Obstetrícia Flashcards

1
Q

Que estrutura produz a molécula hCG? Qual a função do hCG?

A

Sinciciotrofoblasto
Previne a involução do corpo luteo (principal sítio de produção de progesterona nas primeiras 6-7 sem de gravidez)

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2
Q

Quando ocorre o pico de secreção do beta hCG?

A

Há divergências na literatura
8-10 sem
12-14 sem

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3
Q

A partir de quantos dias de atraso menstrual testes Imunológicos para detecção de gravidez são efetivos? Qual teste imunológico não segue essa regra?

A

10-14 dias de atraso menstrual
Hemaglutinação passiva reversa, pode ser realizado com 1 a 3 dias se atraso menstrual

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4
Q

Qual o período de ocorrência de náuseas na gestação?

A

6-14 sem

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5
Q

Cite os sintomas iniciais de uma paciente grávida

A

Náusea
Sialorreia
Aumento da sensibilidade algica mamária
Polaciuria/nicturia
Distencao abdominal/constipação
Tonturas
Sonolência é fadiga

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6
Q

Cite sintomas tardios da gravidez

A

Dispneia
Lombalgia

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7
Q

O que é o sinal de hartman?

A

Ocorre principalmente em multiparas
Representa um sangramento escasso e discreto durante a nidacao

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8
Q

Qual a definição de hiperemese gravidica?

A

Persistência de náuseas e Vômitos, que aparecem antes da 20° semana, associada a perda de peso, desidratação, cetose e cetonutia, distúrbio hidroelétrolítico na ausência de causas específicas

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9
Q

Cite medicamentosa que tem aplicação no tratamento da hiperemese gravidica

A

Metoclopramida (ondansetrona)
Piridoxina
Dimenidrato (prometazina)
Diazepam (clorpromazina)
Metilprednisolona (associado a antihemetico)

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10
Q

O que é o sinal de Halban

A

aumento da lanugem que aparece nos limites do couro cabeludo

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11
Q

O que são os tubérculos de Montgomery, a rede de Haller e o sinal de Hunter?

A

projeções secundárias nas areolas, em número de 12 a 15, representadas por glândulas mamárias acessórias e glândulas sebáceas hipertrofiadas denominadas de tubérculos de Montgomery.

Com 16 semanas é possível a extração de co-
lostro, e se verifica um aumento da vasculari-
zação venosa designada de rede de Haller.

Por fim, na 20ª semana de gestação, há um au-
mento da pigmentação dos mamilos, que tor-
na seus limites imprecisos. Este achado define
o sinal de Hunter.

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12
Q

O que é o sinal de Osiander

A

Percepção do pulso da artéria vaginal ao to-
que vaginal. É um achado típico do útero que
se encontra em crescimento rápido.

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13
Q

O que é o sinal de Piskacek?

A

Traduz a assimetria uterina à palpação. A im-
plantação ovular desencadeia um crescimento
uterino assimétrico

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14
Q

O que é o sinal de Nobile budin

A

Percepção, pelo toque bimanual, do preenchi-
mento do fundo de saco vaginal pelo útero
gravídico. Este sinal resulta de uma modifica-
ção do formato uterino. A forma piriforme se
transforma em uma forma globosa, ocupando
o fundo de saco

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15
Q

O que é a regra de Goodel?

A

É o amolecimento do colo uterino percebido
ao toque vaginal. Sua consistência é seme-
lhante à consistência labial. O colo uterino em
pacientes não grávidas possui consistência se-
melhante à da cartilagem nasal.

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16
Q

O que é o sinal de Jacquemier/Chadwick?

A

O Sinal de Jacquemier (denominação em-
pregada pelos europeus) ou Chadwick (deno-
minação empregada entre os norte-america-
nos) representa uma coloração violácea da
mucosa vulvar, do vestíbulo e meato urinário.
É naturalmente observada à inspeção.

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17
Q

A partir de quantas semanas é possível a
identificação de segmentos fetais pela palpa-
ção abdominal pelo examinador, e a percep-
ção de movimentos fetais quando o examina-
dor repousa sua mão sobre o abdome mater-
no?

A

18 a 20

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18
Q

O que é o sinal de puzos?

A

É um sinal que pode ser observado a partir da
14ª semana de gestação e descreve o chamado
rechaço fetal intrauterino. Um discreto impul-
so no útero, durante o toque vaginal, produz o
deslocamento do feto no líquido amniótico para
longe do dedo do examinador

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19
Q

Cite quais são os sinais de certeza, de presunção e de possibilidade de gravidez

A

Ver imagem na galeria

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20
Q

Em qual momento da gravidez a USG é mais efetiva para determinação da idade gestações? Como esse valor é obtido?

A

A avaliação ultrassonográfica da idade gesta-
cional é mais precisa da 6ª até a 12ª semana de
gravidez, período em que se emprega como
parâmetro o Comprimento Cabeça-Nádega
(CCN) do embrião

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21
Q

Com quantas semanas é possível se observar, por meio da eco transvaginal, o saco Gestacional, a vesícula Vitelina, os BCF, a cabeça fetal e a placenta?

A

Saco Gestacional 4 semanas
Vesícula Vitelina 5 e 6 semanas
Eco Fetal Com BCF 6 e 7 semanas
Cabeça Fetal 11 a 12 semanas
Placenta 12 semanas

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22
Q

Descreva as relações entre a quantidade de beta hCG e as estruturas que são passíveis de visualização pelo eco transvaginal

A

1.000 mUI/ml Saco gestacional
7.200 mUI/ml Vesícula vitelina
10.800 mUI/ml Embrião com bati-
mentos cardíacos

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23
Q

Na ausência de saco gestacional intrauterino com valores de beta-hCG superiores a
1.500 mUI/ml qual diagnóstico deve ser inicialmente considerado?

A

Gravidez ectopica

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24
Q

Qual o período em que
Se avalia a translucência nucal para o rastrea-
mento de aneuploidias?

A

11-14 semanas

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25
Q

Descreva a regra de Nagele

A

A regra de Nägele consiste na soma de nove
meses e sete dias à DUM, ou, nos meses poste-
riores a março, na subtração de três meses.

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26
Q

Qual a definição de abortamento?

A

Processo (espontâneo ou provocado) pelo qual a cavidade uterina se
esvazia de seu conteúdo gestacional antes que a gravidez atinja 20-22
semanas ou que o concepto ultrapasse 500 g de peso.

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27
Q

Cite as alterações cutâneas da gravidez

A

Estrias (do estiramento da pele - fibras colágenas)

Eritema palmar (do estrogênio)

Telangiectasias (do estrogênio)

Linha nigrans (do estrogênio e da progesterona
do hormônio estimulante dos melanócitos - alfa-MSH)

Cloasma (do estrogênio e da progesterona
do hormônio estimulante dos melanócitos - alfa-MSH)

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28
Q

Cite alterações osteomusculares da gravidez

A

Lordose lombar e marcha anserina (Peso adicional da gravidez)

Compressões radiculares e lombalgia
(Alterações posturais)

Desconforto e dormência nos MMSS
(Alterações posturais)

Maior mobilidade
das articulações pélvicas (Embebição gravídica)

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29
Q

Cite as alterações nas mamas durante a gravidez

A

Estrias (aumento do estiramento da pele - fibras colágenas - e diminuição da hidratação da pele

Pigmentação da
aréola primária (aumento do estrogênio e da progesterona
e do hormônio estimulante dos melanócitos - alfa-MSH)

Tubérculos de Montgomery (aumento do estrogênio, da progesterona e da prolactina)

Rede de Haller (aumento do estrogênio e da progesterona e da prolactina)

Sinal de Hunter (aumento do estrogênio e da progesterona
do hormônio estimulante dos melanócitos - alfa-MSH)

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30
Q

Cite alterações uterinas durante a gravidez

A

Crescimento uterino (aumento do estrogênio e em menor grau da progesterona)

Hipertrofia e hiperplasia dos ligamentos redondos, uterossacros e largos
(aumento do estrogênio e em menor grau da progesterona)

Aumento da vascularização e de linfáticos
(do estrogênio e em menor grau da progesterona)

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31
Q

Cite alterações respiratórias durante a gravidez

A

Dispneia fisiológica
Congestão nasal
Alcalose respiratória compensada
Dificuldade na intubação
Alterações na gasometria

Aumento do:
Consumo de oxigênio (20%)
pO2 arterial
Ventilação minuto
Ângulo laríngeo + edema laríngeo
Edema de vias aéreas

Redução da
Capacidade residual funcional (25%)
pCO2 arterial
Bicarbonato sérico

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32
Q

Cite alterações cardiovasculares da gravidez

A

Arritmias
Síndrome da hipotensão supina
Sopros cardíacos
Maior probabilidade de congestão pulmonar

Aumento:
Débito cardíaco (30-40%)
Frequência cardíaca 10 a 15 bpm

Diminuição:
Pressão sanguínea 10 a 15 mmHg
Resistência vascular sistêmica
Retorno venoso
Pressão capilar coloidosmótica (edema intersticial)
Pressão capilar pulmonar (edema pulmonar)

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33
Q

Cite as alterações hematológicas da gravidez

A

Hemodiluicao (anemia dilucional): aumento do volume plasmático (40-50%) e do volume eritrocitárui (20-30%)
Diminuição da viscosidade sanguínea e do ematocrito (30%)

Melhora de algumas doenças autoimunes, maior incidência de Infecções urinárias e pneunonias: leucocitose relativa, mas com diminuição da quimiotaxia e aderência dos leucócitos

Aumento da incidência de fenômenos tromboembolicos: aumento de agentes pro coagulantes, como o fibrinogenio (50%), fatores VII, VIII, IX e o de Von willebrand e diminuição do sistema fibrinolítico

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34
Q

Cite as alterações metabólicas da gestação

A

Ganho pondera de 12,5 Kg (útero e seu conteúdo, crescimento das mamas, aumento do volume sanguíneo e extravascular, alterações metabólicas que aumentam a água celular, deposição de proteínas e gorduras, aumento das proteínas totais)

Hiperinsulinemia (secreção endógena de insulina aumentada)

Hiperlipidemia (LDL, Hdl, lipidios totais e triglicéridios aumentados)

Anemia ferropriva

Hipertireoidismo subclínico (aumento da TBG, T3 e T4 totais, diminuição do iodo e do TSH)

Diminuição da pressão coloidosmótica intersticial, de aminoácidos, da concentração de albumina, dos niveis plasmáticos de ácidos, do Cálcio e do Magnésio

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35
Q

Cite alterações gastrointestinais da gravidez

A

Pirose, constipação, incidência aumentada de litiase biliar, varizes hemorroidarias, sangramento gengival

Aumento da fosfatase alcalina, da saturação de colesterol e da vascularização gengival

Diminuição do peristaltismo intestinal, do esvaziamento gástrico, do tonus do EEI e da contração da VB

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36
Q

Cite alterações gastrointestinais da gravidez

A

Pirose, constipação, incidência aumentada de litiase biliar, varizes hemorroidarias, sangramento gengival

Aumento da fosfatase alcalina, da saturação de colesterol e da vascularização gengival
Aumento da incidência de hérnia de hiato

Diminuição do peristaltismo intestinal, do esvaziamento gástrico, do tonus do EEI e da contração da VB

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37
Q

Cite fatores que justifiquem o encaminhamento da gestante ao pré natal de alto risco

A

Fatores relacionados às condições prévias:
• Cardiopatias;
• Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica);
• Nefropatias graves (como insuficiência renal
crônica e em casos de transplantados);
• Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus,
hipotireoidismo e hipertireoidismo);
• Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente
que faça uso de anti-hipertensivo
(PA > 140/90 mmHg antes de 20 semanas de
Idade Gestacional – IG);
• Doenças neurológicas (como epilepsia);
• Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento
(psicoses, depressão grave etc.);
• Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico,
outras colagenoses);
• Alterações genéticas maternas;
• Antecedente de trombose venosa profunda
ou embolia pulmonar;
• Ginecopatias (malformação uterina, miomatose,
tumores anexiais e outras);
• Portadoras de doenças infecciosas como hepatites,
toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis
terciária (USG com malformação fetal)
e outras DST (condiloma);
• Hanseníase;
• Tuberculose;
• Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;
• Qualquer patologia clínica que necessite de
acompanhamento especializado.
Fatores relacionados à história reprodutiva
anterior:
• Morte intrauterina ou perinatal em gestação
anterior, principalmente se for de causa desconhecida;
• História prévia de doença hipertensiva da gestação,
com mau resultado obstétrico e/ou perinatal
(interrupção prematura da gestação,
morte fetal intrauterina, síndrome Hellp,
eclâmpsia, internação da mãe em UTI);
• Abortamento habitual;
• Esterilidade/infertilidade.
Fatores relacionados à gravidez atual:
• Restrição do crescimento intrauterino;
• Polidrâmnio ou oligoidrâmnio;
• Gemelaridade;
• Malformações fetais ou arritmia fetal;
• Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão
crônica preexistente, hipertensão gestacional
ou transitória);
Obs.: É necessário que haja evidência de medidas
consecutivas que sugiram hipertensão.
Nestas situações, não se deve encaminhar o
caso com medida isolada. Em caso de suspeita
de pré-eclâmpsia/eclâmpsia, deve-se encaminhar
a paciente à emergência obstétrica.
• Infecção urinária de repetição ou dois ou mais
episódios de pielonefrite (toda gestante com
pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada
ao hospital de referência, para avaliação);
• Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias
de tratamento com sulfato ferroso;
• Portadoras de doenças infecciosas como hepatites,
toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis
terciária (USG com malformação fetal)
e outras DST (condiloma);
• Infecções como a rubéola e a citomegalovirose
adquiridas na gestação atual;
• Evidência laboratorial de proteinúria;
• Diabetes mellitus gestacional;
• Desnutrição materna severa;
• Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes
casos, deve-se encaminhar a gestante para
avaliação nutricional);
• NIC III (nestes casos, deve-se encaminhar a
gestante ao oncologista);
• Alta suspeita clínica de câncer de mama ou
mamografia com Bi-rads III ou mais (nestes
casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista);
• Adolescentes com fatores de risco psicossocial.

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38
Q

A partir de que momento na gravidez a realização das manobras de Leopold-Zweifel está indicada?Descreva as manobras

A

A palpação abdominal é recomendada a partir
do segundo trimestre, através dos
quatro tempos das manobras de
Leopold-Zweifel.

(1) 1o tempo: o examinador se coloca ao lado
direito da paciente, de frente para ela, com as
duas mãos encurvadas delimita o fundo de
útero e observa qual pólo fetal que o ocupa.

(2) 2o tempo: visa determinar a posição fetal.
Deslizam-se as mãos do fundo em direção ao
pólo inferior para identificar o dorso fetal de um
lado e os membros do outro. Conhecer a posição
fetal auxilia na procura do foco máximo de ausculta
dos batimentos cardíacos do feto.

(3) 3o tempo: visa a exploração da mobilidade
da apresentação com o estreito superior da pelve.
Procura-se apreender o pólo entre o polegar
e o dedo indicador ou médio, imprimindo-lhe
movimentos de lateralidade para verificar o grau
de penetração da apresentação na bacia e confirmar
o diagnóstico da apresentação pela comparação
com o outro pólo identificado no fundo
uterino durante a primeira manobra. Quando a
apresentação está alta e móvel, o pólo da apresentação
balança de um lado para o outro.

(4) 4o tempo: o examinador deve voltar suas
costas para a paciente e colocar as mãos sobre
as fossas ilíacas, caminhando-as em direção ao
hipogastro, paralelamente à arcada crural e afastadas
uma da outra cerca de 10 cm. Com a ponta
dos dedos, procura-se penetrar na pelve abarcando
o pólo que aí se encontra para averiguar
o grau de penetração do concepto no estreito
superior da bacia. A entrada dos dedos depende
do grau de insinuação do pólo apresentado.

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39
Q

Descreva a altura uterina aproximada do útero de acordo com a idade gestacional

A

10-12 semanas: o útero começa a ser palpado
acima da sínfise púbica;
- 16 semanas: encontra-se a meio caminho
entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical;
20 semanas: no nível da cicatriz umbilical.

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40
Q

Há maior infectividade para o concepto quando a infecção por toxoplasma gondii acontece em que trimestre da gestação? E em que momento a infecção do concepto trás maior perigo a ele?

A

No terceiro trimestre há maior infectividade.
No primeiro trimestre há maior risco para o feto em caso de infecção

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41
Q

Qual o exame adicional que pode ser necessário em grávidas imunocomprometidas que apresentam IgM negativo e IgG positivo para toxoplasmose?

A

PCR do líquido amniótico

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42
Q

Qual a recomendação do ministério da saúde para grávidas que apresentam IgM + e IgG - para toxo?

A

O Ministério da Saúde recomenda
iniciar espiramicina 1 g (3.000.000 UI) de 8/8h,
via oral, imediatamente, e repetir a sorologia
em três semanas, visando detectar o aparecimento
de anticorpos IgG. O IgA pode auxiliar no diagnóstico da infecção aguda, mas pouco laboratórios fazem sua dosagem

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43
Q

Descreve a conduta a ser adotada frente às diferentes sorologias para toxoplasmose durante a gravidez

A

Imagem na galeria

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44
Q

Quando e pq a pirimetamina e a sulfadiazina devem ser evitadas/monitoradas durante a gravidez?

A

A pirimetamina deve ser evitada antes de 20
semanas de gestação, devido ao potencial efeito
teratogênico (classe C)

Sulfadiazina no terceiro trimestre deve ser monitorado
devido à possibilidade de kernicterus no recém-
nascido.

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45
Q

Qual a droga preferencial para controle da infecção por toxoplasmose nos extremos da gravidez?

A

A espiramicina é a
droga a ser mantida nos dois extremos da gravidez
(antes de 20 semanas e após 37 semanas)

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46
Q

Por que o bactrim deve ser evitado no terceiro trimestre de gestação?

A

Pelo risco de kernicterus

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47
Q

Quais são os fatores de risco para infecção pelo estreptococos do grupo B?

A

Trabalho de parto com menos de 37 semanas;
Temperatura intraparto maior ou igual a
38 °C;
Amniorrexe há mais de 18 horas.

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48
Q

Quais gestantes devem receber profilaxia intraparto para GBS?

A

• Gestantes com cultura vaginal ou retal positiva
entre 35 e 37 semanas.
• Gestantes com fatores de risco.
• Gestantes com bacteriúria por GBS em qualquer
fase da gravidez (mesmo após tratamento adequado).
• Gestantes com filhos acometidos por infecção
por GBS em gestação prévia
.

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49
Q

Como é peito a antibioticoterapia para GBS durante o parto?

A

– Penicilina G Cristalina ‒ 5 milhões U, IV, de
dose de ataque seguidas de 2,5 milhões, de
4/4 horas até o parto (esquema preferido); ou
– Ampicilina – 2 g, IV, de dose de ataque seguidas
de 1 g, 4/4 horas até o parto (alternativamente).

Em pacientes alérgicos:
– Cefazolina – 2 g, IV, de dose de ataque seguidas
de 1 g, 8/8 horas até o parto; ou
– Clindamicina – 900 mg, IV, 8/8 horas até o
parto; ou
– Eritromicina – 500 mg, IV, 6/6 horas até o
parto (não disponível no Brasil).

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50
Q

Qual a recomendação do MS sobre a reposição de ácido fólico para gestantes?

A

5 mg/dia, iniciando 3 meses antes da gestação e mantendo durante o primeiro trimestre

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51
Q

Qual a recomendação do MS sobre a reposição de ácido fólico para gestantes?

A

0.4 mg/dia, iniciando 3 meses antes da gestação e mantendo durante o primeiro trimestre

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52
Q

Cite o BB que apresenta segurança de uso comprovada durante a gestação

A

Pindolol

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53
Q

Cite as vacinas que devem ser evitadas durante a gravidez

A

Sarampo
Caxumba
Pneumococo
Rubéola
Poliomielite
Febre Amarela
BCG
Varicela
HPV

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54
Q

Como se apresenta o beta hCG e o PAPP-A em uma gravidez de um concepto com síndrome de Down, trissomia do 13 ou do 18?

A

Na síndrome de Down, a dosagem do beta-hCG encontra-se duas vezes
maior que o esperado (> 1,83 MoM), enquanto
que a de PAPP-A encontra-se diminuída em
média cerca de 2,5 vezes (< 0.38 MoM). Já na
trissomia do 18 e trissomia do 13 (síndrome de
Edwards e síndrome de Patau), as dosagens de
PAPP-A e HCG encontram-se diminuídas.

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55
Q

Descreva quais substâncias são avalidas no teste duplo, no triplo e no quadruplo

A

TESTE DUPLO – PAPP-A + hCG
TESTE TRIPLO – AFP + ESTRIOL NÃO CONJUGADO + hCG
TESTE QUÁDRUPLO – AFP + ESTRIOL NÃO CONJUGADO + hCG + INIBINA A

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56
Q

Quando solicitar o teste duplo, teste triplo e
teste quádruplo?

A

O teste duplo deve ser solicitado entre
11 e 13 semanas e o teste triplo (ou quádruplo),
idealmente, entre 15 e 18 semanas.

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57
Q

Cite situações que cursam com o aumento da alfafetoproteína

A

Defeitos do tubo neural
Obstrução intestinal ou esofagiana
Cistos pilonidais
Teratoma sacrococcígeo
Defeitos da parede abdominal (onfalocele e gastrosquise)
Obstrução urinária
Anormalidades renais (rim ausente e rim
policístico)
Nefrose congênita
Osteogenesis imperfecta
Defeitos de pele congênitos
Extrofia cloacal
RN de baixo peso
Oligodramnia
Gestação gemelar
Baixo peso materno
Subestimação da idade gestacional
Higroma cístico

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58
Q

Cite situações que cursam com a diminuição da alfafetoproteína

A

Trissomias
Neoplasia trofoblástica gestacional
Morte fetal
Sobrepeso materno
Superestimação da idade gestacional

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59
Q

cite as alterações em marcadores bioquímicos e biofísicos (e em qual momento da gestação eles devem ser feitos) esperadas em gestações de conceptos com trissomia do 21, 18 e 13.

A

Galeria

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60
Q

Em relação aos procedimentos invasivos para diagnostico de anormalidades congênitas, descreva em que momento da gestação eles podem ser feitos, qual a taxa de interrupção da gestação e em quanto tempo o resultado é obtido.

A

Biópsia de vilo corial - 10-13 semanas - 1-2% - 03 a 07 dias
Amniocentese - > 14 semanas - < 0,5% - 02 a 03 semanas
Cordocentese - > 18 semanas - 2,0% - 1 a 3 dias

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61
Q

O que é o sinal de Halban?

A

Aumento da lanugem nos limites do couro cabeludo

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62
Q

O que é o sinal de Hunter?

A

Aumento da pigmentação dos mamilos, ocorre aproximadamente na vigésima semana de gestação

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63
Q

Pós datismo vs pós termo vs pós maturidade

A

Se a gestação prossegue e completa as 42 semanas,
é considerada pós-termo, prolongada
ou protraída, ou serotina.

É mencionado também
o termo pós-datismo para designar as
gravidezes que ultrapassam 40 semanas

Pós-maturidade (dismaturidade) é um termo
que deve ser utilizado para descrever um recém-
nato com características clínicas de uma
gravidez prolongada, como descamação da
pele, impregnação por mecônio, unhas longas,
pouco ou nenhum vérnix, pregas palmares e
plantares bem desenvolvidas, muito
cabelo e pouca gordura subcutânea

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64
Q

Parto induzido vs dirigido

A

O parto induzido é aquele onde o obstetra estimula
o surgimento de metrossístoles, através
de ocitocina, misoprostol ou outras técnicas de
indução. Neste caso, a paciente não entrou espontaneamente em trabalho de parto, e cabe ao
obstetra estimular farmacologicamente ou mecanicamente o início da atividade uterina.

Já o parto assistido ou dirigido é aquele onde
o obstetra intervém para manter a boa dinâmica
uterina, de forma que o mesmo transcorra
sem alterações e sem delongas, ou seja, é o
parto que geralmente você deve estar acostumado
a presenciar na maternidade. Nestes
casos, o obstetra não intervém no seu início,
mas apenas acompanha a parturiente que já se
encontra em trabalho de parto, e corrige as
discinesias com ocitocina, realiza a amniotomia
em momento oportuno, administra analgesia e
conduz o trabalho de parto ativamente

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65
Q

Sufixo para no contexto de obstetrícia

A

O sufixo “para” se refere ao número de gestações
em que houve viabilidade fetal, excluindo-se,
portanto, os abortos (feto com menos de 20-22
semanas e/ou pesando menos de 500 g). Para
definição da paridade, não se leva em
consideração o número de fetos nascidos em
cada parto nem quantos sobreviveram.

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66
Q

No parto em que se fez uso de fórcipe, denomina-se

A

Parto operatório

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67
Q

O trajeto ou canal do parto estende-se do útero à
fenda vulvar. Há nele três estreitamentos anulares, cite-os

A

Orifício cervical
Diafragma pélvico (seio urogenital)
Óstio vaginal (fenda vulvovaginal)

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68
Q

Na fase de pré-parto e, mais caracteristicamente,
durante a deflagração do trabalho de parto, o colo uterino apresenta dois fenômenos principais:

A

• Apagamento: diminuição progressiva da espessura
do colo (de aproximadamente 3 cm
para menos de meio centímetro).
• Dilatação: de 0 até 10 cm.

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69
Q

A pequena bacia é também denominada… e é separada da grande bacia pelo…

A

pelve verdadeira ou “bacia obstétrica”

anel do estreito superior, região que vai do
promontório até a borda superior da sínfise púbica.

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70
Q

Quais são os três estreitos que compõe a pelve verdadeira?

A

Superior
Médio
Indferior

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71
Q

Descreva o estreito superior

A

delimitado anteriormente
pelo pube, lateralmente pela linha terminal (ou
inominada) e, posteriormente, pela saliência
do promontório e pela asa do sacro

Diâmetro Anteroposterior: corresponde à
menor distância entre o promontório e a sínfise
púbica, que mede 10,5 cm. Este diâmetro
nada mais é do que um sinônimo de conjugata
vera obstétrica, que será detalhada a seguir.

Diâmetros oblíquos: começam nas eminências
iliopectíneas e terminam na articulação sacroilíaca.
Medem cerca de 12,5 cm

São denominados primeiro e segundo oblíquo.
O primeiro oblíquo se refere ao diâmetro oblíquo
da pelve que sai da iminência iliopectínea esquerda
em direção à sinostose sacroilíaca direita
e segundo oblíquo se refere ao outro. O primeiro oblíquo é discretamente maior que o
segundo oblíquo,

Diâmetro transverso: estende-se da linha inominada
(ou terminal) de um lado até o outro
lado da pelve

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72
Q

Descreva as subdivisões do diâmetro anteroposterior

A

• Conjugata Anatômica ou Vera Anatômica:
formada pela linha que une a borda superior da
sínfise púbica e o promontório, que representa
uma distância de 11 cm.

• Conjugata Obstétrica ou Vera Obstétrica:
corresponde à distância entre o promontório e
a face interna da sínfise púbica. Representa o
espaço real do trajeto da cabeça fetal, que mede
cerca de 10,5 cm.

• Conjugata Diagonal ou Diagonalis: definida
pela linha que une o promontório e a borda inferior
do osso púbico, que mede 12 cm. Na avaliação
pelo toque vaginal, esta é a medida empregada
para estimativa do diâmetro da conjugata obstétrica
(vera obstétrica) na pelvimetria clínica. Em
geral, o diâmetro da conjugata obstétrica é 1,5 cm
menor que a conjugata diagonalis.

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73
Q

Descreva o estreito médio

A

O estreito médio é delimitado pela borda inferior
do osso púbico e pelas espinhas isquiáticas

• Diâmetro anteroposterior: em nível das espinhas
ciáticas, mede 12 cm.

• Diâmetro transverso ou biespinha ciática: é o
menor diâmetro da pelve e mede 10 cm.***

As espinhas ciáticas são importantes pontos de
referência e representam o plano “0” de De Lee.
Delas emergem os nervos pudendos que são comumente anestesiados no parto ***

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74
Q

Descreva o estreito posterior

A

• Diâmetro anteroposterior: Liga a borda inferior
do osso púbico ao coccige, e mede 9,5 cm.
Entretanto, pelo movimento da cabeça fetal
durante o desprendimento pode alcançar 11 cm
pela retropulsão do coccige.

O diâmetro anteroposterior do estreito inferior define a chamada Conjugata Exitus.

• Diâmetro transverso ou bi-isquiático ou intertuberoso:
é determinado pelas tuberosidades
isquiáticas e mede 11 cm.

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75
Q

Descreva os tipos de bacia

A

1- Bacia Ginecoide: Constitui a pelve feminina
típica. Corresponde aproximadamente a
50% das bacias femininas. O estreito superior
tem a forma arredondada e a porção posterior
é bastante espaçosa

2- Bacia Androide: Possui as características
da bacia masculina normal. Representa aproximadamente
20% das bacias femininas.
Apresenta o estreito superior triangular, com o
diâmetro transverso máximo deslocado para a
região posterior. As paredes pélvicas são convergentes,
as espinhas ciáticas salientes, o ângulo
subpúbico é estreito e o estreito superior reduzido.
O parto por via baixa não tem bom prognóstico

3- Bacia Antropoide: É semelhante à bacia
dos antropoides superiores (gorilas). Representa
aproximadamente 25% das bacias femininas.
Apresenta o estreito superior elíptico e alongado
no sentido anteroposterior e o diâmetro
transverso diminuído (o diâmetro anteroposterior
é maior que o transverso). As chanfraduras
sacrociáticas são amplas, as paredes laterais
convergem ocasionalmente e as espinhas ciáticas
não são proeminentes. Todas as referências concordam que se não houver distocia no estreito superior, não haverá no resto da bacia, e o parto possui
bom prognóstico.

4- Bacia Platipeloide: É o tipo mais raro de
bacia, e está presente em aproximadamente 5%
dos casos.
Possui a forma achatada, estreito superior ovalado,
pequeno diâmetro anteroposterior e amplo
diâmetro transverso

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76
Q

A observação de uma conjugata
diagonalis maior que 11,5 cm (conjugata
obstétrica maior que 10 cm) ou um promontório
inatingível ao toque digital significam que o

A

tamanho
da pelve é provavelmente adequado para a
passagem de um feto de tamanho normal.

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77
Q

A impossibilidade ao parto vaginal pode ser assegurada se o diâmetro interespinhoso é inferior a

A

8 cm

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78
Q

A presença de um sacro reto reduz a capacidade
do

A

estreito médio

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79
Q

Atitude ou postura fetal

A

Caracteriza-se pela relação das diversas partes fetais entre si. Geralmente, o concepto apresenta-se em flexão generalizada, o que constitui o chamado ovoide
fetal.

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80
Q

Situação

A

é a relação entre o maior eixo fetal (cabeça-nádegas) e o maior eixo uterino (canal
cervical – corpo uterino). Três situações podem ocorrer: longitudinal, transversal e oblíqua.

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81
Q

Posição

A

é a relação do dorso fetal com pontos de referência do abdome materno. Na situação
longitudinal, pode ser direita ou esquerda. Na situação transversa, pode ser anterior ou posterior
em relação à coluna vertebral materna.

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82
Q

Apresentação

A

é a relação entre o polo fetal e o estreito superior da pelve materna.
Na situação longitudinal, as apresentações possíveis são a cefálica e a pélvica.
Na situação transversal, o ponto de referência é o acrômio, e a apresentação é denominada córmica.

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83
Q

Variedade de apresentação

A

na apresentação cefálica, relaciona-se com o grau de deflexão do polo cefálico.
Na apresentação cefálica fletida, o ponto de referência é a fontanela posterior.
Na deflexão de 1° grau, o ponto de referência é a fontanela anterior ou bregmática, que caracteriza a apresentação de bregma.
Na deflexão de 2° grau, o ponto de referência é a glabela.
Na deflexão de 3° grau, o ponto de referência é o mento (apresentação de face).
Na apresentação pélvica, pode haver duas variedades principais: completa e incompleta
(modo de nádegas).

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84
Q

Maior diâmetro do polo cefálico fetal

A

Occiptomentoniano (13,5 cm)

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85
Q

fatores predisponentes a situação transversa:

A

Multiparidade,
Placenta prévia
Anomalias uterinas
Leiomiomas submucosos.

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86
Q

Os fatores que determinam a acomodação
fetal podem determinar a troca de uma apresentação
por outra. Este fenômeno é denominado

A

Versão ou mutação

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87
Q

Em geral, até o sexto mês de gestação, a cabeça fetal é comumente encontrada no…
Após essa idade gestacional, é
comum a ocorrência de um movimento circular
do feto sobre seu eixo, quando ele assume
a apresentação…

A

Fundo uterino

Cefálica

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88
Q

diâmetro de insinuação

A

diâmetro máximo do polo cefálico
apresentado ao estreito superior da pelve

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89
Q

Sinclitismo

A

Representa o encaixamento do polo cefálico
fetal com a sutura sagital com a mesma distância
entre a sínfise púbica e o promontório sacral.
Assim, a sutura sagital encontra-se equidistante
do pube e do sacro, sem qualquer inclinação
lateral.

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90
Q

Obliquidade de Nagele e de Litzmann

A

O assinclitismo anterior (obliquidade de Nägele)
ocorre quando a sutura sagital fetal está
próxima ao sacro, e o parietal anterior ocupa a
maior parte dos estreitos da pelve.

O assinclitismo posterior (obliquidade de
Litzmann) ocorre quando a sutura sagital se aproxima do pube, e é o parietal posterior que
ocupa grande parte da bacia.

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91
Q

Atitudes do polo pélvico na apresentação pélvica

A

• Pelvipodálica ou Pélvica Completa: quando
as pernas e as coxas estão fletidas, com os
pés junto às nádegas.

• Pélvica Simples ou Incompleta Modo de Nádegas
ou Agripina: quando as coxas estão fletidas
sobre a bacia e as pernas estendidas sobre a
superfície anterior do tronco.

• Pélvica Incompleta, Variedade de Pés ou
de Joelhos ou Pélvica com Procedência de
Pés ou de Joelhos: quando essas partes fetais
ocupam o estreito superior da bacia.

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92
Q

Conceitue apresentação alta e móvel, ajustada, fixa e insinuada

A

Diz-se que a apresentação é alta e móvel, quando
não toma contato com o estreito superior.

Ajustada, quando ocupa a área deste estreito.

Fixa, quando não é possível mobilizá-la à palpação.

Insinuada, quando o maior diâmetro transverso da apresentação ultrapassa a área do estreito superior.

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93
Q

Posição fetal

A

De acordo com a escola alemã, a posição fetal
corresponde à relação entre o dorso fetal e o lado
direito ou esquerdo do abdome materno.

As posições frequentemente observadas são duas:
• Esquerda: quando o dorso do feto se apresenta
à esquerda do abdome materno.
• Direita: quando o dorso do feto se apresenta
à direita do abdome materno.

Excepcionalmente, são observadas outras duas
posições:
• Anterior: quando o dorso do feto se apresenta
voltado para diante do abdome materno.
• Posterior: quando o dorso do feto se apresenta
voltado para trás do abdome materno.

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94
Q

No final da gestação é mais comum a posição… Explique

A

Esquerda

Existem dois fatores que provavelmente
explicam a predominância dessa posição:
• Leve rotação uterina para a direita.
• Posicionamento anatômico do reto e sigmoide
à esquerda.

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95
Q

Assoce o símbolo (O, B, N, M, S e A) com o ponto de refência

A

O (Lambda)
B (Bregma)
N (Nariz ou glabela)
M (Mento)
S (crista Sacrococcígea)
A (Acrômio)

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96
Q

Qual apresentação impossibilita na grande maioria
das vezes o parto vaginal, uma vez que o
maior diâmetro da cabeça fetal é apresentado
à pelve?

A

A apresentação de fronte (deflexão de 2º
grau). Apresenta o diâmetro occipitomentoniano, com cerca de 13,5 cm)

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97
Q

A apresentação de face (deflexão de terceiro
grau) pode permitir o parto vaginal?

A

Sim,
caso a variedade seja
mento anterior (MEA, MDA ou MP), visto que,
se o mento estiver orientado para baixo (posterior),
torna-se impossível a flexão da cabeça
fetal e desprendimento

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98
Q

Período de Dilatação (1º Período do Parto)

A

Inicia-se no final da fase latente. O Ministério da Saúde
define a fase ativa do trabalho de parto quando
há presença de contrações uterinas regulares
e de dilatação cervical com pelo
menos 4 cm. Termina quando o colo uterino encontra-se totalmente dilatado (10 cm nas gestações a termo)

Nas primíparas é mais demorado, apresentando duração aproximada de 10 a 12 horas. Nas multíparas costuma ser mais rápido, com duração de 6 a 8 horas.

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99
Q

Período expulsivo

A

O período expulsivo tem início no final do período
de dilatação (dilatação total do colo uterino:
10 cm) e termina com a expulsão total do
feto. Dura em média 50 minutos nas primíparas
e 20 minutos nas multíparas. De acordo com o
Ministério da Saúde, os limites de tempo para
o período expulsivo são 0,5 a 2,5 horas em
primíparas (uma a três horas com analgesia
peridural) e até uma hora em multíparas
(duas horas com peridural).

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100
Q

Secundamento

A

Corresponde ao descolamento e expulsão da
placenta e das membranas ovulares. Ocorre
cerca de 10 a 20 minutos após o período expulsivo.
É considerado prolongado quando ultrapassa
30 minutos.

O descolamento da placenta pode se efetuar por dois mecanismos diferentes:

Baudelocque-Schultze: a implantação placentária
encontra-se no fundo uterino (corporal).
Ocorre em cerca de 75% dos casos, desprendendo-
se pela face fetal em forma de guarda-
-chuva, com o sangramento se exteriorizando
após a saída da placenta.

Baudelocque-Duncan: a implantação placentária
ocorreu nas paredes laterais uterinas.
Responde por cerca de 25% dos casos, desprende-
se pela borda inferior, o sangramento precedendo
a saída da placenta.

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101
Q

Quarto período do parto

A

Tem início no final do secundamento e estende-
-se até uma hora após o parto. Este período
demanda observação cautelosa pelo risco de
hemorragias. Representa a hemostasia do sítio
de inserção placentário. Os mecanismos de
hemostasia nesta fase são:

− Miotamponagem: caracteriza-se pela contração
da musculatura uterina, que desencadeia
uma consequente ligadura dos vasos
uteroplacentários (ligaduras vivas de Pinard).

− Trombotamponagem: formação de trombos
(coágulos) nos grandes vasos uteroplacentários
e hematoma intrauterino que promovem
o tamponamento de arteríolas e veias abertas
no sítio placentário.

− Indiferença miouterina: o útero se torna
“apático” e, do ponto de vista dinâmico, apresenta
fases de contração e relaxamento, podendo
se encher progressivamente com sangue.

− Contração uterina “fixa”: depois de decorrida
uma hora, o útero adquire maior tônus, a
contração se sobrepõe ao relaxamento. Assim,
o útero se mantém contraído, constituindo o
chamado globo de segurança de Pinard.

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102
Q

Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal do Ministério da Saúde (2017) recomendam que o toque vaginal ocorra…

A

a cada quatro horas, se houver alguma preocupação com a progressão do parto ou em resposta aos desejos da mulher.

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103
Q

A presença de mecônio no líquido amniótico pode significar…

A

sofrimento fetal

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104
Q

Discorra sobre a amniotomia

A

a amniotomia (rotura intencional das
membranas) pode reduzir o tempo total do trabalho
de parto em até cerca de uma a duas
horas, mas seu uso rotineiro é questionável por
aumentar o risco de compressão do cordão
umbilical, de infecção e da taxa de cesariana.
Atualmente, só está indicada para correção de
distocias funcionais, avaliação da variedade de
posição (caso não seja possível com a bolsa
íntegra), avaliação do líquido amniótico quando
indicada e nos casos de parto operatório.

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105
Q

No período de expulsão, em que momentos deve ser feita ausculta do BCF?

A

A ausculta dos batimentos cardíacos fetais
deve ser feita a cada cinco minutos, antes,
durante e após duas contrações uterinas

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106
Q

manobra de Ritgen modificada

A

Consiste na compressão do períneo posterior
e controle da deflexão da cabeça fetal com
a mão oposta, visando evitar a deflexão rápida
da cabeça

Visa diminuir lesões do períneo

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107
Q

Indicações de episiotomia

A

1- parto operatório (fórcipe ou vacuoextração),
2- períneos rígidos
3- exaustão materna
4- feto grande
5- período expulsivo prolongado
6- variedades occipitoposteriores
7- distocia de espáduas
8- insuficiência cardíaca materna,
9- sofrimento fetal agudo
10- apresentação pélvica.

Outras indicações ocasionalmente citadas na literatura são a primiparidade, episiotomia prévia e prematuridade.

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108
Q

Em casos de dificuldades (distocia de
espáduas ou de ombros), evitar tração sobre
o pescoço, que está associada a

A

Paralisia de Erb Duchenne (do plexo braquial, ex.: cerramento sustentado da mão fetal)

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109
Q

Descreva a Manobra de McRoberts, que visa a liberação dos ombros impactados

A

abdução e hiperflexão das coxas: promove a
rotação da sínfise púbica e retificação da lordose lombar.

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110
Q

Descreva as manobras de pressão suprapúbica e Rubin I, que visam a liberação de ombros impactados

A

A pressão suprapúbica pode ser realizada no
sentido vertical, com o objetivo de comprimir
o ombro fetal, diminuindo o diâmetro
biacromial

ou ainda, (Rubin I) pode ser realizada
sobre a região do ombro fetal, com intuito
de realizar pequeno movimento de flexão e
rotação dos ombros, permitindo seu
desprendimento

Alguns autores consideram ambas como
sinônimas. Manobras geralmente associadas
à Manobra de McRoberts.

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111
Q

Em relação às manobras rotacionais que que visam a liberação dos ombros impactados, descreva a manobra de Woods

A

Manobra de Woods (saca-rolha): consiste
em pressão na face anterior (sobre a clavícula)
do ombro posterior fetal com o auxílio
de dois dedos, com o intuito de rodá-
-lo 180°

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112
Q

Em relação às manobras rotacionais que que visam a liberação dos ombros impactados, descreva a manobra de Rubin II

A

a manobra de Rubin II consiste na introdução
dos dedos de uma das mãos na vagina,
atrás do ombro anterior do feto, e empurrando
o ombro em direção do tórax do
feto.

  • Assim, a manobra de Woods provoca
    a abdução do ombro fetal e a de Rubin II, a
    adução
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113
Q

Em relação às manobras rotacionais que que visam a liberação dos ombros impactados, descreva a manobra de Woods reversa

A

os dedos são colocados sobre o ombro posterior, por trás e o objetivo é girar o feto na direção oposta
à da manobra convencional de Woods.

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114
Q

Descreva a manobra de Jacqueimer

A

esta manobra consiste na
introdução da mão do obstetra profundamente na vagina e retirada do braço fetal posterior, diminuindo o diâmetro impactado.

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115
Q

Descreva a manobra de Gaskin

A

posicionar a paciente de joelhos, com as mãos apoiadas (posição de quatro) e tentar realizar o desprendimento dos ombros na ordem inversa; iniciando-se pelo posterior, que agora está posicionado
anteriormente, e a seguir, o anterior,
agora posicionado posteriormente

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116
Q

Nas falhas das manobras citadas, uma opção é a manobra de Zavanelli, descreva-a

A

reintrodução da cabeça fetal na vagina,
seguindo inversamente os movimentos fetais
já realizados (rotação para OP, flexão e reintrodução
da cabeça na vagina) e término do parto
por cesariana de emergência

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117
Q

A primeira manobra a ser tentada
frente a uma distocia de espáduas
é a

A

pressão suprapúbica, associada
ou não à de McRoberts, que atinge sucesso
na resolução da maior parte dos casos

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118
Q

O momento ideal para pinçar o cordão de todos os
recém-nascidos, independentemente de sua idade
gestacional, é…

A

quando a circulação do cordão
umbilical cessou, o cordão está achatado e sem
pulso (aproximadamente três minutos ou mais
depois do nascimento). Depois de as pulsações
do cordão terem cessado (aproximadamente três minutos após o parto), procede-se o clampeamento e o corte, de acordo com técnicas estritas de higiene e limpeza.

O clampeamento precoce estaria indicado para as gestantes Rh negativo, HIV positivo ou quando houver sofrimento fetal agudo.

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119
Q

Em que alturas do feto em relação à placente a transfusão não ocorre? Em que posição ela se completa em cerca de 3 min? Em que posição ela se completa em apenas 1 min?

A

Não acontece: + 50 cm

3 min: + 10 a - 10 cm

1 min: - 50 min

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120
Q

Durante o secundamento, procura-se avaliar se a
placenta já se descolou. Nenhuma manobra mais
intempestiva deverá ser feita, uma vez que…

A

existe o risco de inversão uterina aguda, evento potencialmente grave que leva a choque neurogênico e perdas sanguíneas intensas. A tração intempestiva do cordão umbilical é proscrita (risco de rotura do
cordão e inversão uterina), bem como a compressão
vigorosa do fundo uterino (manobra de Credé,
que pode levar também à inversão uterina).

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121
Q

Descreva o manejo ativo do terceiro período do
parto, o qual se associa a menores perdas sanguíneas
e risco de hemorragias puerperais

A

uso de ocitocina profilática (10
U intramuscular) de forma rotineira imediatamente
após a expulsão fetal, seguida de clampeamento
tardio, tração controlada do cordão umbilical,
seguido de massagem uterina, realizada imediatamente após a expulsão da placenta e a cada
quinze minutos durante as primeiras duas horas
do parto

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122
Q

sinal de Ahlfeld

A

Pinçamento do cordão umbilical próximo à
vulva, e com o descolamento da placenta o local
de pinçamento se distancia

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123
Q

Sinal de Fabre e de Strassmann

A

Tração intermitente discreta do cordão umbilical,
a qual não será transmitida ao fundo
uterino quando a placenta estiver descolada
(sinal de Fabre)

ou inversamente, a percussão
do fundo uterino não é propagada ao cordão
umbilical (sinal de Strassmann).

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124
Q

Sinal de Kustner

A

Elevação do corpo uterino através da palpação
abdominal não acompanhada da movimentação
do cordão umbilical

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125
Q

Sinal da placenta

A

sensação de peso sobre o reto referida pela paciente.

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126
Q

manobra de Harvey

A

Diagnosticado o descolamento da placenta,
pode-se auxiliar na descida da placenta pelo
canal vaginal com compressão leve na região
do segmento uterino inferior

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127
Q

manobra de Jacob-Dublin

A

Durante sua exteriorização, pode-se impor leve
tração e torção axial da placenta, para auxiliar
no seu descolamento

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128
Q

Em caso de hemorragia
ou retenção placentária, pode ser indicada a…

A

Extração manual da placenta

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129
Q

Descreva os graus de lesões perineais

A

1º grau – lesão da pele do períneo, fúrcula e
mucosa vaginal;

2º grau – fáscia e músculo do períneo, sem
lesão da muscular do esfíncter;

3º grau – lesão da camada muscular do esfíncter
anal;

4º grau – lesão que atinge a mucosa retal, expondo
a luz do reto.

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130
Q

Quais os cuidados se deve ter no Quarto Período (Período de Greenberg)?

A

Neste período ocorrem com mais frequência
as hemorragias por atonia uterina ou por
laceração do trajeto do parto. Também podem
ocorrer sangramentos por retenção de
restos placentários ou de membranas. É um
período em que deve ser feita observação
atenta da parturiente, para que qualquer distúrbio
seja detectado e tratado imediatamente.
Verifica-se, igualmente, se o útero está contraído
(globo de segurança de Pinard).

O uso de ocitocina é recomendado rotineiramente
na prevenção das hemorragias puerperais,
logo após a saída fetal. A perda sanguínea média
total no parto normal é de aproximadamente
500 ml e de 1.000 ml na cesariana.

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131
Q

O que demarca o início da fase latente?

A

Aparecimento das contrações dolorosas e regulares
que provocam o amolecimento e apagamento
do colo uterino, porém com velocidade de dilatação
ainda lenta (< 1,2 cm/h).

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132
Q

Como a fase ativa do parto é dividida?

A

fase de aceleração (dilatação inicial, com duração de cerca de uma hora)

fase de inclinação máxima (dilatação linear e
rápida)

fase de desaceleração (dilatação em velocidade constante), na qual ocorre normalmente
a descida da apresentação

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133
Q

O que representam as duas linhas diagonais do partograma?

A

a da esquerda corresponde à “linha de alerta”

a da direita à “linha de ação”.

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134
Q

Como é feita a preservação da
saúde fetal durante os períodos
de dilatação e expulsivo?

A

Ausculta dos BCF de 30 em 30 minutos, antes, durante e após duas contrações uterinas (nas gestações de alto risco, de 15 em 15 minutos). No período expulsivo, ausculta dos BCF a cada 15 minutos (no alto risco, a cada 5 minutos). Eventualmente, cardiotocografia,
oximetria de pulso fetal e análise do pH do sangue
capilar fetal. Avaliação do líquido amniótico (mecônio?).

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135
Q

As linhas de alerta e de ação servem
como auxílio na avaliação da
evolução da

A

DILATAÇÃO cervical e não da descida da apresentação

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136
Q

Achados da fase ativa prolongada ou distocia funcional

A

a dilatação do colo uterino ocorre
lentamente, numa velocidade menor que 1
cm/hora. A curva da dilatação ultrapassa a
linha de alerta e, às vezes, a linha de ação.
Essa distocia geralmente decorre de contrações
uterinas não eficientes (falta de motor).
A correção é feita inicialmente pelo emprego
de técnicas humanizadas de estímulo ao parto
normal, por exemplo, estimulando-se a
deambulação e, se necessário, posteriormente
pela administração de ocitocina ou rotura
artificial da bolsa das águas.

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137
Q

Fase latente prolongada

A

Dilatação cervical menor que 3/4 cm apesar do tempo excessivo de contrações
dolorosas e regulares. Definida como duração maior que 20 horas
em primíparas e 14 horas em multíparas. Não é indicativa de distocia
e não é necessária sua correção. Exige atenção, pois é fator de risco
para trabalho de parto disfuncional.

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138
Q

Parada secundária de dilatação

A

diagnosticada por dois toques sucessivos, com intervalo de duas horas ou mais, com a mulher em trabalho de parto ativo. Nesse tipo de distocia, a dilatação cervical permanece a mesma durante duas horas ou mais, ultrapassa a linha de alerta e, por vezes,
a linha de ação.
Há associação frequente com sofrimento fetal agravando o prognóstico perinatal.
A causa principal é a desproporção cefalopélvica relativa ou absoluta.

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139
Q

Parto precipitado ou taquitócito

A

diagnosticado quando a dilatação cervical e a descida
e expulsão do feto ocorrem num período de
quatro horas ou menos. O padrão da contratilidade
uterina é de taquissistolia e hipersistolia
e, caso a placenta esteja no limite de sua função,
pode ocorrer o sofrimento fetal

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140
Q

Parto pélvico prolongado

A

manifesta-se no partograma com a descida progressiva da apresentação, mas excessivamente lenta. Nota-
-se dilatação completa do colo uterino e demora
na descida e expulsão do feto. Essa distocia
geralmente está relacionada à contratilidade
uterina deficiente e sua correção é obtida pela
administração de ocitocina, rotura artificial da
bolsa das águas e, ainda, pela utilização do
fórcipe, desde que preenchidos os pré-requisitos
para sua aplicação. Também se recomenda a
posição verticalizada para favorecer a descida
da apresentação

O Ministério da Saúde (2017)
define como limite de tempo de período expulsivo
para primíparas de 2,5 horas e de
uma hora em multíparas.

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141
Q

Parada secundária da descida

A

diagnosticada por dois toques sucessivos, com intervalo de uma hora ou mais, desde que a dilatação do colo uterino esteja completa. Considera-se que
há parada secundária da progressão da apresentação
quando ocorre cessação da descida por
pelo menos uma hora após o seu início

A causa mais frequente desse tipo de distocia é a desproporção cefalopélvica relativa ou absoluta

A presença de desproporção absoluta leva à indicação de cesárea.
Na vigência de desproporção relativa,
com polo cefálico profundamente insinuado e
cervicodilatação completa, é válida a tentativa
de fórcipe de tração ou rotação, dependendo da
variedade de posição. Ocorre mais frequentemente
em pacientes submetidas à analgesia.

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142
Q

Onde marcar a linha de alerta

A

A linha de alerta deve ser traçada
na coluna imediatamente à
direita da marcação referente
ao início do partograma, usando
como base a extremidade direita do triângulo
que representa a dilatação cervical

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143
Q

Descreva a definição de parto pré termo, PIG, baixo peso, muito baixo peso e extremo baixo peso

A

Parto pré termo: RN cujo parto ocorreu entre 20-22 semanas e antes de 37 semanas completas.

PIG: RN abaixo do 10º percentil para a IG.

Baixo peso: RN com peso inferior a 2.500 g.

Muito baixo peso: RN com peso inferior a 1.500 g.

Extremo baixo peso: RN com peso inferior a 1.000 g.

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144
Q

Fator de risco mais significativo para parto pré termo

A

Histórico de parto pré termo

Mulheres que tiveram um parto pré-termo anterior
(< 35 semanas) têm risco de recorrência
de 16%; 41% com dois partos pré-termo; e 67%
quando tiveram três partos pré-termo anterior.

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145
Q

Segundo a American College of Obstetricians
and Gynecologists (2002), define-se trabalho
de parto prematuro pela presença de:

A

• Quatro contrações em 20 minutos, ou oito
em 60 minutos associadas à alteração do
colo do útero E
• Dilatação cervical maior que 2 cm OU
• Apagamento cervical maior ou igual
a 80%

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146
Q

Qual a grande utilidade da medição por USG TV da distância entre o orifício interno e o externo do útero?

A

um valor maior que
30 mm exclui o trabalho de parto pré-termo
em mulheres apresentando contrações
e define um falso trabalho de parto.

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147
Q

Qual é a principal causa de morte do RN pré-termo.

A

Síndrome da angústia respiratória

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148
Q

Tratar ou não tratar vaginose bacteriana em grávida para prevenir parto prematuro?

A

Rezende (2013) indica o tratamento de mulheres
com vaginose bacteriana com antecedente de
parto pré-termo ou abortamento tardio, mesmo
que assintomáticas, de preferência antes de 16
semanas de gravidez. Desta forma, recomenda
o rastreamento precoce no pré-natal em pacientes
de risco. Recomenda a clindamicina como
melhor opção terapêutica nestes casos. Revisão
Cochrane não sugere evidência de benefício
com esta estratégia.

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149
Q

Indicações de circlagem (cerclagem)

A

Nos casos de Incompetência Istimocervical, está indicada a circlagem eletiva
(sutura do orifício interno do colo uterino) que deve ser realizada preferencialmente entre 12 e 16 semanas, quando indicada pela história clínica da paciente. Pode ser realizada excepcionalmente fora deste período (entre 16 e 24 semanas) quando detectadas alterações
cervicais ou ultrassonográficas (circlagem de
emergência). Deve ser evitada em períodos precoces
da gestação, devido ao maior risco de abortamento
no primeiro trimestre, e em períodos
posteriores devido ao maior risco de rotura
iatrogênica de membranas ovulares.

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150
Q

Descreva a técnica da cerclagem

A

A técnica de McDonald (também citada como
MacDonald por alguns autores) consiste na sutura
em bolsa, no colo uterino, imediatamente
abaixo da reflexão anterior da bexiga, utilizandose
fios inabsorvíveis espessos (polipropileno
número 1 ou 2, por exemplo).

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151
Q

Cite uma forma de diminuir a chance de parto prematura com medicamento

A

Suplementação com progestágenos: a
suplementação hormonal com progesterona,
na forma de supositórios vaginais diários ou
injeções intramusculares semanais, a partir
do segundo trimestre até 34 semanas de gravidez (ainda não há evidência definitiva)

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152
Q

Cite medidas ineficazes na prevenção de parto prematuro

A
  • Repouso domiciliar ou hospitalar
  • Abstinência sexual
  • Tocólise profilática
  • Tocólise de manutenção
  • Antibioticoprofilaxia em mulheres
    assintomáticas
  • Uso de escores de risco para
    prematuridade
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153
Q

Cite Medidas potencialmente efetivas na diminuição do parto prematuro

A
  • Suplementação com progestágenos
  • Interrupção do tabagismo
  • Interrupção do uso de drogas e
    álcool
  • Circlagem
  • Redução da atividade física
  • Tratamento das infecções genitais
    sintomáticas
  • Tratamento da bacteriúria assintomática
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154
Q

Período em que é válido inibir o trabalho de parto

A

entre 24 e 34 semanas

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155
Q

Drogas utilizadas para tocólise

A

1- Betamiméticos
2- Inibidores da síntese de prostaglandinas
3- Bloqueadores do canal de cálcio
4- Sulfato de Mg
5- Antagonistas da ocitocina

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156
Q

Fale sobre os betamiméticos

A

São substâncias semelhantes às catecolaminas
que atuam na musculatura involuntária lisa.
Atuam em receptores uterinos, causando relaxamento
muscular. Promovem a elevação do
AMP-c, com consequente diminuição do cálcio
livre intracelular.São eficazes em prolongar a
gestação por 48 horas.
Ex.: salbutamol, a ritodrina (única aprovada pelo
FDA), a terbutalina, o fenoterol e a isoxsuprina

Contraindicações ao uso de betamiméticos:
- cardiopatia
- glaucoma de ângulo agudo
- anemia falciforme
- história de edema agudo de pulmão

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157
Q

Fale sobre os inibidores da síntese de prostaglandinas

A

Este grupo de medicamentos atua inibindo a
cicloxigenase e bloqueando a conversão do
ácido aracdônico livre em prostaglandina. Uma
vez que as prostaglandinas E e F têm papel
relevante na gênese das contrações uterinas,
através do aumento da formação de gap junctions
miometriais e aumento do cálcio intracelular
disponível, espera-se que sua inibição
produza uma diminuição das contrações.
Indometacina é o fármaco mais frequentemente utilizado.
A indometacina não deve ser
utilizada em gestantes com idade gestacional
maior que 32 semanas, ou por períodos maiores
que 48-72 horas, sob o risco de fechamento
precoce do ducto arterioso e consequente
hipertensão pulmonar fetal. Pode causar também oligodramnia

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158
Q

Fales sobre os BCC

A

Dentro deste grupo de medicamentos, a nifedipina
é seu principal representante. Os bloqueadores
de canal de cálcio apresentam rápido
início de ação e posologia facilitada. Alguns
autores recomendam este grupo de drogas
como primeira escolha no tratamento do trabalho
de parto prematuro.
O uso concomitante com sulfato
de magnésio é potencialmente perigoso,
devido ao risco de bloqueio neuromuscular
e hipotensão grave, e por isso deve ser avaliado
com cautela.

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159
Q

Fale sobre Sulfato de Mg

A

Age através de competição com os íons cálcio
pela entrada nas células musculares.
Uma revisão da Cochrane não evidenciou benefícios
do uso de sulfato de magnésio na prevenção
do parto prematuro, mesmo quando
comparado ao placebo.
- reflexo patelar (desaparece quando níveis de
magnésio entre 9.6 a 12 mg/dl);
- frequência respiratória (depressão e parada
respiratória com níveis entre 12 e 18 mg/dl);
- débito urinário (normal se maior que 25 ml/h).
A parada cardíaca ocorre quando os
níveis de magnésio situam-se acima
de 24 mg/dl.

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160
Q

Fale sobre antagonistas da ocitocina

A

O atosiban é um antagonista seletivo do receptor
de ocitocina. Em tese, o atosiban é mais
efetivo em idades gestacionais mais avançadas,
visto o maior número de receptores uterinos de
ocitocina e maior responsividade uterina à ocitocina
com o avançar da idade gestacional.

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161
Q

Qual o tocolítico de primeira escolha?

A

Segundo alguns autores, a indometacina seria
o tocolítico de escolha em idade gestacional
menor que 32 semanas, especialmente naquelas
pacientes candidatas a uso de sulfato de
magnésio para neuroproteção fetal (ver adiante),
devido aos riscos da associação dos bloqueadores
de canal de cálcio com sulfato de
magnésio. Outros autores não priorizam a
indometacina, raramente a recomendando
(Obstetrícia, Unifesp, 2011).

Em gestantes entre 32 e 34 semanas, recomenda-
se a nifedipina como agente de primeira
escolha, seguido dos betamiméticos.

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162
Q

Qual os benefícios da corticoterapia no manejo de parto prematuro

A

a corticoterapia materna
antenatal promove redução significativa da
mortalidade neonatal e da incidência da doença
de membrana hialina, hemorragia intraventricular
e enterocolite necrosante. Sua ação parece
ser mais efetiva após 48 horas do início
da administração das medicações, embora existam
evidências de benefícios horas após seu
início.
A administração antenatal de glicocorticoides
acelera o desenvolvimento dos pneumócitos.
Também regula as enzimas dos pneumócitos
II que estimulam a síntese de fosfolipídeos e
consequente liberação de surfactante.
As medicações recomendadas são a betametasona
e dexametasona. Outros corticoides não
devem ser utilizados, pois não atravessam eficazmente
a barreira placentária (são metabolizados
pela 11-beta-hidroxiesteroide desidrogenase
tipo II placentária); ou por apresentarem
excessivo efeito mineralocorticoide

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163
Q

Quando fazer uso de corticoterapia na gestante

A

A corticoterapia deve ser utilizada entre 24 e
34 semanas em toda gestante com risco de
parto prematuro, independente da presença de
rotura prematura de membranas ovulares. Seus
maiores benefícios se relacionam com gestantes
entre 28 e 34 semanas

estudos recentes mostraram benefício
na redução da morbidade respiratória quando a corticoterapia foi administrada
entre 34 e 36 semanas e 6 dias para fetos com risco de parto prematuro, levando o American
College of Obstetricians and Gynecologists recomendar o uso neste período a partir de 2016.
Outra recente modificação importante do American College of Obstetricians and Gynecologists é a
autorização do uso da corticoterapia a partir de 23 semanas caso haja risco de parto em sete dias

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164
Q

Contraindicações à corticoprofilaxia na gestação

A

O livro Rotinas em Obstetrícia (7ª edição,
2017) considera como contraindicações ao uso
de corticoterapia profilática a presença de infecção
ovular, infecções maternas e úlcera
péptica sangrante.

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165
Q

Qual a importância do sulfato de Mg no contexto da prematuridade? Quando indicar?

A

Possível Neuroproteção.
Indica-se sulfato de magnésio em todas as gestantes
com idade gestacional entre 24 e 32
semanas em trabalho de parto ativo (> 4 cm de
dilatação, com ou sem RPMO) ou em parto
pré-termo eletivo indicado por razões maternas
ou fetais, na dose de 4-6 g em bolus durante 20
minutos, seguido de 1-2 g/hora de manutenção,
por no máximo 24 horas antes do parto, sendo
suspenso logo após o mesmo

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166
Q

No parto prematuro, quais fetos parecem se beneficiar com uma cesariana?

A

com peso entre 750 e 2000g em apresentação pélvica

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167
Q

Descreva o screening de streptococcus do grupo B na gestante

A

recomenda-se que TODAS as gestantes
com idade gestacional de 35-37 semanas
sejam rastreadas através da coleta de swab vaginal
(introito vaginal) e retal

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168
Q

Cite os fatores de risco para infecção por SGB na gestante

A
  • Trabalho de parto com menos de 37 semanas.
  • Temperatura intraparto maior ou igual a 38 °C.
  • Amniorrexe há mais de 18 horas.
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169
Q

Quais gestantes estão dispensadas de realizar o swab para pesquisa de SGB?

A

Gestantes com bacteriúria por GBS em qualquer
fase da gravidez (mesmo após tratamento
adequado ou com número de unidades formadoras
de colônia menor que 100.000), assim como
gestantes com filhos acometidos por infecção
por GBS em gestação prévia devem ser submetidas
à profilaxia intraparto e estão dispensadas
da coleta de swab retovaginal

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170
Q

Quais gestantes devem receber profilaxia para SGB no parto?

A
  • Gestantes com cultura vaginal ou retal positiva
    entre 35 e 37 semanas.
  • Gestantes com fatores de risco no momento do
    parto que não realizaram cultura retovaginal.
  • Gestantes com fatores de risco com cultura retovaginal negativa há mais de cinco semanas.
  • Gestantes com crescimento de GBS em urinocultura
    em qualquer fase da gravidez (mesmo após tratamento adequado).
  • Gestantes com filho anterior acometido por sepse
    por GBS.
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171
Q

Quais gestantes não devem receber profilaxia para SGB no parto?

A
  • Gestantes submetidas à cesariana eletiva, ou
    seja, na ausência de trabalho de parto ou RPMO
    (mesmo com cultura ou urinocultura positiva).
  • Gestantes com cultura (swab) negativa com
    intervalo inferior a cinco semanas (mesmo na
    presença de fatores de risco).
  • Gestação anterior com urinocultura positiva (exceto
    se positiva na gestação atual).
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172
Q

ATB de escolha para profilaxia de infecção pelo SGB no parto

A

galeria

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173
Q

A gestação pós termo é fator de risco pra quais condições (além do aumento da mortalidade)?

A

aspiração meconial
insuficiência placentária
sofrimento fetal
oligodramnia
compressão umbilical
macrossomia

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174
Q

Qual a conduta em pacientes com mais de 41 semanas de gestação?

A

Recomenda-se a avaliação do bem-estar fetal a partir de 41 semanas, principalmente através
da avaliação do líquido amniótico e da cardiotocografia.
Na presença de oligodramnia ou sinais
de sofrimento fetal, está indicada a interrupção da gestação, normalmente com indução do
parto caso não haja contraindicação obstétrica

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175
Q

Definição de RPMO

A

definida como rotura
espontânea das membranas amnióticas
antes do início do trabalho de parto

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176
Q

Classifique a RPMO quanto ao momento de acontecimento

A
  • Pré-termo (RPPMO) quando ocorre antes de 37 semanas de gestação;
  • Precoce quando se dá no início do trabalho de parto;
  • Oportuna quando ocorre ao final do período de dilatação;
  • Tardia quando ocorre concomitante à expulsão fetal,
    que ao nascer envolto pelas membranas é designado
    como “empelicado”.
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177
Q

A RPMO é causa de que porcentagem de partos prematuros?

A

30-40%

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178
Q

Fatores de risco para RPMO

A
  • exames invasivos: amniocentese e cordocentese
    (risco de 1 a 2%)
  • incompetência istmocervical
  • inserção baixa de placenta
  • macrossomia
  • polidramnia
  • trabalho de parto prematuro
  • infecções genitais (strepto B, gonococo)
  • tabagismo
  • sangramento genital
  • vaginose bacteriana
  • gestação múltipla
  • deficiências nutricionais
  • doenças maternas (deficiência de alfa-
    -1-antitripsina, síndrome de Ehlers-
    -Danlos, doença falciforme)
  • atividade sexual
  • traumatismo
  • passado de parto prematuro
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179
Q

manobra de Tarnier

A

elevar a apresentação fetal pela palpação
abdominal e realizar compressão uterina

Útil quando não é possível confirmar a amniorrexe é através da observação de líquido saindo pelo colo ou acumulado em fundo de saco

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180
Q

Ponstos positivos e negativos do toque vaginal no contexto da RPMO

A

O toque vaginal pode auxiliar no diagnóstico
de RPMO, especialmente nas pacientes com
algum grau de dilatação do colo. Entretanto,
na ausência de trabalho de parto franco, o
toque vaginal deve ser evitado, pois aumenta
consideravelmente o risco de infecção, e
outros métodos menos prejudiciais podem
ser utilizados com este objetivo.

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181
Q

Descreva o Teste do Papel de Nitrazina

A

A fita é introduzida no fundo-de-saco
posterior e, quando azul, significa pH maior 6 - 6,5, sendo, portanto, confirmatório de
RPMO.

O pH vaginal pode ser alterado pela
presença de sangramento vaginal, sabão, sêmen,
cervicite, vaginose e urina alcalina, comprometendo
o resultado do exame

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182
Q

Qual o uso da Alfafetoproteína para o diagnóstico de RPMO?

A

a AFP é enzima produzida
pelo rim fetal que está presente em altas concentrações no líquido amniótico, mas não na
vagina de mulheres grávidas em condições
normais. Sua identificação na secreção vaginal
é indicativa de perda líquida.

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183
Q

Exame teoricamente com sensibilidade de
99%; especificidade de 100%; VPP (Valor Preditivo
Positivo) de 100% e VPN (Valor Preditivo Negativo) de 99% para RMPO

A

AmniSure: trata-se de um teste rápido que detecta
a proteína alfa microglobulina placentária
no fluido vaginal (PAMG-1). A PAMG-1 apresenta
nível reduzido no sangue e nível basal
extremamente reduzido (50-220 picogramas/ml)
nas secreções cervicovaginais quando as membranas
fetais estão intactas. Já suas concentrações
no líquido amniótico estão compreendidas
num intervalo entre 2000-25.000 ng/ml e o
teste é capaz de detectar a PAMG-1 a partir de
5-7 ng/ml. Desta forma, sua presença na secreção
vaginal em altas concentrações é indicativa
de rotura das membranas.

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184
Q

Complicações da RPMO

A

Infecção

Prematuridade

Acidentes de parto
(maior frequência de apresentações distócicas como as pélvicas e córmicas)

Compressão de cordão

Sofrimento fetal

Malformações
(Sequência de Potter ou de oligodramnia: desenvolvimento de fácies
anômala, hipoplasia pulmonar, achatamento
da ponte nasal, dobra anormal da orelha, posição
anormal de mãos e pés e atitude de flexão
por contratura de cotovelos e joelhos)

retenção placentária
(em gestações muito
prematuras, está aumentado o risco de retenção
placentária necessitando de extração manual e
curetagem)

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185
Q

Conduta em caso de RPMO na presença de infecção

A

Na presença de infecção materna ou fetal, é
obrigatória a interrupção da gravidez, independente
da idade gestacional. Deve-se preferir
a via vaginal, visto os maiores riscos de
infecção intra-abdominal com a cesariana

Institui-se imediatamente a antibioticoterapia
empírica, pela associação de ampicilina (2 g
IV 6/6 horas) e gentamicina (5 mg/kg por dia
ou 1,5 mg/kg 8/8 horas), que deverá ser mantida
até 48 horas após o último episódio febril

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186
Q

Quadro clínico clássico de corioamnionite

A

presença de febre materna
(≥ 37,8ºC) e pelo menos dois dos seguintes
critérios (Ministério da Saúde 2012):

  • Leucocitose materna (leucometria > 15.000
    cels/mm3).
  • Taquicardia materna (> 100 bpm).
  • Taquicardia fetal (> 160 bpm).
  • Sensibilidade uterina.
  • Líquido amniótico com odor fétido.
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187
Q

Conduta em caso de RPMO sem infecção

A

a conduta se baseia na idade gestacional

IG maior ou igual a 34 semanas: A
escolha da via de parto deve seguir critérios
obstétricos. Não está indicado o uso de tocolíticos
neste período ou de corticoides.

IG entre 24 e 34 semanas: se não há sinais
de infecção, sofrimento fetal ou metrossístoles,
deve-se adotar conduta conservadora, visando
o amadurecimento pulmonar fetal, visto que,
nesta faixa etária, a maior responsável
pela morbimortalidade fetal é a síndrome
de angústia respiratória
- A paciente deve ser mantida hospitalizada, em
repouso, com hidratação abundante
- Corticoterapia
- Tocólise: a maioria dos autores não recomenda
a tocólise em caso de RPPMO.
- Uso de antibióticos: em pacientes em que se
opta pela conduta conservadora (< 34 semanas),
o uso de antibióticos mostrou diminuição
da morbidade neonatal, do risco de infecção
materna e aumento do período de latência (tempo
decorrido entre a RPMO e o parto), embora
a mortalidade fetal não tenha sido alterada Estas
evidências suportam seu uso rotineiro nos
casos de RPPMO.
A associação amoxicilina/clavulanato deve
ser evitada, por estar associada a maior risco
de enterocoline necrosante

IG menor que 24 semanas: os autores que recomendam a conduta conservadora
sugerem que a paciente deve ser acompanhada
em ambiente domiciliar com repouso
absoluto e controle da temperatura corporal até
24 semanas, quando passariam ao protocolo
apresentado anteriormente para os casos com
mais de 24 semanas, não se devendo administrar
tocolíticos, antibióticos ou corticoesteroides
antes deste período.

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188
Q

ATB na RPMO em gestantes com menos de 34 semanas

A

Esquema:Ampicilina 2 g IV a cada 6 horas por 48 horas
(cobertura de Streoptococcus do Grupo B, muitos
bacilos anaeróbios gram-negativos e alguns
anaeróbios);
+
Azitromicina 1 g VO dose única (cobertura de
micoplasma e Chlamydia trachomatis); seguido de amoxacilina 500 mg 8/8 horas por
mais 5 dias (cobertura de bacilos gram-positivos
e gram-negativos, principalmente
E. coli).

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189
Q

Atividade uterina

A

A atividade uterina é o produto da intensidade
da contração pela frequência, expresso em
mmHg/10 minutos (Unidades Montevidéu – UM).

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190
Q

tríplice gradiente descendente

A

Característica mais importante das contrações durante o trabalho de
parto: as contrações começam e são mais duradouras no fundo uterino,
são mais intensas no fundo e se propagam do fundo para o colo uterino:
propagação, intensidade e duração do fundo para o colo.

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191
Q

contrações uterinas incoordenadas, frequentes, focais, de baixa intensidade e que não possuem o tríplice gradiente
descendente

A

contrações de Braxton-Hicks

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192
Q

Descreva o Bloqueio Progesterônico Subplacentário

A

A placenta produz progesterona, que
diminui a sensibilidade da fibra uterina e a
propagação do estímulo contrátil,
mais expressivo na área subjacente à
implantação placentária.

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193
Q

O principal fator no determinismo do parto

A

relação entre o estrogênio e a progesterona
em nível celular do miométrio. O acréscimo do
estrogênio induz aumento dos seus receptores no
miométrio, promovendo, consequentemente, aumento
dos receptores de ocitocina e da síntese de
prostaglandinas. As prostaglandinas (principalmente
a PGE2 e a PGF2-alfa) exercem efeito
importante na contratilidade uterina, assim como
a ocitocina e, atualmente, o CRH placentário
(hormônio liberador de corticotropina) vem sendo sendo citado como importante fator no desencadeamento
do trabalho de parto, através de estímulo
para a liberação de prostaglandinas por diversos
mecanismos. A queda dos níveis de progesterona
contribui para desfazer o “bloqueio” da musculatura
uterina induzida por esse hormônio, potente
relaxador da musculatura lisa.

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194
Q

Indicações de indução de parto

A

• Gravidez prolongada;
• Amniorrexe prematura com sinais de infecção
ovular;
• Malformação fetal incompatível com a vida
extrauterina;
• Morte fetal;
• Gestação com 41 semanas ou mais (aumento
da morbimortalidade perinatal nas gestações
com 42 semanas ou mais).

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195
Q

Índice de Bishop

A

sistema utilizado para
avaliar a maturação do colo uterino. Tal sistema avalia a altura da posição fetal, a dilatação cervical, o apagamento, a posição e a consistência do colo. Considera-se como colo
maduro e favorável à indução com ocitócitos
quando o índice de Bishop for maior ou igual
a 9, intermediário entre 5 e 8 e desfavorável
quando menor que 5

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196
Q

método de escolha para o preparo cervical, através da via vaginal.

A

Misoprostol, uma prostaglandina sintética
E1

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197
Q

Por que a administração de ocitocina
só pode ser iniciada após quatro a seis horas do
uso do misoprostol?

A

Risco de hiperestimulação uterina

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198
Q

Os métodos atualmente utilizados para a indução
do parto são

A
  • Descolamento digital das membranas amnióticas:
    promove liberação de prostaglandinas;
  • Infusão de ocitocina: método mais difundido,
    capaz de iniciar ou aumentar as contrações
    rítmicas, podendo produzir efeitos adversos
    como taquissistolia, hipertonia uterina e sofrimento
    fetal agudo;
  • Utilização de prostaglandinas (por via vaginal/
    cervical);
  • Amniotomia: provoca um aumento na produção
    local de prostaglandina, e seus principais efeitos
    adversos são o aumento dos riscos de infecção
    amniótica e de prolapso de cordão umbilical.
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199
Q

Qual a diferença entre taqui e hipersistolia? Valores que as definem, consequências possíveis, manejo.

A

Taquissistolia: frequência elevada
Hipersistolia: intensidade elevada

• Hipersistolia: intensidade superior a 50 mmHg.
• Taquissistolia: frequência superior a cinco
contrações em dez minutos.

O excesso das contrações
uterinas pode levar ao sofrimento fetal agudo ou
à rotura uterina (mais comum em partos obstruídos).
O decúbito lateral reduz a frequência das
contrações e é adequado para o tratamento das
taquissistolias. Os medicamentos uterolíticos
podem ser usados na hipersistolia.

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200
Q

Incoordenação uterina do 1º grau

A

Existência de dois marca-passos agindo descoordenadamente. Uma
contração forte seguida de uma fraca

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201
Q

Incoordenação uterina do 2º grau

A

Fibrilação uterina. Vários marca-passos ectópicos agindo de forma descoordenada. Não ocorrem contrações eficientes e há hipertonia

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202
Q

Valores que definem hipo e bradissistolia

A

• Hipossistolia: intensidade inferior a 25 mmHg.
• Bradissistolia: frequência inferior a duas
contrações em dez minutos.

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203
Q

Caracterize os graus de hipertonia uterina e descreva consequências possíveis ao feto

A

• Leve: entre 12 e 20 mmHg;
• Moderada: entre 20 e 30 mmHg;
• Grave: tônus superior a 30 mmHg.

As hipertonias podem
causar hipoxia fetal por diminuição do fluxo
sanguíneo placentário

Existem quatro tipos de hipertonia uterina, de acordo
com a causa básica:
(1) Hipertonia por taquissistolia: o aumento
da frequência das contrações acima de 5
em 10 minutos causa elevação do tono
porque o útero não tem tempo para completar
seu relaxamento;
(2) Hipertonia por incoordenação: como as
diferentes partes do útero se relaxam em momentos
diferentes, a pressão não desce ao
nível normal. A incoordenação geralmente
produz hipertonias fracas;
(3) Hipertonia por sobredistensão: quando o
aumento do conteúdo uterino não é acompanhado
de crescimento do miométrio ocorre
sobredistensão uterina, com estiramento das
fibras e aumento do tono. Um exemplo típico
é o polidrâmnio;
(4) Hipertonia “autêntica” ou “essencial”: a que
não pode ser explicada por nenhum dos mecanismos
conhecidos. Geralmente está associada
ao descolamento prematuro da placenta,
ao uso excessivo de ocitocina e à incoordenação
uterina.

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204
Q

TTO das hipertonias e hiperatividades

A

• Descontinuar o uso de uterotônicos.
• Decúbito lateral esquerdo (melhora a perfusão
uterina pela descompressão da veia
cava inferior).
• Prescrição de meperidina (analgesia reduz a
produção de catecolaminas).
• Uso de tocolíticos (nos casos de hipertonia
por taquissistolia).

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205
Q

Cite fatores associados à gênese das incoordenações uterinas

A

A gênese das incoordenações uterinas parece
estar ligada à liberação aumentada de adrenalina
e noradrenalina, liberação essa que
ocorre quando existe um ciclo vicioso de tensão,
medo e dor, presente em algumas pacientes
em trabalho de parto.

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206
Q

Manejo das incoordenações uterinas

A

(1) Decúbito lateral esquerdo;
(2) Infusão de ocitocina em doses fisiológicas
(1 a 8 mU/min);
(3) Amniotomia;
(4) Analgesia e sedação (meperidina ou peridural).

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207
Q

Pelo toque vaginal, podemos concluir que a
apresentação insinuou-se quando:

A

• O ponto de maior declive da apresentação
atinge o plano das espinhas ciáticas (plano
0 de De Lee);
• A distância da apresentação do assoalho
perineal é de no máximo dois dedos transversos
(sinal de Farabeuf);
• Não se consegue palpar as porções superiores
da face posterior do pube (sinal de
Magalhães).

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208
Q

Descreva em três tempos o mecanismo do parto

A

Insinuação (flexão - se posição cefálica)

Descida (rotação interna e penetração das espáduas no estreito superior)

Desprendimento (deflexão)

  • Alguns autores consideram um quarto tempo, a restituição ou rotação externa da cabeça
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209
Q

Qual o posicionamento dos ombros ao cruzar os estreitos menores da pelve

A

O ombro anterior vai se colocar sob a arcada
púbica e o posterior voltado para o assoalho
pélvico, impelindo para trás o coccige materno

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210
Q

manobra de versão externa

A

o médico tenta transformar, através de manobras
no abdome da gestante, um feto pélvico
em cefálico. Pode ser realizada entre 32 e 34
semanas de gestação nas primíparas e entre 34
e 36 semanas de gestação nas multíparas (Obstetrícia
Básica). Este procedimento preconiza
sempre o uso de tocolíticos. A maior crítica a
este procedimento é o alto grau de retorno à
apresentação original, com uma taxa de sucesso
de menos de 50% dos casos. Além disso, existem
riscos envolvidos, como descolamento placentário,
rotura uterina, isoimunização, hemorragia
feto-materna, parto prematuro, sofrimento e
morte fetal

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211
Q

manobra de Bracht

A

Manobra para liberação dos ombros e da cabeça derradeira na apresentação pélvica
Ela consiste na elevação do dorso fetal
ao encontro do abdome materno, e na espera
do desprendimento espontâneo dos braços ou
na retirada suave dos mesmos com auxílio digital,
com a ajuda de pressão suprapúbica realizada
por assistente. Na ocasião do desprendimento
da cabeça, o auxiliar mantém a pressão
suprapúbica enquanto o operador acentua a
lordose fetal. A paciente deve ser orientada a
fazer força durante toda a manobra de Bracht,
pois a metade do tronco deve ser expelida, de
preferência, durante uma única contração uterina

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212
Q

Lövset

A

Manobra para desprendimento de ombros na apresentação pélvica
Rotação, tração e translação de seu
eixo escapular por até 180º. Permite a transformação
da espádua posterior em anterior.
Após o desprendimento anterior, realiza-se
movimento contrário para liberação da outra
espádua

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213
Q

Rojas

A

Manobra para desprendimento de ombros na apresentação pélvica
Idêntica à de L¨pvset, exceto
pela rotação de mais de 180º

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214
Q

Deventer-Müller

A

Manobra para desprendimento de ombros na apresentação pélvica
Quando os braços fetais não são acessíveis, deve-se colocar o diâmetro biacromial em relação ao diâmetro
anteroposterior e realizar movimentos pendulares
de elevação e tração do tronco fetal. Esta
manobra visa à descida das espáduas, até que
sejam acessíveis e possam ser exteriorizadas

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215
Q

Manobra de pajot

A

Liberação dos braços fetais através
da introdução da mão do obstetra na vagina,
com o abaixamento do braço fetal, indicada
para os casos de braços rendidos (elevados
ou nucais)

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216
Q

Manobra de Liverpool

A

Para liberação da cabeça derradeira
Consiste em deixar o corpo do feto pendendo, sem
sustentação por uns 20 segundos para promover
a descida do polo cefálico, após a qual
o feto é levantado de tal forma que sua cabeça
gire em torno da sínfise materna. Deve
ser associada à manobra de McRoberts

A manobra de McRoberts consiste
na hiperflexão das coxas da
parturiente sobre o seu ventre. Dessa forma,
a coluna lombar materna é alinhada, o que
reduz a lordose lombar e lombossacra e remove
o promontório como ponto de obstrução
da entrada da pequena bacia

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217
Q

Na falha das manobras anteriores, qual fórcipe utilizar para manejar a cabeça derradeira?Como realizar a tração?

A

fórcipe de Piper
A tração é exercida para baixo até
que a região suboccipital do feto se situe sob
a sínfise materna, elevando-se gradualmente
os cabos do instrumento para o desprendimento
da cabeça;

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218
Q

Indicações maternas de cesariana

A

 Cesarianas prévias
 Deformidades pélvicas
(congênitas ou fraturas)
 Tumores obstrutivos
 Cerclagens abdominais
 Cirurgias vaginais reconstrutoras
 Indicações de urgência
em complicações clínicas
maternas
Fetais
 Anomalias de apresentação (situação
transversa, apresentação pélvica
e defletidas de fronte ou de face
com variação de posição mento
posterior)
 Prolapso de cordão umbilical
 Sorologia positiva para HIV (dependendo
da carga viral)

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219
Q

Indicações fetais de cesariana

A

 Anomalias de apresentação (situação transversa, apresentação pélvica e defletidas de fronte ou de face
com variação de posição mento posterior)
 Prolapso de cordão umbilical
 Sorologia positiva para HIV (dependendo
da carga viral)
 Infecção aguda pelo vírus herpes
simples no 3º trimestre
 Anomalias congênitas compatíveis
com vida extrauterina
 Padrão não tranquilizador do BCF

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220
Q

Indicações materno-fetais de cesariana

A

 Desproporção cefalopélvica
 Descolamento prematuro
de placenta
 Placenta prévia central
 Perimortem
 Prenhez gemelar com primeira apresentação não cefálica

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221
Q

Indicações absolutas de cesariana

A

 Desproporção cefalopélvica
 Cicatriz uterina corporal prévia
 Placenta prévia total
 Descolamento prematuro de placenta
com feto viável
 Situação transversa
 Herpes genital ativo
 Condilomatose vulvar extensa com obstrução
do canal de parto
 Procidência de cordão ou de membro
fetal (para feto vivo fora do período
expulsivo)
 Morte materna com feto vivo

222
Q

Parto Normal Pós-Cesariana é possível?

A

a história de uma cesariana prévia não
constitui indicação para repetição do procedimento.
A presença de condições favoráveis
nos autoriza a acompanhar o trabalho de parto
e, consequentemente, a permitir o parto vaginal.
Representam algumas dessas condições:
 O início espontâneo do trabalho de parto;
 Apresentação cefálica;
 Peso estimado inferior a 3.800 g;
 Bacia normal;
 Evolução eutócica.

223
Q

Em qual porção do útero uma cicatriz confere maior risco de rotura uterina durante um parto normal?

A

na parte contrátil do útero, na porção médio superior do fundo uterino (como é comum em abortamentos realizados por microcesárea – corporal transversal),

Quando se estende do
segmento inferior superiormente (no caso
de uma incisão vertical – incisão clássica
corporal longitudinal),

Nesses casos, o parto vaginal
posterior deve ser contraindicado, pois a
probabilidade de rotura uterina eleva-se
para aproximadamente 12%.

224
Q

Causas mais comuns de indicação de cesariana

A

• Falha de progressão durante o trabalho de
parto (30%);
• Histerotomia prévia – usualmente relacionada
à cesariana prévia, mas também associada
à miomectomia (30%);
• Apresentação anômala fetal (11%);
• Sofrimento fetal (10%).

225
Q

Profilaxia com ATB na cesariana

A

30-60 min antes da incisão da pele

O antibiótico profilático de escolha deve ser uma
cefalosporina de 1ª geração, normalmente cefazolina
1-2 g, administrada em dose única. Em
casos de alergia a penicilina, uma alternativa
seria o uso de clindamicina 600 a 900 mg intravenoso.

226
Q

Contraindicações da anestesia de bloqueio na cesariana

A

 Hipovolemia (descolamento prematuro de placenta e placenta prévia).
 Infecção no local da punção.
 Discrasia sanguínea (síndrome HELLP, coagulação intravascular disseminada, trombocitopenia).
 Hipertensão intracraniana.

227
Q

Causa mais comum de morte por anestesia em obstetrícia

A

A pneumonite por inalação de conteúdo gástrico
(síndrome de Mendelson)

228
Q

Vantagens da incisão mediana e da incisão transversa na cesariana

A

Mediana
 Menor risco de sangramento (indicada nos casos de
coagulopatias ou de infecções).
 Menor chance de infecções graves de parede abdominal.
 Melhor campo operatório.
 Retirada mais rápida do feto.

Transversa
 Menor risco de herniação.
 Melhor resultado estético

229
Q

Até que profundidade se estende a laparotomia à Pfannenstiel? Qual a direção do corte?

A

A laparotomia à Pfannenstiel se
estende da incisão da pele até
o peritônio parietal.

incisão é transversa ligeiramente curvilínea
de cavo superior, realizada 3 cm acima da sínfise
púbica, estende-se além das bordas dos
músculos reto do abdome

230
Q

Uso da episiotomia reduz as taxas de trauma perineal
anterior e posterior, assim como protege o assoalho
pélvico.
V ou F

A

F
A episiotomia protege o períneo anterior, mas há
maior índice de lesão de períneo posterior, suturas e complicações

231
Q

Conduta ativa no secundamento deve ser realizada
rotineiramente, visando diminuir o risco de hemorragia
pós-parto por atonia uterina
V ou F

A

V

232
Q

Em que período da gestação até 15% das apresentações podem ser pélvicas?

A

Entre 29 e 32 semanas

233
Q

São as causas mais comuns de abortamento,
respondendo por cerca de 50 a 80% dos abortamentos
espontâneos clínicos ou subclínicos

A

Anormalidades cromossômicas

234
Q

Anormalidades cromossômicas mais comumente associadas ao aborto

A

Aneuploidias
As trissomias são as aneuploidias mais encontradas
em casos de abortamento (cerca de 50%)
e as mais frequentes são as do cromossomo 16,
seguida pelas trissomias do 22, 21, 15, 13, 2 e
14. Após as trissomias, a segunda causa de
alteração cromossômica mais relacionada ao
abortamento é a monossomia do cromossomo
X

235
Q

Principais anormalidades anatômicas citadas
como causadoras do abortamento

A

a) Incompetência istmocervical: causa de abortamento
tardio

b) Miomas: especialmente os do tipo submucoso

c) Malformações uterinas: útero unicorno,
bicorno, didelfo ou septado.

d) Sinéquias uterinas: síndrome de Asherman.

e) Distopias uterinas.

236
Q

abortamentos espontâneos de repetição, tromboses venosas (2/3 dos casos) e arteriais (1/3 dos
casos) e uma variedade de manifestações neuropsiquiátricas. A trombose venosa profunda
consiste na manifestação trombótica mais comum
da doença.

A

Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAF)

237
Q

TTO da SAF

A

Decoberta do diagnóstico apenas por eventos na grvidez, sem trombos: AAS + heparina em doses profiláticas

Trombose :AAS + heparina em doses terapêuticas

238
Q

Abortamento precoce vs tardio

A

• Abortamento precoce – interrupção da gestação
até a 12ª semana gestacional;

• Abortamento tardio – quando ocorre após
a 12ª semana gestacional.

239
Q

Diferencie o quadro clínico de Ameaça de Abortamento, Abortamento Inevitável, Abortamento Completo, Abortamento Incompleto, Abortamento Infectado, Abortamento Retido

A

galeria

240
Q

Conduta na ameaça de abortamento

A

Deve-se indicar repouso relativo (apesar
de não haver comprovações do
benefício do repouso no leito), abstinência
sexual, prescrever antiespasmódicos, se
necessário, e dar apoio psicológico. A administração
de progesterona exógena é controversa.
Atualmente, está indicada apenas para os casos
de abortamento habitual por insuficiência do
corpo lúteo

241
Q

Conduta no abortamento inevitável

A

Em 70% dos casos que ocorrem até 8
semanas, a resolução é espontânea no
prazo máximo de 72 horas. A paciente
deve ser internada, submetida à hidratação
venosa para correção dos distúrbios da volemia
e, nos casos que não se resolveram espontaneamente,
deve-se instituir o esvaziamento uterino.
Caso haja manipulação da cavidade uterina
(abortamento provocado), administra-se antibioticoterapia
profilática.

242
Q

Conduta no abortamento incompleto

A

esvaziamento uterino

243
Q

Conduta no abortamento infectado

A

internação
hospitalar, com monitoração dos sinais vitais,
isolamento do agente etiológico através de hemoculturas
e culturas de material do canal
cervical, correção da volemia, avaliação do
estado hemodinâmico, do sistema de coagulação
e da extensão do processo infeccioso. Além
disso, é importante realizar a profilaxia antitetânica,
promover a perfusão de ocitocina (80
mUI/minuto) e antibioticoterapia adequada.
O esquema preferencial de tratamento é a
associação da gentamicina com a clindamicina,
por 7 a 10 dias.

Não há necessidade de aguardar algum
tempo de efeito do antibiótico
(“esfriar a infecção”) para a realização
do esvaziamento uterino.

244
Q

Complicação possível e manejo do abortamento retido

A

discrasia (Coagulação
Intravascular Disseminada
– CID), especialmente após um período maior que quatro semanas, e mais raramente
com infecção.

O tratamento consiste no esvaziamento
uterino.

245
Q

Em mulheres com diagnóstico de abortamento
habitual (recorrente- ocorrência de três ou mais
episódios consecutivos de abortamento espontâneo), o risco de abortamento na gravidez
subsequente é

A

30% para os casais que já
tiveram pelo menos um filho vivo e de 46%
para casais que não tiveram filhos vivos

246
Q

procedimento desenvolvido para ser realizado
ambulatorialmente, sem necessidade de anestesia
geral ou internação. Apresenta menor
risco de perfuração uterina, de necessidade de
dilatação cervical e risco de sinéquias. É o
procedimento de eleição em gestações com
até doze semanas

A

AMIU (aspiração manual intrauterina)

247
Q

Indicações esvaziamento uterino por meio de curetagem. Descreva a técnica

A

Indicada quando há impossibilidade
de realização da AMIU ou na presença de
grande quantidade de material. Deve ser reservada
para situações nas quais a AMIU não
esteja disponível ou a idade gestacional seja
maior que 12 semanas

Quando a idade gestacional
for maior que doze semanas, caso o feto
ainda esteja dentro da cavidade uterina, é necessária
a expulsão fetal através do
uso de misoprostol ou ocitócitos para
somente, então, realizar a curetagem

A curetagem uterina é o procedimento
com maior risco de perfuração uterina. Na suspeita de perfuração uterina, a conduta mais adequada é parar
imediatamente o procedimento e manter conduta
expectante com infusão venosa de ocitocina. A
paciente só deve ser submetida à laparotomia se
houver sinais de irritação peritoneal (abdome
agudo) por provável comprometimento de alça
intestinal ou instabilidade hemodinâmica

248
Q

Resumo das condutas em caso de abortamento incompleto

A
  • Abortamento até 12 semanas:
    Conduta: AMIU;
    Alternativa: curetagem (com ou sem misoprostol).
  • Abortamento após 12 semanas:
    Conduta: expulsão fetal, com ocitocina ou
    misoprostol, seguida de curetagem
249
Q

Quando fazer a cerclagem em caso de IIC?

A

Nos casos de IIC, está indicada a circlagem
eletiva (profilática) que deve
ser realizada preferencialmente entre
12 e 16 semanas, idealmente com dilatação cervical
inferior a 3 cm e sem herniação da bolsa
das águas. Sua realização em períodos posteriores,
especialmente após 24 semanas, associa-se
a um maior risco de rotura acidental das membranas
amnióticas e falhas do procedimento.
Assim, a circlagem entre 24 e 28 semanas é de
exceção e deve ser avaliada individualmente

250
Q

Quando o abortamento é legalmente permitido?

A

a) Abortamento em situações de risco para
a gestante (abortamento terapêutico): quando
há doenças graves em que a gestação pode
conduzir a risco de vida para a paciente. Para
sua realização, deve haver a anuência por escrito
de dois médicos. Importante notificar à
Comissão de Ética do hospital onde será realizado
o procedimento.

b) Abortamento para gravidez decorrente
de violência sexual: segundo orientação do
Ministério da Saúde (Norma Técnica para Prevenção
e Tratamento dos Agravos Resultantes
da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes,
2012), a paciente deverá, caso queira
interromper a gravidez, dirigir-se a uma
unidade de saúde, informar a ocorrência de
violência sexual e solicitar a interrupção da
gestação, através do preenchimento de formulários
específicos. O Código Penal não exige a
apresentação do boletim de ocorrência policial
para a realização do procedimento. No entanto,
é permitido ao médico da unidade se recusar a
realizar o procedimento se não se julgar capaz técnica ou moralmente (objeção de consciência)
para realizá-lo, desde que a paciente seja
referenciada a outro profissional ou a outra
unidade que esteja apta a realizá-lo. Caso, posteriormente,
fique provado que a gravidez não
foi resultado de violência sexual, o profissional
que realizou o procedimento não poderá ser
penalizado (artigo 20 do Código Penal).
Os profissionais envolvidos no procedimento
não podem comunicá-lo a autoridade policial
sem o expresso consentimento da paciente.

c) Abortamento em caso de anencefalia fetal:
O diagnóstico de anencefalia deverá ser feito
através de exame ultrassonográfico realizado
a partir da 12ª (décima segunda) semana de
gestação e deve conter:
I – Duas fotografias, identificadas e datadas: uma
com a face do feto em posição sagital; a outra, com a visualização do polo cefálico no corte
transversal, demonstrando a ausência da calota
craniana e de parênquima cerebral identificável;
II – Laudo assinado por dois médicos, capacitados
para tal diagnóstico.

251
Q

Gestação heterotópica

A

Gestação tópica associada a gestação ectópica

252
Q

Fatores que conferem alto risco pra gestação ectópica

A
  • Cirurgia prévia sobre a trompa (salpingoplastia,
    laqueadura tubária)
  • Exposição ao dietilestilbestrol: exposição
    intraútero ao dietilestilbestrol aumenta em
    nove vezes o risco de prenhez ectópica
  • DIU: risco relativo de gravidez ectópica é maior com o
    uso do método, porém o risco absoluto não.
    Tanto o DIU de cobre como o DIU medicado
    com progesterona podem ser utilizados em
    pacientes que já tiveram um episódio
    de gravidez ectópica.
  • Gestação ectópica prévia (especialmente nas
    pacientes submetidas a tratamento cirúrgico
    conservador): estima-se que o risco de nova
    gestação ectópica em paciente tratada com metotrexate seja de aproximadamente 8%, 10%
    para salpingectomia e 15% para salpingostomia
  • Salpingites e endossalpinges: principalmente
    por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.
  • Alterações anatômicas da trompa: divertículos,
    hipoplasia e tumores.
  • Endometriose.
253
Q

Fatores que conferem moderado risco pra gestação ectópica

A

• Infertilidade tratada com indutores da ovulação,
especialmente o citrato de clomifeno.

• Infecção pélvica prévia, como tuberculose
genital.

• Múltiplos parceiros sexuais.

254
Q

Outros fatores de risco para gravidez ectópica

A

• Idade maior que 35 anos
• Fumo
• Primeiro intercurso sexual com menos
de 18 anos
• Uso frequente de duchas vaginais
• Cirurgia pélvica ou abdominal anterior
• Reprodução assistida

255
Q

local mais comum das roturas na gravidez ectópica tubária

A

Istmo

256
Q

Sinal de Laffon

A

dor no ombro devido à irritação do nervo frênico.

257
Q

Sinal de Blumberg

A

descompressão dolorosa do abdome.

258
Q

Sinal de Cullen

A

Equimose periumbilical.

259
Q

Sinal de Proust

A

dor à mobilização do colo
uterino e abaulamento e dor no fundo de saco
de Douglas, decorrente do acúmulo de sangue
no fundo de saco.

260
Q

Anel tubário e sinal do halo na usg de uma gravidez ectópica

A

O anel tubário pode ser percebido em cerca de
70% dos casos de prenhez ectópica e consiste
em um anel apresentando centro anecoico e
periferia com ecogenicidade aumentada. Em
seu interior, em raras situações pode ser visualizado
o embrião.

O sinal do halo consiste em
halo anecoico ao redor do anel tubário, que
representa edema da subserosa da tuba uterina.

261
Q

Valores discriminatórios de beta hcg para gestação

A

a maioria dos autores considera
que a partir de 1.500 mUI/ml e 6.500 mUI/
ml para ultrassonografia transvaginal e abdominal,
respectivamente, representam os
valores discriminatórios.

262
Q

Níveis de progesterona que sugerem gestações anormais

A

Em gestações tópicas, os
níveis de progesterona devem ser superiores a
25 ng/ml. Valores inferiores a 10 ng/ml são sugestivos
de gestações anormais, como abortamento
ou gravidez ectópica

263
Q

condições associadas a melhores resultados com o uso da terapia medicamentosa em caso de gravidez ectopica

A

• Saco gestacional < 3,5 cm;
• Feto sem atividade cardíaca;
• Beta-hCG < 5.000 mUI/ml.

264
Q

Conduta expectante na GE

A

A conduta expectante está reservada
para um grupo seleto de pacientes
(10-15%), com quadro clínico estável,
beta-hCG declinante e com nível inicial de
1.000 a 1.500 mUI/ml.

265
Q

As células do trofoblasto intermediário produzem

A

hormônio lactogênio placentário

266
Q

Modalidades de doença trofoblástica gestacional

A

Benigna: Mola Hidatiforme
• Mola Completa
• Mola Incompleta

Maligna: Tumor Trofoblástico Gestacional (TTG) ou Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG)
• Mola Invasora (Corioadenoma destruens)
• Coriocarcinoma
• Tumor Trofoblástico do Sítio Placentário

267
Q

Fatores de risco para a doença trofoblástica gestacional

A

• Idade > 40 anos.
• Intervalo interpartal curto.
• Síndrome de ovários policísticos.
• Abortamentos prévios.
• Mola hidatiforme anterior.
• Inseminação artificial.
• Tabagismo.
• Exposição à radiação ionizante.
• Uso de contraceptivos orais.

268
Q

Macroscopia da mola hidatiforme

A

vesículas com líquido claro, semelhantes a “cachos de
uva” ou “hidátides”

269
Q

Mola completa, características

A

Caracterizada pela eliminação de grandes vesículas
e pela ausência de feto e/ou âmnio.
Decorre da degeneração hidrópica de todas as
vilosidades coriais, devido à perda da vascularização
vilosa.

sempre é diploide, e todos os cromossomos são
de origem paterna (origem androgenética). Pode ser:
a) Homozigótica: cariótipo 46XX. Há fertilização
de um óvulo com núcleo ausente ou
inativado por um espermatozoide 23X, que
duplica o genoma e dá origem a um embrião
com cromossomas totalmente de origem
paterna. Este fenômeno é denominado androgênese.
Neste tipo, ocorre edema generalizado,
hiperplasia grosseira do trofoblasto,
menor probabilidade de malignização
quando comparada com o tipo heterozigótico
e níveis elevados de beta-hCG. Responde
por 90% das molas completas.

b) Heterozigótica: cariótipo 46XY ou 46XX.
Também chamada de mola dispérmica, ela
surge a partir da fertilização de um óvulo
por dois espermatozoides 23X e 23Y. Há
maior tendência à doença trofoblástica persistente.
O risco de evolução para tumores
mais agressivos é de aproximadamente 20%.

270
Q

Mola parcial/incompleta, características

A

A triploidia é o cariótipo mais frequentemente
encontrado (69XXY, 69XXX, 69XYY), com
dois genomas paternos e um materno (origem
biparental).

há duas populações distintas
de vilosidades coriais, uma normal e
outra com degeneração hidrópica. A mola
parcial geralmente não apresenta a aparência
típica em “cachos de uva”. Alguns vilos apresentam
invaginações profundas denominadas
“fjord-like”.

Tecido fetal está sempre presente, mesmo que não seja visto macroscopicamente

271
Q

Quadro clássico de mola hidatiforme

A

sangramento vaginal,
útero amolecido, em geral indolor e maior do
que o esperado para a idade gestacional, náuseas
e vômitos intensos pelos altos níveis de beta-
-hCG.

Algumas vezes, há o desenvolvimento
precoce de toxemia gravídica, que pode se complicar
com eclâmpsia e/ou síndrome HELLP

272
Q

Descreva o fenômeno do útero em sanfona, visto na mola hidatiforme

A

aumento do volume uterino,
posterior eliminação do material intrauterino,
e novo crescimento, com grande acúmulo de
coágulos

273
Q

A hiperestimulação dos ovários pelo hCG na mola hidatiforme pode resultar em que alteração?
Como manejá-la?

A

Cistos ovarianos tecaluteínicos

Não devem ser tratados, pois
normalmente regridem após resolução da doença.
Podem sofrer torção ou ruptura, e culminar
com quadro de abdome agudo.

274
Q

Mola completa vs incompleta (tabela)

A

galeria

275
Q

Nos casos de mola completa, à USG, os vilos se apresentam com um padrão característico
de

A

“tempestade de neve” ou “flocos de neve”

276
Q

Uso do beta-hCG no diagnóstico da mola hidatiforme

A

em uma gestação normal, os níveis de beta-hVGatingem um pico em torno da 10ª semana de
cerca de 100.000 mUI/ml, enquanto que na
doença trofoblástica (principalmente na mola
completa) seus níveis podem chegar a mais de
400.000 mUI/ml. Na mola parcial, raramente
os níveis de beta-hCG estão maiores do que
100.000 mUI/ml

277
Q

Conduta na mola hidatiforme

A

1) Avaliar complicações como anemia, hipertireoidismo,
pré-eclâmpsia e insuficiência
respiratória (existe um risco de cerca de 2%
de embolização trofoblástica na doença).
2) Realizar profilaxia para isoimunização
Rh nas pacientes Rh negativo.
3) Proceder ao esvaziamento uterino.
4) Envio do material para análise histopatológica.

278
Q

Que exames gerais a FIGO recomenda nos pacientes com mola hidatiforme?

A

• História completa;
• Exame físico;
• USG com Doppler;
• TC ou RM (se a USG for inconclusiva);
• Beta-hCG;
• Exame clínico neurológico
• Fundo de olho;
• Aferição da pressão arterial;
• RX de tórax (rastreio de metástases
pulmonares);
• Hemograma completo;
• Ureia;
• Creatinina;
• Função hepática;
• Função tireoidiana.

279
Q

TTO específico da DTG

A

• Vacuoaspiração: procedimento de eleição,
pelo menor risco de perfuração uterina.
• AMIU (Aspiração Manual Intrauterina).
• Curetagem: quando não disponíveis
outros métodos ou de forma
complementar a estes.
• Histerotomia: mola incompleta
com feto de mais de 4 meses, colo desfavorável
à indução e sangramento profuso.
• Histerectomia total profilática: pacientes
com prole completa e mais de
40 anos, pacientes com fatores de risco
para progressão da doença ou pacientes
com hemorragias incoercíveis ou sepse. Pode
ser realizada com a mola in situ. É o tratamento
de escolha nos casos de tumor trofoblástico
do sítio placentário.

280
Q

Controle pós molarpelo usode beta hCG

A

Um destes protocolos, por exemplo,
recomenda obtenção de três dosagens
indetectáveis consecutivas (< 5 mUI/
ml), quando o intervalo pode passar a mensal
até se completar seis meses do primeiro resultado
negativo. Quando a remissão for obtida
pelo uso de quimioterapia, é recomendado que
este seguimento seja realizado por um ano.

281
Q

Neoplasia trofoblástica gestacional mais comum

A

A mola invasora (corioadenoma destruens)
corresponde a 70 a 90% dos casos

o coriocarcinoma a 10 a 30% dos casos.

282
Q

Indícios de neoplasia trofoblástica gestacional

A

• Se houver elevação por duas semanas consecutivas
dos níveis de beta-hCG a partir de três
valores obtidos no período.
• Estabilização dos níveis de beta-hCG por três
semanas consecutivas (platô).
• Ausência de negativação do beta-hCG após
seis meses de seguimento.
• Surgimento de metástases, principalmente
para vagina e pulmões.
• Ultrassonografia evidenciando imagem intramiometrial
mista, hipo ou hiper-refringente,
do tipo “olho de coruja”.
• Índice de resistência e pulsatilidade das artérias
uterinas baixo (menor que 1) e ausência
de incisura protodiastólica.

283
Q

Local mais comum de mtx à distância na DTG

A

Pulmão

284
Q

TTO do tumor trofoblástico do sítio placentário

A

histerectomia associada à quimioterapia

285
Q

Uma NTG com extensão pulmonar com ou sem envolvimento genital é classificada como grau…

A

III

286
Q

Em relação ao escore para avaliação de risco para neoplasia trofoblástica gestacional, quais valores indicam doença de baixo e de alto risco?

A

A doença é classificada como de baixo risco se escore menor ou igual a 6, e de alto risco
se maior ou igual a 7.

287
Q

TTO da NTG (exceto TTSP)

A

A conduta varia com o estadiamento da doença.
a) Estadiamento I – Monoquimioterapia com
metotrexate + ácido folínico.

b) Estadiamento II – Baixo Risco x Alto Risco.
a. Baixo Risco – Idêntico ao estadiamento I.
b. Alto Risco – Poliquimioterapia (EMA-CO
– etoposide, metotrexate, actinomicina D,
ciclofosfamida e vincristina).

c) Estadiamento III – Poliquimioterapia
(EMA-CO).

d) Estadiamento IV – Poliquimioterapia (EMACO)
+ cirurgia adjuvante (histerectomia e
ressecção de nódulos metastáticos).

288
Q

Conduta em caso de incompatibilidade ABO clinicamente perceptível

A

A fototerapia é a conduta preconizada
nestes casos, raramente sendo
necessária a exsanguineotransfusão

289
Q

Qual a importância da pesquisa do antígeno Du na gestante?

A

Alguns indivíduos apresentam o que
se chama de variante Du, que é na
realidade uma expressão fenotípica
fraca do antígeno D. Desta forma, quando a mãe
for determinada Rh negativo, deve-se identificar
também se ela possui o fator Du. Se seu sangue
for Du positivo, a gestante possui o antígeno D
e não desenvolverá anticorpo anti-D, já que ela
se comportará como Rh positivo.

290
Q

teste de Kleihauer

A

identifica e quantifica hemácias
fetais na circulação materna. Consiste
na adição de solução ácida (pH de 3 a 3,5) a uma
amostra de sangue materno, o que faz com que
essas células sofram desnaturação, ao contrário
das hemácias fetais, que permanecem intactas

291
Q

Quadro clínico de doença hemolítica perinatal grave

A

Frente à anemia fetal, ocorre diminuição da viscosidade
sanguínea, pela menor concentração
de hemácias na circulação, consequente à hemólise.
A anemia leva a hipóxia tissular e posterior
vasodilatação periférica. Há estimulação
dos quimiorreceptores e aumento da contratilidade
miocárdica. Desta forma, ocorre como
consequência um aumento do débito cardíaco,
configurando o quadro de hipercinesia.
Posteriormente, com o agravamento da anemia,
pode ocorrer insuficiência cardíaca e consequente
falência miocárdica. Além disso, devido
à hematopoiese extramedular, pode haver
desenvolvimento de hipertensão porta e hipoproteinemia.
Estes fatores, em conjunto, são responsáveis
pelo quadro de hidropsia fetal, caracterizado
pelo extravasamento de líquido para o terceiro
espaço, com formação de derrame pleural,
derrame pericárdico, ascite e edema cerebral.
Além disso, pode haver desenvolvimento do
quadro de kernicterus no recém-nascido, pela
impregnação dos núcleos da base cerebrais por
bilirrubina indireta, a qual atravessa a barreira
hematoencefálica, podendo resultar em letargia,
hipertonicidade, perda auditiva, paralisia
cerebral e dificuldade de aprendizado.

292
Q

Utilidade do teste de coombs indireto na doença hemolítica perinatal

A

O teste de Coombs indireto positivo significa que
há risco de doença hemolítica fetal, porém não
indica que a mesma já ocorreu ou ocorrerá.

293
Q

Conduta em caso de coombs indireto <= 1:8

A

não exige investigação fetal! Apenas seguimento
com repetição da titulação.

294
Q

Solicitação do teste de coombs indireto na gestante RH-

A

Se o teste for negativo, o mesmo deve
ser repetido com 28, 32, 36 e 40 semanas
de gestação, para diagnóstico de
possível sensibilização no curso da gravidez.
Até as 28 semanas, não há consenso se deve ser
solicitado ou não. Além disso, deve ser solicitado
no pós-parto imediato, juntamente com o
teste de Coombs direto e fator Rh do recém-
-nascido

295
Q

Após o grave acometimento da primeira gestação por doença hemolítica perinatal
(óbito ou necessidade de transfusão
fetal), como fazer o acompanhamento da gestante em nova gravidez?

A

o acompanhamento através dos títulos
de Coombs indireto já não se mostra eficaz,
devendo-se optar pela investigação através
da dopplervelocimetria da artéria cerebral
média ou amniocentese (espectrofotometria).

296
Q

Quando realizar a profilaxia de sensibilização com imunoglobulina anti D em gestantes Rh -?

A

A profilaxia é mandatória para todas as
pacientes Rh negativo não sensibilizadas
(Coombs indireto negativo) após o parto
(de preferência até 72 horas, apesar de ser relatada
alguma eficácia com seu uso em até 28 dias)
e/ou em qualquer caso de hemorragia durante a
gestação (placenta prévia, ameaça de abortamento),
interrupção precoce da mesma (abortamento,
parto prematuro, prenhez ectópica, doença trofoblástica) e procedimentos invasivos (biópsia de
vilo corial, amniocentese, cordocentese).

297
Q

Ao fazer imunoglobulina em caso de
sangramento ou processo invasivo, é
preciso repetir após o parto? E com 28
semanas?

A

A meia-vida da imunoglobulina é de cerca de
24 dias. Após a administração, títulos baixos
(1:4 ou menos) de anticorpos podem ser geralmente
detectados no sangue materno por
várias semanas.
Uma vez o teste positivo, ele deve se tornar
negativo em até três meses, mostrando que
a imunoglobulina administrada foi eliminada
e a mãe não produziu anticorpos próprios, pois
não foi sensibilizada.
Desta forma, para avaliar a necessidade de
administração da imunoglobulina com 28 semanas
e após o parto, podemos solicitar
Coombs indireto. Caso ele seja negativo, a
dose deve ser repetida, pois significa que
houve consumo de todo o anticorpo exógeno
administrado.

298
Q

método padrão-ouro de avaliação da anemia fetal

A

Cordocentese

permite a dosagem
do hematócrito e hemoglobina, além de
confirmar a tipagem sanguínea fetal e quantificar
os anticorpos eritrocitários presentes na
circulação fetal (Coombs direto)

Ainda permite
a realização de terapêutica intrauterina,
através de transfusão sanguínea. Devido ao
risco associado ao procedimento, não é o método
ideal para a investigação da anemia fetal
e seu uso deve ser restrito aos casos onde há
forte suspeita de anemia fetal significativa pela
dopplerfluxometria ou espectrofotometria, visando
sua confirmação e tratamento (transfusão
intrauterina).

299
Q

Método de escolha para avaliação de gravidade da anemia hemolítica fetal

A

A dopplervelocimetria já é considerada o método
de escolha pela maioria dos autores. É um método
com maior sensibilidade e especificidade que
a amniocentese para detecção da anemia grave.

O acompanhamento através da dopplerfluxometria
deve ser iniciado a partir de 20-24 semanas em gestantes com teste de Coombs indireto maior que 1:8 (≥ 1:16).

o feto anêmico tende a apresentar valores de velocidade máxima do pico sistólico acima do limite
esperado para determinada idade gestacional.

300
Q

Descreva a curva de Mari

A

A zona A compreende valores
da Vmax da ACM acima de 0,8; zona B
entre 0,8 e 0; zona C entre 0 e -0,5, e zona D
abaixo de -0,5.

Todos os fetos contidos nas zonas A devem ser
submetidos à cordocentese. Fetos presentes nas
zonas B e C devem ter o exame repetido em
cinco a dez dias e fetos contidos na zona D em
duas a três semanas.

301
Q

Descreva a curva feita em 2000

A

Em 2000, uma nova curva foi criada, adotando-
-se como medida os múltiplos da mediana da
velocidade máxima da artéria cerebral média.
Os valores da velocidade máxima do pico sistólico
da ACM entre 1,29 e 1,50 múltiplos da
mediana passaram a ser preditores de anemia
leve; e acima de 1,50 MoM preditores de anemia
moderada a grave
Na prática, a curva é dividida em três faixas:
• Estando a Vmax abaixo da mediana para a
idade gestacional, não há hipercinesia e, portanto,
não há anemia fetal que necessite intervenção.
O exame deve ser repetido em duas
a três semanas.
Fig. 10
• Estando a Vmax entre a mediana e 1,5 múltiplos
da mediana (MoM) para a idade gestacional,
pode haver anemia fetal, mas ainda
não justifica a cordocentese, pois provavelmente
os níveis de hemoglobina ainda não
atingiram determinado grau que necessite de
transfusão. Nesse caso, deve haver uma reavaliação
em cinco a dez dias.
• Valores de Vmax acima de 1,5 MoM estão
relacionados a fetos com hematócrito abaixo
de 30% e, portanto, está indicada a cordocentese
para confirmação da anemia e transfusão
intravascular. É referido que valores
acima de 1,5 MoM para a idade gestacional
são capazes de detectar todos os casos de
anemia, com um índice de falso-positivos
de apenas 12%. Após 35 semanas, ocorre
aumento das taxas de resultados falso-positivos.
Desta forma, valores alterados em
idade gestacional próximo do termo indicam
a interrupção da gravidez.

302
Q

Como se apresentam, a avaliação por dopplerfluxometria, as artérias uterina e umbilical na anemia fetal grave?

A

usualmente normais

303
Q

TTO da anemia hemolítica fetal

A

Indica-se a antecipação
do parto em casos de fetos a termo ou próximos
da maturidade, ou transfusão intrauterina em
casos de doença grave (hematócrito < 30% ou
hemoglobina < 10 g/dl, ou hidrópicos) em fetos
muito prematuros (< 34 semanas)

TIU (Transfusão Intrauterina)
O sangue é administrado através da veia umbilical,
por meio de cordocentese. Pode ser
realizada a partir de 20 semanas de gestação,
quando o cordão umbilical já está mais espesso,
permitindo um procedimento mais seguro.
O tipo sanguíneo a ser infundido deve ser sempre
O negativo, devendo ser submetido
à prova cruzada e irradiado. O
objetivo é obter um hematócrito entre
40 e 45%.

304
Q

Na segunda metade da gravidez, quais sã os diagnósticos mais comuns na gestante com sangramento

A

descolamento prematuro de placenta
e a placenta prévia

305
Q

definição de DPP

A

separação intempestiva da placenta normalmente
inserida no corpo uterino em gestação
com 20 ou mais semanas completas e antes da
expulsão fetal

306
Q

principal causa de óbito perinatal

A

DPP

307
Q

Classificação de Sher para DPP

A

GRAU 0 (assintomático)
É assintomático. O diagnóstico é retrospectivo,
confirmado pelo exame histopatológico da
placenta, que revela o hematoma.

GRAU I (leve)
Há sangramento vaginal discreto, sem hipertonia
uterina significativa e a paciente não refere
dor. A vitalidade fetal está preservada. Não há
repercussões hemodinâmicas e coagulopatias.
Geralmente, é diagnosticado no pós-parto com
a identificação do coágulo retroplacentário.

GRAU II (intermediário)
Caracteriza-se por sangramento vaginal moderado
e contrações tetânicas (hipertonia uterina),
dor abdominal, taquicardia materna e alterações
posturais da pressão arterial. Neste estágio,
o feto ainda está vivo, mas apresenta sinais
de comprometimento de vitabilidade (sinais de
sofrimento fetal).

GRAU III (grave)
Caracteriza-se pelo sangramento genital importante
com hipertonia uterina, hipotensão
materna e óbito fetal. Pode ser subdividido em:
 IIIA – sem coagulopatia instalada;
 IIIB – com coagulopatia instalada.

308
Q

Útero de Couvelaire ou apoplexia uteroplacentária

A

Macroscopicamente, o útero apresenta-se edemaciado, arroxeado e com sufusões hemorrágicas.
O miométrio extensamente infiltrado por
sangue, o que dissocia e desorganiza o sistema
de fibras musculares. Tal alteração é considerada
responsável pela atonia/hipotonia uterina
verificada no pós-parto, bem como pelas sufusões
hemorrágicas presentes no útero, ligamentos,
anexos e peritônio

Até 20% dos sangramentos no DPP são ocultos,
o sangue fica retido entre a placenta descolada
e o útero, com formação de coágulo retroplacentário
e infiltração sanguínea intramiometrial.
Esse sangramento é responsável pela
apoplexia uteroplacentária ou “útero de Couvelaire”
que ocasiona deficit contrátil, sendo
importante causa de he morragia pós-parto.

309
Q

Importante fator etiológico para DPP, respondendo por até 50% dos casos de DPP não traumático

A

HAS

310
Q

Maior causa de DPP relacionada ao trauma.

A

acidente automobilístico

311
Q

Causas traumáticas de DPP

A

• Brevidade do Cordão
• Versão Fetal Externa
• Retração Uterina Intensa
• Miomatose Uterina
• Torção do útero gravídico.
• Hipertensão da veia cava inferior por compressão
uterina.
• Traumatismo Abdominal

312
Q

Causas não traumáticas de DPP

A

• Síndromes Hipertensivas
• Placenta Circunvalada
• Tabagismo e Uso de Cocaína
• Anemia e Má Nutrição
• Consumo de Álcool
• Rotura Prematura das Membranas.
• Corioamnionite
• Idade (acima de 35 anos)
• Trombofilias

313
Q

Apresentação Clássica do DPP

A

Sangramento escuro na segunda
metade da gestação associado
à hipertonia uterina e sofrimento fetal
Em muitos casos, a presença de hipertensão
arterial com achados descritos anteriormente
é muito sugestiva de DPP.

***Em relação às causas de hemorragias da
segunda metade da gestação, a dor abdominal
é quase exclusiva dos casos de DPP (vale
lembrar que a dor também acontece nos
casos de iminência de rotura uterina)

314
Q

pulso paradoxal de Boero

A

Em casos de DPP, a frequência de pulso geralmente não se altera significativamente. Usualmente, mesmo na vigência de perda sanguínea de vulto, a frequência
de pulso se mantém normal (pulso
paradoxal de Boero). Na prática, esse fenômeno
só ocorre nas fases iniciais do quadro.
Com o decurso da hemorragia, instala-se o
quadro típico de choque hipovolêmico, que
cursa com hipotensão e taquicardia.

315
Q

parto em alude

A

feto, placenta e páreas
expulsos em um turbilhão, com coágulo apegado

316
Q

Teste de weiner (do coágulo)

A

Coleta-se aproximadamente
10 ml de sangue em tubo de ensaio seco, mantido em temperatura ambiente.

• Coágulo em 5 a 10 minutos que permanece
firme nos 15 minutos subsequentes: afastam-
-se os distúrbios da coagulação.
• Coágulo normal em 10 minutos com lise
parcial em uma hora: fibrinogênio plasmático
entre 100 e 150 mg/dl.
• Coágulo mole e frouxo com completa dissolução
no prazo de uma hora: fibrinogênio plasmático entre 60 e 100 mg/dl.
• Não se forma coágulo em 10min: hipofibrinogenemia
grave, abaixo de 60 mg/dl.

317
Q

Causa mais comum de necrose corticorrenal bilateral
aguda na prenhez

A

DPP

318
Q

Principal diagnóstico diferencial de DPP

A

Placenta prévia

Outros: rotura uterina, rotura do seio marginal e da vasa prévia

319
Q

Conduta Terapêutica, na DPP, com feto vivo

A

Em geral, na presença de feto vivo e
parto não iminente, preconiza-se a cesariana.
Mas essa conduta não é um consenso na literatura.
Para muitos autores, independentemente
da dilatação cervical, continua sendo a cesariana
a via principal

320
Q

Conduta Terapêutica, na DPP, com feto morto

A
  • Término da gestação por via baixa (pelo risco de hemorragia na cesariana)
  • Estabilização materna (reposição sanguínea e fatores de coagulação, se necessário)
  • Amniotomia
    • Reduz a compressão da veia cava inferior;
    • Dificulta a ampliação da área de descolamento;
    • Melhora a hipertonia uterina;
    • Coordena as contrações;
    • Identifica o hemoâmnio pela exteriorização
    do sangue, que permite uma melhor avaliação
    da perda sanguínea;
    • Diminui a pressão intrauterina pela descompressão
    do hematoma retroplacentário;
    • Diminui o risco de coagulopatias ou as melhora
    quando já instaladas, pela redução da
    passagem de tromboplastina para a circulação
    materna;
    • Induz ou acelera o trabalho de parto.

OBS.:Se parto não iminente ou apresentação fetal alta, opta-se pela cesariana

321
Q

Complicações da DPP

A

• Choque hipovolêmico e suas complicações
mais frequentes:
- Insuficiência renal aguda;
- Necrose hipofisária (síndrome de Sheehan).
• Coagulação intravascular disseminada.
• Útero de Couvelaire com atonia uterina

322
Q

Definição de placenta prévia (ou inserção viciosa)

A

implantação heterotópica
da placenta sobre o orifício cervical interno
(OI), cobrindo-o total ou parcialmente, ou
avizinhando-se deste (margem placentária
a menos de 5 cm do OI) após 28
semanas de gestação

323
Q

Qual é a chamada placenta prévia cesárea?

A

Placenta de Inserção Baixa ou Lateral:
placenta localizada no segmento inferior do
útero, porém a borda placentária não alcança o
óstio interno, mas situa-se muito próxima a ele.

Corresponde à placenta prévia cesárea, assim
nomeada por se localizar imediatamente abaixo
da histerotomia no momento da cesariana

324
Q

Fatores de risco para placenta prévia

A

• Cesariana prévia  principal fator de risco.
• Intervenções uterinas anteriores (miomectomia,
curetagem).
• Multiparidade / intervalo interpartal curto.
• Tabagismo.
• Situações de sobredistensão uterina
(gemelaridade, hidropsia fetal).
- Idade

325
Q

Apresentação clássica da IVP

A

Sangramento na segunda
metade da gestação (no final
do segundo e início do terceiro trimestre),
vivo, indolor, de início e cessar súbito
(autolimitado), sem outros sintomas. Também
pode se manifestar como um sangramento
sentinela.

326
Q

Placenta acreta, increta e percreta

A

acreta — a placenta se insere profundamente na decídua, até a camada esponjosa;

increta — a placenta ultrapassa a decídua e chega à musculatura uterina;

percreta — a placenta ultrapassa a musculatura do útero, podendo comprometer órgãos vizinhos.

327
Q

Quando realizar o toque vaginal na suspeita de IVP?

A

NUNCA deve ser realizado na suspeita de IVP,
até que se tenha conhecimento da exata localização
placentária, pois ele pode desencadear
sangramento intenso e colocar a mãe e o concepto
em risco

328
Q

Melhor, mais seguro e mais simples método
para realização do diagnóstico de placenta previa

A

USG

Ela pode ser realizada
pela via transabdominal ou transvaginal.

329
Q

Em gestantes sem sangramento ativo e feto
prematuro, qual a conduta em caso de IVP?

A

deve ser adotada conduta expectante

Essa gestante deve ser orientada a não ter relações
sexuais.
O uso de corticoterapia deve ser considerado
para aceleração da maturidade pulmonar.
O uso de tocolíticos parece não aumentar a
morbimortalidade nos casos de trabalho de
parto prematuro, mas estes só devem ser utilizados
se não houver comprometimento hemodinâmico.
Essas gestantes devem ser cuidadosamente
monitoradas durante o seu uso.

330
Q

Qual a conduta na IVP se a gestante estiver no termo ou próxima a ele e tiver sangramento?

A

Parto

• Placenta prévia total: com feto vivo ou
morto, a via de parto é sempre cesariana.

• Placenta prévia parcial: cesariana, exceto
em multíparas se o parto estiver próximo
do fim, o sangramento seja discreto, e não haja
um obstáculo mecânico importante ao parto
vaginal.

• Placenta prévia marginal ou baixa: o
parto vaginal pode ser permitido. Deve-se
atentar para a intensidade da hemorragia. Se
o sangramento não é muito intenso e a mãe
encontra-se estável hemodinamicamente ou
feto morto ou malformações fetais incompatíveis
com a vida extrauterina, o parto vaginal
é admissível. Neste caso, deve-se proceder à
amniotomia precoce (método de Puzos), pois
permite a insinuação da apresentação que
comprime mecanicamente o segmento inferior
do útero e diminui o sangramento

331
Q

Tabela com ddx de sangramento na segunda metade da gestação

A

Galeria

332
Q

Conduta na placenta acreta

A

Na placenta acreta, a conduta é a retirada manual da mesma, seguida de curetagem. Em caso de insucesso, a histerectomia deve ser indicada. Cabe aqui lembrar
que se não houver desejo reprodutivo, a
Histerectomia Total Abdominal (HTA) é, ainda,
o tratamento padrão-ouro

333
Q

Conduta na placenta increta e percreta

A

Não há plano de clivagem
para o descolamento manual, que é impossível.
As tentativas de extração manual não são
bem-sucedidas, e está indicada a histerectomia.
Dependendo da localização da placenta,
remove-se todo o útero ou parte dele. Sempre
que possível deve ser realizada HTA

334
Q

Fatores de risco para acretismo placentário

A
  • placenta prévia
  • implantação no segmento inferior do útero
  • implantação sobre uma cicatriz de cesariana prévia ou outras incisões uterinas prévias, ou após curetagens uterinas (sobretudo de repetição).
    A situação mais comum é a sua ocorrência após uma cesárea prévia.

Outros fatores de risco para placenta acreta
incluem: idade materna maior que 35 anos,
multiparidade (principalmente as grandes
multíparas – maior ou igual a seis gestações), defeitos endometriais (síndrome de Asherman),
leiomiomas submucosos e tabagismo.

335
Q

Quadro clínico do acretismo placentário

A

hemorragia profusa, que ocorre no momento da tentativa de descolamento placentário

336
Q

Sinais Sugestivos de Acretismo Placentário na USG e Dopplerfluxometria:

A

• Adelgaçamento do miométrio;
• Perda do “espaço claro” retroplacentário
(espaço hipoecoico retroplacentário usual
na zona decídua/miometrial e anterior ao
miométrio estão ausentes);
• “Lagos placentários” de aspecto irregular;
• Protrusão de tecido placentário para dentro
da bexiga;
• Vascularização aumentada na interface
entre a serosa uterina e a bexiga;
• Fluxo turbulento à dopplerfluxometria nos
“lagos placentários”.

337
Q

Conduta no acretismo placentário se houver a invasão de órgãos adjacentes (mais comumente da bexiga)

A

a placenta não deve ser retirada para evitar
sangramento maciço, procedendo-se a ligadura
do cordão próximo à implantação na
placenta, com uso posterior de metotrexate.

338
Q

Principal etiologia de rotura uterina

A

A principal etiologia da rotura uterina nos países
desenvolvidos é a pós-cesariana. Já nos países
em desenvolvimento é o parto obstruído.

339
Q

Classifique a rotura uterina (parcial vs completa)

A

• Rotura Uterina Parcial ou Incompleta:
caracteriza-se por preservar a serosa uterina e
quase sempre está associada à deiscência de
cicatriz uterina. Em grande número de casos,
apresenta-se de forma assintomática.

• Rotura Uterina Total ou Completa:
corresponde ao rompimento da parede uterina,
incluindo a sua serosa

340
Q

Contraindicações Absolutas à Indução de
Parto em Pacientes com Cesariana Prévia

A

• Cesariana anterior com incisão corporal.
• Ausência de dados sobre a vitabilidade fetal.
• Apresentações anômalas.
• Qualquer outra contraindicação para parto
vaginal, como: placenta prévia total, rotura
uterina prévia, múltiplas incisões uterinas e
desproporção fetopélvica.

341
Q

Sinais de eminência de rotura uterina

A

Caracteriza-se clinicamente pela síndrome de
distensão segmentária ou síndrome de Bandl-
-Frommel.

• Contrações intensas e extremamente
dolorosas.
• Sinal de Bandl: definido como a distensão
do segmento inferior, formando uma depressão
em faixa infraumbilical, conferindo ao
útero aspecto semelhante a uma ampulheta.
• Sinal de Frommel: definido como estiramento
(retesamento) dos ligamentos redondos,
desviando o útero anteriormente.
• Alterações da Frequência Cardíaca Fetal
(FCF) e diminuição da variabilidade da linha
de base no monitoramento fetal intraparto.

342
Q

Sinais de rotura uterina consumada

A

• Sofrimento fetal grave.
• Interrupção das metrossístoles.
• Sinal de Clark = enfisema subcutâneo.
• Sinal de Reasens = “subida” da apresentação
– o feto sai do útero e “cai” na cavidade
abdominal. É a percepção, através do
toque vaginal, da elevação da apresentação
fetal após a rotura uterina, ou seja, o feto, que
deveria progredir através do canal do parto
durante o trabalho de parto apresenta um
recuo na pelve, isto é, se eleva. Isto ocorre,
pois, uma vez rompido o útero, ocorre relaxamento
da musculatura uterina, permitindo
sua elevação no canal de parto.

343
Q

A rotura de vasa prévia é uma entidade associada
às inserções marginais do cordão, placentas
bilobadas, placentas sucenturiadas (lobo
acessório separado da massa placentária) e,
mais frequentemente, à inserção velamentosa
do funículo umbilical (50% dos casos). Descreva este último

A

Nesta afecção, a gelatina de Wharton termina
a distâncias variáveis da superfície placentária.
Este fato faz com que os vasos umbilicais situem-
se entre o âmnio e o córion.

os vasos sanguíneos
deixam o cordão umbilical antes da inserção placentária e caminham em leque, sem a proteção
da geleia de Warthon, pela membrana ovular, até
alcançar a massa placentária. São mais susceptíveis
a traumatismos e podem responder por
hemorragias durante o parto

344
Q

Conduta na vasa prévia

A

interrupçãom eletiva da gestação por via alta (cesariana), em todas as pacientes com 36 semanas
ou mais. Outras indicações de cesárea incluem
rotura de membranas, trabalho de parto ou
sangramento significativo

345
Q

Descreva a rotura do seio marginal

A

sangramento (materno) periparto, indolor, vermelho-
vivo, sem outros sintomas,
com placenta normoposicionada.

346
Q

CONCEITO DE ESPAÇO INTERVILOSO E SEIO MARGINAL

A

O espaço interviloso é o local da placenta
voltado para o útero, que recebe o sangue
materno para realização das trocas maternofetais.
Ele fica entre a face fetal da placenta,
que está em contato com o feto e com o líquido
amniótico, e face materna da mesma, região
em que a placenta se implanta no útero.
É o “meio” da placenta!

Já o seio marginal é a área em que a face
fetal e a face materna na placenta se juntam,
é a borda da placenta.

347
Q

Maior causa de morte materna no Brasil (cerca
de 35% dos casos)

A

Os distúrbios hipertensivos da gestação

348
Q

Classificação dos distúrbios hipertensivos
da gravidez.

A

1- Hipertensão induzida pela gravidez
Hipertensão gestacional (transitória)
Pré-eclâmpsia
Eclâmpsia

2- Hipertensão agravada pela gravidez
Pré-eclâmpsia sobreposta
Eclâmpsia sobreposta

3- Doença Vascular Hipertensiva Crônica (DVHC)

349
Q

Definição de pré eclâmpsia

A

aparecimento de hipertensão e proteinúria após 20 semanas de gestação em gestante previamente normotensa

OBS.:O American College of Obstetricians and Gynecologists, em 2013, publicou uma nova diretriz
para diagnóstico de pré-eclâmpsia que
inclui pacientes com novo quadro hipertensivo
mas sem proteinúria, desde que seja encontrado
um dos seguintes achados:
- Trombocitopenia (< 100.000/mm3);
- Alteração da função hepática (elevação de
transaminases duas vezes o valor normal);
- Piora da função renal (creatinina > 1,1 mg/dl
ou duplicação do valor normal, na ausência de
outras doenças renais);
- Edema agudo de pulmão;
- Sintomas visuais ou cerebrais.

350
Q

Definição de eclâmpsia

A

ocorrência de crises convulsivas, seguidas
ou não de coma, em uma paciente com
pré-eclâmpsia, descartando-se outras causas.
São geralmente do tipo tonicoclônicas generalizadas.
Algumas pacientes evoluem para o coma
sem apresentar antes convulsão (“eclâmpsia
branca” ou “eclampsia sine eclampsia”).

351
Q

Fisiopatologia da eclâmpsia

A

Pode ter sua gênese associada à vasoespasmo cerebral com isquemia local, encefalopatia hipertensiva, edema vasogênico e dano endotelial.

352
Q

Hipertensão gestacional (ou transitória)

A

Hipertensão, geralmente leve, que se desenvolve
na parte final da gestação, sem a presença de proteinúria ou de outros sinais de pré-eclâmpsia.

Atenção:
Algumas pacientes que evoluirão com pré-eclâmpsia
(cerca de 15 a 25% das pacientes inicialmente
classificadas como hipertensão gestacional
desenvolvem proteinúria);
Algumas são hipertensas crônicas que não foram reconhecidas na primeira metade da gestação;

O resto são pacientes com hipertensão transitória (pré-eclâmpsia não se desenvolve e os níveis tensionais se
normalizam até a 12ª semana pós parto).

353
Q

Pré eclâmpsia vs HAS crônica

A

Galeria

354
Q

Fatores de risco para pré eclâmpsia

A

Galeria

355
Q

Fisiopatologia da pré eclâmpsia

A

Galeria

356
Q

REPERCUSSÕES SISTÊMICAS da pré eclâmpsia e eclâmpsia

A

Galeria

357
Q

Como a pré eclâmpsia afeta o tempo de protrombina,
tempo de tromboplastina parcial e concentração
de fibrinogênio?

A

Não afeta

exceto na ocorrência de complicações como acometimento hepático severo e DPP.

358
Q

Descreva a endoteliose capilar glomerular

A

comprometimento difuso (acometendo
todos os glomérulos) que apresenta-se à microscopia
eletrônica como uma acentuada tumefação das
células endoteliais que praticamente oblitera à
luz dos capilares. Observa-se também deposição
de um material semelhante à fibrina por todo o
citoplasma da célula endotelial e abaixo dela
também. Ocorre proliferação do mesângio e não
há espessamento da membrana basal.

359
Q

causa frequente de morte (60% dos óbitos) em pacientes com pré-eclâmpsia

A

hemorragia cerebral

Ela é geralmente petequial
ou assume a forma de grandes hematomas.

360
Q

Utilidade da relação proteína/cretinina urinária

A

Valores maiores ou iguais a 0,3 se associam
significativamente com proteinúria
> 300 mg/24 horas.

361
Q

Em que momento do curso da pré eclâmpsia costuma se desenvolver a proteinúria?

A

A proteinúria é não seletiva e costuma ser
um achado tardio no curso da doença

362
Q

Em gestantes que já apresentavam proteinúria antes da gestação, que sinais indicam que a proteinúria vista na gravidez está associada à pré eclâmpsia?

A
  • aumento de 1 g ou mais no valor basal
  • exacerbação da pressão arterial
  • aumento ou surgimento de edema
  • hiperuricemia
  • trombocitopenia
  • elevações das transaminases

outras manifestações que podem estar presentes na pré-eclâmpsia, como repercussões fetais e oligodrâmnia.

363
Q

Critérios de gravidade da pré eclâmpsia

A

galeria

364
Q

Exames laboratoriais na síndrome HELLP

A
  • Esfregaço periférico com esquizócitos;
  • LDH > 600 U/L ou BT ≥ 1,2 mg/dl;
  • TGO ≥ 70 U/L;
  • Plaquetas < 100.000/mm3.
365
Q

Eclâmpsia tardia

A

aparecimento de convulsões após 72h de pós-parto

366
Q

Conduta na pré eclâmpsia leve

A

Nos casos leves, a conduta deve ser conservadora
até que o concepto atinja o termo (37
semanas)

367
Q

A gestante com pré eclâmpsia deve restringir a ingesta de sal
V ou F

A

F

368
Q

Na pré eclâmpsia, o tratamento anti-hipertensivo não altera o curso da doença ou reduz a morbimortalidade perinatal. Pode diminuir a perfusão uteroplacentária ou
mascarar um aumento da pressão arterial, que é
uma medida sensível da piora da doença. Desta
forma, o tratamento anti-hipertensivo nas formas
leves da doença não está indicado.
V ou F

A

V

369
Q

Todas as gestantes com pré-eclâmpsia com menos de 34 semanas devem receber terapia com corticoide para maturação pulmonar fetal
V ou F

A

V

370
Q

Na pré eclâmpsia, quais são os parâmetros analisados para determinação do bem estar materno

A

(1) ganho ponderal;
(2) pressão arterial;
(3) hemograma e contagem de plaquetas;
(4) ureia, creatinina e ácido úrico sérico;
(5) transaminases hepáticas e LDH;
(6) EAS e proteinúria de 24 horas.

371
Q

Qual a utilidade do sulfato de Mg na pré eclâmpsia? Quando utilizá-lo

A

É usado para prevenir ou controlar as convulsões.
Não tem ação anti-hipertensiva. Importante
enfatizar que a terapia anticonvulsivante
não previne a progressão da doença.

Deve ser prontamente administrado em todo
quadro de eclâmpsia ou pré-eclâmpsia grave
com sinais de iminência de eclâmpsia. Recomenda-
se, ainda, que também seja administrado
no início do trabalho de parto ou indução,
durante o uso de corticoides nas gestantes
previamente à interrupção e anteriormente à
cesariana em pacientes com quadros graves.
Deve ser mantido por 24 horas após o parto
(até 48 horas), quando o risco de crises convulsivas
se torna baixo, ou por 24 horas quando
utilizado durante a gestação

372
Q

Contraindicações ao uso de sulfato de Mg

A

É contraindicado em caso de miastenia
grave (pode precipitar crise), débito urinário menor que 25 ml/hr

373
Q

Associe os níveis de Mg com o achado clínico

A

• Abolição do reflexo patelar: níveis de
10 a 15 mEq/L.
• Depressão respiratória: níveis maiores
que 15 mEq/L.
• Parada cardíaca: níveis séricos
superiores a 30 mEq/L.

374
Q

Qual a FR mínima a ser aceita em gestantes tratadas com sulfato de Mg?

A

O Ministério da Saúde (2012) e o Rezende
Obstetrícia (2013) consideram que a
frequência respiratória deve ser maior ou
igual a 16 irpm

375
Q

Qual medida, além da suspensão de infusão, em caso de intoxicação por Sulfato de Mg

A

gluconato de cálcio 1 g IV, infundido lentamente
em três a cinco minutos

376
Q

Quando tratar na HAS na pré eclâmpsia?

A

Medicamentos anti-hipertensivos devem ser
administrados sempre que a pressão arterial
diastólica apresentar valores maiores ou iguais
a 105-110 mmHg segundo a maioria dos autores,
ou a pressão arterial sistólica for maior ou
igual a 160 mmHg

377
Q

Qual a meta pressórica do tratamento medicamentoso no controle da HAS na pré-eclâmpsia?

A

pressão sistólica entre 140
a 155 mmHg e a diastólica entre 90 e 100
mmHg

378
Q

Medicamento de escolha no tto agudo da HAS na pré eclâmpsia?

A

Hidralazina

379
Q

BB a serem evitados na gestação, principalmente no 2 e 3° trimestres por risco de retardo de crescimento fetal

A

Atenolol
Propranolol

380
Q

Via de parto de escolha na pré-eclâmpsia e eclâmpsia

A

O parto deve ser preferencialmente vaginal
(mesmo nos casos de eclâmpsia),

  • HELLP
  • Em gestações anteriores
    a 30 semanas com colo desfavorável,
    deve-se preferir o parto cesáreo.
  • Se o feto tem parâmetros desfavoráveis
    na CTG e no Doppler, também se opta
    pelo parto cesáreo
  • Em fetos com menos de 1.500 g, a cesárea é
    preferível. Se a gestação tem menos de 34 semanas,
    o uso de glicocorticoides é indicado
    para acelerar a maturação pulmonar fetal.
381
Q

Conduta na gestante com 34 sem de gestação ou mais e que apresenta pré-eclâmpsia ou eclâmpsia

A

antecipação do parto

OBS.: A eclâmpsia é sempre mais bem tratada com a
antecipação do parto em qualquer idade gestacional,
em benefício materno

382
Q

Conduta na pré-eclâmpsia grave
com idade gestacional menor que 23 semanas,

A

interrupção da gravidez

383
Q

Conduta em gestantes com a síndrome HELLP?

A

Regra: interrupção da gravidez.

384
Q

Nas gestantes com síndrome HELLP, a via de escolha de administração de sulfato de Mg é a IM.
V ou F

A

F
sulfato de
magnésio deve ser evitado por via intramuscular,
pelo risco aumentado de hematoma nos
casos de síndrome HELLP complicadas com
distúrbios da coagulação e trombocitopenia

385
Q

Conduta na paciente que apresenta CIVD associada à síndrome HELLP

A

administram-se plasma fresco congelado,
crioprecipitado e plaquetas (somente
com níveis inferiores a 50.000/mm3). Não se
deve fazer bloqueio do nervo pudendo no parto
normal e deve-se evitar a anestesia regional,
principalmente com valores de plaquetas abaixo
de 70.000/mm3, pelo risco de sangramento,
com hemorragias e hematoma
espinhal.

386
Q

critérios de gravidade de pré-eclâmpsia, variações na literatura

A

O livro Rotinas em Obstetrícia (2017) também
considera como critério de gravidade: dor torácica,
saturação de O2 < 97%, leucocitose, INR
e TTPa, alterações e elevação do ácido úrico.

387
Q

Discorra sobre a suplementação de Ca para prevenção de pré eclâmpsia

A

• O livro Rotinas em Obstetrícia (Freitas, 2017)
relata que a suplementação é uma rotina no
serviço, na dose de 1 g por dia a partir da 12ª
semana para as pacientes de alto risco, especialmente
aquelas com dieta pobre em cálcio.

• O livro Rezende Obstetrícia (13ª ed içã o, 2016),
informa que a OMS recomenda para a prevenção
da pré-eclâmpsia a suplementação com cálcio
(1,5 a 2 g/dia), mas apenas em áreas de baixa
ingesta desse elemento, como refere o ACOG.

388
Q

Discorra sobre o uso de AAS para prevenção de pré eclâmpsia

A

O livro Rotinas em Obstetrícia (Freitas, 2017)
recomenda o uso de aspirina em pacientes
de alto risco, como passado obstétrico revelando
maus resultados maternos e perinatais
(eclâmpsia, síndrome HELLP em gestação
anterior, perda fetal recorrente ou síndrome
de anticorpo antifosfolipídio), iniciado antes
da 16ª semana de gravidez

389
Q

Momento do parto na Pré-Eclâmpsia Leve

A

apesar da falta de consenso, parece
que a tendência nos casos de pré-
-eclâmpsia leve seria a conduta expectante
até o termo, quando estaria indicada a
interrupção da gravidez

390
Q

Corticoterapia no tto da síndrome HELLP

A

• O livro Rezende Obstetrícia (12ª ed içã o,
2013) menciona que a dexametasona deveria
ser utilizada apenas em mulheres com
plaquetometria < 50 mil/ml, mas que o benefício
é incerto. Esta recomendação não
está presente na 13ª edição (2016).

• Rotinas em Obstetrícia (2017) recomenda a
dexametasona IV em casos com plaquetas
abaixo de 50.000/dl e que vão para cesariana
até o momento do nascimento

391
Q

Fluxogramapara diagnóstico de DM gestacional

A

galeria (2 fotos)

392
Q

Glicemia da gestante no primeiro trimestre

A

Há uma tendência ao desenvolvimento materno
de hipoglicemia, com diminuição da necessidade
de insulina

Em termos laboratoriais, pode ser
detectada glicosúria, cetonúria e níveis normais
de glicemia.

393
Q

Glicemia da gestante no segundo trimestre

A

Evidencia-se rápida elevação das necessidades de
insulina com tendência à cetose e à cetoacidose

394
Q

Glicemia da gestante no terceiro trimestre

A

No início desse período, persiste o aumento nas
necessidades de insulina e a maior prevalência
de cetose e cetoacidose. Próximo ao termo há
uma tendência à estabilização do diabetes e, por
vezes, ocorre hipoglicemia

395
Q

Glicemia da gestante no puerpério

A

Ocorre uma queda brusca da necessidade de
insulina por uma redução abrupta dos hormônios
contrainsulínicos produzidos pela placenta

396
Q

Há uma maior incidência de
abortamentos nas gestantes diabéticas. Isto
ocorre devido a alterações metabólicas maternas
resultantes do descontrole da sua glicemia,
como a alcalose metabólica fetal. Estão diretamente
relacionados a níveis de hemoglobina
glicosilada de 12% ou mais e glicemia
pré-prandial maior que 120 mg/
dl no primeiro trimestre.
V ou F

A

F é acidose metabólica fetal

397
Q

Como a DM durante a gestação pode resultar em polidramnia?

A

aumento da diurese fetal, devido à hiperglicemia. A maior concentração de glicose no líquido amniótico
provoca, por efeito osmótico, aumento da captação
de água para o líquido amniótico

398
Q

Como a DM durante a gestação pode resultar em oligodramnia?

A

Nas classes avançadas (D ou mais), que cursam
com vasculopatia, a perfusão seletiva é empregada
pelo concepto para se proteger da hipóxia.
Esta é imposta pelo comprometimento das
trocas placentárias e acarreta redução do fluxo
renal, podendo resultar em oligodramnia

399
Q

Entre as anomalias nos filhos de
diabéticas, as mais frequentes são

A

cardíacas (38%)
musculoesqueléticas (15%)
sistema nervoso central (10%)

400
Q

Cite malformações congênitas em recém-nascidos
de mães diabéticas.

A

Galeria

401
Q

Como a gestação afeta o prognóstico da gestante diabética?

A

prognóstico em longo prazo geralmente não é alterado, à exceção da retinopatia, que pode se agravar durante a gestação. Este pode culminar com
o desenvolvimento de cegueira.
O curso da nefropatia diabética parece
não se alterar significativamente.
No entanto, a sua presença aumenta
muito a morbimortalidade maternofetal.

402
Q

No diabetes gestacional o risco de anomalias
fetais não está aumentado, assim como de abortamento
V ou F

A

V
Isto ocorre porque no diabetes gestacional
a hiperglicemia surge no segundo trimestre,
após o período de organogênese. Da
mesma forma, não está aumentado o risco de
óbito fetal, exceto nos casos com hiperglicemia
de jejum > 105 mg/dl persistente nas últimas
semanas da gestação

403
Q

Quais gestantes, segundo a classificação de White, podem cursar com macrossomia fetal (peso fetal > 4000g)?

A

É encontrada nos conceptos
de mães diabéticas nas classes iniciais
de White (A a C).

404
Q

complicação metabólica fetal mais
comum do diabetes materno

A

Hipoglicemia neonatal

405
Q

Com que frequência o exame de fundo de olho deve ser feito na gestante com diabetes prévia?

A

Fundo de olho trimestral

406
Q

Uso de antidiabéticos orais na gravidez

A
  • Rotinas em Obstetrícia (2017): recomenda o
    uso de Metformina para pacientes com diabetes
    gestacional, controle glicêmico inadequado e
    glicemia de jejum < 140 mg/dl e de 2h < 200
    mg/dl. O autor também permite o uso de glibenclamida.
  • Rezende Obstetrícia (2016): menciona várias
    sociedades que autorizam o uso de hipoglicemiantes
    orais (ADA, ACOG, NICE, Endocrine
    Society), mas não faz uma recomendação formal
407
Q

Quando lançar mão de insulinoterapia na gestante?

A

• Todas as pacientes que já faziam uso antes
da gravidez;
• Diabéticas tipo 2 em substituição aos hipoglicemiantes
usados previamente à gestação; e
• Diabéticas gestacionais que não obtêm controle
satisfatório com a dieta e os exercícios físicos
após duas semanas (95 no jejum, 140 após uma
hora das refeições e 120 mg/dl após duas horas).

O Ministério da Saúde também recomenda o
uso de insulina em fetos com circunferência
abdominal fetal maior ou igual ao percentil 75
em ultrassonografia obstétrica realizada entre
29 e 33 semanas de gestação.

408
Q

Via de parto no DM gestacional

A

O diabetes gestacional não é indicação para cesariana
e a via do parto deve seguir indicações
obstétricas. A cesariana só deve ser indicada de
forma eletiva se a estimativa de peso à USG for
de mais de 4.000-4.500 g. Apesar de ser anteriormente
uma indicação de cesariana, os livros
atuais não recomendam a sua realização
nos casos de retinopatia diabética

409
Q

Momento do parto na DM gestacional

A
  • Pacientes tratadas apenas com dieta  não
    precisa antecipar o parto. Indução eletiva com
    40 semanas.
  • Pacientes em uso de insulina  antecipação
    do parto com 38 semanas (indução ou
    cesariana eletiva, se peso estimado
    ao US maior do que 4.000-4.500 g).
  • Se bem-estar fetal comprometido  antecipar
    o parto.
410
Q

Controle glicêmico durante o parto

A
  • Dieta zero por 8 horas.
  • Suspender a insulina NPH.
  • Infusão contínua de soro glicosado ou salina
    (com infusão de glicose) visando euglicemia.
  • Insulina regular conforme glicemia
    capilar (horária ou 2/2 horas) visando
    a euglicemia*.
    O objetivo glicêmico durante o parto pode variar entre
    as referências de 60 a 140 mg/dl. A maior parte delas
    traz o limite entre 70-110 mg/dl, objetivando mantê-la
    em torno de 100 mg/dl.
411
Q

Insulinoterapia no pós parto

A

I) Se começou a usar insulina só durante a gravidez
 Suspender a insulina e avaliar por
glicemia capilar ou glicemia sérica: - Se normal, reavaliar entre 6 a 12 semanas pós-parto com novo TOTG 75. - Se alterada, iniciar a insulina em 1/3 da dose utilizada no fim da gestação.

II) Se usava insulina antes de engravidar  Voltar
para a dose utilizada previamente à gestação.

412
Q

Tipos de placente de acordo com a data da divisão do ovo no caso de gêmeos monozigóticos

A
  • Se a divisão do ovo se dá até as primeiras 72
    horas depois da fertilização, teremos uma
    gestação DICORIÔNICA DIAMINIÓTICA
    (30% dos MZ).
  • Se a divisão do ovo se dá entre o quarto e oitavo
    dia após a fertilização, por divisão do
    embrioblasto onde o cório já está formado,
    mas antes da formação do âmnio, o resultado
    será a placentação MONOCORIÔNICA
    DIAMNIÓTICA (70% dos MZ).
  • Se a divisão do ovo se dá entre os dias 8 e
    12 após a fertilização, por divisão completa
    do disco embrionário, após a formação
    do âmnio, teremos uma placentação MONOCORIÔNICA
    MONOAMNIÓTICA
    (1% dos MZ).
  • Se a divisão do ovo ocorre entre os dias 13 e 15
    pós-fertilização, a separação do disco embrionário
    será incompleta, acarretando a chamada
    GEMELARIDADE IMPERFEITA (rara).
    A placentação será obrigatoriamente MONOCORIÔNICA MONOAMNIÓTICA. Como a
    separação é incompleta, os produtos finais são
    GÊMEOS ACOLADOS
413
Q

Cite fatores que aumentam a incidência tanto de gêmeos DZ quanto de MZ

A

 Drogas indutoras de ovulação (gonadotrofinas
ou citrato de clomifeno)

 Emprego de técnicas de reprodução assistida:
Como Fertilização In Vitro (FIV), injeção
intracitoplasmática de espermatozoides
(ICSI) ou inseminação artificial

414
Q

Em gestação gemelar, a morbimortalidade perinatal
está associada à corionicidade e não à zigotia.
V ou F

A

V

415
Q

Determine a corionia de acordo com o sinal no USG

A

Sinal do T: monocorionica diaminiótica (septo < 1,5)

Sinal do lambda: di (septo > 1,5mm)

416
Q

Quando usar corticoterapia em gestações gemelares?

A

O Manual de Gestação de Alto
Risco do Ministério da Saúde
(2012) preconiza a corticoterapia entre 24 e
34 semanas para acelerar a maturação pulmonar
fetal apenas nos casos de trabalho de
parto efetivo. O uso profilático nesse período
deve estar reservado apenas às gestações
trigemelares.

417
Q

A cerclagem
profilática, a hospitalização e a restrição
de atividade física domiciliar não contribuem
para a profilaxia do parto pré-termo gemelar.
V ou F

A

V

418
Q

A comunicação vascular arteriovenosa na
placenta MC representa uma anastomose
real do ponto de vista anatômico. Um cotilédone
é alimentado pela artéria do feto doador
e drenado para a veia do feto receptor.
V o F

A

F
NÃO representa uma anastomose anatômica real

419
Q

Consequências fetais da STFF

A

O feto doador fica hipovolêmico
e desenvolve palidez, oligúria, oligodramnia,
Crescimento Intrauterino Restrito
(CIUR). A ausência de líquido amniótico com
dificuldade de movimentação do feto doador é
chamada de stuck twin.

Contrariamente, o feto
receptor fica hipervolêmico, apresenta pletora e
desenvolve poliúria, polidramnia, hidropsia e
insuficiência cardíaca

420
Q

melhor critério para diagnóstico da STFF

A

discordância de líquido amniótico existente
nas duas cavidades:
- Bolsão maior do que 8 cm na cavidade do feto
receptor;
- Bolsão menor do que 2 cm na cavidade do
feto doador.

421
Q

Cite os 5 estágios da STFF

A
  • Estágio I: polidramnia no feto receptor (bolsão
    maior do que 8 cm) e oligodramnia no feto
    doador (bolsão menor do que 2 cm);
  • Estágio II: não visibilização da bexiga do feto
    doador;
  • Estágio III: dopplerfluxometria anormal em
    qualquer um dos fetos caracterizada por: artéria
    umbilical zero/reversa no doador; ducto
    venoso zero/reverso e pulsação na veia umbilical
    no receptor;
  • Estágio IV: hidropisia fetal;
  • Estágio V: óbito de um ou ambos os fetos.
422
Q

TTO da STFF

A

 Amniocentese seriada para o feto receptor: É reservada para os casos de STFF mais leves e de aparecimento tardio. A retirada de grandes quantidades de líquido amniótico visa prevenir o parto prematuro
secundário à polidramnia e melhorar a circulação
fetal pela redução da pressão na
placa corial da placenta.

 Fotocoagulaçã o com laser das comunicações vasculares através de fetoscopia, entre
16 e 26 semanas de gestação:
É reservada para os casos graves de ocorrência
antes de 24-25 semanas. Esta terapia visa ocluir
as anastomoses vasculares, interrompendo a
troca de sangue intergemelar.

423
Q

No Gêmeo Acárdico ou Perfusão Arterial
Reversa do Gemelar ou Sequência TRAP, são sinais de mau prognóstico no gêmeo bomba

A

regurgitação tricúspide, insuficiência cardíaca,
hidropsia, Doppler venoso anormal e
anemia fetal.

424
Q

indicações de cesariana eletiva nas gestações gemelares

A

 Número de fetos igual ou superior a três;
 Gestação monoamniótica: risco elevado de
enovelamento do cordão umbilical;
 Gêmeos unidos;
 Síndrome de transfusão feto-fetal;
 Algumas anomalias congênitas;
 Primeiro feto em apresentação pélvica*;
 Fetos com vitabilidade comprometida;
 Gestações diamnióticas com prematuridade
extrema.

425
Q

Nos casos em que os conceptos são considerados
inviáveis, como na idade gestacional menor
que 24 semanas, o parto deve ser

A

vaginal

426
Q

Algoritmo para escolha da via de parto na gestação gemelar

A

galeria

427
Q

Em virtude da maior incidência de hemorragias
do quarto período na gestação gemelar,
o uso rotineiro de ocitócitos e de massagem
uterina após o parto vaginal ou a cesariana
de gêmeos é recomendado.
V ou F

A

V

428
Q

Procidência vs prolapso decordão

A

A procidência ou procúbito define a presença
do cordão umbilical antes da apresentação,
com bolsa íntegra.

Após a amniorrexe, será prolapso de cordão

429
Q

Descreva a Interpretação dos Exames para Diagnóstico
Diferencial de Tireoidopatias na Gravidez

A

Galeria

430
Q

Descreva o rastreamento para disfunção tireoidiana na gestação e pós-parto

A

galeria

431
Q

Qual o intervalo de tempo entre a ingesta de LT4 e os demais suplementos indicados na gravidez?

A

Deve-se evitar a ingesta concomitante com
sulfato ferroso, carbonato de cálcio, alumínio,
produtos derivados da soja ou vitaminas por
interferência na sua absorção. O intervalo entre
a Levotiroxina e os suplementos deve ser de,
pelo menos, duas a quatro horas.

432
Q

Qual o risco determinado pelo hipot. subcl. na gestação?

A

O hipotireoidismo subclínico aumenta
o risco de parto pré-termo
e de comprometimento cognitivo
do feto.

O hipotireoidismo subclínico ou clínico associa-se a uma maior incidência de:
- hipertensão gestacional (pré-eclâmpsia)
- descolamento prematuro de placenta
- abortamento.

A gravidade da hipertensão é maior nas pacientes
com hipotireoidismo clínico. Nessas pacientes
também foi descrito um maior risco de
hemorragia no pós-parto. Não há maior incidência
de malformações fetais.

A presença de anticorpos antitireoidianos
(anti-TPO = antitireoperoxidase) aumenta o
risco de abortamento espontâneo no primeiro
trimestre.

433
Q

Cite causas de hipertireoidismo na gestação

A

A causa mais comum de hipertireoidismo
na gravidez é a doença de Graves
(80-85%).
A doença trofoblástica gestacional,
o adenoma tóxico, o bócio multinodular tóxico
e as tireoidites (como a viral de Quervain)
correspondem às outras causas

434
Q

Cite complicações maternas e fetais do hipertireoidismo na gestação

A

 Complicações maternas: crise tireotóxica,
insuficiência cardíaca congestiva, abortamento,
parto pré-termo, pré-eclâmpsia.

 Complicações fetais: crescimento intrauterino
restrito, baixo peso, prematuridade, anomalias
congênitas, hipertireoidismo fetal (1%
dos fetos de mães com doença de Graves)
e malformações fetais (o risco é maior em
gestantes com hipertireoidismo não tratado).

435
Q

Descreva o ddx entre graves e tireotoxicose gestacional transitória

A

galeria

436
Q

Cuidados na amamentação para gestantes que fazem uso de antitireoidianos

A

O aleitamento materno não está contraindicado,
mas a medicação deve ser tomada após a mamada
e deve ser dado um intervalo de três
horas até a próxima mamada, para diminuir a
concentração da medicação no leite materno.

437
Q

Manejo do hipertireoidismo na gestante

A

galeria

438
Q

Os níveis elevados de anticorpos anti-SSA (Ro)
podem causar no feto…

A

bloqueio atrioventricular congênito
ou a síndrome do lúpus neonatal (BAV
congênito e eritema cutâneo fotossensível
neonatal). Estes autoanticorpos também se
associam com miocardiopatia fetal, hidropsia
não imune e morte fetal

439
Q

Qual o mecanismo fisiopatológico por trás do abortamento na síndrome antifosfolipídeo?

A

relaciona-se à função placentária
anormal em casos de perda fetal, como estreitamento
das artérias espiraladas, espessamento
da camada íntima, aterose aguda e necrose fibrinoide.
Também podem ocorrer tromboses
extensas, infartos e necroses placentárias.

440
Q

TTO de Gestantes com diagnóstico de SAF, mas sem
eventos trombóticos, ou seja, apenas com complicações obstétricas relacionadas à doença

A

aspirina em baixa dose (100 mg/dia) isoladamente ou

aspirina mais heparina profilática (heparina não fracionada 5.000 UI 12/12h ou heparina de baixo peso molecular 0,5 mg/kg/dia).

441
Q

TTO de Pacientes com SAF e história de trombose, independentemente de manifestação obstétrica

A

aspirina em baixa dose e heparina
em dose plena (heparina não fracionada a cada
8 ou 12h para manter a relação do PTT entre 1,5
a 2,0 do basal ou heparina de baixo peso molecular
1 mg/kg a cada 12h).

Warfarin cruza a placenta e deve ser evitado

442
Q

São alterações cardíacas normais nas gestantes:

A

 Ponta do coração situada no 4ª EIE;
 Acentuação de bulhas por hipercinesia;
 Desdobramento da 1ª bulha por fechamento
precoce da valva mitral;
 2ª bulha reforçada por maior proximidade do coração com a parede;
 Acentuação da 3ª bulha por enchimento rápido
do ventrículo esquerdo;
 4ª bulha menos audível;
 Sopro de ejeção pulmonar e sopro sistólico
na ponta também são comuns. Extrassístoles
podem ocorrer por causas posturais.

443
Q

forma mais frequente de lesão cardíaca associada
à prenhez

A

de origem reumática, estimada em mais da metade dos casos

444
Q

Cite DCV de Alto risco na gestação – Mortalidade materna entre 15 e 50%

A
  • Hipertensão arterial pulmonar primária.
  • Síndrome de Eisenmenger.
  • Síndrome de Marfan com envolvimento da
    aorta.
  • Aneurisma da aorta.
  • Cardiopatia cianogênica não operada.
  • Doença congênita complexa cianótica
    (tetralogia de Fallot).
  • Cardiomiopatia dilatada ou hipertrófica
    importante.
  • Coarctação de aorta grave.
  • Qualquer doença com NYHA classes funcionais
    III e IV.
  • Cardiomiopatia periparto com disfunção
    ventricular residual.
445
Q

Classe dos digitálicos na gravidez e efeitos possíveis

A

Classe C
Atravessam a barreira placentária. Podem predispor
ao trabalho de parto prematuro, pelo
efeito inotrópico positivo no miométrio.

446
Q

opção mais segura para o parto nas grávidas cardiopatas

A

Parto vaginal

447
Q

Quais DCV indicam cesareana?

A

síndrome de Marfan
coarctação da aorta
hipertensão pulmonar grave
aneurisma dissecante da aorta
insuficiência cardíaca congestiva classe funcionais III e IV.

448
Q

 Na gestante com DCV, o fórcipe de alívio deve ser empregado rotineiramente no encurtamento do segundo período do trabalho de parto e na diminuição
do esforço materno, visando mini -
mizar as alterações cardiovasculares próprias
deste estágio
V ou F

A

V

449
Q

Quadro clínico das hepatites virais (A-E)

A

Os vírus A, B, C, D, e E normalmente apresentam
o mesmo quadro clínico, caracterizado
por náuseas, vômitos, anorexia, artralgia e
febrícula

Pode haver icterícia colestática que aparece acompanhada
de colúria, prurido e acolia fecal. Em
geral, a hepatomegalia dolorosa surge e, eventualmente,
aparece também esplenomegalia.
Nos casos graves, pode haver necrose hepática,
diagnosticada por colestase associada,
distúrbios da coagulação e da consciência,
insuficiência renal, coma hepático e hepatite
fulminante. No entanto, predominam as formas
assintomáticas que podem cronificar
(vírus B, C, D), caracterizadas por sorologia
positiva e elevação das aminotransferases

450
Q

Fluxograma a ser adotado para gestante não vacinada para o HBV

A

galeria

451
Q

Quando contraindicar a amamentação em caso de mãe Hbsag +?

A

se a mulher apresentar fissuras no mamilo.

452
Q

TTO do HCV na gestante

A

Não é possível o tratamento materno da hepatite
C para redução da carga viral, pois os medicamentos
utilizados (interferon peguilado e
ribavirina) são contraindicados na gestação.

453
Q

causa mais comum de icterícia na gravidez

A

Hepatite viral

454
Q

Qual vírus tem seu curso afetado pela gestação?

A

A gravidez não muda o
curso da doença, exceto para
hepatite E, e as gestantes não são mais suscetíveis

455
Q

Diferencia o quadro de:
- Esteatose Hepática Aguda
- Síndrome Hellp
- Hepatite Viral
- Hiperêmese Gravídica
- Púrpura Trombocitopênica Trombótica
- Síndrome Hemolítico-Urêmica

A

Galeria

456
Q

Fator etiológico mais associado à esteatose hepática aguda da gestação

A

deficiência genética da enzima hidroximetil-coenzima

457
Q

TTO da esteatose hepática aguda da gestação

A

interrupção da gestação,
correção da hipoglicemia, hidratação
com manutenção vigorosa da volemia e reposição
dos fatores de coagulação. Cabe aqui
lembrar que o parto, em geral, interrompe a rápida
deterioração hepática. A cesariana é muitas
vezes indicada para resolução mais rápida do
quadro

458
Q

Período ideal para realização de colecistectomia na gestante

A

Segundo trimestre
pois há um menor risco de abortamento e diminuição
da taxa de parto pré-termo

459
Q

Segunda causa mais
comum de cirurgia não obstétrica
durante a gravidez.

A

Colecistite

460
Q

Descreva um quadro de colestase recorrente da gestação

A

Colestase recorrente da gestação ou prurido
gravídico é uma manifestação pruriginosa
generalizada da gravidez que, em geral, começa
no terceiro trimestre da gravidez e desaparece
algumas semanas após o parto.
É provável que o prurido decorra da colestase
intra-hepática, resultante da excreção anormal
de ácidos biliares induzida pela ação de estrógenos
e progestógenos. Inicialmente, localiza-
se no abdome e nas nádegas, podendo
ficar restrito a essas áreas ou se generalizar.
Ao exame físico, percebem-se apenas escoriações
resultantes do ato de coçar.
Ocasionalmente, pode ser observada icterícia.
Pode recorrer em gestações subsequentes ou
com o uso de pílulas anticoncepcionais.
Para o diagnóstico, pode-se observar elevação
dos níveis de enzimas hepáticas e dos
sais biliares.
Não há tratamento eficaz, porém o uso de
sintomáticos pode ser indicado.

461
Q

Classifique a anemia na gravidez de acordo com os níveis de Hb

A

Anemia = hemoglobina abaixo de 11 g/dl. Ela pode ser
- leve (Hb de 10 a 10,9 g/dl)
- moderada (Hb de 8 a 9,9 g/dl)
- grave (Hb de 8 g/dl).

462
Q

Qual gestante deve receber, qual a dose e por quanto tempo fazer a suplementação de ferro

A

toda gestante
30 a 60 mg/dia de ferro elementar (na forma de sulfato ferroso)
durante o segundo e terceiro trimestres da gestação, durante toda a lactação, ou por dois
a três meses pós-parto nas não lactentes

463
Q

Qual a mg de um comprimido de sulfato ferroso e quantas mg de ferro elementar isso vale?

A

SULFATO FERROSO: um comprimido
= 200 mg, o que corresponde
a 40 mg de ferro elementar.

464
Q

Fluxograma para avaliação de anemias na gestação

A

Galeria

465
Q

Descreva os componentes básicos do fórcipe

A

colher, pedículo, articulação e cabo.

466
Q

Quais são os fórcipes clássicos e os especiais

A

Tucker-McLane, Simpson e Elliot são clássicos

Kielland, Barton e Piper são especiais

467
Q

Situações em que o fórcipe de Simpson está indicado em em que não está indicado

A

serve para praticamente todos os tipos de aplicações,

exceto para aplicação quando a apresentação está em variedade de posição transversa. Neste caso específico, o instrumento mais adequado é o fórcipe de Kielland.

468
Q

Utilidade do fórcipe de Barton

A

Apresentação transversa alta

469
Q

Fórcipe especialmente
desenhado para extração da cabeça
derradeira na apresentação pélvica

A

De Piper

470
Q

Utilidade do fórcipe de Kielland

A

Variedade transversa, rotações
amplas e correção dos
assinclitismos.

471
Q

pegada ideal do fórcipe

A

biparietomalomentoniana

472
Q

Fórcipe em operação baixa, localização segundo DeLee e grau de rotação

A

O ponto de maior declive da apresentação está
no plano +2 de DeLee ou abaixo dele, mas não
no assoalho pélvico; as rotações podem ser
inferiores ou superiores a 45 graus.

473
Q

Fórcipe em operação média, localização segundo DeLee e grau de rotação

A

A cabeça do feto está acima do plano +2, porém
insinuada.

474
Q

Indicação profilática materna de fórcipe

A

pneumopatias, cardiopatias e neuropatias maternas

475
Q

Indicação profilática fetal de fórcipe

A

prevenção do
sofrimento fetal no período expulsivo prolongado

476
Q

Indicações de fórcipe de alívio materno

A
  • Falha na progressão do parto por insuficiência
    das contrações (discinesias uterinas).
  • Resistência perineal que a episiotomia não
    resolve.
  • Sofrimento materno: parturições longas e
    estafantes que provocam a exaustão materna
    com insuficiência da prensa abdominal; mulheres
    em desespero, mal preparadas para o
    parto visando abreviar o período expulsivo.
  • Comorbidades que contraindiquem ou impossibilitem
    o esforço físico no período
    expulsivo (doenças neurológicas, relato de
    descolamento de retina, história de pneumotórax
    espontâneo) e que exibam risco
    cirúrgico muito alto, desaconselhando a
    opção pela cesariana como, por exemplo,
    cardiopatias valvares, edema pulmonar agudo
    e crise asmática.
  • Cicatriz uterina prévia como, por exemplo,
    cesariana anterior, para que o período expulsivo
    seja encurtado, reduzindo o número de
    contrações e o risco de rotura uterina.
  • Dificuldade ou impossibilidade de utilização
    da prensa abdominal (insuficiência de
    força pelas contrações uterinas e/ou pela
    prensa abdominal): astenia; hérnias abdominais;
    anestesia condutiva e exaustão materna,
    entre outras.
477
Q

Indicações de fórcipe de alívio fetal

A
  • Retenção da cabeça derradeira na apresentação
    pélvica.
  • Sofrimento fetal agudo no período expulsivo:
    quando a cesariana não se apresente como a
    melhor opção, ou porque o concepto está
    prestes a nascer, ou por questões circunstanciais,
    o emprego do fórcipe reduz o período
    expulsivo e permite a extração fetal em melhores
    condições.
  • Prematuridade (o fórcipe pode reduzir a compressão
    prolongada sobre a delicada cabeça
    do feto prematuro, e reduzir também o tempo
    do período expulsivo. Pode ser usado em casos
    em que a prematuridade não seja extrema).
  • Procidência irredutível de membros e de funículo
    quando a cabeça fetal está insinuada
    indicam extração fetal imediata.
478
Q

Pré-requisitos para a
aplicação do fórcipe

A

1- A extração é possível?
A presença das condições de praticabilidade
responde a essa pergunta.

2- A aplicação do fórcipe está indicada?
A presença de indicações responde a
essa pergunta.

3- A aplicação do fórcipe é a melhor maneira
de concluir o parto?
A análise das possibilidades para a terminação
do parto indica que o fórcipe é a melhor opção.

479
Q

Condições de praticabilidade do fórcipe

A

1- Cabeça insinuada
2- Dilatação total
3- Membranas rotas
4- Diagnóstico preciso da variedade de posição
5- Avaliação do tipo pélvico
6- Proporcionalidade exata .
7- Canal do parto sem obstáculos
8- Reto e bexiga vazios
9- Feto vivo ou morte recente que permita
preensão da cabeça
10- Operador habilitado e obediência à técnica
de aplicação

480
Q

Quando a primeira colher a ser inserida é a esquerda e quando é a direita?

A

A primeira colher a ser aplicada será a ESQUERDA
nas seguintes variedades de posição:
Occipitopúbica (OP); Occipitossacra
(OS); Occipito-Esquerda-Anterior (OEA);
Occipito-Direita-Posterior (ODP), nestes
casos também chamada de colher posterior.

A primeira colher a ser aplicada será a
DIREITA nas seguintes variedades de
posição: Occipito-Direita-Anterior (ODA);
Occipito-Esquerda-Posterior (OEP).

481
Q

Valor de pH e lactato fetais que indicam interrupção o mais rápido possível da gestação

A

• pH abaixo de 7,20 ou lactato maior que
4,8 mmol/L sugere comprometimento fetal
e implica interrupção da gestação o
mais rápido possível.

482
Q

Cite a progressão de eventos que podem ser avaliados na cardiotocografia do feto em caso de sofrimento agudo

A

Hipóxia > perda do estímulo simpático > perda das acelerações > perda da variabilidade > bradicardia e desacelerações tardias > perda dos movimentos, tônus e respiração fetais

483
Q

Como caracterizar um quadro de sofrimento fetal agudo pela ausculta dos BCF?

A

identificação de bradicardia
persistente (< 110 bpm) por pelo menos 50%
da duração de, no mínimo, três contrações
consecutivas;

484
Q

Defina um quadro de taquicardia fetal avaliada pela cardiotocografia

A

A linha de base da FCF permanece acima de 160 bpm durante dez minutos.
É classificada como moderada quando até
180 bpm e grave quando acima de 180 bpm

485
Q

Defina um quadro de bradicardia fetal avaliada pela cardiotocografia

A

a linha de base da FCF permanece abaixo de 110 bpm durante dez minutos.
É classificada
como moderada quando até 100 bpm e grave
quando abaixo de 100 bpm

486
Q

Qual o significado de Bradicardia na presença de variabilidade normal?

A

Presença de estímulo vagal e decorrente
da compressão cefálica fetal. Não está associada
com acidose fetal ou pior prognóstico fetal.

487
Q

A ausência de micro-oscilação (variações batida à batida avaliadas por cardiotocografia computadorizada) é marcador de…

A

hipóxia fetal

488
Q

O que determina as macro-oscilações na cardiotocografia

A

A amplitude da variação da frequência cardíaca durante um minuto

489
Q

Relacione os valores de macro-oscilação com o possível quadro clínico fetal

A

galeria

490
Q

Cite situações além do SFA que causem diminuições da oscilação na cardiotocografia

A

ausência de córtex
bloqueio por drogas
bloqueio vagal
bloqueio completo de ramo cardíaco.

491
Q

Cite situações além da asfixia/hipóxia que causem diminuições da oscilação na cardiotocografia

A

ausência de córtex
bloqueio por drogas
bloqueio vagal
bloqueio completo de ramo cardíaco.
Feto dormindo

492
Q

Causa das acelerações transitórias periódicas e não periódicas na cardiotocografia

A

As periódicas são consequentes à atividade uterina

As não periódicas decorrem de diversos
fatores, como movimentação fetal, manipulação
vaginal e outros

493
Q

Definição de feto reativo na cardiotocografia

A

quando há ao menos
dois picos de amplitude de 15 bpm e duração
de no mínimo quinze segundos em um período
de vinte minutos

494
Q

Descreva cada um dos 3 padrões de DIP (desacelerações) e seu significado clínico

A

Galeria

495
Q

Classifique os 3 tipos de cardiotocografia

A

Galeria

496
Q

A taquicardia não associada à diminuição
da variabilidade ou à desaceleração
não está associada à asfixia, e sim à infecção
materna ou fetal, uso de drogas e outros.
V ou F

A

V

497
Q

Indicações de cardiotocografia

A

1- monitorização ante parto (pode ser realizada a partir de 26 a 28 semanas, embora geralmente seja iniciada a partir de 32 a 34 semanas gestacionais. Não está indicada antes de 26 semanas de gestação, devido à imaturidade fisiológica do sistema nervoso autônomo)
• Pós-datismo;
• Crescimento intrauterino restrito;
• Pré-eclâmpsia;
• Diabetes insulino-dependente;
• Isoimunização Rh;
• Hipertireoidismo;
• Doença vascular;
• Sangramentos vaginais;
• Oligo ou polidramnia;
• Nefropatias;
• Cardiopatias;
• Malformações fetais.

498
Q

Desacelerações
tardias de repetição ou desacelerações
variáveis desfavoráveis obrigam que conduta?

A

parto imediato por cesariana.

499
Q

O que fazer diante de uma gestante
com líquido amniótico meconial?

A

mecônio associado à frequência cardíaca fetal e pH normais não significa sofrimento fetal agudo.

a combinação de mecônio com asfixia aumenta
a incidência de síndrome de aspiração meconial,
agravando o prognóstico fetal.

Portanto, diante de quadro de eliminação de mecônio, deve-se monitorar rigorosamente o parto

500
Q

Descreva a reanimação intrauterina em diferentes cenários

A

Galeria

501
Q

Descreva os diferentes tipos de ondas associadas à variabilidade na CTG

A
  • Lisa (entre 0 e 5 bpm);
  • Comprimida (entre 5 e 10 bpm);
  • Ondulatória (entre 10 e 25 bpm);
  • Saltatória (> 25 bpm);
  • Sinusoidal (forma de onda de sino com periodicidade de dois a cinco ciclos por minuto de ritmo fixo e
    regular, amplitude de 5 a 15 bpm e duração de 15-30s – associado à anemia fetal grave).
502
Q

Resuma os tipos de DIP

A

TIPO I (precoce ou cefálica ): Início e
fim junto da contração. Relacionada
à compressão do polo cefálico por
reflexo vagal;

TIPO II (tardia ou placentária ): Início
durante a contração e término
após o término desta. Associada à
hipóxia fetal;

TIPO III (vari ável ou umbilical): Sem
relação com as contrações, podendo
vir antes, durante ou depois delas.
Relacionada à compressão funicular.
Pode representar feto hipóxico ou não.

503
Q

Sofrimento Fetal Crônico é também conhecido como…

A

insuficiência placentária

insuficiência uteroplacentária

504
Q

Principais fatores associados ao SFC

A

Pós-maturidade.
Doença hemolítica perinatal.
Pré-eclâmpsia.
Hipertensão arterial sistêmica.
Nefropatia hipertensiva.
Colagenoses.
Diabetes mellitus.
Cardiopatias cianóticas.
Anemia por hemoglobinopatias.
Pneumopatias.
Hipertireoidismo.
Crescimento intrauterino restrito.
História obstétrica de natimorto.
Grávida idosa (≥ 40 anos).
Descolamento prematuro de placenta crônico.
Placenta prévia.
Prenhez gemelar.
Amniorrexe prematura.

505
Q

Descreva o CIUR simétrico (tipo I)

A
  • Responde por cerca de 5 a 10% dos casos.
  • Todo o concepto está igualmente
    hipodesenvolvido.
  • As medidas fetais do DBP e CC, já no segundo trimestre, encontram-se consistentemente abaixo dos limites inferiores da normalidade.
  • Denominado também CIUR tipo segundo trimestre
  • Principais causas do insulto agudo no
    início da gestação são a exposição a substâncias
    químicas, as infecções congênitas, especialmente
    por citomegalovírus, parvovírus e rubéola, as
    anomalias congênitas, as drogas, as radiações
    ionizantes e as aneuploidias.
506
Q

Descreva o CIUR assimétrico (tipo II)

A
  • Responde por cerca de 70 a 80% dos casos.
  • O feto apresenta-se alongado e emagrecido, com a cabeça relativamente grande (obs. cérebro É afetado) em relação ao abdome
  • Isoladamente, a medida da CA é o parâmetro mais precoce e sensível de diagnóstico do CIUR assimétrico, porque a redução do depósito de gordura hepática é o primeiro efeito produzido, ou seja, o feto fica emagrecido
  • está associado à insuficiência placentária, a qual se manifesta com maior frequência no final da gestação
507
Q

Descreva CIUR misto (tipo III)

A
  • A agressão se inicia na fase de hiperplasia
    celular, a qual se perpetua na fase de
    hipertrofia celular.
  • Geralmente se associa a alterações cromossomiais ou infecções congênitas, e recebe também o nome de CIUR assimétrico precoce
508
Q

Como a hipóxia resulta em oligodramnia?

A

hipóxia crônica condiciona redistribuição
do débito cardíaco fetal com consequente diminuição
do fluxo sanguíneo renal e do volume
urinário. Como esta é a principal via de
formação do LA, ocorre a oligodramnia

509
Q

Principais causas de oligodramnia

A

galeria

510
Q

Valores de ILA normais, oli/polidramnia

A

É considerado normal quando entre 8 e 18 cm.

Abaixo de 5 considera-se oligodramnia

Acima de 23, polidramnia.

Valores entre 5 e 8 e entre 18 e 23 são considerados
dentro dos limites dos desvios-padrão em relação à média, apesar de alguns autores utilizarem os termos oligodramnia leve e polidramnia leve.

511
Q

Descreva a conduta de acordo com o escore do PBF

A

Galeria

512
Q

U/C > 1 na dopplervelocimetria indica…

A

centralização fetal

513
Q

fluxo reverso no ducto venoso
no momento da contração atrial (onda A negativa
ou reversa) é sinal de…
Qual a conduta?

A

grave condição fetal com risco iminente de morte

implica em resolução imediata da gravidez

514
Q

primeira anormalidade identificada ao Doppler
em fetos que desenvolverão CIUR e pré-
-eclâmpsia, sendo fator de risco para essas condições

A

aumento contínuo de resistência
de ambas as artérias uterinas, com presença
de incisuras protodiastólicas

OBS.:Nem todos os fetos com incisura protodiastólica bilaterais desenvolverão CIUR ou pré-eclâmpsia

515
Q

Conduta no Aumento dos índices umbilicais, porém com fluxo diastólico preservado e sem CIUR

A

intensificar a vigilância fetal através de exames
semanais e/ou exames como CTG e PBF. As
alterações em outros exames sugerem a interrupção
da gestação. A via de parto pode ser
determinada de acordo com os achados e as
condições maternas

516
Q

Conduta no CIUR assimétrico com doppplervelocimetria normal

A

recomenda-se o parto no termo
(entre 37 e 40 semanas). A via de parto pode
ter indicação obstétrica

517
Q

Conduta na Centralização fetal

A

em geral interrompe-se
a gravidez com idade gestacional maior que 34
semanas, apesar de alguns autores recomendarem
aguardar até 37 semanas caso não haja
outra alteração no exame, como oligodramnia
ou alteração na CTG. A maioria recomenda a
interrupção da gestação por cesariana;

518
Q

Conduta na Diástole zero

A

Caso outros testes se mostrem
normais (CTG, PBF, ducto venoso), a interrupção
da gestação deve ocorrer após 32-34 semanas.
Em geral, a via de parto de escolha é a
cesariana

519
Q

Conduta na Diástole reversa

A

interrupção da gestação
independente da idade gestacional, por cesariana.

520
Q

Definição de polidramnia

A

volume de LA superior a 2.000 ml na gestação de trinta ou mais semanas.

Em termos ultrassonográficos, o diagnóstico é feito ao se encontrar maior bolsão vertical ≥ 8 cm, Índice de Líquido Amniótico (ILA) superior ao percentil 97,5 para a idade gestacional

521
Q

entre 50 e 60% dos casos não é possível identificar um fator etiológico aparente, classificando a polidramnia como idiopática
V ou F

A

V

522
Q

Causas de polidramnia

A

• Anomalias congênitas do SNC (feto não deglute):
- Anencefalia (mais comum);
- Meningocele;
- Espinha bífida;
- Hidrocefalia;

• Atresias altas do tubo digestivo (esôfago, duodeno).

• Displasias esqueléticas.

• Diabetes mellitus.

• Gravidez gemelar.

• Doença hemolítica perinatal.

• Patologia placentária e funicular:
- Placenta circunvalada;
- Hemangiomas;
- Nós e torções do cordão;
- Trombose dos vasos umbilicais.

• Idiopática.

523
Q

Complicações da polidramnia

A

• Parto prematuro;
• Amniorrexe prematura;
• Prolapso de cordão;
• Apresentações distócicas;
• Descolamento prematuro de placenta;
• Hemorragias no secundamento, no 4º período e no pós-parto.

524
Q

Descreva as 3 fases do puerpério

A

• Puerpério imediato: 1° ao 10° dia;
• Puerpério tardio: 10° ao 45° dia;
• Puerpério remoto: além do 45° dia.

525
Q

Após a gestação, quantos dias o útero leva para se tornar um órgão intrapélvico?

E quanto tempo até retornar às dimensões pré gravídicas

A

Após 15 dias do parto

A semanas

526
Q

Nos remanescentes do hímen roto
aparecem pequenas saliências características
de mulheres que já pariram, conhecidas por

A

carúnculas mirtiformes

527
Q

Descreva as etapas da produção láctea

A

Mamogênese: Consiste no crescimento e desenvolvimento mamário. Ocorre na gravidez;

Lactogênese: Consiste no início da secreção
láctea. O descolamento placentário
após a expulsão ou extração fetal promove
um importante decréscimo na produção
materna de hormônios esteroides, que
reduzem gradativamente o bloqueio da
glândula mamária ao estímulo da prolactina
e possibilitam, por volta do terceiro dia
após o parto, a apojadura. Este fenômeno
define a grande e súbita afluência de leite
nas mamas da puérpera;

Lactopoese ou Galactopoese: Consiste
na manutenção da lactação já iniciada.
A prolactina é o hormônio galactopoético
mais importante. O adequado e frequente
esvaziamento das mamas é indispensável
para a manutenção da secreção láctea.
O leite que se encontra nos alvéolos não
flui espontaneamente pela pressão capilar
dentro dos condutos microlobulares até os
seios lactíferos. Consequentemente, não
se encontra disponível para o lactante. Por
essa razão, a ocitocina é importante, pois
estimula a contração das fibras mioepiteliais
que rodeiam os alvéolos mamários,
que facilita a ejeção láctea.

528
Q

Após quantos tempo do parto a hipotonia e o
relaxamento das paredes da bexiga e dos
ureteres regridem

A

2-8 sem
até 3 meses

529
Q

Microscopicamente, os lóquios
se caracterizam por

A

eritrócitos,
células epiteliais, fragmentos
deciduais e bactérias.

530
Q

A persistência de lóquios avermelhados
após duas semanas, principalmente se
acompanhada de subinvolução uterina, levanta
a possibilidade de

A

restos placentários.

531
Q

A presença de odor forte e desagradável
acompanhada de febre e de lóquios com coloração
achocolatada é sinal de

A

infecção puerperal (endometrite).

532
Q

Descreva a evolução dos lóquios

A

Nos primeiros três a quatro dias, os lóquios
são avermelhados, pois contêm sangue e são
denominados de lóquios rubros (lochia rubra).
Esses lóquios gradativamente se tornam róseos
ou serossanguíneos (lochia fusca), pelo
menor conteúdo hemático, e na segunda semana
são chamados de lóquios serosos (lochia
serosa ou flava). Progressivamente, estes lóquios
assumem coloração esbranquiçada ou
amarelo-claro, e, em torno do décimo dia,
passam a ser chamados de lóquios alvos
(lochia alba).

533
Q

Nos primeiros três dias do puerpério, a temperatura
corporal pode se encontrar elevada.
Normalmente, está relacionada à apojadura.
Este fenômeno é conhecido por…
e é considerado fisiológico quando durar menos
de…

A

febre do leite,

48 horas.

534
Q

Descreva as principais causas de hemorragia pós parto

A

Regra dos 4Ts
- Tono (atonia uterina);
- Trauma (laceração de trajeto);
- Tecido (retenção placentária ou de fragmentos);
- Trombina (coagulopatia).

535
Q

Principais fatores de risco da atonia uterina

A

 Miométrio mal perfundido (hipotensão);
 Menor contração miometrial (leiomiomas
uterinos e multiparidade);
 Anestesia geral (halogenados), que leva a
relaxamento uterino;
 Sobredistensão uterina (gemelaridade, polidramnia,
macrossomia);
 Trabalho de parto prolongado;
 Trabalho de parto de evolução muito rápida;
 Atonia uterina em gestação prévia;
 Corioamnionite.

536
Q

Descreva a manobra de Hamilton

A

Massagem do fundo uterino com a mão esquerda
associada ao toque vaginal com a mão
direita que procura realizar elevação e anteversoflexão
do útero

537
Q

Contraindicações à metilergonovina (medicamento de segunda linha no tto de hemorragia pós parto por atonia uterina que promove contração
uterina generalizada e tetânica)

A

não deve ser usada em hipertensas
(pré-eclâmpsia ou eclâmpsia) ou cardiopatas.

538
Q

segunda maior causa de hemorragia puerperal precoce

A

Lacerações do trajeto

539
Q

Descreva a manobra de Credé

A

tem como
pré-requisito o cateterismo vesical. A seguir, o
operador posiciona-se à direita. A mão esquerda
se apoia na parede abdominal, segura o fundo
de útero e corrige sua eventual anteflexão.
Espera-se que a matriz uterina responda à pequena
massagem (o órgão fica entre o polegar
que se coloca na face ventral e os outros dedos
posicionados na face dorsal). Em outras palavras,
a expressão deve ser cautelosa, no sentido
anteroposterior do fundo uterino para baixo.
Devem ser realizadas duas a três tentativas. Em
caso de insucesso, não se deve insistir na manobra
devido ao risco de dequitação incompleta
com retenção de cotilédones ou de membranas,
inversão uterina e choque, sobretudo se a
expressão uterina foi rude

540
Q

As causas de maior expressão para explicar a
inversão uterina puerperal, sejam predisponentes
ou determinantes, são:

A
  • Hipotonia uterina;
  • Esvaziamento súbito da cavidade uterina,
    principalmente se ela estava muito distendida;
  • Pressão violenta sobre o corpo da matriz relaxada,
    com o objetivo de extrair a placenta;
  • Tração sobre o cordão umbilical ou sobre a
    placenta parcialmente aderida;
  • Aumento da pressão abdominal (esforços
    expulsivos realizados para expelir a placenta,
    mudanças de posição);
  • Adelgaçamento patológico das paredes uterinas.
541
Q

Condições clássicas para o diagnóstico de inversão
uterina aguda:

A
  • Fuga da matriz na palpação
    abdominal;
  • Choque;
  • Hemorragia.
542
Q

Na inversão uterina, o obstetra pode posicionar a palma da mão no centro do fundo de útero e pressioná-lo para cima. Qual o nome dessa manobra?

A

Manobra de Taxe

543
Q

Qual o nome e como é feita a restituição cirúrgica de um caso de inversão uterina

A

Procedimento de Huntington

Consiste em uma laparotomia seguida de tração do fundo uterino até sua posição original utilizando-se
pinças de Allis

544
Q

Quando o aumento da T corporal pode ser considerado fisiológico no puerpério?

A

o aumento da temperatura corporal
pode ser considerado fisiológico se iniciar nas
primeiras 24h e durar menos do que 48h

545
Q

forma clínica mais frequente de infecção
puerperal

A

endometrite

546
Q

Cite fatores de risco para infecção puerperal

A

galeria

547
Q

Principal fator de risco para infecção puerperal

A

cesariana

548
Q

bactéria associada
à endometrite puerperal
tardia (após o décimo dia).

A

Clamídia

549
Q

Pacientes com infecção puerperal costumam apresentar uma tríade de achados uterinos, descreva-a

A

Tríade de Brumm

útero doloroso, amolecido e hipoinvoluído
encontrado nas pacientes com infecção puerperal.

550
Q

A bactéria mais associada ao
choque séptico secundário à
infecção puerperal é

A

E coli

551
Q

Falou em infecção grave
com presença de gás em
tecidos moles pelo exame
físico (enfisema subcutâneo)
e exames de imagem (RX,
TC ou RM), pense sempre
em infecção por

A

Clostridium

552
Q

ATB para tto de mastite aguda

A

cefalosporinas de primeira geração
são boa escolha (cefalexina). Outras opções
são a ampicilina, eritromicina e lincomicina