite-os

A

período mesoblástico, se iniciando já no 10-14º dia
de vida embrionária até a 6-8ª semana, havendo
a produção de células sanguíneas pelo saco
vitelínico;

posteriormente, o fígado (período
hepático) torna-se o principal órgão da hematopoiese
até a 20-24ª semana de gestação,

quando então começa o período mieloide, caracterizado pela produção de células sanguíneas
pela medula óssea.

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153
Q

Anemia (queda no número de
hemácias, concentração de hemoglobina e contagem
de reticulócitos) verificada após o nascimento,
a partir do 7º dia de vida, em consequência
da queda nos níveis de eritropoetina.
Essa queda dos índices hematimétricos,contudo, não é acompanhada de um prejuízo funcional, ou seja, não há um deficit verdadeiro de fornecimento de oxigênio
para os tecidos pela existência de mecanismos
compensatórios

A

ANEMIA FISIOLÓGICA DA INFÂNCIA

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154
Q

Por que após o nascimento há uma queda substancial da concentração de eritropoietina?

A

A produção de Eritropoetina (EPO) pelo feto é alta, estimulada pela baixa tensão de oxigênio no sangue, cuja saturação gira em torno de 45%.
Com o nascimento, há uma elevação da saturação de oxigênio para valores acima de 95% e os níveis de EPO caem substancialmente, e como consequência,
a contagem de hemácias e reticulócitos e concentração de hemoglobina sofrem uma queda
em torno do 7º dia de vida

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155
Q

Por que, apesar da queda na concentração de hemoglobina, não existe deficit de oxigenação celular na AFI?

A

a razão entre a hemoglobina A e a fetal (a fetal é mais ávida por O2) diminui e os níveis de 2,3 bifosfoglicerato (molécula que diminui a afinidade da hemoglobina A pelo oxigênio) aumentam, facilitando
o fornecimento de oxigênio para o tecido

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156
Q

É uma “exacerbação” do processo
de anemia fisiológica que ocorre nos RN prematuros.
Há uma maior intensidade de queda
na concentração de hemoglobina (7-9 mg/dl)
e também maior precocidade de instalação (3ª-
6ª semana de vida).

A

Anemia da prematuridade

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157
Q

Como realizar a profilaxia da anemia da prematuridade?

A

A prevenção da anemia da prematuridade
pode ser feita com a administração de:

  • ferro
  • vitamina E
  • Eritropoetina recombinante (EPOr): peso de nascimento < 1.250 g e < 31 semanas de idade gestacional, sendo necessário o preenchimento de todos os seguintes: dieta enteral > 50 kcal/kg/dia, Ht < 40%, pressão média em vias aéreas < 11 cm H2O e
    FiO2 < 0,4.
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158
Q

Anemia que manifesta-se por queda no hematócrito, aumento nos níveis de reticulócitos (que representa a
resposta medular à hipóxia), níveis normais de
bilirrubina (a não ser que haja retenção de hematoma)
e teste de Coombs negativo. Se a
anemia for aguda, os sinais de choque sobressaem
no cenário clínico, e a coleta de sangue
pode ainda não revelar a queda de hematócrito
e aumento dos reticulócitos

A

Anemia por sangramento

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159
Q

Anemia caracterizada laboratorialmente
por queda do hematócrito, aumento de
reticulócitos e aumento nos níveis de bilirrubina, podendo ser de etiologia imunomediada, hereditária ou adquirida

A

Anemia por hemólise

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160
Q

Causas de anemia por hemólise em RN

A
  • Imunomediada
    Nas hemólises mediadas pela presença de anticorpos,
    o teste de Coombs será positivo e haverá esferócitos no sangue periférico. Veja as principais causas abaixo:
     Incompatibilidade Rh, ABO, outros sistemas
    menores (ex.: Kell, Duffy, E e c);
     Autoanticorpos maternos: lúpus, artrite
    reumatoide.
  • Hereditária
     Defeitos de membrana celular: esferocitose,
    eliptocitose, estomatocitose.
     Defeitos metabólicos: deficiência de glicose-6 fosfato, deficiência de piruvato quinase.
     Defeitos na hemoglobina: síndromes talassêmicas.
  • Adquirida
     Infecção: bacteriana e viral.
     Deficiência de vitamina E.
     Anemia microangiopática: coarctação grave
    de aorta, estenose renal e hemangiomas
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161
Q

Definição de policitemia

A

A policitemia é definida pela presença de um
hematócrito venoso acima de 65% ou hematócrito
arterial acima de 63%. O aumento da viscosidade
sanguínea é diretamente proporcional
ao aumento do hematócrito, em uma razão linear
até 60%, e exponencial acima destes níveis.

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162
Q

Principais causas de policitemia

A

 Transfusão placentária: atraso no clampeamento
de cordão, ordenha de cordão, colocar
o bebê em plano abaixo do materno, transfusão
materno-fetal, transfusão gemelo-gemelar;
 Insuficiência placentária (aumento da eritropoiese
fetal secundária a hipóxia crônica):
hipertensão materna, pós-maturidade, doença
crônica materna (ex.: cardiopatia, pneumopatia),
tabagismo e elevadas altitudes;
 Diabetes mellitus materno;
 GIG;
 Medicações: uso de propranolol;
 Outras: hiperplasia adrenal congênita, tireotoxicose,
hipotireoidismo congênito, síndrome
de Beckwith-Wiedemann, trissomia 21,
trissomia 13, trissomia 18.

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163
Q

Manejo da policitemia

A

Se o hematócrito estiver entre 60%-70% e o
RN estiver assintomático, recomenda-se aumentar
o volume de líquido administrado, seguido
de nova coleta de exame em 4-6 horas.

Se, entretanto, houver sintomas de hiperviscosidade
(independente do valor do Ht), ou o Ht
for > 70% (mesmo na ausência de sintomas),
há indicação de exsanguineotransfusão parcial.
Este procedimento consiste na retirada de sangue
através da veia umbilical e administração
de igual volume com albumina 5% ou salina
isotônica por uma veia periférica, com a finalidade
de se alcançar um hematócrito de 50%.

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164
Q

A hiperbilirrubinemia à custa da fração direta,
quando presente nas primeiras horas ou semanas
de vida, indica…

A

uma desordem subjacente de
extrema gravidade, como sepse neonatal, infecções
congênitas (toxoplasmose, citomegalovirose,
rubéola, sífilis, herpes, etc.), atresia biliar,
fibrose cística, galactosemia, cistos do colédoco
e deficiência de alfa-1-antitripsina.

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165
Q

Os fatores que contribuem para elevação da bilirrubina direta no RN são:
1. Aumento da carga de bilirrubina a ser metabolizada
pelo fígado: as hemácias fetais apresentam
menor sobrevida e, além disso, o hematócrito
ao nascimento é alto (50-63%). Há maior risco de hemólise e infecção;

  1. Diminuição da captação e conjugação hepáticas,
    por imaturidade dos sistemas enzimáticos.
    A enzima glicuroniltransferase
    pode ter sua ação e potência reduzidas por
    fatores como hipóxia, infecção, hipotireoidismo
    e hipotermia;
  2. Competição ou bloqueio da enzima glicuroniltransferase por substâncias que necessitem
    de conjugação com o ácido glicurônico para excreção e drogas;
  3. Presença de defeitos genéticos que acarretem
    ausência de glicuronil transferase ou sua
    diminuição e defeitos de captação da bilirrubina
    pelo hepatócito;
  4. Exacerbação da circulação êntero-hepática por
    jejum e demora na eliminação do mecônio.
    V ou F
A

F

Esse fatores elevam a bilirrubina INDIRETA

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166
Q

Cite 2 drogas que causam deslocamento da bilirrubina indireta de seus sítios de ligação na albumina, aumentando as concentrações da forma livre, a qual ultrapassa a barreira hematoencefálica

A

Sulfas

Ceftriaxone

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167
Q

Descreva as zonas de Kramer

A

galeria (foto 25)

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168
Q

As principais indicações para coleta de testes bioquímicos em RNs com icterícia são:

A

 Icterícia de início nas primeiras 24 horas de vida;

 Icterícia em recém-nascido aparentemente doente;

 Sinais de hemólise: palidez e hepatoesplenomegalia. Os exames revelarão anemia, reticulocitose
e aumento progressivo da bilirrubina (> 0,5 mg/dl/h);

 Icterícia evidente até a metade do abdome;

 Incompatibilidade Rh ou ABO;

 Irmão que tenha necessitado de fototerapia;

 Céfalo-hematoma ou sangramento significativo.

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169
Q

A hiperbilirrubinemia direta terá sempre conotação patológica.
V ou F

A

V

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170
Q

A icterícia ao nascimento ou nas primeiras 24h de vida
pode ser fisiológica. Suas pricipais causas patológicas são : eritroblastose fetal, hemorragia
oculta, sepse, doença de inclusão citomegálica,
rubéola, toxoplasmose congênita, secundária
a hematomas e equimoses extensas;
V ou F

A

F
A icterícia ao nascimento ou nas primeiras 24h de vida sempre é patológica

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171
Q

Principais causas de icterícia no segundo ao terceiro dia e do terceiro dia a primeira semana

A

 No segundo a terceiro dia: fisiológica, síndrome
de Crigler-Najjar, do aleitamento materno;

 Do terceiro dia a primeira semana: sepse,
doença de inclusão citomegálica, sífilis, toxoplasmose
e infecção do trato urinário;

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172
Q

Principais causas de icterícia após a primeira semana de vida e persistente após um mês

A

 Após a primeira semana: leite materno, sepse,
atresia congênita dos ductos biliares, hepatite,
galactosemia, hipotireoidismo, esferocitose
hereditária e deficiências enzimáticas
levando à hemólise (G6PD); fibrose cística;

 Persistência após um mês: icterícia fisiológica
associada a hipotireoidismo ou estenose
pilórica, síndrome da bile espessa (geralmente
sucede a doença hemolítica perinatal),
galactosemia, atresia congênita dos ductos
biliares, infecções congênitas, uso de parenteral,
síndrome de Crigler-Najjar.

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173
Q

O valor de bilirrubina na icterícia fisiológica
atinge um pico de 5-6 mg/dl por volta do segundo
ao quarto dia, podendo alcançar 12 mg/dl,
caindo a seguir para nível inferior a 2 mg/dl
entre o quinto e sétimo dia de vida
V ou F

A

V

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174
Q

Icterícia observada em RN amamentados exclusivamente no seio materno. Está associada
a um aumento na circulação êntero-hepática, por uma ingesta de leite insuficiente relacionada às dificuldades do início da amamentação e, consequentemente, pela menor quantidade de eliminação do mecônio. Esta
forma de icterícia não patológica surge entre o
2º e o 3º dia de vida e está associada a sinais
de dificuldades alimentares, como pega/posicionamento
incorretos, perda de peso acentuada
nos primeiros dias de vida. No final da
primeira semana, RN alimentados exclusivamente
ao seio materno podem apresentar nível
elevado de bilirrubina.

A

Icterícia do aleitamento materno

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175
Q

Icterícia de início mais tardio, qu afeta 2-4% dos RN a termo.
Ao redor do 4º dia, ao invés de haver a queda
esperada nos níveis de bilirrubina como manda
a história natural da icterícia fisiológica, sua concentração continua a subir até o 14º dia de vida,
podendo alcançar cifras de 20-30 mg/dl! Se o
aleitamento é continuado, estes níveis estabilizam
e caem lentamente, atingindo níveis normais
em 4 a 12 semanas. Se o aleitamento for
suspenso, os níveis caem rapidamente em 48 horas.
Estes bebês apresentam-se saudáveis, com
bom ganho ponderal, não apresentam qualquer
alteração de função hepática ou de hemólise

A

Icterícia do leite materno

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176
Q

forma familiar de hepatite colestática (aumento de BD) associada a linfedema de membros inferiores, provavelmente decorrente de uma hipoplasia dos vasos linfáticos hepáticos.

A

Síndrome de Aagenaes

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177
Q

Doença autossômica
recessiva caracterizada pela ausência de
peroxissomas, cursando com degeneração hepática (aumento de BD)renal progressivas. Além disso, há
retardo neuropsicomotor, calcificações de patela
e grande trocanter e anormalidades de face
e olhos.

A

Síndrome de Zellweger (cérebro-hepatorenal)

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178
Q

Doença caracterizada uma redução dos ductos biliares
intra-hepáticos na tríade porta por um processo
inflamatório progressivo que destrói estas estruturas (aumento da BD).
As principais manifestações clínicas
associadas à doença são: fácies típica (fronte
ampla, hipertelorismo ocular, nariz reto e longo
e hipoplasia de mandíbula), anomalias oculares
(embriotoxon posterior), anormalidades
cardiovasculares (estenose pulmonar, tetralogia
de Fallot), defeitos vertebrais (vértebras em
borboleta) e nefropatia tubulointersticial

A

síndrome de Alagille ou displasia artério-hepática

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179
Q

Manejo comum dos pacientes com colestase neonatal

A

1) Dieta complementada com
triglicerídeos de cadeia média, cuja absorção
não depende de ácidos biliares;

2) Reposição de vitaminas lipossolúveis;

3) Ácido ursodesoxicólico (Ursacol®) na dose de 15 mg/kg/ dia, que melhora o fluxo biliar, diminui a recirculação êntero-hepática dos ácidos biliares
e reduz os níveis de colesterol circulantes;
assim, tenta-se reduzir principalmente os sintomas
de prurido e xantomas, que representam
o acúmulo de ácidos biliares e colesterol nos
tecidos;

4) Nos pacientes com hipertensão
porta e ascite, deverá ser feita a restrição de
ingesta de sódio (0,5 g/dia ou 1-2 mEq/kg/dia)
e uso de diurético, preferencialmente a espironolactona (3-5 mg/kg/dia).

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180
Q

Nos RN a termo e sadios, níveis inferiores a 30 mg/dl não causam kernicterus.
Contudo, quanto mais imaturo um RN, maior é a sua suscetibilidade a neurotoxicidade da bilirrubina.
V ou F

A

F
níveis inferiores a 25 mg/dl não causam a síndrome.

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181
Q

Quadro clínico da encefalopatia bilirrubínica (kernicterus)

A

Afecção aguda, surge em torno do
segundo ao quinto dia nos RN a termo e pode
aparecer até o sétimo dia em pré-termos. Dividida em 3 fases:
 Fase 1: hipotonia, letargia, má sucção, choro
agudo durante algumas horas.
 Fase 2: em que se instala hipertonia da musculatura
extensora (opistótono), convulsões e febre.
 Fase 3: de aparente melhora, em que a hipertonia
diminui ou cede e que se instala após a
primeira semana.

Cerca de 75% dos neonatos que chegam a apresentar
estes sinais neurológicos vêm a falecer (geralmente durante a segunda fase, de hipertonia), e dos sobreviventes, 80% apresentam sequelas,
como coreoatetose, surdez, espasmo muscular
involuntário (distúrbios extrapiramidais) e
retardo mental. Essas manifestações surgem
tardiamente, aos 2-3 meses

A forma crônica é caracterizada por:
 Primeiro ano: hipotonia, hiperreflexia profunda,
persistência do reflexo tônico-cervical assimétrico e atraso motor;
 Após o primeiro ano: síndrome extrapiramidal
(tremores, coreoatetose, balismo), surdez
sensório-neural.

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182
Q

Quadro com as etiologias da hiperbilirrubinemia não fisiológica do RN

A

galeria (foto 26)

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183
Q

Descreva a doença hemorrágica neonatal

A

neonato apresenta uma
deficiência transitória de todos os fatores de
coagulação dependentes de vitamina K, que
são: II, VII, IX e X, especialmente entre 48
horas de vida até o 7º-10º dia. Isto ocorre fisiologicamente
em função de algumas características
peculiares a este período de vida:
 Não há transferência de vitamina K livre para
o feto de forma suficiente;
 A quantidade de vitamina K presente no leite
materno é inadequada para suprir a carência
do período. Bebês amamentados ao seio
são mais propensos a manifestar a doença
hemorrágica;
 O intestino do neonato é estéril, ou seja, não
há flora bacteriana residente para sintetizar a
vitamina K.

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184
Q

Descrevas as 3 formas clínicas da DHN

A
  1. Forma precoce: início < 24 horas de vida.
    Associada ao uso de drogas maternas que
    interferem com a vitamina K, tais como: fenobarbital, fenitoína, isoniazida, rifampicina
    e warfarin, ou à presença de coagulopatias
    hereditárias. As manifestações clínicas
    poderão ser: céfalo-hematoma, sangramento
    intracraniano, gastrointestinal, umbilical
    ou intra-abdominal;
  2. Forma clássica: início entre o 2º e o 7º dia
    de vida, e relacionada à carência de vitamina
    K no leite materno e à ausência de flora
    bacteriana saprófita intestinal capaz de sintetizar
    a vitamina K. Apresenta-se com sangramento
    pelo ouvido, nariz e boca, sangramento
    gastrointestinal, intracraniano, cutâneo
    e nos sítios de punção;
  3. Forma tardia: início entre um e seis meses de
    vida. Associada a síndrome colestática (ex.:
    hepatite neonatal, atresia de vias biliares, fibrose
    cística) e a outras causas, como abetalipoproteinemia
    e ingestão de warfarin. Cursa com
    possibilidade de sangramento intracraniano,
    gastrointestinal, cutâneo, ouvido-nariz e boca
    e em locais de punção.
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185
Q

Achados laboratoriais da DHN

A

Laboratorialmente, observa-se um alargamento
do TAP, PTT, tempo de coagulação, assim
como redução dos fatores dependentes da carboxilação pela vitamina K (II, VII, IX e X) e
valores normais de contagem plaquetária, tempo
de sangramento, fibrinogênio, fator V e VIII

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186
Q

Como diferenciar a ingestão de sangue materno durante o parto ou por fissuras mamilares de um sangramento gastrointestinal de origem neonatal?

A

Teste de Apt, que se baseia na adição de álcali
ao sobrenadante fecal.

Se a coloração permanecer rosada ou avermelhada, provavelmente existe hemoglobina fetal resistente ao
álcali e o sangramento é de origem gastrointestinal.

Se, contudo, a coloração ficar amarelada,
provavelmente existe hemoglobina adulta
materna, que sofre desnaturação em contato
com o álcali e o diagnóstico é a síndrome
do sangue deglutido.

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187
Q

Prevenção/tto da DHN

A

A administração de vitamina K1, 1 mg IM ao nascimento é capaz de prevenir a doença hemorrágica neonatal. Se ainda assim houver sangramentos de vulto ou
em região intracraniana, recomenda-se o uso de
plasma fresco congelado, 10 ml/kg EV.

O Ministério da Saúde recomenda as seguintes doses
de vitamina K1 ao nascimento: vitamina K1 (1
ml = 10 mg): 1 mg intramuscular ou subcutânea

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188
Q

Sepse precoce vs tardia no RN

A

De acordo com o livro Nelson Textbook of Pediatrics,
a sepse precoce acomete o RN em sua
primeira semana de vida (se manifestando em
geral nas primeiras 72 horas de vida), enquanto
a sepse tardia acomete o concepto após sete
dias de vida. Mais importante que um ponto de
corte é compreender que a forma precoce se
correlaciona a uma infecção adquirida no útero
ou durante o parto e que a sepse tardia implica
numa infecção por germes nosocomiais ou adquirida
na comunidade após a alta hospitalar.

De acordo com os manuais de neonatologia do
Ministério da Saúde, a sepse neonatal é classificada
da seguinte maneira:
− Sepse neonatal precoce (< 48 horas de
vida): provocada por patógenos do trato
genital materno, como Streptococcus agalactiae,
E. coli e L. monocytogenes;
− Sepse neonatal tardia (> 48 horas de vida):
provocada por patógenos do ambiente hospitalar,
tais como: Gram-negativos, S. aureus,
estafilococos coagulase negativo e fungos.

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189
Q

A sepse é a resposta inflamatória sistêmica desencadeada pela presença de um micro-organismo
patogênico. Os critérios diagnósticos que definem esta resposta inflamatória sistêmica no RN são a presença de dois ou mais dos seguintes:

A

 Instabilidade de temperatura (< 35º ou > 38,5º);

 Disfunção respiratória:
- Taquipneia (mais de dois desvios padrões da média para idade);
- Hipoxemia (PaO2 < 70 mmHg em ar ambiente).

 Disfunção cardíaca:
- Taquicardia (mais de dois desvios padrões da média para a idade);
- Enchimento capilar periférico > 3 segundos;
- Hipotensão (mais de dois desvios padrões da média para a idade).

 Anormalidade de perfusão:
- Oligúria (débito urinário < 0,5 ml/kg/hora);
- Acidose láctica (lactato sérico elevado ou
pH < 7,25);
- Estado mental alterado.

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190
Q

A relação de neutrófilos imaturos (mielócitos
+ metamielócitos + bastonados) e
neutrófilos totais (relação I/T) tem valor preditivo
para sepse quando seu índice for igual
ou superior a…

A

0,2 (I/T ≥ 0,2)

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191
Q

Fatores de risco maternos e do RN para sepse precoce neonatal precoce

A

Maternos
 Febre materna (> 37,5ºC).
 Infecção urinária.
 Colonização por S. agalactiae.
 Ruptura prolongada de membranas (> 18 horas).
 Infecção do trato genital: corioamnionite, líquido fétido, leucorreia e herpes.

Neonato
 Taquicardia fetal 160-180 bpm.
 Prematuridade.
 Apgar no 5º minuto < 7 (asfixia).
 Sexo masculino: a deficiência de receptores para interleucina-1 no sexo masculino pode predispor à infecção.
 Primeiro gemelar.

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192
Q

Sinais clínicos de sepse neonatal precoce

A

 Instabilidade térmica: Tax < 36,5ºC ou Tax > 37,5ºC.
 Dificuldade respiratória.
 Hipotonia e convulsões.
 Irritabilidade e letargia.
 Manifestações gastrointestinais: intolerância alimentar, vômitos e distensão gástrica.
 Icterícia idiopática.
 Palidez cutânea.
 Sinais de sangramento.
 Avaliação subjetiva: RN que “parece não estar bem”.

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193
Q

Segundo o Ministério da Saúde, a presença
de três ou mais sinais clínicos no RN, ou no
mínimo dois sinais associados a fatores de
risco maternos, autoriza o diagnóstico de
sepse clínica ou síndrome séptica, justificando-
se, nesse caso, o início da antibioticoterapia
sem o auxílio de exames laboratoriais.
V ou F

A

V

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194
Q

TTO empírico da sepse neonatal precoce

A

De acordo com o Ministério da Saúde, admite-
-se como esquema empírico para sepse neonatal
precoce a associação de:

  • Ampicilina 200 mg/kg/dia (cobertura de S. agalactiae
    e L. monocytogenes)
    +
  • Gentamicina 5 mg/kg/dia (cobertura sinérgica do S. agalactiae, L. monocytogenes e Gram-negativos entéricos).
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195
Q

TTO empírico da sepse neonatal tardia

A

Depende do padrão de resistência da instituição.
Nas unidades com elevada prevalência de estafilococos coagulase-negativo e resistentes à
oxacilina, a vancomicina deve ser empregada
substituindo a ampicilina.

Uma droga com largo espectro para Gram-negativos, como a cefepime, em geral é utilizada no tratamento
inicial.

As cefalosporinas de terceira geração
não têm sido mais utilizadas devido ao risco
de indução de resistência bacteriana.

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196
Q

A abordagem agressiva da corioamnionite materna
com antibiótico intraparto é controversa.
Eles podem aumentar a latência (tempo entre a
rotura das membranas e o parto, para permitir
que o feto amadureça um pouco mais), reduzem
a incidência de corioamnionite e infecção puerperal,
hemorragia intracraniana no RN e sepse
precoce, mas não alteram a mortalidade. Eles
ainda podem promover alteração na flora responsável
por sepse precoce (cepas resistentes).
Logo, a indicação deve ser individualizada
V ou F

A

V

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197
Q

Descreva o algoritmo do manejo do neonato dentro do contexto do tto e prevenção de sepse neonatal precoce por (principalmente pelo SBG)

A

Galeria (foto 27)

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198
Q

A sífilis terciária é aquele que representa mair risco de transmissão vertical da mãe para o feto
V ou F

A

F
As mães nas fases primária e secundária da
doença apresentam risco de transmissão vertical
de 70 a 100% dos casos, taxa que se reduz
para 30% nas fases tardias (latente tardia e
terciária)

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199
Q

Classificação da sífilis congênita quanto ao momento de manifestações clínicas

A
  • Precoce: quando as manifestações clínicas ocorrem após o nascimento até os primeiros 2 anos de vida
  • Tardia, quando os sinais e sintomas ocorrem
    a partir dos dois anos de vida em diante
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200
Q

A anemia hemolítica com Coombs negativo é
um achado comum de sífilis congênita, sendo grave nas formas mais precoces
V ou F

A

V

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201
Q

Em relação às lesões oculares da sífilis congênita, Predomina a coriorretinite na fase aguda, com
o fundo de olho apresentando um aspecto de… característico.
Outras lesões apresentadas são a ceratite intersticial, glaucoma, catarata, uveíte, cancro nas pálpebras e
atrofia ótica.

A

“sal e pimenta”

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202
Q

Cite achados da sífilis neonatal tardia

A

 Sequelas da periostite na fase aguda: bossa
frontal (fronte olímpica), espessamento da
junção esternoclavicular (Sinal de Higoumenáki),
arqueamento da porção média da tíbia (Tíbia em Sabre);

 Anormalidades dentárias: dentes de Hutchinson
e molares em formato de amora;

 Face: maxilar curto; nariz em sela, com ou sem perfuração do septo nasal; rágades (por fissuras peribucais);

 Articulação de Clutton (derrame articular
estéril nos joelhos);

 Ceratite intersticial, coroidite, retinite, atrofia
óptica com possível evolução para cegueira;

 Lesão de 8º par craniano, levando à surdez e
à vertigem. A SC poderá afetar a audição por
lesão do VIII par, bi ou unilateral. É o componente
mais raro da tríade de Hutchinson
(ceratite, alterações dentárias e surdez);

 Hidrocefalia;

 Retardo mental.

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203
Q

O que é detectado pelos teste não treponêmicos?

A

Detectam anticorpos não específicos anticardiolipina,
lipídio liberado pelas células danificadas
durante a infecção

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204
Q

 Dois exames de VDRL positivos e com titulações
duas vezes superiores à titulação materna
definem sífilis congênita.
V ou F

A

V

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205
Q

 VDRL negativo não exclui sífilis congênita.
Deve-se coletar novos exames com 1, 3, 6, 12
e 18 meses. Apenas dois exames consecutivos
negativos excluem a infecção.

A

V

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206
Q

Os testes treponêmicos detectam anticorpos
específicos contra o treponema. Uma vez positivos,
permanecem assim por toda a vida e,
por isso, não auxiliam no monitoramento de
tratamento. São eles:
 FTA-Abs;
 ELISA;
 TPHA;
 TESTE RÁPIDO.
V ou F

A

V

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207
Q

Quando um teste treponênico positivo pode ser considerado de maior valor no contexto da sífilis congênita?

A

Após 18 meses, pois após este
período não existe mais IgG materna circulante

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208
Q

As alterações liquóricas sugestivas de neurossífilis
congênita são:

A

> 25 células/mm3,
150 mg/dl
- VDRL reagente.

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209
Q

Segundo o MS, nos recém-nascidos de mães com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada,
independentemente do resultado do VDRL
do recém-nascido, realizar: hemograma,
radiografia de ossos longos, punção lombar
(na impossibilidade de realizar este exame,
tratar o caso como neurossífilis), e outros
exames, quando clinicamente indicados
V ou F

A

V

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210
Q

Os locais mais acometidos pela toxoplasmose congênita são:

A
  • as túnicas oculares
  • o Sistema Nervoso Central (SNC).
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211
Q

Descreva a forma neurológica da toxo congênita

A

Geralmente é resultante de uma infecção nas
fases iniciais da gestação. Caracteriza-se por
alterações liquóricas, calcificações intracranianas,
hidrocefalia, convulsões, microcefalia e
retinocoroidite. A hidrocefalia tipo obstrutiva
é considerada a manifestação neurológica clássica
mais comumente encontrada na toxoplasmose
congênita. As crises convulsivas podem
fazer parte da clínica destes pacientes, podendo
também ocorrer retardo do crescimento,
opistótono, dificuldade de deglutição, e paralisia
de membros.

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212
Q

Descreva a forma generalizada da toxo congênita

A

A forma generalizada pode ocorrer após a infecção
em fases mais tardias da gestação. Os
bebês podem se apresentar com retinocoroidite,
alterações liquóricas, hepatoesplenomegalia,
linfadenopatia, icterícia, trombocitopenia,
anemia, pneumonite, miocardite, síndrome
nefrótica e alterações ósseas.

A tétrade de Sabin é caracterizada por
- coriorretinite
- calcificações intracranianas difusas
- hidrocefalia ou microcefalia
- retardo mental.

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213
Q

Como avaliar acometimento fetal em gestante com toxoplasmose ativa?

A

1) Ultrassonografia fetal:
os sinais mais sugestivos de infecção fetal são: alargamento dos ventrículos cerebrais, calcificações intracranianas, calcificações de plexo coroide,
aumento da espessura da placenta, ascite e
hepatoesplenomegalia;

2) Amniocentese e PCR:
a amniocentese deverá ser realizada a partir das 18 semanas de gravidez com envio da amostra do líquido
para detecção do DNA do toxoplasma pelo método de PCR.

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214
Q

Alterações mais comuns em hemograma de RN com toxo congênita

A

Linfocitose com eosinofilia (até 20%),

Outras alterações possíveis são anemia e trombocitopenia

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215
Q

Em RN com toxo congênita a elevação da bilirrubina se deve à forma indireta
V ou F

A

F
Direta

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216
Q

Na presença de toxoplasmose congênita
confirmada, o exame oftalmológico deverá
ser feito a cada seis meses até a idade escolar. Após esse período, não havendo alterações oftalmológicas, o paciente recebe alta do acompanhamento com oftalmologista
V ou F

A

F
Na presença de toxoplasmose congênita
confirmada, o exame oftalmológico deverá
ser feito a cada seis meses até a idade escolar,
e depois anualmente, pois lesões ativas
novas e reativação de focos latentes podem
surgir a qualquer momento.

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217
Q

Todos os neonatos com toxoplasmose congênita
confirmada ou nos filhos de mães com toxoplasmose
comprovada ou provável deverão receber
tratamento por 12 meses, independente de apresentarem ou não sinais/sintomas da doença
V ou F

A

V

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218
Q

Descreva o tto da toxo congênita

A
  1. Pirimetamina (Daraprim® comp. = 25 mg):
     1 mg/kg/dia em uma dose diária, durante
    dois a seis meses, dependendo da intensidade
    do acometimento. A seguir, 1 mg/kg
    três vezes por semana, até completar um
    ano de utilização do medicamento.
  2. Sulfadiazina ou Trissulfapiridinas:
     Dose: 100 mg/kg/dia via oral, duas vezes
    ao dia.
  3. Glicocorticoide (Prednisona ou Metilprednisolona):
     Dose: 1 mg/kg/dia;
     Pode ser utilizado até o processo inflamatório
    diminuir;
     Indicado na presença de retinocoroidite em
    atividade ou proteinorraquia > 1.000 mg/dl.
  4. Ácido folínico:
     Sempre deve ser utilizado durante o uso de
    pirimetamina, para diminuir a toxicidade
    (neutropenia/anemia);
     10 mg administrados três vezes por semana.
    Na ocorrência de neutropenia: se < 1000
    neutrófilos/mm3, aumentar a dose para 20
    mg diários; se < 500 neutrófilos/mm3, suspender
    a pirimetamina até que ocorra recuperação.
    Manter por mais uma semana após
    interrupção do uso da pirimetamina;
     Atenção: o ácido fólico não deve ser utilizado
    em substituição ao ácido folínico
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219
Q

Descreva o acompanhamento dos neonatos assintomáticos, filhos de mães com diagnóstico possível ou inconclusivo para toxo

A

realizar sorologias a cada dois meses, com
fundo de olho, USG de fontanela e hemograma:

 Se houver estabilização ou aumento comprovado
dos títulos ao longo do acompanhamento, deve-se solicitar TC de crânio, avaliação de liquor, avaliação da função hepática e avaliação auditiva.
Deve-se iniciar o tratamento e mantê-lo durante 12 meses. Filhos de mulheres com toxoplasmose gestacional improvável não necessitam de investigação e/ou acompanhamento adicional;

 A criança não infectada é aquela que possui
duas sorologias consecutivas (com intervalo
de 2-3 meses) negativas.

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220
Q

O ser humano é o único hospedeiro conhecido
do vírus da rubéola. O risco de defeitos congênitos
é maior quando a grávida adquire infecção
primária durante o primeiro trimestre. Ocorrem
defeitos congênitos em 30% dos RN infectados
durante as primeiras 11 semanas de gestação.

A

F
90%

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221
Q

Na presença de infecção fetal pela rubéola, o vírus pode ser excretado pela urina do recém-nascido até um ano de idade ou mais, necessitando de isolamento para evitar contaminação na maternidade.
V ou F

A

V

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222
Q

Descreva as principais manifestações clínicas da rubéola congênita

A

OBS.: Mais de 50% é assintomático. Abaixo descrita a porcentagem da manifestação considerando apenas os sintomáticos

 Deficiência auditiva (80-90%): é a manifestação
mais comum.É provocada por alterações degenerativas da cóclea e do órgão de Corti (neurossensorial), clinicamente ocorrendo em
graus variáveis e geralmente bilateral;

 Retardo do crescimento intrauterino (50-85%):
a rubéola é a infecção congênita mais associada
ao CIUR e baixo peso ao nascer;

 Manifestações cardíacas (30-40%): as principais
cardiopatias congênitas associadas à rubéola são a persistência de canal arterial e estenose pulmonar;

 Malformações oculares: são mais frequentes
as lesões que afetam a acuidade e a área macular.
Catarata geralmente bilateral, glaucoma (precoce ou tardio), retinopatia e microftalmia podem estar presentes;

 SNC: microcefalia, meningoencefalite, tetraplegia
espástica, retardo do desenvolvimento psicomotor;

 Outras (viscerais): hepatomegalia e icterícia,
esplenomegalia, púrpura trombocitopênica,
pneumonite intersticial e lesões ósseas (franjeamento
da metáfise: lesão em talo de aipo).

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223
Q

Todos os RN com suspeita de rubéola congênita
deverão realizar hemograma, radiografia
de ossos longos, ecocardiografia, exame de
imagem do sistema nervoso central e avaliação
audiométrica (emissões otoacústicas e BERA).
V ou F

A

V

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224
Q

Manifestações clínicas da citomegalovirose congênita

A

 Prematuridade;
 CIUR;
 Hepatoesplenomegalia, hepatite e icterícia;
 Pneumonia;
 Trombocitopenia, anemia;
 SNC: microcefalia, calcificações intracranianas
periventriculares, coriorretinite, perda
auditiva neurossensorial. A surdez é uma sequela
bastante comum. A infecção congênita
por CMV é a principal causa de surdez neurossensorial
de causa viral na infância. Pode
haver atrofia óptica. O concepto que adquire
a infecção durante o nascimento não apresenta
virúria em seus primeiros dias de vida.
A forma mais grave da infecção (cerca de 1 a

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225
Q

A forma mais grave da infecção (cerca de 1 a
2% dos RN infectados) pelo CMV chama-se… e se caracteriza por icterícia, hepatoesplenomegalia, petéquias, microcefalia, coriorretinite e calcificações
cerebrais periventriculares

A

doença de inclusão citomegálica

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226
Q

TTO da infecção congênita pelo CMV

A

Há controvérsias na literatura quanto à indicação
e validade do tratamento da infecção congênita
pelo CMV, haja vista a necessidade de terapia por
tempo prolongado e os efeitos tóxicos da droga.
Entretanto, alguns estudos randomizados e controlados
mostraram que o uso do ganciclovir (dose
de 12 mg/kg/dia EV) durante seis semanas mostrou
reduzir a progressão da doença neurológica
e auditiva em RN com a forma grave da doença.
O principal efeito adverso associado ao ganciclovir
é a neutropenia, que ocorre em até 30% dos
casos. Em princípio, os casos de infecção congênita
leve pelo CMV e as formas assintomáticas
não teriam indicação de usar a medicação.

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227
Q

A eliminação do CMV no leite materno não
contraindica o aleitamento materno nos RN a
termo saudáveis, mas essa conduta é controversa
no caso de RN prematuros.
V ou F

A

V

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228
Q

 O Ministério da Saúde recomenda que casais
que desejam a concepção aguardem um período
de 6 MESES após os sinais/sintomas
de zika
V ou F

A

F
O Ministério da Saúde recomenda que casais
que desejam a concepção aguardem um período
de 6 MESES após os sinais/sintomas
de zika se o infectado for o homem e 8 SEMANAS
após os sinais/sintomas de zika se
a infectada for a mulher

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229
Q

Síndrome congênita associada ao vírus Zika:

A

○ Aborto;
○ Natimorto;
○ Microcefalia;
○ Desproporção craniofacial;
○ Paralisia cerebral com espasticidade e movimentos
extrapiramidais;
○ Irritabilidade;
○ Crises convulsivas;
○ Disfunção de tronco encefálico: distúrbios
de deglutição e respiração;
○ Contraturas dos membros (artrogripose);
○ Anormalidades oculares: atrofia/hipoplasia
de nervo óptico, lesões cicatriciais coriorretinianas,
lesões torpedo like, dispersão
pigmentar, isoladas ou associadas, com
menor frequência pode haver hemorragia
retiniana e até atenuação vascular, catarata
e glaucoma congênito, microftalmia, coloboma
de íris e retina;
○ Anormalidades auditivas;
○ Malformações de SNC (Sistema Nervoso Central): calcificações corticais e subcorticais, lisencefalia, alterações de migração neuronal, hipoplasia de tronco cerebral e cerebelo.

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230
Q

Ao contrário da varicela, a
ocorrência de herpes-zóster na gravidez não se
constitui em risco para o feto, pois há passagem
transplacentária de quantidade protetora de
anticorpos e esta forma clínica não se acompanha
de viremia significativa.
V ou F

A

V

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231
Q

A infecção congênita é rara, com
consequente fetopatia, extremamente grave. A
tríade da infecção congênita consiste em vesículas
cutâneas ou escaras de cicatrização, com alterações
oculares e micro/hidrocefalia
Qual o vírus em questão?

A

HSV

OBS.: A infecção adquirida por contato em canal de parto deve ser considerada perinatal e não congênita

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232
Q

FORMA LOCALIZADA: OLHOS, BOCA E PELE
Esta forma de apresentação da doença se caracteriza
por ceratoconjuntivite, retinocoroidite,
úlcera de córnea, catarata e atrofia óptica.
As lesões de pele são vesiculares, podendo
recidivar no mesmo ou em outros locais do
corpo. Cerca de 70% dos pacientes com lesões
limitadas à pele ou olhos, não tratadas, podem
progredir para infecção disseminada ou do
sistema nervoso.

FORMA NEUROLÓGICA
Geralmente ocorrem durante a segunda semana
de vida, e consistem em letargia, irritabilidade,
convulsões, crises de apneia e febre alta. As
convulsões são de difícil tratamento e controle.

FORMA DISSEMINADA
É a forma mais grave e mais comum (50 a 70%
dos casos) de apresentação da doença, uma vez
que encontramos acometimento do SNC e disseminação visceral. As lesões graves apresentam
sintomas na primeira semana de vida, sendo que
mais da metade destas crianças não apresentam
lesões cutâneas, o que pode nos levar com frequência
a erros no diagnóstico. As manifestações
clínicas incluem vômitos, anorexia, irritabilidade,
desconforto respiratório, convulsões,
icterícia, hepatoesplenomegalia e petéquias.
Pode haver meningoencefalite grave, podendo levar
à necrose hemorrágica do lobo temporal. O
liquor mostra pleocitose à custa de linfomononucleares
e dosagem de proteínas aumentada.

Qual a doença?

A

Infecção perinatal por HSV

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233
Q

TTO da infeção neonatal pelo HSV

A

O aciclovir, 20 mg/kg/dose a cada oito horas, por
21 dias, é a droga de escolha para o tratamento

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234
Q

Iniciar AZT xarope ainda na sala de parto
para o neonato, ou até quatro horas após o
nascimento é uma das medidas de prevenção de infecção vertical pelo HIV

A

V

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235
Q

Quais indicações do uso de nevirapina no neonato?

A

Indicado para os neonatos filhos de gestantes
HIV+ que não usaram TARV na gestação, ou
nas gestantes que possuem CV ≥ 1.000 cópias
ou CV desconhecida no terceiro trimestre

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236
Q

Descreva a conjuntivite neonatal

A

− Chlamydia trachomatis: atualmente é o agente
que mais comumente provoca conjuntivite
no período neonatal segundo dados epidemiológicos
americanos. O período de incubação
é de 5 a 14 dias, após os quais surge a conjuntivite
que varia desde quadros leves a graves,
podendo ocorrer descarga purulenta copiosa;
− Neisseria gonorrhoeae: inicia-se entre dois
a cinco dias após o nascimento, uni ou bilateral,
com descarga serossanguinolenta inicialmente,
evoluindo com quemose e descarga
purulenta. Se não tratada evolui com ulceração
de córnea e cegueira. A instilação
preventiva do nitrato de prata 1% (Credé)
após o nascimento reduz a incidência de
conjuntivite gonocócica de 10% para 0,3%;
− Pseudomonas aeruginosa: causa rara de oftalmia
neonatorum, geralmente adquirida
intra-hospitalar. Apresenta um período de
incubação de 5 a 18 dias, e inicia-se com
edema, eritema, descarga purulenta, sepse,
choque e óbito;

− Diagnóstico diferencial com conjuntivite
química: o nitrato de prata 1% pode causar
uma conjuntivite química em até 20% dos
casos, geralmente, com sinais e sintomas
iniciados ainda nas 12 primeiras horas de
vida e resolução completa em 48 horas. Portanto,
TODA CONJUNTIVITE QUE SE
INICIA APÓS 48 HORAS, deve ser avaliada
para a possibilidade de infecção

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237
Q

TTO das diferentes conjuntivites neonatais infecciosas

A

− Conjuntivite neonatal por clamídia: eritromicina
50 mg/kg/doa VO 6/6h por 14 dias além
da irrigação ocular com salina fisiológica;

− Conjuntivite neonatal por gonococo: ceftriaxone
50 mg/kg/dia uma dose IM ou cefotaxima
100 mg/kg/dia IV 12/12h por sete dias além da
irrigação ocular com salina fisiológica;

− Conjuntivite neonatal por pseudomonas:
aminoglicosídeo parenteral + ocular, além da
irrigação ocular com salina fisiológica

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238
Q

Como identificar um RN de baixo risco?

A

quando se responde “sim” às três perguntas
cardinais:
1. A gestação é a termo?
2. O RN está chorando ou respirando?
3. O RN tem bom tono?

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239
Q

O APGAR não pode ser o fator que determinará o início das manobras de reanimação no RN
V ou F

A

V

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240
Q

Quais os parâmetros avaliados no escore APGAR?

A

respiração
frequência cardíaca
cor
resposta a estímulos
tônus

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241
Q

A nota do primeiro minuto se correlaciona com… e é um índice de…, não estando relacionado com resultados a longo prazo

A

com o pH do cordão umbilical

depressão intraparto

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242
Q

A permanência de pontuação baixa além
do 1º minuto está vinculada a consequências
deletérias em longo prazo. Um APGAR baixo
no 20º minuto é altamente compatível com um
mau prognóstico neonatal (mortalidade e disfunção
neurológica permanente).
V ou F

A

V

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243
Q

O boletim de APGAR não deve ser utilizado
para determinar o início da reanimação nem
as manobras a serem instituídas no decorrer
do procedimento. No entanto, sua aferição
longitudinal permite avaliar a resposta do RN
às manobras realizadas e a eficácia dessas
manobras. Se o escore é inferior a 7 no 5º
minuto, recomenda-se sua aplicação a cada
cinco minutos, até 20 minutos de vida.
V ou F

A

V

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244
Q

Descreva o boletimapgar

A

Galeria (foto 28)

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245
Q

O moteamento da pele, também um exemplo de instabilidade vasomotora, estando sempre associado à doença grave (sendo um sinal inespecífico de desconforto respiratório ou sepse, por exemplo)
V ou F

A

F
O moteamento da pele, também um exemplo de instabilidade vasomotora, pode estar associado à doença grave (sendo um sinal inespecífico de desconforto respiratório ou sepse, por exemplo) ou
apenas ser decorrente de uma flutuação transitória
da temperatura cutânea.

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246
Q

Cor do Arlequim no RN se traduz por uma divisão
do corpo da região frontal ao púbis em metades
vermelha e pálida. É uma alteração vasomotora
associada a processo patológico em que comprometimento da circulação.
V ou F

A

F
É uma alteração vasomotora
transitória, não significando doença nem
condição mórbida associada.

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247
Q

O que são as Pérolas de Epstein?

A

são acúmulos temporários
de células epiteliais no palato duro, desaparecendo
espontaneamente algumas semanas
após o nascimento.

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248
Q

representadas por pigmentação
cinza-azulada no dorso e nas nádegas,
não possuem nenhuma importância clínica.
Decorrem da presença de melanócitos na derme
que ainda não migraram para epiderme e tendem
a desaparecer no primeiro ano

A

Manchas mongólicas

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249
Q

manchas róseas ou vermelhas,
que se exacerbam durante o choro, presentes
na região da nuca, pálpebras ou glabela,
decorrentes de ectasia capilar. São observadas
em 30-40% dos RN e desaparecem em 1-2 anos.

A

Manchas salmão

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250
Q

é uma erupção cutânea composta
de pápulas ou lesões vesicopustulosas
que surgem de um a três dias após o nascimento,
sendo localizado na face, no tronco e nos membros. É classificado como um exantema
benigno, desaparecendo em uma semana.

A

Eritema tóxico

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251
Q

Erupção cutânea pustulosa
autolimitada, de causa desconhecida,
observada em 2-5% dos RN da raça negra e
apenas 0,6% da raça branca. Pode estar presente
ao nascimento, caracterizando-se por grupamentos
de pústulas estéreis de 2-3 mm (ricas
em neutrófilos e eosinófilos), predominando na
fronte, abaixo do mento, região retroauricular
e cervical, dorso, mãos e pés (incluindo região
palmoplantar). Após 2-3 dias, as pústulas desaparecem,
deixando tipicamente pequenas
máculas hipercrômicas com um colarete de
escamas brancas. As manchas hiperpigmentadas
permanecem por cerca de três meses.

A

Melanose pustulosa

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252
Q

são pápulas amarelo-esbranquiçadas
que aparecem na fronte, nas asas
do nariz e na genitália, correspondendo a pequenos
cistos queratogênicos, causados por
obstrução dos folículos pilossebáceos

A

Milium sebáceo

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253
Q

Miliária

A

pequeninas vesicopápulas que representam
a obstrução ductal das glândulas sudoríparas
écrinas, ocorrendo aproximadamente
sete dias após o nascimento, em decorrência da
sudorese excessiva (clima quente, roupas em
excesso, febre).
Dois tipos principais: (1) cristalina: a oclusão ductal se dá no nível da córnea; são vesículas tipo “gotas de orvalho” localizadas na fronte do RN;
(2) rubra ou “brotoeja”: A oclusão ductal é intraepidérmica; a rotura do ducto sudoríparo leva ao extravasamento do suor para o tecido circunjacente,
provocando inflamação. São pequenas pápulas
ou vesicopápulas eritematosas, pruriginosas,
eventualmente com pústula central, com predileção
pela fronte, região cervical e axilar, por
obstrução sudorípara intraepidérmica.
Desaparece rapidamente pela aplicação de compressas frias e resfriamento do ambiente

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254
Q

acomete 20% dos RN, ocorrendo
a partir de 7-14 dias de vida. Surgem comedões
(pápulas com centro branco ou preto),
pápulas eritematosas e pústulas, localizando-se
preferencialmente na face e por vezes também
no tronco superior e região proximal dos braços.
As lesões desaparecem após semanas

A

Acne neonatal

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255
Q

área amolecida deprimida no osso
parietal, próximo à sutura sagital. Esta alteração
é fruto da compressão pontual do crânio pelo
osso pélvico da mãe na cavidade uterina

A

Craniotabes

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256
Q

é a lesão traumática mais frequente. É
uma coleção subcutânea assintomática, possui
consistência mole, flutuante e com limites imprecisos,
de localização variada. Pode aparecer
na face, nos braços, nas pernas, nos genitais ou,
mais frequentemente, no couro cabeludo, onde
recebe a denominação caput succedaneum. No
crânio, a característica é a depressibilidade e o
fato de não respeitar os limites das suturas. Desaparece
dentro de poucos dias.

A

Bossa serossanguínea (caput succedaneum)

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257
Q

é uma coleção subperióstea,
dessa forma, sempre limitada pelas suturas.
Não se observa coloração anormal do couro
cabeludo suprajacente. É de consistência mais
elástica, mais mole no centro e mais endurecido
nas bordas, dando a impressão de falta de
osso no local. Pode ser único ou múltiplo, geralmente
de localização parietal, e seu aparecimento
se dá após as primeiras horas de vida,
crescendo lentamente e podendo ser mascarado
pela bossa suprajacente. Uma fratura craniana
linear eventualmente o acompanha.
Este regride mais lentamente, no decorrer
de duas a três semanas, ou, por vezes até três meses. Também é uma causa frequente
de hiperbilirrubinemia indireta

A

cefalohematoma

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258
Q

representa o fechamento
prematuro de uma ou mais suturas cranianas.
Quando localizada em uma ou duas suturas,
desencadeia uma configuração ou formato de
crânio alterado. Se ocorrer em
todas as suturas, haverá um impedimento ao
crescimento normal do crânio e desenvolvimento
de hipertensão intracraniana

A

Craniossinostose

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259
Q

a permanência de
fontanelas grande (principalmente a anterior)
pode estar associada a doenças como:

A

acondroplasia
hipotireoidismo congênito
síndrome de rubéola congênita
hidrocefalia
raquitismo
osteogênese imperfecta
trissomias (21, 13 e 18).

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260
Q

Estrabismo é comum no RN e pode persistir até os 3-6 meses, uando a coordenação dos movimentos oculares se desenvolve.
V ou F

A

V

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261
Q

FC e FR do RN

A

FC 90-180

FR 60-90

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262
Q

O fígado costuma ser palpável até… abaixo
da margem costal. O sistema… não está completamente maduro, dando origem à icterícia fisiológica do RN (início com… e pico no… dia, desaparecendo no final da…). O baço geralmente não é palpável.

A

2 cm

glicuroniltransferase

48h

Teerceiro

primeira semana

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263
Q

O mecônio pode ser eliminado
logo após o nascimento, mas sua eliminação
ocorre geralmente entre… (deve
ser eliminado antes de…).

A

10 e 12 horas

24h

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264
Q

Nos bebês a termo, o cotovelo não alcança o
esterno na adução passiva do braço (“sinal do…”) e o ângulo poplíteo é < 90º quando
se tentada a flexão forçada sobre o tronco

A

cachecol

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265
Q

Descreva o reflexo de Monroe (do abraço)

A

Descrição: Na posição supina (tronco para
cima), eleva-se o bebê pelo tronco acima do
plano da mesa e repentinamente o solta, apoiando-
o em seguida para que não caia. O objetivo
é produzir uma extensão rápida do pescoço e
cabeça. Obtemos a abdução seguida da adução
e flexão das extremidades superiores, flexão do
pescoço e choro.

Aparecimento: 28-32 semanas de idade gestacional.

Desaparecimento: Aos quatro meses ele desaparece
em sua forma “típica” ou completa,
conforme descrevemos. Aos seis meses desaparece
definitivamente.

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266
Q

Descrição: O bebê na posição supina sofre uma
rotação da cabeça para um lado por 15 segundos.
A resposta esperada é a extensão das extremidades
do lado do queixo e flexão das
extremidades do lado occipital.

Aparecimento: 35 semanas de idade gestacional.

Desaparecimento: aos 3-4 meses pós-natais.

A

Reflexo Tônico Cervical Assimétrico
(Magnus de Kleijn)

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267
Q

Descreva o reflexo da preensão palmar

A

Descrição: Na posição supina, o examinador
coloca o dedo na face palmar do bebê. A resposta
esperada é a flexão dos dedos e o fechamento
da mão.

Aparecimento: 28-32 semanas de idade gestacional.

Desaparecimento: aos 3-4 meses pós-natais.

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268
Q

Descreva o reflexo da preensão plantar

A

Descrição: Na posição supina, o examinador
comprime o seu polegar sobre a face plantar,
abaixo dos dedos. A resposta é a flexão dos
dedos do pé.

Desaparecimento: Aos 15 meses.

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269
Q

Descrição: Coloca-se o bebê em prona, com o
tronco apoiado sobre o braço do examinador.
Com o dedo da mão contralateral, estimula-se
a pele do dorso, fazendo um movimento linear
vertical que parte do ombro até as nádegas a
cerca de 2 cm da coluna. A resposta esperada
é a flexão do tronco, com a concavidade virada
para o lado estimulado.

Desaparecimento: Aos quatro meses.

A

Reflexo de Galant

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270
Q

Descrição: Na posição supina, pressiona-se a
pele acima do púbis com os dedos. A resposta
esperada é a extensão de ambos os membros
inferiores, com rotação interna e adução da articulação coxofemoral.

Desaparecimento: 1 mês

A

Reflexo do Extensor Suprapúbico

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271
Q

Descrição: O bebê é colocado em posição
supina e uma das extremidades inferiores é
submetida à flexão passiva. A resposta esperada
é a extensão do membro inferior contralateral
com adução e rotação interna da coxa.

Desaparecimento: Após seis semanas (um mês
e meio).

A

Reflexo doo extensor cruzado

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272
Q

Descrição: Na posição supina, percute-se duas
a quatro vezes a superfície plantar. A resposta
é a flexão dos dedos.
Desaparecimento: Um mês.

A

Reflexo de Rossolimo

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273
Q

Descreva o reflexo do calcanhar

A

Descrição: Na posição supina, percute-se o
calcanhar do bebê estando ele com o membro
examinado em flexão de quadril e joelho, e
tornozelo em posição neutra. A resposta é a
extensão do membro inferior estudado.

Desaparecimento: Em três semanas

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274
Q

Descrição: Com uma das mãos suspendemos
o lactente pela superfície ventral. Com a outra
mão flexionamos a cabeça rapidamente, e todo
o corpo entra em flexão.

Aparecimento e Desaparecimento: Surge aos
três meses e desaparece ao final do segundo ano.

A

Reflexo de Landau

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275
Q

Descrição: Pressionamos a mão do lactente e
o que verificamos é a abertura da boca.

A

Reflexo de Babkin

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276
Q

Descreva o reflexo da sucção

A

Descrição: Ao tocar os lábios de um lactente com
o cotonete, verificamos movimentos de sucção.

Desaparecimento: Em vigília aos três meses
e durante o sono com seis meses.

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277
Q

Descrição: Ao tocarmos suavemente a bochecha
do lactente, ele roda o pescoço em direção
ao lado estimulado e abre a boca.

A

Reflexo da procura

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278
Q

Descrição: Ao tocarmos a língua do lactente
com uma colher, por exemplo, ele faz movimentos
de protrusão da mesma.

Desaparecimento: Por volta dos dois meses.
Sua permanência por um período maior que este
deve levantar a suspeita de paralisia cerebral.

A

Reflexo da expulsão

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279
Q

Descrição: Segura-se o lactente pela região
ventral e o aproxima da mesa de exame bruscamente,
para dar-lhe a impressão de que está
caindo. A resposta esperada é a de que a criança
estenda os braços e abra as mãos na tentativa
de proteger-se.

Aparecimento: Surge aos 8-9 meses e permanece
toda a vida.

A

Reflexo do paraquedista

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280
Q

Nos RN a termo, uma secreção mamária semelhante a colostro (“leite de bruxa”) pode aparecer, sem significado patológico.
V ou F

A

V

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281
Q

Descreva as manobras de Barlow e Ortolani

A

são utilizadas para avaliação e diagnóstico da displasia
de quadril.

A manobra de Barlow é utilizada para induzir um deslocamento em quadris instáveis; o examinador segura as coxas do bebê apoiando seu polegar na virilha e o 4º e 5º dedos no grande trocanter femoral; gentilmente, com a coxa em adução, imprime uma força para trás na tentativa de induzir o deslocamento.

A manobra de Ortolani é exatamente oposta, ou
seja, é realizada para reduzir a cabeça femoral deslocada. As mãos do examinador ficam na mesma posição, mas agora o movimento passivo realizado é a abdução da coxa com tração para frente do grande trocanter.

Dizemos que a manobra é positiva quando sentimos na mão um “clique” do quadril.

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282
Q

Quando as manobras de Barlow e Ortolani deixam dúvida, qual o exame a ser realizado?

A

USG da articulação

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283
Q

As refeições por sucção estão contraindicadas
caso o RN apresente:

A
  • peso inferior a 1.500 g ao nascimento
  • idade gestacional inferior a 34 semanas
  • evidências de doença grave (nestes casos a coordenação sucção-deglutição-respiração é ineficaz e o risco de broncoaspiração aumenta).
  • Desconforto respiratório (taquipneia e dispneia)

Nestes casos, o alimento poderá ser fornecido através de sonda orogástrica com fluxo por gavagem (descida do leite na seringa por ação da gravidade) ou
através de bombas de infusão que controlam
a velocidade de fluxo

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284
Q

Indicações de dieta parenteral em RNs

A
  • RN com menos de 1.500 g (em associação a uma
    dieta trófica enteral mínima)
  • RNs que apresentam alguma condição gastrointestinal que contraindique o uso de dieta enteral, como, por exemplo:
    1) Enterocolite Necrosante (ECN);
    2) Íleo paralítico;
    3) Sinais de qualquer doença intestinal; e
    4) Probabilidade de uso de indometacina para tratamento de canal arterial, pois sabemos que esta medicação é fator de risco para o desenvolvimento
    de ECN.
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285
Q

TTO da PCA

A

O tratamento é feito com
restrição hídrica, furosemida, indometacina
ou fechamento cirúrgico.

Não se recomenda indometacina profilática para os bebês < 1.000 g, pois, apesar de esta medida reduzir
a taxa de incidência de canal aberto e a
necessidade de ligação cirúrgica, não se
verificou a longo prazo benefícios ao sistema
neurológico e respiratório.

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286
Q

A fototerapia profilática é iniciada para todos
os bebês com menos de 1.000 g nas primeiras
24 horas de vida, independente dos níveis
de bilirrubina.
V ou F’

A

V

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287
Q

70% dos neonatos com síndrome de insuficiência placentária são pós-termo.
V ou F

A

F
20%

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288
Q

Os pós-maturos têm morbidade neonatal aumentada
devido à

A
  • Asfixia
  • Síndrome de Aspiração do Mecônio (SAM)
  • Hipertensão pulmonar persistente
  • Hipoglicemia
  • Hipocalcemia
  • Policitemia
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289
Q

O RN PIG a termo é um RN de alto risco, sendo seu manejo semelhantes ao do prematuro,
incluindo a incubadora nos RN instáveis, reposição
de glicose, maior aporte hídrico, nutrição
enteral ou parenteral se necessário
V ou F

A

V

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290
Q

Descreva a Paralisia de Erb-Duchenne

A

O RN não consegue
de forma alguma abduzir o membro
superior no ombro, girar lateralmente o membro
superior e supinar o antebraço. O quadro
clínico apresenta-se com adução indolor, rotação
interna do membro superior e pronação
do antebraço. É ocasionado por lesão de quinto
e sexto nervos cervicais. A paralisia do frênico
(C3-4-5) pode acompanhar a clínica e
produzir dificuldade respiratória. O reflexo de
Moro está ausente no lado afetado. A preensão
palmar está preservada, a menos que a parte
inferior do plexo esteja comprometida

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291
Q

Descreva a Paralisia de Klumpke

A

Observamos paralisia da mão.
Em caso de acometimento do plexo
simpático, o RN pode apresentar síndrome
de Horner homolateral à lesão. É ocasionada
por lesão do sétimo e oitavo nervos cervicais
e do primeiro nervo torácico. A preensão palmar
está ausente no lado afetado.

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292
Q

Descreva a Paralisia Facial Periférica

A

Observamos que um hemilado da face não apresenta contração palpebral ou elevação do ângulo da
boca. Ocorre geralmente (90% dos casos)
no parto a fórcipe, resultando da compressão
do nervo pela colher do instrumento. O prognóstico
é bom com recuperação completa
em 90% dos casos.

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293
Q

É de ocorrência neonatal bastante rara, estando relacionada a um grande céfalo-hematoma e fratura óssea. Geralmente resulta da ruptura de uma artéria
meníngea. Na Tomografia Computadorizada
de Crânio (TCC) aparece como uma imagem
hiperdensa e convexa. A maioria dos casos
resolve-se espontaneamente.

A

Hemorragia epidural

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294
Q

A fonte de sangramento são as pequenas veias que atravessam o espaço leptomeníngeo (bastante diferente dos adultos, cuja hemorragia deriva da ruptura de grandes vasos). Clinicamente, também
se apresenta com convulsões, alterações do
estado mental e sinais neurológicos focais. A
TCC é um excelente exame; entretanto, a RNM
de encéfalo, quando disponível, deverá ser empregada
pela capacidade de identificar lesões
compatíveis com injúria hipóxico-isquêmica e
meningoencefalite que possam eventualmente
estar relacionadas à hemorragia.

A

Hemorragia subaracnoide

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295
Q

Ocorre por lesão nas veias de drenagem
ou nos seios venosos da dura-máter, principalmente
localizadas no tentório cerebelar e falce cerebral. Quando a localização é infratentorial,
pode haver compressão de tronco e
desenvolvimento de rigidez de nuca, opistótono,
redução do nível de consciência e apneia.
O aumento da pressão intracraniana pode
resultar em abaulamento de fontanela e separação
de suturas. Caso o sangramento seja de
vulto, sobrevêm a hipovolemia e anemia. As
convulsões são comuns principalmente se o
sangramento for perto do córtex. A imagem
na TCC é caracterizada por uma área hiperdensa
em forma de crescente. O tratamento é
feito através do controle das convulsões, reposição
volêmica e transfusão de hemoderivados.
Sangramentos volumosos implicam na
realização de testes de coagulação e avaliação
para sepse neonatal. A drenagem cirúrgica
faz-se necessária sempre que houver sintomas
neurológicos graves e evolução para hidrocefalia.
Felizmente, a maioria dos casos se resolve
espontaneamente, o prognóstico é bom,
sem sequelas neurológicas futuras

A

Hemorragia subdural

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296
Q

defeito do 4º arco branquial e 3ª e 4ª bolsas faríngeas que levam a hipoplasia/aplasia de timo, paratireoides,
defeitos do arco aórtico e hipoplasia de mandíbula.
Pode pode ser causada por deleções na região cromossômica 22q11.2 ou no 10p13

A

Sequência de DiGeorge

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297
Q

ocorre a partir do hipodesenvolvimento
do arco mandibular, levando a alteração de
língua (glossoptose com obstrução de vias
aéreas) e fenda palatina

A

Sequência de Pierre-Robin

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298
Q

Descreva a sequência de Potter

A

displasia renal levando a oligodramnia,
compressão facial, pé torto e hipodesenvolvimento
pulmonar

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299
Q

Descreva a sequência da holoprosencefalia

A

falha no desenvolvimento do prosencéfalo,
acarretando hipodesenvolvimento de
face, hipotelorismo ocular, fenda labiopalatina
e incisivo central único.

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300
Q

O que é uma associação no contexto das malformações congênitas

A

são várias anomalias que ocorrem
juntas, mais do que numa frequência
esperada pelo acaso, mas que não possuem
uma etiologia única conhecida.

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301
Q

Descreva a associação VACTREL e MURCS

A

Na associação VACTERL encontram-se anomalias em vértebras + ânus + coração + fístula traqueoesofágica + rins + membros,

Na associação MURCS encontram-se aplasia de ducto mülleriano + aplasia renal + displasia de somitos cervicotorácicos.

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302
Q

Hipotonia, excesso de pele na nuca e dorso,
braquicefalia, fissuras palpebrais oblíquas,
prega palmar única (simiesca), clinodactilia
do 5º dedo, cardiopatia (defeito septal AV,
CIV, CIA), displasia de quadril.

A

Trissomia do 21 (Síndrome de Down):

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303
Q

holoprosencefalia, surdez, microcefalia com fontanelas
e suturas amplas, microftalmia, fenda
labiopalatina, defeitos cutâneos do escalpe na
região parietoccipital, cardiopatia (CIV, PCA).

A

Trissomia do 13 (Síndrome de Patau):

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304
Q

occipital proeminente, fronte estreita, orelhas
baixo implantadas, fissuras palpebrais pequenas,
mãos fechadas com o dedo indicador em
cima do 3º, e o 5º dedo em cima do 4º dedo,
tórax estreito, pelve estreita com limitação da
abdução de quadril, cútis marmorata, criptorquidismo,
cardiopatia congênita (CIV, canal
arterial patente).

A

Trissomia do 18 (Síndrome de Edwards)

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305
Q

crescimento intrauterino restrito, microcefalia,
atraso do desenvolvimento, anomalias faciais
(hipoplasia maxilar, nariz curto, filtro
longo com lábio superior fino), anomalias
de comportamento e cardiopatias.

A

Álcool (Síndrome do Álcool Fetal):

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306
Q

microtia, assimetria facial, e cardiopatia
congênita (ex.: transposição dos grandes
vasos, tetralogia de Fallot).

A

Isotretinoína (Embriopatia pelo ácido retinoico)

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307
Q

Deformação X Disrupção X displasia X malformação

A

 Deformação: forças mecânicas intrauterinas
que causam uma alteração na forma de uma
estrutura ou órgão. Exemplo: útero bicorno
ou oligodramnia levando a deslocamento de
quadril, deformidades de membros…

 Disrupção: forças mecânicas intrauterinas
que causam uma destruição de uma estrutura
já formada, pele, músculos e ossos. Exemplo:
bandas amnióticas levando à amputação de
dedos ou de todo o membro

 Displasia: são anomalias resultantes de defeitos
enzimáticos ou de síntese de proteínas
intracelulares que levam à desorganização
estrutural do tecido, e que ao longo do tempo
vão provocar alterações dismórficas. São
exemplos, as displasias esqueléticas e displasias
ectodérmicas (dentes, unhas, cabelos).

 Malformação: decorre de um erro/etiologia
específica (genético, cromossômico, infecção,
drogas, doenças maternas) durante a embriogênese,
afetando uma única estrutura anatômica
ou vários sistemas.

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308
Q

Malformações mneores vs maiores

A
  • Malformações menores:
    são defeitos anatômicos que não comprometem a função, e podem ser herdados
    de modo autossômico dominante, por
    exemplo: dedos extranumerários, apêndices
    auriculares, microglossia, fenda labial, fenda
    palatina, micrognatia, manchas café com leite
    e pé torto congênito. A presença de mais
    de três malformações menores sinaliza uma
    síndrome, e indica a procura por uma malformação
    maior.
  • Malformações maiores:
    são anomalias em órgãos vitais, que comprometem
    o funcionamento e a sobrevida, como por
    exemplo: defeitos de SNC (ex.: anencefalia,
    holoprosencefalia), cardiopatias congênitas,
    agenesia renal. Sua presença sinaliza a presença
    de uma síndrome.
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309
Q

Descrição geral dos defeitos do fechamento do rubo neural

A

são decorrentes de falha no fechamento do tubo neural entre a 3º e a 4º semana de gestação. Esta “falha” de fechamento permite que substâncias secretadas pelo feto sejam encontradas no líquido amniótico, como a alfafetoproteína e a acetilcolinesterase – os quais servem como biomarcadores da malformação. São exemplos de DTN: anencefalia, encefalocele, mielomeningocele,
meningocele, espinha bífida oculta, sinus dermal,
medula ancorada, síndrome de regressão caudal, siringomielia, diastematomielia e lipoma
de cone medular.

As causas precisas dos DTN não são conhecidas, mas alguns fatores podem ter participação, tais como: hipertermia, ácido valproico, desnutrição materna, obesidade, diabetes mellitus e causas genéticas (mutações das vias enzimáticas relacionadas ao ácido fólico)

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310
Q

defeito no qual o cone medular está abaixo de L2 (geralmente termina em L1) e,
quando existe qualquer fixação desta estrutura,
as raízes e nervos são “estirados”.
Clinicamente, podem ser observados:
síndrome neuro-ortopédica (um dos pés é
menor, tem o arco plantar mais arqueado, e
atrofia de panturrilha), incontinência urinária,
fecal, fraqueza muscular e dor lombar

A

Medula ancorada

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311
Q

é a distensão cística do canal
central da medula, muitas vezes associadas
à malformação de Chiari I e II. Apresenta
sinais clínicos muito tardios, geralmente
com diminuição de sensibilidade em ombros
(distribuição em “capa”) associada à
fraqueza de membros superiores.

A

Siringomielia

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312
Q

pode resultar apenas
numa fusão dos corpos vertebrais da região
lombossacra, sem nenhuma anormalidade de
medula, meninges e nervos. Outras vezes,
pode haver sobre a pele, algumas alterações
como dimples atípicos (profundos, > 5 mm),
hemangiomas, lipomas, tufo de cabelos, sinus
dermal (abertura na pele por onde sai um
conduto estreito que se comunica com a duramáter,
localizado na região occipital ou lombossacra
e associado a meningites de repetição)
que podem denunciar a presença de
outros defeitos como medula ancorada, siringomielia
e diastematomielia.

A

Espinha bífida oculta

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313
Q

é um defeito raro caracterizado
pela divisão da medula nervosa em
duas metades. Podem ser observados desde
pacientes assintomáticos, até aqueles com
moderada atrofia de panturrilha unilateral e
arco plantar arqueado. Alguns casos estão
associados ao ancoramento da medula, e
pode-se observar disfunções de cólon e bexiga
no futuro.

A

Diastematomielia

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314
Q

é a herniação das meninges
através de um defeito de fechamento do arco
vertebral posterior, estando a medula em sua
posição original. Muitas vezes, o defeito é
recoberto por pele. É, entretanto, necessário
investigar a medula com exames de imagem,
pois pode haver associação com medula ancorada,
siringomielia e diastematomielia

A

Meningocele

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315
Q

é a forma mais grave de
disrafismo espinhal, na qual observa-se herniação
de medula e meninges através da
coluna, e chega a afetar 1:4.000 nascidos
vivos. A etiologia exata é desconhecida, mas
parece haver participação genética, pois o
risco de recorrência após um filho afetado é
de 3 a 4%. O ácido fólico é intrinsecamente
envolvido com a prevenção dos defeitos de
tubo neural e seu uso no período periconcepcional
reduz o risco em até 50%. Pode localizar-se em qualquer ponto do neuroeixo, mais frequentemente em região lombossacra (75%).

Clinicamente, pode afetar o esqueleto, sistema
nervoso central, sistema nervoso periférico
e tratos gastrointestinal e geniturinário. Se
a lesão for sacral baixa, haverá anestesia do
períneo, incontinência fecal e urinária, sem
deficit motor, mas se estiver localizada em
região lombar média ou na transição toracolombar
observar-se-á paralisia flácida dos
membros inferiores, anestesia, deformidades
em membros inferiores (ex.: pé torto, displasia
de quadril), além das disfunções para
controle vesical e retal.

A

Mielomeningocele

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316
Q

saco que possui elementos
nervosos em seu interior (ex.: córtex cerebral,
cerebelo, porções do tronco).Pode podem estar localizadaa na região occipital
(mais frequentemente), na região frontal
ou frontonasal. Existe um risco aumentado
de desenvolvimento de hidrocefalia em
função da associação com outros defeitos,
tais como estenose de Aqueduto de Sylvius,
malformação de Dandy-Walker e malformação
de Chiari. Também pode fazer parte de uma síndrome, como na Sd. de Meckel-Gruber: … +
microcefalia + microftalmia + fenda labial/
palatina + rins policísticos + anomalias genitais
+ polidactilia.

A

Encefalocele

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317
Q

O que originam o prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo?

A

Prosencéfalo: telencéfalo e diencéfalo

Mesencéfalo: mesencéfalo

Rombencéfalo: metencéfalo (ponte + cerebelo) e mielencéfalo (bulbo)

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318
Q

agenesia de corpo caloso, coloboma
de retina/lacunas coriorretinianas, espasmos
infantis (hemi-hipsarritmia), retardo mental
grave e hemivértebras.

A

Síndrome de Aicardi

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319
Q

é uma anomalia caracterizada
pela presença de no mínimo dois
dos seguintes achados: hipoplasia de nervos
ópticos, ausência de septo pelúcido/corpo
caloso e anomalia de hipófise. Outras anomalias
de encéfalo como polimicrogiria e esquizencefalia,
e anomalias de face como fenda
labiopalatina podem estar presentes. Clinicamente,
poderão ser observados: nistagmo,
desordens endocrinológicas secundárias às
deficiências hormonais hipofisárias com hipoglicemia,
hipotireoidismo, hipogonadismo
hipogonadotrófico (microfalo e criptorquidia),
deficit de crescimento (GH), diabetes
insipidus (ADH) e deficit de termorregulação.

A

Displasia septo-óptica

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320
Q

Discorra sobre a malformação de Chiari

A

Conforme a descrição de Chiari:
- o tipo I consiste no deslocamento caudal das
amígdalas cerebelares através do forâmen magno;

  • o tipo II, na herniação das amígdalas, verme cerebelar, IV ventrículo e porção inferior do bulbo, através do forâmen occipital;
  • o tipo III na herniação do cerebelo e tronco encefálico dentro de uma meningocele cervical alta sendo que,
  • No tipo IV, há hipoplasia cerebelar sem herniação

− Chiari I: herniação das tonsilas cerebelares
através do forame magno. Está frequentemente
associada a siringomielia. Manifesta-
-se na adolescência com cefaleia e sinais
cerebelares.
− Chiari II (Malformação de Arnold-Chiari):
herniação das tonsilas cerebelares através
do forame magno. Está associada a 100%
das disrafias espinhais. Manifesta-se clinicamente
com hidrocefalia e sinais de compressão
da medula.

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321
Q

é a malformação
congênita mais comum do cerebelo,
afetando 1:5.000 nascidos vivos. Caracteriza-
-se por hipoplasia/agenesia do verme cerebelar,
deslocamento superior da tórcula e tentório tentório
e dilatação cística do IV ventrículo. Frequentemente
está associada à hidrocefalia supratentorial. Clinicamente há grande variabilidade.
Cerca de metade dos pacientes tem
cognição normal, enquanto outros apresentam
deficit intelectual grave. Outros defeitos sistêmicos
poderão estar associados: cardiopatias
(CIV, PCA, TGA), anomalias urogenitais,
atresia duodenal, fenda palatina, etc.

A

Malformação de Dandy-Walker

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322
Q

1/3 dos pacientes com atresia duodenal apresentam trissomia do 21
V ou f

A

V

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323
Q

O neonato apresenta sinais logo após o nascimento,
com salivação, tosse, engasgos, dificuldades
respiratórias e cianose. A tentativa de
alimentação piora os sintomas, e pode levar à
broncoaspiração e à pneumonite química. No
período gestacional pode haver polidrâmnio

A

Atresia esofágica

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324
Q

Clinicamente, o neonato apresenta vômitos
biliosos SEM distensão abdominal nas primeiras
24 horas de vida. O diagnóstico é
feito pelo sinal da dupla bolha na radiografia
de abdome

A

Atresia duodenal

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325
Q

Nas atresias duodenais, outras anomalias congênitas são frequentes -cardiopatias congênitas (30%), má rotação (20- 30%), pâncreas anular (30%)…; Nas atresias jejunoileais, por outro lado, não se observa frequentemente outras anomalias extraintestinais.
V ou F

A

V

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326
Q

Medula ancorada: ocorre em 25% dos pacientes
com malformações anorretais.
V ou F

A

V

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327
Q

resulta de um septo ósseo
(90%) uni ou bilateral ou membranoso (10%)
entre o nariz e a faringe. Tem uma frequência
aproximada de 1:7.000 nascidos vivos e, em
cerca de 50-70% dos casos, existem outras
anomalias associadas, tal como na síndrome
CHARGE (Coloboma, Cardiopatia, Atresia
de coanas, Retardo do crescimento/desenvolvimento
puberal e neurológico, e Surdez/
anomalias auriculares).

Se for bilateral, o neonato
desenvolverá insuficiência respiratória logo
após o nascimento, e haverá incapacidade de
progredir a sonda através das narinas por 3-4
cm. É necessária a intubação orotraqueal para
garantir a perviedade das vias aéreas até a
correção cirúrgica.

A

Atresia de coanas

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328
Q

A hérnia diafragmática é mais frequente em meninos
V ou F

A

F
É mais em meninas (2:1)

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329
Q

Por que prematuros apresentam incidência aumentada de PCA?

A

A alta incidência de PCA nos prematuros se
deve a fatores como: 1) hipóxia associada principalmente
à doença da membrana hialina e
outros distúrbios respiratórios;

2) menor capacidade
de resposta ao fechamento induzido pelo
oxigênio pela imaturidade do sistema;

3) o ducto arterioso dos prematuros continua a se
dilatar em resposta à PGE2 e NO (Óxido Nítrico),
ao contrário dos RN a termo, que perdem
esta capacidade de resposta logo após o nascimento.

Além disso, nos prematuros pode haver
um fechamento do canal precoce e espontâneo,
e reabertura dias depois, com repercussões
respiratórias e hemodinâmicas

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330
Q

Quadro clínico da PCA

A

Com o aumento do fluxo sanguíneo no leito
vascular pulmonar ocorre a formação de edema
intersticial e piora da mecânica ventilatória,
maior risco de hemorragia pulmonar e broncodisplasia.
Além disso, com o shunt esquerda-
-direita, o fluxo sistêmico fica reduzido apesar
da tentativa de aumento compensatório do
débito cardíaco pelo aumento da contratilidade
de VE. Este “roubo” de fluxo da circulação
sistêmica atinge principalmente órgãos como
cérebro, trato gastrointestinal, rins, fígado e
baço, explicando parcialmente a maior incidência
de enterocolite necrosante e hemorragia
intraventricular nestes pacientes

Ao exame físico, verificam-se sinais
como:
1) precórdio hiperdinâmico;
2) sopro sistólico ou sistodiastólico (em “maquinária”)
na região infraclavicular e paraesternal esquerda;
3) pulsos periféricos amplos;
4) pressão de pulso elevada (> 25 mmHg).

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331
Q

O ecocardiograma com Doppler é o exame
padrão-ouro para o diagnóstico de PCA e possui também a importante função de afastar outras lesões
que mimetizam um quadro clínico semelhante
(ex.: fístula arteriovenosa e janela aortopulmonar).
O diâmetro transverso, > 1.5 mm,
revela um canal clinicamente significante, com
grande risco de provocar sintomas de hipoperfusão
sistêmica.
V ou F

A

V

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332
Q

Contraindicações ao uso de indometacina para ttto de PCA

A
  • trombocitopenia (< 50.000)
  • sangramentos,
  • oligúria (< 1 ml/kg/hora)
  • enterocolite necrosante
  • perfuração intestinal
  • creatinina > 1,8 mg/dl.
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333
Q

O ibuprofeno mostrou ter eficácia similar à
indometacina para fechamento do canal, apresentando
uma menor incidência de efeitos
deletérios sobre a função tubular renal e o
fluxo esplâncnico. Contudo, aumentou o risco
de hipertensão pulmonar e broncodisplasia.
V ou F

A

V

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334
Q

Indicações ligadura para tto do PCA e possíveis complicações

A

1) a não resposta ao curso de indometacina em
duas ocasiões

2) naqueles bebês que exibem
alguma contraindicação ao uso do fármaco.

Os principais riscos associados ao
procedimento são: síndrome de Horner, infecção,
hemorragia, quilotórax e pneumotórax.

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335
Q

Amina vasoativa de escolha para tto do choque em RN

A

Dopamina

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336
Q

Afecção neurológica mais comum
no período neonatal

A

A Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica Neonatal
(EHIN)

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337
Q

A EHI deve ser suspeitada sempre que houver
sinais/sintomas compatíveis adicionados de evidências
como:

A

1) Apgar = 3 no 5º minuto;
2) FR fetal < 60 bpm;
3) Acidose neonatal > 1 hora após o nascimento;
4) Convulsões nas primeiras 24-48 horas de vida;
5) EEG com padrão de surto-supressão;
6) Necessidade de ventilação com pressão
positiva por mais de um minuto ou primeiro
choro atrasado por mais de cinco minutos.

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338
Q

O quadro clínico motor característico da Leucomalácia Periventricular é

A

a paralisia cerebral, forma diplégica espástica ou síndrome de Litlle.

A forma diplégica espástica caracteriza-se
por sinais piramidais (paresia, espasticidade e
hiper-reflexia) mais exuberantes nos membros
inferiores. Tal achado clínico é justificado pela
anatomopatologia da LP, localizado preferencialmente
na cápsula interna, próximo ao feixe
piramidal responsável pela motricidade dos
membros inferiores.

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339
Q

caracterizada por graus variados de necrose
de mucosa e/ou de parede intestinal. O segmento
acometido pode exibir acúmulo de gás
na parede intestinal (pneumatose intestinal),
podendo evoluir para perfuração, peritonite e
sepse. Os fatores de risco mais importantes para
o desenvolvimento da doença são a asfixia perinatal
e a prematuridade

A

Enterocolite necrotizante

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340
Q

Locais mais frequentes de enterocolite necrotizante

A

O íleo distal e cólon ascendente proximal são
os locais onde preferencialmente ocorre a ECN

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341
Q

A displasia de quadril é encontrada em 1-1,5
de cada 1.000 nascidos vivos, preferencialmente
no sexo… havendo história
familiar positiva em 12 a 33% dos casos.
O lado mais afetado é o…

A

feminino (80%)

Esquerdo

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342
Q

Os limites inferiores da normalidade para a glicemia
sérica no RN

A
  • 28 mg/dl ( com 1-2 horas de vida – nadir fisiológico), - - 40 mg/dl (3 a 23 horas),
  • 41 mg/dl (24 a 47 horas)
  • 48 mg/dl (48-72 horas).
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343
Q

Cite causas de hipoglicemia hiperinsulinêmicas (categoria I) no RN

A

 Filho de mãe diabética.
 Eritroblastose fetal.
 RN GIG de mãe obesa.
 Hiperinsulinemia esporádica ou familiar.
 Síndrome de Beckwith-Wiedemann (macrossomia, macroglossia, onfalocele, visceromegalia).

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344
Q

Cite causas de Hipoglicemia Secundária a
Aumento da Demanda Metabólica ( Categoria II) no RN

A

 Hemorragia Intracraniana (HIC), asfixia,
malformações do SNC, encefalopatia bilirrubínica.
 Relacionada à infecção: sepse.
 Cardiopatia congênita cianótica; policitemia
(elevado consumo pela massa eritrocitária),
hiperviscosidade
 Relacionada à cessação abrupta da infusão
venosa de glicose.
 Relacionada à hipotermia e jejum

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345
Q

Cite causas de Hipoglicemia por Redução das Reservas (categoria III) no RN

A

 RN PIG.
 RN PT (pré termo).
 Gêmeos discordantes.

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346
Q

Cite causas de Hipoglicemia por Defeito Genético ou Metabólicos Primários (categoria IV) no RN

A

 Deficiências enzimáticas (glicogenoses,
galactosemia, tirosinemia, deficiência de
glicogênio sintetase, doença do xarope de
bordo).
 Intolerância à frutose, acidemia metilmalônica
e propiônica.

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347
Q

Sinais e sintomas da hipoglicemia no RN

A

○ tremores; reflexo de Moro exacerbado
○ irritabilidade, letargia
○ sucção débil
○ taquipneia
○ cianose
○ hipotermia

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348
Q

Quais condições deverão ser rastreadas para
hipoglicemia?

A

○ PIG
○ GIG
○ Gemelar discordante: peso 10% inferior ao do gêmeo maior
○ Baixo peso de nascimento
○ Filho de mãe diabética
○ Hipotermia
○ Policetemia (> 70%)
○ Eritroblastose fetal
○ Síndrome de Backwith-Wiedemann
○ Micropênis ou defeito de linha média
○ Suspeita de infecção
○ Desconforto respiratório

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349
Q

A hiperglicemia no RN, na grande maioria das vezes,
ocorre por….
Consideramos hiperglicemia valores de glicemia no plasma acima de…, ou no sangue total acima de

A

iatrogenia

150 mg/dl

125 mg/dl.

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350
Q

Fatores de risco para a hipocalcemia neonatal precoce

A

 Prematuridade (imaturidade do controle
metabólico e baixa oferta de cálcio através
do leite).

 Asfixia (induzindo produção de cortisol
atuando como hipocalcemiante direto e a
liberação de catecolaminas que aumentam
o nível de calcitonina).

 Diabetes materno (maior probabilidade de
nascimento prematuro e de asfixia neonatal,
além da possível associação à hipomagnesemia).

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351
Q

Esta variedade de hipocalcemia ocorre cinco
a sete dias após o nascimento e encontra-se
associada à hiperfosfatemia tendo como apresentação
clínica a tetania. As principais causas são:
 Uso de fórmulas artificiais (com concentração
elevada de fosfato), pouco frequente
nos dias de hoje.
 Imaturidade da função renal (principalmente
a baixa taxa de filtração glomerular) e
paratireoides (retendo fósforo).

A

HIPOCALCEMIA NEONATAL TARDIA OU
TETANIA CLÁSSICA NEONATAL

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352
Q

Nos RNs com sódio abaixo de 120 mEq/l, como
a reposição deverá ser feita?

A

mEq Na = (Na desejado - Na encontrado) X peso X 0,6

Na desejado = 125 mEq/L

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353
Q

Em casos de desidratação hiponatrêmica, com
nível de sódio maior do que 120 mEq/l, o esquema
de correção deverá ser feito com…

Caso o paciente apresente nível inferior
a 120 mEq/l, devemos repor a quantidade
de sódio de acordo com a fórmula, utilizando…

A

soro fisiológico e soro glicosado a 5% em partes
iguais, no volume correspondente ao deficit
avaliado

salina a 3%.

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354
Q

Em neonatos filhos de mães com DM que
desenvolvem a Síndrome de
hiperexcitabilidade (tremores, choro,
abalos) nas PRIMEIRAS 72 horas de vida, a Causa mais comum é

A

HIPOGLICEMIA

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355
Q

Em neonatos filhos de mães com DM que
desenvolvem a Síndrome de hiperexcitabilidade (tremores, choro, abalos) APÓS 72 horas de vida, a causa mais comum é

A

HIPOCALCEMIA

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356
Q

Malformações cardíacas mais comuns nos RNs filhos de mães diabéticas

A
  • Comunicação Interventricular (CIV) e Interatrial (CIA)
  • transposição de grandes vasos
  • truncus arteriosus
  • dupla via de saída de VD
  • atresia tricúspide
  • coarctação de aorta.
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357
Q

As principais malformações gerais em filhos de mães diabéticas são:

A

1) cardíacas (já descritas em tópico anterior)
2) agenesia lombossacra;
3) defeitos de tubo neural;
4) hidronefrose, agenesia/displasia renal;
5) atresia anorretal ou duodenal;
6) situs inverso

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358
Q

Como fazer o controle da glicemia nos RNs filhos de mãe diabéticas? Qual o valor ideal de gliemia?

A

30 minutos após a primeira dieta, e horária nas três primeiras horas de vida.

O valor ideal da glicemia capilar é ≥ 45 mg/dl antes da dieta.

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359
Q

Como realizar o tto da hipoglicemia

A
  • Se glicemia < 40 mg/dl + sintomas OU < 30 mg/dl sem sintomas iniciar dieta (leite materno, ou fórmula infantil de partida, por sucção ou gavagem).
  • Se a glicemia capilar for < 25 mg/dl nas quatro primeiras horas de vida ou < 35 nas primeiras 24 horas
    de vida, iniciar bolus de glicose 10% 2 ml/kg
    EV e manutenção com hidratação venosa com
    soro glicosado 10% (4-8 mg/kg/min).
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360
Q

Nas crianças com 34 ou mais semanas, a VPP inicial é feita em ar ambiente; já naquelas com menos de 34 semanas, é feita com concentração de oxigênio de 30%
V ou F

A

V

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361
Q

Na deficiência de G6PD,
o indivíduo irá desenvolver hemólise e anemia quando
exposto a algum estresse oxidativo, como acidose,
hipoglicemia, infecção ou exposição a algumas drogas,
como a naftalina. O mais comum é que a icterícia se
manifeste a partir do 2o ou 3o dia de vida, como nesse
caso. O diagnóstico é confirmado pela dosagem de
G6PD e, na avaliação do sangue periférico, podemos
identificar os corpúsculos de Heinz
V ou F

A

V

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362
Q

Em RN com sífilis, dor à movimentação ativa ou passiva dos membros e, devido a esta dor, há irritabilidade e imobilidade, principalmente do
membro superior

A

pseudoparalisia de Parrot

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363
Q

dificuldades de pega/posicionamento ao seio materno, atraso na apojadura, perda de peso > 10% antes de 7 dias de vida e aumento da bilirrubina indireta

A

ICTERÍCIA DA AMAMENTAÇÃO DE FORMA
PRECOCE

(com a menor ingesta de leite, há redução da eliminação de mecônio e aumento do ciclo entero-hepático da bilirrubina).

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364
Q

Há indicação de profilaxia para a infecção pelo vírus sincicial respiratório em RNs com displasia broncopulmonar.

Essas crianças representam uma população de maior risco para a infecção por esse agente e, desta maneira, são candidatas ao uso do palivizumabe nos dois primeiros anos de vida, caso tenham necessitado de terapia nos seis meses que antecederam o início da sazonalidade.
profilaxia
para a infecção pelo vírus sincicial respiratório. Essas
crianças representam uma população de maior risco
para a infecção por esse agente e, desta maneira, são
candidatas ao uso do palivizumabe nos dois primeiros
anos de vida, caso tenham necessitado de terapia nos
seis meses que antecederam o início da sazonalidade.
V ou F

A

V

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365
Q

O xarope de AZT para o neonato filho de mae HIV deverá ser feito até 12 semanas de vida
V ou F

A

F
O xarope de AZT para o neonato deverá ser feito até 4 semanas de vida

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366
Q

Como e quando fazer o testo do coraçãozinho?

A

O “teste do coraçãozinho” ou teste da oximetria é uma avaliação que faz parte da triagem neonatal obrigatória e tem como objetivo permitir a identificação precoce de algumas cardiopatias congênitas críticas. O teste é realizado entre
24 e 48 horas de vida (não entre 12 e 24 horas!) e consiste na oximetria do membro superior direito (que sempre informa a saturação pré-ductal) e de um dos membros inferiores (que sempre informa a saturação pós-ductal).

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367
Q

O quadro de citomegalovirose
materna pode ser uma contraindicação para o aleitamento quando o recém-nascido tem menos de 32 semanas. Nos casos em que a criança tiver idade gestacional maior, isso não será um problema. Ainda que a criança seja infectada, a doença será branda ou assintomática. Os recém-nascidos a termo de
mulheres com citomegalovirose podem ser amamentados.
V ou F

A

V

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368
Q

a prematuridade restringe a triagem de
hemoglobinopatias por estar associada a diferentes
percentuais de hemoglobina fetal, também aumentando percentual de falso-negativos.
V ou F

A

V

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369
Q

os recém-nascidos com íleo meconial apresentam, mais comumente, resultados falso-positivos na triagem pela dosagem de tripsinogênio imunorreativo
(IRT)
V ou F

A

F
mais comum resultados falso-negativos

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370
Q

Todo recém-nascido que apresente
logo após o nascimento salivação intensa, dificuldade
respiratória, tosse, cianose ou engasgos, deve nos
levantar a suspeita de…

A

atresia de esôfago.

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371
Q

Os indivíduos
portadores do traço falcêmico são identificados no teste do pezinho pelo

A

padrão de hemoglobina FAS

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372
Q

A hipotermia terapêutica
(33-34ºC, iniciada na UTI neonatal nas primeiras 6 horas de vida e mantida por 72 horas) é uma das estratégias de neuroproteção para melhorar o prognóstico dos neonatos com idade gestacional…

A

acima de 35 semanas,

que necessitaram de reanimação na sala de parto e evoluíram com encefalopatia hipóxico-isquêmica moderada/grave.

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373
Q

recomendações atuais do Ministério da Saúde
(MS), da Organização Mundial de Saúde (OMS)
e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sobre a alimentação dos RNs

A
  1. Aleitamento materno exclusivo nos primeiros
    seis meses de vida.
  2. Aleitamento materno complementado de
    seis meses até dois anos de vida.
    - A partir dos seis meses de vida, o leite materno como
    alimento único se torna insuficiente, e deve
    ter inicio a introdução de alimentação complementar.
  3. O leite materno deve ser mantido, no mínimo,
    até os dois anos de vida.
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374
Q

Benefícios do aleitamento materno para a mãe

A
  • Prevenção da hemorragia pós-parto
  • Método contraceptivo
  • Remineralização óssea
  • Redução do risco de ca de mama e ovário
  • Proteção contra DM2
  • ## Perda ponderal
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375
Q

A OMS/Unicef contraindica o uso de bicos, pois:

A

1) facilitam o desmame porque o recém-nascido passa
a posicionar erroneamente a língua ao sugar a mama 2) favorecem alterações ortodônticas
3) aumento da incidência de candidíase oral
4) servem de veículo para enteroparasitoses.

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376
Q

Cite alterações fisiológicas maternas após a saída da placenta que contribuem para a produção/ejeção de leite

A

os efeitos inibitórios do progestogênio e lactogênio placentário sobre a prolactina (secretada pela adeno
-hipófise) cessam, e a secreção do leite aumenta
(lactogênese fase II). Da mesma forma, inicia-se
a síntese de ocitocina (secretada pela neuro-hipófise),
que atuará na ejeção ou saída do leite.

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377
Q

Entre o 3º e o 4º dia pós-parto, ocorre a “descida
do leite” ou “apojadura”, etapa que depende da sucção do mamilo pelo bebê.
V ou F

A

Entre o 3º e o 4º dia pós-parto, ocorre a “descida
do leite” ou “apojadura”, etapa que não
depende da sucção do mamilo pelo bebê. Esta
fase está sob controle hormonal, e mesmo que
não haja sucção (ex.: feto morto, bebês filhos
de mães HIV + que não podem amamentar),
ela acontecerá!!!

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378
Q

Descreva a fase III da lactogênese

A

Galactopoiese ou lactogênese fase III é a manutenção da produção e ejeção do leite sob total dependência da sucção do mamilo pelo bebê e esvaziamento
das mamas. Isto é, quanto mais o lactente suga,
mais leite será produzido.

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379
Q

Quais reflexos do RN fazem parte do processo de amamentação?

A

• Reflexo dos pontos cardeais ou de busca.
Faz com que o bebê se vire em direção a
algo que toque sua bochecha (seio materno)
e abra a sua boca em antecipação à
pega do mamilo.

• Reflexo de sucção. O contato do mamilo
com a parte posterior da língua e o palato
inicia o processo de sucção, ou melhor, ordenha
dos seios lactíferos.

• Reflexo de deglutição. Por fim, o leite é
levado para a orofaringe e é deglutido. A
incoordenação do reflexo de deglutição
pode estar presente em prematuros com
idade gestacional inferior a 34 semanas.

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380
Q

O bebê em aleitamento materno costuma evacuar
toda vez que mama, podendo ter fezes
líquidas, explosivas, amareladas ou mesmo
esverdeadas (reflexo gastrocólico exacerbado).
Em outro momento, alguns, no entanto, podem
ficar de cinco a sete dias sem evacuar. Ambas
as situações são normais
V ou F

A

V

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381
Q

São sinais de técnica incorreta de amamentação:

A

• Bochechas do bebê encovadas durante a sucção.
• Ruídos da língua.
• Mama muito esticada ou deformada durante a mamada.
• Dor à amamentação.

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382
Q

Como o leite materno tem baixa concentração de vitamina K e o intestino do recém-nascido só iniciará
sua produção através da flora saprófita
com duas semanas de vida, recomenda-
-se a aplicação de vitamina K IM a todos os
recém-nascidos após o nascimento a fim de
evitar a doença hemorrágica.
V ou F

A

V

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383
Q

Atualmente, a Sociedade Brasileira de Pediatria
recomenda que todos os lactentes recebam
vitamina D profilática, desde o final da primeira
semana de vida até 6 meses
V ou F

A

F

Até 2 anos

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384
Q

Diferenças entre o colostro e o leite maduro

A

O colostro apresenta conteúdo de eletrólitos, proteínas, vitaminas lipossolúveis (principalmente
vitamina A, que lhe confere coloração
amarelada), minerais e a concentração
de imunoglobulinas maior, destacando-
se a alta concentração de IgA e
lactoferrina. Por outro lado, possui menos
gordura, lactose e vitaminas hidrossolúveis.
É um leite imaturo, basicamente um
exsudato plasmático

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385
Q

Quando o leite maduro é produzido? Qual leite produzido antes dele e após o colostro?

A

Maduro a partir da quarta semana

Antes dele é o leite de transição

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386
Q

No ingurgitamento mamário patológico acontecem
três eventos, cite-os

A
  • o leite não é drenado de forma eficiente
  • há aumento da vascularização local com congestão
  • há obstrução linfática
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387
Q

Manejo do ingurgitamento mamário

A

 Manter a amamentação, com mais frequência e livre demanda.
 Ordenhar manualmente o excesso de leite.
 Realizar massagem circular quando as mamas estiverem túrgidas.
 Ordenhar um pouco de leite antes da mamada.
 Começar a mamada pelo seio mais túrgido; o bebê com fome suga mais forte ajudando a esvaziar melhor o seio que está mais cheio.
 Recomendar o uso de sutiã apropriado, de alças largas, que sustente bem os seios.
 Fazer compressas frias nos intervalos entre as mamadas por um período não superior a quinze minutos, para diminuir a produção láctea.
 Banho morno auxilia na liberação do leite.
As compressas mornas não têm mais sido
recomendadas pelo risco de queimaduras.
 Se necessário, usar analgésicos (ex.: paracetamol)
ou anti-inflamatórios (ex.: ibuprofeno).

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388
Q

O que é a galactocele? Como manejar?

A

Cistos presentes em meio ao tecido mamário,
onde há grande produção de leite. O diagnóstico
é feito através do exame clínico e ultrassonografia
da mama. O tratamento consiste em excisão
cirúrgica devido a sua tendência à recidiva.

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389
Q

Em caso de abcesso mamário, se o dreno ou a incisão cirúrgica estiver longe da aréola, a mãe não precisará necessariamente interromper a amamentação na mama afetada. A manutenção da amamentação é segura mesmo na presença de bactérias (estafilococos)
presentes no leite.
V ou F

A

V

Contudo, a recomendação
da OMS é a de que a amamentação seja suspensa
na mama com abscesso até que o mesmo
tenha sido drenado

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390
Q

TTO da candidíase mamária

A

aplicação local de nistatina, miconazol
ou cetoconazol por 14 dias e tratamento
da criança simultaneamente, mesmo que ela
não tenha sintomas.

Se o tratamento não for efetivo, usa-se fluconazol via oral por 14 a 18 dias para a nutriz

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391
Q

Cite Medicações e/ou substâncias que determinem
a redução da produção de leite

A
  • bromocriptina (derivado da ergolina, agonista da dopamina, que é usado no tratamento da tumores da hipófise, doença de Parkinson, hiperprolactinemia, síndrome neuroléptica maligna e diabetes tipo 2)
  • cabergolina (agonista dopaminérgico derivado do ergot, fungo contaminante comum do centeio e outros cereais, ou pelo uso excessivo ou mal orientado de drogas derivadas da ergolina. com longa ação, utilizado como inibidor da secreção de leite, bloqueando a prolactina)
  • estrogênios,
  • progestagênios
  • pseudoefedrina,
  • álcool
  • nicotina
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392
Q

Portanto, mães soropositivas para
HTLV-1 e 2 estão contraindicadas de praticar
o aleitamento.
V ou F

A

V

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393
Q

TB materna ativa contraindica a amamentação

A

F

tuberculose ativa materna
não é contraindicação a amamentação, desde
que a mãe use máscara durante o período bacilífero
e a criança receba quimioprofilaxia

394
Q

Contraindicações à amamentação relacionadas à criança

A
  • Galactosemia {erro inato do metabolismo da galactose causada por deficiência em alguma das destas três principais enzimas: galactose-1-fosfato-uridil-transferase (GALT), galactoquinase e uridina difosfato galactose-4-epimerase (GALE)}

OBS.: Neonatos com fenilcetonúria podem receber leite materno até seis meses, desde que tenham controle dos níveis níveis séricos de fenilalanina. Para RN com fenilalanina > 17 mg/dl, deve-se suspender o
aleitamento materno por 5 dias, substituindo-o
por fórmula isenta de fenilalanina (150-200 ml/kg/dia). À medida que os níveis séricos de fenilalanina vão caindo, o aleitamento pode ser reintroduzido paulatinamente.

A doença do xarope de bordo (leucinose) é outra doença metabólica do grupo das aminoacidopatias (como a fenilcetonúria) que permite a amamentação desde que os níveis de leucina, valina e isoleucina no sangue sejam monitorados.

395
Q

O principal efetuador do crescimento linear
pré e pós-natal é o…, sintetizado pelo… por estímulo do…, e cuja principal ação é atuar na… promovendo sua hiperplasia e hipertrofia.

A

IGF-1 ou somatomedina C

fígado

GH e hormônios tireoidianos

cartilagem de crescimento

396
Q

Descreva o ganho de peso esperado ao nascimento, 1°, 2°, 3°, e 4° trimestres, oré escolar e escolar

A
  • Ao nascimento A média do peso ao nascimento é de 3,4 kg.
    Existe uma perda de 10% do peso de nascimento nos primeiros 7 dias de vida. Recuperação por volta do 14º dia.
  • 1º Trimestre 700 g/mês ou 25-30 g/dia
  • 2º Trimestre 600 g/mês ou 20 g/dia
  • 3º Trimestre 500 g/mês ou 15 g/dia
  • 4º Trimestre 400 g/mês ou 12 g/dia
  • PRÉ-ESCOLAR 2 kg/ano ou 8-6 g/dia
  • ESCOLAR 3-3,5 kg/ano
397
Q

Até quantos anos o comprimento deverá ser
medido com a criança na posição deitada>

A

2 anos

398
Q

Crescimento esperado nas crianças

A

1º Ano: 25 cm/ano
 1º trimestre 8-9 cm (3 cm/mês)
 2º trimestre 6-7 cm (2 cm/mês)
 3º trimestre 5 cm (1,5 cm/mês)
 4º trimestre 5 cm (1,2 cm/mês)

2º Ano 12 cm/ano

Pré-escolar (2 a 6 anos incompletos) 7-8 cm/ano

Escolar (6 a 10 anos incompletos) 6-7 cm/ano

Adolescência
- Meninas: 8-9 cm/ano
- Meninos: 9-10 cm/ano

399
Q

Crescimento do PC esperado nas crianças

A
  • Ao nascimento A média do PC ao nascimento é de 35 cm.
  • 1º Trimestre 2 cm/mês
  • 2º Trimestre 1 cm/mês
  • 3º e 4º Trimestres 0,5 cm/mês
  • 1º Ano Aumento de 12 cm. O PC médio é de 47 cm.
  • 2º Ano 2 cm/ano
  • PRÉ-ESCOLAR ATÉ 18 anos 5cm
400
Q

A relação entre o segmento superior (Estatura
– SI) e o segmento inferior (distância entre a
sínfise púbica e o chão) é fisiologicamente…, evolui para 1.3 aos três anos, e por volta da puberdade alcança valores entre… . Doenças ósseas como displasias ósseas e raquitismo levam ao…

A

maior ao nascimento (1.7)

0,9-1

aumento da relação SS:SI.

401
Q

a pasta de dente fluorada está liberada apenas após os…, e mesmo assim, em pequeníssimas quantidades (um grão de arroz), pois antes desta idade a criança poderá engolir

A

quatro anos de vida

402
Q

Considera-se atraso na dentição primária quando
não houver dente algum após…
As causas mais comuns incluem

A

13 meses

hipotireoidismo, hipoparatireoidismo,
origem familiar e a mais comum, idiopática.
Já causas de perda precoce dos dentes decíduos
incluem: histiocitose X, neutropenia cíclica,
leucemia, trauma e fatores idiopáticos

403
Q

Como calcular o Z escore para estatura?

A

Z escore = Estatura paciente (cm) – Estatura Média(cm)
Desvio padrão

Veja um exemplo: João tem 100 cm, e a estatura
média para a mesma idade e sexo é 120
cm. O desvio padrão para esta população é 5
cm. Então, o resultado é – 4 DP. Portanto, este
paciente está a 4 desvios padrões abaixo da
média populacional, resultado muito inferior
ao aceitável, pode haver alguma doença subjacente.

404
Q

Correlação entre o escore Z e o percentil

A
  • Escore Z + 3: percentil 99,8;
  • Escore Z + 2: percentil 97,7;
  • Escore Z + 1: percentil 84,2;
  • Média: percentil 50 (Mediana);
  • Escore Z - 1: percentil 15,8;
  • Escore Z - 2: percentil 2,28;
  • Escores Z - 3: percentil 0,15.
405
Q

Como calcular a idade em crianças com nascimento prematuro?

A

As crianças que foram prematuras (< 37 semanas
de idade gestacional) deverão ter o crescimento
(peso, comprimento e perímetro cefálico) acompanhadorealizando-se a correção da idade cronológica.
Considera-se o termo completo as 40
semanas de idade gestacional, e assim, deve-se
descontar da idade cronológica o número de semanas
que faltam para as 40 semanas completas.
Por exemplo, se o lactente tem dois meses de
idade cronológica e nasceu com 36 semanas, ele
terá a idade corrigida de um mês (pois faltaram
quatro semanas ou um mês para completar o
termo de 40 semanas)

406
Q

Correlacione os valores do percentil e do escore Z com o peso, estatura e com o IMC

A

Tabelas na galeria (foto 29 e 30)

407
Q

Tabelas com os marcos do desenvolvimento

A

galeria (fotos 31 a 34)

408
Q

Resumo da ordem ou sequência temporal dos eventos puberais femininos:

A
  1. Telarca (M2);
  2. Pubarca (P2);
  3. Pico da velocidade de crescimento;
  4. Mama estágio 3 (M3);
  5. Pelos pubianos estágio 3 (P3);
  6. Pelos pubianos estágio 4 (P4);
  7. Mama estágio 4 (M4);
  8. Menarca;
  9. Pelos pubianos estágio 5 (P5);
  10. Mama estágio 5 (M5).
409
Q

A ginecomastia ou aumento das mamas no sexo
masculino é fenômeno normal na puberdade,
acometendo cerca de 40-65% dos meninos devido
a um excesso de estimulação estrogênica durante
os estágios 2-3 de Tanner. Geralmente é
bilateral e se menor que 4 cm de diâmetro tem
90% de chance de resolução espontânea em três
anos
V ou F

A

V

410
Q

Resumo da ordem ou sequência temporal dos eventos puberais masculinos:

A
  1. Aumento do volume testicular (G2);
  2. Aumento do pênis em comprimento (G3);
  3. Pelos pubianos estágio 2 (P2);
  4. Aumento do pênis em diâmetro (G4);
  5. Pelos pubianos estágio 3 (P3);
  6. Pico da velocidade de crescimento;
  7. Pelos pubianos estágio 4 (P4);
  8. Aumento do pênis estágio 5 (G5);
  9. Pelos pubianos estágio 5 (P5).
411
Q

Conduta, em relação ao aleitamento em mães com TB

A

a mãe bacilífera deve amamentar
com a utilização de máscara em ambiente
arejado. Deve ser administrada medicação profilática
(quimioprofilaxia primária) ao recém-
-nascido (isoniazida 10 mg/kg/dia) e não realizar
a vacinação com BCG. Com três meses de vida,
realiza-se o teste tuberculínico, para avaliar a possibilidade
de infecção e adoecimento. Se o PPD
for não reator, o lactente não foi infectado, logo se
interrompe o uso de isoniazida e vacina-se a criança
com BCG. Se o PPD for reator (> 5 mm), deve-
-se procurar por sinais de adoecimento, pois a
criança, muito provavelmente, foi infectada. Se
assintomática, o uso de isoniazida deve continuar
por mais três meses e ser suspenso com seis meses
de vida. Não é necessário vacinar com BCG
após esse período. Se sintomática, iniciar tratamento.

412
Q

Quando a mãe
está sob tratamento adequado para hanseníase, não existe qualquer contraindicação à amamentação, apenas ela deverá
seguir orientações gerais como cuidado as
secreções nasais, contato pele a pele e higiene de
mãos. Estas medidas são necessárias porque as
principais formas de contágio da hanseníase são
através das secreções respiratórias e lesões de
pele.
V ou F

A

V

413
Q

Em que situação a mãe com hanseníase não pode amamentar?

A

lesões em atividade na mama e mães com hanseníase virchowiana (em que a transmissão do bacilo também pode acontecer pelo leite materno) não tratadas, ou tratadas com tempo inferior a três meses com sulfona (ex.: dapsona ou clofazimina) ou três semanas com rifampicina

414
Q

Conduta na amamentação de mãe com varicela

A

As mães
com varicela iniciada cinco dias antes do parto
ou até dois dias depois deverão ser isoladas do
recém-nascido durante a fase contagiante, pois este poderá desenvolver forma grave de varicela.
O leite deverá ser ordenhado e oferecido ao bebê.
O contato mãe/filho deve ocorrer apenas na fase
de crostas. Deve-se administrar imunoglobulina
específica (VZIG) ao recém-nascido.

415
Q

Aleitamento e doença de chagas

A

o aleitamento será suspenso
apenas na fase aguda da doença (alta
parasitemia) OU se houver lesões sangrantes
na pele do mamilo.

416
Q

Aleitamento na Leptospirose, listeriose e brucelose

A

as lactantes na fase aguda da doença poderão
transmitir estes agentes bacterianos à criança,
e, portanto, recomenda-se que neste período o
leite seja ordenhado e pasteurizado

417
Q

A suplementação com vitamina D está indicada
para todos os lactentes amamentados ao seio
materno ou amamentados com fórmula infantil
(desde que recebam < 1.000 ml/dia).
V ou F

A

V

418
Q

A aplicação de vitamina K intramuscular é feita de rotina para RNs prematuros ou com baixo peso ao nascer importante da prevenção da doença hemorrágica do recém-nascido. RN a termo com peso adequado não necessita essa suplementação
V ou F

A

F
A aplicação de vitamina K intramuscular a todos os recém-nascidos é medida importante da prevenção da
doença hemorrágica do recém-nascido

419
Q

São medidas para atenuar as cólicas do lactente: segurá-lo na posição horizontal, aplicação de compressas quentes sobre o abdome, evitar a subalimentação ou excessos e observar se existem
correlações entre a cólica e os alimentos consumidos
pela mãe
V ou F

A

F
Posição vertical

Compressas mornas

420
Q

A anemia fisiológica da infância
não requer tratamento. Prematuros saudáveis toleram
bem níveis de hemoglobina até 6,5 mg/dl.
V ou F

A

V

421
Q

Níveis de hb que são considerados anemia nas crianças

A

considera-se anemia quando os níveis de hemoglobina forem menores que:

  • 11g/dl para crianças entre 6 e 59 meses;
  • 11,5 g/dl para aquelas entre 5 e 11 anos;
  • 12 g/dl para crianças entre 12 e 14 anos.
422
Q

Descreva fatores facilitadores e inibodores da conversão do ferro na sua forma ferrosa (Fe+2)

A

Fatores facilitadores:
 Ácido ascórbico (vitamina C), o principal
fator potencializador da absorção do ferro.
Fontes alimentares: acerola, laranja, mamão,
morango e limão.
 Frutose. Fontes: frutas em geral.
 Vitamina A. Fontes: leite, manteiga, queijos,
gemas de ovos, fígado, cenoura, couve,
abóbora e espinafre.
 Alguns aminoácidos (cisteína, lisina, histidina).
Fontes: carnes em geral.

Fatores inibidores:
 Fitatos. Fontes: cereais (aveia, farelo de
trigo e arroz) e semente de leguminosas.
 Compostos fenólicos (flavonoides, ácidos
fenólicos e tanino). Fontes: cebola, achocolatados,
chás, café, vinho e refrigerantes.
 Fibras.
 Sais de cálcio e fósforo. Fontes: soja, leite
e ovo.

423
Q

Descreva o esquema de profilaxia de anemia ferropriva na criança

A

galeria

424
Q

Cerca de 72-96 horas após o início da reposição com
ferro, já se verifica um aumento dos reticulócitos
plasmáticos cujo pico é em torno do 5º
e 7º dia. Com 4-30 dias os níveis de hemoglobina
sobem e com 1-3 meses os estoques de
ferro são restaurados.
V ou F

A

V

425
Q

Como fazer a administração de vit D profilática

A

 Primeira semana de vida até 12 meses:
400 UI/dia;

 A partir de 1 ano: 600 UI/dia.

426
Q

Representa o escorregamento não traumático
e gradual da epífise sobre a metáfise femoral
no sentido inferior e posterior, de modo a enfraquecer
o anel pericondral.
Apresenta uma incidência de 2/100.000 adolescentes,
sendo mais comum entre 12 e 15
anos. São mais acometidos os indivíduos do
sexo masculino (3:2), a raça negra, o lado
esquerdo e os obesos. Pode ser bilateral em
até 60% dos casos.
Em relação à etiologia, pouco conhecimento está
definido, mas estudos mostram que fatores endócrinos
e metabólicos têm papel importante.
Classificada como aguda quando iniciada em menos de três semanas, e manifesta-se geralmente com instabilidade (incapacidade de marcha) e dor intensa em região inguinal, coxa ou joelho, levando à posição antálgica com rotação externa da coxofemoral.
A forma crônica é a mais frequente, e geralmente o paciente se queixa de uma dor vaga há vários meses, localizada na região inguinal, coxa anterior ou joelho e agravada por exercícios físicos. Ao exame articular
constatamos limitação da rotação interna, abdução
e flexão da coxa
O tratamento dependerá do grau de escorregamento.
O procedimento cirúrgico principal
envolve a colocação de pino através do colo e
cabeça femoral com o objetivo de fixar um ao
outro. O tratamento do lado contralateral, mesmo
que assintomático, é recomendado em pacientes
com distúrbio metabólico ou endócrino
estabelecidos

A

Epifisólise proximal do fêmur (coxa vara do adolescente)

427
Q

É uma desordem do quadril caracterizada
por uma interrupção temporária do suprimento
sanguíneo da cabeça do fêmur, levando
a necrose avascular e deformidade.
É uma desordem do quadril caracterizada por uma interrupção temporária do suprimento sanguíneo da cabeça do fêmur, levando a necrose avascular e deformidade.
É mais comum em meninos (4 a 5:1),
na faixa etária compreendida entre quatro e oito
anos, sendo por isso, uma afecção ortopédica mais frequente do escolar. Afeta cerca de 1/1.200 crianças, e em apenas 10% dos casos é bilateral.
O sintoma mais comum é a claudicação, seguida
da dor, que pode estar localizada na virilha
ou mais comumente, referida para a parte anteromedial da coxa ou joelho.
O diagnóstico é firmado através da radiografia
simples de quadril, obtida nas posições AP e
Lauestain lateral (frog-leg).
O tratamento é feito com limitação do movimento,
uso de anti-inflamatórios não esteroidais,
fisioterapia, repouso e tração nos casos
em que a dor for mais severa, e órteses para
manter a coxa em abdução (epífise dentro do
acetábulo). A reparação cirúrgica é indicada
para casos mais graves.

A

Doença de Legg-Calvé-Perthes

428
Q

É uma epifisite da tuberosidade anterior da tíbia,
desencadeada na adolescência na fase do estirão
de crescimento. É mais frequente no sexo masculino
(3:1), e há história prévia de esforço físico.
A interseção entre a tuberosidade da tíbia e o
osso é feita por cartilagem de crescimento, uma região mais frágil e susceptível ao trauma produzido
pela contração vigorosa do quadríceps
femoral. Assim, infere-se que a ação do quadríceps,
mesmo que não muito intensa, possa
obliterar o suprimento sanguíneo local facilitando
a necrose avascular do local.
O quadro clínico caracteriza-se por dor abaixo
da patela, às vezes bilateral, que piora após esforço
físico e melhora com o repouso. Ao exame,
dor à compressão local e edema podem ser verificados.
A radiografia mostra fragmentação óssea.
O tratamento é clínico e recomenda repouso e
analgésicos. Em alguns casos a imobilização
gessada pode ser empregada.

A

Doençade Osgood-Schlatter

429
Q

definição de atraso puberal

A

Define-se atraso puberal como a ausência de
mamas em meninas após os 13 anos e ausência
de aumento testicular em meninos após os
14 anos.

430
Q

Amenorreia Primária x Atraso Puberal

A

Atraso Puberal Feminino: Ausência de telarca
após 13 anos na menina.

Amenorreia Primária: Ausência de menarca
após 14 anos sem desenvolvimento de caracteres
sexuais secundários OU após 16 anos na
presença de caracteres sexuais secundários.

431
Q

É a causa mais frequente de atraso puberal, e
representa uma variação da normalidade.
Além disso, verifica-se baixa estatura, baixa
velocidade de crescimento, idade óssea atrasada
em relação à idade cronológica. Há casos
semelhantes em outros membros da família.
Ocorre uma lentificação em todo processo
fisiológico de crescimento e desenvolvimento,
que, entretanto, não ultrapassa dois
a quatro anos.
As dosagens de FSH/LH estão em níveis prépúberes
e de estradiol na faixa de diminuído
a normal. A confirmação e certeza do diagnóstico
somente são alcançadas com o acompanhamento
evolutivo e desencadeamento
dos eventos puberais

A

Atraso Constitucional da Puberdade

432
Q

A presença de doenças crônicas em atividade
(doença inflamatória intestinal, fibrose cística,
asma grave, cardiopatias, anemia falciforme,
desnutrição, anorexia) podem causar atraso puberal, uma vez que elas limitam a utilização de
substratos pelo organismo, que desvia toda
sua bioquímica para o controle do processo
patológico. Consequentemente, as vias metabólicas
menos vitais, como é o caso da puberdade,
ficam estagnadas até que se seja
possível o retorno à fisiologia normal
V ou F

A

V

433
Q

É a forma mais comum de deficiência isolada
de gonadotrofinas (FSH e LH). Resulta de uma
incapacidade de produção de GnRH pelos
neurônios hipotalâmicos ou de uma mutação
no receptor de GnRH hipofisário. Afeta mais
homens, com uma relação entre os sexos masculino
e feminino de 5:1.
No período neonatal cursa com micropênis e/ou criptorquidismo. Na infância, quando associado à anosmia, fenda labiopalatina e sindactilia é referida como a Síndrome de Kallmann. No adolescente manifesta-se como atraso puberal.

A

Hipogonadismo Hipogonadotrófico Idiopático (Deficiência Congênita de GnRH)

434
Q

Puberdade iniciada que é em seguida interrompida,
associada a casos familiares semelhantes,
sugerem o diagnóstico de atraso
constitucional.
V ou F

A

V

435
Q

A presença de pelos pubianos é mais frequente
na deficiência de GnRH que cursa com
adrenarca normal, No atraso constitucional geralmente todo desenvolvimento sexual
está atrasado.
V ou F

A

V

436
Q

no sexo masculino, produz a síndrome do eunuco fértil, ou seja, um indivíduo do sexo masculino com testosterona diminuída e espermatogênese preservada
pelo estímulo do FSH.

A

Ausência isolada de LH

437
Q

produz, nas meninas a ausência de desenvolvimento folicular e, nos meninos, oligo ou azoospermia.

A

Ausência isolada de FSH

438
Q

Outra causa de atraso puberal por hipogonadismo hipogonadotrófico é a…
75% dos indivíduos com essa síndrome apresentam
deleção do braço longo do cromossoma
15. A prevalência estimada é de um em cada
15.000 crianças. As principais características
são: obesidade iniciada aos seis meses, falta
de saciedade, obsessão alimentar, diâmetro
bifrontal estreito, cabelos, pele e olhos claros,
retardo mental, hipotonia, pés e mãos pequenos,
micropênis e hipogonadismo

A

Síndrome de Prader Willi

439
Q

É o tumor da região hipotalâmica-hipofisária
mais comumente envolvido com atraso puberal por hipogonadismo hipogonadotrófco.
Deriva de remanescentes da bolsa de
Ratke, geralmente de localização suprasselar
com componentes sólidos e císticos. Em 80%
dos casos ocorrem calcificações. As principais
manifestações clínicas são cefaleia, náuseas,
vômitos, alterações visuais, poliúria e polidipsia.
O tratamento consiste na remoção
cirúrgica e radioterapia.

A

Craniofaringioma

440
Q

Nesse grupo de etiologias de atrso puberal, estão incluídas as desordens das gônadas, cuja produção de esteroides sexuais (testosterona e estrogênios) é pequena ou ausente. Sem o “feedback” negativo desses hormônios
sobre a hipófise, ocorrem altos níveis
de gonadotrofinas.

A

Hipogonadismo hipergonadotrófico

441
Q

A ginecomastia no hipogonadismo primário
é provavelmente resultado da estimulação da… pelo FSH/LH, enzima que aumenta a conversão de testosterona em estradiol. O testículo passa a secretar estradiol em concentrações relativamente maiores que
testosterona.

A

aromatase testicular

442
Q

É a causa mais frequente de hipogonadismo
no sexo masculino, afetando 1 entre cada
500-1000 homens. O cariótipo mais comum
é o 46, XXY, mas podem ocorrer 48 XXXY
e mosaicos 46 XY, 47 XXY. Quanto maior o
número de cromossomas X, mais grave serão
as alterações fenotípicas gonadais e extragonadais.
Há uma disgenesia de túbulos seminíferos
e por isso, a espermatogênese está
ausente.
Há hábito eunucoide (relação segmento superior:
inferior < 1) por aumento desproporcional
do comprimento dos membros inferiores,
ginecomastia, micropênis, testículos
pequenos e endurecidos.

A

síndrome de Klinefelter

443
Q

É a causa mais frequente de hipogonadismo no
sexo feminino. Estima-se que ocorra em 1,5%
das concepções, 10% dos abortos espontâneos
e 1:2500 dos nascidos vivos. Caracteriza-
-se pelo cariótipo 45, X0 e mosaicos 45, X0;
46, XX (> 50% dos casos). O cromossoma
mais frequentemente perdido é o paterno, e a
idade materna avançada não é considerada um
fator de risco para esta aneuploidia.

A

Síndrome de Turner

444
Q

É uma síndrome que cursa com hipogonadismo hipergonadotrófico, com aspectos fenotípicos semelhantes à síndrome de Turner, mas causada por uma mutação no braço longo do cromossoma
12. O cariótipo pode ser XX ou XY. As
mulheres portadoras não apresentam disfunção
gonadal, ao passo que os homens possuem
criptorquidia e disfunção das células de Leydig,
produtoras de testosterona.

A

Síndrome de Noonan

445
Q

Exames complementares iniciais na avaliação do atraso puberal

A

Os exames iniciais são a idade óssea e dosagens
hormonais (FSH, LH, estradiol e testosterona).

446
Q

Definição de puberdade precoce

A

É definida como o aparecimento de qualquer
característica sexual secundária em idade dois
desvios padrões abaixo da média. Outro limite
usado na prática é a idade de oito anos para
meninas e nove anos para meninos.

447
Q

A puberdade precoce é didaticamente dividida
em:

A

 Puberdade Precoce Central ou Verdadeira
– aquela em que ocorre por aumento de
GnRH por maturação e ativação do eixo
hipotálamo-hipófise-gônada.

 Puberdade Precoce Periférica – aquela que
ocorre sem aumento de GnRH, desencadeada por produção independente de testosterona ou
estradiol. Pode ser do tipo isossexual ou heterossexual

 Precocidade Puberal Incompleta – dentro deste
grupo encontram-se aquelas condições de
aparecimento isolado de apenas um caracter
sexual secundário, como por exemplo: telarca
isolada, pubarca isolada e menarca isolada.

448
Q

Responde pela grande maioria (90%) das causas
de puberdade precoce central e é mais comum
no sexo feminino cerca de 10 a 20 vezes.
Mas independente da estatística e da normalidade
ao exame físico, é importante que se faça
um exame de imagem do sistema nervoso
central (TC ou RNM) para estudos de possíveis
lesões que possam justificar a precocidade de
desenvolvimento puberal.

A

Idiopática

449
Q

Os… de túber cinéreo são os principais
tumores de SNC que provocam puberdade
precoce, geralmente antes de três anos
de idade. Eles são formados por neurônios
secretores de GnRH em localização ectópica

A

hamartomas

450
Q

Hidrocefalia, anoxia perinatal, infecções, epilepsia,
trauma e radioterapia são algumas
condições neurológicas também implicadas
no desencadeamento do desenvolvimento
sexual precoce.
V ou F

A

V

451
Q

Como é feito o controle da puberda precoce central?

A

Atualmente o tratamento é feito com análogos
do GnRH (Lupron® – Leuprolide uso intramuscular;
Zoladex® – Gozerelina uso subcutâneo).
O mecanismo de ação consta de uma estimulação
inicial do análogo sobre a hipófise, seguido
de uma dessensibilização dos receptores
hipofisários (down-regulation).

452
Q

Causas mais comuns de puberdade precoce periférica

A

As causas mais comuns relacionam-se às
glândulas adrenais, seja pela Hiperplasia Suprarrenal
Congênita (HSRC) e pelos tumores
adrenocorticais, ou atividade independente
nas gônadas (tumores, cistos, síndrome de
McCune Albright e testotoxicose).

453
Q

É uma síndrome rara caracterizada pela tríade
manchas café com leite, displasia fibrosa poliostótica
(ossos longos e crânio) e precocidade
puberal. Acomete ambos os sexos, mas tem
predomínio feminino. Deve ser considerada no
diagnóstico de meninas que nos dois primeiros
anos de vida manifestam sangramento vaginal
provocado por cistos foliculares autônomos recorrentes, já que as lesões cutâneas e ósseas
podem se desenvolver mais tardiamente.

A síndrome é decorrente de uma mutação
no gene que codifica a proteína G3, cuja função
é estimular a adenilatociclase. Com isso,
todas as glândulas endócrinas são estimuladas,
podendo resultar em diferentes síndromes
clínicas: precocidade puberal, gigantismo,
síndrome de Cushing, tireotoxicose e
hiperplasia adrenal. O raquitismo hipofosfatêmico
é uma condição de deficiência de
vitamina D que cursa com fosfato baixo. É
causada por perda renal deste íon, a qual é
estimulada pela fosfatonina, substância secretada
pelas lesões ósseas. A displasia óssea
aparece nas radiografias como imagens císticas.
Entretanto, o exame mais sensível para
detectá-las é a cintilografia óssea. Há maior
predisposição a fraturas e deformidades ósseas.
Quando há comprometimento do crânio,
pode haver compressão do nervo óptico,
ptose e assimetria facial.
Seu Tratamento é feito com inibidores da aromatase (ex.: anastrazol e letrozol) associados a bloqueadores dos receptores androgênicos (ex.: bicalutamida).

A

Síndrome de McCune Albright

454
Q

• É causada por uma mutação que ativa o receptor
de LH nas células de Leydig, levando ao
seu amadurecimento prematuro e secreção de
testosterona. Os meninos afetados têm entre
um e quatro anos, e apresentam sinais de virilização
(aumento do tamanho do pênis aceleração
da velocidade de crescimento e avanço
na idade óssea) que são mais evidentes que o
aumento do volume testicular. A herança é autossômica dominante.
• A testosterona encontra-se em níveis elevados,
e as gonadotrofinas LH e FSH estão em
níveis pré-puberais.
• Tratamento: inibidores da aromatase (ex.: anastrazol
e letrozol) associados a bloqueadores dos
receptores androgênicos (ex.: bicalutamida).

A

Testotoxicose Esporádica ou Familiar
(mutação ativadora do receptor de LH)

455
Q

são a causa de puberdade periférica mais comum nas meninas. Quando possuem um tamanho maior que
8 mm tendem a secretar estrógenos. O quadro
clínico principal é marcado por dor abdominal,
massa abdominal palpável e sangramento vaginal.
As dosagens séricas de estradiol são
bastante elevadas.
• O tratamento é feito com acetato de medroxiprogesterona,
que atua na involução do
cisto, diminuindo o risco de torção.

A

Cistos foliculares ovarianos

456
Q

O… é a principal neoplasia ovariana implicada
como causa de puberdade precoce

A

tumor das células da granulosa

457
Q

Nas variações benignas do desenvolvimento
puberal ou puberdade incompleta ocorre o aparecimento de apenas uma característica sexual
secundária de modo isolado. Não há aceleração
da velocidade de crescimento e nem amadurecimento
ósseo prematuro.
V ou F

A

V

458
Q

Definição de adrenarca precoce

A

aparecimento de pelos pubianos (pubarca) e/ou axilares antes de oito anos de modo isolado

459
Q

Nas meninas, a adrenarca precoce é fator de risco para o desenvolvimento da

A

Síndrome dos ovários policísticos,

460
Q

5% das crianças com adrenarca precoce apresentarão progressão para precocidade puberal central, e por isso o acompanhamento médico é fortemente recomendado.
V ou F

A

F
20% delas

461
Q

Descreva diferentes tipos de mutação genética

A

○ Mutações missense: A modificação de um
par de base resulta na modificação de um
aminoácido na proteína formada.

○ Mutações nonsense: A modificação de um
par de base resulta na formação de um código
de parada (stop códon) na leitura do
RNAm, levando a uma parada prematura do
processo de translação e consequentemente,
à formação de uma proteína truncada, de
menor função.

○ Mutações frameshift por adição ou por deleção:
A troca de um par de base resulta em
uma modificação na estrutura de leitura do
gene (reading frame), levando à introdução
ou à deleção de um outro aminoácido, e em
seguida a um código de parada (stop códon).

462
Q

Cite duas doenças resultantes de mutações unigênicas

A

anemia falciforme e fibrose cística.

OBS: A transmissão à prole segue caracteristicamente
a herança mendeliana

463
Q

O fenótipo das doenças mitocondriais é muito amplo, com variados graus de intensidade. Isto se deve
à heteroplasmia, ou seja, à quantidade de
mitocôndrias mutadas e sãs nas células
V ou F

A

V

464
Q

Explique as doenças causadas por defeitos de “imprinting”

A

Para um pequeno número de genes, apenas um é
ativo, e o outro é silenciado através da metilação
do DNA devido a uma mutação (modificação
epigenética). Por exemplo, as síndromes
de Angelman e Prader-Willi são provocadas
por uma microdeleção do cromossoma
15q11-12, contudo os fenótipos são totalmente
diferentes, na dependência do gene
inativado. Na síndrome de Prader-Willi
o alelo com as microdeleções é o de origem
paterna, e na síndrome de Angelman o alelo
mutado é o de origem materna.

465
Q

Incidência: 1:600 a 1:800 nascidos vivos. É
a doença cromossômica mais frequente. É
também a causa genética mais frequente de
retardo mental moderado!!!
Na
maioria dos casos a síndrome de Down ocorre
por trissomia completa do cromossoma 21
(94%), um erro de disjunção durante a meiose
do gameta feminino. Por isso, este defeito
genético é tanto mais frequente quanto mais
“idosa” for a mãe. Uma minoria dos casos se
deve ou ao mosaicismo do cromossoma 21
(2%), no qual algumas células têm cariótipo
normal e outras apresentam a trissomia do 21,
ou ainda, a um defeito de translocação cromossômica
(3%), no qual o cromossoma 21
extra encontra-se aderido ao cromossoma 14

A

Síndrome de Down

466
Q

 Clínica:
• Constitucional: Baixo peso de nascimento
(2.480 g).
• Face: Microcefalia com sutura sagital ampla,
fenda labiopalatina (60-80%), anomalias
auriculares com baixa implantação,
hipotelorismo ocular, ciclopia, anoftalmia/
microftalmia, coloboma de íris.
• Extremidades: Prega palmar única, polidactilia,
unhas hiperconvexas, camptodactilia,
calcanhares proeminentes.
• Pele: Hemangiomas capilares em fronte,
aplasia cútis em couro cabeludo.
• Sistema nervoso central: Malformações (ex.:
holoprosencefalia com desenvolvimento incompleto
dos nervos olfatórios e ópticos),
retardo mental grave, epilepsia, apneia central.
• Sistema sensorial: surdez, cegueira.
• Sistema osteoarticular: Pelve hipoplásica
(estreita), acetábulo raso.
• Sistema cardiovascular: Cardiopatias congênitas
(80%), tais como: CIV, ducto arterioso
patente, CIA, e dextroposição cardíaca.
• Sistema geniturinário: Nos meninos criptorquidia
e nas meninas útero bicorno; artéria
umbilical única, rins policísticos
(31%), hidronefrose.
• Sistema gastrointestinal: Onfalocele

A

Síndrome de Patau (trissomia do 13)

467
Q

 Clínica:
• Constitucional: Prematuridade (1/3 dos casos),
baixo peso de nascimento (2.340 g)
pós-maturidade (1/3 dos casos), polidramnia,
artéria umbilical única, deficit de crescimento,
rarefação da gordura subcutânea
e músculos, hipertonia, choro fraco.
• Face: Região occipital proeminente, diâmetro
bifrontal estreito, orelhas baixo implantadas
e malformadas, fissuras palpebrais
curtas, pequena abertura oral, micrognatia,
palato ogival; microcefalia.
• Extremidades: Dedos das mãos se sobrepõe
(caracteristicamente, o dedo indicador
está sobre o terceiro dedo, e o quinto
dedo, se sobrepõe ao quarto dedo), hipoplasia
ungueal, especialmente no 5º dedo da mão e dedos dos pés; hálux pequeno
e dorsifletido; prega palmar única, calcanhares
proeminentes.
• Tórax: Esterno curto e mamilos hipoplásicos.
• Abdome: Hérnia de retos abdominais, umbilical
e inguinal.
• Pele: Cútis marmorata, pele redundante.
• Sistema nervoso central: Retardo mental,
paralisia cerebral, defeito de mielinização,
microgiria, hipoplasia cerebelar.
• Sistema osteoarticular: Pelve estreita com
limitação da abdução.
• Sistema cardiovascular: Cardiopatias congênitas
(> 50%), tais como: CIV, CIA, ducto
arterioso patente.
• Sistema geniturinário: Nos meninos criptorquidia;
nas meninas, hipoplasia de grandes
lábios com clitóris proeminente

A

Síndrome de Edwards (trissomia do 18)

468
Q

Nesta síndrome, não se observa aumento do
risco com a progressão da idade materna. A
síndrome é de ocorrência esporádica na maioria
das vezes.
Em 99% das vezes, os fetos
são abortados ainda no primeiro trimestre
de gravidez. São também encontrados cistos
nucais (higroma cístico nucal), linfedema
grave ou hidropsia fetal.
• Ao nascimento: Linfedema de membros
inferiores, pterigium coli (pele redundante
no dorso e pescoço).
• Crescimento: Baixa estatura (estatura final
sem tratamento é de 143 cm, e com a reposição
do hormônio de crescimento é de 150 cm)
e tendência à obesidade.
• Face e pescoço: Epicanto, palato em ogiva,
mandíbula pequena, orelhas proeminentes,
pescoço curto e alado, baixa implantação
da linha dos cabelos, prega
redundante na nuca.
• Tórax: Em escudo com hipertelorismo
mamilar (afastamento dos mamilos), mamilos
hipoplásicos, pectus escavatum,
escoliose.
• Extremidades: Cúbito valgo, exostose
tibial medial, deslocamento de quadril, 4º
metatarso e 4º metacarpo curtos, unhas
hiperconvexas.
• Sistema nervoso central: Inteligência normal
(QI = 90), retardo na conduta motora
e coordenação motora fina ruim, dificuldades
na matemática, baixa autoestima,
tendência à depressão.
• Sistema sensorial: Hipoacusia.
• Sistema genital: Disgenesia gonadal levando
a retardo puberal.
• Sistema urinário: Rins em ferradura, duplicação
do sistema pielocaliciano.
• Sistema cardiovascular: Valva aórtica bicúspide
(30%), coarctação de aorta (10%).
• Doenças crônicas: Diabetes mellitus, hipertensão
arterial primária, colite ulcerativa,
doença de Crohn, hipotireoidismo e
agenesia do corpo caloso.

A

Síndrome de Turner

  • 45, X0;
  • Mosaicos 46, XX / 45, X0 ou 46, XY / 45, X0 (nestes casos com genitália ambígua ou masculina);
  • Deleção parcial do cromossoma X
    (46, X-isocromossoma X).

A grande maioria dos fenótipos é feminino.

469
Q

microdeleção do 7q11.23, uma
região que inclui aproximadamente 17 genes.
O gene da elastina (ELN) está presente nesta
porção deletada. Esta proteína é parte integrante
das fibras elásticas, abundantes nos
tecidos conectivos.

Clínica:
fácies anormal
(100%), cardiopatia congênita (mais comumente
estenose aórtica supravalval em 80%),
retardo mental (75%), perfil cognitivo peculiar
(90%), e hipercalcemia (15%).
• Face: Espessamento periorbital, olhos claros
com uma íris “estrelada”, nariz curto com
aletas nasais grossas, filtro longo, lábios
grossos e voz rouca.
• Sistema cardiovascular: a cardiopatia mais
comum é a estenose supravalvar aórtica, que
normalmente é progressiva e exigirá reparo
cirúrgico no futuro. Outras anormalidades
são: estenose arterial pulmonar periférica,
coarctação de aorta, estenose de artéria renal,
e hipertensão arterial sistêmica.
• Sistema endócrino: 1) Hipercalcemia, hipercalciúria,
nefrocalcinose: o mecanismo etiopatogênico
das alterações do cálcio plasmático
e do metabolismo da vitamina D é desconhecido.
Alguns sintomas decorrentes da
hipercalcemia (ex.: irritabilidade, vômitos,
constipação, cãibras musculares) são mais
observados durante a lactância, resolvendose
na pré-escola; 2) hipotireoidismo.
• Sistema osteoligamentar: Frouxidão ligamentar,
contraturas articulares, cifoses, lordoses.
• Sistema nervoso central: Malformação de Arnold Chiari I, atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor (condutas motora, linguagem,
cognitivo), humor amável e empático,
hipersensibilidade ao som, tendência a transtornos
psiquiátricos (ansiedade, TDAH).
• Sistema sensorial: hiperopia, estrabismo.
• Sistema gastrointestinal: Divertículos intestinais,
prolapso retal.

A

Síndrome de Williams

470
Q

É considerada das causas hereditárias
mais comuns de retardo mental. Afeta
1:1.250 meninos e 1:5.000 meninas.
 Etiologia: Há uma banda “frágil” localizada
no Xq27.3, na qual se insere o gene FMR1.
Em indivíduos normais existem cerca de 50
repetições de trinucleotídeos CGG. Se o indivíduo
possui entre 50-200 repetições ele é
designado como portador da pré-mutação. Na
síndrome, esta repetição ultrapassa
o número de 200, e consequentemente o
gene é “desligado” e a proteína FRM1 não é
formada.

 Clínica: Retardo mental, aspectos faciais
característicos tais como: fronte proeminente,
face fina e longa, mandíbula proeminente
mais evidente na adolescência, orelhas
grandes e protuberantes, e macro-orquidismo.
Outros achados menos frequentes são:
fenda palatina, estrabismo, otite serosa,
frouxidão ligamentar, deslocamento de quadril,
epilepsia, TDAH, estereotipias, linguagem
perseverativa e prolapso de valva mitral.
Este fenótipo é típico e plenamente
desenvolvido nos indivíduos do sexo masculino.
Nas meninas, o aspecto clínico é
variável, observando-se desde um fenótipo
típico até casos com poucas características.
A inteligência nas meninas é também variável:
há pacientes de QI normal assim como
há pacientes com retardo mental profundo.

A

Síndrome do X frágil

471
Q

É a desordem convulsiva mais comum da infância,
com uma incidência aproximada de 2 a
5% dos lactentes e pré-escolares

A

Crise convulsiva febril

472
Q

Principais características clínicas da crise febril típica ou simples

A

 Faixa etária: 6 meses até 60 meses (5 anos) de
idade (média de idade da primeira crise é aos
14-18 meses). Incomum antes de 3 meses;
 Tipo de crise: tônico-clônica generalizada;
 Duração: < 15 minutos;
 Período pós-ictal: sonolência breve;
 Crise única em 24 horas;
 A crise febril simples é benigna e não provoca
dano neurológico em longo prazo, mesmo
que a criança tenha tido várias crises febris
simples. Além disso, a ocorrência de
crise febril simples na infância não aumenta
o risco de epilepsia no futuro.

473
Q

Chamamos de CRISE FEBRIL COMPLEXA
OU ATÍPICA ou complicada as convulsões
em vigência de febre que apresentam uma ou
mais das seguintes características:

A

 Tipo de crise: focal;
 Duração: > 15 minutos;
 Período pós-ictal: presença de sinal neurológico
(ex.: paralisia de Todd) ou sonolência
duradoura;
 Recorrência da crise dentro de 24 horas.

474
Q

O risco de epilepsia futura nas
crianças com crise febril é similar àquele encontrado
na população geral, ou seja, em torno
de 1%. Entretanto, alguns fatores de risco, quando
associados à crise febril, podem aumentar a
probabilidade de epilepsia. Quais são
eles?

A
  1. Atraso no neurodesenvolvimento: 33% de
    risco de epilepsia no futuro;
  2. Crise febril complexa (focal): 29% de risco
    de epilepsia no futuro;
  3. História familiar de epilepsia: 18% de risco
    de epilepsia no futuro;
  4. Duração da febre < 1 hora antes da crise convulsiva:
    11% de risco de epilepsia no futuro;
  5. Crise febril complexa (> 15 minutos de duração
    ou recorrente em 24 horas): 6% de risco
    de epilepsia no futuro;
  6. Crises febris recorrentes: 4% de risco de
    epilepsia no futuro.
475
Q

Existem algumas síndromes epiléticas da infância
que caracteristicamente iniciam-se com
crises febris na lactância, tais como: GESF +
(epilepsia generalizada com crises febris plus),
síndrome de Dravet (epilepsia mioclônica grave
da infância), e epilepsias temporais com
esclerose mesial temporal secundária.
V ou F

A

V

476
Q

As crises convulsivas provocadas por meningites,
encefalites, distúrbios eletrolíticos (ex.: sódio,
cálcio), da glicemia (ex.: hipoglicemia) ou
intoxicação exógena não são consideradas crises febris
V ou F

A

V
São denominadas crises sintomáticas

477
Q

O exame neurológico da criança costuma demostrar alterações (ex.: nistagmo) após a crise convulsiva febril
V ou F

A

F
O exame neurológico da criança é inteiramente normal
após a crise.

478
Q

caso não seja identificada a causa infecciosa
responsável pelo suposto quadro de crise convulsiva febril, ou se a criança entrar em estado de mal epilético (crise com duração superior a 30 minutos ou várias crises reentrantes sem recuperação da consciência entre elas), ou se observar qualquer sinal de alerta (ex.: toxemia, crise complexa, nível de consciência muito reduzido após a crise), é FUNDAMENTAL A REALIZAÇÃO DE

A

PUNÇÃO LOMBAR

479
Q

Criança com < 6 meses com convulsão + febre,
a PL deve ser SEMPRE realizada se não houverem contraindicações
V ou F

A

V

480
Q

Crianças entre 6 e 12 meses com convulsão
+ febre, a PL PODERÁ ser realizada. Na
presença de sinais de irritação meníngea ou
outras anormalidades neurológicas, ou de
outra forma, se durante a história clínica e
exame físico, o pediatra não conseguir identificar
o sítio da infecção extracraniana (ex.:
otite, faringoamigdalite), a PL é obrigatória
V ou F

A

V

481
Q

Mesmo diante de uma crise febril simples em vigência
de uma infecção viral ou bacteriana bem estabelecida
(ex.: otite, laringite, doença exantemática),
é importante a realização de um Eletroencefalograma
(EEG) ou exame de imagem do sistema
nervoso central (ex.: tomografia ou ressonância
nuclear magnética), visando descartar outras causas
V ou F

A

F
Nesses casos, não existe indicação para realização desses exames

482
Q

Descreva o manejo da crise convulsiva febril

A

crise convulsiva com duração superior a cinco minutos: uso de anticonvulsivante com benzodiazepínicos (ex.: diazepam venoso ou retal, na dose de 0,3-0,5 mg/kg, midazolan ou lorazepan)

Nas crises febris SEM fatores de risco para
epilepsia no futuro:
 Assegurar que as crises febris são benignas, não
provocam deficit intelectual ou anormalidade
neurológica futura, não evoluem para epilepsia
na grande maioria dos casos e são autolimitadas,
cessando ao final da fase pré-escolar;
 O uso de antitérmicos (ex.: paracetamol
e dipirona) reduz o mal-estar associado
à febre, mas não impede a ocorrência
da crise febril, até porque suspeita-se que a
mesma seja desencadeada durante a fase de
ascensão ou queda da temperatura

Nas crises febris COM fatores de risco para
epilepsia no futuro:
 Considerar a realização de EEG (30 minutos
acordado e 30 minutos em sono) e/ou exame
de neuroimagem;
 Considerar diazepam intermitente ou anticonvulsivante contínuo

483
Q

O status epilepticus ou estado de mal é caracterizado
pela…

A

ocorrência de uma crise com duração
superior a trinta minutos ou a recorrência de
várias crises (crises subentrantes) sem que tenha
havido a recuperação da consciência entre elas

484
Q

O diagnóstico clínico de epilepsia é feito mediante
a presença de

A

pelo menos UMA CRISE CONVULSIVA + evidências de EEG ou HISTÓRIA CLÍNICA (ex.: anormalidades no exame neurológico, atraso no desenvolvimento)
que sugiram risco de recorrência das mesmas
no futuro.

Outra definição epidemiológica útil
é considerar a epilepsia como a presença de
duas ou mais crises convulsivas não provocadas
e com intervalo entre elas maior que 24 horas.

485
Q

período logo após a crise convulsiva, que frequentemente é marcado por sonolência (geralmente de trinta minutos até duas horas), vômitos ou cefaleia. Além da sonolência, o exame físico pode revelar ataxia, hiper-reflexia profunda com clônus e sinal de Babinski. Estas
alterações são transitórias e exibem resolução
espontânea. Refletem uma disfunção neuronal
temporária da área cortical afetada

A

Estado pós-ictal

486
Q

manifestação motora, caracterizada geralmente por hemiparesia transitória, que pode se instalar no período pós-ictal de uma crise focal motora. Demonstra resolução espontânea dentro
de 24 horas, não mais que isso. Sua permanência
além do tempo habitual deve levantar a
suspeita de um evento isquêmico.

A

Paralisia de Todd

487
Q

A infância é um período da vida particularmente
vulnerável ao desenvolvimento de crises epiléticas.
Isso acontece porque o encéfalo da criança é mais vulnerável a agentes infecciosos, os quais causam um quadro patogênico suficiente para desencadear crises convulsivas, mas que não prejudicam outras funções orgânicas.
V ou F

A

F
A infância é um período da vida particularmente
vulnerável ao desenvolvimento de crises epiléticas.
A incidência da epilepsia é grande nos primeiros
anos de vida, atingindo um pico com um
ano e permanecendo elevada nas fases de lactente
e pré-escolar. As explicações fisiopatológicas
que sustentam estes achados baseiam-se no fato
de que o encéfalo pós-natal apresenta grande
desenvolvimento de dendritos, mielinização e
plasticidade, com formação e destruição de sinapses
continuamente. Existe um predomínio de
neurotransmissores excitatórios (ex.: glutamato
e aspartato) na infância, o que parece ser fundamental
para o processo de aprendizagem. Além
disso, o principal neurotransmissor inibitório do
SNC, o GABA (Ácido Gama-Aminobutírico),
parece exercer um papel excitatório paradoxal
nas fases iniciais da vida, contribuindo ainda mais
para o potencial epileptogênico.

488
Q

Os fatores de mau prognóstico associado à epilepsia na infância são:

A
  • idade de início precoce
  • crises de difícil controle com anticonvulsivantes
  • crises que levam à deterioração cognitiva e motora
  • anormalidades neurológicas prévias (ex.: atraso
    global do desenvolvimento neuropsicomotor).
489
Q

O EEG é um exame que corrobora
o diagnóstico de epilepsia, e a presença de
descargas em ponta ou pontas-ondas está
associada com a epilepsia em 90% dos casos.
Entretanto, a ausência de anormalidade eletrográfica
não exclui o diagnóstico de epilepsia,
pois, quando o exame é realizado na
fase interictal de uma criança epilética, poderá
ser normal em até 40% dos casos
V ou F

A

V

490
Q

São também chamadas crises do 5º dia, pois
tendem a se iniciar entre o 3º e 7º dia de vida.
Caracterizam-se por movimentos clônicos unilaterais
geralmente associados à apneia, que recorrem várias vezes em 24-48 horas e desaparecem
sem deixar sequelas. É mais frequente
no sexo masculino. O prognóstico é bom e
o desenvolvimento neurológico é normal. O
EEG interictal pode ser normal, focal, multifocal
ou revelar padrão teta pontiagudo alternante.
O EEG ictal geralmente mostra espículas
ou ondas lentas em região centrotemporal.

A

Crises focais neonatais benignas

491
Q

É uma síndrome epilética de transmissão autossômica,
determinada por uma mutação no
braço longo do cromossoma 20 (20q 13,2).
Caracterizam-se por movimentos tônicos unilaterais,
associados à taquicardia e à apneia
iniciadas entre o 2º e o 3º dia de vida, e persistem
por longo período. Tendem a desaparecer
sem deixar sequela, mas o risco de ocorrência
de epilepsia secundária é de 11%, um pouco
maior que para a população geral. O EEG interictal
pode ser normal, focal, multifocal ou
revelar padrão teta pontiagudo alternante. O
EEG ictal geralmente mostra atenuação da
atividade de base seguida de espículas ou ondas
lentas focais ou generalizadas.

A

Crises focais neonatais benignas familiares

492
Q

No contexto dos Distúrbios Paroxísticos Não Epiléticos
(DPNE), como diferenciar os abalos, em neonatos, de uma crise convulsiva?

A

Os abalos são tremores dos membros frequentemente
observados em neonatos a termo saudáveis ou naqueles policitêmicos, filhos de mães
diabéticas, síndrome de abstinência ou naqueles
com algum grau de hipóxia ao nascimento.

Os tremores diferem dos abalos clônicos
convulsivos por ocorrerem sempre com
o neonato desperto, geralmente após estímulo
tátil, cessarem após reposicionamento dos
membros, serem mais rápidos e de menor
amplitude que as crises clônicas e não estarem
associados a movimentos oculares/orobucolinguais
anormais ou alterações da cor/
apneia/frequência cardíaca.

493
Q

São movimentos mioclônicos (assemelham-se
a “sustos”) que ocorrem naturalmente no início
do sono ou próximo ao despertar. Não têm representação epileptiforme no EEG.

A

Mioclonia benigna do sono

494
Q

É a forma mais frequente da crise de perda de
fôlego. O episódio sempre é precedido por raiva
ou frustração imposta ao bebê, seguido de
choro agudo, e na sequência, uma expiração
forçada, apneia e cianose, com duração aproximada
de um minuto. Se for prolongada, o
lactente perde a consciência e pode apresentar
enrijecimento tônico dos membros, assumindo
uma postura de opistótono. Nesta forma, ocorre
um espasmo da glote e musculatura expiratória
ao final da expiração, elevando a pressão
intratorácica; com isso, o débito cardíaco fica
reduzido e a oxigenação cerebral diminuída.

A

Forma cianótica

495
Q

é decorrente de um reflexo vasovagal
exacerbado deflagrado por um episódio
de medo súbito ou dor (ex.: bater a cabeça,
cair). A criança inicia o choro, e rapidamente
fica pálida, perde a consciência, e na sequência,
pode apresentar uma crise reflexa hipóxica, caracterizada
por abalos clônicos e incontinência
urinária. Alguns episódios podem ter componente
cianótico associado. Nesta forma, o aumento
do reflexo vagal induz à bradicardia,
baixo débito cardíaco e redução da perfusão
cerebral. A compressão ocular pode desencadear
um episódio semelhante, pois tal medida
leva a uma descarga vagal com bradicardia
através do reflexo oculocardíaco, no qual a via
aferente é via trigêmeo (V par) e a via eferente
é o vago (X par). Contudo, não se recomenda a realização deste teste por médico inexperiente
ou sem a presença de equipamentos/medicações
para tratamento de assistolia. A presença
de anemia ferropriva intensifica a perda de
fôlego forma pálida.
Recomenda-se que para todo o lactente com crise
de perda de fôlego sejam solicitados: hemograma
+ ferritina para investigação de anemia
ferropriva associada; e ECG para avaliar a presença
de bradicardia/assistolia durante o reflexo
oculocardíaco e para investigar a síndrome do
QT longo, que poderá induzir à síncope

A

Forma pálida da crise de perda de fôlego

496
Q

Manejo de uma criança com crise de perda de fôlego

A

A principal medida na condução destes casos é
tranquilizar os pais acerca da benignidade e transitoriedade dos episódios. Orientá-los a NÃO
molhar a criança, ou sacudi-la ou realizar respiração
boca a boca. Basta deitá-la em superfície
plana ou virá-la em decúbito lateral. Alguns estudos
experimentaram o uso do piracetam (análogo
do GABA) na dose de 50-100 mg/kg/dia
associado à suplementação de ferro, e observaram
uma redução na frequência das crises. Contudo,
esta não é uma conduta terapêutica unânime.
Apenas nas crises forma pálida muito recorrentes
e nas quais se constata assistolia prolongada
(> 2s), recomenda-se o uso da atropina via
oral na dose de 0,01 mg/kg (máximo de 0,4 mg/
dia), por bloquear a condução vagal no coração.

497
Q

Ocorre em crianças a partir de 2-8 meses de
vida, e se resolve espontaneamente por volta
de 2-3 anos. Caracteriza-se por um desvio
tônico do pescoço, associado a palidez, agitação,
vômitos, sem perda da consciência. Na
fase pré-escolar pode evoluir para a vertigem
paroxística benigna, e na fase escolar/adolescência
pode ser observada enxaqueca. Tais
casos podem estar associados à mutação do
canal de cálcio. .

A

Torcicolo paroxístico

498
Q

São episódios típicos, caracterizados pela
tríade: nistagmo pendular, acenos com a cabeça
e torcicolo. Inicia-se entre quatro meses
e um ano.
Na maioria dos casos é uma condição benigna
e transitória, mas outras vezes pode ser a manifestação de um tumor hipotalâmico ou de
quiasma óptico

A

Spasmus Nutans

499
Q

Trata-se de um balanço rítmico e demorado da
cabeça no início e durante o sono. Parece ser
um movimento reconfortante para a criança.
Não há qualquer alteração do tono e outros
movimentos anormais. Mais frequentemente
observado em torno de um ano.

A

Jactatio capitis

500
Q

São episódios caracterizados por perda da consciência, perda do tono muscular, seguida ou
não de contrações tônicas breves da face, tronco
e extremidades. Algumas crianças podem
apresentar desvio do olhar para cima. Podem ser diferenciadas das crises convulsivas
por serem mais breves (< 20 segundos),
haver sensação de cabeça “vazia”, náusea,
suores, turvação visual e fraqueza associadas
e completa recuperação da memória do episódio.

A

Síncope

501
Q

ocorre por uma redução do fluxo
sanguíneo cerebral em decorrência de hipotensão
arterial. Geralmente, estímulos como dor,
medo, excitação ou permanência prolongada
na posição ortostática durante o clima quente,
desencadeia um reflexo parassimpático, levando à
bradicardia e à hipotensão arterial. Com a isquemia,
os centros corticais liberam a inibição
sobre a formação reticular ascendente do tronco,
e o indivíduo perde a consciência.

A

Síncope vasovagal

502
Q

É mais comum em crianças asmáticas, geralmente
deflagrada pela tosse intensa logo após
o início do sono. A criança tosse, produzindo
intenso aumento da pressão intratorácica, com
redução do retorno venoso e redução do
to cardíaco, levando à isquemia/hipóxia cerebral.
Assim, há perda da consciência, perda do
tono muscular, desvio do olhar para cima e
movimentos clônicos associados nos casos de
isquemia cerebral prolongada. O tratamento é
feito com controle das crises de asma

A

Síncope associada à tosse

503
Q

Inicia-se entre um a três anos, cessando espontaneamente
aos quatro anos. Geralmente, são
crianças que apresentaram torcicolo paroxístico
na fase de lactentes. Clinicamente, caracteriza-se
por perda do equilíbrio, queda ao solo, nistagmo,
náusea/vômitos e sensação de tontura (descrita
pelas crianças maiores). Alguns autores sugerem
uma disfunção labiríntica. Não há resposta com
drogas antiepiléticas, meclizina ou dimenidrato

A

Vertigem paroxística

504
Q

A idade de início é de oito a catorze anos. Inicia-
se com coreoatetose ou postura distônica
uni ou bilateral de braços ou pernas, geralmente
associado ao careteamento da face e disartria,
durando menos de um minuto e SEM perda da
consciência. O movimento é deflagrado por
movimento súbito de levantar-se após um longo
período na posição sentada, medo ou excitação.
Geralmente há história familiar positiva,
demonstrando o caráter possivelmente genético.
Ao contrário dos demais DPNE, pode haver
melhora dos episódios com o uso da fenitoína.

A

Coreoatetose cinesiogênica paroxística

505
Q

definida por um súbito ataque
de sono durante o dia. Afeta
geralmente adolescentes, a uma incidência de
1:2.000 casos. O EEG revela que estes “ataques
de sono” são na verdade sono REM (Rapid Eye
Moviment). Os pacientes são facilmente despertáveis,
podendo haver convulsão posterior
ou tonteira/letargia pós-ictal. O tratamento é
feito com psicoestimulantes como modafinil
200 mg/dia.

A

Narcolepsia

506
Q

pode ser confundida com epilepsia
(crises atônico-astáticas), pois o paciente
perde subitamente o tono e cai ao chão, e somente recupera os movimentos após poucos minutos. Não há perda da consciência, e os episódios podem ser deflagrados por estresse, medo ou gritos. O tratamento é feito com metilfenidato,
e antidepressivos tricíclicos

A

Cataplexia

507
Q

São movimentos estereotipados, involuntários
e repetidos de determinados grupos musculares,
levando a contrações de certas partes do corpo
ou vocalizações. Representam uma descarga
eletroquímica cerebral em resposta a uma sobrecarga
de tensão emocional. Caracteristicamente,
estes movimentos anormais pioram com
o estresse e melhoram com a atividade física e
mental moderada. Têm caráter flutuante,
com períodos de melhora e exacerbação.
Podem ser transitórios (duração < 1 ano) ou crônicos (duração > 1 ano).

A

Tiques

508
Q

Quais são os tipos de tiques

A

 Motores simples: envolvem apenas um grupamento
muscular. Por exemplo: piscar,
virar a cabeça, levantar os ombros, balançar/
mexer as mãos;
 Motores complexos: determinam a contração
de vários grupamentos musculares,
determinando movimentos mais complexos.
Por exemplo: ecocinesia (imitar o movimento
de outra pessoa);
 Vocais simples: tosse, ronco, barulho de
“limpar” a garganta;
 Vocais complexos: coprolalia (verbalização
de palavras obscenas), ecolalia (repetição
de palavras ditas por outra pessoa), palilalia
(repetição das próprias palavras);

509
Q

caracterizada pela
presença de tiques motores e vocais (não
necessariamente concomitantes) com duração
> 1 ano, sem que haja um período livre
dos mesmos por mais de 3 meses + início
antes de 18 anos + não associado à causa
orgânica de disfunção do SNC. A coprolalia
é um sinal muito característico, embora esteja
presente em apenas 10% dos casos.
Geralmente, a síndrome se inicia antes dos
sete anos com tiques motores, evoluindo
com tiques vocais ao redor de 10-12 anos.
Apresenta uma prevalência de 0,5:1.000
indivíduos, cerca de três a quatro vezes mais
comum na população masculina, podendo
haver traço autossômico dominante, haja
vista a alta taxa de recorrência em parentes
de primeiro grau. É relativamente frequente
a associação de tiques motores/vocais
com outras desordens neuropsiquiátricas,
tais como TDAH (Transtorno do Deficit de
Atenção e Hiperatividade) e TOC (Transtorno
Obsessivo Compulsivo).

A

Síndrome de Tourette

510
Q

Como diferenciar os tiques de epilepsia ou dicinesias

A

Se diferem das epilepsias por não alterarem a interação do indivíduo com o meio e não determinarem amnésia após o evento.

São distintos das discinesias e distonias por
cessarem durante o sono e poderem ser brevemente
suprimidos pela vontade.

511
Q

Manejo dos tiques

A

Os tiques devem ser tratados com medicações
e/ou psicoterapia quando houver grande prejuízo
emocional, social ou acadêmico.

As classes de medicações mais utilizadas são:
1) neurolépticos: haloperidol (0,25 mg/dia a 6 mg/dia, em aumentos progressivos semanais), risperidona;

2) antagonistas dopaminérgicos: pimozide;

3) alfa-2 agonistas: clonidina (inicialmente na dose 0,05 mg/dia até o máximo de 0,2 mg/dia);

4) antidepressivos tricíclicos: clomipramina.

Geralmente, o curso natural da síndrome de Tourette é a sua redução de frequência e intensidade a
partir do final da adolescência e fase de adulto
jovem.

512
Q

Quando é possível suspender os anticonvulsivantes em crianças com epilepsia?

A

Após o início da terapia, as crianças que permanecerem livres de crises por cerca de dois
anos (e que não pertençam a grupo de risco)
podem ter suas drogas antiepilépticas suspensas

515
Q

Principais antiepilépticos

A

galeria (1ª foto)

516
Q

Características do TDAH

A

Três manifestações clínicas principais:
- desatenção
- impulsividade (falta de autocontrole)
- hiperatividade motora
Inadequados para a faixa etária e de surgimento anterior aos doze anos.

Para que estas características reunidas sejam consideradas como definidoras de uma “doença”, não basta apenas a sua identificação na criança. É necessário que exista um prejuízo funcional do indivíduo, ou seja, dificuldades de convívio familiar e
social ou queda na performance acadêmica/trabalho
para que estes aspectos do comportamento
ganhem uma conotação “patológica”.

Mais frequente em meninos 2:1

517
Q

O que estabelece a teoria dopaminérgica no contexto do TDAH?

A

Esta teoria defende que o TDAH seja a expressão
bioquímica de uma desorganização das
transmissões sinápticas dopaminérgicas em
determinadas regiões cerebrais (ex.: córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento de ações, e núcleos da base, responsável pelo controle fino dos movimentos e sua modulação)

518
Q

Qual entidade clínica pode cursar com estas manifestações:

  1. Deficit na reciprocidade social-emocional (ex.: falha ao iniciar ou responder às interações sociais,
    falha em compartilhar interesses, emoções e afetos, falha em manter um diálogo).
  2. Deficit de comunicação não verbal (ex.: falha em usar o contato visual, linguagem corporal,
    compreensão de gestos e falta de expressão facial).
  3. Deficit em desenvolver relações sociais (ex.: ausência de interesse nos pares da mesma idade,
    falha em usar o pensamento simbólico e a brincadeira imaginativa, dificuldade em ajustar seu
    comportamento aos diferentes contextos sociais).
  4. Estereotipias (movimentos motores repetitivos): balançar as mãos, alinhar brinquedos, sacudir
    brinquedos, ecolalia, frases idiossincrásicas.
  5. Rotinas e comportamentos ritualizados: mesmo alimento, mesmo ritual de saudação, estresse
    em pequenas mudanças.
  6. Interesse restrito e foco intenso e anormal em objetos incomuns, assuntos ou temas.
  7. Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais: aparente indiferença a dor/temperatura,
    resposta adversa a sons/diferentes texturas, mania de cheirar/tocar objetos, e fascinação com
    luzes e objetos que giram (ex.: ventilador).
A

Transtorno do Espectro Autista

519
Q

Cerca de 25% das crianças com TEA podem apresentar macrocefalia, sendo este um achado
do exame neurológico que não necessita
de avaliação por neuroimagem caso esteja
presente de forma isolada
V ou F

A

V

520
Q

esta síndrome é mais frequente
em meninas, sendo resultado da mutação
no gene MECP2. Estas crianças apresentam
desenvolvimento psíquico e motor
normal até os seis meses de vida em média.
A partir de então, há uma desaceleração do
crescimento do perímetro cefálico e regressão
dos marcos já alcançados. A microcefalia
passa a ser evidente aos dois anos, o bebê
deixa de falar, de se comunicar através de
gestos, perde a interação social e emocional
e regride progressivamente os marcos motores.
A marcha torna-se atáxica e progride com
a perda da capacidade para andar, deixando
as crianças restritas à cadeira de rodas. O
controle esfinctérico também é perdido.
Há o desenvolvimento de movimentos típicos de
mãos (ex.: balanço, esfregar uma sobre a outra,
movimentos de “lavar”) com perda do
movimento intencional. Este aspecto semiológico
é muito típico da síndrome.
TRATAMENTO

A

Síndrome de Rett

521
Q

é uma encefalopatia epilética que se desenvolve em crianças previamente hígidas, com performance
cognitiva e linguagem normais. A idade média
de aparecimento é ao redor de cinco anos e
meio, também mais frequente em meninos,
caracterizada por deterioração progressiva da
linguagem e descargas elétricas temporais
predominantes no sono. As crises convulsivas
podem estar associadas em 80% dos casos.

A

Síndrome de Landau-Kleffner:

522
Q

Representa a causa mais
comum de diarreia em menores de dois anos
de idade, tanto em países desenvolvidos quanto
em países em desenvolvimento

A

Rotavírus

É um RNA-vírus com sete grupos identificados A, B, C,
D, E, F e G, mas apenas os grupos A, B e C
causam doença em humanos. A doença está
mais relacionada ao grupo A.

523
Q

Faixa etária: crianças mais velhas.
 Período de incubação: 12-48 horas.
 Sazonalidade: verão e inverno.
 Clínica: semelhante à intoxicação alimentar (ex.: toxinas pré-formadas do S. aureus
e B. cereus), com náuseas e vômitos importantes; a diarreia em geral, de intensidade
de leve a moderada.
 Duração de 12-60 horas.

A

Calicivírus (Norovírus e Sapovírus)

524
Q

Duração: > 14 dias.
 Faixa etária: 1 a 3 anos.
 Sem sazonalidade.
 Estão associados a infecções nosocomiais, surtos de diarreia em creches e diarreia
em imunodeprimidos.
 Clínica: diarreia leve a moderada.
 Duração: 1 a 4 dias.

A

Astrovírus

525
Q

ƒƒMecanismo etiopatogênico: secretor através da produção de enterotoxinas:
termolábel e termoestável, que aumentam o AMPc e GMPc, respectivamente.
ƒƒÉ a principal causa de diarreia bacteriana no Brasil.
ƒƒAcomete indivíduos de todas as idades. Causa a diarreia do viajante.
ƒƒTransmitida principalmente através da água e alimentos contaminados.
ƒƒClínica: evacuação abundante, aquosa e explosiva, sem muco ou leucócitos,
com náuseas e dor abdominal. Dura em média três a cinco dias.
ƒƒNão há febre.

A

E. coli Enterotoxigênica (ECET)

526
Q

 Mecanismo etiopatogênico: osmótico e secretor (via toxina NSP4).
 Agente viral mais frequente em crianças pequenas (< 2 anos).
 Faixa etária: 6-24 meses.
 Período de incubação: 1-3 dias.
 Sazonalidade: períodos de inverno (países temperados) e todo ano (países tropicais).
 Clínica: vômitos, febre, seguidos de diarreia líquida e volumosa.
 Duração: 4-8 dias.

A

Rotavírus

527
Q

ƒƒTransmitida principalmente pela ingestão de carne bovina malcozida e
leite não pasteurizado.
ƒƒPeríodo de incubação: 1-8 dias.
ƒƒFaixa etária: seis meses a dez anos e adultos.
ƒƒEstas cepas produzem duas potentes toxinas: 1) Shiga-like toxina
I; e 2) Shiga-like toxina II. O sorotipo mais associado à síndrome
hemolítico-urêmica (anemia hemolítica + trombocitopenia + insuficiência
renal aguda) é o O157:H7. Estima-se que 5 a 10% dos surtos evoluam
para SHU.
ƒƒExistem reservatórios animais e portadores assintomáticos.
ƒƒClínica: início agudo com cólica, vômitos, diarreia aquosa, que rapidamente
pode se tornar sanguinolenta. Pode simular um quadro de abdome agudo.
Uma importante pista diagnóstica dentro das síndromes de disenteria é a
ausência de febre ou febre baixa. A diarreia tem duração de 1 a 24 dias.
Complicações: síndrome hemolítica urêmica e, menos frequentemente,
púrpura trombocitopênica trombótica (em adultos).

A

E. coli Êntero-Hemorrágica (ECEH)

528
Q

ƒƒTransmissão: ingestão de produtos animais contaminados, especialmente
carne, ovos, leite e aves.
ƒƒIncubação: 12-72h.
ƒƒClínica: início abrupto com febre, cólicas e diarreia líquida; em alguns casos,
sangue e muco. Algumas crianças podem ter doença intensa, com
febre elevada, cefaleia, confusão mental, meningismo e convulsões. Há
aumento dos leucócitos fecais e pesquisa de sangue oculto positiva. Pode
haver leucocitose leve. Os sintomas cedem dentro de dois a sete dias.
ƒƒEm 6% dos casos: bacteremia; pode causar meningite, osteomielite e
sepse. A bacteremia é mais comum em lactentes com menos de três meses
e em crianças com resposta imune reduzida, como aquelas com desnutrição,
doenças granulomatosas crônicas, neoplasias hematológicas, Aids e
anemias hemolíticas crônicas, particularmente hemoglobinopatias
(anemia falciforme).
ƒƒA excreção fecal é prolongada, podendo durar meses até um ano.
ƒƒExiste estado de portador crônico. A infecção crônica está associada à
colelitíase, envolvimento hepatoesplênico por S. mansoni e infecção
urinária.

A

Salmonella sp

OBS.: ƒƒAs Salmonellas são divididas em dois grupos: tifoides (S. typhi e S. paratyphi) e não tifoides (S. enteritidis).
O grupo das Salmonellas tifoides infecta exclusivamente o homem e causa infecção sistêmica.
As não tifoides infectam o homem e animais domésticos e selvagens.

529
Q

ƒƒ São classificadas em quatro espécies: S. dysenteriae; S. flexneri; S. boydii; S. sonnei, também denominados como grupos A, B, C e D, respectivamente. A S. flexneri é a mais comum nos
países em desenvolvimento.
ƒƒTransmissão: fecal-oral e interpessoal. Alta infectividade. Um inóculo de apenas dez micro-organismos já é capaz de produzir doença.
ƒƒFaixa etária: 1-4 anos.
ƒƒÉ a principal causa da disenteria (diarreia com pus e sangue) em nosso meio.
ƒƒPeríodo de incubação: um a quatro dias.
ƒƒClínica: diarreia aquosa leve que, por volta do segundo dia, evolui para disenteria com tenesmo e cólicas abdominais: fezes em pequena
quantidade, com elevada frequência associada à eliminação de sangue, muco e pus. Se não tratada, remite em 1-2 semanas. Dez por cento dos
casos evoluem para diarreia persistente. Há aumento dos leucócitos fecais, e o hemograma mostra leucocitose com desvio para a esquerda.
ƒƒA S. dysenteriae produz uma potente toxina, a shigatoxina, envolvida também
na síndrome hemolítico-urêmica.
ƒƒManifestações extraintestinais são comuns: alterações neurológicas em
40% (convulsões, rigidez de nuca podem aparecer antes ou após a diarreia),
SIADH.

A

Shigella sp

530
Q

ƒƒIncidência: mais observada em crianças menores de dois anos.
ƒƒPeríodo de incubação: 2-5 dias.
ƒƒÉ a principal causa de síndrome disentérica nos países desenvolvidos.
ƒƒTransmissão: fecal-oral e interpessoal. Alimentos malcozidos e água contaminada.
É comum a presença de animais domésticos nas casas das
crianças afetadas.
ƒƒClínica: semelhante à disenteria por Shigella.
ƒƒDuração da doença: dois a dez dias.
ƒƒTratamento: casos graves devem ser tratados com azitromicina ou quinolonas.
� Algumas cepas estão associados à síndrome de
Guillain-Barré (uma a doze semanas após o início da diarreia); artrite reativa (cinco a quarenta dias depois do início da diarreia) acometendo grandes
articulações, migratória, sem febre, em crianças maiores e adolescentes, principalmente naqueles com HLAB27; síndrome de Reiter e eritema nodoso

A

Campylobacter sp (jejuni)

531
Q

ƒƒTransmissão: fecal-oral.
ƒƒIncubação: 1-11 dias.
ƒƒClínica: diarreia, febre e dor abdominal. Leucocitose é um achado frequente.
Em crianças maiores pode mimetizar a apendicite, pois causa uma
adenite mesentérica importante.
ƒƒComplicações: ulcerações difusas intestinais, intussuscepção e megacólon
tóxico.

A

Yersinia enterocolitica

532
Q

ƒƒTransmissão: pessoa a pessoa. Causa importante de infecção nosocomial
em função de sua capacidade de permanecer viável em objetos por longos
períodos de tempo.
ƒƒClínica: variável de diarreia leve à colite pseudomembranosa. A colite
pseudomembranosa é caracterizada por uma síndrome disentérica, com
muito tenesmo, distensão abdominal, dor, febre e desidratação, podendo
evoluir para megacólon tóxico e óbito.
ƒƒOs antibióticos mais comumente envolvidos são cefalosporinas, ampicilina,
clindamicina e metotrexate. O quadro pode surgir dias após o início destes
agentes ou meses após seu término, e não é uma reação dose-dependente.
ƒƒO tratamento de casos graves é feito com metronidazol ou vancomicina
oral por sete a dez dias.

A

Clostridium difficile

533
Q

ƒƒPeríodo de incubação: crianças e adultos (12-72 horas) e < 1 ano (3-30 dias).
ƒƒTransmissão: alimentos enlatados, mel, xarope de milho.
ƒƒClínica:
▫ < 1 anos: letargia, fraqueza, hipotonia, deficit de sucção, e constipação;
▫ Crianças e adultos: vômitos/diarreia, visão borrada, diplopia, disfagia,
fraqueza descendente.
ƒƒLaboratório: pesquisa da toxina nas fezes, soro e alimentos. Cultura da bactéria.

A

Clostridium botulinum

534
Q

ƒƒO soro grupo 1 é o único patogênico. Possui dois subtipos: clássico e El Tor (responsável pelas epidemias recentes).
ƒƒTransmissão: fecal-oral (principalmente mariscos e peixes malcozidos). É necessário um grande inóculo (aproximadamente 108) para causar doença, pois
normalmente é destruído pela acidez gástrica. Por isso, o uso de bloqueadores H1 e inibidores da bomba de prótons predispõe à doença grave.
ƒƒClínica: vai desde pacientes assintomáticos, diarreia leve ou moderada (90%
dos casos) até casos graves, que podem levar ao choque e morte em poucas
horas. Os casos típicos caracterizam-se por início súbito, com diarreia
aquosa profusa (grande perda de água, sódio, bicarbonato e potássio), com
fezes líquidas amarelo-esverdeadas, com odor peculiar de peixe, sem muco
ou sangue, “água de arroz” (riziformes). Não há dor abdominal ou febre!!!
ƒƒExistem portadores crônicos.

A

Vibrio cholerae

535
Q

 Incidência: aumenta com a idade.
 Transmissão: fecal-oral ou interpessoal.
 Clínica: 90% são assintomáticos. Quando invade a mucosa, causa diarreia
persistente, disenteria fulminante, abscesso hepático, colite com febre, dor
abdominal, calafrios, tenesmo, diarreia intensa e desidratação. Pode causar
megacólon tóxico, peritonite e perfuração intestinal.

A

Entamoeba hystolitica

OBSERVAÇÃO: A única
ameba patogênica é a E. histolytica. As demais (E. dispar, Entamoeba coli, E.
hartmanni) são espécies não patogênicas, e por isso, mesmo que identificadas
laboratorialmente, não necessitam de tratamento.

536
Q

 Incidência: crianças entre um e cinco anos.
 Transmissão fecal-oral (água) ou interpessoal. Resistem à cloração da água.
 Período de incubação: uma a duas semanas. Distensão abdominal, cólicas,
flatulência, tenesmo, diarreia intercalando com períodos de constipação. Pode levar
à má absorção de nutrientes com perda de peso e fezes gordurosas. A giardíase
pode ameaçar a vida de pacientes com hipogamaglobulinemia e fibrose cística

A

Giardia lamblia (também chamada
G. duodenalis; G. intestinalis)

537
Q

Características clínicas e laboratoriais na diarreia osmótica e secretória.

A

Galeria (2ª foto)

538
Q

Artrite reativa: aparece cerca de uma a três semanas
após a infecção. Associada à infecção
por:

A

Salmonella
Shigella
Campylobacter
Cryptosporidium.

539
Q

Síndrome de Guillain-Barré: associada à infecção
por

A

Campylobacter.

540
Q

Nefropatia por IgA: associada à infecção por

A

Campylobacter.

541
Q

Glomerulonefrite: associada à infecção por

A

Shigella, Yersinia, Campylobacter.

542
Q

Síndrome hemolítico-urêmica:

A

E. coli EO157:H7 e Shigella.

543
Q

Anemia hemolítica:

A

Campylobacter e Yersinia.

544
Q

Eritema nodoso:

A

Yersinia,
Campylobacter,
Salmonella.

545
Q

Quais pacientes com GEA devem ser tratados desta forma:
1. Dar líquidos adicionais:
 Amamentar por mais tempo e com maior
frequência;
 Crianças em aleitamento materno exclusivo
podem receber a SRO;
 Crianças que não estejam em aleitamento
materno exclusivo devem receber a SRO, líquidos
caseiros, como o soro caseiro, ou água.
A quantidade de líquidos extras pode ser calculada
da seguinte forma: menores de 1 ano:
50-100 ml após cada evacuação; maiores de
1 ano: 100-200 ml após cada evacuação.

  1. Continuar a alimentar.
  2. Alertar para sinais de perigo e quando retornar
    ao serviço de saúde. Os sinais de perigo
    que indicam a necessidade de internação
    incluem: criança não consegue beber nem
    mamar no peito; criança apresenta piora
    do estado geral; ocorre o aparecimento ou
    a piora da febre. Além disso, nos casos de
    diarreia aguda, também há necessidade de
    retorno em caso de sangue nas fezes ou dificuldades
    para beber.
    Caso não ocorra melhora em cinco dias, deve
    ser feita uma reavaliação.
    Além de tudo isso, é indicado o uso de zinco
    durante dez dias, que melhora o epitélio intestinal
    inflamado durante a diarreia e fortalece o
    sistema imunitário da criança.
A

Plano A: Criança sem Desidratação

546
Q

Quais pacientes com GEA devem ser tratados desta forma:
administração de SRO na unidade de saúde, por um período de 4 horas, ou até que a criança esteja hidratada.
 O volume de SRO pode ser calculado da
seguinte forma:
- < 6 kg (até 4 meses): 200-400 ml;
- 6-10 kg (4 a 11 meses): 400-700 ml;
- 10-12 kg (12 meses a 2 anos): 700-900 ml;
- 12-19 kg (2 a 5 anos): 900-1.400 ml; ou
- Outra forma de cálculo do volume: 75 x peso
(kg). Observação: Em alguns manuais, o
Ministério da Saúde orienta o uso de 50-100
ml/kg em um período de 4 a 6 horas.
 Forma de hidratação: dar, com frequência,
pequenos goles de líquidos usando copo ou
colher.
 Se a criança vomitar, aguardar dez minutos
e depois continuar, porém mais lentamente.
 Caso persistam os vômitos, use ondansetrona.
 Continuar a amamentar no peito sempre que
a criança o desejar. Outros alimentos não
devem ser oferecidos neste período.
 Após 4 horas, avaliar a criança, reclassificá-
-la e tratá-la de acordo. Caso a criança não
esteja aceitando a SRO ou pareça estar piorando,
a avaliação deve ser feita mais precocemente.

A

Plano B: Criança com Desidratação

547
Q

Quais pacientes com GEA devem ser tratados desta forma:
Se houver possibilidade de iniciar logo a hidratação
venosa, prescrever como abaixo:
 Hidratação venosa (fase de expansão):
- Menores de 1 ano: SF 0,9% ou Ringer
lactato, 30 ml/kg EV, em 1 hora; e 70 ml/
kg nas próximas 5 horas;
- Maiores de 1 ano: SF 0,9% ou Ringer lactato,
30 ml/kg EV, em 30 minutos; e 70
ml/kg em 2 horas e 30 minutos.
 Avaliar a criança a cada 30 minutos. Se não
houver melhora, aumentar a velocidade do
gotejamento.
 SRO: iniciar tão logo a criança conseguir
beber, no volume de 5 ml/kg/hora.
 Reclassificar a desidratação, e retomar o
tratamento (plano A, B ou C).
 Hidratação venosa (fase de manutenção),
enquanto a transferência é aguardada, da
seguinte forma:
- SF 0,9% + SG 5%: relação 1:1, volume de
4 ml/kg/hora.ol

A

Plano C: Criança com Desidratação Grave

548
Q

Nas crianças com disenteria e que permanecem
com comprometimento do estado geral após a
reidratação, deve ser prescrito o tratamento
para o quadro de shigelose e agendado retorno
em dois dias. Os antimicrobianos prescritos são
os seguintes:

A

 Antibiótico de primeira linha: ceftriaxona,
50 mg/kg/dia, 1 vez ao dia, por três dias;

 Antibiótico de segunda linha: sulfametoxazol
+ trimetoprim, 40 mg/kg/dia, VO, 12/12h,
por cinco dias.

549
Q

TTO para agentes etiológicos específicos de GEA

A

 Cólera: azitromicina, ciprofloxacino;
 Shigella: azitromicina, ceftriaxona e ácido
nalidíxico;
 Ameba invasiva: metronidazol seguido do uso
da nitazoxanida para a total eliminação dos
cistos. A nitazoxanida é um antiparasitário
eficaz contra Giardia lamblia, Entamoeba
hystolitica e Cryptosporidium parvum. Alguns
estudos têm demonstrado a ação da nitazoxanida
reduzindo a replicação do rotavírus
no hospedeiro;
 Giardíase: metronidazol, tinidazol, secnidazol;
 Campylobacter: azitromicina, ciprofloxacino;
 E. coli enteropatogênica, enterotoxigênica e
invasiva: ciprofloxacino, ceftriaxona;
 Clostridium difficile: metronidazol, vancomicina.

550
Q

Um resultado > 2+ na pesquisa de substâncias redutoras nas fezes (Clinitest®) sugere

A

má absorção de carboidratos, pois seu excesso
na luz intestinal é fermentado pelas bactérias
intestinais e é transformado em ácidos orgânicos
que podem ser detectados pelo teste.

551
Q

crianças normais conseguem absorver mais de… da gordura ingerida na dieta.
Recém-nascidos prematuros e lactentes
muito jovens têm essa capacidade reduzida a… respectivamente

A

95%

75 e 90%

552
Q

Cite as causas mais comuns de diarreia crônica, no contexto da pediatria, de acordo com a faixa etária

A

Galeria (3ª foto)

553
Q

Caracterize a patogênese diarreia funcional

A

A diarreia funcional é uma das principais
causas de diarreia crônica nos primeiros anos
de vida. Cabe notar que não há alterações no
transporte de água e de eletrólitos, não há
esteatorreia e a absorção de glicose é normal.
Mecanismos que levam ao quadro podem
incluir alguns fatores nutricionais, tais como
o consumo excessivo de sucos de frutas, a
ingestão excessiva de carboidratos com pouca
quantidade de gordura, bem como a ingestão
de sorbitol em grandes quantidades.

554
Q

Os seguintes critérios diagnósticos dizem respeito a qual entidade clínica?

Todos os critérios abaixo:
1. Quatro ou mais defecações diárias, indolores, com fezes volumosas e malformadas;
2. Sintomas duram mais de 4 semanas;
3. Início entre 6 e 60 meses;
4. Ausência de deficit de crescimento se a ingestão calórica for adequada.

A

Critérios de Roma IV para Diarreia funcional

555
Q

Manejo da diarreia funcional

A
  • Tranquilizar os pais
  • 4 Fs:
  • Fat – aumento da gordura na dieta, pois frequentemente os pais reduzem o aporte de lipídios diante do quadro. As gorduras têm por função lentificar o trânsito intestinal;
  • Fibre – aumentar a ingestão de fibras (legumes, verduras e leguminosas), que adsorvem água, ácidos graxos e sais biliares, evitando que ao chegarem ao cólon estimulem excessivamente a motilidade;
  • Fluid – redução da ingesta de líquidos;
  • Fruit – substituir os sucos pela fruta em pedaços, pois, assim, aumentamos a ingestão de fibras

OBS: possível quinto F: fármacos - exceção

556
Q

Os três principais testes sorológicos para pesquisa
de doença celíaca são os anticorpos antigliadina,
antiendomísio e antitransglutaminase. A
avaliação habitualmente indicada na abordagem
inicial é a dosagem de antitransglutaminase IgA
Porém, o diagnóstico definitivo é feito através da biópsia de intestino delgado com achados histopatológicos compatíveis com a doença: atrofia de
microvilosidades, alongamento de criptas, aumento
do número de linfócitos da lâmina própria
e diminuição da altura das células epiteliais.
V ou F

A

V

557
Q

A doença celíaca está associada ao linfoma
intestinal e outras formas de câncer, como adenocarcinoma de intestino delgado, faringe e esôfago.
Estudos não mostram, porém, que a dieta
isenta de glúten, mesmo quando iniciada precocemente, previne o desenvolvimento de malignidades.
V ou F

A

F
Diversos estudos mostram que a dieta
isenta de glúten quando iniciada precocemente
nestes pacientes previne o desenvolvimento
de malignidades.

558
Q

Síndrome autossômica recessiva caracterizada
por insuficiência pancreática exócrina,
baixa estatura, neutropenia cíclica e alterações
esqueléticas.
Acomete 1:20.000 nascidos vivos. Estes pacientes
podem ser diferenciados daqueles com
fibrose cística por um teste do suor normal e
alterações esqueléticas típicas. Trombocitopenia
e anemia também são achados comuns.
Muitos podem evoluir para uma síndrome
mielodisplásica.

A

Síndrome de Shwachman-Diamond

559
Q

É uma doença mitocondrial cuja mutação afeta
a fosforilação oxidativa. Manifesta-se com
anemia macrocítica, sideroblastos em anel,
trombocitopenia e insuficiência pancreática

A

Síndrome de Pearson

560
Q

é uma doença caracterizada
pela obstrução dos vasos linfáticos
intestinais, de natureza congênita (primária) ou
secundária a alguma outra condição (como
pericardite constritiva, insuficiência cardíaca
congestiva, tuberculose abdominal, linfoma).
Sua forma congênita está frequentemente associada
a algumas síndromes genéticas (Turner, Noonan e Klippel-Trenaunay).

A linfa (rica em proteínas, gorduras e linfócitos)
drena para a luz do intestino delgado, resultando
em uma perda entérica destes produtos. As
consequências para o organismo são: hipoalbuminemia, edema, ascite, deficiência de vitaminas lipossolúveis, hipogamaglobulinemia e
linfocitopenia.

A

Linfangiectasia intestinal

561
Q

É uma doença autossômica recessiva causada
por uma mutação no gene que codifica uma das
lipoproteínas do quilomícron. Nessa doença,
não há quilomícrons, nem VLDL, nem
LDL e nem ApoB em decorrência do defeito
genético que impede a formação destas estruturas
a nível linfático. Assim, vamos ter um
quadro clínico caracterizado por fezes esteatorreicas
desde o nascimento, dificuldade de
desenvolvimento e ganho ponderal, e deficit de
proteínas lipossolúveis, especialmente A, E e
K. A carência das vitaminas leva aos quadros
típicos das hipovitaminoses.

A

Abetalipoproteinemia

562
Q

É a causa mais comum de constipação crônica
na infância.
Costuma ter início apenas após o período neonatal
Caracteristicamente, o quadro se instaura após
um evento em que há passagem dolorosa do bolo
fecal pelo reto, desencadeando o ciclo vicioso
dor – retenção fecal – constipação – dor

A

Constipação funcional

563
Q

Manejo da constipação funcional

A
  • Desimpactação fecal: pode ser feita por via
    oral (com polietilenoglicol) ou enema. Costumam ser necessários de
    três a cinco dias.
  • Tratamento de manutenção: deve ser iniciado
    apenas após a desimpactação, quando
    esta for indicada. Os laxativos usados
    diariamente podem ser o polietilenoglicol
    (vem sendo considerado a primeira escolha),
    o leite de magnésia e a lactulona. O
    óleo mineral ainda é citado em algumas
    fontes. Cabe lembrar que este não pode
    ser usado em menores de dois anos e em
    crianças com distúrbios da deglutição,
    pelo risco de broncoaspiração e desenvolvimento
    de pneumonia lipoídica.
564
Q

Qual a síndrome caracterizada por distonia espasmódica de torção, com arqueamento das costas e postura de opistótono, sendo uma manifestação específica, mas rara, de DRGE. Ela deve ser diferenciada de outras causas de movimentos anormais, incluindo convulsões, espasmos infantis, e distonia. A doença pode ser uma resposta reflexa vagal mediada pela exposição ácida esofágica e se resolve com tratamento antirrefluxo.

A

Síndrome de Sandifer

565
Q

A doença tipicamente manifesta-se após as três
primeiras semanas de vida (mas podem aparecer
desde a 1ª semana, como somente após o 5º mês),
com vômitos pós-alimentares que pioram progressivamente. São vômitos de características
não biliosa. Logo após o vômito, o lactente
está faminto. Com a intensificação dos vômitos
surgem as consequências metabólicas: alcalose
metabólica hipoclorêmica (por perda de ácido
clorídrico), desidratação, perda de peso (ou ganho
inadequado de peso) com desnutrição e com potássio
sérico geralmente mantido, apesar da quantidade corporal total estar reduzida. Ao
exame físico, pode-se palpar uma massa móvel,
firme, de aproximadamente 2 cm de comprimento,
em forma de oliva, localizada à direita da
região epigástrica ao lado da borda hepática.
Após a alimentação, é possível visualizar as ondas
peristálticas do estômago através do abdome

A

Estenose hipertrófica de piloro

566
Q

Atb associado à EHP em RN < 1 mês

A

Eritromicina

567
Q

TTO da EHP

A

pilorotomia a Ramstedt, caracterizada pela secção parcial das fibras musculares do piloro.

568
Q

Inicia-se por volta de 2-5 anos, mas
pode ser observada em lactentes e adultos. A
frequência dos episódios de vômitos é variável (média de doze episódios ao ano), durando em
média 2-3 dias, com quatro ou mais crises de
vômitos por hora. Geralmente, estes episódios
de vômitos ocorrem pela manhã ou ao acordar.
Pode haver pródromos como náuseas, palidez,
sudorese, intolerância a luz ou barulho, cefaleia,
letargia, dor epigástrica e diarreia. Os
principais fatores precipitantes são infecção,
estresse físico e psicológico.
Importante associação com enxaqueca

A

Síndrome dos Vômitos Cíclicos

569
Q

TTO da SVC

A

O tratamento dos episódios agudos inclui hidratação
e o uso de antieméticos. Para a prevenção
são usadas medicações como: ciproeptadina em
menores de cinco anos, e amitriptilina nos maiores
de cinco anos.

570
Q

Os seguintes critérios diagnósticos de Roma IV dizem respeito a qual entidade clínica?

Todos os critérios abaixo:
1. Um lactente com menos de 5 meses de
idade no início e término dos sintomas;
2. Períodos recorrentes e prolongados de
choro do lactente ou irritabilidade relatados
pelos cuidadores, sem causa óbvia e que
não podem ser prevenidos ou resolvidos
pelos mesmos;
3. Ausência de febre, deficiência de crescimento
ou qualquer outra evidência de doença.

A

Cólica do lactente

571
Q

Os seguintes critérios diagnósticos de Roma IV dizem respeito a qual entidade clínica?

Um ou mais dos sintomas incômodos abaixo, pelo menos quatro dias por mês, por pelo menos
dois meses antes do diagnóstico:
1. Plenitude pós-prandial
2. Saciedade precoce.
3. Dor ou queimação epigástricas não relacionadas com a defecação.
Após a avaliação apropriada, os sintomas não podem ser explicados por outra condição médica.
Há dois subtipos: síndrome do desconforto pós-prandial e síndrome da dor epigástrica, em função dos sintomas predominantes.

A

Dispepsia funcional

572
Q

Os seguintes critérios diagnósticos de Roma IV dizem respeito a qual entidade clínica?

Todos os critérios, por pelo menos dois meses antes do diagnóstico:
1. Dor abdominal ≥ 4 dias/mês associado a um ou mais dos seguintes:
- Relacionada à defecação;
- Mudança na frequência da evacuação;
- Mudança no aspecto das fezes.
2. Nas crianças com constipação, a dor não melhora após a resolução da constipação (as crianças
que apresentam melhora da dor apresentam constipação)
3. Após avaliação apropriada, os sintomas não podem ser explicados por outra causa médica.

A

Síndrome do intestino irritável

573
Q

Os seguintes critérios diagnósticos de Roma IV dizem respeito a qual entidade clínica?

Todos os critérios abaixo ocorrendo no mínimo duas vezes, presentes por pelo menos seis meses
antes do diagnóstico:
1. Episódios paroxísticos de dor intensa, periumbilical, na linha média ou difusa, durando uma
hora ou mais (deve ser o sintoma mais intenso do paciente);
2. Episódios são separados por semanas a meses;
3. A dor é incapacitante e interfere com a execução de atividades rotineiras;
4. Padrão estereotipado dos sintomas em cada paciente;
5. A dor é associada a dois ou mais dos seguintes:
a. Anorexia;
b. Náusea;
c. Vômito;
d. Cefaleia;
e. Fotofobia;
f. Palidez.
Após avaliação apropriada, os sinais e sintomas não podem ser explicados por outra causa médica.

A

Enxaqueca abdominal

OBS: Tratamento
Parece haver benefícios com o uso de pizotifeno,
e também de tratamentos profiláticos com
amitriptilina, propranolol e ciproeptadina.

574
Q

Dor abdominal associada à presença de lesões
purpúricas, com alterações no hemograma
e sinais de nefrite devem sugerir outras
possibilidades diagnósticas, tais como

A
  • púrpura de Henoch-Shönlein
  • síndrome hemolítico- urêmica.
575
Q

A presença do reflexo cremastérico
torna a torção testicular uma hipótese improvável.
V ou F

A

V

576
Q

causa de
dor testicular mais comum em meninos de
dois a dez anos, sendo rara em adolescentes

A

Torção do apêndice testicular

577
Q

epididimite é uma inflamação do epidídimo
provocada por uma infecção ascendente
a partir da uretra, geralmente causada
por…

A

E. Coli

578
Q

Desordem autossômica recessiva e se caracteriza por uma incapacidade de absorção do zinco na dieta. O típico é que as manifestações tenham início nos primeiros meses de vida, quando ocorre a transição da oferta do leite materno para o leite de vaca, exatamente como no caso descrito. O que existe de mais característico é o surgimento de lesões
vesicobolhosas, eczematosas, secas, descamativas ou
psoriasiformes. Essas lesões distribuem-se de forma simétrica na região perioral, acral e perineal. As outras manifestações associadas incluem alterações nos cabelos (alterações na cor e alopecia), manifestações oculares, diarreia crônica, estomatite, glossite, paroníquia e atraso de crescimento.
Há também atraso na cicatrização de feridas, infecções bacterianas e superinfecção por cândida

A

acrodermatite enteropática

579
Q

Nos meninos, as infecções do trato urinário
são mais comuns durante o primeiro ano de
vida e naqueles não circuncidados, havendo
uma relação de frequência entre o sexo masculino
e o feminino de 2,8-5,4:1, aproximadamente, sendo a única fase da vida em que a ITU é mais frequente no sexo masculino
V ou F

A

V

580
Q

Em meninas, cerca de 75-90% dos casos de ITU
são causados por bactérias…

A

Gram-negativas da flora intestinal do cólon, pertencentes à família Enterobacteriaceae: E. coli (principal patógeno), seguida de Klebsiella spp., Proteus spp, Enterobacter, Citrobacter e Serratia

581
Q

Os principais vírus causadores de ITU são

A

os adenovírus tipo 11 e 21 e o poliomavírus.

  • O adenovírus causa um quadro de cistite hemorrágica (AE mais frequente porém é a E coli), mais comum em meninos, de curso autolimitado e término da hematúria em quatro dias.
582
Q

manifesta-se através de hematúria, dilatação ureteral e até hidronefrose em função de massas formadas por infiltrado eosinofílico nas paredes internas da
bexiga. Frequentemente, é necessária a biópsia
com análise histopatológica das lesões
para diferenciá-las de processos neoplásicos.
A etiologia não é conhecida, mas suspeita-se
de origem imunoalérgica. O tratamento é
feito com anti-histamínicos e anti-inflamatórios
não esteroidais;

A

Cistite eosinofílica

583
Q

manifesta-se através de
urgência, frequência e disúria associadas à
dor pélvica e aliviadas pela micção. São mais
frequentes em meninas adolescentes. A cistoscopia
revela presença de úlceras na mucosa
vesical. A etiologia não é conhecida. O
tratamento é feito com a eletrocauterização
das úlceras.

A

Cistite intersticial

584
Q

Os lactentes (um mês até dois anos)
apresentam um quadro clínico inespecífico
na vigência de uma infecção urinária. São
comuns manifestações como ganho ponderoestatural
insuficiente (até três meses de
vida), febre, hiporexia, recusa alimentar,
náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal
e, eventualmente, choro às micções e alterações
de odor urinário
V ou F

A

V

585
Q

As principais
consequências da lesão renal crônica causada
pela pielonefrite são a

A

HIPERTENSÃO ARTERIAL
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA.

586
Q

Exame padrão-ouro para avaliação das cicatrizes renais, com sensibilidade aproximada de 100%.

A

Cintigrafia renal, realizada com o Ácido Dimercaptossuccínico (DMSA)

587
Q

Indicações de quimioprofilaxia de ITU em crianças

A

 Durante a investigação morfofuncional do
trato urinário após o primeiro episódiode ITU;
 Aquelas que possuem refluxo vesicoureteral
grave, graus III, IV e V;
 Aquelas que possuem uropatias obstrutivas;
 Aquelas que possuem cálculos renais;
 Aquelas que possuem bexiga neurogênica;
 SBP: recidivas frequentes, mesmo com investigação
por imagem normal, recomenda-se
a quimioprofilaxia por 6-12 meses.

588
Q

As principais consequências da hidronefrose
diagnosticada ainda no pré-natal são

A
  • hipoplasia pulmonar (nas uropatias obstrutivas que
    cursam com oligodramnia)
  • perda da função renal.
589
Q

Principais causas de hidronefrose em pediatria

A

Dentre as causas obstrutivas de hidronefrose,
destacam-se nesta ordem de frequência:
1) obstrução da junção ureteropélvica (24-30%
do total de casos): frequência de 1:2.000 neonatos,
geralmente com hidronefrose unilateral;
2) válvula de uretra posterior (8% do total de
casos): frequência de 1:8.000 meninos, geralmente
com hidronefrose bilateral.

Entre as causas não obstrutivas encontramos:
1) refluxo vesicoureteral (10 a 20% do total de causas);
2) rim multicístico (14% do total de casos).
Outras etiologias menos comuns de hidronefrose
são: ureterocele ectópica (frequência de
1:10.000 neonatos) e síndrome de Prune-Belly
(frequência de 1:40.000 neonatos).

590
Q

Em 60% dos casos a obstrução da JUP ocorre unilateralmente do lado direito, e em uma minoria é
bilateral (10%). É mais frequente no sexo
masculino (relação 2:1).
V ou F

A

F
Em 60% dos casos ocorre unilateralmente
do lado esquerdo

591
Q

Cite exames de imagem que podem fazer parte da propedêutica da hidronefrose no contexto da pediatria

A

1) ultrassonografia de rins e vias urinárias;
2) uretrocistografia pós-miccional, pois com muita frequência as uropatias obstrutivas estão associadas
ao refluxo;
3) cintilografia com DMSA para avaliação funcional do rim e identificação de cicatrizes renais;
4) cintilografia com DTPA para investigar o local da obstrução
5) urografia excretora, especialmente útil quando
se suspeita de duplicação pielocalicial,
ureter ectópico ou megaureter.

592
Q

Em que momento se deve solicitar exames de ureia e creatinina em RN com suspeita de lesão renal?

A

Os exames de função renal, como medição da ureia e creatinina séricas, deverão ser solicitados após 72
horas de vida, uma vez que até esse momento
a creatinina neonatal reflete a passagem transplacentária da creatinina materna.

593
Q

− A bexiga é funcionalmente, mas não anatomicamente, menor que o habitual e exibe
várias contrações não inibidas.
− Causa mais comum de IU diurna em crianças
− Clínica: frequente desejo para urinar, geralmente
associado a manobras de contenção
(cruzar as pernas, apertar a região genital
com a mão) a fim de adiar a micção e evitar
perda involuntária de urina.
− Uretrocistografia miccional: estreitamento
do colo vesical e uretra com dilatação proximal
e estreitamento distal.
− Prognóstico: resolução na adolescência.

A

Bexiga hiperativa

594
Q

TTO medicamentoso da bexiga hiperativa

A

Anticolinérgicos para diminuir a hiperatividade
vesical: oxibutinina 5 mg VO duas a
três vezes/dia; tolterodina.

595
Q

Nas crianças, são mais frequentes quais grupos de
neoplasias?

A
  • sistema linfohematopoiético (40%)
  • sistema nervoso central (30%)
  • sarcomas/tecidos embrionários (10%).
596
Q

Primeiro ano de vida: são mais comuns os
tumores…

A

de origem embrionária, como o
neuroblastoma, nefroblastoma (tumor de
Wilms), retinoblastoma, rabdomiossarcoma,
hepatoblastoma e meduloblastoma (SNC).

597
Q

Escolares e adolescentes: aumenta a incidência
das neoplasias ósseas, linfoma de
Hodgkin e tumores gonadais.
V ou F

A

V

598
Q

Tabela de síndromes genéticas e predisposição ao câncer

A

galeria (4ª foto)

599
Q

Tabela correlacionando principais manifestações clínicas com a neoplasia

A

galeria (5ª foto)

600
Q

As bactérias mais frequentemente implicadas
no desencadeamento de sepse nos neutropênicos
são…
E em relação aos fungos, os que mais acometem o neutropênico são…

A

Cocos Gram-positivos, (estafilococos coagulase-negativos associados ao cateter venoso central; S. aureus; S. pneumoniae; Streptococcus viridans associados à mucosite grave provocada pela Citarabina), bactérias Gram-negativas (P. aeruginosa, E. coli, Klebsiella, Enterobacter e Acinetobacter).

Candida e Aspergillus

601
Q

Segundo o Nelson 20ª edição, as crianças com
contagem de neutrófilos ≤ 750/mm3 e com febre
(T ≥ 38.3ºC) deverão receber antibióticos
venosos, conforme as orientações abaixo, sendo
então, reavaliados em três dias.
 Monoterapia (ex.: cefepime, ceftazidima, carbapenêmico)
ou duoterapia (ex.: aminoglicosídeo
+ betalactâmico antipseudomonas).
 Acrescentar vancomicina ao esquema acima
na presença das indicações abaixo:
• Presença de hipotensão;
• Colonização com MRSA;
• Suspeita de infecção pelo cateter;
• Risco de infecção por Streptococcus viridans:
mucosite grave, LMA e profilaxia
com quinolona.
V ou F

A

F
Neutrófilos < 500/mm3

602
Q

Síndrome composta
por um quadro metabólico decorrente
da destruição rápida e maciça de um grande
número de células malignas. Pode ocorrer de
forma espontânea ou por volta do quinto dia
após o início da quimioterapia, geralmente a
partir de tumores de alta celularidade, como o
linfoma de Burkitt, linfomas de células T,
LLA, hepatoblastoma, tumores de linhagem
germinativa ou neuroblastoma.

A destruição das células tumorais
leva à liberação de seu conteúdo para a
corrente sanguínea, principalmente fosfato,
potássio e ácidos nucleicos. O resultado deste
influxo maciço de eletrólitos e material genético
no sangue é a hiperfosfatemia, hiperpotassemia e hiperuricemia (pela metabolização
dos ácidos nucleicos em ácido úrico), respectivamente

A

Síndrome de Lise tumoral

603
Q

é definida por uma contagem leucocitária superior a 100.000 células/mm³. Está principalmente associada à
LLA e à LMA.

Fisiopatologia. O excesso de leucócitos da
circulação provoca hiperviscosidade sanguínea,
estase, oclusão e formação microtrombos
dos leitos vasculares, especialmente cerebral e
pulmonar. Os mieloblastos são, em geral, maiores
e menos deformáveis que os linfoblastos, e
por isso a LMA está tão fortemente associada
a esta síndrome. Podem ocorrer sintomas decorrentes
da isquemia e hemorragia.

A

Hiperleucocitose

604
Q

Os principais cânceres associados a essa síndrome são os linfomas não Hodgkin, linfomas
Hodgkin, LLA tipo T, teratomas malignos, timomas
e neuroblastoma.
Ela cursa com pletora de face, intercalada com palidez,
edema de face, turgência jugular, cianose, papiledema,
pulso paradoxal, dispneia e ortopneia –
manifestações intensificadas com a manobra de
Valsalva (inspiração profunda seguida de pausa),
que aumenta o retorno venoso ao coração.

A

Síndrome de Veia Cava Superior

605
Q

da infância, respondendo por 31% de todos os
cânceres pediátricos. A Leucemia Linfocítica
crônica (LLC) é o subtipo mais comum, representado
por 77% dos casos, seguida da
- Leucemia Mieloide Aguda (LMA) – 11%,
- Leucemia Mieloide Crônica (LMC) – 2% a 3%
- Leucemia Mieloide Crônica Juvenil (LMCJ) – 1% a 2%.
V ou F

A

F
da infância, respondendo por 31% de todos os
cânceres pediátricos. A Leucemia Linfocítica
Aguda (LLA) é o subtipo mais comum, representado
por 77% dos casos,

606
Q

Na LLA o pico de incidência ocorre de dois
até seis anos, de raça branca, sendo mais comum
em meninos. Na LMA muitas crianças
acometidas apresentam menos de um ano ou
são adolescentes
V ou F

A

V

607
Q

A análise do liquor é uma etapa importante
do estadiamento da leucemia e deve ser
realizada para todos os pacientes.
O achado de blastos com ou sem pleocitose
define a meningite leucêmica, o que reflete
pior prognóstico. A punção diagnóstica para
estadiamento da doença é também seguida pela
primeira injeção intratecal de metotrexate, um
quimioterápico usado para tratamento da infiltração
leucêmica meníngea.
V ou F

A

V

608
Q

Os sinais precoces de papiledema são

A
  • aumento do ponto cego
  • discromatopsia (perda da visão de cores).
609
Q

Ocorre quando a porção medial (úncus) do
lobo temporal desloca-se caudal e medialmente
sobre o mesencéfalo, comprimindo o terceiro
par, a artéria cerebral posterior e o pedúnculo
cerebral. Clinicamente há depressão do nível
de consciência (por compressão do sistema
reticular ativado ascendente), midríase ipsilateral
(compressão do terceiro par), postura de
decorticação e hemiparesia ipsilateral

A

Herniação transtentorial

610
Q

Ocorre por edema de ambos os hemisférios levando
à compressão de estruturas diencefálicas.
Clinicamente, caracteriza-se por redução do nível
de consciência, pupilas mióticas (disfunção
simpática ao nível do diencéfalo) e respiração
de Cheyne- Stokes. Com a progressão caudal
da herniação desenvolvem-se a hiperventilação
neurogênica e a postura de descerebração

A

Herniação central

611
Q

ocorre em
vigência de massas em fossa posterior, deslocando
estas estruturas sobre o bulbo e porção
superior da medula cervical. Sinais precoces
são representados pela rigidez nucal e torcicolo.
Com a progressão da doença, ocorre perda
da consciência, opistótono, ritmo respiratório
irregular (Biot) e apneia.

A

Herniação tonsilar

612
Q

Ocorre deslocamento da porção inferior do
hemisfério para o lado contralateral através
da foice do cérebro. Há compressão da artéria
cerebral anterior e veia cerebral interna.

A

Herniação do giro do cíngulo

613
Q

Caracteriza-se por marcha de base alargada ou
ebriosa, disbasia (aumento da base de sustentação
para permanecer de pé), incoordenação,
tremor, disdiadococinesia (incapacidade de
realizar movimentos alternados), dismetria
(incapacidade de realizar as provas dedo-dedo,
dedo-nariz), hipotonia e disartria (fala escandida).

A

Síndrome atáxica (lesão em cerebelos ou suas vias)

614
Q

Espasticidade, hiper-reflexia tendinosa profunda,
clônus, reflexos patológicos (ex.: sinal de Babinski e sucedâneos; sinal de Hoffmann)

A

Síndrome piramidal

podem ser encontrados na vigência de compressão
de vias piramidais (ex.: coroa radiada,
cápsula interna, pedúnculos cerebrais).

615
Q

Caracterizada por falência de crescimento e
desenvolvimento, emagrecimento importante,
edemaciação, aumento do apetite e humor eufórico.
Mais comum entre 18 meses e 3 anos.

A

Síndrome diencefálica ( de Russel)

616
Q

Provocada por tumores na região pineal.
Manifesta-se por retração palpebral, incapacidade
de realizar a mirada ocular para cima,
reflexos pupilares direto e indireto ausentes
com resposta pupilar somente a acomodação
e nistagmo.

A

Síndrome de Parinaud

617
Q

Indique a localização do tumor
Clinicamente se manifestam com sintomas de HIC, anormalidades na fala (núcleo ventrolateral do…),
ataxia (trato rubrodentotalâmico), distonia e
coreia (envolvimento de núcleos da base). Raramente
é verificada qualquer manifestação
sensorial. Sintomas cognitivos, como perda de
memória e labilidade emocional, são comuns

A

Tálamo (São geralmente astrocitomas)

618
Q

Indique a localização do tumor
Também são mais comuns os astrocitomas (tipo
pilocítico juvenil). A clínica manifesta-se com
distúrbios endócrinos (ex.: obesidade, diabetes
insipidus, precocidade puberal, atraso puberal,
distúrbios tireoidianos, falência de crescimento,
edemaciação) ou visuais.

A

Hipotálamo

619
Q

Os craniofaringeomas são os tumores mais
frequentes nesta localização. É uma massa de
paredes firmes, de componente sólido-cístico.
Há manifestações de HIC e perda visual. Síndromes
endócrinas com baixa estatura e hipotireoidismo
também podem ocorrer.

A

Região suprasselar

620
Q

Representam 55% dos tumores de SNC na
infância. Cursam com sintomas de HIC e síndrome
atáxica. Os mais frequentes são nesta
ordem: meduloblastoma, astrocitoma (tipo
pilocítico juvenil) e ependimomas.

A

Tumores de fossa posterior

621
Q

O tumor de SNC mais frequente na infância
é o astrocitoma.
O tumor de fossa posterior mais frequente na
infância é o meduloblastoma
V ou F

A

V

622
Q

é uma neoplasia embrionária
originada do sistema nervoso simpático
periférico. É o tumor sólido fora do SNC
mais comum na infância, respondendo por 8%
dos tumores pediátricos. Ocorre, na maioria
dos casos, por volta de 22 meses. As crianças
do sexo masculino e da raça branca são as
mais acometidas.
A evolução é extremamente heterogênea,
variando desde a regressão espontânea até
a ocorrência de tumores altamente agressivos
e não responsivos à terapia
É um tumor derivado das células da crista
neural. Estas células no período embrionário
migram para formar a medula adrenal, gânglios
simpáticos, timo, células de Schwann, melanócitos
e osso membranoso

A

Neuroblastoma

623
Q

O neuroblastoma pode estar associado a outras
anormalidades da crista neural, tais como:

A

doença de Hirschprung, neurofibromatose tipo
I, síndrome da hipoventilação congênita central
(síndrome de Ondine) e a cardiopatias
congênitas.

A incidência de neuroblastoma
também está elevada em crianças com a síndrome
de Beckwith-Wiedemann

624
Q

é uma síndrome paraneoplásica
rara de natureza autoimune. Ela se
caracteriza por ataxia do tronco e movimentos
oculares rápidos. Esta desordem encontra-se
presente na doença localizada geralmente em
tórax ou abdome e regride após o tratamento do
tumor primário. O SNC está livre de doença!

A

opsoclonus mioclonus

625
Q

No estadiamento do neuroblastoma, o que representa o 4S?

A

Representa aqueles tumores localizados (1, 2A ou 2B) em crianças com < 1 ano, e que
têm metástases para pele, fígado e medula óssea. A sobrevida em cinco anos é maior
que 80%

626
Q

TTO do neuroblastoma

A

O tratamento para a doença localizada (estágios
1 e 2) é cirúrgico. Crianças com estágio
4S ficam apenas em observação, pois muitos
casos regridem espontaneamente. A quimioterapia
(doxorrubicina, cisplatina, etoposide e
ciclofosfamida) é empregada para doença
avançada e pode reduzir o tamanho da massa
tumoral e torná-la ressecável. Outras opções
de tratamento incluem a radioterapia, transplante
de medula óssea e isotretinoína

627
Q

é um
tumor originado a partir dos tecidos embrionários
do rim e contém três elementos básicos:
blastoma, epitélio e estroma. É a segunda
neoplasia sólida abdominal (pois a primeira é
o neuroblastoma) mais comum em crianças,
respondendo por 6% dos tumores pediátricos.
Pode acometer um ou ambos os rins (7%). Sua
distribuição é igual em ambos os sexos.

A

Nefroblastoma (tumor de Wilms)

628
Q

A maioria dos casos de tumor de Wilms está associado com anormalidades genéticas e síndromes.
As principais associações são: síndrome
WAGR (Wilms, Aniridia, anomalias Geniturinárias
e Retardo mental); síndrome de
Denys-Drash (pseudo-hermafroditismo, insuficiência
renal) e síndrome de Beckwith-
Wiedemann (hemi-hipertrofia, macroglossia,
hipoglicemia e visceromegalia).
V ou F

A

F
A maioria dos casos de tumor de Wilms é esporádica,
mas alguns podem estar associados
com anormalidades genéticas e síndromes.

629
Q

A grande maioria das crianças com tumor de
Wilms nos estágios I-III é curada (88 a 98%).
O grande problema deste tumor é a recorrência.
Ao contrário dos outros tumores sólidos
da infância, mesmo na presença de recidiva, a
cura ainda é possível
V ou F

A

V

630
Q

é o tipo de rabdomiosarcoma mais comum, sendo
responsável por cerca de 60% dos casos.
Tem prognóstico intermediário. As células
têm forma de fuso e boiam em uma matriz
mixoide abundante.

A

Embrionário

631
Q

é uma forma variante do rabdomiosarcoma
embrionário. Este tumor cresce semelhante
a um “cacho de uvas” e se projeta para cavidades.
Esta neoplasia é mais comumente
encontrada na vagina, nasofaringe, útero,
bexiga e ouvido médio.

A

Botrioide

632
Q

crescem em extremidades
e tronco e tem um prognóstico sombrio.
Eles representam cerca de 15% dos rabdomiosarcomas
e se caracterizam por translocações entre os
cromossomas 2;13 ou 1;13.

A

Alveolares

633
Q

No geral, o… é o tumor ósseo maligno
mais comum, somando-se infância e adolescência,
seguido pelo…
Entretanto em crianças menores de dez anos, existe uma preponderância do…

A

osteossarcoma

sarcoma de Ewing

sarcoma de Ewing

634
Q

Cerca de 90% dos osteossarcomas se desenvolvem
na metáfise de ossos longos; e apenas
10%, na diáfise. Os locais preferenciais de
acometimento são: fêmur distal, a tíbia, em sua
porção proximal, e o úmero proximal.
V ou F

A

V

635
Q

um sarcoma indiferenciado
do osso, responde por 1% de todos os
casos de câncer na infância. Ele é mais comum
em homens (1,5:1) e afeta brancos mais do que
negros. Esta neoplasia maligna pode, também,
originar-se de tecidos moles
Os sítios preferencialmente acometidos são as
diáfises de ossos longos e ossos planos, como
os que compõem a caixa torácica (tumor de
Askin), a pelve e a coluna vertebral.

Ao contrario do osteossarcoma, pode estar associado a manifestações sistêmicas, como febre e perda ponderal, muitas vezes sendo confundido com osteomielite

A

Sarcoma de Ewing

636
Q

Tabela diferenciando osteossarcoma de sarcoma de Ewing

A

Galeria (6ª foto)

637
Q

Manejo do retinoblastoma

A

A doença unilateral, quando pequena, pode ser
manejada com fotocoagulação com laser ou
crioterapia. Tumores de dimensões maiores
podem necessitar de quimioterapia com múltiplos
agentes. A enucleação é recomendada se
houver perda completa da visão.

A doença bilateral pode ser manejada com fotocoagulação
ou crioterapia. A irradiação externa
ou a braquiterapia (implante de sementes
radioativas) podem ser úteis em pacientes que
não respondem. A enucleação se constitui na
última alternativa.

638
Q

A Histiocitose de células de Langerhans pode ser considerada uma doença
pseudotumoral, pois uma neoplasia verdadeira
possui um curso invariavelmente progressivo,
mas a HCL pode evoluir com regressão
espontânea e períodos de exacerbação. Outras
formas requerem tratamento agressivo.
V ou F

A

V

639
Q

Manejo da HCL

A

O tratamento depende da extensão da doença
e do número de órgãos acometidos.
 Na doença avançada, as drogas mais utilizadas
são os corticoides, vimblastina, metotrexato
e do 6-mercaptopurina.
 As lesões ósseas isoladas podem ser conduzidas
de forma expectante.

640
Q

A HCL pode acometer múltiplos sitemas. Dentre os achados clínicos, estão incluídos:

 OSSO: as lesões ósseas podem estar localizadas
em calota craniana, ossos
longos, costelas, vértebras e pelve, e podem
produzir tumefação dolorosa ou não. Na órbita
podem se manifestar com proptose, e na mandíbula
com tumefação, infiltração de gengiva
e perda de dentes. Na radiografia simples,
identificam-se lesões osteolíticas

 PELE: exantema máculo-papular, purpúrico, úlcero-crostoso, com descamação,
podendo assemelhar-se à dermatite
seborreica resistente ao tratamento.
Se atingem o couro cabeludo, podem
provocar alopecia.

 LINFONODOS: linfonodos aumentados
difusamente, especialmente em cadeias cervicais
podem ser a única manifestação da
doença.

 PULMÃO: ocorre infiltração do parênquima
com fibrose, levando a sintomas como tosse
e dispneia. O lavado broncoalveolar com células
de Langerhans define o diagnóstico.

 FÍGADO E BAÇO: podem estar infiltrados
na doença avançada. Pode haver evolução
para disfunção hepática, ascite e colangite
esclerosante.

 TRATO GASTROINTESTINAL: síndrome
disabsortiva com enteropatia perdedora de
proteínas.

 SISTEMA ENDÓCRINO: a doença de Hand-
-Schuller-Christian manifesta-se com proptose
ocular, lesões líticas em crânio e diabetes
insipidus. Associadas a estas alterações, também
pode haver deficiências do hormônio do
crescimento e gonadotrofinas, levando à baixa
estatura e atraso puberal, respectivamente.
V ou F

A

V

641
Q

principais “sinais de alerta” para possibilidade
de imunodeficiência primária

A
  1. ≥ 2 pneumonias/ano;
  2. ≥ 4 otites médias/ano;
  3. Estomatite de repetição ou candidíase oral >2 meses;
  4. Abscessos de repetição;
  5. Diarreia crônica;
  6. ≥ 1 infecção grave (ex.: meningite, osteomielite,
    sepse);
  7. Asma grave, doença do colágeno;
  8. Efeito adverso ao BCG;
  9. Fenótipo clínico sugestivo de alguma IP;
  10. História familiar de IP.
642
Q

 Manifesta-se precocemente, entre 2 e 6
meses;
 Infecções por germes oportunistas, doenças
graves por vírus comuns (CMV, EBV,
enterovírus, adenovírus, parainfluenza, varicela),
fungos (candidíase mucocutânea
extensa);
 Diarreia crônica, deficit ponderoestatural,
reações vacinais adversas (BCG, varicela),
doença do enxerto-versus-hospedeiro pós-
-transfusão com sangue não irradiado.

A

Deficiência de linfócitos T

643
Q

 Manifesta-se mais tardiamente, após 6 meses,
momento que coincide com a queda
dos anticorpos maternos, ou ainda, no final
da primeira infância;
 Infecções por bactérias encapsuladas (ex.:
pneumococo, hemófilos), e outras bactérias
(ex.: estreptococos, estafilococos, micoplasma)
e meningoencefalite por enterovírus;
 Pneumonias/sinusites, diarreia, risco de neoplasias
(linfomas e leucemias) e reação vacinal
adversa (pólio vacinal), vitiligo, alopecia

A

Deficiência de linfócitos B

644
Q

 Manifesta-se precocemente;
 Infecções por estafilococos e Gram-negativos
(Pseudomonas, Samonella, Klebsiella);
 Pele (impetigos, celulites, abscessos), linfonodos
(adenite supurativa), abscessos e
osteomielite, demora de queda do coto umbilical,
cicatrização deficiente de feridas.

A

Defeitos de Fagócitos: Granulócitos (Neutrófilos,
Eosinófilos e Basófilos) e Mononucleares
(Monócitos e Macrófagos)

645
Q

 Manifesta-se em qualquer idade;
 Infecções por Streptococcus pneumoniae e
Neisseria;
 Pneumonias/sinusite, meningite, osteomielite,
artrite, sepse;
 Associação com doenças autoimunes: lúpus,
dermatomiosite, esclerodermia, vasculite.

A

Defeitos do Sistema Complemento

646
Q

É a imunodeficiência mais comum, afetando
até 0,33% das crianças. Afeta pessoas
de diferentes gerações, sugerindo traço
autossômico dominante com expressão
variável.
 Há infecções respiratórias, gastrointestinais
e urogenitais.
Há associação com
doenças autoimunes, como alergia à proteína
do leite de vaca (IgG), doença celíaca, e
autoanticorpos anti-IgA da classe IgE (reação
anafilática durante a administração de
hemoderivados ou imunoglobulinas contendo
IgA do doador).

A

Deficiência seletiva de IgA

647
Q

 Resulta da dismorfogênese do 3º e 4º arcos
branquiais, ocasionando hipoplasia de timo,
de paratireoides (hipocalcemia neonatal),
atresia/estenose de esôfago, cardiopatia congênita,
hipoplasia de mandíbula, úvula bífida,
filtro labial curto, orelhas baixo implantadas
e hipertelorismo ocular.
 A contagem total de linfócitos é baixa para
idade, e a citometria de fluxo revela redução
dos linfócitos T CD 3.

A

Síndrome de DiGeorge (hipoplasia tímica)

648
Q

 Doença genética ligada ao X (gen que codifica
a proteína WASP), caracterizada pela
tríade: dermatite atópica + trombocitopenia
(plaquetas pequenas e em menor quantidade)
+ imunodeficiência.

A

Síndrome de Wiskott-Aldrich

649
Q

 Doença genética causada por uma mutação
no gen ATM, que determina: ataxia cerebelar
+ telangiectasias oculares + imunodeficiência

A

Síndrome da Ataxia-Telangiectasia
(Loui-Barr)

650
Q

É uma doença autossômica dominante caracterizada
pela incapacidade de sintetizar o
inibidor de C1. Sem o inibidor, a atividade
de C1 fica descontrolada, levando à quebra
de C2 e C4 e produção de bradicinina, que
leva à vasodilatação e edema sem cacifo.
 Manifesta-se com desenvolvimento de edema
de qualquer parte do corpo, nos dois primeiros
anos de vida, geralmente mãos e pés, mas sem
urticária, sem prurido, sem rubor e sem dor.
Torna-se mais intenso a partir da adolescência.
Pode durar de dois a três dias, e então resolver-se. Quando afeta a mucosa do trato
gastrointestinal pode ocorrer dor abdominal
intensa, vômitos e diarreia, simulando um
quadro de abdome agudo. Apesar do edema
laríngeo ser incomum, é geralmente uma
complicação fatal, muitas vezes desencadeada
por anestesia em gengivas para procedimentos
dentários. Outros fatores desencadeantes
para o aparecimento de angioedema
são estresse emocional, exercício físico extenuante,
menstruação ou febre

A

Angioedema hereditário

651
Q

A mortalidade neonatal (0 a 27 dias) representa
o componente de maior peso da MI (crianças < 1 ano), representando
60 a 70% de todas as mortes em menores
de um ano.
V ou F

A

V

652
Q

Cerca de 73,01% das internações hospitalares
são por causas externas, incluindo-se todas as
faixas etárias até 19 anos. Qual a principal causa externa, considerando todas as faixas etárias (1 - 19)?

A

Quedas

653
Q

os acidentes de transporte
são a primeira causa de morte, seguida
dos acidentes por queimadura em segundo lugar
entre as crianças de um a quatorze anos
V ou F

A

F
Em segundo lugar estão os acidentes por submersão
As queimaduras são a terceira causa de mortes externas nessa faixa etária

654
Q

Assento de segurança em carros de acordo com idade/peso/altura da criança

A
  • Até dois anos: Assento infantil tipo bebê conforto no banco traseiro, de costas para o painel do carro,
    preso ao cinto de segurança.
  • Entre três e sete anos (até 22 kg): Assento infantil tipo cadeirinha no banco traseiro, de frente para o painel do carro, presa ao banco do carro.
  • Entre oito e onze anos: Assento infantil tipo elevação
    (booster) de frente para o painel do carro, preso ao cinto de segurança.
  • > 1,45 m de altura: Banco traseiro com cinto de
    segurança.
655
Q

A shaken baby syndrome – é provocada por sacudidas
vigorosas em bebês até dois anos e
caracteriza-se por

A
  • hemorragia subdural
  • subaracnoidea
  • edema cerebral difuso
  • hemorragia retiniana (50 a 80% dos casos)
  • geralmente, ausência de outros sinais de lesão
656
Q

Clínica da síndrome da orelha de lata

A
  • equimose unilateral da orelha
  • edema cerebral ipsilateral
  • Retinopatia hemorrágica
657
Q

Segundo o artigo 13 do Estatuto da Criança e
do Adolescente (Lei n. 8.069/1990), a simples
suspeita ou a confirmação de maus-tratos à
criança ou ao adolescente deverão ser obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar
da respectiva localidade e sem prejuízo das
demais providências legais
V ou F

A

V

658
Q

Manifestações clínicas da cetoacidose diabética

A

 Desidratação.
 Ritmo respiratório de Kussmaul.
 Náusea, vômitos e dor abdominal.
 Alterações do nível e conteúdo da consciência.
 Leucocitose com desvio à esquerda.
 Elevação da amilase.
 Febre, apenas se infecção estiver presente.

659
Q

Critérios bioquímicos da CAD

A

 Hiperglicemia (glicemia sérica > 200 mg/dl).
 Acidose metabólica: pH < 7.3 ou HCO3 < 15 mmol/L.
 Cetonemia ou cetonúria (EAS: cetonúria > 3+).

660
Q

Tabelas com a substância tóxica e respectiva síndrome clínica

A

Galeria (2 fotos - 7ª e 8ª)

661
Q

o carvão ativado pode ser usado
para algumas drogas: antidepressivos
tricíclicos, anticonvulsivantes (ex.: fenobarbital, fenitoína e carbamazepina), AAS, metotrexato e
digitálicos.
Não tem efeito com metais pesados, ferro e derivados do petróleo
V ou F

A

V

662
Q

Tabela com antídotos específicos para certas intoxicações

A

Galeria (9ª foto)

663
Q

TTO do estado de mal epiléptico

A

1ª ETAPA: Benzodiazepínicos. Opções: 1)
diazepam, 0,1-0,3 mg/kg/dose EV, podendo ser
repetida até três vezes ou 0,2-0,5 mg/kg/dose
por via retal quando se estiver longe do hospital
ou enquanto o acesso venoso não é puncionado;
2) midazolam 0,5 mg/kg/dose por via
oral ou nasal ou 0,05-0,1 mg/kg/dose venosa;
3) lorazepam.

2ª ETAPA: a) Fenitoína: não diluí-la com SG
5%, pois seu sal precipita e há perda do efeito
terapêutico. A dose de ataque é de 15-20 mg/
kg/dose EV, com manutenção de 3-9 mg/kg/
dia 12/12h, após 12 horas a dose de ataque. b)
Fenobarbital: alguns centros preferem o fenobarbital
à fenitoína, por considerá-lo mais eficaz
e com menor variação sérica. A dose de
ataque é de 20-40 mg/kg em neonatos e de 20
mg/kg em crianças maiores, seguida da manutenção
de 3-5 mg/kg/dia 12/12h após 24 horas.
Nesta fase, também podem ser feitos ácido
valproico e levetiracetam.

Na Unidade de Terapia Intensiva:
3ª ETAPA: a) Midazolam infusão contínua,
0,2-0,4 mg/kg/h; b) Propofol infusão contínua,
1-2 mg/kg/h.

4ª ETAPA: a) Tiopental (coma barbitúrico):
dose de ataque de 2-4 mg/kg titulável até ocorrer
ocorrer supressão do EEG. Mantém-se por 48 horas
em silêncio elétrico, e suspende-se a medicação,
monitorizando-se seu nível sérico.

5ª ETAPA: a) Anestesia geral com halotano ou
isoflurano.

664
Q

Alguns sinais encontrados ao exame físico nas crianças
alertam para maior possibilidade de determinados tipos
de câncer. Numere os tipos de tumores na coluna da direita
com base nos sinais de alerta na coluna da esquerda.
1. Hemi-hipertrofia; ( ) Neuroblastoma;
2. Aniridia; ( ) Carcinoma de suprarrenal;
3. Heterocromia de íris; ( ) Retinoblastoma;
4. Mancha café com leite; ( ) Tumor de Wilms;
5. Leucocoria. ( ) Gliomas.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração CORRETA
na coluna da direita, de cima para baixo:
a) 1 – 5 – 3 – 2 – 4.
b) 5 – 1 – 2 – 3 – 4.
c) 3 – 1 – 5 – 2 – 4.
d) 4 – 1 – 2 – 5 – 3.
e) 3 – 2 – 5 – 4 – 1.

A

C

A hemi-hipertrofia pode estar associada com o tumor de Wilms, tumor de suprarrenal, hepatoblastoma

A aniridia está tipicamente associada com o tumor de
Wilms (nefroblastoma), ainda que também possa estar
associada com o carcinoma de suprarrenal. Na verdade,
existem algumas síndromes associadas com o tumor de
Wilms. Talvez a mais comum nas provas seja a síndrome
de Beckwith-Wiedemann, mas não é a única. Outras
síndromes incluem as síndromes de Denys-Drash e
WAGR (tumor de Wilms + aniridia + anomalias geniturinárias + retardo mental)

A heterocromia da íris pode estar associada com a síndrome de Horner congênita, por lesão na via oculossimpática. A síndrome de Horner na infância pode ser congênita ou adquirida e estar associada com tumores em diversas regiões e os neuroblastomas são a causa mais comum

As manchas café com leite podem estar presentes em algumas síndromes genéticas. Uma delas é a neurofibromatose tipo 1, associada a um maior risco de gliomas ópticos e, também, de outros tumores do sistema nervoso central

leucocoria é uma das possíveis manifestações do retinoblastoma. Essa pode ser a queixa inicial trazida à consulta: a história típica, nesses casos, é da ausência do reflexo vermelho em um dos olhos da criança durante uma fotografia.

665
Q

O tumor de Wilms é classicamente descrito
como uma massa lisa que não ultrapassa a linha média,
enquanto que no neuroblastoma a massa em geral é
irregular, frequentemente nodular e ultrapassa a linha
média. Além disso, o tumor de Wilms pode ser uma
massa assintomática, descoberta por acaso, muitas
vezes pelos próprios pais, em uma criança que não
apresenta nenhum outro sinal de doença, exatamente
como descrito. Já no neuroblastoma, o mais comum é
a presença de comprometimento do estado geral no
momento do diagnóstico, com relato de febre, emagrecimento, palidez, dor óssea ou nódulos subcutâneos.
V ou F

A

V

666
Q

A síndrome de Down sabidamente
aumenta o risco de desenvolvimento de leucemias. Além da maior predisposição para leucemias, os portadores de síndrome de Down podem ter outras alterações hematológicas,
como a mielodisplasia transitória na infância
e a macrocitose eritrocítica
V ou F

A

V

667
Q

Na síndrome de Edwards podemos encontrar
maior associação com algumas neoplasias, como
o tumor de Wilms e o hepatoblastoma
V ou F

A

V

668
Q

O neuroblastoma pode desenvolver-
-se em qualquer ponto do sistema nervoso simpático, mas, mais comumente, desenvolve-se na medula da suprarrenal.
A disseminação metastática é mais comum em crianças maiores de 1 ano e os locais mais comumente acometidos são os linfonodos regionais e à distância, os ossos longos e o crânio, a medula óssea, o fígado e a pele. As metástases para pulmões e cérebro são muito raras
V ou F

A

V

669
Q

As paralisias periódicas são
miopatias metabólicas/canalopatias causadas por
mutações nos canais de potássio, cálcio e sódio dos
músculos esqueléticos. São geralmente classificadas
em hipocalêmicas ou hipercalêmicas, na dependência
da variação dos níveis séricos de potássio. Clinicamente, caracterizam-se por episódios de fraqueza muscular localizada ou generalizada (preservam a musculatura da face e respiratória), geralmente após descanso de exercício físico, refeições ricas em carboidratos ou pela manhã, por volta da idade escolar e início da adolescência.
Muitas formas são autossômicas dominantes
e, por isso, é frequente a ocorrência de casos similares
dentro da mesma família. Durante os episódios de
fraqueza muscular aguda, os reflexos profundos estão
abolidos, e a duração poderá variar de minutos a horas.
Na idade adulta, os episódios se tornam mais frequentes.
Laboratorialmente, é possível detectar durante os
ataques variações nos níveis séricos de potássio (hipo
ou hipercalemia) e sódio (hiponatremia, principalmente
na paralisia hipercalêmica), alterações no ECG (onda T)
e discreta elevação da CPK.
V ou F

A

V

670
Q

O sarampo é causado por um vírus DNA da família Paramyxoviridae, gênero Morbillivírus
V ou F

A

F
É um vírus de RNA

671
Q

Além do homem, sabe-se que ratos atuam como hospedeiros do vírus do sarampo. Sua transmissão ocorre através de pequenas gotículas de saliva eliminadas através
da fala, espirros ou tosse, ou ainda através de
aerossóis. Partículas virais podem permanecer
suspensas e viáveis no ar por até 1 hora
V ou F

A

F
O homem é o único hospedeiro conhecido do
vírus.

672
Q

No epitélio respiratório, o vírus do sarampo
causa uma necrose celular, vasculite de pequenos
vasos, infiltrado linfocítico e formação
das células gigantes de Warthin-Finkeldey,
que são patognomônicas da doença. Estas
células gigantes são formadas pela fusão de várias células epiteliais infectadas, dando origem
a uma estrutura com mais de 26 núcleos
(podem chegar a 100) e várias inclusões intracitoplasmáticas, que representam as partículas
virais.
V ou F

A

V

673
Q

Manifestação clínica patognomônica do sarampo

A

enantema (cerca de um a quatro
dias antes do exantema), caracterizado por
pequenas lesões puntiformes, esbranquiçadas
com halo avermelhado na mucosa jugal na
altura dos pré-molares, mas que também podem
ser encontrados nos lábios, palato duro,
gengivas, conjuntiva e vagina. Estas lesões
são chamadas de manchas de Koplik

674
Q

Descreva o exantema do sarampo

A

Entre o 2º e o 4º dia começa
a fase exantemático, durante o qual
surge o exantema maculopapular avermelhado
(morbiliforme, ou seja, com áreas de
pele sã de permeio), inicialmente na região
retroauricular com disseminação para a região
frontal seguindo a linha de implantação capilar,
atrás das orelhas e pescoço, disseminando-
-se para dorso, extremidades, palmas e solas
(50% dos casos). Entretanto, o acometimento
das mãos e pés é menos proeminente do que
na escarlatina e na doença de Kawasaki. O
exantema tende à confluência em face e tronco,
seguindo um padrão de distribuição cefalocaudal.

675
Q

Se, no sarampo, a febre persistir além de 3 dias
após o início do exantema é indício de complicações:
pneumonias, otites, diarreia e complicações
neurológicas. Contudo, a encefalite
pode aparecer até o 20º dia da doença.
V ou F

A

V

676
Q

Quadro com evolução típicas das manifestações clínicas do sarampo

A

galeria (10ª foto)

677
Q

Sinais que indicam que esteja ocorrendo uma complicação em quadro de sarampo.

Complicações mais frequentes

A

Suspeita-se que esteja ocorrendo alguma complicação clínica quando a febre dura além do 3º, 4º ou 5º dia do exantema, quando a febre volta após
um período sem hipertermia, ou ainda, quando
no hemograma revela-se leucocitose. Nestes casos
deve-se pensar nas duas complicações mais
frequentes do sarampo: a otite média aguda e a
pneumonia

678
Q

Principal causa de morte no sarampo

A

pneumonia

679
Q

É uma forma crônica de complicação
do sarampo. A doença manifesta-se cerca
de 10 anos após a infecção primária, e seus
sinais/sintomas podem ser divididos em quatro
estágios: 1) Fase I – caracterizada por
mudanças súbitas de comportamento, com
irritabilidade, agressividade e desatenção; 2)
Fase II – é marcada por mioclonias maciças
de membros (apendiculares) e de tronco
(axiais), que se correlaciona do ponto de vista
anatomopatológico com lesões nos núcleos
da base; 3) Fase III – instalam-se movimentos
coreoatetoides, distônicos e rigidez, traduzindo
clinicamente a destruição mais pronunciada
dos núcleos da base; há, progressivamente,
estabelecimento de demenciação, estupor e
coma; 4) Fase IV – perda do controle dos
centros autonômicos do tronco encefálico (ex.:
respiração, cardiocirculatório), sendo a morte
um evento próximo nesta fase da doença

A

Panencefalite esclerosante subaguda (PEES)

680
Q

É uma forma rara e muito grave de sarampo
vista na atualidade. Caracteriza-se pela presença
de lesões cutâneas hemorrágicas, ceratite
ocular e trombocitopenia. O curso é
fatal em grande parte dos casos.

A

Sarampo negro ou hemorrágico

681
Q

DDX do sarampo

A
  1. Rubéola: doença febril de sintomas constitucionais
    mais brandos; o rash é róseo e
    mais discreto, iniciado no 2º dia de febre,
    com desaparecimento no 6º dia sem descamação.
  2. Eritema Infeccioso: o exantema surge tardiamente,
    cerca de uma semana após o
    início dos sintomas gerais. O rash é típico,
    evoluindo em três estágios: estágio 1 – face
    eritematosa, conhecida como “aparência de
    bochecha esbofeteada”; estágio 2 – caracterizado
    como exantema maculopapular,
    distribuído simetricamente no tronco e nas
    extremidades, podendo ser acompanhado
    de prurido; estágio 3 – mudança de intensidade
    no rash, com duração de uma ou
    mais semanas, exacerbado por exposição
    ao sol ou fatores emocionais.
  3. Exantema Súbito: doença de lactentes,
    caracteriza-se por febre alta e criança em
    bom estado geral, que dura cerca de 3 a 4
    dias. Após o desaparecimento da febre,
    surge o rash, semelhante ao da rubéola, mas
    muito fugaz. Desaparece sem descamar.
  4. Dengue: o exantema costuma aparecer com
    o declínio da febre.
  5. Enteroviroses: o exantema pode manifestar-
    se de várias formas, na maioria dos
    casos acometendo a região palmoplantar e
    sem descamação.
682
Q

Resoluçãodo exantema nosarampo

A

o exantema resolve-se
em sete dias, tornando-se acastanhado e deixando
no local uma fina descamação (furfuráceo)

683
Q

Quando tempo de isolamento respiratório a criança com sarampo deve ter?’

A

até quatro dias após o início
do exantema.

684
Q

vitamina A está indicada para
todas as crianças no mesmo dia do diagnóstico
do sarampo
V ou F

A

V

685
Q

Quando e em quem fazer a vacinação de bloqueio contra o sarampo

A

Encontra-se indicada em todos os contactantes
íntimos sem história prévia de sarampo. A
vacina pode ser empregada até 72 horas após
o contato (vacinação de bloqueio). Esta vacinação
de bloqueio poderá ser feita a partir de
seis meses. Se a criança tiver entre 6 e 12
meses, a dose da vacinação de bloqueio deverá
ser desconsiderada, e a mesma deverá receber
uma nova dose de tríplice viral aos 12
meses e tetra viral aos 15 meses, conforme
recomenda o calendário nacional de vacinação
do Ministério da Saúde.

686
Q

Quando e em quem fazer a imunização passiva contra o sarampo

A

A imunoglobulina (imunização passiva) pode
ser utilizada até 6 dias da exposição ao caso
índice, na dose de 0,25-0,5 mg/kg, intramuscular.
A imunização passiva está
indicada em contatos íntimos que tenham alguma
contraindicação à vacina (< 6 meses,
grávidas, AIDS, transplantados, imunodeficiências
congênitas etc.), independentemente de
seu status de imunização, ou se houver mais
de 72 horas até seis dias da exposição. A gamaglobulina
confere proteção por um período
de quatro semanas. Em caso de nova exposição,
a dose deve ser repetida.

687
Q

O vírus da rubéola é constituído de RNA altamente
sensível ao calor, ao pH extremo e a
um número variável de agentes químicos.
Pertence à família Togaviridae e ao gênero
Rubivírus. Os humanos são os únicos hospedeiros
conhecidos.
V ou F

A

V

688
Q

Manifestações clínicas da rubéola

A

Após um período de incubação que varia de duas
a três semanas, a criança inicia um quadro de
febre baixa, mal-estar, anorexia, mialgias, dor de
garganta e hiperemia conjuntival. Surgem adenomegalias principalmente localizadas na região
suboccipital, retroauricular e cervical posterior.

Em crianças, muitas vezes, a primeira manifestação
da rubéola pode ser o aparecimento do
rash, maculopapular puntiforme, róseo, com
tendência à coalescência que começa na cabeça
e pescoço e dissemina-se pelo tronco, dorso
e extremidades. Quando aparece no tronco, geralmente, já está desaparecendo da face.

Junto com o exantema, podem surgir lesões rosadas
(manchas de Forcheimer - também ocorrem na faringite estreptocócica e escarlatina) e petéquias em palato
mole e amígdalas.

O exantema da rubéola dura em média três dias e desaparece sem descamar
.
Cerca de 25-40% das crianças desenvolvem
uma forma subclínica sem rash. Poliartralgia
e poliartrite transitória são raras em crianças
e mais frequentes em adolescentes e adultos,
especialmente do sexo feminino.

689
Q

Complicações da rubéola

A
  • Trombocitopenia pós-infecciosa.
    Ocorre em 1:3.000 casos de rubéola, mais comum entre crianças do sexo feminino. Geralmente se inicia
    duas semanas após o início do rash, com
    petéquias, epistaxes, sangramento gastrointestinal
    e hematúria, geralmente de resolução espontânea e autolimitada.
  • Artrite.
    Acomete mulheres jovens com maior frequência, geralmente uma semana após o exantema. Afeta classicamente as pequenas articulações das mãos.
  • Encefalite pós-infecciosa.
    É de todas, a mais grave das complicações. Ocorre sob duas formas. A encefalite pós-infecciosa acomete
    1:5.000 crianças e se inicia sete dias após o exantema com cefaleia, convulsões, confusão, coma e manifestações neurológicas focais. O liquor pode revelar pleocitose linfocítica com aumento de proteínas. A mortalidade associada é de 20%, sendo registradas sequelas em alguns casos.
  • Panencefalite progressiva da rubéola.
    Assemelha-se clinicamente à panencefalite associada
    ao sarampo. A morte sobrevém em dois a cinco
    anos depois do início da doença.
  • Outras.
    Manifestações mais raras como síndrome
    de Guillain-Barré, neurite periférica e
    miocardite podem ser relatadas.
690
Q

O VVZ é um vírus RNA pertencente à família
Herpesviridae, assim como os vírus Herpes-
-simples, EBV e CMV. Eles possuem, como
característica peculiar, a tendência de persistirem
no organismo de forma latente após a infecção
primária.
V ou F

A

F
O VVZ é um vírus DNA

691
Q

taxa de ataque (percentual de contaminados
após o contato com o indivíduo infectado) da
varicela é próxima a 90%, ao passo que para
o herpes-zóster é de apenas 15%
V ou F

A

V

692
Q

Descreva a que o seguinte texto se refere
O indivíduo infectado passa a eliminar o
vírus cerca de dois dias antes do aparecimento
do rash até sete dias após o seu início, cessando
no momento em que todas as lesões estiverem
sob a forma de crostas. Durante o período
de incubação inicial (duração de 10-21 dias),
ocorre a replicação do vírus no tecido linfoide
local, havendo a primeira viremia. É apenas na
segunda viremia que o vírus se dissemina para
pele e mucosas, produzindo um exantema típico
por degeneração e vacuolização celular da
camada espinhosa da epiderme e acúmulo de
células gigantes multinucleadas. Nesse momento,
os vírus ascendem através das terminações
sensitivas axonais da pele até os corpos
celulares dos neurônios ganglionares, permanecendo
aí sob a forma latente (silenciosa) por muito tempo

A

Patogenia do VVZ

693
Q

Caracterize o exantema da varicela

A

O exantema se inicia no couro cabeludo, face
e pescoço, disseminando-se para o tronco e
extremidades. Como as lesões são mais concentradas
em face e tronco, dizemos que o rash
exibe distribuição caracteristicamente centrípeta.
As lesões aparecem em surtos; inicialmente
surgem máculas eritematosas pruriginosas,
que evoluem para pápulas, vesículas de
conteúdo claro, pústulas com umbilicação
central e, finalmente, crostas. O tempo médio
desta evolução é de 24-48 horas. A coexistência
de lesões em vários estágios de desenvolvimento
(polimorfismo) é um aspecto muito característico
da doença

694
Q

DDX da varciela

A

1) Impetigo – infecção cutânea de origem bacteriana (S. pyogenes ou S. aureus) cujas lesões estão distribuídas de forma preferencial sobre os membros (centrífuga),
não existe polimorfismo (lesões em vários estágios ao mesmo tempo), e não existe acometimento mucoso;

2) Escabiose – infecção cutânea parasitária causada pelo Sarcoptes scabiei, com predileção por dobras e espaços interdigitais;

3) Estrófulo – reação cutânea inflamatória desencadeada pela picada de insetos; também tem distribuição preferencial em membros, e a história prévia de “alergia” nos auxilia no diagnóstico diferencial;

4) Enteroviroses – o coxsakievírus produz lesões papulovesiculares de tamanho menor que a varicela,
principalmente no verão e de localização
em boca, pé e mão.

695
Q

toda gestante com varicela iniciada
cinco dias antes do parto ou dois dias após
tenha o aleitamento materno suspenso temporariamente e seu bebê receba imunoglobulina
antivaricela zóster hiperimune (VZIG).
V ou F

A

V

696
Q

Embriopatia associada à infecção primária da mãe pelo vírus nas primeiras 20 semanas de gestação. Afeta cerca de 2% dos fetos, levando a retardo de crescimento intrauterino, hipoplasia de extremidades, cicatrizes cutâneas, defeitos oculares (microftalmia, coriorretinite, catarata) e comprometimento do SNC, que se manifesta como retardo mental, convulsões,
atrofia cortical etc.

A identificação da infecção fetal pode ser feita através da coleta de sangue de cordão com realização de técnica de PCR para detecção do DNA viral. No período pós-natal, a persistência de IgG positiva após 12 meses também é um indicador de infecção adquirida na fase perinatal.

A

Síndrome da varicela congênita

697
Q

Complicação mais frequente da varicela

A

infecção bacteriana secundária da pele

698
Q

Complicações neurológicas da varicela

A

O acometimento neurológico inclui a ataxia
cerebelar (1:4.000 casos), meningoencefalite
(1:50.000 casos), mielite transversa, síndrome
de Guillain-Barré, síndrome de Reye e neuropatia
periférica

699
Q

encefalopatia associada à hepatite
(hepatomegalia, aumento das transaminases)
provocada pela ingestão de salicilatos

A

Síndrome de Reye

700
Q

A pneumonia bacteriana é a principal causa
de óbito em crianças com varicela em nosso
meio. Manifesta-se com febre persistente após
três a quatro dias do início do exantema com
tosse e dispneia
V ou F

A

V

701
Q

Indicações de aciclovir VO na varicela

A

 Adolescente > 12 anos.
 Crianças > 12 meses que tenham:
– Doença cutânea crônica;
– Doença pulmonar crônica;
– Uso de corticoide inalatório (aerossol) ou
sistêmico;
– Uso crônico de ácido acetilsalicílico;
– 2º caso na família.

702
Q

É uma doença causada pelo Herpesvírus Humano (HHV) tipo 6 e 7, ambos pertencentes à família Herpesviridae (junto com CMV, Herpes-simples, VVZ, EBV).

Pode se iniciar com sintomas prodrômicos
tipo infecção de vias aéreas superiores,
como rinorreia, hiperemia conjuntival e dor
de garganta. Uma linfadenomegalia cervical
e occipital discreta pode aparecer, e algumas
crianças apresentam leve edema palpebral.
Logo após, instala-se a febre alta (39º-40ºC)
e, nesse momento, podem ocorrer crises convulsivas
febris em até 10% das crianças infectadas.
Em alguns casos são verificadas
úlceras no palato mole e úvula, chamadas
manchas de Nagayama. A febre dura em média
três a cinco dias e pode desaparecer bruscamente
(em crise) ou gradualmente ao longo
de 24-36 horas (em lise). Cerca de 12-24
horas após o desaparecimento da febre, aparece
o rash, róseo, macular, não pruriginoso,
primeiramente em tronco, com disseminação
para pescoço, face e extremidades

A

Exantema súbito

703
Q

É uma doença exantemática, benigna, causada
pelo Parvovírus B19 (DNA-vírus pertencente ao gênero Erythrovirus e à família Parvovirida). É mais comum entre a faixa etária dos escolares, com 70% dos casos ocorrendo entre 5 e 15 anos.

A

Eritema infeccioso

704
Q

Caracterize o exantema nos quadros de eritema

A

1º estágio – O exantema aparece primeiro na
face (aspecto de bofetada), o que
somado à palidez perioral determina as maiores
características do eritema infeccioso.

2º estágio – Aproximadamente um dia depois
do envolvimento da face ou de forma concomitante,
o exantema se dissemina como
manchas vermelhas simetricamente distribuídas
no tronco e parte proximal das extremidades
superiores e inferiores. Com a evolução,
as lesões cutâneas começam a clarear
centralmente, dando a aparência rendilhada.
Este estágio pode durar dias ou semanas.
Palmas e plantas são poupadas. As lesões
desaparecem sem descamar.

3º estágio – É o ressurgimento das alterações
cutâneas depois da melhora clínica,
após uma a três semanas. O exantema pode
reaparecer mediante alterações ambientais
como, por exemplo, mudanças de temperatura
e exposição à luz solar. Exercício,
estresse e sol são alguns exemplos de fatores
desencadeantes.

705
Q

O acometimento articular, no contexto do eritema infeccioso, sob a forma de poliartralgia
ou poliartrite pode aparecer de forma
isolada ou associada a outras manifestações.
É mais comum em meninas adolescentes
e adultos jovens. As articulações mais afetadas
são as das mãos, punhos, joelhos e tornozelos.
A duração média dos sintomas é de duas a
quatro semanas, apresentando curso autolimitado,
e não destrutivo.
V ou F

A

V

706
Q

Manejo do eritema infeccioso

A

Em crianças, raramente o tratamento sintomático
é necessário. Em pacientes com imunodepressão
e falência medular pode estar indicado
o emprego de imunoglobulina intravenosa, que,
geralmente, apresenta bons resultados, muito
embora transitórios. A dose recomendada é de
200 mg/kg/dia por cinco a dez dias ou 1 g/kg/
dia por três dias.
Nos casos que evoluem para anemia aplástica,
com redução importante dos índices hematimétricos,
a transfusão de hemoderivados pode
ser necessária. Fetos infectados podem ser
tratados com transfusões intraútero.

707
Q

O risco de transmissão do Parvovírus ocorre
antes do surgimento das manifestações clínicas
de eritema infeccioso, na fase de viremia.
Como o rash e a artropatia, sinais semiológicos
mais importantes para o diagnóstico clínico da
doença, são fenômenos imunologicamente
mediados, as crianças nesta fase não oferecem
risco de transmissão a outras pessoas.
V ou F

A

V

708
Q

inicia, geralmente, na face
(ao redor das narinas) e nas extremidades como
uma papulovesícula eritematosa, que evolui para
formação de pus em seu interior e crostas espessas
cor de âmbar, com tendência a confluir. Pode
haver linfadenite regional, mas geralmente não
há febre ou qualquer outro sinal sistêmico

A

impetigo crostoso

709
Q

é menos comum, afetando
mais neonatos e lactentes jovens. Formam-se
pequenas bolhas < 3 cm de diâmetro, flácidas,
especialmente localizadas em face, nádegas,
tronco e períneo.

A

impetigo bolhoso

710
Q

doença exantemática mais
encontrada em pré-escolares e escolares, na
faixa etária de 3 a 15 anos. Ocorre mais frequentemente associada à faringite e, raramente,
com piodermite ou ferida cirúrgica infectada.
Os estreptococos do grupo A responsáveis pelo desenvolvimento do exantema típico dessa doença produzem uma toxina chamada toxina eritrogênica, que pode ser do tipo A, B ou C.

A doença tem início agudo com febre alta (39ºC
a 40ºC), calafrios, vômitos, cefaleia, prostração,
amigdalite e dor abdominal. O exantema surge
após 24 a 48 horas, com aspecto eritematoso e
micropapular, dando à pele uma textura áspera
semelhante à “lixa”. O rash se inicia no tórax e
se dissemina para pescoço e membros, poupando
palmas e plantas. Na face, a fronte e as bochechas
ficam hiperemiadas enquanto a região
perioral torna-se pálida (Sinal de Filatov).
Nas regiões flexurais (ex.: prega poplítea, axilas,
prega cubital) o exantema é mais intenso, levando
à formação de linhas transversais (Sinal de
Pastia). O rash começa a desaparecer após a 1ª
semana, iniciando-se pela face e pescoço, deixando
uma descamação fina. Os pés e as mãos
são os últimos a descamar e o fazem de modo
mais intenso. O processo se completa ao final
de três semanas em média.
As amígdalas frequentemente estão edemaciadas,
hiperemiadas e recobertas por um
exsudato. A úvula também pode estar hiperemiada,
com petéquias, e edemaciada com
aspecto gelatinoso.
A língua, no primeiro dia da infecção, apresenta-
se com aspecto de “morango branco”
em função das papilas hipertrofiadas e exsudato
branco recobrindo sua superfície. No
terceiro dia, a língua adquire um aspecto de
“morango vermelho” ou “framboesa”, pois o
exsudato desaparece e as papilas linguais
avermelhadas tornam-se evidentes.

A

Escarlatina

711
Q

Clínica da febre reumática

A

 Artrite (75%): é a manifestação mais comum,
com dor, edema e limitação de movimentos. É
autolimitada e não deixa sequelas. Tem padrão
assimétrico e migratório, principalmente das
grandes articulações dos membros inferiores.
A resposta aos AINEs é drástica, com melhora
da dor em 24 horas e desaparecimentos dos
sinais inflamatórios em 2-3 dias

 Cardite (40-70%): é a manifestação mais
grave, havendo uma pancardite (pericárdio,
miocárdio e endocárdio). Contudo, a maioria
dos sintomas clínicos se devem ao acometimento
valvar. Pode haver atrito/derrame pericárdico
de pouco volume, miocardite expressa
por cardiomegalia e insuficiência cardíaca e
lesões valvares, especialmente as regurgitações
de valvas mitral e aórtica na fase aguda. As
lesões estenóticas prevalecem na fase crônica

 Coreia de Sydenham (5-36%): prevalecem
no sexo feminino, e pode aparecer como
manifestação tardia isolada até sete meses
após a infecção estreptocócica. Algumas vezes,
pode estar associada à cardite subclínica.
Aparece de forma insidiosa, com labilidade
emocional, queda do rendimento escolar, movimentos
coreicos de face, língua (levando a
disartria), tronco e membros. Tais movimentos
involuntários tendem a desaparecer com
o sono e aumentar com o estresse emocional.
Podem também ser verificados tiques e comportamentos
obsessivo-compulsivos. Duram
cerca de 2-3 meses, mas podem perdurar por
um ano. Em todo caso de coreia aguda deve
ser solicitado o FAN, pois a coreia reumática
deve ser diferenciada da coreia lúpica. Pode
haver recorrência da coreia reumática.

 Eritema marginado (< 3%): lesões eritematosas
com bordos elevados e centro claro podendo adquirir aspecto serpinginoso, geralmente localizados em tronco e face interna dos membros. São indolores e não pruriginosos, estando geralmente associados à cardite.

 Nódulos subcutâneos (2 a 5%): são formações
arredondadas, firmes, de 0,5-2 cm de
diâmetro, indolores, localizados sobre cotovelo,
punhos, joelhos, tornozelos e região
occipital. Estão fortemente associados à presença
de cardite grave.

712
Q

Diagnóstico da febre reumática

A

Critérios de Jones (galeria 11ª foto)

− Dois critérios maiores + evidência de infecção
estreptocócica.
− Um critério maior + 2 critérios menores +
evidência de infecção estreptocócica.

 Em casos de coreia de Sydenham e cardite
indolente não há necessidade de outros critérios
maiores ou menores para o diagnóstico
de FR, e nem mesmo a necessidade de
evidência de infecção estreptocócica, pois
tais manifestações clínicas podem aparecer
muito tardiamente, em um momento em que
já não existem alterações laboratoriais.

 A glicoproteína ácida e a alfa-2-globulina
(eletroforese de proteínas) são reagentes de
fase aguda que podem ser utilizados para o
acompanhamento da atividade de doença.

713
Q

Manejo da febre reumática

A
  1. Erradicação do estreptococo da orofaringe:
    profilaxia primária.
  2. Tratamento da artrite: AAS na dose de 80-
    100 mg/kg/dia 6/6h ou naproxeno 10-20
    mg/kg/dia 12/12h.
  3. Tratamento da cardite: prednisona 1-2 mg/
    kg/dia durante 2-3 semanas, com redução
    progressiva da dose nas próximas dez semanas.
    Na cardite grave refratária a corticoterapia
    inicial, pode-se tentar a pulsoterapia
    com metilprednisolona (30 mg/kg/dia EV).
    Além disso, são utilizados sintomáticos para
    a insuficiência cardíaca, como: diuréticos
    (furosemida e espironolactona), anti-hipertensivos
    (inibidores da recaptação de serotonina)
    e digitálicos.
  4. Tratamento da coreia: apenas indicado para
    as formas graves: haloperidol, ácido valproico
    e carbamazepina.
714
Q

Profilaxia secundária da febre reumática: atb e duração

A

 Penicilina G Benzatina: < 20 kg - 600.000 UI
IM e para > 20 kg - 1.200.000 UI IM em dose
única, a cada 21/21 dias.
 Sulfadiazina: < 30 kg - 500 mg VO 1x/dia ou
para > 30 kg - 1g VO 1x/dia todos os dias.
 Eritromicina: 250 mg VO 12/12h todos os
dias.

Duração:
• FR sem cardite: até 21 anos, ou após 5 anos
do último surto, o que for mais longo.
• FR com cardite, mas de resolução completa:
até 25 anos, ou após 10 anos do último surto,
o que for mais longo.
• FR com cardite e lesão residual: 40 anos ou
por toda a vida.

715
Q

A GNDA é a causa mais comum de síndrome
nefrítica (hematúria, edema, hipertensão arterial
e insuficiência renal) na infância, e é a
outra complicação não supurativa tardia da
infecção faríngea ou cutânea por cepas nefritogênicas
(12 e 49) do estreptococo beta-
-hemolítico do grupo A, geralmente com
idades entre 5-12 anos. A GNDA surge entre
1-2 meses após a infecção faríngea ou 3-6
meses após a piodermite
V ou F

A

F
A GNDA surge entre 1-2 semanas após a infecção faríngea ou 3-6 semanas após a piodermite

716
Q

Na GNDA pós estreptocócica, a proteinúria e a hipertensão normalizam-se em 4-6 semanas. O C3 normaliza-se em 6-8 semanas. Entretanto, a hematúria microscópica pode persistir por 1-2 anos.
V ou F

A

V

717
Q

Indicações de biópsia em caso suspeito de GNDA

A
  1. Insuficiência renal aguda;
  2. Síndrome nefrótica;
  3. Ausência de evidência de infecção estreptocócica;
  4. Complemento (C3, CH50) normal;
  5. Persistência por mais de 8 semanas: proteinúria,
    complemento baixo e escórias renais
    aumentadas.
718
Q

Manejo da GNDA

A

 Antibiótico antiestreptocócico por dez dias.
Não previne a ocorrência e nem a evolução
da GNDA, mas deve ser prescrito para eliminar
a disseminação da bactéria.

 Hipertensão: restrição de sódio, diuréticos
(ex.: furosemida) e anti-hipertensivos (bloqueadores
do canal de cálcio, inibidores da
enzima conversora de angiotensina e vasodilatadores).

719
Q

provocada cepas 71 e 55 de S. aureus a partir
da nasofaringe. Tais cepas produzem as
exfoliatinas A e B, que promovem a clivagem
da epiderme ao nível da camada granulosa
da epiderme. Provavelmente é devido à imaturidade
renal em realizar o clearance destas
toxinas que neonatos e lactentes jovens são
mais predispostos a apresentar tal síndrome.
Afeta crianças abaixo de cinco anos,
e sua intensidade varia de pequenas bolhas
localizadas até extensas lesões com comprometimento
sistêmico. Pode haver febre, irritabilidade
e sensibilidade cutânea precedendo
o rash. O exantema é caracterizado por
um eritema difuso e brilhante, mais acentuado
em áreas periorificiais e flexuras de membros.
Cerca de dois a cinco dias após o eritema,
a pele torna-se enrugada, e começam as
fissuras e destacamento da pele. Pode haver
infecção bacteriana secundária e perda de
água e eletrólitos através da pele.

A

Síndrome da pele escaldada (também conhecida
como síndrome de Ritter)

720
Q

Os critérios diagnósticos a seguir se referem a qual entidade clínica?

CRITÉRIOS MAIORES (Todos)
 Febre > 38.8ºC
 Hipotensão
 Rash (eritrodermia com descamação posterior de palmas e solas)

CRITÉRIOS MENORES
(Três ou mais)
 Inflamação de mucosa (oral, lingual, vaginal ou conjuntival)
 Vômitos e diarreia
 Disfunção hepática
 Disfunção renal
 Mialgias e elevação de enzimas musculares
 Disfunção neurológica
 Trombocitopenia (< 100.000 plaquetas/mm³)

A

Síndrome do choque tóxico stafilocócico

721
Q

DDX do choque tóxico satafilocócico

A

 Síndrome de Stevens-Johnson: exantema
maculopurpúrico comprometendo <
10% da epiderme, lesões de mucosa oral,
conjuntival, e febre. Etiologia relacionada
ao uso de medicações (sufametoxazol, anticonvulsivantes, AINEs) ou a infecções (Mycoplasma pneumoniae). Caracteriza-se pela presença de pródromos catarrais, edema + hiperemia + sensação leve de ardência em lábios e orofaringe, seguida do aparecimento de máculas cutâneas eritematosas, que
formam vesículas e depois bolhas, as quais
se rompem e desnudam a pele subjacente.
Acomete pele + duas ou mais mucosas (ex.:
olhos, orofaringe, conjuntiva, trato gastrointestinal,
e mucosa anogenital). Praticamente
não existe dor ou sensibilidade aumentada
na pele. Laboratorialmente, identificam-se
leucocitose, elevação do VHS e aumento
discreto das transaminases. Mortalidade 5%.

 Necrólise epidérmica tóxica: exantema
maculo-purpúrico comprometendo > 30% da
epiderme. Alguns autores a consideram o
espectro mais grave da síndrome de Stevens-
‑Johnson. A doença é definida pela presença
de: 1) bolhas disseminadas e eritrodermia
morbiliforme ou confluente COM dor cutânea
(diferente do Stevens-Johnson); 2) ausência
de lesões em alvo; 3) início súbito com generalização
dentro de 24-48h; 4) necrose epidérmica
SEM ou mínimo infiltrado inflamatório
na derme. A doença começa com pródromos
de febre, mal-estar, sensibilidade
cutânea a eritema difuso. As bolhas são espessas.
A biópsia cutânea auxilia na diferenciação diferenciação com a síndrome do choque tóxico
estafilocócico, pois nesta, o plano de clivagem
é intraepidérmica, ao nível da camada granular
(2ª camada das quatro que compõem a
epiderme) levando à formação de bolhas com
pele fina. Na NET, o plano de clivagem é
subepidérmico, mais profundo, com separação
entre a camada basal da epiderme e a
derme, produzindo bolhas de pele mais grossa.
Mortalidade 40%.

 Síndrome DRESS: exantema, febre, eosinofilia,
disfunção hepática e linfadenopatia.
Comumente relacionada ao uso de anticonvulsivantes.

722
Q

Os enterovírus pertencem à família Picornaviridae,
que encerra os vírus de DNA pequeno e incluem
os seguintes subgrupos: Poliovírus (tipos
1, 2 e 3), coxsakievírus (tipos A e B) e Echovirus.
V ou F

A

F
São vírus de RNA

723
Q

Doença que caracteriza-se por: 1) Febre
baixa; 2) Vesículas em lábios, língua, mucosa
jugal, gengivas, faringe posterior e amígdalas
que podem ulcerar; 3) Exantema maculopapular
ou vesicular em mãos, pés e nádegas; a superfície
dorsal das extremidades é mais acometida.
Estas lesões desaparecem em uma semana. Cite também o agente etiológico

A

Doença mão pé boca

Coxsackievírus A16 e enterovírus 71

724
Q

É mais frequentemente provocada pelo coxsakievírus.
Caracteriza-se por febre alta (até
41ºC), disfagia, dor de garganta e irritabilidade.
Crianças maiores poderão apresentar dor abdominal
e vômitos. Ao exame, são vistas pequenas
úlceras e vesículas com halo eritematoso
na região posterior da orofaringe: tonsilas,
pilares, úvula e palato mole. A febre dura, em
média, um a quatro dias, e o restante dos sintomas
se resolve com uma semana

A

Herpangina

725
Q

Os enterovírus são responsáveis por 90% dos
casos de meningite viral, particularmente em
lactentes pequenos. Os sorotipos mais implicados
são: coxsakievírus B2 – B5, echovirus
e enterovírus 70 e 71
V ou F

A

V

726
Q

Cite Sindromes linfoproliferativas benignas
e síndromes linfoproliferativas malignas associadas ao EBV

A
  • benignas: leucoplasia, pilosa oral em pacientes SIDA adultos, pneumonia intersticial linfoide em pacientes infantis…
  • malignas:
    1. Carcinoma de nasofaringe;
    2. Linfoma de Burkitt;
    3. Doença de Hodgkin;
    4. Leiomiossarcoma em pacientes imunossuprimidos;
    5. Carcinoma de glândulas salivares.
727
Q

Uma característica marcante da infecção
pelo EBV é o surgimento de exantema em
mais de 80% dos pacientes que, por algum
motivo, fizeram uso de ampicilina ou amoxicilina.
V ou f

A

V

728
Q

A síndrome causada
pela infecção por EBV ou HBV que caracteriza-se
por um exantema papular eritematoso localizado
em bochechas, extremidades e nádegas,
com tendência a coalescência e duração de 15
a 50 dias. Pode assemelhar-se a uma dermatite
atópica.

A

síndrome de Gianotti-Crosti

729
Q

A presença do anti-VCA da classe IgM
constitui-se no teste mais valioso e específico
para o diagnóstico de infecção
aguda pelo EBV, bastando este achado
para a confirmação diagnóstica
V ou F

A

V

730
Q

Descreva a tétrade de Sabin

A

Vista na toxoplasmose congênita, encontrada em
uma minoria de casos (10%)
Caracterizada por
- hidro ou microcefalia
- retinocoroidite bilateral
- calcificações cerebrais
- retardo mental.

731
Q

Todos os RN com diagnóstico laboratorial de toxoplasmose congênita deverão ser tratados durante
um ano, independentemente se apresentam ou
não manifestações clínicas aparentes
V ou F

A

V

732
Q

Apresentação da retinocoroidite típica da toxoplasmose

A

lesões necrosantes, focais, com lesões satélites cicatrizadas

733
Q

No contexto da A Febre Sem Foco, FSC, condição caracterizada por febre (temperatura retal > 38ºC)
como sinal único e isolado, diferencia a febre sem sinais localizatórios da febre de origem desconhecida
(subcategorias da FSC)

A

 Febre sem sinais localizatórios: febre com duração
> 1 semana, sem outros sinais ao exame
físico. Esta condição se constitui em um dilema
clínico, especialmente em menores de três anos,
pelo maior risco de infecção bacteriana.

 Febre de origem desconhecida: febre documentada
por profissional de saúde para a qual não seja possível a identificação da causa três semanas após a investigação ambulatorial ou uma semana após a investigação hospitalar (pacientes internados).

734
Q

Etiologia e conduta na FSC em neonatos

A

 Etiologia: bactérias: Streptococcus agalactiae
(grupo B), E. coli, Listeria monocytogenes;
vírus: Herpes-simples, enterovirus.

 Síndromes clínicas: sepse, meningite, pneumonia,
osteomielite, artrite séptica, enterite,
infecção urinária. O risco de um neonato
clinicamente bem e com febre ter uma bacteremia
é de 7%.

 Conduta: caso suspeite-se de que a temperatura
corporal esteja elevada pelo excesso de
roupas ou por aquecimento do ambiente, recomenda-
se que o neonato seja descoberto, medindo-se a temperatura após 30min.
Uma vez confirmada a febre, o neonato, em função
da imaturidade do seu sistema imune e inespecificidade dos sinais clínicos nesta faixa
etária, deverá ser:
○ Internado em unidade hospitalar;
○ Exames complementares: hemograma, hemocultura,
urinocultura e liquor (glicose, proteínas, células, coloração pelo Gram, cultura para bactérias, PCR para Herpes- -simples e enterovírus). Cultura de fezes e
radiografia de tórax complementam a investigação;
○ Antibioticoterapia empírica: ampicilina +
gentamicina ou ampicilina + cefotaxime.
Acrescentar aciclovir ao esquema se houver
história de herpes genital na mãe, se o lactente
apresentar pleocitose no liquor, crises convulsivas, hipotensão ou elevação das transaminases

735
Q

Etiologia e conduta na FSC em lactentes de 1 - 3 meses

A

Etiologia: nesta faixa etária a grande maioria
das infecções são virais. Alguns vírus tem a
sazonalidade bem marcada, tal como o vírus
sincicial respiratório e influenza durante os
meses de inverno e os enterovirus com predomínio
no verão e outono. Dentre as bactérias
as mais frequentes são E. coli (principal), seguida do Streptococcus agalactiae (grupo B) e S. aureus. Outros incluem: Listerina monocytogenes, Samonella enteritidis, Neisseria meningitidis, S. pneumoniae
e H. influenzae.

 Síndromes clínicas: a principal infecção
bacteriana deste período é a pielonefrite
(principalmente provocada por E. coli), mais
prevalente em meninos não circuncidados e
naqueles lactentes com anomalias do trato
urinário. Outras localizações incluem: otite
média, pneumonia, onfalite, mastite, e infecções
de pele/subcutâneo.

 Conduta:
– Se o lactente tem aparência “tóxica”, deverá:
○ Internado em unidade hospitalar;
○ Exames complementares: hemograma,
hemocultura, urinocultura e liquor (glicose,
proteínas, células, coloração pelo
Gram, cultura para bactérias). Radiografia
de tórax, e PCR (Polymerase Chain Reaction)
para Herpes-simples;
○ Antibioticoterapia empírica: ampicilina (L. monocytogenes e Enterococcus) + Cefotaxima/Ceftriaxone. Acrescentar vancomicina ao esquema se houver anormalidades no liquor, pela possibilidade de pneumococo resistente.

– Se lactente tem febre, mas sua aparência é
“boa”, não existem anormalidades ao exame
físico, e os pais são cuidadosos, com garantia
de acesso ao sistema de saúde:
○ Exames laboratoriais normais: hemograma
com leucometria baixa (5.000-15.000
céls/mm³), bastões ≤ 1.500 céls/mm³, exame
de fezes < 5 leucócitos/campo, urina
(nitrito negativo, esterase leucocitária negativa,
< 10 leucócitos/campo de grande
aumento), radiografia de tórax normal, liquor
< 8 células. Colher cultura de sangue,
urina e liquor;
○ CRITÉRIOS DE ROCHESTER: se o lactente
tem bom estado geral e exame físico
normal, e apresentar leucometria (15.000-
-5.000 céls/mm³), bastões (≤ 1.500 céls/
mm³), EAS (< 10 leucócitos/campo) e
EAF na diarreia (< 5 leucócitos/campo),
ele terá BAIXA PROBABILIDADE DE
TER UMA BACTEREMIA (valor preditivo
negativo de 95%);
○ Não administrar antibióticos;
○ Retorno em 24 horas para reavaliação, e
reconsultas diárias até resultado das culturas
de sangue, urina e liquor.

736
Q

Etiologia e conduta na FSC em crianças de 3 meses a 3 anos

A

 Etiologia: nesta faixa etária a grande maioria
das infecções são virais. As bactérias mais
comuns desta faixa etária são: S. pneumoniae,
N. meingitidis e Samonella.

 Fatores de risco para bacteremia oculta:
temperatura ≥ 39ºC, leucometria ≥ 15.000
céls/mm³, neutrofilia, bastonemia (aumento
de bastões), elevação da proteína C-reativa
e da velocidade de hemossedimentação.

 Conduta:
– Se o lactente tem aparência “tóxica”, deverá:
○ Internado em unidade hospitalar;
○ Exames complementares: hemograma, hemocultura, urinocultura e liquor (glicose, proteínas, células, coloração pelo Gram, cultura para bactérias). Radiografia de tórax, e PCR (Polymerase Chain Reaction) para Herpes-simples;
○ Antibioticoterapia empírica: Cefotaxima/Ceftriaxone. Acrescentar vancomicina ao esquema se houver anormalidades no liquor, pela possibilidade de pneumococo resistente.

– Temperatura entre 38ºC e 39ºC e bom estado
geral:
○ Não colher exames complementares e nem
iniciar antibióticos empíricos, pois provavelmente
se trata de infecção viral benigna;
○ Garantir aos pais a observação domiciliar
e retornar se T > 39ºC ou aparecerem
sinais de piora.

– Temperatura > 39ºC e bom estado geral:
○ Avaliar a caderneta de imunizações;
○ Se recebeu vacinas contra pneumococo
e hemófilos: colher urina (nitrito, esterase, EAS e cultura) para todas as meninas, meninos < 6 meses, meninos não circuncidados e crianças com ITU de repetição;
○ Se não recebeu vacinas contra pneumococo e hemófilos e tem uma leucometria >
15.000 céls/mm³: iniciar antibiótico empírico.

737
Q

Linfangite é a infecção dos vasos linfáticos de
uma determinada áreas, geralmente provocada
pelo…

A

Staphylococcus aureus

738
Q

Diferencie os achados clássicos entre uma linfonodomegalia infecciosa e uma tumoral

A

 Linfonodomegalia de causa infecciosa: dolorosa,
quente, eritematosa, podendo haver tendência à fistulização.

 Linfonodomegalia de causa tumoral: indolores,
firmes e aderidos a planos profundos.

739
Q

Tabelas sobre adenomegalias localizadas

A

galeria (12ª foto)

740
Q

Tabelas sobre adenomegalias generalizadas

A

galeria (13ª foto)

741
Q

também conhecida como síndrome linfomucocutânea ou poliarterite nodosa infantil, é uma vasculite
febril que afeta predominantemente crianças
abaixo dos cinco anos de idade (80% dos casos),
com média de idade entre 2-3 anos e com
ligeiro predomínio entre meninos. É rara antes
de três meses, o que pode estar associado a um
possível papel protetor dos anticorpos maternos.
A doença apresenta maior frequência entre
as crianças asiáticas.

Caracteriza-se por uma “inflamação” vascular
generalizada, que acomete preferencialmente
os vasos de calibre médio, principalmente as
artérias coronárias podendo desenvolver dilatação
aneurismática, trombose e estenose com
quadros de infarto e morte súbita.

A

Doença de Kawasaki

742
Q

Na doença de Kawasaki, o processo de inflamação vascular acomete as três camadas – íntima, média e externa; verificam-se anormalidades como edema, infiltração de células inflamatórias (ex.: polimorfonucleares, linfócitos, macrófagos) e depósitos de imunoglobulinas, principalmente a IgG nas
camadas celulares. A consequente perda da
integridade estrutural do vaso resulta em sua
dilatação com formação de aneurismas fusiformes
ou saculares. Com a lesão intimal e o
alentecimento do fluxo sanguíneo, podem ocorrer
trombos intraluminais. O processo de cicatrização
subsequente, por sua vez, conduz ao
desenvolvimento de uma estenose da parede
da artéria.
V ou F

A

F
Principalmente IgA

743
Q

São fatores associados ao pior prognóstico da
doença de Kawasaki:

A
  1. Idade jovem;
  2. Sexo masculino;
  3. Anormalidades laboratoriais: neutrofilia,
    trombocitopenia, elevação das transaminases
    hepáticas, hiponatremia, hipoalbuminemia,
    e elevação da proteína C reativa;
  4. Febre prolongada ou recrudescência da
    mesma após um período afebril.
744
Q

Manifestações clínicas principais da DK

A

galeria (14ª foto)

745
Q

A DK típica é diagnosticada quan o paciente apresenta 5 dias de febre + 4 manifestações clínicas (Febre
Congestão ocular, Alterações da cavidade oral
Exantema polimorfo, Alterações nas extremidades
Linfadenopatia cervical aguda não supurativa).

Já a chamada doença de Kawasaki incompleta ou atípica pode ser estabelecida quando houver
febre por tempo igual ou superior a 5 dias +
2 ou 3 dos demais critérios + proteína C reativa
(= 3 mg/dl) e/ou VHS (= 40 mm/h), na
presença de alguma das duas condições laboratoriais
abaixo:
 ≥ 3 dos seguintes: 1) Albumina ≤ 3 g/dl; 2)
Anemia; 3) Elevação das transaminases; 4)
Plaquetas ≥ 450.000/mm³ depois do 7º dia
(mas podem chegar até 1.000.000/mm³); 5)
Leucócitos ≥ 15.000/mm³; e 6) Leucocitúria
≥ 10 leucócitos/campo;
 < 3 dos exames laboratoriais acima descritos
E ECO compatível.
V ou F

A

V

746
Q

TTO da DK

A

altas doses de imunoglobulina intravenosa
(2 g/kg de peso em dose única, em
infusão contínua por 12 horas), que, para melhores melhores resultados, deve ser iniciada ainda durante a
fase febril da doença (primeiros dez dias). A febre
e outras manifestações sistêmicas geralmente
desaparecem em 24 horas. Esta abordagem terapêutica
parece ser efetiva na prevenção da coronariopatia
se realizada até o 10º dia da doença. A
imunoglobulina pode ter alguns efeitos colaterais
como anafilaxia, calafrios, cefaleia e mialgia.

Além da imunoglobulina devem ser administrados
salicilatos em doses anti-inflamatórias
(10 mg/kg/dia) até o 14º dia de doença ou até
três dias após o desaparecimento da febre A
partir daí, reduzir a dose para 3 a 5 mg/kg/dia
para efeito antitrombótico. Essa dose deve ser
mantida até normalização da VHS, geralmente
de seis a oito semanas após o início da DK,
quando não existem evidências de anormalidades
coronarianas ao ecocardiograma. Na presença
de aneurismas coronários, esta dose deve
ser mantida indefinidamente.

747
Q

é a principal vasculite da infância, acometendo
pequenos vasos (arteríolas, capilares e vênulas)
com localização preferencial na pele, rins,
articulações e trato gastrointestinal. Caracteriza-
se clinicamente por rash cutâneo purpúrico,
artrite, dor abdominal e glomerulonefrite.
A incidência média é de 14-20 casos/100.000,
com predomínio no sexo masculino (relação
2:1) e na faixa etária de três a dez anos.

A

Púrpura de Henoch-Schönlein (PHS)

748
Q

Nos quadros de PHS, a microscopia óptica, eletrônica
e técnica de imunofluorescência revelam
achados histológicos idênticos àqueles verificados
na nefrite por IgA (doença de batson). Contudo,
nesta última doença não existe envolvimento
de outros tecidos sistêmicos.
V ou F

A

F
nefrite por IgA (doença de berger)

749
Q

Manejo da PHS

A

O tratamento sintomático da artrite, febre e
mal-estar pode ser feito com analgésicos, como
acetaminofen. O uso de frio local sobre o escroto
edemaciado pode trazer algum conforto
para as crianças que toleram esta medida.

Corticoterapia
As complicações gastrointestinais (ex.: hemorragia,
perfuração, obstrução ou intussuscepção)
e neurológicas (ex.: convulsão, hemiparesias,
coma) deverão ser tratadas com corticoide:
prednisona na dose de 1-2 mg/kg/dia, geralmente
com boa resposta. Para alguns casos de
intussuscepção intestinal podem ser necessárias
à redução hidrostática com ar ou meio de contraste,
ou, até mesmo, a ressecção cirúrgica da
alça necrosada. Casos de púrpura recidivante
ou crônica são raros e apresentam boa resposta
à pulsoterapia com metilprednisolona na
dose de 30 mg/kg/dia, máximo de 1 g, por três
dias, uma a duas vezes por semanas seguida de
redução progressiva da dose.

Os casos de glomerulonefrite crescêntica e
síndrome nefrótica franca podem ser tratados
com corticoides ou agentes citotóxicos (ciclofosfamida
ou azatioprina), mas nenhum dos
estudos randomizados e controlados realizados
até o momento demonstrou reduzir a progressão
para a doença renal crônica.

750
Q

A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) engloba um
conjunto de doenças cuja característica principal
é a artrite crônica (> 6 semanas) antes de
18 anos. A definição dos seis subtipos de AIJ
requer uma evolução de seis meses. São eles:
1. Artrite sistêmica (10-20%);
2. Oligoartrite (50-60%);
3. Poliartrite com Fator Reumatoide (FR) negativo
(20-30%);
4. Poliartrite com Fator Reumatoide (FR) positivo
(5-10%);
5. Artrite relacionada à entesite (1-7%);
6. Artrite psoriásica (2-15%).
V ou F

A

F
antes dos 16 anos

751
Q

O diagnóstico dessa forma de AIJ requer as 3
condições abaixo:
1. Artrite de uma ou mais articulações. Geralmente,
afeta grandes articulações (joelhos,
punhos, carpos, subtalares, tibiotársicas).
Há grande aumento de volume com
rigidez matinal.
2. Febre diária por pelo menos duas semanas.
Está presente em todos os casos, às vezes
com um a dois picos diários, iguais ou superiores
a 39ºC.
3. Um ou mais dos seguintes:
 Exantema maculopapular evanescente
(95%): cor róseo-salmão, com tendência a
confluir, localizado em tronco e áreas proximais
dos membros. Exacerba-se com a febre,
exposição ao sol, banhos quentes e estresse;
 Linfadenomegalia generalizada: localizadas
em região cervical, axilares, inguinais, epitrocleares
e mesentéricos. Muitas vezes são
volumosos;
 Esplenomegalia discreta;
 Hepatomegalia: menos comum que a esplenomegalia.
Pode haver disfunção laboratorial.
Se houver insuficiência hepática aguda
grave deve-se suspeitar da SAM (Síndrome
de Ativação Macrofágica), uma complicação
que pode ocorrer em fases iniciais ou
tardias da doença, e caracterizada por: disfunção
hepática, coagulopatia, pancitopenia
e manifestações neurológicas;
 Serosite (pleurite, pericardite ou peritonite).

A

Artrite sistêmica

752
Q

É definida pela presença de artrite em 5 ou mais
articulações nos seis primeiros meses de doença,
também predominando no sexo feminino e
com idade abaixo de seis anos.
 Poliartrite: progressiva, simétrica, cumulativa.
Pode afetar grandes articulações, pequenas,
articulação temporomandibular, coluna cervical,
e mais tardiamente, quadril. Cistos sinoviais
são comuns em região poplítea, punho e
dorso dos pés.
 Manifestações extra-articulares são incomuns.

A

Poliartrite com FR negativo

753
Q

É definida pela presença de artrite em 4 ou menos
articulações. Predomina no sexo feminino
com pico de incidência entre um e três anos.
 Artrite: pode afetar grandes articulações
(joelhos e tornozelos) e pequenas (interfalangeanas).
 Uveíte (íris e corpo ciliar) ou iridociclite: é a
manifestação extra-articular mais comum,
presente em até 20% dos pacientes, podendo
ser mais grave que a própria artrite. A uveíte
pode anteceder, ser concomitante ou ser posterior
à artrite. Costuma ser bilateral e assintomática.
Por isso, é necessário exame periódico
com a lâmpada de fenda. Em fases
avançadas gera um aspecto irregular da pupila,
ceratopatia em faixa (depósitos de cálcio),
catarata e glaucoma. Está associada ao
anticorpo antinuclear.

A

Oligoartrite

754
Q

É definida pela presença de artrite em cinco ou
mais articulações nos seis primeiros meses de
doença com FR positivo, também predominando
no sexo feminino, porém com idade entre
12 e 16 anos.
 Artrite agressiva, muitas vezes, levando a
alterações erosivas já nos primeiros seis meses
de doença.
 Manifestações extra-articulares: mal-estar,
fadiga e perda de peso em 50% dos pacientes.

A

Poliartrite com FR positivo

755
Q

É definida como a presença de artrite + entesite
(tendões, ligamentos, cápsulas e fáscias), ou
apenas artrite, ou apenas entesite associada a
pelo menos dois dos seguintes:
 Dor à digitopressão das articulações sacroilíacas
ou dor da coluna lombossacra;
 Artrite em paciente masculino antes de seis
anos;
 Presença de HLA-B27;
 Uveíte anterior sintomática;
 História familiar de espondilite anquilosante,
artrite relacionada à entesite, sacroileíte,
doença intestinal inflamatória.
Este subtipo engloba os casos de espondilite
anquilosante juvenil e as espondiloartrites indiferenciadas.

A

Artrite associada à entesite

756
Q

É definida pela presença de artrite + …
Entretanto, como a… pode aparecer anos
após o início da artrite, admite-se o diagnóstico
deste subtipo sempre que a artrite estiver
associada a dois ou mais dos seguintes:
 Dactilite (dedos em forma de salsicha);
 Pequenas depressões ungueais puntiformes
ou onicólise;
 História familiar de … em parente de 1º grau.

A

… = psoríase

Artrite psoriásica

757
Q

DDX de dor nos membros

A

galeria (15ª e 16ª fotos)

758
Q

Cardiopatia congênita cianótica mais comum

A

O Nelson 20ª edição apresenta a Tetralogia
de Fallot como a cardiopatia congênita
cianótica mais comum. Contudo, o livro da
Sociedade Brasileira de Pediatria 3ª edição,
apresenta a Transposição de Grandes Vasos
como a cardiopatia congênita cianótica mais
comum em nosso país.

759
Q

Resumo da fisiopatologia das cardiopatias congênitas acianóticas

A

por definição, a oxigenação pulmonar do sangue proveniente de VD está preservada e, por isso, não há cianose. Sua fisiopatologia pode ser compreendida através de dois mecanismos, com manifestações
clínicas próprias: 1) lesões que cursam com
sobrecarga de volume; e 2) lesões que cursam
com sobrecarga de pressão.

No primeiro grupo (sobrecarga de volume) estão incluídos: Defeito de Septo Atrioventricular (DSAV), Comunicação Interatrial (CIA), Interventricular (CIV) e
Canal Arterial Patente (PCA). O denominador
comum destas lesões é a comunicação entre o
sangue de VD e de VE, levando a uma sobrecarga
de volume intracavitária

No segundo grupo (sobrecarga de
pressão) encontramos as lesões que obstruem o
fluxo de saída ventricular direito ou esquerdo:
estenose de valva pulmonar, estenose de valva
aórtica e coarctação de aorta. Neste modelo fisiopatológico, quando a obstrução é leve a moderada, o débito de VD e VE é mantido à custa
de hipertrofia muscular em estágios iniciais e
dilatação de câmaras subsequente com pouca ou
nenhuma manifestação nas fases iniciais da vida.
Por outro lado, se a obstrução ao fluxo é grave,
já no período neonatal imediato serão observados
os primeiros sintomas/sinais. Na estenose
pulmonar grave, instala-se um quadro de falência
de VD bastante precoce, com hepatomegalia,
edema periférico e cianose (por desvio do sangue
de AD para AE através do forame oval patente).
Na estenose aórtica grave, ocorre uma falência
de VE, com edema pulmonar (por congestão
retrógrada), sintomas de baixo débito cardíaco
com hipoperfusão de órgãos nobres como cérebro
e rins e falência de VD (hepatomegalia e
edema periférico). Na coarctação grave de aorta,
o fluxo sistêmico é mantido através da patência
do ducto arterioso, que permite o desvio de
fluxo sanguíneo da artéria pulmonar para a
aorta distal, by-passando a estenose. Quando, o
ducto tende ao fechamento, sinais e sintomas
graves começam a aparecer.

760
Q

Resumo da fisiopatologia das cardiopatias congênitas cianóticas

A

Nas cardiopatias cianóticas, o principal achado
semiológico é a cianose, provocada pela dessaturação
do sangue arterial. Também podemos
compreendê-la sob a ótica de dois modelos patológicos: 1) lesões que cursam com hiperfluxo
pulmonar; 2) lesões que cursam com hipofluxo
pulmonar.

A principal cardiopatia congênita com hiperfluxo pulmonar é a transposição de grandes vasos, caracterizada pela saída da aorta a partir de VD e a saída do tronco da pulmonar de VE. A sobrevivência desta grave cardiopatia é dependente da presença de outras comunicações que permitam a mistura do sangue direito (sistêmico) e esquerdo (pulmonar), como a persistência do forame oval aberto e o canal arterial patente

As lesões cianóticas com hipofluxo
pulmonar são aquelas que levam a uma obstrução
ao trato de saída de VD: tetralogia de Fallot
(estenose infundibular, CIV, dextroposição da
aorta e hipertrofia de VD), atresia tricúspide e
estenose pulmonar. Com isso, o fluxo pulmonar
fica restrito, e menor volume de sangue poderá
ser oxigenado, resultando em cianose. É a presença
de alguma comunicação esquerda-direita
que minimiza a cianose, como CIA, CIV ou
persistência de canal arterial.

761
Q

 Na trissomia do 18 (Síndrome de Edwards),
90% dos pacientes têm cardiopatias congênitas
associadas, principalmente…

A

CIV (95%) e tetralogia de Fallot (25%).

762
Q

Na trissomia do 21(Síndrome de Down), 50%
das crianças apresentam algum tipo de malformação
cardíaca congênita. As mais frequentes
são:

A
  • Defeito de Septo Atrioventricular (DSAV)
  • CIV
  • CIA
  • Tetralogia de Fallot
  • Coarctação de aorta.
763
Q

Na síndrome de Turner (46, X0), cerca de
40% das crianças apresentam cardiopatia
congênita:

A

´- Estenose aórtica
- Valva aórtica bicúspide
- Coarctação de aorta.

764
Q

Descreva a cardiopatia associada à rubéola congênit, sindrome alcoolica fetal, les, coxsackievirus, toxo e caxumba

A
  • Rubéola Congênita: PCA e Estenose Pulmonar Periférica
  • Síndrome do Álcool Fetal: CIV e Tetralogia de Fallot
  • Lúpus Eritematoso Sistêmico: Bloqueio Cardíaco
  • Coxsackievírus B: Miocardite
  • Toxoplasmose: Miocardite
  • Caxumba: Fibroelastose
765
Q

No sexo masculino notamos uma maior frequência de defeitos do tipo Comunicação Interatrial (CIA), Comunicação Interventricular (CIV), Persistência do
Canal Arterial (PCA) e estenose pulmonar. A
transposição das grandes artérias é mais comum
no sexo feminino (65%).
V ou F

A

F
No sexo feminino
notamos uma maior frequência de defeitos do
tipo Comunicação Interatrial (CIA), Comunicação
Interventricular (CIV), Persistência do
Canal Arterial (PCA) e estenose pulmonar. A
transposição das grandes artérias é mais comum
no sexo masculino (65%).

766
Q

A cianose é definida semiologicamente como a
coloração azulada de pele e mucosas. Aparece
sempre que existe uma concentração de hemoglobina
reduzida (desoxigenada) maior que… na circulação periférica

A

5 g/dl

767
Q

O teste da hiperóxia é uma ferramenta semiológica
que pode ser utilizada com finalidades diagnósticas
até que o ECO esteja disponível. Em
outras palavras, o teste da hiperóxia é utilizado
para definir se a cianose é de origem cardíaca
ou não cardíaca (hematológica, pulmonar
ou neuromuscular). Descreva o teste

A

Um aumento da PaO2 acima de 160 mmHg, após a administração de oxigênio a 100% por cinco a dez minutos, sugere a ausência de cardiopatia congênita,
enquanto a elevação acima de 250 mmHg
efetivamente a exclui.

768
Q

Tabela correlacionando fluxo pulmonar, clínica e principais cardiopatias congênitas cianóticas

A

galeria (17ª foto)

769
Q

As características de um sopro inocente
são:

A
  • idade superior aos dois anos (entre três e sete anos), - sistólico (+/4+)
  • localizado na borda esternal esquerda média e inferior
  • com timbre musical ou surdo
  • sem irradiação
  • alterando-se com a respiração e decúbito e praticamente desaparecendo com a criança de pé
770
Q

O fechamento anatômico do forme oval ocorre quando?

A

até o primeiro ano de vida

771
Q

Tipos de CIA

A

As CIA podem ser classificadas:
- tipo ostium primum em que a comunicação é de localização baixa em relação às válvulas atrioventriculares (s. down)

  • ostium secundum ou tipo fossa oval,
    mais superior
  • A CIA tipo seio venoso localiza-se próxima à entrada da veia cava superior e pode estar acompanhada de
    drenagem anômala das veias pulmonares.
  • tipo seio coronário

A CIA tipo ostium secundum é a mais comum
dos tipos descritos.

772
Q

Curso clínico da CIA

A

O fluxo esquerda-direita entre AE e AD não é
importante no recém-nascido e lactente jovem,
pois o VD oferece maior resistência ao seu
enchimento diastólico, uma vez que suas paredes
são mais musculares e menos complacentes.
Além disso, a resistência vascular pulmonar
ainda é elevada no período neonatal imediato,
limitando a passagem de sangue. Após três ou
quatro anos de vida, a complacência ventricular
direita diminui, permitindo um maior shunt
esquerda-direita. A partir de então, poderão
aparecer os sintomas clínicos mais importantes.
O grande fluxo sanguíneo pelas cavidades direitas
promoverá um aumento do AD e VD e
dilatação da artéria pulmonar. O AE pode encontrar-
se alargado, porém o VE e a aorta têm
diâmetros normais. Se não for corrigido, a CIA
poderá manifestar-se na idade adulta com ICC e arritmias

773
Q

Sinais da CIA

A
  • Dedobramento fixo de B2
  • Ruflar diastólico em área tricuspide por hiperfluxo
  • Sopro sistólico ejetivo por hiperfluxo na valva pulmonar
774
Q

Achados do ecocardiograma na CIA

A

 Tamanho e posição da CIA.
 Aumento de AD e VD.
 Quantificação entre o fluxo pulmonar (Qp)
e sistêmico (Qs) avalia a repercussão hemodinâmica
da CIA. O normal é uma relação Qp:Qs 1:1.

775
Q

Achados do ECG na CIA

A

 Ritmo sinusal com onda P morfologicamente
normal (maioria dos pacientes).
 QRS aumentado configurando bloqueio
incompleto do ramo direito.
 Padrão RSR em V1 (CIA pequena), com
crescimento do R conforme aumento do
shunt, com aspecto de letra M.

776
Q

Incações de correção cirúrgica na CIA

A

Sintomáticos
dilatação de camaras cardíacas
Qp:Qs > 1,5:1

777
Q

A Comunicação Interventricular (CIV) é a
segunda cardiopatia congênita mais frequente (perde apenas pela CIA), sendo
responsável por 25-30% dos casos
V ou F

A

F
A Comunicação Interventricular (CIV) é a
cardiopatia congênita mais frequente, sendo
responsável por 25-30% dos casos

778
Q

Tipos de CIV

A
  • CIV perimembranosa (membranosa): as mais comuns (~ 80%). O septo membranoso é uma pequena área do SIV adjacente à válvula aórtica (lado esquerdo) e ao lado da válvula tricúspide (lado direito).
  • CIV muscular (septo trabecular): 5-20% das CIV, sendo subdivididas em apical (a mais comum), mesosseptal (central), anterior (superior) e posterior. São muitas vezes múltiplas (SIV tipo “queijo suíço”) ou associada a outros defeitos. Esta prevalência pode estar subestimada, pois existem estudos recentes – baseado em diagnóstico com modernos aparelhos de ecocardiografia - que sugerem a existência de um número muito superior de mínimas CIVs musculares (até 5% da população lactente) que encerram em 90% dos casos até ao final do primeiro ano de vida.
  • CIV duplamente relacionada (infundibular, subpulmonar ou subarterial): 5-7% das CIV (30% na população asiática), localizam-se no septo de saída sendo as suas margens constituídas pelo anel pulmonar e aórtico, podendo haver prolapso de um das cuspes da válvula aórtica e regurgitação da mesma associada.
  • CIV de entrada (posteriores): 5-8% das CIV, localizam-se no septo que separa as porções septais dos anéis mitral e tricúspide (postero-inferior às CIV perimembranosas e inferior ao folheto septal da válvula tricúspide).
779
Q

FAtores de determinam o fluxo do shunt na CIV

A

Na CIV restritiva (< 0,5 cm²), a pressão em VE é
maior que em VD, e o tamanho do defeito
limita a magnitude do shunt esquerda-direita.
Na CIV não restritiva (> 1 cm²), o defeito
é grande de modo a equalizar as pressões entre os ventrículos direito e esquerdo. Dessa
forma, é a resistência vascular pulmonar
o determinante do sentido do fluxo. Portanto,
ambos os fatores – o tamanho da CIV e a
resistência vascular – determinam a direção
e intensidade do shunt.

780
Q

Classificação da intensidade da CIV

A
  • CIV pequena (relação Qp:Qs entre 1- 1,5:1)
    A pressão em VD geralmente é normal. O
    paciente é assintomático, com bom desenvolvimento
    ponderoestatural. Ao exame físico
    podemos identificar uma 2ª bulha discretamente
    aumentada e um sopro sistólico na borda
    esternal esquerda baixa.
  • CIV moderada (relação Qp:Qs entre 1,5-2:1)
    Há hiperfluxo pulmonar, aumento da sobrecarga
    de ambas as câmaras ventriculares. Há
    sintomas de ICC, infecções respiratórias de
    repetição e deficit ponderoestatural.
  • CIV grande (relação Qp:Qs > 2:1)
    O diâmetro da comunicação interventricular
    é igual ou maior que o diâmetro da aorta. Há
    grande aumento das cavidades esquerdas e
    grave congestão pulmonar, e todo o quadro de
    manifestações clínicas aparece de forma mais
    exuberante.
781
Q

Sopro da CIV

A

Sopro sistólico na borda esternal esquerda
inferior holossistólico rude e alto quando a
CIV é pequena e menos rude quando a CIV
é grande.

782
Q

ECG na CIV

A

Nos defeitos grandes não complicados, poderá
ser observado padrão de sobrecarga biventricular
ou predomínio de ventrículo esquerdo
com crescimento atrial associado; onda T invertida
em V1 sugere ausência de hipertensão
pulmonar, enquanto onda T ascendente indica
sua presença.

783
Q

Manejo da CIV’

A
  • As CIV pequenas fecham espontaneamente em
    30-50% dos casos nos primeiros dois anos de
    vida. Se o defeito septal for do tipo muscular,
    a taxa de fechamento é de 80% versus 35%,
    que é a taxa de fechamento do septo membranoso.
    De qualquer forma, as CIV pequenas e
    sem repercussão hemodinâmica não têm indicação
    de fechamento cirúrgico.
  • O tratamento da CIV moderada a grande divide-
    se em manejo clínico e cirúrgico. O manejo
    clínico compreende o uso de diuréticos,
    digitálicos, inibidores da Enzima Conversora
    de Angiotensina (iECA) e restrição hídrica,
    com objetivo de controlar os sintomas e garantir
    um crescimento adequado.
    As indicações cirúrgicas incluem:
  • pacientes de qualquer idade com defeitos significativos, nos quais os sintomas de insuficiência cardíaca não puderam ser controlados clinicamente; - - - lactentes entre 6 e 12 meses com defeitos significativos, mesmo que controlados clinicamente, com hipertensão pulmonar
  • naqueles com mais de dois anos com uma relação Qp:Qs maior que 2:1.
  • Em crianças com grandes defeitos (> 1,0 cm2), a
    operação realizada durante o primeiro ano de
    vida previne, na maior parte dos casos, a doença
    vascular pulmonar.
784
Q

É a hipertensão vascular pulmonar
desenvolvida por cardiopatias que cursam
com hiperfluxo e congestão pulmonar prolongada,
como CIV, CIA grande, PCA e defeitos
septais atrioventriculares

A

Síndrome de Eisenmenger

*** A presença de fatores como
aumento do fluxo sanguíneo e pressão sobre
o leito vascular pulmonar associados à hipóxia
e hipercapnia induz a um remodelamento
da parede do vaso. As pequenas arteríolas
e artérias musculares são as estruturas que
sofrem maior impacto dessas alterações, das
quais podemos destacar: hipertrofia da camada
média, hiperplasia intimal, obliteração do
lúmen vascular, dilatação arteriolar e formação
de redes vasculares anormais. O resultado
desta “obliteração” dos vasos pulmonares
é a reversão do shunt, que passa a ocorrer da
direita para esquerda. A razão entre a resistência
pulmonar e sistêmica torna-se maior
ou igual a 1.

785
Q

Fechamento funcional e anatômico do canal arterial

A

Seu fechamento funcional ocorre em torno de 12 horas de vida, enquanto o fechamento anatômico se completa dentro de 14 a 21 dias após o nascimento.

786
Q

A PCA é mais comum em homens e está associada
à síndrome da sífilis congênita
V ou F

A

F
A PCA é mais comum em mulheres e está associada
à síndrome da rubéola congênita

787
Q

Manejo do PCA

A

Independente da idade, a conduta sempre visa
fechar o canal arterial, ou cirurgicamente ou por
meio de cateter em laboratórios de hemodinâmica.
Mesmo os pequenos canais arteriais devem
ser fechados para prevenção de endarterite infecciosa,
uma complicação grave que se encontra
associada à trombose e êmbolos pulmonares.

A cirurgia é indicada em todos os pacientes antes do
primeiro ano de vida. A presença de hipertensão
pulmonar não é uma contraindicação, caso fique
provado, ao cateterismo, que o shunt esquerdadireita
ainda se mantém. e sistêmicos. A insuficiência cardíaca, caso presente, deve ser controlada farmacologicamente.

788
Q

Na maioria dos casos (98%), as coarctações localizam-
se…

A

abaixo da emergência da artéria subclávia esquerda na origem do ductus arteriosus (justaductal ou do tipo adulto)

*** A CoAo pode também se apresentar como uma
hipoplasia tubular da aorta, que se inicia na
altura dos vasos para a cabeça e pescoço e se
continua até o ducto (pré-ductal ou do tipo
infantil)

789
Q

A coarctação poderá ser uma lesão isolada ou
associada a outras anomalias, sendo a mais
frequente a…

A

válvula aórtica bicúspide (70% dos casos)

790
Q

A CoAo é duas vezes mais comum no sexo masculino, sendo também muito frequente na síndrome de Turner, em que 70% das meninas acometidas apresentam
coarctação da aorta associada à valva aórtica
bicúspide.
V ou F

A

V

791
Q

em pessoas saudáveis, a
pressão sistólica dos membros inferiores é superior
em 10-20 mmHg em relação àquela dos
membros superiores. Na CoaA, a pressão arterial
dos membros inferiores é menor que a dos membros
superiores.
V ou F

A

V

792
Q

Manejo da CoAo

A

Em neonatos com coarctação grave, o canal
arterial deve ser mantido pérvio através do uso
de prostaglandina E1 em infusão contínua para
permitir a perfusão das extremidades inferiores.
O tratamento da CoAo é cirúrgico. O uso da
angioplastia por balão tem demonstrado resultados
controversos.
Crianças sintomáticas com insuficiência cardíaca
devem ser tratadas e compensadas antes
do procedimento operatório. Crianças assintomáticas
e portadoras de CoAo isolada podem
ter seu defeito corrigido entre um e dois anos
de idade.

793
Q

quais são as 4 características da tetralogia de Fallot

A
  • Estenose pulmonar - comumente do tipo infundíbulo-ânulo-valvar (obstrução ao trato de saída de VD)
  • CIV perimembranoso
  • Dextroposição da aorta
  • Hipertrofia de VD
794
Q

O que é o Fallot rosa ou acianótico?

A

Se a estenose for
discreta, haverá um predomínio do shunt esquerda-
direita (através do defeito do septo interventricular)
e a cianose poderá não ocorrer

795
Q

O que são as crises hipercianóticas no contexto da T4F?

A

As crises hipercianóticas paroxísticas ou crises
de hipóxia constituem-se em um sério
problema e ocorrem nos primeiros dois anos
de vida (especialmente entre 6 e 12 meses);
têm como característica hiperpneia, agitação,
agravamento ainda maior da cianose e síncope.
As crises graves podem também se seguir
de hemiparesia e convulsões. Os ataques ocorrem
pela manhã ou após choro, são imprevisíveis
e espontâneos. Durante a crise, o sopro
sistólico da estenose infundibular diminui de intensidade e duração, podendo mesmo desaparecer,
pois um mecanismo da crise cianótica
é justamente o espasmo da musculatura
infundibular com fechamento completo da
passagem de sangue pela artéria pulmonar e
redução do shunt E > D pela CIV. Os fatores
que pioram a crise estão relacionados ao aumento
da resistência ao fluxo de saída de VD
(choro, agitação, digitálicos…), ou à diminuição
da resistência vascular sistêmica (calor,
hipotensão, medicamentos ou exercícios).

796
Q

Achados do exame físico da T4F

A

Sopro sistólico ao longo da borda esternal
esquerda, na altura do 3º e 4º espaço intercostal,
e estalido protossistólico audível junto à
borda esternal esquerda, de origem aórtica. A
intensidade e duração do sopro são proporcionais
ao grau da estenose infundibular; entretanto,
nas obstruções graves, o sopro pode ser
menos proeminente, ou até mesmo desaparecer
nas crises hipercianóticas.

 A segunda bulha é praticamente única, correspondendo
ao fechamento da válvula
aórtica.

797
Q

Descreva o sinal do tamanco holandes

A

Entre os achados radiológicos da T4F temos o arco médio da aorta escavado, botão aórtico saliente e elevação da ponta cardíaca (coração em “bota” ou “tamanco holandês”), que está relacionada ao aumento de tamanho do ventrículo direito.

798
Q

Manejo da T4F

A

Deve-se, como medidas de manutenção, evitar
a anemia e a policitemia. Enquanto aguardam
a cirurgia, os pacientes podem se beneficiar do
propranolol (0,5 a 1,5 mg/kg/dia), betabloqueador
que promove relaxamento da musculatura
infundibular e diminui as crises de cianose

Recém-nascidos com obstrução importante do
trato de saída de VD devem ser mantidos até a
cirurgia com infusão contínua de prostaglandina
E1 (0,05-0,20 μ/kg/min). Não existe consenso
sobre o melhor procedimento cirúrgico
para o tratamento destes recém-nascidos, se o
procedimento paliativo ou a cirurgia definitiva
com correção total

Em crianças abaixo de seis meses de idade
ou naquelas em más condições clínicas ou
com a anatomia da lesão desfavorável, em
geral se opta pela correção paliativa com o
shunt de Blalock-Taussig modificado. Este
consiste de um conduto que liga a artéria
subclávia ao ramo homolateral da artéria
pulmonar. As complicações desta cirurgia
incluem quilotórax, síndrome de Horner e
paralisia diafragmática.

Em crianças que possuam anatomia favorável,
com cianose menos grave, crescimento relativamente
bom e na ausência de crises cianóticas,
está indicada a correção cirúrgica total entre
quatro e seis meses de vida. Esta consiste de
alívio da obstrução do trato de saída de VD,
removendo as faixas de músculo aí localizadas
e fechamento da CIV com um patch. Em casos
de valva pulmonar estenótica, o cirurgião realiza
uma valvotomia.

799
Q

Manejo das crises hipercianóticas

A

 Manter a criança em posição genupeitoral,
visando aumentar a resistência periférica (diminuir
shunt direita-esquerda).
 Administrar oxigênio.
 Uso de morfina (0,2 mg/kg SC, IM ou EV): visa inibir o centro respiratório e melhorar a taquidispneia.
 Propranolol (0,5-1,5 mg/kg/dia): relaxamento
da musculatura infundibular.
 Cetamina (1-3 mg/kg EV): sedação e aumento
da resistência vascular periférica.
 Bicarbonato de sódio (1 mg/kg EV) é empregado
na correção da acidose metabólica. Esta se encontra presente sempre que a PO2 cai abaixo de 40 mmHg.
 Vasoconstrictores (aminas): epinefrina 0,01
mg/kg EV para aumentar a resistência vascular
periférica.
 Quando não houver melhora clínica com as
medidas acima citadas, está indicada a correção
cirúrgica paliativa através do procedimento
Blalock-Taussig, que consiste na
colocação de um shunt entre a artéria subclávia
e a artéria pulmonar como tentativa
de ultrapassar a obstrução no trato de saída
de VD.

800
Q

Radiografia na transposição de grandes vasos (ou artérias)

A

mediastino
superior estreito, e a aparência da sombra cardíaca
é descrita como um “ovo deitado”. A
trama vascular pulmonar costuma estar normal
ou aumentada, se houver CIV associada.

801
Q

Manejo da TGV

A

No recém-nascido cianótico, devemos aumentar
a mistura de sangue saturado e dessaturado.
Isso se faz com infusão de prostaglandina
E1 (0,05-0,20 mg/kg/min), com intuito de
manter o canal arterial pérvio. Obviamente a
manutenção do RN aquecido (hipotermia provoca
acidose metabólica) e o controle da glicemia
(evitando hipoglicemia) são elementos
fundamentais no manejo pré-operatório destes
pacientes.

Os recém-nascidos que permanecem permanecem
cianóticos, a despeito da infusão de prostaglandina,
devem ser submetidos à atriosseptostomia
de Rashkind por balão, que consiste
na confecção de uma comunicação entre o AD
e o AE para permitir maior mistura de sangue
venoso e arterial.

O procedimento cirúrgico
definitivo para a transposição de grandes vasos
com septo ventricular íntegro é a inversão
arterial de Jatene. Ele deve ser realizado nas
primeiras duas semanas de vida, para preservar
a massa muscular de VE. Com a queda da
resistência vascular pulmonar nas primeiras
semanas de vida, o VE – que está conectado
ao tronco da pulmonar – passa a ejetar sangue
contra um território de baixa resistência. Se
este processo se perpetua, há uma redução
significativa da massa muscular de VE, e os
resultados hemodinâmicos de uma inversão
cirúrgica tardia com reconstrução da aorta à
esquerda será ruim, pois a resistência periférica
é alta..

802
Q

Nessa cardiopatia congênita, a cianose é precoce e tão mais grave na medida em que o canal arterial se fecha. À ausculta observa- se B2 única, e um sopro sistólico contínuo decorrente do fluxo pelo canal arterial. Se houver hepatomegalia, suspeita-se que o forame
oval seja do tipo restritivo.

  • Radiografia de Tórax
     Área cardíaca normal.
     Hipofluxo pulmonar.
  • Eletrocardiograma
     Sobrecarga ventricular esquerda.
     Sobrecarga atrial direita.

Manejo: Iniciar a infusão de prostaglandina para manter
o canal arterial aberto até a correção cirúrgica.
Em corações nos quais o VD não é hipoplásico,
pode-se perfurar a estrutura acometida por cateter de
alta frequência. Contudo, trata-se de uma cardiopatia
grave, com mortalidade de 50% no primeiro
mês de vida.

A

Atresia pulmonar com septo IV íntegro

803
Q

Como fazer o diagnóstico de HAS no contexto da pediatria?

A

Pressão Arterial sistólica (PAs) e/ou diastólica (PAd) igual ou acima do percentil 95 para idade e sexo em três ou mais ocasiões

804
Q

 Pré-hipertensão: PAs e/ou PAd:

 Hipertensão Arterial estágio 1:

 Hipertensão Arterial estágio 2:

A

≥ percentil 90 e < percentil 95.

PA igual ou acima do percentil 95 e < percentil 99 + 5 mmHg.

PA acima do percentil 99 + 5 mmHg.

805
Q

Causas mais comum de HAS de acordo com a faixa etária

A

Neonatos
- Trombose de artéria renal após cateterização de
artéria umbilical.

Lactentes e Pré-escolares
- Doença renal.
- Coarctação de aorta.
- Doenças endócrinas.
- Medicações.

Adolescentes
- HAS essencial.

806
Q

A aferição da Pressão Arterial (PA) deve fazer
parte do exame físico de rotina de crianças a
partir de…

A

três anos de idade.

***Em crianças abaixo
de três anos, deverá ser aferida nos casos em
que houver hipertensão intracraniana, história
de prematuridade, doença cardíaca congênita,
doença renal, transplante de órgãos sólidos,
história de câncer ou uso de medicações que
levem ao aumento da pressão arterial.

807
Q

acima de 12 anos (adolescentes) com PA ≥ 120 x 80 mmHg já devem ser considerados pré-hipertensos
V ou F

A

V

808
Q

fluxograma para avaliação de criança com hipertensão arterial

A

galeria (18ª foto)

809
Q

Tabela correlacionando a IC e suas principais causas de acordo com a faixa etária

A

galeria (19ª foto)

810
Q

Apenas 5 a 15%
das PCR em pediatria ocorrem por arritmias
cardíacas, como Fibrilação Ventricular (FV) e
Taquicardia Ventricular sem pulso (TV).
V ou F

A

V

811
Q

O pulso deve ser checado na região
braquial em < 1 ano e na região carotídea/inguinal
em > 1 ano.
V ou F

A

V

812
Q

Conduta na criança inconsciente de acordo com a presença ou não de respiração e pulso

A

– Se houver respiração e pulso: aguarde a
chegada da emergência ao lado da vítima.

– Se não houver respiração, mas houver pulso:
○ Inicie a ventilação a cada 3-5 segundos
(12-20 respirações/min);
○ Inicie compressões se FC ≤ 60 bpm ou se
houver sinais de má perfusão;
○ Cheque o pulso a cada dois minutos.

– Se não houver respiração e nem pulso:
○ Inicie CAB: 30 compressões torácicas para
cada 2 ventilações (ou 15 compressões: 2
ventilações, quando o segundo socorrista
chegar).

813
Q

As pás “infantis” são indicadas para crianças
com peso…; já as pás adultas (8-10
cm) são reservadas para crianças…

A

< 10 kg

> 1 ano ou com > 10 kg.

814
Q

Se após a correta intubação e posicionamento,
o paciente apresentar deterioração clínica, pensar
em que possibilidades?

A

DOPE

Displacement (deslocamento do tubo)
Obstruction (obstrução do tubo)
Pneumothorax
Equipament failure

815
Q

Locais para realização de acesso intra ósseo em crianças

A

tíbia proximal,
tíbia distal (acima do maléolo medial),
fêmur distal e
espinha ilíaca anterossuperior.

816
Q

Se o profissional de saúde está diante de uma
criança necessitando de RCP e não existe acesso
vascular (intraósseo, veia periférica ou profunda),
permite-se que algumas medicações
lipossolúveis sejam administradas através do
TOT. Quais?

A

“ANEL”

A. Atropina;
N. Naloxone;
E. Epinefrina
L. Lidocaína.

817
Q

Para o choque refratário por FV ou TVp, isto é, aquele que mantém a arritmia mesmo após três desfibrilações elétricas e uso de adrenalina, poder-se-á usar…

A

amiodarona ou lidocaína.

818
Q

linfonodomegalia supraclavicular sempre
é patológica, havendo, inclusive, um alto risco de malignidade. Então, diante de um paciente com linfonodo > 1 cm na região supraclavicular esquerda (chamado de gânglio de Virchow, que sugere doença neoplásica localizada no abdome superior), sempre devemos submeter o paciente a uma investigação etiológica
V ou F

A

V

819
Q

Criança em idade escolar, há 2 (duas) semanas após
uma infecção respiratória aguda, apresenta dores articulares com edema dos joelhos e tornozelos. Outras queixas: cólicas abdominais e duas vezes evacuou fezes mucossanguinolentas. A família notou, desde o início da doença, manchas vermelhas palpáveis nos membros inferiores.
A principal hipótese diagnóstica desse caso é:

a) Artrite idiopática juvenil.
b) Leucemia linfoblástica aguda.
c) Púrpura anafilactoide.
d) Síndrome hemolítica urêmica.
e) Púrpura trombocitopênica imune

A

C

Temos um escolar com púrpura
palpável em membros inferiores e nádegas, associada
à artrite e dor abdominal. Deve-se pensar em púrpura
de Henoch-Schönlein, também chamada de púrpura
anafilactoide. É a principal vasculite da infância, acometendo
pequenos vasos, principalmente em pele, trato
gastrointestinal, articulações e rins, acarretando, desta
forma, os sinais e sintomas típicos. O rash característico
é purpúrico e palpável, localizado nas regiões
de tecido conjuntivo frouxo que sofrem ação da gravidade
e, portanto, em crianças na faixa etária escolar,
localizam-se, frequentemente, em membros inferiores
e nádegas. Artrite e artralgias ocorrem em 75% dos
casos, principalmente em joelhos e tornozelos, sendo
autolimitadas e não deixando sequelas. A dor abdominal
é em cólica, podendo haver hemorragia de alça
pela vasculite. Em 50% dos casos há envolvimento
renal, sendo mais comum a síndrome nefrítica. Além
disso, o quadro ocorre tipicamente após infecções do
trato respiratório superior.

820
Q

critérios de inclusão e exclusão da dor do crescimento

A

Os critérios de inclusão são: dor intermitente; dor não articular; dor bilateral nos membros inferiores; e ocorrência, geralmente no fim do dia ou à noite.

Já os critérios de exclusão são: dor contínua; dor articular; dor localizada em um membro; sinais inflamatórios (edema, calor, rubor, limitação de movimentos, claudicação); e alterações em
exames laboratoriais ou de imagem

821
Q

A causa mais
comum de linfonodomegalia inflamatória crônica com
duração acima de 3 semanas é a

A

DOENÇA DA ARRANHADURA DO GATO, doença infecciosa causada pela bactéria Bartonella henselae

822
Q

Descrevas as etapas da imunização após a vacinação

A

Após a exposição do indivíduo
à vacina, assim como após a exposição ao micro-
organismo agressor, inicia-se a resposta
primária:
- Período de latência (com duração de 1-14 dias, média de 7 a 10 dias), caracteriza-se pela ausência de anticorpos circulantes. O antígeno está sendo modificado e preparado pelas células apresentadoras de antígeno para que seja reconhecido pelos linfócitos.
Nesta fase, o indivíduo ainda não é imune ao agente.
- Período de crescimento (que dura cerca de 28 dias), quando ocorre rápido aumento nos títulos de anticorpos: sendo o primeiro pico de IgM e depois de
IgG. É esse período de crescimento que justifica
um intervalo mínimo de um mês aproximadamente entre duas doses da mesma vacina.
- Período de declínio, ocorre queda do título de anticorpos até valores menores. Podem ocorrer declínio para doses baixas mas protetoras para o resto da vida (nas vacinas que não necessitam de várias doses ou reforços) ou para valores indetectáveis que não conferem proteção (vacinas que necessitam de várias doses ou reforço).

Na resposta secundária (anamnéstica/ booster), uma subpopulação de linfócitos T e B que entrou em contato com o imunógeno na resposta primária se diferenciou em linfócitos de memória. Assim, quando a segunda dose da vacina é aplicada, há uma resposta
específica contra esse agente biológico. Essa resposta secundária é caracterizada pela virtual ausência do período de latência e por um período de crescimento maior e mais intenso. Nessa situação, a IgG é o anticorpo predominante. Como o período de crescimento é maior, o título de anticorpos irá se manter significativamente maior do que após a primeira dose durante a fase de declínio, promovendo proteção por período prolongado.

823
Q

Os antígenos mais potentes são

A

os peptídeos e as proteínas, pois incitam uma resposta
imunológica T-dependente e, portanto, desencadeiam
uma proteção prolongada durante anos.

824
Q

Os antígenos polissacarídicos são T-independentes e são capazes de estimular apenas…
Estes antígenos não suscitam resposta imune em menores de dois anos e não estimulam a formação de células de memória.

A

os linfócitos B

825
Q

O que são as vacinas conjugadas?

A

(ou glicoconjugadas), são vacinas em que os componentes polissacarídicos são conjugados a proteínas criando-se um complexo antigênico capaz de provocar respostas imunológicas T-dependentes.
Exemplo: vacinas conjugadas contra Haemophilus
influenzae do tipo b, vacinas conjugadas contra o pneumococo e vacinas conjugadas contra o meningococo

826
Q

Quando é possível realizar vacinação simultânea?

A

Como regra geral, vacinas inativas podem ser
aplicadas simultaneamente e, se não forem feitas
no mesmo dia, não há necessidade de aguardar
nenhum intervalo de tempo entre elas, isto
é, uma pode ser feita em um dia e a outra no dia
seguinte, sem nenhum prejuízo para indução de
imunidade protetora

As vacinas inativadas e atenuadas
podem ser administradas também no mesmo
dia (simultaneamente), e se não forem, também
não será necessário aguardar intervalo de tempo
entre elas

As vacinas virais atenuadas administradas por
via parenteral, como a vacina varicela e a vacina tríplice viral, podem ser administradas simultaneamente. Porém, se isso não ocorrer,
deve ser respeitado um intervalo de 30 dias
entre essas vacinas

Um cuidado especial diz respeito à vacina de
febre amarela, que não pode ser administrada
simultaneamente com a vacina tríplice ou
tetra viral em menores de dois anos. Um intervalo
de 30 dias entre estas vacinas sempre
deve ser respeitado.

827
Q

A Academia Americana de Pediatria recomenda
que as vacinas atuais não contenham o conservante timerosal pelo risco de intoxicação por

A

mercúrio

*** O timerosal é utilizado como conservante em vacinas inativadas mais antigas, como a DTP, gripe, hepatite B, DT ou dT

828
Q

Nas vacinas, adjuvante é um imunopotencializador colocado em algumas vacinas para aumentar o seu poder imunológico. O principal adjuvante usado em humanos é o…, que tem por característica aumentar
o tempo de exposição do antígeno e melhorar a eficácia da vacina. Esta é uma ferramenta usada nas vacinas não vivas, a exceção da vacina injetável contra a poliomielite e anti -influenza, que não usam… em sua formulação

A

alumínio

alumínio

829
Q

A presença do alumínio impõe a conservação da vacina à temperatura de…, pois em temperaturas mais baixas (ex.: congelamento) ocorre a formação de
grumos de alumínio imperceptíveis ao olho humano, que comprometem o efeito da vacina e aumentam a sua reatogenicidade.
Além disso, a presença do alumínio é responsável
pela produção de eventos adversos no local da injeção intramuscular – dor, edema e vermelhidão.

A

2ºC e 8ºC

830
Q

Qual a diferença entre a vacina dT e a DT?

A

A diferença entre as duas vacinas está na concentração de toxoide. A vacina dupla do tipo infantil (DT) contém a mesma concentração de toxoide diftérico e de toxoide tetânico presente na vacina tríplice (DTP), enquanto a dupla do tipo adulto (dT) contém menor quantidade de toxoide diftérico.

831
Q

Vacinas com administração subcutânea

A

São empregadas por esta via as vacinas de
vírus vivos atenuados (não necessitam de
alumínio). Citamos como exemplo a tríplice
viral, a vacina contra a febre amarela e
a varicela.

832
Q

Por que se aplica a tríplice viral e vacina contra a varicela penas após os 12 meses?

A

a aplicação da vacina contra varicela e a tríplice
viral é feita apenas após os 12 meses de vida porque
até esta idade, os anticorpos protetores maternos
transmitidos pela placenta podem prejudicar a resposta imune vacinal. Já para as vacinas não vivas, não há qualquer interferência na eficácia produzida por imuno e hemoderivados administrados a intervalo
próximo.

833
Q

Por que a BCG e a vacina contra o rotavírus, mesmo sendo compostas por AE vivos atenuados, podem ser administradas antes dos 12 meses?

A
  • a vacina contra rotavírus induz imunidade via
    mucosa intestinal e não sofre interferência
    das imunoglobulinas circulantes.
  • A vacinação contra o BCG induz imunidade celular
    e não humoral, e por isso não sofre interferência
    dos anticorpos maternos.
834
Q

Em que momento após a aplicação da vacina se espera efeitos sistêmico no caso de uma vacina inativa? E no caso de uma atenuada?

A

As vacinas não vivas tendem a apresentar com
maior frequência efeitos locais, como dor, calor,
rubor e edema devido a presença do alumínio
em sua formulação. Estes aparecem precocemente,
cerca de horas após a administração intramuscular.
Seus efeitos sistêmicos, como, por
exemplo, febre e irritabilidade, também tendem
a aparecer em um período curto após a administração
da vacina. A tríplice bacteriana é um
exemplo de vacina que cursa com muitos eventos
adversos, locais e também sistêmicos, principalmente
pelo seu componente pertussis

As vacinas vivas atenuadas produzem eventos
sistêmicos iniciados em um intervalo maior
após a aplicação, tempo este correspondente
ao período de incubação do agente vacinal. Os
sintomas clínicos são coincidentes com a viremia,
ou período de replicação viral no organismo
e “mimetizam” a doença original de uma
forma mais “branda”. Uma exceção a esta regra
é a vacina contra a febre amarela, que pode
cursar com sintomas sistêmicos após 48 horas
da aplicação, embora o mais convencional seja
após o quinto dia da aplicação.

835
Q

Descreva os eventos decorrentes de reações de hipersensibilidade a vacinas, que são de acordo com a classificação de Gell e Coombs

A

Reação Tipo I – mediada por IgE. Tempo
de início: 2-30 minutos. Incluem as reações
anafiláticas que se manifestam dentro de
minutos após a aplicação da vacina. Geralmente
são desencadeadas por algum componente
da vacina, e não pelo agente infeccioso
em si. Os soros heterólogos também
podem desencadear este tipo de reação.
As principais manifestações são:
 Cutâneas: urticária, prurido, vermelhidão,
angioedema;
 Respiratórias: broncoespasmo, estridor,
rouquidão (por edema de glote e laringe);
 Olhos e nariz: congestão nasal, coriza, espirros,
congestão e hiperemia conjuntivais;
 Cardiovascular: taquicardia, hipotensão,
perda da consciência;
 Gastrointestinais: náuseas, vômitos, diarreia.
A gelatina usada em algumas vacinas
como estabilizador (ex.: MMR e varicela)
podem causar reação tipo I, e por isso pessoas com história de alergia a este alimento
devem receber estas vacinas em locais que disponham para atendimento de emergência. Da mesma forma, pacientes com alergia a proteína do ovo deverão ter precaução em relação às vacinas contra febre amarela e anti-influenza, já que estes
vírus são cultivados em células de embrião de galinha e, portanto, a vacina pode conter resquícios destas substâncias.

Reação Tipo II – citotóxica, caracterizada pela destruição de células marcadas com anticorpos pelos linfócitos natural killer. Tempo de início: 5 a 8 horas. É o mecanismo que acontece, por exemplo, na destruição da bainha de mielina após algumas vacinas, produzindo quadros de encefalomielite pós-
-vacinal e síndrome de Guillain-Barré.

Reação Tipo III – mediada por imunocomplexos. Tempo de início: 2 horas. Cursam com vasculite e necrose tecidual local. É o que ocorre nas aplicações repetidas das vacinas contra difteria e tétano.

Reação Tipo IV – hipersensibilidade tardia, reação mediada pela imunidade celular, com linfócitos T citotóxicos direcionados contra as células do hospedeiro. Tempo de início: 24 a 72 horas. São exemplos, as reações cutâneas à neomicina e timerosal, usados como conservantes nas vacinas

836
Q

Os neonatos filhos de mães HIV positivas (verticalmente expostos) não deverão receber a BCG
V ou F

A

F
Os neonatos filhos de mães HIV positivas
(verticalmente expostos) também deverão
receber a BCG o mais precocemente
possível. Se estas crianças chegarem ao
serviço de saúde ainda não vacinadas, poderão
ser vacinadas se assintomáticas e sem
sinais de imunodepressão até 18 meses.
Aquelas com idade entre 18 meses e 4 anos,
11 meses e 29 dias, que chegarem ao serviço
sem vacina BCG, poderão receber a vacina
se estiverem assintomáticas e sem sinais de
imunodepressão. A partir dos cinco anos de
idade, as crianças portadoras de HIV não
devem receber a vacina, mesmo que assintomáticas
e sem sinais de imunodeficiência.

ATENÇÃO: OK! Vocês já aprenderam que
vacinas atenuadas não devem ser administradas
em pacientes imunodeprimidos pelo risco
de adoecimento pelo agente vacinal. Corretíssimo.
Entretanto, as crianças verticalmente
expostas ao HIV ao nascimento, mesmo
que tenham sido infectadas pelo HIV na
gestação, no período neonatal ainda não desenvolveram
imunodeficiência clínica e nem
laboratorial para contraindicar a administração
da vacina BCG. Por isso, a vacina É RECOMENDADA
AO NASCIMENTO.

837
Q

No caso de contatos intradomiciliares de portadores de hanseníase de qualquer forma clínica (paucibacilar ou multibacilar) e sem sinais da doença no momento da avaliação, quando vacinar esses pacientes?

A
  • Sem cicatriz de BCG, fazer uma dose de vacina;
  • Com uma cicatriz de BCG, fazer uma dose de vacina
  • Com 2 cicatrizes de BCG, não vacinar
838
Q

Contraindicações à BCG

A

Relativas (a vacinação deverá ser adiada até a
resolução destas situações)
 Recém-nascidos com peso < 2 kg.
 Afecções dermatológicas extensas no local
da aplicação.
 Uso de imunodepressores: em tratamento
com corticosteroides em dose elevada; quimioterapia,
radioterapia. A vacina deverá
ser adiada até três meses após a suspensão
da medicação imunodepressora.
 Neoplasias malignas.
 RN de mães bacilíferas. A criança recebe quimioprofilaxia com isoniazida (INH) na dose de 10 mg/kg/dia até três meses de vida. Aos três meses de idade, indica-se a prova tuberculínica. Caso esta seja não reatora, suspende-se a INH e a BCG é aplicada.
Em caso de PPD reator sendo a criança assintomática
e apresentando radiografia de tórax sem alterações, mantém-se a INH por mais três a seis meses e não se aplica a BCG. Caso, a qualquer momento, o lactente apresente sinais clínicos ou radiológicos de adoecimento, é indicado o tratamento

Absolutas
 Crianças HIV positivas sintomáticas.
 Imunodeficiências congênitas ou adquiridas.

839
Q

Descreva a evolução da cicatriz da BCG

A

 1ª a 2ª semana: mácula avermelhada com
enduração de 5 a 15 mm de diâmetro.
 3ª a 4ª semana: pústula que se forma com o
amolecimento do centro da lesão, seguida
pelo aparecimento de crosta.
 4ª a 5ª semana: úlcera com 4 a 10 mm de
diâmetro.
 6ª a 12ª semana: cicatriz com 4 a 7 mm de
diâmetro, encontrada em cerca de 95% dos
vacinados. Não se deve cobrir a úlcera ou
colocar qualquer tipo de medicamento.

840
Q

Mais de 95% das crianças vacinadas apresentam
cicatriz. Se após seis meses de vacinação
não houver cicatriz vacinal, a criança deverá
ser revacinada com a BCG, sendo esta conduta
preconizada e obrigatória para todos os menores
de cinco anos. Estudos demonstram que
após revacinação, mesmo sem marca vacinal,
a criança está imunizada.
V ou F

A

V

841
Q

Manejo das complicações da BCG

A

 Abscessos subcutâneos frios ou quentes. Os
abcessos frios devem ser tratados com isoniazida
10 mg/kg/dia (máximo de 400 mg) até a
completa regressão da lesão. Para os abcessos
quentes está indicado o uso de antimicrobianos
apropriados para germes de pele.

 Úlceras de grandes dimensões (> 1 cm) que
não evoluem para cicatrização dentro de 12
semanas. A conduta é notificar e acompanhar.
A não cicatrização após 12 semanas
orienta início de isoniazida 10 mg/kg/dia
(máximo de 400 mg/dia) até a completa
regressão da lesão.

 Linfonodos grandes (> 3 cm de diâmetro) ou
flutuantes e fistulizados representam eventos
adversos. Quando há apenas o aumento, é
feita a notificação e o acompanhamento.
Quando a linfadenopatia é supurada, não
importa o tamanho, além da notificação também
é feito o tratamento com isoniazida na
dose de 10 mg/kg/dia (máximo de 400 mg/
dia). Não está indicada a punção do gânglio.

Dentre as reações sistêmicas, pode ocorrer uma
forma disseminada, quando o quadro mimetiza
a forma de tuberculose disseminada, com hepatoesplenomegalia, febre e linfadenite generalizada. Nestes casos utiliza-se o esquema
tríplice, substituindo a pirazinamida pelo etambutol,
uma vez que o M. bovis é naturalmente
resistente a essa droga.

842
Q

Porcentagem de evolução para doença crônica em pessoas infectadas com HBV de acordocom a idade

A
  • 90% daqueles infectados no período perinatal terão infecção crônica;
  • para crianças entre 1-5 anos o risco é de 30%,
  • para adultos apenas 5-10%.
843
Q

No contexto da infecção aguda pelo HBV, antes do estabelecimento do quadro de hepatite propriamente dita, pode haver uma doença do soro like, com manifestações cutâneas (ex.: erupção urticariforme,
purpúrica, macular ou maculopapular) e articulares.
Também pode ocorrer a síndrome de Gianotti-
Crosti ou acrodermatite papular, caracterizada
por poucos sintomas sistêmicos (às vezes
mal-estar e febre baixa) associada a uma erupção
papular elevada, de 1-10 mm, eritematosas, em
grupos distalmente distribuídas e simétricas: face,
nádegas, plantas e solas e membros
V ou F

A

V

844
Q

Sabe-se que apenas 0,1% dos infectados
desenvolve a forma paralítica. A
grande maioria (90-95%) dos infectados não apresenta
qualquer manifestação clínica. A poliomielite
paralítica apresenta três síndromes clínicas
que representam um continuum da infecção em
diferentes partes do sistema nervoso, a saber:

A

1) poliomielite paralítica forma espinhal;
Na forma espinhal ou medular, após um
período de 2-3 dias de manifestações clínicas
genéricas (febre, mal-estar, dor de garganta, cefaleia
e dor abdominal) o paciente sente-se melhor,
e por volta do quinto dia uma cefaleia intensa e
febre retornam. Há intensa dor muscular e fenômenos
motores (paresia/plegia flácida assimétrica
mais acentuada em nível proximal e extremidades
inferiores) aparecem. Não há alterações de
sensibilidade. São comuns disfunções vesicais e
retais, com incontinência ou retenção de urina e
fezes, respectivamente. É importante o diagnóstico
diferencial com outras paralisias de início agudo, como a síndrome de Guillain-Barré, mielite transversa, botulismo, difteria, miastenia gravis, paralisia periódica hipocalêmica e miosite viral. A falta de melhora da força nos primeiros meses após a doença é sinal de mau prognóstico, com desenvolvimento de paralisia permanente.

2) poliomielite paralítica forma bulbar;
Na forma bulbar destacam-se os sinais de paralisia
de pares cranianos e disfunção dos centros
vitais bulbares. Verificamos paralisia facial, de
músculos extraoculares, mastigatórios, palato,
faringe, laringe e cordas vocais. O paciente passa
a apresentar dificuldades de deglutição, rouquidão,
voz nasalada, afonia e dificuldades respiratórias.
O envolvimento bulbar é evidente através das alterações nos ritmos respiratórios e alterações cardiovasculares (hipertensão, seguido de hipotensão
e choque).

3) polioencefalite.
O nível encefálico de comprometimento
é diagnosticado pela presença de alterações
de nível e conteúdo de consciência (ex.:
torpor e coma), convulsões e paralisia espástica
por envolvimento do trato piramidal.

845
Q

Esquema de vacinação contra poliomielite

A

 Ministério da Saúde / PNI: A VOP será
usada nos reforços aos 15 meses e 4 anos.
Lembre-se de que as três primeiras doses,
aos 2, 4 e 6 meses de vida, deverão ser feitas
com a Vacina Inativada contra a Pólio (VIP).
 SBP: A recomendação da SBP é de que os
reforços sejam feitos também com a VIP,
mas é aceitável o uso da VOP nos reforços
feitos aos 15 meses e 4 anos, como proposto
pelo PNI.

846
Q

Cite complicações da difteria (doença causada pelo Corynebacterium diphtheriae, bacilo Gram-positivo cujo reservatório exclusivo são as mucosas e pele do homem)

A

A absorção sistêmica da toxina está
relacionada ao desenvolvimento de complicações
como necrose tubular renal aguda, trombocitopenia,
miocardite e desmielinização
neuronal. Estas duas últimas complicações
parecem ser mediadas imunologicamente, pois
se desenvolvem duas a três semanas após o
início do quadro.
A miocardiopatia tóxica manifesta-
se em cerca de 10-25% dos pacientes
com difteria e é a responsável por metade dos
óbitos. Suspeita-se quando o paciente, na 2ª ou
3ª semana de doença, apresenta uma taquicardia
desproporcional à febre. Pode haver aumento
de cavidades e distúrbios de ritmo (bloqueio
atrioventricular de 1º, 2º ou 3º grau). A neuropatia
tóxica da difteria também é uma das
complicações que se inicia na 2ª ou 3ª semana
de doença. Pode haver comprometimento de
nervos cranianos (ex.: paralisia de oculomotor,
facial, alterações pupilares, paralisia de palato),
bulbar com alterações nos centros respiratório
e cardiovascular, e uma neuropatia periférica
com paralisia ascendente semelhante à síndrome
de Guillain-Barré. Os corticoides não são
recomendados nas complicações.

847
Q

TTO da difteria

A

O tratamento é feito com Soro
Antidiftérico (SAD), que deverá ser administrado
o mais precocemente possível, pois os
anticorpos neutralizam apenas a toxina livre
circulante, e são ineficazes contra aquelas que
já impregnaram o tecido. O SAD é um produto
heterólogo, ou seja, extraído a partir do soro
de cavalos imunizados, podendo, em razão de
sua natureza, produzir reações alérgicas graves.
Recomenda-se então, a realização de teste de
sensibilidade antes da aplicação do soro. Além
disso, a terapia com antibióticos deverá ser
empregada como medida auxiliar no tratamento
e com função de destruir os bacilos produtores
da toxina. Os mais utilizados são a penicilina
G cristalina, penicilina procaína e eritromicina
por 14 dias, com eficácia similar.

848
Q

Características do agente etiológico do tétano

A

O tétano é uma doença infecciosa
que cursa com paralisia espástica aguda causada
pela toxina tetânica, uma proteína sintetizada
pelo Clostridium tetani. O clostrídio é
um bacilo anaeróbio Gram-positiva, presente
no ambiente (ex.: solo, poeira, trato gastrointestinal
de diversos animais) sob a forma de
esporos. Estes esporos são resistentes à fervura,
mas não à autoclavagem. A sua forma vegetativa
é facilmente destruída pela ação de
antibióticos, calor e desinfectantes comuns.

849
Q

Patogênese do tétano

A

Os esporos introduzidos no
tecido germinam em sua forma vegetativa, se
multiplicam e sintetizam a toxina tetânica (tetanospasmina).
A bactéria em si não tem a
capacidade de invasão sistêmica, permanecendo
localizada no sítio da ferida, e todas as manifestações
da doença são o resultado da ação
maléfica da toxina. A tetanospasmina é endocitada
pelas terminações dos motoneurônios
alfa e ascendem retrogradamente até a medula.
Neste local, a toxina também se liga aos interneurônios
inibitórios, e impede a liberação do
neurotransmissor GABA. Sabemos que a função
dos interneurônios gabaérgicos medulares
é inibir a contração dos músculos antagonistas
durante a realização de um movimento voluntário.
Sob o efeito da toxina, estes neurônios
deixam de atuar e o resultado é a contração
sustentada máxima dos músculos antagonistas

850
Q

descreva o quadro clínico do tétano generalizado

A

Ocorre trismo (contração bilateral sustentada dos
masseteres), cefaleia e irritabilidade como
sintomas iniciais após um período de incubação
de 2 a 14 dias. Posteriormente, desenvolve-
se o riso sardônico produzido pela
contração dos músculos da face e mastigação;
há também disfagia, sialorreia e espasmos
musculares, que acometem a musculatura
laríngea, produzindo dificuldades respiratórias,
tronco e membros; estas contrações
musculares provocam uma postura de
opistótono, como podemos perceber pelas
figuras 7 e 8. Estímulos sutis como toque,
som ou luminosidade poderão desencadear
contrações espásticas tetânicas muito
dolorosas – flexão e adução dos membros
superiores e hiperextensão dos membros inferiores.
A hipertermia é uma manifestação
comum, relacionada ao grande dispêndio
energético causado pela tetania. Há também
marcante disfunção autonômica com taquicardia,
hipertensão, arritmias cardíacas e
vasoconstricção cutânea. O paciente mantém-
se lúcido, pois não há envolvimento
cortical na doença. Disúria e retenção urinária
podem ser provocadas por espasmos esfinctéricos.

851
Q

Manejo do tétano

A

O tratamento é feito com soro
ou imunoglobulina antitetânica, cuja função é
neutralizar a toxina que ainda não foi endocitada
pela terminação nervosa e antibióticos para
destruir as formas vegetativas existentes na
ferida. Os antimicrobianos de escolha são a
penicilina cristalina e o metronidazol. Benzodiazepínicos são úteis no controle das contrações musculares espásticas.

852
Q

Esquema de vacinaçãoda DTP

A

A vacina é
administrada a partir de 2 meses (2, 4 e 6
meses), em três doses, com intervalo de 60
dias entre elas (no mínimo 30 dias). Aos 2,
4 e 6 meses, a DTP é administrada sob a
forma da vacina penta (DTP + Hib + Hepatite
B). O primeiro reforço da DTP deverá
ser aplicado de preferência aos 15
meses, e o segundo reforço aos 4 anos. As
crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias
deverão receber a penta em 3 doses com
intervalo de 60 dias entre elas. É indicado
um reforço a cada 10 anos com a dupla tipo
adulto – toxoides diftérico e tetânico (dT).

853
Q

Descreva o episódio hipotônico hiporresponsivo, uma possível complicação da DTP

A

Episódio Hipotônico Hiporresponsivo
(EHH). Instalação súbita de quadro clínico
constituído por diminuição do tônus muscular
(hipotonia), diminuição ou ausência de
resposta a estímulos externos (hiporresponsividade),
palidez ou cianose, manifestando-
-se nas primeiras 48 horas (geralmente nas
primeiras seis horas) que se seguem à aplicação
da vacina. Na maioria das crianças,
irritabilidade e febre ocorrem inicialmente.
A duração é de alguns minutos até algumas
horas. O prognóstico é bom, sendo o episódio
autolimitado e não evolutivo para sequelas
neurológicas. Embora esteja associado
ao componente pertussis, o EEH já foi verificado
com a administração de outras vacinas
como: Hib, pneumocócica, DT e hepatite
B. Sua ocorrência indica o uso de DTP
acelular nas doses subsequentes.

854
Q

Descreva o quadro de encefalopatia associada a DTP e quais modificações devem ser feitas em vacinações subsequentes

A

É um termo genérico que não
indica uma doença específica, mas sim uma
síndrome clínica caracterizada por início
abrupto nos sete primeiros dias após aplicação
da vacina com alteração de comportamento,
alteração do nível de consciência
(sonolência e torpor), cefaleia, sinais neurológicos
focais (paralisia de pares cranianos,
deficit de força em membros), crises convulsivas
focais ou generalizadas e sinais de
irritação meníngea. Contraindica-se a administração
do componente pertussis, mesmo
a vacina acelular. A criança deverá receber
a dupla infantil (DT).

855
Q

Descreva a conduta nas vacinações da DTP de acordo com o surgimento de complicações em vacinações anteriores

A
  • Febre, vômitos, choro persistente e sonolência: não há contraindicação a doses subsequentes. Continuar o esquema com a DTP
  • Episódio hipotônico hiporresponsivo: completar o esquema com DTP acelular
  • Convulsões: completar o esquema com a DTP acelular
  • Encefalopatia: completar o esquema com DT
  • Reação alérgica tipo I: contraindica qualquer vacina (DTP celular, DTP acelular, DT, dT, TT)
856
Q

Esquema de vacinação contra o HiB

A

Ministério da Saúde / PNI: É administrada
sob a forma da vacina penta (DTP + Hib
+ HepB), aos 2, 4 e 6 meses

  • Um reforço é indicado com 12 - 15 meses apenas para imunossuprimidos (pacientes HIV positivos, transplantados, pós-quimioterapia,
    imunodeficiência congênita).
857
Q

Esqeuema de vacinação da VORH (vacina oral contra o rotavirus humano)

A

 Ministério da Saúde / PNI: Vacina contra
o rotavírus monovalente, com esquema em
duas doses: 2 e 4 meses.

 Ministério da Saúde / Calendário de Vacinação
das Crianças e Adolescentes Vivendo
com HIV: Esquema em duas doses:
2 e 4 meses. Crianças verticalmente expostas
ao HIV ou infectadas pelo HIV podem
receber a vacina VORH atenuada.

 SBP: Traz como alternativa o uso da vacina
contra o rotavírus pentavalente, com
esquema em três doses: 2, 4 e 6 meses. A
primeira dose deverá ser administrada no
máximo até 3 meses e 15 dias e a terceira
dose deverá ser administrada até no máximo
7 meses e 29 dias.

858
Q

Um dos efeitos adversos comprovados da VORH é a intussuscepção intestinal
V ou F

A

F
A vacina atual é feita a partir de
vírus humanos, e foi extensamente testada
antes de ser introduzida no mercado. Portanto,
não há relação causa-efeito entre a VORH
e quadros de invaginação intestinal.

859
Q

Fatores que predispõem a doença pneumocócica invasiva em crianças

A
  • doença falciforme (a doença invasiva chega a ser 30 a 100 vezes mais prevalente neste grupo de crianças), - asplenia congênita ou funcional,
  • infecção pelo HIV,
  • implantes cocleares,
  • imunodeficiências congênitas e adquiridas,
  • cardiopatias crônicas (ex.: ICC e cardiopatias cianóticas),
  • pneumopatias crônicas (ex.: asma grave),
  • doença renal crônica (ex.: síndrome nefrótica),
  • terapias imunossupressoras (ex.: quimioterapia, radioterapia),
  • transplante de órgãos sólidos
  • diabetes mellitus.
860
Q

Esquema vacinal da vacina pneumocócica

A

 Ministério da Saúde / PNI: Esquema de
Pn10 com duas doses – 2, 4 e reforço aos 12
meses (podendo ser administrado até 4 anos,
11 meses e 29 dias). Para crianças de 12 meses
até 4 anos, ainda não vacinadas, administrar
apenas uma dose. A Pn23 é recomendada
para indígenas e idosos de 60 anos ou mais
que vivem acamados ou que vivem em instituições
fechadas.

 Ministério da Saúde / Calendário Vacinal
das Crianças e Adolescentes Vivendo com
HIV: Esquema com Pn10 em três doses – 2,
4 e 6 meses; reforço com Pn10 aos 12 meses. Recomenda-se, ainda, a Pn23 aos 2 anos, com
um reforço após 5 anos. A Pn10 poderá ser
administrada até 5 anos e, após o primeiro
ano de vida, para as crianças não vacinadas,
deverá ser feita em duas doses com intervalo
de 2 meses entre elas.

861
Q

Esquema de vacinação da MnC cojugada

A

 Ministério da Saúde / PNI: Esquema com
duas doses da MnC conjugada: 3 e 5 meses;
reforço com MnC conjugada aos 12 meses
(podendo ser feito até 4 anos, 11 meses e 29
dias). Crianças de 12 meses até 4 anos não
vacinadas deverão receber dose única

862
Q

RNA vírus pertencente
à família Orthomyxoviridae e se subdividem
em três tipos: A, B e C. Possuem em
sua superfície duas proteínas importantes:
hemaglutinina e neuramidase, que se projetam
como espículas a partir do envelope

A

Vírus influenza

863
Q

RNA-vírus, pertencente à família Flaviviridae
e gênero Flavivirus, sendo responsável por uma
doença infecciosa caracterizada por disfunções
hepáticas e renais.

A

Vírus da febre amarela

864
Q

Vetores da febre amarela

A

É transmitido através da picada
de um vetor, o mosquito Aedes aegypti nas
áreas urbanas, ou mosquitos do gênero Haemagogus
e Sabethes nas áreas silvestres. Não
há transmissão da doença entre as pessoas

865
Q

O sina de Faget pode estar presente em quadros de febre amarela. Descreva-o

A

Presença de pulso fino com temperatura corporal elevada

866
Q

Quando realizar a vacinação de lactantes contra a febre amarela. Que orientação deve ser dada após a vacinação

A

Lactantes/Nutrizes (mulheres que estejam
amamentando nos primeiros 6 meses de vida
do lactente): deverão ser vacinadas apenas se
residirem em local onde houve confirmação
da circulação do vírus (ex.: epizootias, casos
humanos e vetores na área afetada).

A amamentação deverá ser suspensa 10 DIAS
APÓS A VACINA.

867
Q

Uma complicação temida associada à vacina contra a febre amarela é a encefalite. Surge com sinais de meningismo, convulsão, paresia iniciada 7 a 21 dias após a aplicação. Geralmente evolui para a cura, mas com manutenção de sequelas focais
V ou F

A

F
Geralmente evolui para a cura sem sequelas.

868
Q

Trata-se de uma complicação grave que tem sido relatada envolvendo vacinas contra febre amarela de diferentes fabricantes e cepas. O quadro clínico se
assemelha à febre amarela selvagem com início
na primeira semana após a vacinação, de febre,
astenia, icterícia, oligúria, instabilidade cardiovascular,
hemorragia e necrose hepática. Em
todos os casos, aconteceu após a primeira dose da vacina. Não parece ter havido alteração no genoma do vírus, e a conclusão que se chegou foi a de que a complicação resultou de suscetibilidade individual. As
estimativas de risco mostram uma frequência
de 1 óbito para 450.000 doses aplicadas, embora
esses números variem bastante.

A

doença viscerotrópica aguda

869
Q

Possíveis complicações relacionadas à caxumba

A

meningite asséptica (que ocorre em 10-
-30% das pessoas e se resolve em 7-10 dias),
a orquite, tireoidite, artrite, glomerulonegrite,
miocardite e ataxia cerebelar. Tais complicações
podem ocorrer na ausência de parotidite,

870
Q

é uma doença provocada
por um vírus de RNA da família Togaviridae
e gênero Rubivirus.

A

Rubéola

871
Q

Esquema de vacinação da SRC

A

 Ministério da Saúde / PNI: Esquema com
duas doses: 12 meses e 15 meses. Aos 12
meses, administra-se a tríplice viral e, aos 15
meses, administra-se a tetra viral (sarampo,
caxumba, rubéola e varicela; corresponde à
segunda dose de tríplice viral e à primeira
dose de vacina contra a varicela). A vacina
tríplice viral é recomendada para todos os
indivíduos de até 49 anos. Os indivíduos de
até 29 anos devem comprovar duas doses da
vacina; os indivíduos entre 30 e 49 anos devem
comprovar apenas uma dose

872
Q

Cite as complicações da SRC que contraindicam nova dose da vacina

A

Meningite. Ocorre entre o 15º e 21º dia
após a vacinação e está associado ao componente
da caxumba, que tem por característica
ser bastante neurotrópico. Tem
curso benigno.

Encefalite. Surge do 15º ao 30º dia após
vacinação, afetando de 1/1.000.000 a
1/2.500.000 dos primovacinados. Está
relacionado ao vírus do sarampo e ao da
caxumba, sendo que o risco de encefalite
vacinal não é maior do que população não
vacinada. A Pan-Encefalite Esclerosante
Subaguda pós-vacinal (PEESA), que apresenta
o risco teórico de acontecer após a
vacinação, não possui comprovação epidemiológica
considerável. Entretanto, há
casos na literatura de PEESA em crianças
sem história de doença natural e que receberam
a vacina. Alguns destes casos
podem ter sido resultado de um sarampo
não diagnosticado, mas a vacinação não
pode ser excluída como causa.

g. Associações temporais. Quadros de síndrome
de Guillain-Barré, ataxia, neurite
óptica, mielite transversa podem
apresentar associação temporal com a
vacina tríplice.

 Há contraindicação a doses subsequentes
da vacina em casos de meningite e
encefalite.

h. Púrpura trombocitopênica. Tem início
em 2 a 3 semanas após a vacinação e apresenta
curso benigno. Acomete cerca de
1:30.000 a 1:40.000 vacinados.
 Contraindicar doses subsequentes em caso
de púrpura vacinal. Pacientes que já apresentaram
quadro de PTI antes apresentam

Reação à vacian do tipo anafilática,
contraindica doses subsequentes.
OBS.: pessoas com anafilaxia ao ovo NÃO apresentam
contraindicação a vacina tríplice
ou dupla viral. Os estudos realizados demonstraram
que mesmo as pessoas com
reação de hipersensibilidade grave ao ovo
têm risco insignificante de fazê-la após a
administração da vacina

873
Q

Quem e como fazer a profilaxia pós exposição do sarampo

A

A profilaxia pós-exposição encontra-se indicada
em todos os contactantes íntimos suscetíveis
de um indivíduo com sinais/sintomas
sugestivos de sarampo

Vacinação de Bloqueio. É feita com a administração
da vacina (tríplice viral) até 72 horas
após o contato, podendo ser usada a partir de
seis meses. Sua eficácia baseia-se no fato de
imunizar o suscetível em prazo menor que o
tempo de incubação da doença. Quando for
administrada em criança menor de 12 meses,
não deve ser considerada como dose válida e
a criança deverá ser revacinada aos 12 meses
com a tríplice viral.

Imunização Passiva. É realizada com a administração
de imunoglobulina humana até seis
dias após a exposição em uma dose intramuscular
de 0,25 ml/kg (imunocompetentes) a 0,5
ml/kg (imunodeprimidos). A imunização passiva
está indicada em contatos íntimos que
tenham alguma contraindicação à vacina (< 6
meses, grávidas, Aids, transplantados, imunodeficiências
congênitas etc.).

874
Q

Quem e como fazer a profilaxia pós exposição da rubéola

A

A profilaxia pós-exposição a casos suspeitos
de rubéola encontra-se também indicada aos
contactantes íntimos suscetíveis. Faz-se através
da administração da vacina tríplice até três dias
após o contato. Mulheres grávidas suscetíveis
(IgG para rubéola negativo) expostas a um caso
suspeito de rubéola não podem receber vacinação
de bloqueio, e a imunoglobulina não é
rotineiramente recomendada
pela razão de não
garantir completamente a proteção do feto.

875
Q

Indicações para uso de aciclovir em caso de varicela

A

As indicações para o uso do aciclovir são: 1) adultos
e adolescentes (> 13 anos): aciclovir 800 mg
oral 4x/dia por cinco dias, iniciado até 24h do
início do exantema; 2) imunodeprimidos, varicela
neonatal e qualquer paciente com sinais de
varicela disseminada (encefalite, pneumonia,
hepatite e trombocitopenia): aciclovir venoso 500
mg/m²/dose a cada 8h por sete dias ou até que não
haja o aparecimento de novas lesões por 48 horas

876
Q

Esquema de vacinação contra a varicela

A

 Ministério da Saúde / PNI: A vacina contra
a varicela deverá ser administrada em duas
doses: a primeira aos 15 meses (até 4 anos)
– sob a forma de tetra viral (regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste) ou sob a forma de
varicela + tríplice viral (regiões Sul e Sudeste);
e a segunda dose entre 4 anos e 6 anos (6
anos, 11 meses e 29 dias)

877
Q

Esquema de vacinação para HVA

A

 Ministério da Saúde / PNI: Dose única aos
15 meses. A idade máxima para administração
da vacina contra a hepatite A em dose
única é 4 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias).

878
Q

De acordo com avaliação recente da Anvisa,
a vacina contra a dengue (4 sorotipos de vírus atenuado) NÃO DEVE SER
ADMINISTRADA EM INDIVÍDUOS SORONEGATIVOS,
isto é, sem exposição prévia
ao vírus da dengue. Esta recomendação baseia-se
na verificação de que estes indivíduos poderão
apresentar uma forma de dengue grave
até 30 meses após a administração da vacina
Vou F

A

V

879
Q

Após um período variável de incubação
(média de 45 dias no homem), surgem os
pródromos que duram de dois a quatro dias,
caracterizados com: mal-estar geral, pequeno
aumento de temperatura, anorexia, cefaleia,
náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade,
e sensação de angústia. Pode aparecer
uma sensação de hiperestesia e parestesia
no trajeto de nervos periféricos, próximos ao
local da mordedura. O quadro progride, e surgem
alterações de comportamento (ansiedade
e hiperexcitabilidade crescentes), febre, delírios,
espasmos musculares involuntários, generalizados
e/ou convulsões. Espasmos dos músculos
da laringe, faringe e língua determinam
dificuldade para ingestão de líquido e o paciente
apresenta intensa sialorreia. Há manutenção
da consciência entre os períodos de alucinações, até que sobrevenha o coma e óbito. O período
compreendido entre o início dos sintomas e o
óbito é de cinco a sete dias

A

Raiva

880
Q

Esquema e indicações da profilaxia pré exposição para raiva

A

Indicações: médicos veterinários, biólogos,
agrônomos, funcionários de zoológicos, estudantes
destas áreas, carteiros, dentre outros.
Formas de administração:
 3 doses: dias 0, 7 e 28;
 IM profunda (0,5 ml) ou ID (0,1 ml).

881
Q

Esquema e indicações da profilaxia pós exposição para raiva

A

Galeria (20ª foto)

882
Q

Descreva a reação de Arthus

A

Reação de hiperssensibilidade tipo III, caracteriza-se por eritema intenso, enduração e edema no local de vacinação, acompanhada de dor importante e dificuldade de movimentação do membro, podendo em casos raros
evoluir com a formação de bolhas de conteúdo seroso. Apresentam um início tardio (entre 6 h a alguns dias
após a vacinação) e duração mais prolongada (7-14 dias), sendo também mais frequentes em pessoas
acima de 60 anos ou após a revacinação precoce, associadas a presença de altos títulos de anticorpos
contra os sorotipos vacinais (gerados por vacinação ou infecção prévias).
Dentre as reações de hipersensibilidade relacionadas a vacinas, a “Reação de Arthus” tem sido na prática
a mais frequentemente observada, principalmente com as vacinas anti-pneumocócicas (polissacarídica
e conjugada) e as vacinas contendo o toxóide tetânico (como a dT).
Conduta - Devido ao seu aspecto inflamatório intenso, esta reação é com uma certa frequência confundida
com uma celulite e tratada com antibióticos e até mesmo internação hospitalar, o que acaba protelando a
sua resolução, já que o tratamento mais indicado não é aplicado. Esta reação é normalmente autolimitada e
a conduta mais adequada é a aplicação de compressas geladas nos dois primeiros dias e uso de medicação anti-histamínica via oral.

883
Q

Esquema de profilaxia pós reexposição à raiva

A

Esquema anterior de profilaxia Completo:
a) até 90 dias: não realizar esquema profilático
b) após 90 dias: duas doses, uma no dia 0 e outra no dia 3

Esquema anterior de profilaxia Incompleto*
a) até 90 dias: completar o número de doses
b) após 90 dias: ver esquema de pós-exposição (conforme o caso)

*Não considerar o esquema anterior se o paciente receber um número menor de doses do que o referido nas notas acima.

884
Q

 Lactentes ainda internados além do período
neonatal em berçário ou UTI neonatal deverão
receber todas as vacinas do calendário
básico de vacinação de acordo com sua idade
cronológica, à exceção da

A
  • Vacina Oral contra Pólio (VOP)
  • Vacina oral contra o rotavírus humano (VORH).
885
Q

 Prematuros com menos de 31 semanas de
gestação ou menos de 1.000 g deverão receber
aos dois meses:

A

DTP acelular isoladamente,
e depois, VIP, Hib e hepatite B. As
demais doses aos 4 e 6 meses poderão ser
feitas conforme o preconizado pelo calendário
básico de imunizações. As demais
vacinas em prematuros devem ser feitas
conforme a idade cronológica, não pela idade
corrigida.v

886
Q

Os pacientes com neoplasias e que serão submetidos
à tratamento quimioterápico/radioterápico
deverão ter seu esquema vacinal
atualizado até no máximo 14 dias antes do
início do tratamento. Ainda assim, algumas
vacinas atenuadas não poderão ser administradas
mesmo antes do início do tratamento
imunossupressor, tais como:

A

BCG e VOP

887
Q

Os pacientes com doenças imunomediadas (ex.:
artrite idiopática juvenil, lúpus, psoríase, doença
de Crohn, retocolite ulcerativa) não deverão
receber nenhuma vacina viva atenuada mesmo
antes do tratamento imunossupressor.
V ou F

A

V

888
Q

É recomendada em duas doses,
aos dois e quatro meses. A primeira dose só pode ser feita até 3 meses e 15 dias; a segunda dose tem idade limite de aplicação de 7 meses e 29 dias

A

VORH

889
Q

Considera-se um caso suspeito de rubéola quando o
paciente apresenta febre e exantema maculopapular, acompanhado de linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independentemente da idade e situação vacinal. A avaliação clínica e epidemiológica indica uma associação temporal entre a data do início dos sintomas e a data do recebimento da última dose da vacina, com o componente contra a rubéola, mesmo que não tenha sido realizada coleta de amostra. Dos critérios para descarte como associação temporal à vacina abaixo, é CORRETO afirmar que:

a) Febre com temperatura que pode chegar a 39°C ou
mais, com início entre o 3o e o 10o dias após a vacinação
e duração média de 4 a 5 dias, podendo chegar até 7 dias.
b) Exantema que dura de 3 a 6 dias, sendo geralmente
benigno, e que surge entre o 1o e o 3o dias, após a administração
da vacina.
c) Cefaleia ocasional, irritabilidade, conjuntivite ou manifestações
catarrais observadas, entre o 2o e o 3o dias
após a vacinação.
d) Linfadenopatias que se instalam entre o 7o e o 21o dias
após a data de vacinação.

A

D
De acordo com o Ministério, o caso
suspeito de rubéola pode ser descartado quando tiver
associação temporal com a vacina nas seguintes situações:
- febre com temperatura que pode chegar a 39,5°C
ou mais, com início entre o 5o e o 12o dia após a vacinação e duração de cerca de 1 a 2 dias, podendo chegar até 5 dias
- exantema que dura de 1 a 2 dias, sendo geralmente benigno, e que surge entre o 7o e o 14o dia após a administração da vacina
- cefaleia ocasional, irritabilidade, conjuntivite ou manifestações catarrais observadas entre o 5o e o 12o dia após a vacinação
- linfadenopatias que se instalam entre o 7o e o 21o dia após a data de vacinação

890
Q

A vacina BCG é administrada por via intradérmica e, no local de inoculação, podemos observar a formação de uma cicatriz vacinal. Quando não ocorrer a formação
de cicatriz em…, uma segunda dose é feita. Quando novamente não há cicatriz, não é feita uma terceira dose. O Ministério da Saúde recomenda que a vacina seja feita até quatro anos, 11 meses e 29 dias

A

seis meses após a dose inicial,

891
Q

 Curva peso/estatura – reflete o…

 Curva estatura/idade – reflete o…

A

efeito agudo da desnutrição na vida da criança.

efeito crônico da desnutrição na vida da criança.

892
Q

Na desnutrição energeticoproteica, o consumo progressivo desses estoques de
energia leva à queda plasmática nos níveis de
glicose e aminoácidos, e com isto ocorre uma diminuição da insulina sérica e um aumento
do glucagon e da adrenalina. Os níveis de GH
se elevam, e com ele há maior estímulo à lipólise.
Por outro lado, os níveis de IGF-1 (ou
Somatomedina C) estão reduzidos. O estresse
provocado pela DEP e as infecções estimulam
a secreção de cortisol, que atua sobre
a glicogenólise e gliconeogênese (consumo
muscular), aumentando-a. Os níveis de T3 e
T4 estão reduzidos em função da diminuição
da atividade da enzima 5 monodeiodinidase
e pela menor captação de iodo tireoidiano.
Assim, há queda da termogênese corpórea e
no consumo de oxigênio.

ƒƒA atividade da bomba de sódio-potássio encontra-
se muito reduzida pela menor oferta de ATP.
Com isso, a célula passa a excretar menos sódio
e importar menos potássio. O sódio corporal
total está aumentado, mas seus níveis séricos
estão reduzidos (HIPONATREMIA). Embora
a água corporal total esteja diminuída em função
da redução da massa muscular e do tecido
adiposo, a célula tem tendência a edemaciar
(pela retenção de sódio). O potássio intra e extracelular
encontram-se reduzidos (HIPOCALEMIA).
A redução do gradiente de sódio
transmembrana faz com que menos H+ seja
excretado, produzindo um quadro de acidose
intracelular e alcalose extracelular.
ƒƒTodo esse desequilíbrio hidroeletrolítico faz
com que aumentem os níveis de cálcio intracitoplasmáticos,
com desencadeamento de
reações bioquímicas que levam à lise celular.
A perda de potássio e o aumento do cálcio
explicam a redução na força contrátil dos
miócitos cardíacos na DEP grave. A deficiência
de magnésio (HIPOMAGNESEMIA)
também é comum na DEP grave.
V ou F

A

V

893
Q

No fígado da criança com DEP, ocorre esteatose, principalmente na forma…, podendo evoluir com fibrose perilobular e cirrose

A

kwashiorkor

894
Q

Tabela indicando o achado no exame físico e as deficiências nutricionais mais assoiadas

A

Galeria (21ª foto)

895
Q

A hipoalbuminemia
está presente em ambas as formas de DEP
grave, no kwashiorkor e no marasmo. Por que
algumas crianças desenvolvem a forma edematosa
(kwashiorkor) e outras a forma não edematosa
(marasmo) ainda é um fato desconhecido
Vou F

A

V

OBS. :Alguns autores propõem que um dos fatores seja
a variabilidade individual na composição corporal
e requerimento de nutrientes no momento
em que se dá a privação energeticoproteica,
desviando o metabolismo para uma ou outra
forma de DEP. Não somente a hipoalbuminemia
é a responsável pela formação do edema subcutâneo.
A diminuição da atividade da Na/K
ATPase, liberação de radicais livres e diminuição
de substâncias antioxidantes como a glutationa
(sintetizada a partir da metionina proveniente da
dieta) parecem contribuir para geração do edema.
Crianças que desenvolvem a forma de desnutrição
edematosa (kwashiorkor) parecem ter
sofrido um maior estresse oxidativo, com redução
de antioxidantes naturais (glutationa, vitaminas
A, C, E, ácidos graxos essenciais) e cofatores
(zinco, cobre e selênio).

896
Q

A criança geralmente se apresenta com estatura
e peso menores do que os esperados para
a idade. A criança apresenta-se consumida, fato
este observado principalmente nos músculos
dos membros superiores e inferiores. Esse fato
pode ser mascarado pelo edema. O edema é
muito frequente e considerado a manifestação
clínica mais importante dessa síndrome. Vale
ressaltar que o edema pode afetar qualquer
parte do corpo, sendo que em crianças que
deambulam, mais frequentemente, o edema se
inicia com ligeiro intumescimento dos pés se
estendendo pelas pernas. Posteriormente, o
edema pode acometer mãos e face (fácies de
lua). Em meninos pode ser notado edema em
bolsa escrotal. Alterações mentais/comportamentais
estão invariavelmente presentes. A
criança se apresenta apática, hipoativa, anorética
e desinteressada pelos fatos que ocorrem
ao seu redor. Ela geralmente não sorri, mesmo
quando estimulada, e está permanentemente
irritada, sem apetite.
A criança tem tecido celular subcutâneo. O
grau de gordura subcutânea dá uma indicação
do grau de deficiência calórica. A pele da face
está frequentemente despigmentada, desenvolvendo-
se dermatoses em áreas de atrito, como,
por exemplo, na região inguinal e no períneo.
Surgem áreas de hiperpigmentação que, eventualmente,
descamam dando um aspecto de
dermatite em escamas (flaky paint dermatosis);
a pele sob as escamas é muito pálida e facilmente
infectável. Os cabelos apresentam alteração
de textura e de cor (discromias) e são quebradiços.
Os cabelos pretos tornam-se castanhos
ou avermelhados. Pode estar presente o “sinal
da bandeira”, que consiste na alteração segmentar
(em faixas) da cor dos cabelos, traduzindo
períodos alternados de pior e melhor nutrição.
As fezes podem estar liquefeitas, com sangue
e alimentos não digeridos. Anemia está presente
na maioria dos casos. É, em parte, devida à
deficiência proteica para síntese de eritrócitos,
deficiência de ferro e de ácido fólico, parasitoses
intestinais e infecções frequentes. Hipoalbuminemia
e redução da proteína sérica total,
relação com a intensidade do edema, são observadas
em praticamente todos os pacientes. Geralmente
as crianças com essa síndrome têm
hepatomegalia (esteatose).

A

kwashiorkor

897
Q

É uma ulceração crônica necrosante da gengiva
e das bochechas, geralmente associada à
desnutrição grave e a doença infecciosa debilitante (ex.: sarampo, malária, tuberculose e
diarreia). Ocorre uma infecção polimicrobiana,
com Fusobacterium necrophorum e Prevotella
intermedia, frequentemente presentes. Os
principais sinais e sintomas são a lesão desfigurante
na gengiva e nas bochechas, odor desagradável,
febre, anemia, leucocitose e outros
achados de desnutrição grave.

A

Noma

898
Q

Quadro com proteínas que aumentam e diminuem na fase aguda de uma doença

A

galeria (22ª foto)

899
Q

Na DEP como costuma estar o sódio sérico? E o sódio corporal total?

A

Sérico: Hiponatremia, porém esta é apenas dilucional, uma vez que o conteúdo total de sódio do organismo está aumentado (em parte, devido ao aumento
do sódio intracelular por deficiência da
bomba de sódio)

900
Q

Qual situação do potássio na criança com DEP

A

 Hipocalemia – os conteúdos intra e extracelular
de potássio encontram-se diminuídos.
Os principais sintomas associados a
este distúrbio são a fraqueza muscular, íleo
paralítico e alterações da repolarização ventricular
(achatamento ou inversão da onda
T), onda U proeminente, infradesnivelamento
do segmento ST e prolongamento do
QU. Depleção grave de potássio pode levar
ao prolongamento do PR e alargamento e
redução da voltagem do QRS, bem como
aumentar o risco de arritmias ventriculares.

901
Q

Indicações de internação na DEP

A
  1. Crianças cujo peso para a altura esteja
    abaixo de - 3DP (magreza acentuada) ou
    menos que 70% da mediana dos valores de
    referência do NCHS/OMS (“gravemente
    emagrecidas”);
  2. Crianças com edema simétrico envolvendo
    no mínimo os pés (“desnutrição edematosa”)
    estão gravemente desnutridas. Elas
    devem ser internadas em hospital, onde
    poderão ser observadas, tratadas e alimentadas
    dia e noite;
  3. Presença de descompensação metabólica,
    hidroeletrolítica, acidobásica, instabilidade
    hemodinâmica, infecção, anemia grave e hipotermia,
    determinam também a necessidade
    de tratamento iminente e internação hospitalar.
902
Q

Manejo da hipoglicemia na DEP grave

A

– Criança consciente: 50 ml de glicose ou sacarose
a 10%, ou alimentar a criança com
preparação apropriada (Dieta F75) para esta
fase ou 1 colher de chá de açúcar embaixo da
língua – o que for mais rápido. Alimentar a
criança de 2/2 horas pelo ao menos no primeiro
dia. Mantê-la aquecida e iniciar antibióticos
de amplo espectro.

– Criança inconsciente: soro glicosado a 10%
na dose de 5 ml/kg IV. Alimentar a criança
de 2/2 horas pelo ao menos no primeiro dia.
Mantê-la aquecida e iniciar antibióticos de
amplo espectro.

903
Q

Na criança desnutrida desidratada que aceita dieta oral, qual o fluido indicado para hidratação?

A

ReSoMal,
uma solução com maior adequação de sódio,
potássio e micronutrientes

• O volume a ser oferecido é de 5 ml/kg a cada
30 minutos por duas horas por via oral ou SNG.
• Posteriormente, dar 5-10 ml/kg por VO ou
SNG em horas alternadas por 10 horas.
• Monitorar hora/hora FC e FR. São sinais de
sobrecarga hídrica o aumento em 25 bpm na
FC e 5 iprm na FR ou ingurgitamento da
veia jugular.
• Parar quando a criança estiver hidratada: menos
sede, urinando, prega cutânea desaparecendo
menos lentamente, olhos menos encovados,
boca menos seca, menos letárgica,
menos taquicárdica.

904
Q

Crianças gravemente desnutridas estão em
alto risco de desenvolverem cegueira devida
à deficiência de vitamina A. Por essa razão,
uma dose alta de vitamina A deve ser dada às crianças desnutridas com indícios de deficiência de Vitamina A
A dose é como se segue: 50.000 unidades
internacionais (UI) por via oral para crianças
menores de 6 meses, 100.000 UI para crianças
de 6 a 12 meses de idade e 200.000 UI
oralmente para crianças maiores de 12 meses.
Repetir estas doses nos dias 2 e 14.
V ou F

A

F
Crianças gravemente desnutridas estão em
alto risco de desenvolverem cegueira devida
à deficiência de vitamina A. Por essa razão,
uma dose alta de vitamina A deve ser dada
rotineiramente a todas as crianças desnutridas
no primeiro dia de internação, a menos que
haja evidência segura de que uma dose de
vitamina A tenha sido dada no mês anterior.
A dose é como se segue: 50.000 unidades
internacionais (UI) por via oral para crianças
menores de 6 meses, 100.000 UI para crianças
de 6 a 12 meses de idade e 200.000 UI
oralmente para crianças maiores de 12 meses.
Repetir estas doses nos dias 2 e 14.

905
Q

Todas as crianças desnutridas devem receber
5 mg de ácido fólico oralmente no primeiro
dia e 1 mg oralmente por dia, a partir
de então. Mínimo de duas semanas.
V ou

A

V

906
Q

A reposição de zindo e cobre é feita da seguinte forma

– Zinco:
Dose recomendada de 20 mg/kg/dia. Mínimo
de duas semanas.

– Cobre:
Dose recomendada de 2 mg/kg/dia. Mínimo
de duas semanas.
V ou F

A

F

– Zinco:
Dose recomendada de 2 mg/kg/dia. Mínimo
de duas semanas.

– Cobre:
Dose recomendada de 0,2 mg/kg/dia. Mínimo
de duas semanas.

907
Q

Descreva a síndrome do refeeding

A

Ocorre após a primeira semana (na qual é feito o tto inicial). Caracteriza-se por um quadro grave de hipofosfatemia (pode haver também hipocalemia e/ou hipomagnesemia) provocada pela
intensa receptação celular deste mineral. As
principais manifestações clínicas quando seus
níveis séricos caem abaixo de 0,5 mmol/L são:
alteração no nível de consciência; convulsões;
fraqueza; rabdomiólise; disfunção de neutrófilos;
arritmias e morte súbita.

908
Q

Conduta na ulceração corneana no paciente desnutrido

A

• Vitamina A imediatamente: < 6 meses 50.000
UI, 6 a 12 meses 100.000 UI, e > 12 meses
200.000 UI.

• Gotas oftalmológicas: atropina 1% uma gota
no olho afetado para relaxar a musculatura e
evitar a extrusão do cristalino.

909
Q

Entende-se que a criança entra na fase de reabilitação
quando…

A

seu apetite volta e o edema periférico começa a regredir.

Uma criança que esteja sendo alimentada por sonda nasogástrica não é considerada pronta para entrar na fase de reabilitação.

910
Q

Não se recomenda suplementação de ferro
na fase aguda do tratamento da desnutrição,
pois o ferro é cofator de uma série de
sistemas enzimáticos que aumentam a
produção de radicais livres de oxigênio,
amplificando a reação inflamatória sistêmica
do desnutrido. A suplementação de
ferro somente deve ser iniciada na fase de
reabilitação, quando o doente já estiver
com a infecção e o processo inflamatório
controlados, e ganhando peso;
V ou F

A

V

911
Q

Critérios de alta da criança internada por desnutrição

A

– Peso para altura atingiu -1DP (90%) da mediana
dos valores de referência do NCHS/
OMS.
– Comendo uma quantidade adequada de
dieta nutritiva que a mãe é capaz de preparar
em casa.
– Ganhando peso a uma velocidade normal
ou aumentada.
– Todas as deficiências de minerais e vitaminas
foram tratadas.
– Todas as infecções e outras condições foram
ou estão sendo tratadas, incluindo anemia,
diarreia, parasitoses intestinais, malária,
tuberculose e otite média.
– Começou o programa de imunização completa.

912
Q

Descreva a síndrome de recuperação nutricional

A

Ocorre durante o tratamento correto dos casos
de desnutrição grave, sendo mais exuberante
nos casos de kwashiorkor, observada entre o
20º e o 40º dia de tratamento. Essas alterações
costumam regredir por volta da 10ª a 12ª semana
após o início do tratamento.
Não se sabe ao certo a etiologia dessas alterações.
As manifestações clínicas observadas
nessa síndrome clínica variam de intensidade
e as mais comumente encontradas são:

 Hepatomegalia: à custa do lobo esquerdo,
com maior aumento sendo encontrado por
volta da quinta semana após o início do
tratamento;
 Distensão abdominal: com circulação venosa
colateral e ascite;
 Fácies de lua cheia;
 Alterações de pele e fâneros: sudorese
intensa em região cefálica, hipertricose,
unhas com desnível transversal, cabelos
com pontas mais claras;
 Telangiectasias: mais visíveis na face.

Dentre as alterações bioquímicas mais frequentes
encontramos:
 Hipergamaglobulinemia;
 Eosinofilia;
 Aumento da volemia.

913
Q

hormônio secretado pelo
duodeno em resposta à ingestão de proteínas
e gorduras. Estimula a contração da vesícula biliar e secreção de enzimas do pâncreas. Envia um sinal via nervo vago até o hipotálamo informando a “saciedade” após a refeição.

A

Colecistoquinina

914
Q

neuropeptídeo secretado no estômago
que estimula a secreção de neuropeptídeo
Y no hipotálamo (núcleo arqueado), e assim, estimula o
apetite. Na síndrome de Prader-Willi parece
haver um aumento dos níveis desse peptídeo, o
que pode explicar a hiperfagia e obesidade
associadas à síndrome.

A

grelina

915
Q

hormônio secretado pelo tecido adiposo,
que atua ao nível de hipotálamo levando
à inibição do apetite e ao aumento do
gasto energético. Os obesos parecem ter um
aumento desse hormônio em função de sua massa
adiposa, mas o apetite não está inibido em
decorrência de uma diminuição da sensibilidade
hipotalâmica ao hormônio

A

leptina

916
Q

é um hormônio sintetizado
pelo tecido adiposo com várias funções: antidiabética,
antiteratogênica e anti-inflamatória.
Quanto maior o grau de obesidade, menores
os seus níveis.

A

Adiponectina

917
Q

substância secretada pelo
núcleo arqueado do hipotálamo em resposta
ao jejum. Ele estimula o apetite.

A

Neuropeptídeo Y

918
Q

A grande maioria dos casos de obesidade é
classificada como primária (mais de 90%),
ou seja, decorrente da reunião entre predisposição
genética, alto consumo calórico e baixo
gasto energético, não havendo qualquer outra
condição patológica que a desencadeie
V ou F

A

V

919
Q

Critérios diagnósticos da síndrome metabólica na faixa etária dos 10-16 anos

A

Presença de circunferência abdominal maior ou igual ao percentil 90 e dois ou mais dos seguintes critérios:
 Triglicerídeos ≥ 150 mg/dl;
 HDL-c < 40 mg/dl;
 PA sistólica ≥ 130 / PA diastólica ≥ 85
mmHg;
 Glicose ≥ 100 mg/dl.

920
Q

É uma droga que atua diminuindo a recaptação
de noradrenalina, serotonina e em menor grau
dopamina no SNC. Promove uma indução da
saciedade e eleva discretamente o metabolismo
basal. Seus principais efeitos colaterais são a
boca seca e a constipação. No Brasil só está
liberada para uso adulto. Nos EUA, está liberada
a partir de 16 anos

A

Sibutramina

921
Q

É um inibidor da lipase pancreática, reduzindo
cerca de 30% das gorduras ingeridas na dieta. A
medicação é minimamente absorvida pela mucosa
intestinal, e por isso seus efeitos colaterais
sistêmicos são mínimos. Entretanto, como aumenta
a perda fecal de gordura, produz flatulência,
diarreia e perda de vitaminas lipossolúveis.
Nos EUA é liberada para adolescentes > 12 anos.
No Brasil é apenas liberada para adultos

A

Orlistat

922
Q

É um análogo da somatostatina que reduz a
secreção de insulina e GH. Pode ser usado nas
obesidades de causa hipotalâmica, sem resposta
ao tratamento convencional

A

Octreotide

923
Q

Quais as condições que devem ser respeitadas para a realização de cx bariátrica no contexto da pediatria

A

adolescentes com 16 anos completos e menores
de 18 anos poderão ser operados, mas, além
das indicações clínicas da cirurgia, um pediatra deve
estar presente na equipe multiprofissional e
deve ser observada a consolidação das cartilagens
das epífises de crescimento dos punhos.
A cirurgia em menores de 18 anos é considerada
experimental

924
Q

Hormônios como a insulina, o fator de crescimento insulina-símile tipo I (IGF-1) e suas proteínas ligadoras, têm importância fundamental no crescimento do
feto. O Hormônio do Crescimento (GH) e o
hormônio tireoidiano produzidos pelo feto também tem participação importante no crescimento
fetal
V ou F

A

F
O Hormônio do Crescimento (GH) e o
hormônio tireoidiano produzidos pelo feto não
parecem ter participação importante no crescimento
do mesmo

925
Q

o principal hormônio efetuador do crescimento linear pré e pós-natal é o…, sintetizado pelo fígado por estímulo de…, e cuja principal ação é atuar…

A

IGF-1 ou somatomedina C

GH e hormônios tireoidianos

na cartilagem de crescimento promovendo sua hiperplasia e hipertrofia

926
Q

A fase de maior crescimento do indivíduo ocorre
no…, com médias de Velocidade
de Crescimento (VC) de… nos primeiro, segundo e terceiro trimestres respectivamente.

A

período pré-natal

1,5 cm/sem, 2,5 cm/sem e 0,5 cm/sem

927
Q

No período pós-natal, as fases de maior crescimento
ocorrem na…, com velocidades de crescimento de… no 1º ano de vida, … no 2º ano de vida e … durante a puberdade.

A

lactância e puberdade

25 cm/ano

12 cm/ano

10 cm/ano

928
Q

Alterações da velocidade de crescimento
estatural após o terceiro ano de vida,
independentemente da altura apresentada pela
criança, requerem avaliação e investigação.
Devem ser consideradas resultado de doenças
subjacentes, particularmente se a curva cruzar
(de forma descendente) duas linhas de percentis
V ou F

A

V

929
Q

Para uma velocidade de crescimento estatural
dentro da normalidade, mesmo com a estatura
absoluta abaixo do percentil 5, é improvável a
presença de alguma doença subjacente.
V ou F

A

V

930
Q

O valor da relação U/L (segmento superior/segmento inferior) ao nascimento
é de…, aos três anos é de…, entre
oito e dez anos é igual a… e até o final da
puberdade fica entre…

A

1,7

1,3

1

0,9-1

931
Q

Displasias esqueléticas envolvendo primariamente
a coluna cursam com relação U/L aumentada
para a idade. As alterações envolvendo
basicamente ossos longos (ex.: acondroplasia,
raquitismo) estão associadas com uma diminuição
da relação U/L.
V ou F

A

F
Displasias esqueléticas envolvendo primariamente
a coluna cursam com relação U/L diminuída
para a idade. As alterações envolvendo
basicamente ossos longos (ex.: acondroplasia,
raquitismo) estão associadas com um aumento
da relação U/L.

932
Q

Descreva os gráficos de crescimento do paciente com baixa estatura familiar e com atraso constitucional do crescimento

A

Galeria (23ª foto)

933
Q

Causa patológica de baia estatura desproporcional

A

Osteocondrodisplasias
A displasia esquelética pode se apresentar
com um encurtamento exuberante dos membros
(acondroplasia típica) ou da coluna (espondilodisplasias).
Na avaliação clínica notamos
uma alteração evidente na relação U/L

934
Q

Manejo do paciente com baixa estatura por RCIU (restrição do crescimento intrauterino)

A

O GH foi aprovado para pacientes com RCIU
que não alcançam uma estatura dentro da
média populacional ou dentro do padrão familiar
até os dois anos. Os melhores resultados
são obtidos quando o GH é iniciado (0,15
a 0,2 UI/kg/dia) com dois a quatro anos. Devido
à associação entre RCIU e síndrome
plurimetabólica é importante avaliação de
glicemia e lipídios nestes pacientes. A terapia
com GH mostrou aumentar a insulinemia,
baixar os níveis de colesterol total e sua fração
LDL, bem como melhorar a proporção
de massa magra/massa gorda.

935
Q

Caracterizada por baixa estatura, atraso de fechamento
das fontanelas, assimetria no comprimento
dos membros, clinodactilia do 5º
dedo (dedo com curvatura para dentro), fácies
triangular e pequena, fronte proeminente e
micrognatia. Pele apresenta manchas café com
leite e há tendência a sudorese intensa.

A

Síndrome de Silver Russel

936
Q

Caracterizada por baixa estatura, pescoço curto,
pterium coli (prega de pele redundante na região
posterior do pescoço), pectus escavatum, criptorquidismo
nos meninos e estenose pulmonar.
O fenótipo é semelhante ao da síndrome de
Turner, mas esta é exclusiva de mulheres.

A

Síndrome de Noonan

937
Q

Caracterizada por baixa estatura grave, retardo
mental, microcefalia secundária, cranioestenose
prematura, nariz proeminente e micrognatia

A

Síndrome de Seckel

938
Q

Caracterizada por baixa estatura, hipoplasia
malar, telangiectasias faciais (dando um aspecto
eritematoso à face) em asa de borboleta
que se acentua com a exposição solar.

A

Síndrome de Bloom

939
Q

Qual doença tireoidiana é bastante comum em indivíduos com síndrome de Turner?

A

tireoidite de Hashimoto (44%)

940
Q

É a causa endócrina mais comum de baixa
estatura

A

Hipotireoidismo

941
Q

Existe um espectro clínico muito amplo da
doença, variando desde casos típicos até deficiências
parciais do hormônio. Em recém-
nascidos, pode haver
hipoglicemia e micropênis/criptorquidia em
meninos. As crianças podem apresentar baixa
estatura, fácies de “boneca” (fronte olímpica,
maxilares pequenos, base nasal achatada, voz
aguda e cabelos finos), obesidade troncular
com pés e mãos pequenos.
A redução da velocidade de crescimento é
uma manifestação precoce e a idade óssea
está atrasada

A

Deficiência de GH

942
Q

Como fazer o diagnóstico de deficiência de GH?

A

as dosagens de IGF-1 e IGFBP-3 podem ser usados como testes de triagem. Lembrar sempre que os níveis de IGF-1 podem estar reduzidos na desnutrição,
o que produz resultados falso-positivos.

A confirmação do diagnóstico de deficiência
de GH é feita através da constatação de dois
testes de estímulo de GH diferentes mostrando
um pico de GH inferior a 5-10 ng/ml.

Exames de imagem da região hipotálamo-hipofisária
também devem ser solicitados com
o objetivo de pesquisar a origem da deficiência
de GH. A ressonância nuclear magnética
é o exame de escolha com esta finalidade

943
Q

Cite 5 condições clínicas com indicação para tto com GH

A
  1. Deficiência de GH (combinada ou isolada):
    a utilização do hormônio exógeno permite a
    aquisição de até 25 cm na estatura final.
  2. Síndrome de Turner: pode haver um ganho
    estatural de 5-10 cm ao final da puberdade.
  3. Síndrome de Prader-Willi: melhora aspectos
    como distribuição de gordura e hipotonia
    muscular.
  4. PIG/CIUR: pode haver aumento de até 1
    desvio-padrão na estatura.
  5. Baixa estatura idiopática: o ganho estatural
    é variável (2-6 cm), dependendo da causa
    subjacente.
944
Q

Uma criança obesa com baixa estatura e que apresenta provas de função tireoidiana normais e avaliações do hormônio do crescimento também
dentro da normalidade, deve ser investigada para
estados associados à… Nestes casos, a solicitação
do … ou do … são os exames iniciais.

A

excesso de glicocorticoides (síndrome de Cushing)

cortisol urinário livre
ou do
teste de supressão de dexametasona,

945
Q

É a síndrome congênita que cursa com excesso
de crescimento mais comum, acometendo
cerca de 1:13.700 dos nascidos vivos. Em
85% dos casos acontece por mutação nova na
região 11p15, levando a uma superexpressão
do gene IGF-2. Suas principais características
são: macroglossia, macrossomia, hipoglicemia
neonatal, defeitos na parede abdominal,
visceromegalia, hemi-hipertrofia e susceptibilidade
aumentada para neoplasias (ex.: Tumor
de Wilms e hepatoblastoma).

A

Síndrome de Beckwith Wiedemann

946
Q

As crianças apresentam crescimento rápido
durante a infância, com mãos e pés grandes,
prognatismo, fronte proeminente, fissuras
palpebrais inclinadas para baixo, dolicocefalia
(aumento do diâmetro anteroposterior do
crânio), atraso neuropsicomotor, coordenação
ruim, retardo mental e distúrbios comportamentais.
A puberdade acontece em um período
um pouco mais precoce, acarretando fusão
epifisária prematura e estatura final normal.
O distúrbio é autossômico dominante, embora
haja muitos casos esporádicos por mutação
nova no gen NSD1 localizado no 5q35.

A

Síndrome de Sotos

947
Q

Crescimento excessivo pré e pós-natal. As
principais características são macrocefalia,
retardo mental, fala disártrica, hipertonia, hipertelorismo
ocular, epicanto, orelhas grandes,
hipertonia, camptodactilia e extensão
limitada do cotovelo.
A maioria dos casos é esporádica, e tem se
verificado mutações no gene NSD1, o mesmo
da síndrome de Sotos.

A

Síndrome de Weaver

948
Q

É a causa genética mais comum de hipogonadismo
e infertilidade. Afeta aproximadamente
1 em cada 500 homens. Cursa com
hipogenitalismo (pênis e testículos pequenos),
hipogonadismo (produção inadequada
de testosterona), ginecomastia (associado a
uma alta incidência de câncer de mama), retardo
mental, alterações de comportamento e
membros longos. O diagnóstico também é
obtido por cariotipagem.

A

Síndrome de Klinefelter (XXY)

949
Q

É a causa genética de retardo mental mais comum
no homem. Ocorre por repetição excessiva
de trinucleotídeos (CGG) no gene FMR1
localizado no cromossoma Xq27. 3. Pessoas
saudáveis possuem de 6 a 54 repetições, as mulheres
e homens carreadores têm de 54 a 200
repetições, enquanto os indivíduos afetados têm
mais de 200 cópias. Em relação ao fenótipo temos
que as mulheres carreadoras têm um risco
de 20% de falência ovariana prematura e distúrbios
de ansiedade; os homens carreadores da
pré-mutação também exibem sinais de ansiedade
e tremor cerebelar. A expansão da pré-mutação ocorre exclusivamente durante a meiose
feminina. Portanto, a filha B de um homem A
portador da pré-mutação, será absolutamente
saudável, ou seja, receberá um X normal de sua
mãe sadia e um X paterno com a pré-mutação.
Entretanto, o filho C desta filha B (neto do homem
A) terá 50% de chance de nascer com a
síndrome

As características clínicas principais são o retardo
mental, macrocefalia, orelhas e mandíbulas
proeminentes e macro-orquidia (aumento
dos testículos). A alta estatura é observada
apenas durante a infância, e na adolescência a
velocidade de crescimento tende a alentecer.

A

Síndrome do X-Frágil (Síndrome de Martin-Bell)

950
Q

É uma doença de herança autossômica dominante,
com ampla variação de expressão e alguns
casos esporádicos. Acontece por mutação
no gene da fibrilina (FBN1) localizado no cromossoma
15q15-21.3. A fibrilina é uma glicoproteína
componente das microfibrilas extracelulares,
que estão presentes nas fibras elásticas
da epiderme, derme e zônulas oculares.
As principais manifestações clínicas são:
 Crescimento: alta estatura, membros longos,
escassez de tecido subcutâneo e hipotonia
muscular.
 Esqueléticas: pectus excavatum, pectus carinatum,
diminuição da relação entre segmento
superior e inferior, escoliose > 20º,
redução da extensão de cotovelo (< 170º)
e pés planos.
 Ocular: subluxação de cristalino, miopia e
deslocamento de retina.
 Cardiovascular: dilatação da aorta ascendente
com ou sem regurgitação aórtica,
dissecção da aorta ascendente, prolapso da
valva mitral, dilatação da artéria pulmonar.

A

Síndrome de Marfan

951
Q

uma doença metabólica causada pela deficiência
da enzima cistationina-sintetase, que
leva ao acúmulo de homocisteína e metionina.
Suas características clínicas são a alta
estatura e fenótipo marfanoide, retardo mental
e complicações tromboembólicas. O tratamento
pode ser feito com altas doses de
piridoxina e dieta pobre em metionina.

A

Homocistinúria

952
Q

Sua frequência é estimada em 1 para cada
3.000 nascidos vivos. É uma doença de herança
autossômica dominante com alta penetrância
e variabilidade de expressão. Em 50%
ocorre uma mutação nova. O gene da NF1
localiza-se no cromossoma 17q11. 2, e codifica
uma proteína chamada neurofibromina,
com função supressora tumoral. Pode haver
baixa ou alta estatura.
Manifestações clínicas principais são:
 Pele: seis ou mais manchas café com leite
> 5 mm antes da puberdade e acima de 15
mm após a puberdade; efélides (semelhantes
a “sardas”) axilares e inguinais.
 Tumores: neurofibromas (tumores benignos
da bainha de mielina dos nervos periféricos),
gliomas ópticos, astrocitomas, meningiomas,
hamartomas (lipomas, angiomas).
 SNC: macrocefalia, epilepsia, retardo mental,
problemas de fala, hiperatividade.
 Olhos: nódulos de Lisch (hamartomas pigmentados
na íris), glaucoma, opacidade
córnea.
 Esqueleto: escoliose, pectus escavatum,
fusão de costelas, ausência de patela.

A

Neurofibromatose tipo 1

953
Q

É a causa exógena mais comum de alta estatura.
O excesso de gordura acelera o crescimento
linear, maturação óssea e leva ao aparecimento
precoce da puberdade. A estatura
final não é, contudo, maior que a média.

A

Obesidade

954
Q

Caracterizada por um aumento na secreção de
GH. A causa principal é o adenoma hipofisário.
Em indivíduos com as epífises abertas resulta
em uma síndrome de…, e naqueles
com as epífises fechadas produz uma síndrome

O … manifesta-se com
aceleração do crescimento já nos primeiros
anos de vida, pés e mãos grandes, prognatismo,
fácies grosseira, sudorese excessiva, cefaleia
e alterações visuais. Pode haver hiperprolactinemia
associada como resultado da produção
pluri-hormonal do adenoma.

A

gigantismo

acromegálica

gigantismo

955
Q

Na… (tríade de precocidade puberal, manchas café com leite e displasia óssea) pode haver hiperplasia hipofisária por aumento da secreção de hormônios
hipotalâmicos.

A

síndrome de Mc-Cune-Albright

956
Q

Manejo do gigantismo

A

O tratamento é feito preferencialmente com
cirurgia para ressecção do adenoma hipofisário.
A terapia medicamentosa pode ser feita
com agonistas dopaminérgicos (ex.: bromocriptina),
análogos da somatostatina (ex.:
Octreotide e Lanreotide), e mais recentemente
com o uso de antagonistas do receptor de
GH (Pegvisomante).

957
Q

As principais manifestações clínicas da deficiência
dessa vitamina são decorrentes das alterações
desencadeadas nos diversos epitélios,
caracterizadas pela proliferação da camada
basal e formação de um tecido hiperceratótico
e substituição do epitélio original pelo epitélio
escamoso queratinizado estratificado – processo
chamado metaplasia.
O muco e os cílios no epitélio original desaparecem
com a metaplasia. Assim, com as funções
físicas de barreira prejudicadas e associadas
ao deficit imune, processos infecciosos e
inflamatórios se instalam com facilidade. Os
tratos que mais sofrem são respiratório, pelve
renal, ureteres, bexiga, mucosa vaginal, glândulas
salivares e pancreáticas.

Pode ocorrer também alterações oculares. Essas lesões se desenvolvem insidiosamente e são raras antes de dois anos.
 O sintoma mais precoce é a diminuição da
visão no escuro, até a completa cegueira noturna
(nictalopia ou hemeralopia). A fotofobia
também é um sintoma importante.
 O epitélio da córnea também sofre alterações
precoces: torna-se queratinizado, predispondo
a infecções; camadas de células escamosas
e secas se desenvolvem e configuram a
xeroftalmia. O espessamento da córnea
também contribui para a diminuição da acuidade
visual. Em estágios mais avançados,
com a infecção e infiltrado de linfócitos, a
córnea torna-se enrugada, mole e se degenera
irreversivelmente (ceratomalácia). Em
casos muito graves, a córnea se rompe e
permite o extravazamento do cristalino e
humor vítreo.
 A conjuntiva bulbar também sofre queratinização
e desenvolve placas – as manchas de
Bitot, outra lesão de surgimento precoce.
 As glândulas lacrimais também podem queratinizar
e ter seus ductos “entupidos”, diminuindo
com isso a lubrificação e a manutenção
do filme lacrimal.

Outras manifestações clínicas, como parada de
crescimento, diarreia, retardo mental, apatia e
aumento da pressão intracraniana com separação
de fontanelas
também podem estar presentes.

A

Deficiência de vitamina A (All-Trans-Retinol)

958
Q

Os sintomas precoces são: fadiga; apatia; irritabilidade;
depressão; concentração ruim; anorexia;
náusea e dor abdominal. Todos são elementos
clínicos gerais e pouco característicos. A deficiência
grave de… produz o…, doença caracterizada
por sintomas neurológicos e cardiovasculares.
A literatura descreve dois tipos de…:
seco e úmido. A forma “seca” é constituída por sinais neurológicos. No úmido encontramos sinais cardíacos.

 A neurite periférica é causada por degeneração
da mielina. Há parestesias e disestesias em extremidades inferiores; perda da sensibilidade
vibratória; diminuição dos reflexos profundos;
cãibras e dor nas panturrilhas. Podem também
ocorrer ptose palpebral e atrofia do nervo óptico.
A rouquidão e a afonia são características
marcantes da deficiência dessa vitamina, e traduzem a
paresia do nervo laríngeo recorrente. Uma síndrome
atáxica também pode se desenvolver.

 As manifestações cardiovasculares são secundárias
a uma síndrome de insuficiência
cardíaca de alto débito. Há aumento das cavidades
cardíacas, principalmente à direita,
por degeneração gordurosa dos miócitos. Os
principais sinais e sintomas são: cianose; taquidispneia;
taquicardia; congestão venosa; hepatomegalia; edema periférico e derrames cavitários. O ECG revela inversão da onda T e alargamento do intervalo QT.

 Encefalopatia de Wernicke: caracterizada por
confusão mental; sonolência; irritabilidade;
sinais oculares e ataxia. É rara em crianças.

A

B1 (tiamina)

beribéri

beribéri

959
Q

Causas de deficiência de vitamina B1

A

Geralmente lactentes em uso de fórmula à base
de soja, crianças em NPT prolongada sem reposição
de tiamina, e descendentes do Oriente,
onde o arroz é o alimento básico, são grupos
de maior risco de hipovitaminose B1.

Outras causas: consumo de certo tipo de peixe rico em
tiaminase, que pode degradar a tiamina, e raramente
pelo B. thyaminolyticus, parasita intestinal
descrito no Japão, que consome grandes
quantidades de tiamina.

960
Q

como fzer o diagnóstico de deficiência de B1?

A

A dosagem de tiamina sérica tem pouco valor
clínico, pois o método possui baixa sensibilidade
e especificidade. Pode-se dosar os níveis
séricos de transcetolase e a transcetolase eritrocitária,
que na hipovitamina B1 estarão em
níveis baixos e elevados, respectivamente

961
Q

A doença causada pela deficiência de…
chama-se…, e acarreta repercussões em todos os tecidos do corpo.
As manifestações mais precoces são vagas e
inespecíficas: anorexia, fraqueza, fadiga, sensação
de queimação, tonteira e vertigem. Após um
longo período de deficiência, surge a tríade clássica: dermatite, demência e diarreia.

 Dermatite – pode se desenvolver abrupta ou
insidiosamente, mas geralmente é desencadeada
pela exposição solar. Inicia-se como
uma queimadura de sol, com eritema de superfícies
expostas. Podem aparecer vesículas
e bolhas. Essas lesões cicatrizam, descamam
e deixam a pele subjacente hiperpigmentada.
É também muito comum a localização em
“botas”, em “luvas” e ao redor do pescoço
(colar de Casal). Podem estar associadas a
glossite e a estomatite. Histologicamente são
verificados edema e degeneração do colágeno
da derme, infiltração linfocítica perivascular
e hiperceratose da epiderme.

 Diarreia – existe um espessamento e uma inflamação
da parede do cólon; a mucosa está atrofiada
e recoberta por uma pseudomembrana.

 Demência – depressão, desorientação, insônia
e delirium. A anatomia patológica mostra
degeneração e desmielinização celular.

A

B3 (niacina)

pelagra (pellis = pele; agra = áspera)

962
Q

A deficiência isolada dessa vitamina é bastante
rara, estando geralmente associada a outros
distúrbios vitamínicos. O quadro clínico é caracterizado
por queilose; glossite; dermatite
seborreica; anemia hipocrômica e microcítica;
linfopenia com prejuízo na diferenciação dos
linfócitos, e redução da produção de anticorpos;
neuropatia periférica e convulsões neonatais.

Neonatos que iniciam crises convulsivas nos
primeiros dez dias de vida, precedidas de hiperexcitabilidade e hiperacusia, em que os distúrbios etiológicos mais frequentes (cálcio, glicemia e infecção) foram descartados, devem ser tratados
empiricamente com…
Ocorre melhora eletroencefalográfica
imediata. Essas crianças são então classificadas
como portadoras de epilepsia dependente de…,
doença pertencente ao imenso grupo
dos erros inatos do metabolismo

A

vitamina B6

piridoxina 10-100 mg intravenosa

piridoxina

OBS.: A vitamina B6 engloba um grupo de substâncias:
piridoxina, piridoxal e piridoxamina.
Estes compostos têm a mesma atividade biológica
e são interconvertíveis entre si. Participam
de várias reações:
- Metabolismo de aminoácidos (ex.: conversão
de triptofano a niacina; conversão de metionina
a cisteína);
- Síntese de ácido araquidônico;
- Síntese de protoporfirinas e heme;
- Síntese de neurotransmissores, como a serotonina
a partir do 5-hidroxitriptofano, Ácido Gama Amino Butírico (GABA) a partir do glutamato, e a dopamina;

963
Q

As manifestações da deficiência dessa vitamina não são específicas e dificilmente esta deficiência acontece
de modo isolado das demais. Podemos verificar
queilite ou estomatite angular (fissuras no
canto da boca, recobertas por placas amareladas);
queilose (rachaduras e lesões labiais); glossite (língua avermelhada, dolorosa e edemaciada,
com hiper ou atrofia das papilas linguais);
conjuntivite; ceratite; fotofobia; lacrimejamento
e dermatite seborreica (sulco nasolabial, região
retroauricular, temporal, vestíbulo nasal e períneo).
Essa vitamina interfere com o metabolismo
do ferro, e por isto podemos encontrar anemia
completando o quadro clínico.

A

Deficiência de B2 (riboflavina)

964
Q

Dentre as manifestações clínicas associadas à deficiência dessa vitamina, pode ocorrer uma síndrome de degeneração combinada
da medula por desmielinização das colunas
dorsolaterais. O mecanismo fisiopatológico que
leva a essa alteração não é completamente conhecido.
Clinicamente manifesta-se com maior
intensidade nos membros inferiores do que nos
superiores; parestesias são as queixas iniciais,
e evolui para uma síndrome de ataxia proprioceptiva,
com perda da vibração e da posição
segmentar. Pode agravar-se com paraplegia
espástica e incontinência urinária e fecal.

Outros sintomas podem ser decorrentes da degeneração
neuronal dos nervos periféricos e
sistema nervoso central: demenciação, perda de
memória, irritabilidade e sinal de Lhermitte
(dor em “choque” irradiada para baixo durante
a flexão do pescoço).
Um importantíssimo aspecto que deve ser
lembrado é o fato de que a anemia pode não
estar presente nos pacientes com sintomas
neurológicos.

A

Deficiência de B12 (cobalamina)

965
Q

A doença provocada pela carência dessa vitamina chama-se…, e as manifestações clínicas são mais evidentes no período de
6-24 meses. Os sintomas iniciais são gerais e
inespecíficos: anorexia; irritabilidade; febre
baixa; taquipneia e hipersensibilidade dolorosa
nos membros inferiores, especialmente verificada
durante a troca de fraldas.

Alterações musculoesqueléticas
A dor nos membros inferiores resulta em uma
postura antálgica, e lembra uma pseudoparalisia:
joelhos e quadris fletidos com a coxa rodada
externamente. Esta postura é semiolgicamente
conhecida como “posição de rã”. Pode
haver um edema tenso nos membros e hemorragia
subperióstea, que é comum principalmente
nas extremidades. Há também formação de
um “rosário” nas junções costocondrais e depressão
esternal, à semelhança do que ocorre
no raquitismo. Entretanto, a angulação do rosário
nessa doença é mais aguda que na carência
de vitamina D. Edema articular, artralgias
e fraqueza também são achados comuns.

Alterações cutâneas e mucosas
Nas gengivas, há formação de um edema esponjoso
com pontos hemorrágicos, principalmente
localizados acima dos incisivos centrais
superiores. Púrpura e equimoses cutâneas também
podem ser verificadas. Na pele, são identificadas
petéquias perifoliculares de aspecto
típico. Há um prejuízo na cicatrização de feridas
e na consolidação de fraturas ósseas. Um
quadro semelhante à síndrome de Sjögren pode
ser desencadeado, com: xerostomia, ceratoconjuntivite
seca e aumento de parótidas.

Pode ocorrer anemia por carência de ferro e
folato, pois essa vitamina participa
da facilitação da absorção intestinal de
ferro e da conversão do ácido fólico em sua
forma ativa.

A

Vitamina C (ácido ascórbico)

escorbuto

966
Q

Qual doença pode cursar com as seguintes alterações radiológicas:

osteopenia; adelgaçamento da cortical da diáfise; linha branca espessa na metáfise (linha de Fraenkel), que corresponde a uma zona de cartilagem bem
calcificada; núcleo epifisário com centro rarefeito
e periferia densa (sinal do Anel de Wimberger);
e em estágios bem avançados da doença,
verificamos zonas de destruição logo abaixo
da linha de Fraenkel. A hemorragia subperióstea
não aparece na sua fase aguda, sendo apenas
demonstrável quando calcifica, produzindo a
clássica imagem em “halteres” ou “clavas”.

A

Escorbuto

967
Q

Forma da vitamina D mais abundante na circulação e que, por isso, é a que melhor reflete os estoques de vitamina D do organismo.

A

25-hidroxivitamina D3

968
Q

A 25-hidroxivitamina D3, nas mitocôndrias
das células tubulares proximais
renais, sob estímulo do PTH e da hipofosfatemia,
sofre uma segunda hidroxilação, criando
a forma mais ativa da vitamina D:

A

1,25(OH)2 vitamina D3 (calcitriol).

969
Q

Algumas medicações induzem o sistema enzimático
da P450, que é responsável pela degradação
dos metabólitos ativos da vitamina
D. Cite-as

A

fenobarbital, fenitoína, isoniazida, rifampicina

970
Q

É uma doença de herança autossômica recessiva,
caracterizada por uma alteração no gen
que codifica a 1-a-hidroxilase renal, enzima
responsável pela conversão da 25-D em
1,25-D. Assim, encontraremos altos níveis de
25-D no plasma ao lado de níveis reduzidos
ou próximos do limite inferior de 1,25-D. Os
níveis de PTH estão muito aumentados, pois
o feedback negativo exercido pela 1,25-D está
inoperante ou suboperante.
Sabemos que o PTH aumenta as perdas renais
de fosfato, aminoácidos e bicarbonato, levando
ao desenvolvimento de uma acidose
metabólica e hipofosfatemia. Os primeiros
sinais e sintomas se desenvolvem
em torno de dois anos, inclusive com
hipocalcemia sintomática.

A

Raquitismo vitamina D-dependente tipo 1

971
Q

também temos uma alteração genética
herdada recessivamente, que produz uma
alteração no receptor intracelular de vitamina
D. Nesse caso, os níveis séricos de 1,25-D estão
muito elevados. Ao lado das manifestações
do raquitismo, encontramos alopécia em 50 a
70% dos pacientes, a qual é também um marcador
da gravidade da doença.

A

Raquitismo vitamina D-dependente tipo 2

972
Q

Um momento da vida em que a deficiência
de cálcio e fósforo é um problema marcante,
são os primeiros meses de vida de
lactentes prematuros, que recebem apenas
leite materno. Isso se dá porque é no terceiro
trimestre de gestação que ocorre a intensa
mineralização do esqueleto, e o leite materno
supre apenas 25% das necessidades de ambos
os minerais dos pré-termo.
Então, para evitar a doença metabólica óssea
da prematuridade, ou raquitismo da prematuridade,
recomenda-se que o leite materno seja
suplementado com 25 mg/kg/dia de fósforo e
50 mg/kg/dia de cálcio.
V ou F

A

V

973
Q

É uma síndrome caracterizada pela disfunção
global do túbulo contornado proximal, levando
à acidose metabólica (perda de bicarbonato),
raquitismo (perda de fosfato e acidose
metabólica crônica), perda de glicose, ácido
úrico e aminoácidos. Além de importante dificuldade
de ganho ponderoestatural, essas crianças desenvolvem poliúria, polidipsia,
hipocalemia e hiponatremia.

Etiologia
Raramente é de causa primária familiar. As
causas secundárias devem ser investigadas,
principalmente a cistinose, tirosinemia, doença
de Wilson, intoxicação por metais pesados,
drogas (ácido valproico e aminoglicosídeos).

A

Síndrome de Fanconi

974
Q

 Bossas frontais;
 Craniotabes: amolecimento da calota craniana,
que pode ser verificado durante a palpação da
mesma, principalmente nas regiões parietal
e occipital. A consistência assemelha-
-se à de uma bola de pingue-pongue. Outras
doenças que cursam com craniotabes são:
osteogênese imperfecta, sífilis e hidrocefalia;
 Rosário raquítico: provocado pelo alargamento
das junções costocondrais. A força
exercida pelo diafragma na inserção das
costelas raquíticas produz o sulco de Harrison,
que é visualizado como uma depressão
logo abaixo do gradil costal durante a inspiração.
Esse “amolecimento” das costelas
prejudica a dinâmica ventilatória, podendo
até mesmo predispor a atelectasias pulmonares
e aumentar o risco de pneumonias;
 Alargamento de punhos e tornozelos, refletindo
o aumento da placa de crescimento,
pois o osteoide continua a se expandir sem
que haja uma adequada mineralização;
 Depressão esternal;
 Peito de pombo;
 Cifoses e escolioses na coluna vertebral;
 Alterações em membros inferiores: genu
varum, genu valgum, coxa vara.

A

Raquitismo

975
Q

a vitamina D deverá ser administrada de forma profilática a todas as crianças, independente da região do país, cor da pele ou tipo de alimentação.
• Primeira semana de vida até 12 meses: 400
UI/dia.
• 12 meses até 24 meses: 600 UI/dia.
V ou F

A

V

976
Q

Clínica da hipervitaminose por excesso de vitamina D

A

O efeito central da hipervitaminose D é a hipercalcemia,
cuja fisiopatologia parece estar
relacionada ao aumento da reabsorção óssea de
cálcio. As manifestações clínicas são muito
variadas:
 Náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação,
anorexia e pancreatite;
 Hipertensão e arritmias (redução do intervalo
QT);
 Letargia, confusão, alucinações e coma;
 Poliúria, desidratação;
 Hipernatremia;
 Insuficiência renal aguda e crônica;
 Nefrolitíase e nefrocalcinose.

As alterações laboratoriais mais relevantes
são o aumento da 25-D (> 150 ng/ml) e níveis
normais da 1,25-D (provavelmente por
downregulation sobre a 1-a-hidroxilase pelo
PTH baixo e hiperfosfatemia), hiperfosfatemia
e hipercalcemia.

977
Q

Doença herdada de modo autossômico
recessivo, e produz um deficit de absorção de
lipídios a nível intestinal, por estar praticamente
ausente a proteína Apo B-100. Cursa com
baixíssimos níveis de colesterol e VLDL séricos
laboratorialmente, e clinicamente com
deficiência de vitamina E

A

abetalipoproteinemia

978
Q

Muitas crianças podem desenvolver um quadro
de ataxia crônica sem que haja história
clínica de má absorção intestinal, recebendo
erroneamente o diagnóstico de ataxia de
Friedreich. Portanto, toda criança com síndrome
atáxica deverá ser investigada sobre
deficiência de vitamina E.
V ou F

A

V

979
Q

Lactentes prematuros, que desenvolvem anemia
hemolítica com trombocitose após o primeiro
mês de vida, devem ser tratados empiricamente
com vitamina E. O tratamento é feito
com 25 a 50 unidades/dia por uma semana.
V ou F

A

V

980
Q

Doença hemorrágica do recém-nascido: a deficiência
de vitamina K no recém-nascido deve
ser compreendida como o resultado de várias
alterações fisiopatológicas importantes.

A

1- Existe uma pequena transferência placentária
de vitamina K durante a gravidez, prevenindo
a formação de estoques adequados.
2- O leite materno é uma fonte pobre de vitamina
K (as fórmulas infantis são fortificadas).
3- Nos primeiros dias de vida, o intestino do
bebê é praticamente estéril, o que exclui
a produção endógena bacteriana como
fonte da vitamina.
4- O uso de determinadas medicações pela mãe
(como fenitoína, fenobarbital e warfarin)
pode prejudicar ainda mais o metabolismo
da vitamina K.

981
Q

A Doença hemorrágica do recém-nascido pode ser dividida em três formas da doença, a saber:

A
  1. Forma clássica ou precoce: acontece nas
    primeiras duas semanas de vida e manifesta-
    se com sangramento pelo trato gastrointestinal,
    mucosas, pele, cordão umbilical
    e local de circuncisão;
  2. Forma tardia: ocorre mais comumente entre
    a 2ª e a 12ª semana de vida, embora
    casos sejam descritos até seis meses. Essas crianças são alimentadas exclusivamente
    com leite materno, e condições de risco
    para má absorção de vitamina K, como fibrose
    cística, atresia de vias biliares e deficiência
    de alfa-1-antitripsina devem sempre
    ser investigadas. Nessa forma, é comum
    haver sangramento intracraniano com desenvolvimento de crises convulsivas e sequelas
    neurológicas graves;
  3. Secundária à ingestão materna de drogas:
    são exemplos os anticonvulsivantes e o
    warfarin.
982
Q

Os derivados cumarínicos (ex.: warfarin) são
substâncias estruturalmente semelhantes à naftoquinona, e exercem sua atividade anticoagulante ao…

A

impedira carboxilação mediada pela vitamina, dimiuiindo a síntese de fatores de coagulação (II, VII, IX e X)

983
Q

Quais RNs devem receber vitamina K profilática?

A

• Bebês com idade gestacional > 32 semanas e > 1.000 g: 1 mg IM ou EV;

• Bebês com < 32 semanas e > 1.000 g: 0,5 mg
IM;

• Bebês com < 1.000 g, independentemente da
idade gestacional: 0,3 mg IM.

984
Q

Doença genética, autossômica recessiva caracterizada por uma ineficaz absorção de
zinco intestinal. Os sintomas se iniciam no
primeiro mês de vida em bebês sob aleitamento
materno ou uso de leite de vaca. As lesões
cutâneas podem ser do tipo vesicobolhosas,
eczematosas, secas ou psoriaziformes, de distribuição
simétrica em regiões perioral, perineal,
bochechas, cotovelos, joelhos e tornozelos.
Os cabelos têm uma coloração avermelhada
e locais de alopécia são comuns.
Os sinais e sintomas oculares são: fotofobia,
conjuntivite e blefarite. Outras manifestações:
glossite, estomatite, diarreia crônica, prejuízo
na cicatrização de feridas, retardo de crescimento,
irritabilidade, infecções bacterianas de
repetição (comprometimento imunológico) e
superinfecção por Candida.

A

acrodermatite enteropática

985
Q

ondição de herança recessiva
ligada ao X, que acarreta um defeito na absorção
intestinal de cobre. Seu quadro clínico é delineado
por uma vasta gama de manifestações:
1) Sintomas neurológicos: degeneração cerebral
e cerebelar iniciada nos primeiros meses
de vida, levando a quadriparesia espástica
até a postura de descerebração; retardo mental;
crises convulsivas;
2) Cabeça: microcefalia, braquicefalia, rosto
“rechonchudo” e cabelos enrolados, esparsos,
curtos e brancos;
3) Pele: hipopigmentação.

A

Doença de Menkes

986
Q

Quano iniciar as estatinas no contexto da pediatria?

A

A partir dos 10 anos, o tratamento farmacológico
pode ser considerado, mas sempre será precedido por
pelo menos seis meses de mudanças alimentares e atividades físicas. Apenas na ausência de melhora após essa intervenção, a terapia farmacológica é prescrita

Na hipercolesterolemia, o tratamento farmacológico, após seis meses de dieta/atividade física, será indicado quando houver:
- LDL-colesterol > 190 mg/dl
- LDL-colesterol > 160 mg/dl e presença dos seguintes critérios: história familiar de DAC prematura ou dois ou mais fatores de risco (HDL-c < 35 mg/dl, fumo, hipertensão arterial, obesidade e diabetes).